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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Academic year: 2021

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CONCLUSÃO

Ao término deste trabalho de pesquisa sobre a história da “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” – os Mórmons – no Brasil, observamos que na trajetória histórica desta Igreja, não só no Brasil, mas na América do Sul, desde o momento de sua chegada, a Igreja buscou o contato com o imigrante alemão, por ser ele, de raça branca, pois, a Igreja tratava os não-brancos de forma diferenciada, até o final dos anos 60, quando houve uma mudança na forma de pensar da Igreja.

Como pode ser observado no estudo feito, os Mórmons no Brasil nasceram alemães, por intermédio de Missionários Americanos que falavam, especialmente, o alemão, mas que aos poucos foram disseminando sua doutrina a outras etnias. Buscando, sempre a preferência aos de origem alemã. Vemos isso de forma mais consistente quando da chegada daquele que iria alavancar o desenvolvimento da Igreja em solo Americano, o Élder Reinhold Stöof, Missionário Mórmon de origem alemã, que com seu trabalho e liderança, juntamente com os demais líderes e com o trabalho dos jovens Missíonarios, desenvolveram a Igreja. Na América do Sul, a Igreja nasceu na Argentina em 1927, vindo posteriormente ao Brasil, nascendo na cidade de Joinville - SC e indo posteriormente aos demais Países da América do Sul.

Como podemos observar, no corpo do trabalho, houve uma primeira tentativa na América do Sul. O Chile foi à cidade escolhida para o início do trabalho de pregação do Evangelho na América do Sul, porém devido à falta de interesse dos chilenos, mesmo estes gozando de certa liberdade religiosa em seu país, a Igreja não se estabeleceu. Segundo a a compreensão da Igreja Mórmon, a causa desta tentativa frustrada, foi que o Chile e a América do Sul, não estavam preparados receberem o Evangelho. Somente após a chegada de membros convertidos na Alemanha e que emigraram para a América do Sul, é que houve a possibilidade de implantação da Igreja.

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Desde o início da imigração alemã em Santa Catarina, como nos mostra o contexto histórico do capítulo primeiro, os imigrantes sempre demonstraram muita perseverança ao enfrentarem todas as dificuldades impostas. Os conflitos Mundiais, 1ª. e 2ª. Guerra Mundial, os horrores que muitos haviam enfrentado, na Alemanha, e as notícias dos primeiros imigrantes que se estabeleceram no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, foram os motivadores para buscarem este novo momento de suas vidas, em uma nova terra, com possibilidade de desenvolvimento.

Houve, naquele tempo, uma crise interna no Brasil; a disputa de terras com a Argentina e a disputa interna entre Santa Catarina e Curitiba, levou os governantes a tomarem resoluções um tanto quanto precipitadas. A construção de forma não cuidadosa, daquela que seria a alavanca do progresso em toda aquela região, a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande – EFSPRG trouxe ao mesmo tempo, benefícios e problemas. Ela foi uma das causas que gerou o conflito armado, “A Guerra do Contestado”. Esta guerra causou várias implicações nas Colônias e cidades já formadas, deixando marcas indeléveis nas vidas e nos corações dos imigrantes, pois, a terra era o seu bem maior.

Porém, a perseverança sempre foi um sinal bem distinto nos corações daquelas famílias, como o caso da família que possibilitou a vinda dos Missionários ao Brasil, os Lippelt. Foi através da disposição e da certeza do coração da matriarca da família, Auguste Lippelt, que ao chegar ao Brasil entrou em contato com a Igreja em Salt Laike, solicitando material e ajuda para a divulgação da Igreja. Esta foi uma iniciativa utilizada por outros imigrantes, como é o caso das famílias que se estabeleceram na Argentina: Wilhelm Friederich e Emil Hoppe e que receberam os Missionários, em 1927, dando assim, o início do trabalho em Buenos Aires.

Os Missionários enfrentaram muitos problemas nesta nova terra. O período era de crise, pois, a língua que havia sido o meio de divulgar a doutrina Mórmon, o alemão, com o decorrer da Guerra, havia sido proibida no Brasil. Muitos alemães e seus descendentes sofreram terrivelmente, pois foram duramente perseguidos. Mas, o que era dificuldade, tornou-se o meio pelo qual os Missionários tiveram de mudar suas estratégias de proselitismo. Adaptaram-se e expandiram-se em toda a América do Sul, como pode ser visto pelas Estatísticas apresentadas.

Os capítulos 2 e 3 nos mostram os contextos destas histórias. Histórias de desafios, de lutas e de bênçãos alcançadas. Muitos foram os que se dispuseram ao serviço da pregação do Evangelho, e alcançaram os benefícios por esta disposição. Os pioneiros sempre

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demonstraram amor à causa Mórmon e com isso, buscaram recursos para que a Igreja se estabelecesse e se desenvolvesse, alcançando um número cada vez maior de conversos, ensinando-os a doutrina Mórmon.

O que vemos também, é que desde o primeiro momento da chegada de uma nova religião em território nacional, o brasileiro, tolerante e disposto a amoldar-se, sempre se demonstrou ávido a abraçar novas formas de pensamento, e não impuseram restrições à Igreja, salvo em alguns casos específicos, que não foram tratados neste trabalho, mas que no geral, proporcionaram a possibilidade da implantação e do desenvolvimento da Igreja Mórmon no Brasil. Hoje, ela ocupa o seu lugar no vasto campo religioso do Brasil, crescendo e se fortalecendo a cada dia.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AMORIM, Nádia Fernanda Maia de, Os Mórmons em Alagoas, religião e relações raciais, FFLCH/USP, Coleção Religião e Sociedade Brasileira, 1986

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4. BERGER, Peter, O Dossel Sagrado – Elementos para uma sociologia da religião, Editora Paulus, São Paulo, 1985, 192p.

5. BLIND, Henrique J., História de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” no Brasil – Ipoméia e Joinville – SC, