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PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº 113/2012

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PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº 113/2012

1 – DADOS DO EMPREENDIMENTO

Empreendedor Maciço Mineração Ltda.

CNPJ 07.960.972/0001-77

Endereço Distrito de Miguel Burnier

Empreendimento Maciço Mineração Ltda. (antiga Lucape Siderurgia Ltda.) – Mina da Vigia

Localização Ouro Preto/MG

No do Processo COPAM 19517/2007/001/2008 Atividades Objeto do

Licenciamento

Lavra a céu aberto com tratamento a úmido – minério de ferro

Classe 5

Fase de licenciamento Licença Prévia e de Instalação Nº da Licença LP + LI nº 022/2010 (2ª via) Validade da Licença 22/02/2014

Estudo Ambiental PCA/RCA

Valor de Referência do Empreendimento - VR

R$ 5.730.359,30 (Cinco milhões, setecentos e trinta mil, trezentos e cinquenta e nove reais e trinta centavos)

Grau de Impacto - GI apurado 0,5%

Valor da Compensação Ambiental R$ 28.651,80 (Vinte e oito mil, seiscentos e cinquenta e um reais e oitenta centavos)

2 – ANÁLISE TÉCNICA

2.1- Introdução

O empreendimento sob regularização da condicionante de compensação ambiental (SNUC), Maciço Mineração Ltda. (Ex Lucape Siderurgia Ltda.), está localizado no município de Ouro Preto, situado no Distrito Miguel Burnier, coordenadas UTM - WGS 84 – Fuso 23K - X= 622.565, Y= 7.739.938. As áreas de concessões minerais da Mina do Vigia encontram-se na Bacia do Rio São Francisco, inseridas na sub-bacia do Rio Maranhão, tributário do Rio Paraopeba. Os cursos d‟água locais correspondem ao Córrego Buraco dos Lobos, que limita a propriedade ao Norte, e do Córrego Carro Quebrado, ao Sul. O Córrego Buraco dos Lobos deságua na barragem de rejeitos da CFM construída no leito do Córrego Pires Velho. Ressalta-se que na área em questão já foram executadas atividades de lavra pela Lucape e por outras empresas através do arrendamento da área. Dentre elas, a última foi a Itasul Mineração e Transporte Ltda, que suspendeu suas atividades em 1997.

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O processo de licenciamento ambiental COPAM nº 19517/2007/001/2008, analisado pela SUPRAM Central Metropolitana, em face do significativo impacto ambiental o empreendimento recebeu condicionante de compensação ambiental prevista na Lei 9.985/2000, na Licença de Prévia e de Instalação nº 022/2010, em reunião da Unidade Regional Colegiada Rio das Velhas, ocorrida em22 de fevereiro de 2010.

A presente análise técnica tem o objetivo de subsidiar a CPB-COPAM na fixação do valor da Compensação Ambiental e forma de aplicação do recurso, nos termos da legislação vigente. Maiores especificações acerca deste empreendimento estão descritas no Estudo de caracterização da propriedade e PCA/RCA apresentado pelo empreendedor e no Parecer Único SUPRAM CM nº 331/2009.

2.2 – Caracterização do Empreendimento

O empreendimento trata-se de lavra a céu aberto de minério de ferro, onde a mina corresponde a uma cava fechada com formato longitudinal com dimensões aproximadas de 860 m de comprimento por 120 m de largura e profundidade máxima de 25 m abrangendo uma área de 150,16 hectares, com área útil de 95,8 hectares. A jazida de minério de ferro engloba as concessões DNPM nº 1316/46 e 448/52. A soma das áreas dos decretos corresponde a 55,75 ha. A produção mensal é de 25.000 toneladas, totalizando 300.000 t/ano.

A atividade será reimplantada através de diversos trabalhos, dentre estes, retirada do capeamento, abertura de acessos, preparação da frente de lavra e montagem da usina de beneficiamento e reconstrução das bancadas.

De acordo com a Deliberação Normativa 74/04, este processo contempla as atividades de lavra, pilhas de estéril, estradas, pátios, posto de combustível e bacias de decantação de rejeitos. Os produtos, minério de ferro bitolado e sínter feed, serão armazenados em pátios, caracterização conforme Parecer Único SUPRAM n° 331/2009 (pag. 2,3,4).

2.3 - Caracterização da área de Influência 2.3.1 – Abrangência:

Conforme RCA (pág. 7) foi considerada como Area Diretamente Afetada - ADA aquelas áreas efetivamente utilizadas pela atividade minerária.

