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Academic year: 2021

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PORTUGUÊS: Tempos e modos verbais; Vozes do verbo; Discurso direto e indireto; Sintaxe do

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VERBO

Por definição, verbo é a palavra que exprime a ideia de uma ação, de um estado, de uma mudança de estado ou de um fenômeno natural e que pode ser conjugada.

A característica mais importante que deve ser notada é o fato de o verbo poder ser conjugado, isso será central em análises relativas aos verbos.

Essa matéria é extremamente importante, pois o coração de toda a análise sintática reside no reconhecimento e na classificação dos verbos.

Classificação

Para facilitar o entendimento dos verbos, convém dividi-los em categorias distintas em função do sentido que podem exprimir:

1. Relacional (ou de ligação): é o verbo que exprime noção de estado ou de mudança de

estado. Vale a pena decorar uma lista de verbos relacionais.

Ser Estar Continuar Andar Parecer Permanecer Ficar Tornar-se

Vejamos um exemplo de como um verbo dessa natureza pode ser empregado.

Ex.: A economia do país estava organizada.

Mas nem sempre isso acontece. Há casos em que ocorre a transpredicação verbal, que consiste – basicamente – em alterar o sentido do verbo, bem como sua natureza de expressão, ou seja, haverá mudança do tipo de verbo. Vejamos os exemplos:

João anda empolgado. (Verbo “andar” exprimindo o estado de João) João anda lentamente. (Verbo “anda” exprimindo a ação de caminhar)

2. Nocional: é o verbo que exprime o sentido de ação ou de fenômeno natural. Como não

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a. Intransitivo: é o verbo que não necessita de um complemento. Seu sentido se encerra no

próprio verbo. São exemplos de verbos intransitivos: viver, correr, crescer e germinar. Aplicando nas sentenças:

• Aquela criança cresceu. (Verbo com o sentido encerrado em si)

• Aquela criança cresceu rapidamente. (A palavra “rapidamente” exprime circunstância de “modo” em relação ao verbo)

• Aquele homem vive uma vida sofrida. (O verbo continua intransitivo, porém a expressão “uma vida sofrida” funciona como objeto direto do verbo)

b. Transitivo: é o verbo que necessita de um complemento, pois “negocia” o seu sentido com

o verbo em questão. A depender da relação entre verbo e complemento, podemos dividir o verbo em três tipos.

i. Direto: verbo que necessita de um complemento, porém esse complemento não

necessita de uma preposição, ou seja, possui uma relação “direta” do verbo para o complemento. São exemplos de verbos transitivos diretos os verbos: contar, ler e dizer.

Ex.: O réu disse a verdade.

ii. Indireto: verbo que necessita de um complemento, e esse complemento deve ser

introduzido por uma preposição, ou seja, possui uma relação “indireta” do verbo para com o complemento. São exemplos de verbos transitivos indiretos os verbos: gostar, visar, aludir.

Ex.: O concursando visava ao cargo mencionado.

iii. Bitransitivo: verbo que necessita de dois tipos de complemento: um tipo deve ser

direto; outro tipo deve ser indireto, por isso também pode ser chamado de verbo transitivo direto e indireto. São exemplos de verbos bitransitivos os verbos: dar, ceder, doar e pagar.

Ex.: O gerente deu explicações ao funcionário.

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Estrutura dos verbos

A fim de fazer uma análise estrutural dos verbos, é preciso destacar os seguintes itens que lhe são estruturantes:

• Raiz / radical: também chamado de “morfema lexical” esse é o elemento que guarda o sentido do verbo. Em tese é a parte invariante da palavra nos verbos regulares. O exemplo é CANTAR, cuja raiz é CANT.

• Vogal temática: vogal que, somada à raiz do verbo, forma o “tema” da palavra. São elas – A, E, I.

• Desinências: são “partes” de palavras que são afixadas aos verbos, para que seja possível fazer as devidas adequações na conjugação ou na estruturação de formas nominas. As desinências podem ser dividias em:

• Verbais: que podem ser de modo-tempo e que podem ser de número-pessoa. Essas atuam para a conjugação do verbo.

• Nominais: que podem ser de infinitivo, de gerúndio ou de particípio. Essas servem para indicar uma forma nominal do verbo.

Veja o exemplo da forma verbal a seguir:

FALÁVAMOS Em que:

FAL: é a raiz.

A: é a vogal temática.

VA: é a desinência de modo-tempo (que indica Pretérito Imperfeito do Indicativo)

MOS: é a desinência de número-pessoa (que indica se tratar de verbo conjugado na 1ª pessoa do plural).

Famílias Verbais

Para facilitar a organização dos verbos, os gramáticos os dividiram em três famílias de conjugação. Essa divisão leva em consideração a terminação das palavras. São elas:

1ª: verbos terminados em –AR (cantar, falar, brincar) 2ª: verbos terminados em –ER ou –OR (vender, pôr) 3ª: verbos terminados em –IR (partir, sorrir)

Tempos e Modos Verbais

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1. Modo Indicativo: é o modo em que as formas exprimem uma ideia de certeza. Seus tempos

são:

a. Presente: amo, vendo, parto.

b. Pretérito perfeito: amei, vendi, parti. c. Pretérito imperfeito: amava, vendia, partia.

d. Pretérito mais-que-perfeito: amara, vendera, partira. e. Futuro do presente: amarei, venderei, partirei. f. Futuro do pretérito: amaria, venderia, partiria.

2. Modo Subjuntivo: é o modo em que suas formas exprimem ideia de hipótese provável.

Seus tempos são:

a. Presente (que): ame, venda, parta.

b. Pretérito imperfeito (se): amasse, vendesse, partisse. c. Futuro (quando): amar, vender, partir.

