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Eixo Temático – Enfermagem e Cuidados com a Saúde – sala nº 29 (ARTIGOS)

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Academic year: 2021

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230)

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230) PERFIL DOS USUÁRIOS DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS

DISPENSADOS PELA FARMÁCIA BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE MANDAGUARI/PR

ANE CAROLINE RODRIGUES MIRANDA LUCENA- PROBIC/FAFIMAN LUISA DE CANINI ROMANI- PROBIC/FAFIMAN Orientador (a): Prof.ª Ms. Fabiana Cristina Vidigal RESUMO

A saúde mental, física e social são dimensões estreitamente entrelaçadas e profundamente interdependentes da vida humana, sendo indispensável para o bem-estar geral dos indivíduos, infelizmente o número de transtornos mentais tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e consequentemente o uso de medicamentos psicotrópicos. Sabendo disto, o objetivo deste estudo é descrever o perfil dos usuários de medicamentos psicotrópicos dispensados na Farmácia base do Município de Mandaguari/PR e identificar as principais enfermidades psiquiátricas que acometem usuários destes medicamentos. Trata - se de um estudo com abordagem quantitativa, com delineamento descritivo e transversal, que foi realizado na Farmácia Base do Município de Mandaguari, no período de agosto de 2017 a Julho de 2018.

Palavras chave: Medicamentos; Saúde Mental; Enfermagem; Psicotrópicos.

INTRODUÇÃO

Saúde Mental, Física e Social são dimensões estreitamente entrelaçadas e profundamente interdependentes da vida humana, sendo indispensável para o bem-estar geral dos indivíduos (MARTINS & KUHN, 2013). Na contemporaneidade, o ritmo e estilo de vida das pessoas, levam-nas a vivenciar situações cada vez mais estressantes e difíceis como, as longas jornadas de trabalho, baixa qualidade de vida, pressão psicológica e a baixa autoestima e a buscar uma válvula de escape, que auxiliem no enfrentamento dos desafios cotidianos (COSTA et al 2015)

Intercorrências psiquiátricas atingem, aproximadamente, 700 milhões de pessoas, o que representa um terço do total de casos de doenças não

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transmissíveis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS,2013). Na população brasileira, em que o ato médico encontra-se em pauta, às práticas medicamentosas ainda assumem papel terapêutico importante (COUTINHO, 2014).

Segundo Onocko Campos et. al. (2013) problemas não médicos tornam-se diagnosticáveis e tratáveis como problemas médicos, permitindo que a quantidade de transtornos mentais aumentasse significativamente no decorrer dos últimos 60 anos, consequentemente, o número de psicotrópicos e sua comercialização também cresceram (NASARIO; SILVA, 2016).

Psicotrópicos ou drogas psicotrópicas são aquelas cujo mecanismo de ação atua a nível de Sistema Nervoso Central (SNC), podendo produzir alterações de humor, comportamento e cognição, são passíveis de auto administração (uso não sancionado pela medicina) e podem levar a dependência (PADILHA et al. 2018).

Quando bem administrados, os psicofármacos podem ser facilitadores relevantes no processo de cuidado do usuário (ALFENA, 2015). A dependência medicamentosa tornou-se um importante problema de saúde pública e tem desafiado os profissionais de saúde a buscar compreender o perfil do usuário de substâncias psicoativas e a refletir sobre o melhor modo de atuar diante dos problemas decorrentes desse uso (KRELING; MATTOS-PIMENTA, 2017).

Embora seja indiscutível o benefício terapêutico atribuído à utilização de medicamentos psicotrópicos, mediante a grande popularização dos mesmos, emergiram questionamentos referentes a real necessidade de sua utilização (MIGUEL, 2014). Nem sempre os psicofármacos têm sido utilizados para tratar transtornos mentais específicos, algumas vezes o próprio prescritor não consegue pontuar ao certo o motivo de sua utilização por alguns de seus pacientes (HENDERUD et. al., 2013).

Wiggers (2004) e BRIGIDO (2008) relatam que a prescrição e venda de substâncias psicotrópicas no Brasil são regulamentadas pela portaria 344/984, a qual determina a notificação de uma receita para que a dispensação do mesmo seja autorizada. Os receituários são mantidos nas instituições, visando fiscalização de controle, além de poder ser utilizado como uma fonte de informação preciosa sobre a prática atual de prescrição/dispensação de medicamentos psicotrópicos (NASARIO; SILVA, 2016).

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Segundo informações do Relatório do Departamento Internacional de Controle de Narcóticos, da Organização das Nações Unidas (ONU 2010), apesar do grande número de pessoas em sofrimento psíquico, o uso de medicamentos controlados e específicos para estas patologias, vem crescendo consideravelmente, sua utilização já supera a heroína, o ecstasy e a cocaína somados. Entre os consumidores de maior porte destes psicofármacos estão Estados Unidos, Argentina e Brasil, respectivamente (FIOCRUZ, 2010).

Sendo assim, esta pesquisa teve por objetivo investigar o perfil da população do município de Mandaguari/PR que faz uso dos medicamentos psicotrópicos dispensados pela Farmácia Básica do município, e identificar as principais enfermidades psiquiátricas que acometem esses usuários, com o intuito de desenvolver ações que possam sensibilizar a população para a importância do uso racional dos medicamentos e a adesão de tratamentos não farmacológicos.

METODOLOGIA

Esta pesquisa caracteriza-se por ser um estudo com abordagem quantitativa, com delineamento descritivo e transversal. Nas pesquisas descritivas, procura-se estudar a distribuição das doenças num determinado local, realizando a formulação de hipóteses. O estudo foi realizado no período de agosto de 2017 a Julho de 2018 na Farmácia Base do Município de Mandaguari, o qual trata – se de um município de pequeno porte localizado na região norte do Estado do Paraná.

O município de Mandaguari é referência no estado do Paraná em geração de empregos seja na indústria, agricultura ou comércio, conta com uma população estimada de 34.289 habitantes segundo o censo demográfico de 2015 e área territorial de 335,814 km² (IBGE, 2010).

