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Perfil Epidemiológico de Portadores do Vírus da Imunodeficiêcia Humana e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida no estado de Sergipe, 2007-2012

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E

SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA NO ESTADO DE SERGIPE, 2007-2012

Fabiana Guimarães Brito1 Maria Izabel R. C. de Rezende2

Rubens Riscala Madi3 Cláudia M. de Melo4 ISSN IMPRESSO 2316-3313

ISSN ELETRÔNICO 2316-3798

RESUMO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença crônica caracterizada por profunda imu-nossupressão provocada pela depleção dos linfócitos TCD4+, glóbulos brancos do sistema imunológico, sendo o vírus da imunodeficiência humana (HIV) o seu agente etiológico. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico de pacientes HIV/ AIDS atendidos em Serviço de Atendimento Especiali-zado (SAE) de Sergipe, no período de 2007 a 2012. Os dados coletados no SAE foram analisados por meio do programa SPSS 21.0, sendo calculados Odds ratio e correlação de Pearson (α=5%). Entre 1202 indivíduos, o perfil predominante foi masculino, de 21-50 anos, com nível de instrução entre ensino básico e funda-mental e parceiros sexuais fixos/não fixos. Aproxima-damente 63,3% realizou terapia antirretroviral, sendo

que 66,2% apresentaram taxas de linfócitos TCD4+ > 350 células/mm3 e 41,8% carga viral < limite mínimo. Entre os protozoários/helmintos intestinais, os mais comuns foram os comensais. O perfil epidemiológico dos portadores de HIV/AIDS estudados apresentou-se concordante com o perfil da epidemia em outras loca-lidades do Brasil. Observou-se a heterossexualização como padrão da infecção atual e seu contágio suge-rido pelas práticas sexuais. As mulheres apresentam maior risco em desenvolver quadros mais graves de imunodeficiência quando comparados com os ho-mens sergipanos atendidos no CEMAR.

PALAVRAS-CHAVE:

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ABSTRACT

The Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) is a chronic disease characterized by profound immu-nosuppression provoked by the depletion of the lym-phocytes TCD4+, white globules of the immunologic system, being the Human Immunodeficiency Virus (HIV) its etiologic agent. This study intends to cha-racterize the epidemiologic profile of HIV/AIDS pa-tients seen in Specialized Attendance Service (SAS) of Sergipe, during the period of 2007 to 2012. Data collected in SAS were analyzed by the program SPSS 21.0/ being calculated odds ratio correction Pearson (α=5%). Among 1202 individuals, the predominant profile was masculine, among 21-50 years old, with instruction level between basic and medium and with stable/non stable sexual partners. Approximately 63,3% did antiretroviral therapy, and 66,2% of them presented lymphocytes rates TCD4+ > 350 cells/mm³ and 41,8% viral rates < minimum limit. Among the intestines helminthes protozoans, the most commons were the commensals. The study of the epidemiolo-gic profile of the HIV/ AIDS carriers showed itself ac-cording with the epidemic profile in others locations in Brazil. It was seen the heterosexual condition as a pattern of actual infection and its contagion sugges-ted by sexual practices. Women show a higher risk in developing more severe cases of immunodeficiency when compared with men from Sergipe attended in CEMAR.

KEY-WORDS

Epidemiologic Profile. HIV. AIDS.

RESUMEN

El Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida (SIDA) es una enfermedad crónica caracterizada por una pro-funda inmunosupresión causada por el agotamiento de linfocitos T CD4 +, células blancas de la sangre del sistema inmune, con el virus de la inmunodeficiencia humana (VIH), el agente etiológico. Este estudio tuvo como objetivo identificar las características epide-miológicas de los pacientes con VIH / SIDA atendidos en Servicio de Atención Especializada (NCS) de Ser-gipe, en el período 2007-2012. Los datos recogidos en el NCS se analizaron con el programa SPSS 21.0, y calcularon odds ratio y la correlación de Pearson (α = 5 %). Entre 1.202 personas, el perfil predominante fue masculina de 21 a 50 años, con el nivel de edu-cación entre compañeros sexuales primarios y funda-mentales y fijos / no fijos. Aproximadamente el 63,3 % fueron sometidos a la terapia antirretroviral, y el 66,2 % tienen tasas de las células T CD4 + > 350 célu-las/mm3 y el 41,8 % de la carga viral < umbral. Entre los protozoos / helmintos, los más comunes fueron los comensales. El perfil epidemiológico del estudio del VIH / SIDA presentó coherente con el perfil de la epidemia en otras regiones de Brasil. Se observó como una infección actual norma heterosexual y se transmite a través de prácticas sexuales sugeridas. Las mujeres tienen un mayor riesgo de desarrollar la inmunodeficiencia más grave en comparación con los hombres tratados en Sergipe atendidos en el CEMAR.