3. Modo Imperativo: é o modo que exprime uma ideia de ordem, pedido ou súplica.

• Não há primeira pessoa no imperativo. Como montar as formas de Imperativo:

i. Afirmativo: é preciso retirar a forma da segunda pessoa do singular e da segunda

pessoa do plural (provenientes do Presente do Indicativo), retirando a letra “s” do final da palavra. As demais formas advêm do Presente do Subjuntivo.

ii. Negativo: basta utilizar a palavra “não” e somar aos elementos provenientes do

Presente do Subjuntivo.

Exemplo: formação do Imperativo do verbo “amar”.

Presente do

Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Amo - Ame

-Amas Ama tu Ames Não ames tu

Ama Ame você Ame Não ame você

Amamos Amemos nós Amemos Não amemos nós

Amais Amai vós Ameis Não ameis vós

Amam Amem vocês Amem Não amem vocês

Formas Nominais do Verbo

1. Infinitivo: verbo terminado em –R. Amar, vender, partir.

2. Gerúndio: verbo terminado em –NDO. Amando, vendendo, partindo. 3. Particípio: verbo terminado em –ADO / -IDO. Amado, vendido, partido.

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Classificação verbal (Conjugação)

Nesta seção, vamos fazer a classificação dos verbos com relação a sua estrutura de conjugação. Vejamos como ela ocorre:

1. Verbo Regular: é o tipo de verbo que mantém sua raiz durante a conjugação. Um exemplo

é o verbo “cantar”. Canto Cantas Canta Cantamos Cantais Cantam

2. Verbo Irregular: é o tipo de verbo que possui uma pequena alteração em sua raiz durante a

conjugação. Um exemplo é o verbo “dizer” Digo (veja a alteração na raiz do verbo) Dizes

Diz Dizemos Dizeis Dizem

3. Verbo Anômalo: é o tipo de verbo que apresenta grande alteração na raiz durante a

conjugação. Um exemplo e o verbo “ser”. Sou És É Somos Sois São

4. Verbo Defectivo: é o tipo de verbo que apresenta um “defeito” – não há algumas formas

para a conjugação. Um exemplo é o verbo “falir”. Eu – Tu – Ele – Nós falimos Vós falis Eles –

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5. Abundante: é o tipo de verbo que possui mais de uma forma. Há dois tipos:

a. Abundância conjugacional: mais de uma forma para conjugação. Um exemplo é o verbo

“haver”. Hei Hás Há Havemos (hemos) Haveis (heis) Hão

b. Abundância participial: mais de uma forma para o particípio do verbo. Veja alguns

exemplos:

Ter / Haver SECAPPFT

Matado Morto Acendido Aceso Rasgado Roto Enxugado Enxuto Secado Seco Exemplos:

Ele havia matado o homem. (Use o particípio regular com os auxiliares “ter” e “haver”)

O homem estava morto. (Use o particípio irregular com os auxiliares do SECAPPFT) Conjugação dos verbos para exemplo:

Leia essa conjugação e preste atenção ao modo como as palavras variam. Isso ajudará a perceber como variam esses elementos na conjugação.

Verbo “amar”

Modo Indicativo:

Presente do

Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito Imperfeito do Indicativo eu amo tu amas ele ama nós amamos vós amais eles amam eu amei tu amaste ele amou nós amamos vós amastes eles amaram eu amava tu amavas ele amava nós amávamos vós amáveis eles amavam

(13)

Pretérito Mais-que-perfeito

do Indicativo Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo eu amara tu amaras ele amara nós amáramos vós amáreis eles amaram eu amarei tu amarás ele amará nós amaremos vós amareis eles amarão eu amaria tu amarias ele amaria nós amaríamos vós amaríeis eles amariam Modo Subjuntivo:

Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo que eu ame

que tu ames que ele ame que nós amemos que vós ameis que eles amem

se eu amasse se tu amasses se ele amasse se nós amássemos se vós amásseis se eles amassem quando eu amar quando tu amares quando ele amar

quando nós amarmos

quando vós amardes quando eles amarem

Modo Imperativo:

Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo

ama tu ame você amemos nós amai vós amem vocês não ames tu

não ame você

não amemos nós

não ameis vós

não amem vocês

Formas nominais:

Infinitivo: amar

Gerúndio: amando Particípio: amado

(14)

Verbo “vender”

Modo Indicativo:

Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito Imperfeito do Indicativo eu vendo tu vendes ele vende nós vendemos vós vendeis eles vendem eu vendi tu vendeste ele vendeu nós vendemos vós vendestes eles venderam eu vendia tu vendias ele vendia nós vendíamos vós vendíeis eles vendiam Pretérito Mais-que-perfeito

do Indicativo Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo eu vendera tu venderas ele vendera nós vendêramos vós vendêreis eles venderam eu venderei tu venderás ele venderá nós venderemos vós vendereis eles venderão eu venderia tu venderias ele venderia nós venderíamos vós venderíeis eles venderiam Modo Subjuntivo:

Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo que eu venda

que tu vendas que ele venda que nós vendamos que vós vendais que eles vendam

se eu vendesse se tu vendesses se ele vendesse se nós vendêssemos se vós vendêsseis se eles vendessem quando eu vender quando tu venderes quando ele vender quando nós vendermos quando vós venderdes quando eles venderem

Modo Imperativo:

Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo

vende tu venda você vendamos nós vendei vós vendam vocês não vendas tu

não venda você

não vendamos nós não vendais vós não vendam vocês

(15)

Formas Nominais do Verbo

Infinitivo: amar. Gerúndio: amando. Particípio: amado. Verbo “partir” Modo Indicativo:

Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito Imperfeito do Indicativo eu parto tu partes ele parte nós partimos vós partis eles partem eu parti tu partiste ele partiu nós partimos vós partistes eles partiram eu partia tu partias ele partia nós partíamos vós partíeis eles partiam Pretérito Mais-que-perfeito

do Indicativo Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo eu partira tu partiras ele partira nós partíramos vós partíreis eles partiram eu partirei tu partirás ele partirá nós partiremos vós partireis eles partirão eu partiria tu partirias ele partiria nós partiríamos vós partiríeis eles partiriam Modo Subjuntivo:

Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo que eu parta

que tu partas que ele parta que nós partamos que vós partais que eles partam

se eu partisse se tu partisses se ele partisse se nós partíssemos se vós partísseis se eles partissem quando eu partir quando tu partires quando ele partir quando nós partirmos quando vós partirdes quando eles partirem

(16)

Modo Imperativo:

Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo

parte tu parta você partamos nós parti vós partam vocês não partas tu

não parta você

não partamos nós não partais vós não partam vocês

Formas Nominais do Verbo

Infinitivo: partir.