A Secretaria Municipal de Saúde é constituída dos seguintes serviços: Serviço de Atendimento de Urgência e Emergência; Estratégia de Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde; Atenção Especializada a Saúde; Serviço de Saúde Mental; Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); Serviço de Farmácia Municipal (Farmácia Base); Serviço de Laboratório Municipal; Serviço de Fisioterapia e Serviços de Assistência Social.

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A população do estudo foi constituída por 125 usuários de medicamentos psicotrópicos dispensados pela farmácia base do município de Mandaguari/PR, obtidos a partir do cadastro dos mesmos neste serviço. Participaram da pesquisa apenas os usuários que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ser cadastrado na farmácia base, ter mais de 18 anos, ser morador no município de Mandaguari e fazer uso de mais de um medicamento psicotrópico. Critérios de Exclusão: ter idade inferior a 18 anos e usuários cujas receitas dispensadas não fossem para si mesmos.

Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais, em local reservado, e aplicação de um questionário semiestruturado na ocasião da dispensação do medicamento na farmácia base. O questionário era constituído por perguntas referentes às variáveis sociodemográficas: sexo, idade, estado civil, escolaridade, renda, tempo de aposentadoria e diagnóstico médico de algum transtorno mental.

Os dados coletados foram tabulados e analisados utilizando a técnica descritiva com uso de índices e porcentagens. Todos os participantes da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em 2 vias.

RESULTADOS

Participaram do estudo 125 usuários de medicamentos psicotrópicos dispensados pela farmácia base do município, dos quais 90 (72%) eram do sexo feminino e 35 (28%) do sexo masculino. Quanto à idade, 13 (10,4%) tinham idade entre 20 e 30 anos, 89 (68,8%) idade entre 31 e 60 anos e 23 (18,4%) 61 anos ou mais. (Tabela 01).

Quanto ao nível de escolaridade, prevaleceram os usuários que frequentaram até quatro anos do ensino formal 59 (47,2%), enquanto apenas 10 (8,0%) tinham ensino superior e 7 (5,8%) eram sem escolaridade. Os principais diagnósticos auto referidos foram Depressão 63 (50,4%), Epilepsia/Convulsão 24 (19,2%), Ansiedade e Insônia 19 (15,2%), outros diagnósticos 15 (12,0%) e não sabiam o diagnóstico apenas 4 (3,2%) (Tabela 01).

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Tabela 01. Características sócia demográficas dos usuários de medicamentos psicotrópicos dispensados pela farmácia base do município de Mandaguari/PR.

Variável

N

%

Gênero Feminino Masculino 90 35 72 28 Faixa Etária 20-30 31-40 41-50 51-60 61-70 71+ 13 14 30 45 21 2 10,4 11,2 24,0 33,6 16,8 1,6 Escolaridade Sem Escolaridade Fundamental Incompleto Fundamental Completo Médio Incompleto Médio Completo Superior 7 59 16 1 32 10 5,6 47,2 12,8 0,8 25,6 8,0 Principais Diagnósticos Epilepsia/Convulsão Depressão Ansiedade e Insônia Outros Não Sabem 24 63 19 15 4 19,2 50,4 15,2 12,0 3,2 Fonte: Autores

Dentre as mulheres entrevistadas, 49 (39,2%) referiram sofrer de Depressão, e que normalmente os sintomas estão associados a outros tipos de sofrimento. Quanto aos diagnósticos de Epilepsia/Convulsão e Ansiedade e Insônia, 15 mulheres (12,0%) afirmaram apresentar sinais e sintomas (Tabela 02).

Entre os homens entrevistados, 14 (11,2%) referiram ter diagnostico de Depressão, 9 (7,2%) disseram apresentar sintomas de Epilepsia/Convulsão e 04

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(3,2%) não sabiam o diagnostico (Tabela 02). Entre as medicações mais utilizadas estão Amitriptilina, Fluoxetina, Carbamazepina, Clonazepam e Clomipramina.

Tabela 2- Distribuição dos Diagnósticos Médicos segundo o gênero.

Variável

Mulheres (n)

Homens (n)

Diagnósticos Epilepsia/Convulsão Depressão Ansiedade e Insônia Não sabe Outros 15 49 15 01 10 9 14 04 03 05 Fonte: Autores

Dentre o numero total de participantes, 59 (47,2%) disseram passar por consultas regulares com o Psiquiatra; 55 (44,0%) relataram passar por consultas regulares com clinico geral e apenas 11 (8,8%) disseram passar por consultas regulares com o Neurologista conforme mostra a Tabela 03.

Tabela 03. Prescrições de Psicotrópicos conforme a Especialidade Médica.

ESPECIALIDADE MÉDICA PRESCRIÇÕES (n) % Psiquiatra Clinico Geral Neurologista 59 55 11 47,2 44,0 8,8 Fonte: Autores

No que diz respeito ao uso de substancias psicotrópicas de acordo com o gênero, 62 (49,6%) mulheres afirmaram fazer uso de 2 medicamentos regularmente; 24 (19,2%) mulheres fazem uso de 3 medicamentos e apenas 4 relataram fazer uso de 4(3,2%) medicações psicotrópicas (Tabela 04).

Entre os homens, 22 (17,6%) relataram fazer uso de 2 medicamentos psicotrópicos; 10 (8%) disseram fazer uso de 3 medicamentos e apenas 3 (2,4%)

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homens relataram fazer uso de 4 medicações psicotrópicas regularmente (Tabela 04).

Tabela 04. Uso de Polifarmacia Psicotrópica de acordo com o gênero.

VARIÁVEL Mulheres (n) Homens (n)

02 Medicamentos 03 Medicamentos 04 Medicamentos 05 Medicamentos ou mais 62 24 4 - 22 10 3 - Fonte: Autores DISCUSSÃO

Esta pesquisa em conformidade com Reis et. al. (2013) mostrou que atualmente, os transtornos mentais vêm se destacando nos programas de saúde pública em decorrência do preocupante crescimento nas últimas décadas na prevalência dos transtornos mentais na população mundial.

Segundo Alcântara et. al. (2018), cerca de 650 milhões de pessoas apresentam alguma especificidade de transtorno mental, compreendendo quatro das dez principais causas de incapacitação no mundo.

Os psicotrópicos, de acordo com Prado et. al. (2017) são substâncias que agem no sistema nervoso central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição. São substâncias químicas que atuam sobre os sintomas dos transtornos mentais e alteram o estado mental, conforme demonstrou este estudo.

Alcântara et. al. (2018) assim como esta pesquisa, mostraram que apesar da terapêutica medicamentosa ter por objetivo reduzir os sintomas prejudiciais oriundos do transtorno mental, ela deve sempre ser prescrita mediante criteriosa avaliação diagnostica. Este estudo corrobora ainda com os achados de Prado et. al. (2017) que demostrou que os medicamentos comumente utilizados no tratamento em saúde mental, vêm sendo disponibilizados de forma generalizada e indiscriminada, o que tem diminuído a eficácia desses medicamentos.

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Este estudo ainda mostra que 72% da população entrevistada em uso de substâncias psicotrópicas, são do sexo feminino, e apenas 28% do sexo masculino. Essa predominância relacionada ao gênero também foi observada em outros estudos como os de Pinto et. al. (2017) e Santos et. al. (2014), que relatam que este resultado pode estar associado ao fato das mulheres procurarem e utilizarem os serviços de saúde mais do que os homens. Outro estudo mostra ainda que, as mulheres apresentam alta prevalência de consumo de psicotrópicos por serem mais ansiosas e ter uma relação médico-paciente melhor que os homens e também por ter maior facilidade de expor problemas (MOURA et.al., 2016).

A Fluoxetina está entre os cinco principais medicamentos utilizados pela população entrevistada. Segundo Gruber et. al. (2014) a Fluoxetina, é uma substância psicotrópica muito utilizada, principalmente pelo sexo feminino, mas não apenas como um antidepressivo, mas em muitos casos é prescrita para fins estéticos, como a perda de peso. Diante do atual estudo, não é possível afirmar que esta medicação é utilizada para outros fins, se não como antidepressivo, seria preciso mais estudos para comprovar a real utilização dessa medicação para fins estéticos.

Ao analisar o nível de escolaridade, verificou-se que 47,2% dos entrevistados possuem o Ensino Fundamental Incompleto, o que sugere que o uso de substâncias psicotrópicas pode estar associado à dificuldade de resiliência frente aos problemas do dia-a-dia, sendo a depressão 50,4% o principal diagnóstico referido pelos participantes do estudo. Este fato, pode ser observado em outros estudos como o de Silva et. al. (2015); Santos et. al (2014) e Pereira et. al (2017), que mostram que a depressão é um dos transtornos mais frequentes na população em geral.

O estudo apontou que 47,2% dos participantes, disseram passar por consultas regulares com o Médico Psiquiatra, 44,0% por consultas regulares com o Médico Clinico Geral e 8,8% por consulta com o Médico Neurologista, sendo estes profissionais os prescritores das substâncias psicotrópicas aos participantes. Esse achado corrobora com outros estudos (SILVA et. al. 2015; SANTOS et. al. 2014; MOURA et. al. 2016) nos quais também não foram registrados nenhum caso de prescrição de psicotrópicos por profissionais médicos de outras especialidades.

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CONCLUSÃO

Os dados deste estudo revelaram que a maioria dos usuários de psicotrópicos dispensados na Farmácia Básica do município de Mandaguari, são mulheres, com escolaridade média, cujo principal diagnostico referido foi depressão. Foi possível observar também, que muitas pacientes não compreendiam o motivo pelo qual faziam uso das medicações psicotrópicas e desconheciam seu real diagnostico, respondendo às perguntas da entrevista com incerteza.

A partir desta pesquisa observou – se a necessidade dos profissionais de saúde estar mais presentes e atentos durante o atendimento e acolhimento aos pacientes, sempre os orientando e tirando suas dúvidas quanto aos diagnósticos, medicações, efeitos adversos, dosagens dos medicamentos entre outros.

Sendo assim, a partir dos resultados obtidos neste estudo, faz - se necessário que sejam realizados outros estudos sobre a temática, apontando novas formas de planejamento de ações e controle, no que diz respeito ao uso indiscriminado de medicamentos controlados.

REFERÊNCIAS

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XIV ERIC – (ISSN 2526-4230) MATERNIDADE NAS PÁGINAS DO BOLETIM DA L.B.A.: NATUREZA

FEMININA, EDUCAÇÃO, SERVIÇO (1951).

Marta Luz Silveira Moreira (FAFIMAN) martaluzmoreira9@gmail.com Bruno Sanches Mariante da Silva (orientador, FAFIMAN) bruno.silva@unifil.br

INTRODUÇÃO

Este artigo propõem-se a estudar e analisar os Boletins da Legião Brasileira de Assistência, periódico oficial da LBA. Para este trabalho são analisadas as edições de janeiro a dezembro de 1951. A finalidade destes Boletins consistia em ser uma fonte de informação sobre a administração da rede de assistência da LBA por todo o país, e levar informação técnica assistencial, divulgar trabalhos, estudos e pesquisas desenvolvidos na área da infância e maternidade, bem como promover debates e publicar obras estrangeiras promovendo o intercâmbio entre Escolas de Serviço Social nacional e internacional.

A Legião Brasileira de Assistência (LBA) foi uma das maiores instituições de assistência social no Brasil. Fundada em 1942, pela então primeira-dama Darcy Vargasi no contexto do esforço nacional de guerra, tinha como função inicial o auxílio às famílias dos combatentes brasileiros enviados à Segunda Guerra Mundial. No cenário pós-guerra, a LBA concentra-se na ação voltada à maternidade e à infância.

Esta pesquisa procurara responder questões levantadas como: Qual era o conceito de ‘maternidade’ está sendo divulgado no Boletim? Quais os tipos de programas desenvolvidos em prol da infância e maternidade? Qual o teor dos artigos no que diz respeito às questões de maternidade? Por fim, objetivo central é a percepção de qual concepção sobre as mulheres está presente nas ações da LBA, e nas páginas de seu Boletim.

