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Estrategias de manejo e intervención en Acoso Cibernético - Una revisión sistemática

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Estrategias de manejo e intervención en acoso cibernético - Una revisión sistemática

Nicolas De Oliveira Cardoso * Thais Landenberger **

Alan Bastos*** Claudia Bernardi Irani Iracema de Lima Argimon

Resumen

En los últimos años, el mundo ha experimentado cambios rápidos y drásticos debido a los avances tecnológicos que se producen casi a diario. Estas nuevas tecnologías han influido en las interacciones sociales, generando impactos tanto positivos como negativos. La intimidación por ejemplo, es un comportamiento que antes se producía en las rel-aciones cara a cara, hoy se extiende a los ambientes virtuales donde se conoce como Acoso Cibernético. Esta revisión sistemática siguió el protocolo PRISMA, con el fin de identificar las intervenciones utilizadas y descritas en la literatura contra el acoso cibernético. Sólo se encontraron 14 estudios dentro de los criterios establecidos en las bases de datos PubMed y BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Entre ellos se identificaron 10 diferentes estrategias / herramientas de intervención, los cuales fueron divididos en tres grupos de acuerdo a la forma de aplicación y la red de personas in-volucradas en el proceso. Vemos la necesidad de una mayor producción científica relacionada con las experiencias de intervención centrados en Acoso Cibernético.

Palabras clave: Acoso Cibernético – Intervención – Prevención - Estrategias Afrontamiento. Coping and Intervention Strategies in Cyberbullying – A systematic review

Abstract

In recent years, the world has experienced rapid and drastic changes due to the technological advances that occur almost every day. The new technologies have influenced upon the social interactions, bringing about positive and negative consequences. Bullying, for instance, which was a behavior that usually happened in face-to-face relations, is now extended to the virtual domain, in which it is known as Cyberbullying. This systematic review is based on the PRISMA protocol to identify which interventions are used and described against Cyberbullying. Only 14 surveys were found according to the stablished criteria in the PubMed and BVS databases. Among the aforementioned, 10 different intervention strategies/instruments were found and divided into three groups, according to the intervention and the persons involved in it. Thus, We observe the need for more scientific research addressing Cyberbullying.

Keywords: Cyberbullying – Intervention – Prevention - Coping.

Estratégias de Enfrentamento e Intervenção no Cyberbullying – Uma Revisão Sistemática Resumo

Nos últimos anos, o mundo tem sofrido mudanças rápidas e drásticas devido aos avanços tecnológicos que ocorrem quase diariamente. Essas novas tecnologias têm influenciado nas interações sociais, gerando tanto impactos positi-vos como negatipositi-vos. O bullying, por exemplo, antes um comportamento das relações de contato, hoje se estende aos

ambientes virtuais onde é conhecido como Cyberbullying. Esta revisão sistemática da literatura seguiu o protocolo de PRISMA, com o objetivo de identificar as intervenções utilizadas e descritas na literatura contra o Cyberbullying. Após * Universidade Luterana do Brasil. Brasil. E-mail:nicolas.deoliveira@hotmail.com

** Bitácora Centro de Neuropsicologia. Brasil. E-mail: thaislandenberger@gmail.com *** Pontifícia Univ. Católica Do Rio Grande Do Sul. Brasil. E-mail: alan.rsb@gmail.com

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a aplicação do modelo de PRISMA, foram selecionados e analisados 14 estudos dentro dos critérios estabelecidos nas

bases de dados Pubmed e Bvs. Dentre eles, foram identificadas 10 diferentes estratégias/instrumentos de intervenção, as quais foram discriminadas em três grandes grupos de acordo com a forma de aplicação e com a rede de indivíduos envolvidos no processo. Percebe-se a necessidade de uma maior produção científica relacionada a experiências de in-tervenção dirigidas ao fenômeno do Cyberbullying.

Palavras-chave: Cyberbullying – Intervenção – Prevenção - Estratégias Enfrentamento.

Introdução

Os avanços tecnológicos contribuem para o desenvolvimento e para a disseminação das comunicações. Essas tecnologias representam o núcleo da vida de muitos indivíduos na atualidade, possibilitando o desenvolvimento e cultivo das relações sociais e afetivas. Com isso, diversos novos fenômenos vêm surgindo dentro deste contexto e podem atingir qualquer um a qualquer hora e em qualquer lugar. Um destes fenômenos é o Cyberbullying (Bottino,

Bottino, Regina, Correira, & Ribeiro, 2015).

Uma compreensão acerca do termo Bullying se

faz necessária para melhor entendimento do Cyberbullying.

O Bullying pode ser compreendido como sendo toda e

qualquer forma de intimidação, exclusão ou maustratos intencional voltado contra um indivíduo sem motivos evidentes que justifiquem os atos físicos ou verbais de agressão e exclusão social. Estes atos costumam causar dor física e psicológica nas vítimas, as quais normalmente são ansiosas, inseguras, possuem poucos amigos e apresentam baixa autoestima (Pearce & Thompson, 1998).

Tendo como base uma busca realizada em novembro de 2016 na PubMed com o descritor “Cyberbullying”, onde foram encontrados 268 artigos

nos últimos cinco anos e 315 sem limitação de tempo, podemos perceber que o Cyberbullying é um

fenômeno que, atualmente, tem atraído a atenção dos pesquisadores. Muitas pesquisas estão sendo realizadas, internacionalmente, acerca deste tema, contudo, ainda se faz necessária a busca por possíveis estratégias de enfrentamento (Wang, Nansel, & Iannotti, 2011). Não existe um consenso na literatura acerca da definição do termo Cyberbullying (Wendt & Lisboa, 2014). O

Cyberbullying pode ser definido como Bullying realizado

através de meios eletrônicos (Olweus, 2012), com um indivíduo que apresenta dificuldades para se defender (Smith, Mahdavi, Carvalho, Fisher, & Tippett, 2008). Ele também é considerado como uma agressão que

costuma ocorrer através de meios tecnológicos, sem interação face-a-face, o que permite segurança e anonimato ao agressor (Wendt & Lisboa, 2014).

Após analisar a opinião de diversos autores na literatura, Langos sugere que o Cyberbullying é uma forma

de Bullying que ocorre dentro dos diversos ambientes

virtuais através do uso das novas tecnologias, onde o agressor possui a intenção de ofender e prejudicar outro indivíduo. As comunicações eletrônicas incluem qualquer forma de transferência de conteúdos no espaço virtual (Langos, 2012).

Levando em conta a magnitude do papel que os ambientes virtuais desempenham em nossa sociedade, especialmente no desenvolvimento e interações das novas gerações, pode-se pensar que os aspectos negativos deste meio são capazes de influenciar consideravelmente o surgimento de distúrbios psicológicos e sociais. Por exemplo, depressão, baixa autoestima, problemas acadêmicos, estresse emocional, ansiedade social, uso de substâncias, ideação suicida e tentativas de suicídio (Bottino et al., 2015; Brausch, 2013; Hinduja & Patchin, 2010; Sourander et al., 2010; Juvonen & Gross, 2008). Considerando a gravidade dos impactos que este fenômeno pode ocasionar, faz-se necessária a investigação de estratégias de enfrentamento e intervenção específicas, as quais devem proporcionar um meio de combate a esta nova forma de violência que atinge a sociedade. Visto que pouco se sabe a respeito do papel que os profissionais da área da saúde, professores e até mesmo os pais podem exercer para intervir e prevenir o Cyberbullying (Carter & Wilson, 2015).

As possibilidades de aumento do Cyberbullying

tendem a crescer conforme aumenta o uso da internet. No Brasil, por exemplo, 58% dos usuários de internet a acessavam quase ou todos os dias, sendo que esse número chegou, em 2015, aos 82% (Comitê Gestor da Internet, 2015). Isso evidencia a necessidade da realização de pesquisas cientificas acerca do assunto, em especial no que diz respeito à formulação e aprimoramento

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de estratégias de enfrentamento e intervenções no combate ao fenômeno (Carter & Wilson, 2015; Wendt & Lisboa, 2014). Sendo assim, torna-se essencial o objetivo de identificar as intervenções existentes na literatura dentro do campo do Cyberbullying, a fim de

expor as intervenções mais eficazes, bem como para que seja possível pensar no aprimoramento e adaptação das intervenções já existentes. Portanto, este artigo irá buscar nas principais bases de dados para explorar as principais intervenções realizadas na área da saúde. Método

Este estudo utilizou a revisão sistemática da literatura seguindo o modelo de PRISMA (preferred reporting itens for systematic review and meta-analyses), o qual objetiva utilizar

métodos sistemáticos e explícitos para identificar reunir e sintetizar de forma crítica os resultados de pesquisas sobre um delimitado tema ou questão, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado (Moher, Liberati, Tetzlaff, & Altman, 2009). Com isso, pretendeu-se identificar e citar as intervenções utilizadas contra o Cyberbullying, tendo como base a

literatura atual.