Gerúndio: partindo. Particípio: partido.

Verbo “haver”

Modo Indicativo:

Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito Imperfeito do Indicativo eu hei tu hás ele há nós havemos vós haveis eles hão eu houve tu houveste ele houve nós houvemos vós houvestes eles houveram eu havia tu havias ele havia nós havíamos vós havíeis eles haviam Pretérito Mais-que-perfeito

do Indicativo Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo eu houvera tu houveras ele houvera nós houvéramos vós houvéreis eles houveram eu haverei tu haverás ele haverá nós haveremos vós havereis eles haverão eu haveria tu haverias ele haveria nós haveríamos vós haveríeis eles haveriam

(17)

Modo Subjuntivo:

Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo que eu haja

que tu hajas que ele haja que nós hajamos que vós hajais que eles hajam

se eu houvesse se tu houvesses se ele houvesse se nós houvéssemos se vós houvésseis se eles houvessem quando eu houver quando tu houveres quando ele houver quando nós houvermos quando vós houverdes quando eles houverem

Modo Imperativo:

Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo

há tu haja você hajamos nós havei vós hajam vocês não hajas tu

não haja você

não hajamos nós

não hajais vós

não hajam vocês

Formas Nominais do Verbo

Infinitivo: haver.

Gerúndio: havendo. Particípio: havido.

Vozes Verbais

A noção de voz do verbo está relacionada à atitude que o verbo exprime quando empregado em uma sentença. É possível definir quatro vozes para os verbos na Língua Portuguesa. São elas:

• Voz ativa: que se caracteriza por possuir um sujeito agente, ou seja, que pratica uma ação. • Voz passiva: que se caracteriza por possuir um sujeito de natureza paciente, ou seja, que é

alvo da ação do verbo.

• Voz reflexiva: que apresenta um sujeito agente e, ao mesmo tempo, paciente. Isso quer dizer que a noção do verbo é executada pelo sujeito e o próprio sujeito a recebe.

• Voz recíproca: que diverge da anterior pelo simples fato de haver mais de um elemento envolvido na execução da ação e pelo fato de a ação expressa ser mútua.

(18)

Como essa distinção é incidente em provas de concursos, estudemos mais propriamente essas noções de vozes verbais.

Voz Ativa

Reconhecer um verbo na voz ativa não é algo difícil, basta identificar um sujeito que pratica a ação expressa pelo verbo.

Exemplos:

• Meu amigo aluga casas. • Os alunos farão aquela prova. • O autor está escrevendo um livro.

Voz Passiva

A voz passiva focaliza o alvo da ação, ou seja, o paciente (ou afetado). É preciso prestar atenção que há dois tipos de voz passiva: a analítica e a sintética. Vejamos.

1. Analítica: que possui (usualmente) a seguinte estrutura – Sujeito Paciente + Locução Verbal

+ Agente da Passiva.

Exemplos:

• Casas são alugadas por meu amigo. • Aquela prova será feita pelos alunos. • Um livro está sendo escrito pelo autor.

2. Sintética: que possui (usualmente) a seguinte estrutura – Verbo + pronome “se” + Sujeito

Paciente.

Exemplos:

• Alugam-se casas. • Far-se-á aquela prova.

(19)

Voz Reflexiva

Na voz reflexiva, o sujeito e o afetado pela ação são o mesmo referente. Veja: • A criança rabiscou-se com a caneta.

• Joana penteava-se no quarto.

Voz Recíproca

A voz recíproca é semelhante à reflexiva, com a distinção de que aquela exige a identificação de mais de um elemento no sujeito e a ação deve exprimir mutualidade. Vejamos:

• Os concorrentes se cumprimentaram. • Pedro e Paulo se esbofetearam.

Como isso cai na prova?

  O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a 4 criação do conselho, ao qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava 7 polêmica.

  Atualmente, o CNJ não só se tornou realidade, como ainda é citado em outro contexto. O órgão goza hoje de alto 10 conceito como ferramenta de planejamento. É verdade que subsistem controvérsias acerca dos limites de sua atuação, mas elas permanecem em segundo plano diante de medidas 13 moralizadoras por ele determinadas, como o combate ao nepotismo e aos supersalários, além da aplicação de

penalidades aos magistrados.

16   Antes, os quase cem tribunais do país funcionavam sem nenhuma coordenação, e pouco — às vezes, nada — se sabia sobre eles. Não havia certeza sequer a respeito do total de 19 processos, juízes e recursos. A partir da elaboração de relatórios como o Justiça em Números, o CNJ pôde, por exemplo, criar metas para desatar os nós da justiça brasileira. 22   Uma delas, de 2009, previa o julgamento de todos os processos distribuídos antes de 2006. Identificaram-se quase 4,5 milhões

(20)

(CESPE) Prejudica-se a correção gramatical do texto ao se substituir “Identificaram-se” (l.23)

por Foram identificados. ( ) Certo   ( ) Errado

Resposta: Errado. Veja que além de perceber a noção de voz passiva na sentença, a banca

também joga com as noções relacionadas ao emprego da concordância. Como se trata de uma transposição de voz passiva sintética para uma voz passiva analítica, é necessário manter a flexão do verbo no plural.