Como referência teórica, utilizou-se as reflexões de Elisabeth Badinter e Carla Pinsky. A obra “Um amor conquistado: o mito do amor materno” de Badinter apresenta uma pesquisa sobre a maternidade no século XVIII na França. Segundo a

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autora, de vinte uma mil crianças nascidas no ano de 1780, só mil eram amamentadas por suas mães, as demais eram amamentadas por amas mercenárias, em sua maioria fora da cidade de Paris. Para estudar e entender estes fatos a autora vai buscar respostas em pensadores desde a Grécia Antiga e suas concepções sobre a mulher e a criança, desde Aristóteles até Freud. A análise de Badinter se dá no sentido de que no decorrer da História a mulher era vista como um ser fraco, inútil e pertencente ao homem, seja ele pai, irmão ou marido. Para Aristóteles sua utilidade residia somente no útero fértil. A infância durante longos séculos foi descrita pela teologia cristã, na pessoa de Santo Agostinho, como: ‘testemunho de condenação lançada contra a totalidade dos homens.’ Badinter aponta que com a Era da Luzes e a publicação de Émile, Contrato social (ambas obras de Rousseau), entre outros livros, este período desenvolveu uma nova visão sobre a maternidade, a criança e a família.

Para nos aproximarmos do período em estudo, utilizou-se a obra “Mulheres dos anos dourados” de Carla Pinsky. Neste livro, a autora analisa artigos de revistas consideradas femininas, que circulavam entre as décadas de 1940 e 1960, para entender as transformações ocorridas nos costumes, nas relações familiares e nas imagens femininas e masculinas no Brasil do período.

A LBA e a primeira-dama

A LBA instituição criada em 1942 pela então primeira-dama Darcy Vargas com objetivo da ajudar as famílias dos soldados enviados a Segunda Guerra Mundial. Em 5 de setembro do mesmo ano, seus estatutos foram registrados como sociedade civil. Pela portaria n° 6.013, de 1º de outubro de 1942, do Ministro da Justiça e Negócios Interiores foi autorizada sua organização definitiva e o seu funcionamento, o que se deu em 2 de outubro do mesmo ano. A “Legião Brasileira de Assistência” se define como sendo uma instituição civil de Direito Privado, mantida pelas Confederações do Comércio e da Indústria. As contribuições destinadas a L.B.A. eram recolhidas por intermédio dos Institutos e Caixas de Previdência, sendo obrigatórias em virtude de lei federal, pela qual a União também se comprometeu a uma contribuição. Dedicada, no princípio, a assistir às famílias dos convocados para

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a guerra, posteriormente a Legião prestou serviços de assistência de toda a natureza.

A posição brasileira na Segunda Guerra Mundial ao lado dos vencedores propiciou um clima de confiança ao país. Com o final da guerra, ideias democráticas ganharam força, provocando o fim da ditadura de Vargas. Os anos que vão de 1946 a 1964 costumam ser vistos como um período democrático. Comparados com os anteriores e aos imediatamente posteriores, eles delimitam um intervalo de tempo com maior liberdade de expressão. Entretanto, apesar da representatividade formal garantida, das medidas populares tomadas pelo governo e da parente autonomia dos três poderes, ocorre uma ampliação do poder estatal e se mantêm inabaladas velhas concepções de poder autoritário baseada na figura forte de chefe da nação…nos anos 1950, o Brasil ingressa numa fase de desenvolvimento mais acelerado. A urbanização e a industrialização avançam com vigor. A produção industrial diversifica-se. (PINSKY, 2014, p.16).

No período pós-guerra, as cidades têm seu cotidiano transformado pelo grande número de pessoas que buscam os centros urbanos por suas facilidades e pela oferta de trabalho, que aumenta sensivelmente, possibilitando uma expansão da classe média, além do proletariado industrial. São ofertadas ocupações em diversos setores nos serviços urbanos como: bancos, comércio, publicidade e propaganda, transporte, comunicação e serviços burocráticos. A oferta encontra-se em empresas privadas, funcionalismo e nas profissões liberais. A economia e a sociedade brasileira tornaram-se mais complexas, as relações capitalistas ampliam-se e sofisticam-se, transformações que têm reflexos importantes no status socioeconômico das mulheres.

Em 1951, a primeira-dama Darcy Sarmanho Vargas assume novamente o cargo de presidenta da L.B.A, tendo em vista que, segundo os estatutos da entidade, à primeira-dama do país cabia a presidência da LBA. O retorno de Darcy à presidência da L.B.A, foi descrito, nas páginas do Boletim da LBA, como uma apoteose, que ocorreu na sede da LBA no dia 20 de fevereiro de 1951, contando com a participação do Conselho Deliberativo da L.B.A., chefes de governo, amigos da primeira-dama e a população. Segundo Boletim, em sua posse a primeira-dama foi aclamada como símbolo de bondade, uma inspiração para todos.

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Uma edição inteira do Boletim foi dedicada ao retorno de Darcy Vargas, esta por sinal é uma das edições com o maior número de páginas, empatando com a edição do Natal de 1951. Nesta edição, Darcy é descrita como uma santa, cheia de virtudes só encontradas em um ser divino. Sua dedicação com os mais necessitados, com as mães que choram por seus filhos, com as famílias que lutam para colocar o alimento em cima da mesa, lutando contra secas – no caso do Nordeste que passa por uma grande estiagem – ou contra doenças que se abatem inúmeras famílias. Boletim enfatiza que, em todos os casos, a sra. Darcy Vargas estaria presente pessoalmente ou na forma da instituição que ela fundou para este fim, o de dar assistência onde for preciso.