PALABRAS CLAVE

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1 INTRODUÇÃO

A AIDS é considerada epidemia mundial, apresen-tando grande morbimortalidade nos indivíduos aco-metidos ao longo do tempo, constituindo-se em grave crise social e sanitária, afetando diretamente o pro-cesso de viver saudável (FREITAS et al., 2010).

A partir de 1990, houve uma transição do perfil dos indivíduos infectados, resultando em heterossexuali-zação, feminiheterossexuali-zação, pauperização e interiorização da epidemia (GIRONDI et al., 2012). Esta não apresenta mais diferenças no risco de infecção relacionadas à idade, sexo, etnia ou classe social e sim, apenas a determinados comportamentos/atitudes sexuais e o uso compartilhado de seringas e agulhas (PIERI; LAU-RENTI, 2012).

A determinação/identificação dos fatores de risco e de evolução clínica constitui-se como peça chave para prevenção e controle da infecção. Neste contex-to, a terapia antirretroviral (TARV) reduz as taxas de

morbidade e mortalidade associadas à infecção pelo vírus HIV (RAVETTI; PEDROSO, 2009).

Em vista do exposto, justifica-se a necessida-de da ampliação do conhecimento sobre a AIDS no estado de Sergipe, enfocando especialmente o risco de infecções parasitárias concomitantes para o delineamento de ações de educação em saúde e estabelecimento de medidas profiláticas auxiliares destinadas aos grupos populacionais específicos. O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil epide-miológico de portadores de HIV/AIDS no estado de Sergipe no período de 2007 a 2012, não obstante teve-se a intenção de caracterizar os indicadores sociodemográficos, os fatores de risco comporta-mentais dos portadores, analisar o uso de TARV se-gundo evolução de parâmetros laboratoriais (Con-tagem de linfócitos TCD4+ e carga viral) e quadro clínico e por fim, avaliar a ocorrência de infecções parasitárias oportunistas e quadros diarreicos.

2 METODOLOGIA

O estudo trata-se de uma pesquisa documental, retrospectiva, transversal, com abordagem quantita-tiva e análise descriquantita-tiva, que foi realizada no arquivo de prontuários no período de 2007 a 2012, do Servi-ço de Atendimento Especializado (SAE), do Centro de Especialidade Médicas de Aracaju (CEMAR). Esta instituição oferece gratuitamente o acesso à preven-ção, diagnóstico e tratamento de doenças sexualmen-te transmissíveis, além de exames diagnósticos para HIV, sífilis e hepatites B e C na área de abrangência do Estado de Sergipe.

A população em estudo foi composta por todos os pacientes HIV/AIDS cadastrados e atendidos no

refe-rido serviço durante o período de coleta (1936 sujei-tos). O Serviço de Atendimento Especializado (SAE) considera indivíduos adultos a partir dos 13 anos utilizando o critério de acordo com a política Nacio-nal de tratamento para portadores HIV/AIDS, quando aduzem sobre a necessidade de terapias mais comple-xa em detrimento ao tratamento oferecido à pediatria (BRASIL, 2013).

Foram incluídos no estudo os prontuários de pa-cientes atendidos no Serviço de Atendimento Espe-cializado (SAE) do programa DST/AIDS acompanha-dos durante o período de estudo e com diagnóstico definitivo de infecção pelo HIV confirmado por dois

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métodos diagnósticos: ELISA e Western Blot. Foram excluídos os prontuários de pacientes menores de 18 anos. As variáveis coletadas/analisadas abrangem as características sociodemográficas, epidemiológicas (sexo, idade, etnia, estado civil, escolaridade, profis-são), dados relacionados à via de infecção ao vírus (fa-tores de risco), informações sobre o tratamento antir-retroviral, exames laboratoriais, sintomas, ausência/ presença de diarreia e evolução clínica.