(21)

SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO

Saudações, guerreiro(a) do concurso, tudo bem? Aqui é o professor Pablo Jamilk. Nós teremos alguns momentos juntos doravante. Por isso, segure o chapéu aí e vamos para cima do conteúdo sem perder tempo!

A primeira coisa que vamos fazer é uma recapitulação da noção de período dentro de Análise Sintática!

Partimos da distinção entre os tipos de período:

1. Simples – uma oração.

2. Composto – mais de uma oração.

3. Misto – mais de um procedimento de formação de período.

4. Complexo – período entrecortado e com segmentações de hipérbato (meu deus!)

O período simples você já conhece. É aquele que dá origem ao nosso estudo de Sintaxe, pois introduz a maior parte dos nomes com que vamos lidar em todos os outros períodos. Nosso objetivo maior durante esta seção é o trabalho com o período composto (por isso vou dedicar mais tempo e atenção a ele). Não é muito comum os manuais trazerem os termos “período misto” e “período complexo”, apesar disso, sua incidência nos concursos é alta (mesmo que as bancas não utilizem essa nomenclatura). Iniciemos o trabalho pelo estudo do período composto.

Definição: chama-se “período composto” o período que apresenta mais de uma oração. Para

que seja possível isso ocorrer, deve haver um processo de composição do período. Usualmente, dois processos concorrem para a formação de um período. Vejamos:

Processos de composição:

a) Coordenação: é o processo em que não há dependência sintática entre as orações. Ou seja,

estruturalmente elas são autônomas.

b) Subordinação: é o processo em que há uma dependência sintática entre as orações. Isso

quer dizer que uma oração (subordinada) desempenhará alguma função em relação à outra (principal).

Orações Coordenadas

1

Definição: são aquelas que não possuem dependência sintática. Classificam-se de acordo com

o seguinte critério:

Assindéticas: são as que não possuem conjunção para realizar a conexão. Ex.: O povo protestou, gritou, esbravejou.

(22)

Sindéticas2: são as que aparecem introduzidas por uma conjunção coordenativa. Vejamos:

1. Aditivas: exprimem noção de soma.

• Gumercindo falou com a mãe e a trouxe para casa. • Márcio não é honesto nem tem bom caráter.

2. Adversativas: exprimem oposição ou negação de uma sentença anterior.

• João Paulo sofre, mas tenta resistir. • Pedro está cansado; continua, porém.

3. Alternativas: exprimem alternância.

• Faça o exercício ou volte aos livros.

4. Conclusivas: exprimem conclusão.

• O aluno é esperto, portanto estudará Gramática.

5. Explicativas: exprimem a explicação sobre algo.

• Traga o jantar, porque estou faminto.

• Deve ter chovido, pois o chão está molhado.

Orações Subordinadas

São as orações que possuem dependência sintática. Há três naturezas de subordinação. Convém estuda-las individualmente.

• Substantivas: 6 tipos. • Adjetivas: 2 tipos. • Adverbiais: 9 tipos.

Orações Subordinadas Substantivas

São as orações que desempenham a função de um substantivo. Quando desenvolvidas, são introduzidas por uma Conjunção Subordinativa Integrante. Para facilitar o entendimento, vamos fazer uma comparação entre período simples e período composto.

1. Subjetiva: desempenha a função de sujeito. Período Simples:

• É necessário o estudo.

2 Você achará esse conteúdo repetitivo, porque já estudou a função das conjunções na parte de Morfologia. É fundamental repetir a matéria, porém!

(23)

Período Composto:

• É necessário que você estude. • Convém que ele trabalhe.

2. Objetiva Direta: desempenha a função de objeto direto.

Período Simples:

• Pedro disse algo importante. Período Composto:

• Pedro disse que entendeu a matéria.

3. Objetiva Indireta: desempenha a função de objeto indireto. Período Simples:

• O Governo necessita de novos rumos. Período Composto:

• O Governo necessita de que haja manifestações.

4. Completiva Nominal: desempenha a função de complemento nominal.

Período Simples:

• O aluno tem esperanças de aprovação. Período Composto:

• O aluno tem esperanças de que a prova seja fácil.

5. Predicativa: desempenha a função de predicativo do sujeito.

Período Simples:

• O importante é Língua Portuguesa. Período Composto:

• O importante é que você fale a verdade.

6. Apositiva: desempenha a função de aposto.

Período Simples:

• Eu quero apenas isto: o meu cargo. Período Composto:

(24)

Dica do Guerreiro!

Existe um pequeno “macete” para facilitar a identificação da oração subordinada substantiva: basta trocar a oração em questão pela palavra “isto” e, então, proceder à análise sintática.

Ex.: É fundamental que o candidato saiba estudar.

Operando a troca:

É fundamental isto. Fazendo a inversão da frase:

Isto é fundamental. (O termo em destaque tem função de sujeito)

Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas desempenham a função de um adjetivo na sentença em que aparecem. Essas são muito cobradas em concursos públicos, portanto, é preciso ficar muito atento à definição e à classificação dessas orações. A depender da banca com que se trabalha, elas podem receber o nome de Orações Subordinadas Relativas3, em razão de as desenvolvidas

serem introduzidas por um pronome relativo.

Comparação entre período simples e período composto: Período Simples:

• Admiramos alunos estudiosos. Período Composto:

• Admiramos alunos que estudam.

Note que o sentido é o mesmo, a despeito de haver mudança na quantidade de verbos. Classificação das orações:

1. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: é a que restringe o conteúdo da sentença anterior.

Sua estrutura comum é: Pronome Relativo + Verbo – Vírgula. O quadro que Dali pintou é caro.

O lugar para onde ele vai é desconhecido.

2. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: é a que apresenta um conteúdo que já pertente

ao referente (por isso, explicativo). Sua estrutura comum é: Pronome Relativo + Verbo + Vírgula.

O homem, que não é Deus, deve ser humilde.

Aquela pessoa, de cuja irmã eu falava, testemunhou o crime.

(25)

(Seção especial) Função Sintática do Pronome Relativo

Esse é um conteúdo cada vez mais presente em provas de concurso. O que se espera é que o candidato saiba analisar a função sintática que o pronome desempenha na sentença em que aparece. Para que isso fique mais fácil, basta seguir o procedimento ora em comento:

Procedimento:

• Decompor a sentença.

• Trocar o pronome pelo referente. • Analisar.

Exemplos:

1. O escritor que assinou o livro era João. (Pronome com função de sujeito) 2. A matéria de que gosto é Gramática. (Pronome com função de objeto indireto)

3. A dúvida a que fiz alusão foi sanada. (Pronome com função de complemento nominal) 4. Não é aquele o país aonde vou. (Pronome com função de adjunto adverbial de lugar) 5. A mulher cuja bolsa foi roubada é Helena. (Pronome com função de adjunto adnominal) 6. O material que meu amigo comprou é ótimo. (Pronome com função de objeto direto). 7. Você é o concurseiro que muitos gostariam de ser. (Pronome com função de predicativo do

sujeiro).

Orações Subordinadas Adverbiais

São as orações que desempenham a função de um adjunto adverbial na sentença. Sua característica fundamental, quando desenvolvidas, é que surgem introduzidas por uma conjunção subordinativa adverbial. Logo, a nomenclatura das orações fica condicionada à classificação semântica das conjunções. É importante atentar para o sentido das conjunções na sentença, pois costuma ser alvo de questões. Além disso, é importante observar o critério de mobilidade – possibilidade de deslocar a oração na sentença –, pois nesse caso há uma vírgula obrigatoriamente.

Comparação para facilitar o entendimento: Período Simples:

• Amanhã, venha estudar. Período Composto:

(26)

Classificação das orações: 9 tipos.

1. Causal: exprime sentido de causa. Suas principais conjunções são já que, porque, uma vez que, como etc.

Ex.: Já que estava preparado, resolveu a prova.

2. Comparativa: exprime ideia de comparação. Algumas conjunções são como, mais (do) que, menos (do) que.

Ex.: Executou a tarefa como um perito faria.

3. Condicional: exprime ideia de condição. Algumas conjunções são se, desde que, contanto que etc.

Ex.: Desde que haja garra, o cargo será seu.

4. Conformativa: exprime a ideia de conformidade. Algumas conjunções são conforme, segundo, consoante etc.

Ex.: Eu farei o teste segundo o professor recomendou.

5. Consecutiva: exprime a ideia de consequência. Algumas conjunções são tanto que, de modo que, de sorte que.

Ex.: O candidato estava tão preparado que gabaritou a prova.

6. Concessiva: exprime a ideia de concessão. Algumas conjunções são embora, ainda que, mesmo que etc.

Ex.: Embora haja muitos concorrentes, o cargo será meu!

7. Final: exprime ideia de finalidade. Algumas conjunções são para que, a fim de que, porque etc.

Ex.: Separou o tema, a fim de que pudesse estudar.

8. Proporcional: exprime ideia de proporção. Algumas conjunções são à medida que, à proporção que, ao passo que etc.

Ex.: Ganhava dinheiro, à medida que enganava os professores.

9. Temporal: exprime ideia de tempo. Algumas conjunções são sempre que, logo que, mal, assim que etc.

Ex.: Sempre que a vida parecer difícil, resista!

10. Modal: exprime a ideia de modo. As modais ocorrem apenas em formato reduzido.

(27)

Orações Reduzidas

São ditas orações reduzidas as orações que não apresentam conjunção ou pronome relativo e que possuem um verbo em uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). Para ficar mais clara sua classificação, a recomendação é desenvolver a oração. Daí, fica mais fácil perceber sua estrutura. Vejamos alguns exemplos.

1. Substantivas:

É aconselhável você ler os livros. (Subjetiva) Pedro disse não saber o assunto. (Objetiva Direta)

2. Adjetivas:

Vi a menina passando por mim na rua. (Restritiva)

O conteúdo, já cobrado em outras provas, caiu novamente. (Explicativa)

3. Adverbiais

4

:

Ao sair da sala, desligue a luz. (Temporal) Sentindo-se preparado, fez o concurso. (Causal)

Período Misto

Trata-se do período composto por mais de um processo de composição, ou seja, haverá mais de duas orações. Nesse sentido, o aluno precisa compreender que uma oração será principal, e haverá coordenação e subordinação na mesma sentença.

Veja um exemplo:

O ministro anunciou que não haverá cortes no orçamento e que há dinheiro para quitar a dívida externa.

4 Desenvolvendo as orações anteriores, temos: • É aconselhável que você leia os livros. • Pedro disse que não sabia o assunto.

• Via a menina, a qual passava por mim na rua.

(28)

Anote o procedimento de análise: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Mais um exemplo:

Jocélia alegou que não conhecia o meliante, mas que sabia algo sobre seu passado.

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

Período Complexo

Calma, não se assuste com o nome. Isso se deve apenas à formação do período, que é complexa, ou seja, não segue o padrão estabelecido tradicionalmente. Na realidade, trata-se de uma formação muito mais próxima da oralidade do que da expressão escrita. Um período será dito complexo quando possuir uma oração interferente em sua construção. Veja o exemplo:

Eu sei que o Manoel – ele sempre faz uma coisa desse tipo – costuma chegar sem aviso antecedente.

Maria nunca (veja bem o que estou falando) faria uma coisa dessas.

Pronto! Agora você finalizou o estudo de Sintaxe e pode caminhar para os conteúdos posteriores da Gramática Normativa. Nunca desista da batalha, guerreiro(a)! Vamos firmes até o dia da vitória!

(29)

1. (4460) CESPE – 2012 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

Na linha 2, o elemento “Embora” poderia ser substituído por Desde que, sem que se prejudi-cassem a correção gramatical e o sentido original do texto.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (4465) CESPE – 2012 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

Em relação ao texto acima, julgue os itens seguintes.

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “mas” (L.13) por embora. ( ) Certo   ( ) Errado

(30)

3. (4468) CESPE – 2012 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

A conjunção “Embora”, em “Embora o Leste Asiático tenha se mantido independente” (L.13), poderia ser corretamente substituída por Apesar de, feitas as devidas alterações na forma ver-bal “tenha”.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (4470) CESPE – 2012 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir o co-nectivo “pois” (L.1) por já que, uma vez que, porquanto, visto que ou porque.

(31)

5. (4486) CESPE – 2011 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

Acerca dos mecanismos de coesão empregados no texto, julgue (C ou E) os itens subsequentes. O período que finaliza o primeiro parágrafo está na ordem inversa, como indica o emprego ini-cial da conjunção “Pois”, que introduz uma oração subordinada anteposta à oração principal. ( ) Certo   ( ) Errado

6. (18643) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas /

Nexos), Ortografia

No que se refere ao texto acima, julgue o item seguinte.

Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto nem para seu sentido caso o trecho “A fim de solucionar o litígio” (l.1) fosse substituído por Afim de dar solução à demanda e o tre-cho “tomem conhecimento dos atos acontecidos no correr do procedimento” (l.4-5) fosse, por sua vez, substituído por conheçam os atos havidos no transcurso do acontecimento.

(32)

7. (36145) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

Julgue o item a seguir, relativos às informações e estruturas linguísticas do texto acima.

Em “se concentrem” (L.11) e “Se a intenção” (L.13), o vocábulo se desempenha a mesma fun-ção: introduzir oração condicional.

(33)

8. (36181) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

Com base nos aspectos linguísticos do texto, julgue o item subsequente.

Nas linhas 8 e 28, as ocorrências do vocábulo “desde” introduzem circunstâncias temporais. ( ) Certo   ( ) Errado

(34)

9. (35399) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

No que se refere aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir. A oração introduzida por “porque” (R.10) expressa a razão de as bombas serem sujas.

( ) Certo   ( ) Errado

10. (35449) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

No trecho “é possível que associe a figura do seu pai com a figura do seu pai como é hoje” (R.4-5), o conectivo “que” inicia oração que complementa o sentido do adjetivo “possível”.

( ) Certo   ( ) Errado

11. (35880) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

A oração subordinada reduzida de gerúndio “sendo o programa mais importante a linguagem” (R.14-15) poderia ser corretamente reescrita na seguinte forma de oração com conector: onde

o programa mais importante é a linguagem.

(35)

12. (108314) CESPE – 2016 – PORTUGUÊS – Sintaxe do Período (Coordenadas e Subordinadas / Nexos)

Acerca dos aspectos linguísticos e das ideias do texto acima, julgue o item seguinte.

A forma verbal “garantindo” (R.15) introduz uma oração reduzida de gerúndio de caráter adver-bial.

(36)

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Gabarito: 1. (4460) Errado 2. (4465) Errado 3. (4468) Certo 4. (4470) Certo 5. (4486) Errado 6. (18643) Errado  7. (36145) Errado 8. (36181) Errado 9. (35399) Certo 10. (35449) Errado 11. (35880) Errado 12. (108314) Errado

(37)

PONTUAÇÃO

O conteúdo de pontuação é importantíssimo nas provas de concurso público, principalmente porque os falantes desconhecem a maioria das regras. Para que seja possível entender esse conteúdo propriamente, é recomendável ter uma boa noção de Sintaxe.

A pontuação é feita por meio de sinais que indicam as pausas e as melodias da fala. O sinal mais importante e mais cobrado em provas é o da vírgula. Estudemos mais profundamente.

1. Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

Regra de ouro

Fique atento para a regra fundamental de emprego da vírgula. Uma das mais cobradas em concursos.

Não se emprega vírgula entre:

• Sujeito e verbo.

• Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que: A vírgula é: Desloca Enumera Explica Enfatiza Isola Separa

Emprego da vírgula

Emprega-se para:

a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

• João, Mariano, César e Pedro farão a prova. (Os termos separados são núcleos do sujeito, logo possuem a mesma função)

(38)

b) isolar o vocativo:

• Força, guerreiro!

c) isolar o aposto explicativo:

• José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

d) mobilidade sintática:

• Temeroso, Amadeu não ficou no salão. (Predicativo do sujeito deslocado) • Na semana anterior, ele foi convocado a depor. (Adjunto adverbial deslocado)

• Por amar, ele cometeu crimes. (Oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo deslocada)

e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

• isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

f) separar os nomes dos locais de datas:

• Cascavel, 10 de março de 2012.

g) isolar orações adjetivas explicativas:

• O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

Observação: atente para o fato de que a banca pode exigir a retirada de uma vírgula. Isso

prejudicaria a correção gramatical, uma vez que haveria outra entre sujeito e verbo. Se a banca solicitar a retirada das duas, haverá mudança de sentido, mas não incorreção gramatical.

h) separar termos enumerativos:

• O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

Observação: veja que essa é a mesma regra que fala sobre separar termos de mesma função.

Algumas bancas apenas mudam a descrição da regra.

i) omitir um termo (elipse verbal / zeugma):

• Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

Observação: a vírgula foi empregada para substiuir o verbo “estudar”. Essa vírgula é chamada

de vírgula vicária.

j) separar algumas orações coordenadas

• Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

k) separar oração modal reduzida de gerúndio no período.

• O país saiu da crise em que estava, modificando sua estratégia de desenvolvimento

(39)

Vírgula + E

Existem muitos mitos sobre o emprego da vírgula com o conectivo “e”. É preciso saber que há casos em que a vírgula será bem empregada. Como os posteriores:

1) Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

2) Polissíndeto (repetição poposital de conjunções):

Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

4) Para enfatizar o elemento posterior:

A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

Como isso cai em prova?