Relativamente quanto à Area Diretamente Afetada aos meios físico e biótico, a ADA-mfb foi definida a área sujeita aos impactos diretos da instalação e operação do empreendimento. E como Área de Influência Indireta - AII considerou-se a área contida na sub-bacia hidrográfica na qual se insere o empreendimento.

2.3.2 Caracterização biótica Flora

Segundo a caracterização biótica realizada na propriedade1 o levantamento florístico foi realizado através dos quadrantes nos quais foram identificados os seguintes biomas; Cerrado, Campo Limpo e Mata Atlântica, podendo esses biomas aparecer de forma isolada

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ou combinada. O detalhamento da flora local misturava os aspectos fitossociológicos Campo Sujo, Campo Limpo, Cerrado e Mata Atlântica e ora os isolavam. A flora local é muito diversificada, principalmente na área de Mata Atlântica, observando ainda que é uma área de transição de biomas. Margeando a lavra encontra-se região de “Canga”, composta por vegetação herbácea e aglomerada em pequenos pontos, pois o terreno é rico em minério de ferro, tornando-se compacto para desenvolvimento de outros tipos de plantas. Foi também observada a presença de líquens que indicam boa qualidade do ar e água na região, mesmo com a presença maçante de mineradoras no entorno. De acordo com o Parecer Único SUPRAM nº 331/2009 “as vertentes são cobertas por vegetação arbustiva-herbácea nas encostas rochosas que corresponde a campos de altitude e campos rupestres, além de pequenas porções de vegetação típica de campo e cerrado”. No mapa a seguir pode ser visualizada a inserção do empreendimento quanto ao bioma Mata Atlântica e à vegetação de campo de cerrado e floresta semidecidual.

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Foi identificado no Relatório de Caracterização Biofísica da Propriedade apresentado pelo empreendedor a espécie Tabebuia alba que está classificada como vulnerável de acordo com o documento Revisão das Listas Vermelhas da Flora e da Fauna Ameaçadas de Extinção de Minas Gerais – Fundação Biodiversitas (2003).

Fauna

Conforme a caracterização biofísica realizada na propriedade2 os estudos da fauna silvestre de ocorrência na área de influência do empreendimento foram conduzidos quanto à distribuição de espécies da região e levantamento de campo. Destacando as espécies de herpetofauna, avifauna, mastofauna e entomofauna de maior ocorrência na região.

A atividade de mineração apresenta impactos irreversíveis para o ambiente local de tal forma que as condições de interação, reprodução e sobrevivência ficam restritas, portanto, desfavoráveis para a fauna silvestre, diminuindo sua cadeia trófica e aumentando a vulnerabilidade dos animais, principalmente os que apresentam maior exigência ecológica e área para sua movimentação.

Foi identificado no Relatório de Caracterização Biofísica da Propriedade apresentado pelo empreendedor a espécie Penélope ochrogaster que está classificada como “criticamente em perigo”, de acordo com o documento Revisão das Listas Vermelhas da Flora e da Fauna Ameaçadas de Extinção de Minas Gerais – Fundação Biodiversitas (2003).

Meio Físico

De acordo com RCA apresentado pelo empreendedor a jazida é constituída por duas concessões minerárias que juntas abrangem uma área de 55,75 hectares, recobrindo rochas do Grupo Itabira, principal fonte de minério de ferro no Estado de Minas Gerais e rochas da Série Itacolomy.

O mapeamento geológico evidenciou que o Grupo Itabira ocorre na porção norte das concessões sendo formado do topo para a base pela Formação Gandarela, constituída por dolomitos decompostos de coloração marrom escura, com estreitos níveis manganesíferos; e pela Formação Cauê constituída por itabiritos que foram a principal fonte do minério de ferro extraído na mina. Na parte sul da área de pesquisa, em contato tectônico com a Formação Cauê, ocorre uma outra unidade litológica formada por níveis de itabiritos sílico– carbonáticos ricos, geralmente especulares, e por itabiritos silico-carbonáticos de coloração amarelada muito pobre em ferro. Esta segunda unidade foi considerada como pertencente à Série Itacolomy devido aos níveis de itabiritos ricos em especularita.

Os solos locais pertencem à classe dos Cambissolos Háplicos Distroférricos textura média e cascalhenta, fase substrato rochas ferríferas relevo ondulado a forte ondulado. São solos pouco profundos e pouco desenvolvidos, possuindo seqüência de horizonte A-Bi-C, com modesta diferenciação de horizontes. Parte desses solos são lateritizados mais para o topo da encosta e formam camadas de canga facilmente observáveis no entorno da mina. Esta informação é importante, uma vez que de acordo com pesquisas científicas as cangas, devido a sua localização nos platôs topográficos, sua porosidade e permeabilidade, funcionam como conexão daqueles aquíferos, constituindo importantes áreas de recarga hídrica3.