Os dados coletados foram analisados utilizando-se o programa de análise SPSS versão 21.0, por meio de análise estatística descritiva. A medida de associação (Odds Ratio) entre o uso/não uso de TARV e o grau de imunodeficiência segundo o sexo foi calculado com um intervalo de confiança de 95%. Foi calculado, também, o coeficiente de correlação de Pearson entre o uso da TARV e as contagens dos linfócitos TCD4+ e da carga viral. Os testes foram realizados utilizando a=5%.

3 RESULTADOS

Durante o período de 2007 a 2012, receberam atendimento no CEMAR 1202 pacientes, sendo que 37,9% (455) apresentavam infecção por HIV e 62,1% (747) eram portadores de HIV/AIDS. O uni-verso destes pacientes com relação ao sexo revela maior frequência de homens (59,2%), etnia auto

referida parda, perfil etário entre 21 e 50 anos, casados/parceiros fixos (Tabela 1). O nível de es-colaridade dos sujeitos estudados concentrou-se basicamente no ensino fundamental e médio, sen-do que apenas 9% deles cursam/cursaram ensino superior (Tabela 1).

Tabela 1 – Características dos pacientes atendidos no CEMAR, Aracaju/Se, 2007-2012 (n=1202)

N % IDADE (anos) 18-20 28 2,3 21-30 310 25,8 31-40 416 34,6 41-50 284 23,6 51-60 125 10,4 61-70 31 2,6 71-80 7 0,6 81-90 1 0,1 Total 1202 100,0 N % ESCOLARIDADE Sem instrução 60 5,0

Ensino fundamental completo 238 19,8

Ensino fundamental incompleto 410 34,1

Ensino médio completo 242 20,1

Ensino médio incompleto 73 6,1

Ensino superior completo 71 5,9

Ensino superior incompleto 37 3,1

Não refere 71 5,9

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N % STATUS MARITAL Solteiro 373 31,0 Viúvo 32 2,7 Casado 227 18,9 Divorciado 18 1,5 Parceiro fixo 357 29,7

Parceiro não fixo 14 1,2

Sem parceiro 38 3,2

Separado 52 4,3

Não refere 74 6,2

Parceiro falecido 17 1,4

Total 1202 100,0

Separando-se os municípios por número de casos de portadores cadastrados no CEMAR, observa-se maior quantidade de casos nos municípos, respecti-vamente de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Ita-baiana, Estância, Propriá e São Cristovão (Figura 1). Observa-se que os dois municípios com maior número de casos pertencem a região da Grande Aracaju, se-guidos dos municípios inseridos nas regiões do Agres-te Central e Sul Sergipano respectivamenAgres-te. Aproxi-madamente 1% dos pacientes atendidos pelo CEMAR no período de 2007-2012 são provenientes de áreas geográficas externas ao Estado de Sergipe, entre os quais municípios baianos e um paciente de Portugal.

A maioria destes indivíduos apresentam entre 1 e 3 anos de institucionalização (Tabela 2), sendo que 63,3% deles fazem uso da terapia antirretroviral (TARV) e 35,7% não realizam/aderiram a terapêutica específica.

Os portadores HIV/AIDS procedem das regiões ad-ministrativas sergipanas (Figura 1), classificadas de acordo com a Secretaria Estadual do Planejamento de Sergipe, seguem a seguinte distribuição: 61,76% da região da Grande Aracaju, 10,67% da região Agreste Central, 9,74% da região Sul Sergipano, 6,21% da re-gião Baixo São Francisco, 4,78% da rere-gião Centro Sul, 3,19% da região Alto Sertão, 2,77% da região Leste Sergipano e 1,51% da região Médio Sertão.