O respeito às diferentes manifestações culturais é fundamental, ainda mais em um país como o Brasil, que apresenta tradições e costumes muito variados em todo o seu território. Essa diversidade é valorizada e preservada por ações da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID), criada em 2003 e ligada ao Ministério da Cultura.

(CESPE) A retirada da vírgula após “Brasil” manteria a correção gramatical e os sentidos do

texto, visto que, nesse caso, o emprego desse sinal de pontuação é facultativo. ( ) Certo   ( ) Errado

Resposta: Errado.

Comentário: a vírgula que sucede a palavra “Brasil” serve para introduzir uma oração

subordinada adjetiva explicativa. Sua retirada transforma a sentença em uma oração subordinada adjetiva restritiva, além da função sintática, o sentido também será alterado.

(ESAF) Assinale a opção que justifica corretamente o emprego de vírgulas no trecho abaixo.

É neste admirável e desconcertante mundo novo que se encontram os desafios da modernidade, a mudança de paradigmas culturais, a substituição de atividades profissionais, as transformações em diversas áreas do conhecimento e os contrastes cada vez mais acentuados entre as gerações de seres humanos.

(Adaptado de Zero Hora (RS), 31/12/2013) As vírgulas

a) isolam elementos de mesma função sintática componentes de uma enumeração. b) separam termos que funcionam como apostos.

(40)

Resposta: A.

Comentário: as vígulas da sentença separam uma enumeração que compõe o sujeito composto

do verbo “encontrar”, que está na voz passiva. Todos eles fazem parte de uma enumeração, componente do sujeito.

Após estudar a vírgula, já é possível passar ao estudo dos demais sinais principalmente cobrados nas provas de concurso.

Ponto final – pausa total.

a) É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:

• O jogo acabou.

b) Em abreviaturas:

• Sr., a. C., Ltda., num., adj., obs.

Ponto-e-vírgula – pausa maior do que uma vírgula e menor do que um

ponto final.

Usa-se para:

a) separar itens que aparecem enumerados:

Uma boa dissertação apresenta: • coesão; • coerência; • progressão lógica; • riqueza lexical; • concisão; • objetividade; e • aprofundamento.

b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas:

• Queria ter o marido novamente; mudar não queria, porém.

c) separar partes do texto que se equilibram em importância:

• O Capitalismo é a exploração do homem pelo homem; o Socialismo é exatamente o contrário.

(41)

Dois-pontos – indicam algum tipo de apresentação.

São usados:

a) Para introduzir discurso direto:

Senhor Barriga exclamou: – Tinha que ser o Chaves!

b) Em citações:

De acordo com Platão: “A Democracia conduz à oligarquia”.

c) Introduzir uma enumeração:

• Quero apenas duas coisas: que o aluno entenda essa matéria e que ele passe no concurso.

d) Introduzir sentença comprobatória à anterior:

Caos e revolta na cidade: cobrança de impostos abusiva faz o povo se rebelar.

Aspas – indicativo de destaque.

São usadas para indicar:

a) Citação literal:

“A mente do homem é como uma távola rasa” – disse o filósofo.

b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias:

“Peace” foi o que escreveram na faixa. Ficava “desmorrendo” com aquela feitiçaria. Estou sentido uma “treta”.

c) Indicar o sentido não usual de um termo:

Energia “limpa” custa caro.

d) Indicar título de obra.

“Sentimento do Mundo” é uma obra do Modernismo Brasileiro.

e) Indicar ironia

(42)

Reticências (...)

São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar ideia de continuidade ao segmento.

1. (...)

O amor na humanidade é uma mentira! É. E é por isso que na minha lira (...)

2. Então, ele entrou na sala e... • Oi, galera!

3. Eu até acho você aceitável, mas...

Parênteses

São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações. Não posso mais fazer a inscrição (o prazo expirou).

Travessão

1

1. Indica a fala de um personagem no discurso direto.

Cíntia disse:

– Amigo, preciso pedir-lhe algo.

2. Isola um comentário no texto (sentença interferente). Nesse caso, é possível trocar por

parênteses. Em alguns casos, por vírgulas.

Aquela pessoa – eu já havia falado isso – acabou de mostrar que tem péssimo caráter.

3. Isola um aposto na sentença.

Minha irmã – a dona da loja – ligou para você.

4. Reforçar a parte final de um enunciado:

Para passar no concurso você deve estudar muito – muito mesmo!

É evidente que há muitos casos de pontuação. Além disso, algumas regras são apenas traduções de outras, portanto é preciso ficar atento. Esses que você estudou serão os mais cobrados em sua prova. Agora é hora de exercitar.

(43)

1. (5100) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Pontuação

Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.

O trecho “após autorização da presidenta” (L.2) está entre vírgulas porque se trata de adjunto adverbial intercalado na oração principal, ou seja, deslocado em relação à ordem direta.

( ) Certo   ( ) Errado

2. (5303) FCC – 2012 – PORTUGUÊS – Pontuação

A afirmação INCORRETA sobre a pontuação empregada em um segmento do segundo parágra-fo do texto é:

a) Em A descoberta das terras americanas é, basicamente, um episódio dessa obra ingente, a

retirada simultânea das vírgulas manteria, em linhas gerais, o sentido da frase.

b) Em De início pareceu ser episódio secundário, uma vírgula poderia ser colocada

imediata-mente depois do termo início, sem prejuízo para a correção e a lógica.

c) Em A Espanha – a quem coubera um tesouro como até então não se conhecera no mundo

– tratará de transformar os seus domínios numa imensa cidadela, os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas, sem prejuízo para a correção e a lógica.

d) Em Esse interesse contrapõe Espanha e Portugal, “donos” dessas terras, às demais nações

europeias, o emprego das aspas denota a atribuição de um sentido particular ao termo destacado.

e) Em A partir desse momento a ocupação da América deixa de ser um problema

exclusiva-mente comercial: intervêm nele importantes fatores políticos, os dois-pontos indicam uma quebra da sequência das ideias.