A coleta de dados foi realizada por meio de busca on-line para seleção das principais produções

científicas nacionais e internacionais utilizando o descritor “Cyberbullying”. Considerando o impacto

que este fenômeno exerce sobre a saúde emocional e comportamental dos indivíduos e que pouco se sabe a respeito do papel que os profissionais da área da saúde, professores e até mesmo os pais podem exercer para intervir e prevenir no Cyberbullying (Carter & Wilson,

2015), as buscas pelas intervenções foram priorizadas em bases de dados relevantes na área da saúde, como a US National Library of Medicine and National Institutes of Health

(PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Os critérios de inclusão utilizados para a seleção da amostra foram: artigos experimentais que abordassem a temática de Cyberbullying. Em relação ao

idioma, restringiu-se a busca aos trabalhos publicados em português, inglês e espanhol. O ano e a população não foram delimitados devido ao baixo número de artigos encontrados. Contudo, ao término das buscas, foi possível notar que a amostra selecionada é composta por artigos dos últimos quatro anos (2012, 2013, 2014, 2015). As buscas foram realizadas em dezembro de 2015 e, portanto, foram selecionados os artigos indexados

nas bases de dados virtuais utilizadas até esta data. Os títulos dos artigos indisponíveis em formato completo nas bases pesquisadas foram buscados no google e no google acadêmico antes de serem excluídos. Todas as buscas foram realizadas por dois juízes simultaneamente.

As buscas realizadas no PubMed foram limitadas à presença do descritor “Cyberbullying” no título ou no

resumo através da ferramenta de busca avançada. Na BVS as buscas foram limitadas à presença do descritor no título, resumo ou assunto. Inicialmente foram realizadas buscas com os descritores “Intervenção” e “Enfrentamento”, correlacionados com o descritor “Cyberbullying”. Estas

buscas foram realizadas em inglês e português, contudo, observou-se que elas apresentavam um número muito baixo de artigos. Ao término dos passos do modelo de

PRISMA, apenas quatro artigos seriam utilizados para

elaboração dos resultados da presente revisão. Sendo assim, a busca foi ampliada, utilizando apenas o descritor “Cyberbullying”, o que aumentou consideravelmente o

número de artigos encontrados, além de incluir os quatro artigos selecionados nas buscas anteriores.

Posteriormente, a coleta de dados conduziu-se através da análiconduziu-se criteriosa dos títulos, resumos e palavras-chave de acordo com os critérios estabelecidos. Foram excluídos os artigos que não contemplavam no título ou no resumo o descritor estabelecido. Na etapa de leitura dos artigos na íntegra, foram excluídos os artigos que, embora contemplassem no título ou no resumo as palavras chave, não se aproximavam do tema do presente estudo, ou seja, artigos que falavam sobre outros aspectos do Cyberbullying ou sobre Bullying de uma forma geral.

Resultados

Foram encontrados 253 artigos na base de dados virtual PubMed e 177 artigos na BVS. O fluxo-grama a seguir apresenta os achados na sua totalidade, de acordo com cada uma das bases de dados virtuais contempladas. Foram selecionados 14 artigos científi-cos, 13 em inglês e 1 em espanhol, para elaboração dos resultados da presente revisão. Cabe ressaltar que não foram encontrados artigos em português e todos os ar-tigos foram publicados em outros países. Todos os arti-gos selecionados investigaram quais são as intervenções utilizadas no Cyberbullying.

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Figura 1. Artigos localizados en base de dados.

Autores e Intervenção Método Principais Resultados Garaigordobil e Martinéz-Valderrey, 2015a

(Cyberprogram 2.0) Experimental. 176 adolescentes espanhóis (13-15 anos)

Evidenciou redução significativa nos comportamentos de Bullying e Cyberbullying e aumento na capacidade empática dos participantes

Garaigordobil e Martinéz-Valderrey, 2015b

(Cyberprogram 2.0) Experimental. 176 adolescentes espanhóis (13-15 anos)

O programa estimulou o aumento das estratégias de resolução de conflitos e da autoestima. Também foi evidenciada redução das estratégias de evitação e de agressividade.

Palladino, Nocentini e Menesini, 2012

(Noncadiamointrappola!) Experimental. 375 adolescentes italianos (15-16 anos)

Notou-se diminuição nos comportamentos de Bullying e de estratégias de enfrentamento desadaptativas tanto no Bullying como no Cyberbullying.

Anderson, Bresnahan e Musatics, 2014

(Modelagem de comportamento) Experimental. 181 estudantes universitários americanos (18-24 anos)

A modelagem de comportamento dissidente pode encorajar os observadores exteriores a fornecerem apoio verbal às vítimas de Cyberbullying.

O quadro 1 discorre sobre as intervenções, os métodos utilizados, os dados da amostra e os principais resultados encontrados em cada um dos 14 artigos selecionados.