Figura 1 – Distribuição do número de pacientes HIV/AIDS atendidos pelo CEMAR no estado de Sergipe, 2007-2012

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Tabela 2 – Tempo de institucionalização dos pacientes HIV/AIDS atendidos no CEMAR, Aracaju/Se. 2007-2012

Tempo de Institucionalização n % TEMPO < 1 ano 245 20,4 1-2 anos 274 22,8 2-3 anos 201 16,7 3-4 anos 162 13,5 4-5 anos 167 13,9 5-10 anos 142 11,8 não refere 11 0,9 Total 1202 100,0

Entre os fatores de risco comportamentais neste grupo populacional específico, o mais preponderante associa-se a ausência do uso de preservativos durante as relações sexuais (Tabelas 3 e 4), uma vez que apenas 9,5% deles fizeram/fazem uso de drogas injetáveis. Tabela 3 – Uso de preservativos sexuais entre os pa-cientes HIV/AIDS atendidos no CEMAR com parceiros fixos. Aracaju/Se, 2007-2012

Uso de preservativo

com parceiro fixo N %

Uso habitual Sempre 105 8,7 Às vezes 243 20,2 Nunca 405 33,7 Não se aplica 316 26,3 Não refere 133 11,1 Total 1202 100,0 N % Na última relação Sim 212 17,6 Não 512 42,6 Não se aplica 338 28,1 Não refere 140 11,6 Total 1202 100,0

Tabela 4 – Uso de preservativos sexuais entre os pa-cientes HIV/AIDS do CEMAR com parceiros não fixos. Aracaju/Se, 2007-2012

Uso de preservativo

com parceiro não fixo N %

Uso habitual Sempre 88 7,3 Às vezes 183 15,2 Nunca 93 7,7 Não se aplica 691 57,5 Não refere 147 12,2 Total 1202 100,0 N % Na última relação Sim 157 13,1 Não 191 15,9 Não se aplica 683 56,8 Não refere 171 14,2 Total 1202 100,0

No tocante a distribuição dos tipos de relacio-namentos sexuais entre os usuários do CEMAR, a expressiva maioria das mulheres referiram relações heterossexuais, enquanto que entre os homens pvaleceram às relações homossexuais. Outro dado re-levante foi o baixo número de mulheres que referiram relações homossexuais/bissexuais (Tabela 5).

Tabela 5. Tipo de relacionamento sexual entre os por-tadores de HIV/AIDS atendidos no CEMAR. Arcaju/Se, 2007-2012 Tipo de relacionamento sexual n % Mulheres Heterossexuais 443 90,4 Homossexuais 13 2,7 Bissexuais 8 1,6 Não refere 26 5,3 Total 490 100,0 n % Homens Heterossexuais 182 25,6 Homossexuais 367 51,5 Bissexuais 133 18,7 Não refere 30 4,2 Total 712 100,0

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Duzentos e seis (17.1%) dos 1.202 pacientes atendidos no CEMAR apresentavam contagem de T CD4+ menor que 200/mm3. Com relação à carga viral, 41,8% dos pacientes apresentaram contagem abaixo do limite mínimo (Tabela 6).

Tabela 6 – Dados sorológicos dos pacientes HIV/AIDS atendidos no CEMAR, Aracaju/Se. 2007-2012

n % Contagem de linfóci-tos T CD4+ Não realizado 76 6,3 Faixa 1 < 200 células/mm3 130 10,8 Faixa 2 200-350 células/mm3 200 16,6 Faixa 3 > 350 células/mm3 796 66,2 Total 1202 100,0 n % Contagem de carga viral Faixa 1 < limite mínimo (50 cópias/ml) 502 41,8 Faixa 2 50 a 100.000 cópias/ml 554 46,1 Faixa 3 > 100.0000 cópias/ml 59 4,9 Não realizado 87 7,2 Total 1202 100,0

No que diz respeito à contagem da carga viral, foi ob-servado que na faixa 1 37,94% dos indivíduos faziam uso da TARV, assim como 19,46% dos indivíduos da faixa 2 e 3,41% dos indivíduos da faixa 3. Neste aspecto pode-se perceber uma correlação positiva e significativa entre a redução da carga viral e o uso da TARV (r=0,373; p<0,001).