(44)

3. (36106) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Pontuação

Em relação a informações e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

O emprego de aspas nas linhas 4, 5 e 8 tem a mesma justificativa, qual seja: indicar citação de fala de uma pessoa específica.

( ) Certo   ( ) Errado

4. (36222) CESPE – 2013 – PORTUGUÊS – Pontuação

Com base no texto acima, julgue o seguinte item.

Com correção gramatical e sem prejuízo da coerência textual, o ponto final empregado na li-nha 8 poderia ser substituído, feitas as devidas alterações de maiúscula e minúscula, por dois--pontos.

(45)

5. (72514) FGV – 2014 – PORTUGUÊS – Pontuação

“Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, (1) na Inglaterra, e as pas-sagens de Paris pelas quais flanava,(2)encantado, o Walter Benjamin. Ou, (3) se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.

Nesse segmento do texto há três ocorrências de uso da vírgula devidamente numeradas; a afir-mativa correta sobre o seu emprego é

a) as ocorrências se justificam por três razões diferentes.

b) as duas primeiras ocorrências se justificam pelo mesmo motivo. c) as três ocorrências se justificam pela mesma regra de pontuação. d) as ocorrências (1) e (3) se justificam pelo mesmo princípio. e) as ocorrências (2) e (3) se justificam pelo mesmo motivo.

6. (71371) CONSULPLAN – 2013 – PORTUGUÊS – Pontuação

Fotos roubadas: a vítima abre as portas para o ladrão

Não é difícil para um hacker, com o conhecimento técnico certo, invadir um computador pes-soal e colher dali fotos e informações que possa usar para denegrir a imagem da vítima na Internet ou chantageá-la. Mas para alcançar seu objetivo, o criminoso depende da ajuda do usuário: o clique em um link desconhecido, enviado na maioria das vezes por e-mail. “O cri-minoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso aconte-ce quando você clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para aaconte-cesso ao e-mail, por exemplo”, explica, ao site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wander-son Castilho.

Assim, o cracker ganha passagem liberada para as informações fornecidas pelo usuário, que se torna o “causador de sua falta de privacidade”, define Castilho. “De repente, ele nem chegou a entrar no computador, mas teve o caminho facilitado pelo e-mail, por onde foram enviadas senhas e outros dados sigilosos”, exemplifica o especialista, que é autor do livro Manual do Detetive irtual. “É muito pequena a probabilidade de um hacker invadir seu sistema aleatoriamente. É bem maior a chance de você contribuir para isso, instalando um programa malicioso, que autoriza a entrada do crimino-so, deixando sua máquina aberta em algum lugar público.”

(Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/fotosroubadas-a-vitima-abre-as-portas-para-o-ladrao)

O uso das aspas no texto indica

a) citação textual.

b) expressão em evidência. c) interrupção do pensamento.

(46)

7. (38285) ESAF – 2012 – PORTUGUÊS – Pontuação

Assinale a opção com pontuação correta.

a) O que acontecerá com o mundo se a China frear os investimentos de vez? Uma pista está no

preço do minério de ferro. Cotado a 12 dólares a tonelada em 2000, ele passou a valer 136 dólares em 2011 – e a diferença se deve unicamente à entrada da China na cena mundial.

b) O que acontecerá? Com o mundo, se a China frear os investimentos de vez. Uma pista está no

preço do minério de ferro, cotado a 12 dólares a tonelada, em 2000, ele passou a valer 136 dólares em 2011, e a diferença se deve unicamente à entrada da China na cena mundial.

c) O que acontecerá com o mundo, se a China frear os investimentos de vez: uma pista está no

preço do minério de ferro. Cotado a 12 dólares a tonelada em 2000, ele passou a valer 136 dólares em 2011. E a diferença se deve unicamente à entrada da China na cena mundial.

d) O que acontecerá com o mundo? Se a China frear os investimentos de vez, uma pista está no

preço do minério de ferro: cotado a 12 dólares a tonelada em 2000, ele passou a valer 136 dólares em 2011; e a diferença se deve unicamente à entrada da China na cena mundial.

e) O que acontecerá (com o mundo) se a China frear os investimentos de vez! Uma pista está

no preço do minério de ferro; cotado a 12 dólares a tonelada, em 2000, ele passou a valer 136 dólares, em 2011. – e a diferença se deve unicamente à entrada da China na cena mun-dial. (Com base em: Thaís Oyama, “O grande teste da China”, Veja, 24/10/2012, p. 104)

8. (49741) FCC – 2014 – PORTUGUÊS – Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros

Textu-ais, Pontuação

Considere as frases abaixo.

I – O segmento ... as vendas das prateleiras que estão no nível dos olhos do comprador são superiores àquelas dos outros níveis expressa uma decorrência da afirmativa imediatamente anterior : ... para ser vendido, o produto deve ser visto, e, quanto mais é visto, mais é vendido... II – A vírgula imediatamente após “mostrar”, no segmento As lojas de departamentos foram as primeiras a “mostrar”, conforme Zola, no século XIX, descreveu ..., pode ser suprimida sem preju-ízo para o sentido original.

III – No segmento ... estenderam esse princípio; as mercadorias são não apenas visíveis..., o ponto e vírgula pode ser substituído por dois pontos, uma vez que a ele se segue uma explica-ção.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III. b) I e II. c) I. d) II e III. e) III

(47)

9. (110807) FGV – 2016 – PORTUGUÊS – Pontuação

“Fantasma: o sinal exterior e visível de um medo interior”

Nessa frase ocorre o emprego de dois pontos (:) com a seguinte finalidade:

a) indicar o significado de um termo anterior. b) preceder uma enumeração de termos. c) marcar uma citação.

d) introduzir uma síntese do que foi enunciado. e) separar o vocativo

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