Na edição de fevereiro de 1951, há um texto escrito por Caio Miranda (“A santa”) que destaca o carisma e a história de vida da primeira-dama, que perdeu um filho, fazendo dela um igual, pois conheceria as dores de muitas mães que não tem seus filhos nos braços para acalentar. Este fato a colocaria como defensora de uma população que vive esta realidade de perto. O texto descreve a Darcy como amada, e esta seria um bálsamo bendito e um amparo permanente a todos aqueles que sofrem. Neste mesmo texto à o relato de que o autor teria presenciado a primeira-dama cozinhando para as crianças que espera do lado de fora da Casa do Pequeno Trabalhador. (Boletim, fevereiro de 1951, pg. 10)

A primeira-dama se faz presente como Presidenta da Legião Brasileira de Assistência na seca do Nordeste, levando alimentos e ajuda financeira para minimizar o sofrimento das pessoas destas regiões. No Boletim são descritas duas viagens para as regiões atingidas pela seca. As publicação procura enfatizar que a presença da Presidenta da L.B.A. leva conforto aos que sofrem, estes teriam com quem contar, não estariam abandonados. Os artigos demostram que Darcy Vargas, ao viajar para encontrar a população sofrida com a seca, leva com ela a esperança de receber ajuda concreta e o olhar do governo para esta situação em se encontra os povos do Nordeste. Além do assistencialismo, a visita da Sra. Darcy, continha a imagem de que o governo também se fazia presente com o povo que sofre.

Depois que o Governo da República entendeu de confiar à “Legião Brasileira de Assistência” a coordenação de socorros às populações do Nordeste atingidas pelo flagelo da seca, a sra. Darcy Vargas

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esteve em visita a Pernambuco, Paraíba do Norte, Rio Grande do Norte e Ceará, (…) e pelo outro para dar estímulos e palavras de fé e confiança às populações sacrificadas.(Boletim, ed.67, junho de 1951. 5p).

Em uma das viagens descritas foram distribuídos alimentos no Nordeste onde a Sra. Darcy se fez presente. O artigo fala de 30.000 sacas de feijão, 150 toneladas de leite em pó para as crianças mais três cheques no valor de quinhentos mil cruzeiros destinados ao fundo financeiro da A.V.I.S., órgão criado dentro da L.B.A., para dar assistência as vítimas da seca. A publicação do mês de julho de 1951 tem como tema da primeira página a criação da A.V.I.S., segundo o artigo de abertura do Boletim, o Governo da República teria brilhado ao agir com rapidez ao mobilizar e confiar a L.B.A. a criação da A.V.I.S., como coordenador foi escolhido o dr. Amaury Marcello, Diretor do Departamento de Maternidade e Infância. (Boletim, ed.67, julho de 1951. 1p)

A LBA e a maternidade

Apos sua renovação em 1946 o Boletim tem sua atenção voltada para a maternidade e a infância, podemos perceber em suas publicações do ano de 1951 seria direcionada para a criança e de como exercer a maternidade. No Boletim de janeiro escrito por Dr. J. Freire de Vasconcelos, ao falar sobre a questão dos órfãos ressalta a importância da assistência à infância segundo o contexto mãe-filho que este laço não deve ser rompido (Boletim, janeiro de 1951 ed. 63, pg. 15). O autor também descreve que no decorrer dos tempos as crianças foram colocadas em asilos, orfanatos, patronatos, abrigo ou casa da criança etc... Assim todos os esforços estavam direcionados somente para a criança, mas com o passar do tempo foi verificado que surgiria melhor efeito, segundo o autor, quando a atenção fosse aplicada no binômio mãe-filho.

A procriação é uma das doçuras do casamento: e que mais seria natural que amar em seguida os seus frutos? (…) Os pais amarão mais os filhos e as mães, dizem, retornarão livre e espontaneamente a eles. Pelo menos, é essa a nova ideologia de que Rousseau foi um dos melhores representantes. Desse ponto de vista, exalta-se

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interminavelmente as doçuras da maternidade, que deixa de ser um dever imposto para se converter na atividade mais invejável e mais doce que uma mulher possa esperar.(Badinter, 1985, pg. 174-175)

O artigo reforça que este afastamento ou rompimento de laços entre mãe e filho tem consequências psíquicas para a criança, pois mãe e filho formam durante um período uma verdadeira unidade. Para o Dr. Vasconcelos o afrouxamento dos laços familiares, a decadência da autoridade paterna, a ausência da mulher do recito do lar para o trabalho diário, seriam causas da dissolução da família. O autor ainda afirma que o objetivo da assistência social seria a manutenção da criança no convívio familiar. Com esta meta é fácil perceber na leitura dos artigos que todo o empenho seria realizado para que mãe e filho não se separassem, ações como cursos nos posto de puericultura, programas de rádio todos os esforços são para que a família tradicional, pai, mãe e filho exerça seu papel na sociedade.

Para exemplificar muitos dos artigos da revista tem como tema a saúde da futura mãe e da criança. No texto em titulado Higiene da Gestante, o autor é categórico ao escrever que “Toda mulher grávida deve fazer-se examinar pelo médico o mais tardar no decorrer do sexto mês, mas de preferência desde o quinto mês” (Boletim, ed.69, agosto de 1951.pg.15). O autor continua com dicas sobre alimentação da gestante, acrescenta conselhos sobre dores que pode ocorrer durante a gestação, perdas sanguíneas e vômitos que são comuns nos três primeiros meses da gravides aconselha sobre exames a serem feitos no decorrer da gestação entre outros. Como podemos perceber a revista tem este caráter informativo, o que se torna também um dos meios usados pela L.B.A. para ensinar e informar a população. Porem e bom lembrar que neste período a população brasileira em sua grande maioria era analfabeta. Seus artigos deixam perceber como a ignorância é um dos fatores que provocaria a morte de mãe e filho.

No texto escrito por Carlos Augusto Lopes, um dos poucos a ter o nome do autor, ele coloca a importância do amparo as famílias para que através dela a criança tenha toda a proteção que lhe é devida. O reajustamento da criança no próprio lar seria um dos objetivos da assistência social, sua função não seria arrumar um novo lar, mas ajudar os pais e responsáveis a serem auto suficiente, a

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produzirem mais, trabalhar para reajustar economia familiar evitando assim o afastamento da criança do lar. A Assistência deve começar no período da pré-natal e estender ate o fim do término da infância, este amparo deve ser exercido principalmente através da família.