Quanto à relação entre o uso da TARV e a conta-gem de linfócitos foi observado que 9,7% dos pacien-tes situados na faixa 1, 14,47% na faixa 2 e 36,9% na faixa 3 faziam uso da TARV, a qual correlacionou posi-tiva e significaposi-tivamente com o aumento das células T CD4+ (r=0,078; p=0,007).

A distribuição das infecções oportunistas nos pa-cientes sob cadastramento/atendimento durante o ano de 2012 revelou dois padrões quali-quantitativos diversos (Figuras 2 e 3), sendo que as chances de ris-co (OR) das pacientes mulheres desenvolverem grau de imunodeficiência avançada (OR=2,5 ; p=0,2394) ou moderada (OR=1,95 ; p=0,4889) ao não usar/ade-rir a TARV é mais elevada que nos homens (OR=1,79 ; p=0,1696 e OR=1,69 ; p=0,5378, respectivamente). Figura 2 – Distribuição de infecções oportunistas em pacientes HIV/AIDS do sexo feminino no CEMAR. Ara-caju/Se. 2007-2012

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Figura 3 – Distribuição de infecções oportunistas em pacientes HIV/AIDS do sexo masculino no CEMAR. Aracaju/Se. 2007-2012

Os exames de fezes, realizados em 64,5% dos usuários do CEMAR, revelaram que 75,9% destes estavam infectados por uma espécie de protozoá-rio/helminto intestinal (monoparasitismo), 21,4% por duas espécies (biparasitismo) e 2,6% por três (poliparasitismo). Entre estes organismos intes-tinais, os mais prevalentes (59,3%) foram os pro-tozoários comensais Entamoeba coli e Endolimax nana. Em relação à diarreia, 30,2% dos usuários deste serviço de saúde especializado relataram sua ocorrência.

4 DISCUSSÃO

Desde sua descoberta em 1981, a AIDS tem apresen-tado variações no seu padrão de infecção no tocante ao perfil dos grupos populacionais acometidos (CUNHA; GALVÃO, 2010). Atualmente, ela apresenta-se no patamar das doenças crônicas (SANTOS et al., 2012), em função das terapias antirretrovirais de alta potência (HAART) que garantem o aumento da sobrevida e da qualidade de vida dos portadores da Síndrome (CANDIANI et al., 2007).

No estado de Sergipe, a região administrativa da Grande Aracaju, especialmente os municípios de Ara-caju e Nossa Senhora do Socorro (Figura 1), foi a mais atendida pelo CEMAR, sendo justamente a área ter-ritorial no entorno deste serviço de saúde. Os muni-cípios com maior número de casos, segundo o banco de dados do CEMAR, coincidem com aqueles apon-tados pelo Relatório Situacional de Sergipe (BRASIL, 2011b): Aracaju, Nossa Senhora do Socorro,

Itabaia-na, Estância e Lagarto. Esta concordância, no entan-to, mostra-se parcial em vista do recorte populacional feito no presente estudo que abrange somente os por-tadores HIV/AIDS maiores de 18 anos.

O Programa Estadual de DST/AIDS (BRASIL, 2012) que visa implantar estratégias para o controle e pre-venção de DST/AIDS foi criado em 1987, ano de notifi-cação do primeiro caso de AIDS em Sergipe (BRASIL, 2013). Desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil vem tentando ampliar não só a oferta dos serviços para a população, bem como o sistema de referência e contra referência.

Nesse sentido, foram implantados no estado de Ser-gipe os Centros de Testagens e Aconselhamentos (CTA’s) onde são ofertados testes anti-HIV gratuitamente e rea-lizados encaminhamentos, em casos positivos, para o

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centro de referência do estado, o CEMAR; o hospital de referência, o Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE) e/ ou a maternidade de referência Nossa Senhora de Lour-des. Existem no estado de Sergipe seis CTAs implantados (Aracaju, Estância, Lagarto, N. S. do Socorro, Itabaiana e Propriá), os quais provavelmente podem ser responsáveis por facilitar o fluxo de pacientes atendidos no CEMAR, especialmente aqueles oriundos de muncípos do interior como Itabaiana, Estância e Propriá. Estes muncípios, ain-da, localizam-se às margens de rodovias estaduais/fede-rais e apresentam altos índices de prostituição.