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Zwaan, Geraerts, Dignum e Jonker, 2012

(Agente virtual) Experimental. 30 adolescentes holandeses (14-16 anos)

Os participantes expostos ao agente virtual obtiveram melhor desempenho no enfrentamentode situações de Cyberbullying. Pérez, Astudillo, Varela e Lecannelier, 2013

(Programa Vínculos) Experimental. 320 adolescentes espanhóis (9-18 anos)

O programa evidenciou redução dos relatos sobre testemunhar ou ser vítima de Cyberbullying.

Williford et al., 2013

(Kiva programa antibullying) Experimental. 18,412 adolescentes finlandeses (11-14 anos)

O programa Kiva se destacou no combate a Cybervitimização tanto nos estudantes de ensino fundamental como do ensino médio. Quanto ao Cyberbullying, o programa demostrou maior eficácia no ensino fundamental (até os 12 anos).

Wölfer et al., 2013 (Medienhelden) Experimental. 593 adolescentes alemães (13 anos)

O programa media heroes foi capaz de reduzir significativamente os comportamentos ligados ao Cyberbullying e demonstrou um bom potencial para utilização como instrumento de prevenção nas escolas. Contudo, a versão completa do programa (uma sessão de 90 minutos por semana ao longo de 10 semanas, N=194) foi mais eficaz que a reduzida (quatro sessões de 90 minutos em um dia, N=104. Schultz-Krumbholz, Schultze, Zagorscak,

Wolfer e Scheithauer, 2015 (Medienhelden) Experimental. 722 adolescentes alemães (11-17 anos)

Ambas as versões do programa aprimoraram a empatia cognitiva, contudo, a versão curta do programa (quatro sessões de 90 minutos em um dia, N=136) não foi eficaz na prevenção ao Cyberbullying e aprimorou mais a empatia cognitiva. A versão completa (uma sessão de 90 minutos por semana ao longo de 10 semanas, N=232) reduziu significativamente o Cyberbullying. A empatia afetiva não demonstrou aumento significativo em nenhuma das intervenções.

Cross et al., 2015

(Cyber Friendly schools program) Experimental. 3382 adolescentes australianos (13-15 anos)

Foi evidenciado que o número de estudantes envolvidos em Cyberbullying, tanto como vítimas ou agressores, diminuiu significativamente ao término do programa.

Doane, Kelley e Person, 2015

(Programa de prevenção em vídeo) Experimental. 375 estudantes universitários americanos (18-23 anos)

Os participantes tiveram um pequeno aumento na capacidade empática, aumento moderado nas atitudes antiCyberbullying, mudança moderada nas normas cautelares (injunctive norms) e descritivas. No entanto, houve uma mudança muito pequena nas intenções de realizar Cyberbullying. O principal resultado foi o aumento muito significativo no conhecimento sobre a temática Cyberbullying.

Barkoukis, Lazuras, Ourda e Tsorbatzoudis, 2015 (Intervenção na escola)

Experimental. 375 adolescentes europeus (13-17 anos)

O grupo experimental apresentou uma pontuação mais baixa no que se refere ao desengajamento moral. A empatia, atitudes, normas sociais, auto eficácia e expectativas não se diferenciaram de forma estatisticamente significativa do grupo controle. Rey, Casa e Ortega, 2015

(Programa Conred) Experimental. 875 adolescentes espanhóis (11-19 anos)

Os resultados evidenciaram redução significativa na Cyber vitimização e nas formas de Bullying e Cyberbullying dirigidos as vítimas. Houve redução nos comportamentos de Bullying e dependência de internet dos Cyber agressores. O programa também foi eficaz no desenvolvimento da empatia dos espectadores, bem como na redução da percepção de que as vítimas tem total controle sobre suas informações online. Barlinska, Szuster e Winiewski, 2015

(Técnica de empatia cognitiva) Experimental. 442 adolescentes poloneses (12-17 anos)

Os participantes da intervenção a curto prazo tiveram uma redução significativa na probabilidade de reforçar o comportamento de Cyberbullying após a ativação da empatia cognitiva. A versão a longo prazo demostrou pouca eficácia na ativação da empatia cognitiva.

Fonte: Elaboração própria.

Intervenções contra o Cyberbullying

Observa-se que a faixa etária dos participantes dos estudos variou entre os 9 e os 24 anos. A maior prevalência foi observada na população adolescente de escolas de ensino fundamental e médio, com idades entre os 9 e os 19 anos (Barkoukis, Lazuras, Ourda, & Tsorbatzoudis, 2015; Barlinska, Szuster, & Winiewski, 2015; Cross et

al., 2015; Garaigordobil & Martinéz-Valderrey, 2015a; Garaigordobil & Martinéz-Valderrey, 2015b; Palladino, Nocentini, & Menesini, 2012; Pérez, Astudillo, Varela, & Lecannelier, 2013; Rey, Casa, & Ortega, 2015; Schultz-Krumbholz, Schultze, Zagorscak, Wolfer, & Scheithauer, 2015; Wölfer et al., 2013;Williford et al., 2013; Zwaan, Geraerts, Dignum, & Jonker, 2012). Apenas dois dos artigos utilizaram amostras de estudantes universitários

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entre os 18 e os 24 anos (Anderson, Bresnahan, & Musatics, 2014; Doane, Kelley, & Person, 2015).