E não se restringe, a nosso ver, o conceito da proteção integral da infância à conjugação das modalidades assistenciais referidas, mas diz respeito também á continuidade dessa proteção, que deverá começar no período pré-natal e estender-se até o término da infância, e ainda, a que esse amparo deva ser exercido principalmente através da família.(Carlos Augusto Lopes, Boletim, ed.63, janeiro de 1951, pg. 32)

Dar assistência higiênica e médica a mãe e a criança, assistência jurídica, moral e econômica, em conjunto executar um movimento educativo, para que os pais ensinados que necessitam para orientar seus filhos, lutando conta o mal da ignorância.

Entre as causas de morte infantil está a diarreia e a falta de higiene, o desconhecimento dos pais e erros da alimentação. Carlos Augusto Lopes aponta em seu texto que educar as mães e o meio mais fácil de acabar com a mortalidade infantil, para o autor haveria muitos pais ignorantes. O Boletim em seus textos deixa claro que uma de sua prioridade seria educar as mulheres desde a infância para que esta possa assumir seu papel natural: a maternidade.

A educação das mães será o meio mais poderoso e mais seguro para a proteção da infância, acrescentando que sem a educação das mães, é minha opinião, a legislação mais sábia, com as suas maravilhosas providências e a mais perfeita assistência sabiamente organizada, não colherão senão poucas vitórias, enquanto existir mulheres ignorantes e cheias de preconceitos.(Carlos Augusto Lopes, Boletim, ed. 63,janeiro de 1951, pg. 32)

Uma das causas da frequente para o abandono das crianças apontadas pela revista seria a morte dos pais ou filhos de progenitores afastados por doenças infectocontagiosas, mas em lugar encontrei referencia as mães solteiras que deviria existir neste período, podemos considerar que neste período ter um filho fora do casamento era motivo de escândalo, ser mãe solteira era algo impensável, o máximo que foi encontrado foi algo como pertubações psíquicas ou mentais.

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A maternidade tão protegida não pode ser qualquer maternidade, a mulher é ensinada a ser submissa, dócil, agradável em tudo obedecer. O artigo sem autor, intitulado “Educação das filhas”, afirma que:

“a educação das filhas deve ser o mais altruísta possível, que o papel da mulher na vida é de tudo distribuir ao redor de si, para ser o conforto, alegria, beleza, conservando sempre um aspecto agradável, sem se fazer de mártir, sem mau humor e fadiga aparente.”(Boletim, ed.71, outubro de 1951, pg. 5)

O texto admite ser esta e uma tarefa difícil, conduzir as filhar a esta perfeita renúncia, mas que desde cedo as meninas devem “espontaneamente” saber repartir seus “brinquedos”, “bombons” e dar o que ela tem de melhor, em especial o que ela se sente mais “apegada”. Deve-se desenvolver na “menina o gosto pelo belo”, pois a “menininha que se habitua a vestir-se com cores frescas, de forma simples e elegantes e sem afetação, e atraída por coisas belas”. Ao ser educada com esses princípios a menina desenvolveria um gosto pelo belo o que deveria refletir em seu interior, deixando o ambiente em que vive mais agradável e fácil de se conviver. A mulher responsável pelo humor de todos que estão ao seu redor, tirando do homem a responsabilidade de ser agradável para viver em harmonia em seu lar. No livro Mulheres dos anos dourados a autora encontrou nas revistas pesquisadas mensagens com o mesmo sentido em relação ao comportamento esperado da mulher.

A“ mulher faz o marido”, ou seja , ele se comporta de acordo com o tipo de esposa que tem. As revistas colocam nos ombros femininos o peso da manutenção da “felicidade do lar” e, muitas vezes o comportamento do cônjuge. Se a esposa cumprir bem “suas funções”- “um conjunto de deveres que colaborem para o bem-estar do marido e de sua pequena comunidade” - sem questionamento e sem queixas, a “harmonia familiar” estará assegurada. Nada semelhante a esse esforço é exigido dos homens. (Pinsky, Carla Bassanezi, Mulheres dos anos dourados, pg.216)

O Boletim apresenta o pesamento de como a mãe deve agir para incutir no filho homem uma noção de participação familiar, e aliviar o peso que recai para as mulheres da família.

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“A atitude da mãe para com os rapazes não difere sensivelmente da que deve ter para com as filhas. Se ela não lhes pode pedir para auxiliar, nos trabalhos caseiros, todavia que ela lhes peça para tomarem parte no conjunto da tarefa familiar para que o peso que recai sobre os ombros da mãe e das filhas não seja demasiado(…) ”(Boletim, ed.70, setembro de 1951,pg.5)

A recomendação e de que a mãe deve ter uma atitude “pedir” para que os filhos tomarem parte o conjunto de tarefa familiar, já que ela ‘não ‘ pode pedir para que os filhos auxiliem nos trabalhos caseiros. Podemos entender que a educação dos meninos e das meninas tem suas diferenças, enquanto se educa a menina para ser responsável pela manutenção do “lar e sua harmonia” ou seja lavar, passar, cozinhar e tudo que se refere ao trabalho doméstico sem esquecer o cuidado com as crianças que responsabilidade da mulher, quanto aos meninos o que restaria para ele auxiliar no cotidiano doméstico já que não pode fazer “trabalhos caseiros”.

Em seus artigos o Boletim prega o conceito de família tradicional com pai, mãe e filhos de preferência uma prole grande, podemos entender que a atmosfera familiar tem muita importância neste período, ao ponto de ser recomendado em um pequeno texto em titulado “Atmosfera Familiar”, que em caso de separação do casal o responsável pelas crianças geralmente a mulher, esta deveria contar para os filhos que o pai foi viajar ou inventa-se cuidados prolongados em um país longínquo, mas que as crianças possam acreditar em uma unidade familiar”(Boletim, ed.69, agosto de 1951, pg.2). Pois este seria um modo responsável de não dividir as crianças em dois lares, que segundo o Boletim não haveria lugar para as crianças, deixando nelas um sentimento de insegurança, que poderia levar a se tornar um marginal ou um delinquente.