Frente às considerações estabelecidas, o predomí-nio da infecção por HIV entre os homens atendidos no CEMAR (Tabela 1 e 2) pode estar associado ao estilo de vida, fatores biológicos e cuidados com a saúde (SANTOS N. et al., 2009; OLIVEIRA et al., 2004). Se-gundo Vilela e Doreto, (2006), a cultura latina difunde comportamentos de prontidão sexual masculina (pro-tegido ou não), pautada no discurso de que o homem não deve negar ter relações sexuais com uma mulher em qualquer circunstância, mesmo sendo compro-missado. O imaginário masculino expressa que são características inerentes ao homem o desejo sexual incontrolável, a força, o poder sobre os mais fracos, a coragem, a potência, a resistência, a invulnerabili-dade (MARQUES JUNIOR et al, 2012), além do fato de que para se afirmarem na sociedade em que vivem ne-cessitam correr riscos (OLIVEIRA et al., 2004).

Segundo o Ministério da Saúde, a AIDS no Brasil apresenta características de uma epidemia estável e concentrada em alguns subgrupos populacionais em situação de vulnerabilidade. Segundo o Boletim Epi-demiológico do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012) foram notificados no país 656.701 casos de AIDS no período de 1980 a junho de 2012, sendo 426.459 (64,93%) no sexo masculino e 230.161 (35,04%) no feminino. Em 2012, a razão de infecção entre os sexos a nível nacional diminuiu para a ordem de 1,7 homem: 1 mulher, sendo que neste estudo esta tendência foi ainda mais expressiva, no quinquênio 2007-2012 (1.45 entre os usuários acima de 18 anos).

Ressalta-se que, entre as usuárias mulheres do CEMAR, a maioria era casada/parceiro fixo (72,5%) e com baixa escolaridade (ensino fundamental/médio), desempenhando basicamente funções domésticas (Tabela 1). O crescente aumento no número de mu-lheres portadoras pode estar relacionado ao envol-vimento destas com parceiros de maior experiência sexual anterior e o reduzido poder de negociação das mulheres para o uso de preservativo, principalmente na união conjugal estável (SANTOS M. et al., 2009). As relações sociais de gênero determinam um baixo po-der de negociação entre as mulheres com relação ao exercício da sexualidade, as questões reprodutivas de contracepção e concepção (SANTOS N. et al., 2009).

Estudos realizados com mulheres brasileiras ca-sadas e portadoras do vírus revelaram que a maioria considerava a convivência prolongada com o parcei-ro como uma forma de segurança contra o HIV (PIE-RI; LAURENTI, 2012). Alia-se a estes fatores, a maior vulnerabilidade feminina a nível morfobiológico que se relaciona a maior área de exposição da mucosa vaginal aos fluidos seminais, podendo ocorrer micro-fissuras no tecido vaginal e retal no ato da penetra-ção sexual e a maior quantidade de vírus nos fluidos sexuais masculinos (SANTOS et al., 2012). As mulhe-res exercem o papel de agregadora das famílias e seu adoecimento repercute no núcleo familiar, quando são responsáveis pela estrutura emocional da criança no processo de crescimento e desenvolvimento, além de se constituírem como um elo para a manutenção do matrimônio e do afeto familiar nas representações sociais dos gêneros (FREITAS et al., 2010).

Pieri e Laurenti (2012) aduzem que a conscien-tização da enfermidade requer um nível satisfatório de escolaridade porque os grupos populacionais com maior grau de instrução têm maior acesso à informa-ção, métodos de prevenção e consciência do impacto positivo do tratamento na evolução clínica da doença. Os dados do CEMAR corroboram o estudo de Santos N. e outros autores (2009) sobre a vulnerabilidade das mulheres brasileiras à infecção com HIV, mostrando

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que os baixos níveis de escolaridade das mulheres limitam-nas a trabalho doméstico ou funções que não rendem subsídios suficientes para que se sustentem sozinhas, levando a uma dependência financeira para com seus companheiros.