Algumas lacunas foram identificadas ao longo da elaboração do presente artigo, relacionadas principalmente à qualidade dos estudos analisados e seus resultados, em especial devido ao fato de cada uma das intervenções terem sido conduzidas em países distintos e não terem sido replicadas em diferentes regiões. Além disso, embora a maior parte dos estudos (13) tenha recrutado amostras consideráveis para participação em suas intervenções, uma das pesquisas utilizou apenas 30 participantes (Quadro 1).

Para melhor organização e facilitação do entendimento, as intervenções identificadas nos estudos selecionados serão divididas em três categorias: 1) Estratégias de intervenção que podem ser aprendidas e aplicadas pelos próprios alunos de forma autónoma, 2) Estratégias de intervenção aplicadas pela equipe escolar, 3) Estratégias de intervenção aplicadas por professores e outros profissionais. A primeira categoria diz respeito a estratégias em que os alunos podem aprender sozinhos, tornando-se autodidatas nesta matéria, através de vídeos educativos ou softwares de interação, a intervir e/ou prevenir comportamentos de Cyberbullying. A segunda

categoria exibe as intervenções onde a equipe escolar (monitores e professores) realiza as intervenções com os estudantes, recebendo treinamento prévio. A última categoria aponta as intervenções onde profissionais das áreas da psicologia, educação física, sociologia e comunicação, bem como os professores, aplicam as intervenções. Comumente, a equipe escolar recebe um treinamento de profissionais para intervir em sala de aula.

Estratégias de intervenção que podem ser aprendidas e aplicadas pelos próprios alunos de forma autónoma

Dois dos estudos sugeriram intervenções que podem ser aprendidas e aplicadas pelos próprios alunos de forma autónoma, ou seja, sem a necessidade de um profissional interventor. Doane et al. (2015) propuseram que os adolescentes assistissem a um vídeo psicoeducativo sobre Cyberbullying, objetivando

aumentar o conhecimento e ensinar formas efetivas de enfrentamento. Já Zwaan et al. (2012) ofereceram assistência através de um software baseado em inteligência artificial que interage com as vítimas. Ambos se mostraram eficientes, de forma que o vídeo aumentou a capacidade empática e os conhecimentos sobre

Cyberbullying. Enquanto o software com inteligência

artificial fez com que eles se sentissem acolhidos e mais preparados para lidar com o Cyberbullying. No entanto, o

primeiro não se mostrou efetivo para reduzir a intenção de praticar Cyberbullying.

Estratégias de intervenção envolvendo os pais e a equipe escolar

Envolvendo a participação dos professores, o estudo de Cross et al. (2015) sugeriu uma intervenção feita durante as aulas, o Cyber friendly school program, e os

estudos de Schultze-Krumbholz et al. (2015) e Wölfer et al. (2013) testaram a intervenção Media Heroes. O Cyber Friendly School Program consiste em um treinamento

de prevenção do Cyberbullying voltado a pais e alunos,

bem como a conscientização dos alunos acerca de seus direitos e responsabilidades dentro do ambiente virtual. Neste caso, os professores e a equipe escolar recebem treinamento, durante dois anos, para aplicar a intervenção. Os resultados indicaram uma redução no número de vítimas e agressores no Cyberbullying (Cross

et al., 2015). Já o Media Heroes propõe um treinamento

com 8 horas de duração para que os professores estivessem aptos a aplicar a intervenção, com o objetivo de psicoeducar sobre o Cyberbullying e formas de lidar

com o fenômeno. Posteriormente, o programa era introduzido aos alunos, na versão reduzida (6 horas em 1 dia) ou completa (90 minutos, uma vez por semana ao longo de 10 semanas). Os resultados encontrados evidenciaram que ambas as versões do programa aprimoraram a empatia cognitiva. Contudo, a versão curta do programa não foi eficaz na prevenção ao

Cyberbullying, enquanto a versão completa do programa

reduziu significativamente o mesmo. Nenhuma das intervenções mostrou aumento considerável quanto a empatia afetiva (Schultze-Krumbholz et al., 2015; Wölfer et al., 2013).