O tema delinquência juvenil é recorrente no Boletim demonstrando a preocupação com o assunto, em um dos textos publicados esta a apresentação da tese defendida pela Senhorinha Odette Philippon em seu livro ‘’Uma juventude delinquente acusa’’, onde ela aponta que uma das causas da delinquência juvenil seria por fatores familiares como: “divórcio, pobreza, alcoolismo, imprensa e cinema, segundo a tese defendida por Philippon 80% dos delinquentes procedem de lares desfeito.”( Boletim, ed. 69, agosto de1951, pg.14). Para chegar a estes números Philippon estudou 18.000 casos que recebeu de 160 casas de correção.

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O Boletim é a mulher

O Boletim deixa claro que a maternidade é a função primordial das mulheres. Uma mulher que não tivesse filhos não era bem-vista pela sociedade neste período, ela era em geral considerada como louca. Um dos mais emblemáticos casos apresentados pelo Boletim tem como título: “Não quis ser mãe”,neste caso é descrito uma mulher belga que estaria recruza em hospital psiquiátrico na Bélgica, deixando claro que este exemplo não deve ser seguido no Brasil. Ela seria: “uma mulher com cabelos grisalhos e olhos queimados de tanto chorar, e passa todos os dias acocorada em um canto de sua sela embalando uma uniforme boneca de trapos, entoando ininterruptamente uma canção triste”(Boletim, ed.67, junho de 1951, pg.10). Esta mulher em questão não teria nome, somente um apelido “Dodo”, pelo qual era chamada pelas demais internas, mas as enfermeiras identificavam como “Madame 12”, certamente por ser este o número de seu quarto. Só o diretor do hospital conhece seu verdadeiro nome. Ela seria de uma das famílias mais ricas da região.

Ela é descrita como uma mulher jovem que se casará aos 18 anos, em seu favor além da juventude ela possuía beleza, riqueza, e um marido que segundo o texto a adorava e para completar um bebê cheio de saúde. Mas como esta mulher que aparentemente possuía tudo acabou em um hospital psiquiátrico? O Boletim apresenta uma mulher vaidosa que ao descobrir que seria mãe novamente após dezoito meses a primeira gestação, não aceita e furiosa faz um aborto sem o conhecimento do marido. “Elegante e facciosa”ii sentiu-se a tal ponto humilhada em sua gravidez, por ser feia e deformada, que jurará a si mesma nunca mais ter filhos.”(Boletim, ed.67, junho de 1951, pg. 10) Mas sua história não termina assim, em pouco tempo seu filho adoece e vem a falecer, a mesma mulher que antes não aceita uma segunda gravidez, agora se desespera ao descobrir que não poderia ser mãe devido ao aborto, ela é descrita como louca, demente que passa noites inteiras ajoelhadas diante da foto de seu filho, chorando e rezando sem confessar sua falta ao marido. O Boletim apresenta este caso como um pecado que tem como punição a demência que seria o castigo para todas as mulheres que como título cita: não quis ser mãe.

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Como é retratado artigo uma mulher sem filhos perderia sua utilidade, como na Grécia Antiga, uma mulher era vista como solo onde se plantava a semente, se seu ventre não fosse fértil está não teria utilidade. Uma mãe teria que se dedicar exclusivamente ao filho e ao marido, a maternidade deveria vir em primeiro lugar. O fato de só o diretor saber seu nome revela que sua família tem vergonha e não quer que a sociedade da região saiba do seu infortúnio, ela foi exilada ao ser internada, sua família a tira do convívio social. Ao escolher dar fim na gravidez e na possibilidade de vir a ter outro filho no futuro, esta mulher diz não ao prazer ou fardo de ter em seu corpo outro corpo, o que para muitas mulheres é uma experiência de quase morte. Ela se recusa a ter o devotamento que a sociedade prega que uma mãe tem que ter. O sacrifício, submissão uma rendição total a criança, este sentimento não era conhecido por está mãe, no máximo ela sentia ternura, algo como gostar bem longe do amor que se impõe sobre tudo mais. É este tipo de amor que se espera de uma mãe, amor que não tem limites, que é capaz de qualquer sacrifício por seu filho, até do próprio corpo, que começa já na gestação quando a mulher se sente mais vulnerável, seu corpo deixa de ser seu passa a pertencer a outra pessoa.

Se procurarmos a essência da maternidade, chegaremos a submissão. Submissão não é rendição a um amor mais alto. A mulher aguarda a corte, um chamado, um objeto de dedicação A natureza humana repele a ideia de uma mulher se oferecer, porque a missão dela é procurada. A natureza da mulher é a aceitação.’’ (Boletim, ed.67, junho de 1951, pg.20)

Não é possível afirmar que todas as mulheres têm este tipo de devotamento, mas para a sociedade da época, aquelas que foge o padrão só lhe resta um caminho o da loucura como uma forma de castigo, a mulher deixa de ser um ser humano passa e ser uma doença da sociedade. É esperado da mulher uma aceitação que beira a santidade, uma conformidade que tudo aceita, para não deixar o marido desconfortável em sua casa. A mulher é responsável por tudo que se refere ao lar, filhos e a manutenção do casamento. Rainha do lar, enfim a vida privada, seu reduto é a casa, já o homem tem uma vida dentro do lar e outra fora.