A parcela de idosos sergipanos infectados (3,3%. Tabela 1), mesmo pequena, pode ser reflexo de falta de ações políticas de promoção da saúde e prevenção de doenças para este grupo populacional, baseando-se no imaginário popular que este perfil etário corresponde a “pessoas idosas assexuadas” ou que não precisam receber informações sobre a AIDS (MELO et al., 2012).

Com relação às vias de transmissão, o predomínio de indivíduos heterossexuais infectados neste estu-do (51,9%.Tabela 5) aponta a tendência de redução da participação das vias de transmissão sexual entre homossexuais vertical, desde a introdução de medi-das de controle e da terapia antirretroviral (BRASIL, 2006). Além disso, esses portadores por não fazerem uso de drogas injetáveis, mostram forte associação com a ausência de uso de métodos de proteção du-rante o ato sexual (Tabelas 3 e 4).

O Ministério da Saúde do Brasil divulga que quan-to à forma de transmissão, prevalece a sexual entre os maiores de 13 anos de idade, e entre as mulheres, 83,1% dos casos registrados em 2010 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo vírus. Com relação ao sexo masculino, 42,4% dos casos eram entre heterossexuais, 22% entre homossexuais e 7,7% bissexuais, sendo o restante por transmissão san-guínea e vertical (BRASIL, 2011a). Os dados do CEMAR, no entanto, expressam que entre os usuários masculi-nos, o homossexualismo figura como principal padrão de tipo de relacionamento sexual (Tabela 5).

O novo protocolo de tratamento aos portadores de HIV/AIDS preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) enfatiza que a contagem de linfócitos TCD4+ para va-lores abaixo de 350 células/mm3 deixam os pacientes mais vulneráveis às infecções oportunistas, e, que

es-tes devem receber tratamento mais precocemente pos-sível quando as taxas ainda estão no nível de 550 célu-las/mm3 (BRASIL, 2013). Ainda, segundo as diretrizes para tratamento dos portadores, os critérios para o início do tratamento antirretroviral (TARV) estratificam os pacientes em dois grupos distintos: os portadores sintomáticos e os portadores assintomáticos.

Com relação à terapêutica específica, as informa-ções coletadas no CEMAR mostram uma parcela dos portadores masculinos e femininos que fazem uso de TARV (63,3%) (Figuras 2 e 3). As mulheres do CEMAR apresentaram risco @ 2-2,5 mais elevado do que os homens em apresentar imunodeficiência (avançada ou moderada) em função da involução do timo com consequente diminuição de células T, sob desregu-lação do estrógeno (JANSSON; HOLMDAHL, 1998), quando não usaram/aderiram a TARV.

Estudo realizado durante o ano de 2009 com 206 usuários do CEMAR revelou que as mulheres apresen-tavam maior risco para não adesão, uma vez que estas colocavam em segundo plano sua própria saúde, prio-rizando se dedicar à família já que são as mulheres que assumem praticamente sozinhas a administração e o cuidado com a casa (CASTRO, 2009). Estas mulheres, também, tinham menos apoio em seu meio familiar e social, necessitando por isso de maior auxílio de pro-fissionais de saúde para adesão à terapêutica em vista da complexidade da TARV (CARDOSO; ARRUDA, 2004).

Sugere-se que para grande maioria, a adesão ao esquema terapêutico requer mudanças de hábitos difíceis de serem seguidos e que não são compatí-veis com a vida diária da maioria das pessoas, como a ingestão de grande quantidade de comprimidos, de líquidos, restrição alimentar e a prática de exer-cícios físicos, bem como, efeitos colaterais que porventura estão associadas ao uso da TARV (PIERI; LAURENTI, 2012).

Regimes terapêuticos como a TARV passou a se destacar nas políticas públicas de diversos países, inclusive o Brasil. Para Polejack e Seidl (2010),

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in-dicadores como redução da mortalidade, queda da incidência de infecções oportunistas e da trans-missão vertical do HIV e redução das internações hospitalares, mostram os efeitos benéficos da po-lítica de distribuição universal e gratuita desses medicamentos. Por outro lado, o uso contínuo de medicamentos antirretrovirais combinados asso-ciados a profiláticos para infecções oportunistas podem ampliar o tempo de vida dos portadores e sua qualidade de vida, alocando a AIDS a categoria de condição crônica e ressaltando os aspectos psi-cossociais frente à expectativa de maior sobrevida (SANTOS N. et al., 2009).