Estratégias de intervenção envolvendo professores e outros profissionais

Outros dois estudos sugeriram intervenções conjuntas de profissionais da saúde e professores, sendo estes treinados pelos primeiros. No estudo de Barkoukis et al. (2015), o profissional de saúde apresentava apenas uma palestra aos alunos, sendo o resto da intervenção feita pelos professores. Estes foram instruídos para

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debaterem e mostrarem vídeos sobre o tema aos seus alunos. Entretanto, os resultados não foram significativos. No estudo de Palladino et al. (2012), os profissionais de saúde faziam a intervenção, enquanto os professores a reforçavam através de tarefas em sala de aula. Os alunos deveriam participar de fóruns de discussão online e oficinas em sala de aula, com o objetivo de reduzir os comportamentos e estratégias negativas relacionadas ao Bullying e ao Cyberbullying.

Essa intervenção demonstrou reduzir comportamentos ligados ao Cyberbullying e melhorar a capacidade de

enfrentamento dos alunos.

A maioria dos estudos, nove dos 14, propuseram intervenções dirigidas por profissionais. Um deles, feito por Barlinska et al. (2015), examinou os efeitos da ativação da empatia cognitiva no comportamento dos espectadores do Cyberbullying a curto e longo

prazo. Os adolescentes selecionados para a pesquisa assistiram a um filme que demonstrava uma situação de Cyberbullying. Posteriormente, era solicitado aos

participantes que preenchessem uma lista com as emoções e comportamentos identificados. Em seguida, os participantes recebiam uma imagem do corpo de um cachorro com o rosto de um garoto com o dizer “Olá, este é meu colega de classe, ele parece um completo idiota” (p. 243; tradução livre). Após analisarem a imagem os indivíduos deveriam decidir se passavam a mensagem adiante ou não. No modelo a curto prazo, estas três etapas eram realizadas no mesmo dia, enquanto no modelo a longo prazo, esta imagem era apresentada aos participantes apenas uma semana após as duas etapas iniciais. Os resultados demostraram que os participantes da intervenção a curto prazo tiveram uma redução significativa na probabilidade de reforçar o comportamento de Cyberbullying após a ativação da

empatia cognitiva. Já a versão a longo prazo demostrou pouca eficácia na ativação da empatia cognitiva.

Ainda entre os estudos que propõe intervenções por profissionais, alguns autores testam os programas

ConRed (Rey et al., 2015), Kiva AntiBullying (Williford et

al., 2013), Cyberprogram 2.0 (Garaigordobil &

Martinéz-Valderrey, 2015a; Garaigordobil & Martinéz-Martinéz-Valderrey, 2015b) e “Vínculos” (Pérez et al., 2013). Dentre eles, o ConRed aborda estudantes, professores e pais, enquanto

os outros abordam apenas os estudantes. Os quatro programas citados têm como objetivo prevenir e reduzir o Cyberbullying, sendo que o Cyberprogram 2.0 tem como

objetivo adicional aumentar a empatia.

Quanto aos resultados significativos,os programas Kiva Antibullying e “Vínculos” demonstraram reduzir a

cybervitimização percebida, sendo que o primeiro reduziu os comportamentos relacionados ao Cyberbullying em

adolescentes de até 12 anos, sendo menos eficaz nas demais faixas etárias, enquanto que o segundo apresentou eficácia entre os 9 e os 18 anos (Pérez et al., 2013; Williford et al., 2013). O programa ConRed também demonstrou diminuir

a cybervitimização, e, além disso, demonstrou diminuir o Cyberbullying e a dependência de internet e aumentar a

empatia (Rey et al., 2015). No caso do Cyberprogram 2.0,

os únicos resultados significativos foram o aumento na empatia (Garaigordobil & Martinéz-Valderrey, 2015a) e nas estratégias de resolução de problemas e autoestima (Garaigordobil & Martinéz-Valderrey, 2015b).

O último estudo selecionado, realizado por Anderson et al. (2014), investigou se as mensagens postadas no Facebook podem funcionar como forma de intervenção, através da modelagem do comportamento dissidente. O experimento verificou o efeito de mensagens dissidentes em uma postagem que continha comentários caracterizados como Cyberbullying.

Os resultados encontrados indicam que a modelagem de comportamento pode encorajar os observadores exteriores a fornecerem apoio verbal à vítima. De acordo com os autores, torna-se mais fácil que os observadores se envolvam para auxiliar a vítima quando existe uma opinião que dissente das demais. Embora o foco do estudo tenha sido o Cyberbullying direcionado à obesidade,

os autores acreditam que essa estratégia de intervenção pode ser utilizada nas demais formas de Cyberbullying.