2 Relatório de Caracterização Biofísica da Propriedade Lucape Siderurgia Ltda - Mina Do Vigia pág. 9,10,11

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CARMO, Flávio Fonseca. Importância Ambiental e Estado de Conservação dos Ecossistemas de Cangas no Quadrilátero Ferrífero e Proposta de Áreas-Alvo para a Investigação e Proteção da Biodiversidade em Minas

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As áreas de concessões minerais da Mina do Vigia encontram-se na Bacia do Rio São Francisco, inseridas na sub-bacia do Rio Maranhão, tributário do Rio Paraopeba. Os cursos d‟água locais correspondem ao Córrego Buraco dos Lobos, que limita a propriedade ao Norte, e do Córrego Carro Quebrado, ao Sul. O Córrego Buraco dos Lobos deságua na barragem de rejeitos da CFM construída no leito do Córrego Pires Velho. Um pouco abaixo desta barragem, o Córrego Carro Quebrado deságua no Rio Preto, afluente da margem direita do Rio Maranhão, um dos formadores do Rio Paraopeba. Sua microbacia possui uma área de drenagem mensurada de 4,31 km2. Encontra-se inserido no grupo Itabira na porção norte das concessões sendo formado do topo para a base pela formação Gandarela e pela formação Cauê constituída por itabiritos que foram a principal fonte do minério de ferro extraído na mina.

A rede de drenagem que compõe a bacia do Rio Paraopeba, em seu alto e médio curso, tem como característica em comum atravessar áreas com alto índice de concentração de jazimentos minerais, sobretudo de ferro e manganês. O Córrego Buraco dos Lobos encontra-se bastante assoreado devido a sedimentos provenientes de atividades de mineração pretéritas como pode ser comprovado ao longo do seu curso que passa na divisa Norte da área do empreendimento.

2.4 Impactos ambientais

A seguir apresenta-se os principais impactos ambientais decorrentes do empreendimento quanto aos meios biótico e físico, destacando aqueles passíveis de compensação ambiental.

Meio Físico

 Alteração da qualidade físico-química da água: provocada pelo carrreamento de sedimentos para os cursos d‟água durante a implantação e beneficiamento do empreendimento e potencial contaminação por afluentes liquidos, óleos e graxas.

Alteração da qualidade físico-química do ar: Emissão de partículas sólidas para atmosfera, provocada pela poeira gerada na operação e transporte do recurso natural

explorado. Entre os equipamentos geradores de efluentes atmosféricos citam-se:trator

de esteira tipo AD-65, perfuratriz manual tipo RH-658, pá carregadeira 125c, caminhão tipo 1513, retro-escavadeira tipo S-90, pá carregadeira tipo 55c. Destaca-se, conforme RCA, a extração de blocos de itabirito compacto, são feitos fogachos com explosivos, num consumo médio de apenas 30 kg de explosivos por mês. Nesta etapa

ocorrerá emissão de material particulado

.

 Alteração da qualidade físico-química do solo: Compactação e impermeabilização do solo (provocado pelas atividades de implantação, operação do empreendimento e pela posterior ocupação do solo). A geração de resíduos também pode vir a alterar a qualidade do solo quando do seu armazenamento e/ou destinação.

 Emissão de gases que contribuem efeito estufa: provocado pela movimentação das máquinas utilizadas na implantação e operação do empreendimento e pela decorrência do tráfego de veículos

 Aumento da erodibilidade do solo: De acordo com Parecer Único SUPRAMCM nº 331/2009 na reimplantação da atividade minerária serão realizados diversos

Gerai. Tese de Mestrado. Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre (ECMVS) da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010.

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trabalhos que contribuem para esse tipo de impacto, dentre eles, retirada do capeamento, abertura de acessos, preparação da frente de lavra e montagem da usina de beneficiamento. Destaca-se ainda que, este impacto pode ser provocado pela exposição do solo mediante os cortes e aterros, bem como pela drenagem da água superficial.

Emissão de sons e ruídos residuais: provocado pela utilização de máquinas na implantação e operação do empreendimento. Destaca-se, conforme RCA, a extração de blocos de itabirito compacto, são feitos fogachos com explosivos, num consumo médio de apenas 30 kg de explosivos por mês.

Meio Biótico

 Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e

vulneráveis: conforme descrito no item 2.3.2 Caracterização Biótica foram

identificadas duas espécies: uma classificada como vulnerável e outra como criticamente em perigo na área de influência do empreendimento.

 Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras): De acordo com PCA (anexo 31) haverá plantio de cortina arbórea como condicionante do licenciamento ambiental. Nestes casos são frequentemente usadas espécies exóticas, algumas consideradas espécies invasoras. Estas espécies, poderão fazer pressão sobre populações de espécies nativas localizadas em fragmentos florestais e campestres próximas ao empreendimento.

Interferência/supressão de vegetação, acarretando fragmentação: provocado pela retirada da vegetação nativa existente no local. Tendo em vista os poucos fragmentos de vegetação nativa existentes na região, considera-se que a reimplantação do empreendimento irá reduzir ainda mais os remanencentes de vegetação nativa, consequentemente, reduzir o fluxo gênico da flora e fauna. Além disso, pode haver perda das funções ecológicas, provocadas pela diminuição dos processos ecológicos e eliminação de habitats.

 Interferência em Unidades de Conservação: Conforme o mapa abaixo, o empreendimento encontra-se num raio 10 km das Unidades de Conservação RPPN Poço Fundo e Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

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Figura 1: Localização do empreendimento em relação as UCs da região.

 Interferência em Área Prioritária para a conservação: Com relação as áreas prioritárias para a conservação, observa-se no mapa abaixo do Atlas da Biodiversidade em MG elaborado pela fundação Biodiversitas, que o empreendimento encontra-se em zona “Especial”, conforme observado no mapa 2. Categoria justificada considerando o índice de pressão econômica extremo a alto, com grandes conflitos de uso (exploração mineral, expansão urbana e condomínios, captação de água e manutenção da vegetação nativa, turismo ecológico e rural).

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Figura 2: Localização do empreendimento em função das áreas prioritárias para a conservação

3- APLICAÇÃO DO RECURSO

3.1 Valor da Compensação ambiental

O valor da compensação ambiental foi apurado considerando o Valor de Referência do empreendimento informado pelo empreendedor e o Grau de Impacto – GI (tabela em anexo), nos termos do Decreto 45.175/09 alterado pelo Decreto 45.629/11:

Valor de referência do empreendimento: R$ 5.730.359,30 (Cinco milhões, setecentos e trinta mil, trezentos e cinquenta e nove reais e trinta centavos)

Valor do GI apurado: 0,5%

Valor da Compensação Ambiental (GI x VR): R$ 28.651,80 (Vinte e oito mil, seiscentos e cinquenta e um reais e oitenta centavos)

3.2 Aplicação do recurso

De acordo com o POA/2012, este parecer faz as seguintes recomendações para aplicação do recurso:

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Embora o empreendimento em análise encontra-se num raio de 10 km das Unidades de Conservação RPPN Poço Fundo e Parque Estadual Serra do Ouro Branco a aplicação do recurso será distribuído somente para o UC Parque Serra do Ouro Branco considerando que o POA 2012 apenas fazem jus ao recurso as RPPNs, APAs e APEs quando abrigarem o empreendimento total ou parcialmente, em seu interior e atendam os requisitos listados no POA/2012.

Unidade Afetada Parque Estadual Serra do Ouro Branco

Área Prioritária Especial

Espécies Ameaçadas Vulnerável/ Criticamente em perigo

Fator Biológico 4 – Muito Elevado

Área da Unidade 7.523,32 há

Índice Biofísico 6 – Especial

Categoria de Uso Proteção integral – 2

Índice de Distribuição 6 – 100 %

O Índice de Distribuição 6 (seis), indica percentual de 100% a ser aplicado em UC afetada Parque Estadual Serra do Ouro Branco. Logo, 100% resultara no valor total de R$ 8.595,54.

DESTINAÇÃO ESPECIFICAÇÃO VALOR (R$)

Regularização Fundiária 50% do valor da compensação ambiental

R$ 14.325,90

Unidade de Conservação Afetada

PAR Serra do Ouro Branco

100% referente aos 30% do valor da

compensação ambiental R$ 8.595,54

Plano de Manejo, Bens e Serviços 10% do valor da compensação ambiental

R$ 2.865,18

Prevenção e Combate a incêndios Florestais

5% do valor da compensação ambiental

R$ 1.432,59

Estudos Para Criação de Unidades de Conservação

5% do valor da compensação ambiental

R$ 1.432,59

T O T A L R$ 28.651,80

Os recursos deverão ser repassados ao IEF em até 04 parcelas, o que deve constar do Termo de Compromisso a ser assinado entre o empreendedor e o órgão.