O quadro clínico de infecções oportunistas na presente pesquisa mostrou que as mais graves mani-festações oportunistas como as neurotoxoplasmose, pneumonia, e a tuberculose figuram dentre pacientes que não fazem uso de TARV ou apresentam valores de Linfócitos TCD4+ inferiores a 350 células/mm3 (Figu-ras 2, 3). O aumento dos linfócitos T CD4+ para valo-res acima de 350 células/mm3 afastam as chances de infecções oportunistas que são as principais causas que debilitam o organismo dos portadores e fazem surgir o conjunto de sinais e sintomas característicos da AIDS (MEDEIROS et al., 2007).

Outra manifestação decorrente da infecção pelo HIV são as manifestações da diarreia e parasitoses que agravem ainda mais os doentes (SILVA; PRADO, 2009). Dentre os 64,5% que realizaram exame pa-rasitológico de fezes, foram observados protozoá-rios parasitas, tais como Giardia lamblia (figura 4). A diarreia é descrita por Cardoso e outros autores (2011) como uma das possíveis manifestações da AIDS, com uma ocorrência em torno de 30 a 60% dos pacientes em países desenvolvidos, e 90% dos casos em países em desenvolvimento. Os mesmos ainda relatam a importância das infecções por pa-rasitas intestinais, e citam Cryptosporidium par-vum, Isospora belli e microsporídios como alguns protozoários oportunistas causadores de diarreia crônica e responsáveis por perda de peso nesses pacientes.

No CEMAR, entretanto, existem poucos casos en-contrados de parasitas intestinais devido à metodolo-gia utilizada, sedimentação espontânea, que não se constitui em uma técnica com alta sensibilidade. A diarreia, assim como as manifestações respiratórias, são importantes problemas clínicos nos pacientes HIV/AIDS, levando a uma piora do quadro ou da qua-lidade de vida.

5 CONCLUSÃO

O perfil epidemiológico dos portadores de HIV e Aids no estado de Sergipe, no quinquênio 2007-2012, apresenta concordância com o perfil da infecção em outras localidades do país com um grande predomí-nio entre homens, heterossexuais, solteiros, na faixa etária mais ativa sexual e economicamente. A maioria

das mulheres tem companheiro fixo e nível de esco-laridade inferior aos homens nas mesmas condições. No tocante aos idosos, a pesquisa mostrou que a in-fecção por HIV está presente entre eles, podendo re-fletir um nicho populacional alvo para estratégias de educação sexual no Estado.

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A pesquisa mostrou a heterossexualização como padrão da infecção e tipo de relacionamento sexual predominante, uma vez que a maioria do grupo popu-lacional não faz uso de drogas injetáveis.

A presença de IO foi evidenciada tanto em mulhe-res, quanto em homens, no entanto elas apresentaram entre 2-2,5 vezes maior risco de apresentar imunodefi-ciência avançada ou moderada na ausência/não

ade-são de TARV. Entre os portadores que realizam TARV a maioria apresentou carga viral abaixo do limite mínimo e contagem de linfócitos T CD4+ acima de 350 células/ mm3 demonstrando o efeito positivo da terapêutica em reduzir as chances de desenvolvimento de IO e aumen-to da morbidade pela AIDS. Ressalta-se apenas a ocor-rência mais expressiva da infecção por Giardia lamblia entre os potenciais enteroparasitas responsáveis por quadros diarreicos.

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Recebido em: 29 de Julho de 2013 Avaliado em: 20 de Novembro de 2013 Aceito em: 12 de Novembro de 2013

1 Docente do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes, Mestre em Saúde e Ambiente pela UNIT E-mail: fabibritoenf@hotmail.com

2 Graduada em enfermagem pela universidade Tiradentes. E-mail: mariai-zabelrezendeenf@hotmail.com

3 Docente do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes, Dr em Pa-rasitologia pela UNICAMP, 2005. E-mail: rubensmaddi@hotmail.com 4 Docente do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes, Drª em Pa-rasitologia pela UNICAMP, 2001. E-mail: claudiamouramelo@hotmail.com

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