Discussão

Foram encontrados poucos estudos descrevendo estratégias e instrumentos possíveis de serem utilizados na prevenção ou intervenção ao Cyberbullying. Apenas

14 artigos foram localizados dentro desta temática específica na presente revisão sistemática. Cabe ressaltar que, embora não tenha sido utilizado o filtro por ano nas buscas realizadas devido ao baixo número de artigos encontrados, foram localizados artigos apenas dos últimos três anos que cumpriam os critérios de inclusão.

Dentre os estudos selecionados, percebe-se uma grande variação nas técnicas utilizadas. Apenas duas das intervenções - “Media Heroes” (Schultz-Krumbholz

et al., 2015; Wölfer et al., 2013) e “Cyberprogram 2.0”

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Valderrey, 2015b) - apareceram repetidamente em mais de um artigo. Ambos os estudos realizados sobre o “Cyberprogram 2.0” utilizaram a mesma amostra, apenas

dividindo os resultados encontrados em dois artigos diferentes. Quanto ao restante dos artigos, cada um apresentou métodos diferentes de intervenção.

Uma limitação observada refere-se ao fato destas pesquisas serem realizadas em países isolados, sem a replicação das intervenções em diferentes culturas e nacionalidades. Observa-se uma maior prevalência em publicações de estratégias de intervenção referentes a este tema na Espanha (Garaigordobil & Martinéz-Valderrey, 2015a; Garaigordobil & Martinéz-Martinéz-Valderrey, 2015b; Pérez et al., 2013; Rey et al., 2015), seguida pelos EUA (Anderson et al., 2014; Doane et al., 2015) e Alemanha (Schultz-Krumbholz et al., 2015; Wölfer et al., 2013). As demais intervenções foram aplicadas cada uma em um país diferente. Este achado é preocupante se considerarmos que estas intervenções foram aplicadas em populações com características muito específicas. Uma das intervenções, por exemplo, foi aplicada em uma amostra exclusivamente feminina (Pérez et al., 2013).

Em relação à primeira categoria apresentada nos resultados, nota-se que apenas dois dos artigos encontrados apresentam estratégias que podem ser aplicadas sem a necessidade de um treinamento prévio da equipe escolar ou qualquer outro profissional que aplique as intervenções (Doane et al., 2015; Zwaan et al., 2012). Além disso, o software desenvolvido por

Zwaan et al. (2012), após apresentado aos alunos, pode ser mantido pelos próprios alunos e/ou equipe escolar, ficando disponível para utilização quando julgarem necessário. A literatura carece de outros estudos similares, bem como de explicações sobre a importância destas intervenções que podem ser aprendidas e aplicadas pelos próprios alunos de forma autónoma.. Contudo, existem várias pesquisas sobre as estratégias de coping frente ao Bullying e Cyberbullying e talvez esta

categoria de intervenções possa auxiliar diretamente no desenvolvimento de estratégias de coping individuais de

cada aluno (Na, Dancy, & Park, 2015; Orel, Campbell, Wozencroft, Leong, & Kimpton, 2015).

Com base na segunda categoria proposta nos resultados, observamos que a participação dos pais/ responsáveis e/ou da equipe escolar contribui no processo de intervenção do Cyberbullying (Cross et

al. 2015; Schultze-Krumbholz et al., 2015; Wölfer et al., 2013). Este achado corrobora um estudo conduzido por

Souza, Simão e Caetano (2014), no qual foram avaliadas as opiniões de 118 estudantes universitários portugueses que já haviam presenciado ou sofrido Cyberbullying. Essa

mensuração ocorreu por meio de um questionário exploratório construído pela equipe do projeto, composto por 53 perguntas abertas e fechadas. Os resultados demonstraram que, em relação às estratégias de enfrentamento que os pais deveriam exercer, a amostra optou por quatro estratégias em proporções similares: “dialogar e interagir”; “fazer-se presente na vida dos filhos”; “controlar o uso das tecnologias e das redes sociais”; e “alertar sobre o perigo das tecnologias e redes sociais”.

Contudo, um estudo realizado por Parris, Varjas e Meyers (2014) mostra uma realidade diferente. Estes autores avaliaram as opiniões de uma amostra de 46 estudantes, adolescentes americanos, sobre possíveis estratégias de prevenção e intervenção para o Cyberbullying. Os pesquisadores utilizaram

um questionário semiestruturado para entrevistar os participantes. Os resultados apontaram que a maior parte dos participantes inferiu a necessidade de maiores medidas de proteção nos ambientes online

e conscientização acerca do tema e seus impactos. Também foi demonstrado que a maior parte das vítimas de Cyberbullying costuma recorrer a seus amigos