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A moral sexual do período tem uma dupla face cobra pureza da mulher solteira ao mesmo tempo que permite e incetiva diversas experiências sexuais dos homens, o que cumula em muitos casos de crianças contaminadas com sífilis na gestação. A ligação estreita entre o conceito de honra feminina e de virtude sexual, influi muito no controle sobre a sexualidade das mulheres, as mulheres que perdem a virgindade antes do casamento procuram guardar segredo, pois está previsto no Código Civil Penal a anulação do casamento mediante a constatação do defloramento da noiva, mas não são muitos os homens que admitem que sua noiva fora deflorada por outro. Em caso da falta ser descoberta a mulher em questão ficam ‘’mal falada’’iii e passam a ser evitada em companhia das ‘moças de família’, outro termo muito usado no período seria ‘’moças de família’’ e as ‘’levianas’’, estes dois termos servem para designar as camadas sociais a qual cada uma pertencem, o que criam uma hierarquia entre as próprias mulheres e uma valorização social. Os homens, por sua vez, tem liberdade para manter relações sexuais antes do casamento, como são estimulados desde a adolescência a interessar no sexo oposto.

A moral sexual que vigora durante os Anos Dourados tem dupla face: cobra pureza da mulher solteira ao mesmo tempo que permite e incentiva experiências do homem com várias mulheres.(…) Mesmo com todas mudanças sociais ocorridas na primeira metade do século XX, a regra que obriga as moças a conservarem a virgindade até o casamento permanece com toda a força.(Prinsky, 2014, pg. 123)

Com as transformações urbanas novas formas de lazer, novos pontos de encontros surgem nas cidades, regras e praticas sociais vão se transformando a partir das ruas para dentro do convívio familiar, mas se mantêm as distinções entre gênero a exemplo da valorização da castidade para a mulher e a moral sexual diferenciada para os homens.

As mulheres com as grandes guerras tinham que substituir os homens em muitas ocupações nos postos de trabalhos, com o fim da guerra muitas mulheres não voltam para os afazeres domésticos, bem estes afazeres continua sendo delas, só acumulam mais um trabalho ao que elas já tem. O Boletim ao abordar o assunto do trabalho feminino inicia dizendo que:

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‘’Se a mulher não foi nos séculos passados, perante o Estado e perante a sociedade o que ela ‘’é’’ hoje, a culpa nem sempre pode ser atribuída ao homem. A culpa, se culpa se pode chamar, reside fundamentalmente nas condições diferentes de vida da mulher e do homem, da família e da coletividade.(Boletim, ed.68, julho de 1951, pg.11)

Seria as exigências sociais que a sua maneira não obrigava a mulher a afastar-se do lar, onde a mulher afastar-sentia-afastar-se como soberana. Ao homem é atribuído o sustento econômico dos membros da família e a mulher ‘’não era demais’’ cuidar da dos filhos e da arrumação da casa. O texto coloca o trabalho feminino fora do lar como algo ruim uma aberração social, para as mulheres que ocupa uma classe média ou alta, pois as mulheres de classe baixa sempre trabalhou. Já no início e colocado que o advento dos novos tempos a mulher teve sua cultura aumentada e suas aspirações também evoluirão, mas deixa claro que o ideal seria que a mulher permanecesse no reduto do lar. O advento das guerras e as crises levam a mulher a procurar por si mesma o sustento do lar e dos seus longe da influência dos homens, uma vez que o trabalho destes já não bastava para prover o sustento das famílias. Para o Boletim a interversão do Estado seria imprescindível para garantir uma proteção mulher durante a gravides e o parto. O artigo 164 da constituição de 1946 coloca como obrigatório a assistência a maternidade, a infância e adolescência, não da mulher. Para o conceito do período mãe e filho formão um único ser indivisível, a mulher não e vista pela sociedade e nem pelo Estado como um indivíduo com direito e deveres, na realidade a mulher só tem uma função o de ser mãe e cuidar do futuro do país, todos os projetos são voltados para este fim.

O Boletim apresenta que a maternidade como o único meio em que a mulher poderá atinge sua suprema vocação ou seu destino biológico e espiritual, tornando totalmente desenvolvida. Podemos concluir que neste período a mulher não é vista além da maternidade, o Estado deixa explícito que a assistência se dá no momento da gestação e para sua total execução, com a preparação da jovem para a maternidade e mãe para cuidar e educar os filhos, mas até na educação tem uma diferenciação entre a educação do menino para a menina, esta é preparada desde a infância para ser uma boa dona de casa e esposa, obediente e gentil com o marido,

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já o menino não deve se envolver com assuntos ditos domésticos, ou seja, sua educação é toda voltada para que o está fora de casa, ou seja, a vida pública. Neste período as diferenças entre o feminino e o masculino são acentuados, a aparente naturalidade irrevogável em suas normas é o que define o papel de cada um em sociedade. A hierarquia masculina é observada em várias matérias, em especial naquelas que se trata do trabalho feminino, onde é colocado que o lugar da mulher não seria no trabalho fora de casa, considerado uma ‘’aberração social’’,mas sua vida deveria girar em torno do marido e dos filhos onde segundo muitos autores ela seria ‘’soberana’’. O trabalho feminino também é colocado como causa de abandono e delinquência infantil, pois quando a mãe não está presente para cuidar das crianças e estas se perdem, a responsabilidade recai sobre a mãe, fazendo do pai menos responsável pela educação dos filhos. Não muito diferente do conceito da Antiguidade onde a virtude moral feminina seria ‘’vencer a dificuldade de obedecer’’, neste período também é cobrado da mulher a submissão. O que contribui para a desigualdade entre homens e mulheres.

REFERENCIAS:

BADINTER, ELISABETH. Um Amor Conquistado: o Mito do Amor Materno. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 1985. 10º ed.

PINSKY, Carla Bassanezi. Mulheres dos Anos Dourados. Editora Contexto. São Paulo, 2014.

FONTE:

BOLETIM da L.B.A. Publicação Mensal, Rio de Janeiro-DF, 1951.

i Darcy Samanho Vargas, nasceu em São Borja no ano de 1895, casou-se aos quinze anos com Getúlio Vargas, Presidente do Brasil em dois períodos que vai de 1930 a 1945, e de 1950 a 1954.

ii Faciosa o feminino de facioso: o mesmo que faccioso, revoltosa ou subversiva.

iii Carla B. Pinsky aborda o assunto das mulheres mal falada, moças de família, leviana em seu livro Mulheres dos Anos Dourados, nas pg. 123 a 125.

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