4 – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

O presente parecer tem como objeto a análise da compensação ambiental prevista no artigo 36 da Lei 9985/00, regulamentada pelo Decreto Federal 4340/02 e Decretos Estaduais nº 45.175/09 e nº 45.629/11, para o processo Copam n° 19517/2007/001/2008, empreendimento Mina da Vigia, da empresa Maciço Ltda, localizado no município de Ouro Preto/MG.

A compensação ambiental foi fixada como condicionante pela URC Rio das Velhas, competindo à CPB, deliberar sobre o valor do grau de impacto e a destinação dos recursos, conforme Decreto 44.667/07.

O valor da compensação foi apurado segundo critérios estabelecidos no Decreto 45.175/2009, alterado pelo 45.629/11 que estabelece metodologia de gradação de impactos ambientais e procedimentos para fixação e aplicação da compensação ambiental, cujo grau de impacto foi fixado em 0,5% do valor de referência do empreendimento, informado pelo empreendedor.

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De acordo com a análise técnica da Gerência de Compensação Ambiental GCA-IEF, a unidade de conservação Parque Estadual Serra do Ouro Branco foi afetada pelo empreendimento, de acordo com os critérios do POA/2012.

Dessa forma, a aplicação dos recursos sugerida neste Parecer segue as normas legais vigentes e as diretrizes do POA/2012, aprovado pela CPB, não restando óbices jurídicos para que o mesmo seja aprovado.

Após a deliberação da CPB, deverá ser firmado com o IEF, Termo de Compromisso no prazo de 60 dias da publicação da decisão, onde constará o planejamento das ações em caráter executivo.

5 - CONCLUSÃO

O cumprimento da compensação ambiental não exclui a obrigação do empreendedor de atender às demais condicionantes definidas nos processos de licenciamento.

O empreendedor será consultado acerca do exposto nesse parecer até a data de seu julgamento pela CPB.

Este é o parecer. Smj.

Belo Horizonte, 13 de setembro de 2012.

Alberto Pereira Rezende Masp: 1147827-8

Carla Fernanda Torres Ferreira Masp: 1182839-9

Carla Adriana Amado da Silva OAB-MG 122.660

Sabrina Rochelle Mariano Pereira OAB-MG 90.456

De acordo:

Samuel Andrade Neves Costa Gerente da Compensação Ambiental OAB/MG 117.572 MASP: 1.267.444-6

Patrick de Carvalho Timochenco

Coordenador da Gerência de Compensação Ambiental MASP 1147866-6

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Valoração Fixada Valoração Aplicada Índices de Relevância 0,0750 0,0750 x 0,0100 0,0100 x ecossistemas especialmente protegidos (Lei 14.309) 0,0500 0,0500 x outros biomas 0,0450 0,0450 x 0,0250 0,1000 0,1000 x Importância Biológica Especial 0,0500 0,0500 x Importância Biológica Extrema 0,0450

Importância Biológica Muito Alta 0,0400 Importância Biológica Alta 0,0350

0,0250 0,0250 x 0,0250 0,0450 0,0300 0,0250 0,0250 X 0,0300 0,0300 x 0,0100 0,0100 X 0,6650 0,4200 Indicadores Ambientais 0,0500 0,0650 0,0850 0,1000 0,1000 X 0,3000 0,1000 Índice de Abrangência 0,0300 0,0500 0,0500 x 0,0800 0,0500 Somatório FR+(FT+FA) 0,5700 R$ R$ Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar

28.651,80

Duração Imediata – 0 a 5 anos Duração Curta - > 5 a 10 anos Duração Média - >10 a 20 anos Duração Longa - >20 anos

Total Índice de Temporalidade Área de Interferência Direta do empreendimento

Valor de Referencia do Empreendimento Valor da Compensação Ambiental

Área de Interferência Indireta do empreendimento

Valor do grau do Impacto a ser utilizado no cálculo da

compensação 0,5000%

Aumento da erodibilidade do solo Emissão de sons e ruídos residuais

Somatório Relevância

Índices de Relevância

Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias

Nome do Empreendimento Nº Pocesso COPAM

Tabela de Grau de Impacto - GI

00063/1979/017/2010

Maciço Mineração Ltda

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) Interferência /supressão de

vegetação, acarretando fragmentação

Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos

Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável.

Interferência em áreas

prioritárias para a conservação, conforme „Biodiversidade em Minas Gerais – Um Atlas para sua Conservação

Índice de temporalidade

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais Transformação ambiente lótico em lêntico

Interferência em paisagens notáveis

Emissão de gases que contribuem efeito estufa

5.730.359,30

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