dentro do ambiente virtual ou fugir das agressões ao invés de buscar a ajuda de um parente ou professor. Poucos participantes sugeriram que as estratégias de intervenção exercidas por professores e parentes seriam eficazes contra o Cyberbullying. Os autores salientam que

os pais e professores devem reconsiderar a forma de abordar este fenômeno e que, possivelmente, este seja um campo para elaboração de futuras intervenções. Quanto à terceira categoria, evidencia-se que a maioria das intervenções encontradas, nove das 14, abordam a rede educativa como um todo, desde os alunos até profissionais fora dos muros das escolas (Barlinska et al. 2015; Barkoukis et al., 2015; Garaigordobil & Martinéz-Valderrey, 2015a; Garaigordobil & Martinéz-Martinéz-Valderrey, 2015b; Palladino et al., 2012; Pérez et al., 2013; Rey et al., 2015; Williford et al., 2013). Estes achados corroboram outros estudos que apontam a importância do trabalho conjunto entre família, escola e demais profissionais ligados à rede de apoio social para a prevenção e intervenção em diversos tipos de comportamentos agressivos na adolescência (Faria & Martins, 2016; Veiga et al., 2016).

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Limitações

Uma das limitações do presente estudo está relacionada a exclusão dos artigos que não possuíam texto completo disponível gratuitamente de forma

online. Bem como a exclusão de artigos em outros

idiomas que não o português, espanhol e inglês. Também houve heterogeneidade dos artigos por não existirem restrições em relação a população. Ademais não foram avaliados os possíveis vieses de pesquisa dos estudos selecionados e a maioria dos artigos não explicitou quais foram os profissionais que aplicaram os treinamentos ou as intervenções, tampouco a formação necessária para realiza-los.

Conclusão

A presente revisão teve por objetivo identificar as intervenções existentes na literatura científica voltadas ao Cyberbullying. Todas as estratégias/

instrumentos encontrados foram ou estão sendo desenvolvidos nos últimos três anos e podem beneficiar de mais experimentos para aprimoramento e validação em contextos e populações diferentes. Aparentemente, ainda não existe um instrumento/estratégia altamente recomendada na literatura, a qual possa ser utilizada como intervenção frente ao Cyberbullying.

Estes achados apontam para a necessidade de maior investimento tanto em novos estudos, como em estudos acerca das estratégias/instrumentos que já existem na literatura, com o intuito de aprimorá-los e validá-los nas mais diversas populações. Sendo assim, a presente revisão corrobora as constatações encontradas na literatura acerca da necessidade crescente de mais pesquisas sobre o Cyberbullying e do desenvolvimento

de métodos para combater este fenômeno (Carter & Wilson, 2015; Wang et al., 2011; Wendt & Lisboa, 2014).

Outro ponto relevante na elaboração e validação destas intervenções diz respeito à faixa etária para qual a intervenção é eficaz. Possivelmente, cada intervenção apresentará melhores resultados em determinadas idades, ou seja, não apenas na diferenciação entre crianças e adolescentes, mas também, entre adolescentes de diferentes idades e níveis de escolaridade. Nas intervenções encontradas, os autores comumente as aplicavam em diferentes faixas etárias sem uma diferenciação detalhada de nível de eficácia por idade ou escolaridade em seus resultados (Barkoukis et al., 2015; Barlinska et al., 2015; Cross et al., 2015; Garaigordobil & Valderrey, 2015a; Garaigordobil & Martinéz-Valderrey, 2015b; Palladino et al., 2012; Pérez et al., 2013; Rey et al., 2015; Schultz-Krumbholz et al., 2015; Wölfer et al., 2013; Zwaan et al., 2012).

Entretanto, os estudos encontrados mostram achados promissores, abrindo a possibilidade de adaptação e testagem em outros contextos. Além disso, algumas intervenções demonstraram aprimorar a empatia (Barlinska et al., 2015; Garaigordobil & Valderrey, 2015a; Rey et al., 2015; Schultz-Krumbholz et al., 2015), um fator em falta em agressores do Cyberbullying (Mishna et

al., 2016). Além disso, adolescentes com mais empatia afetiva (a qual não foi especificada ou melhorada significativamente nos resultados) tendem a ajudar mais outros adolescentes que sofrem de Cyberbullying

(Machackova & Pfetsch, 2016).

Em linhas gerais, o presente estudo traz informações relevantes para o desenvolvimento de mais pesquisas e estratégias/instrumentos que possam ser utilizados no combate ao Cyberbullying. Deve-se

considerar como ponto de partida a possibilidade de se aprimorar as estratégias/instrumentos utilizados no combate ao Bullying para que eles também possam ser

estendidos e adaptados ao contexto do Cyberbullying.

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Fecha de recepción: 06/07/16 Fecha de aceptación: 13/12/16

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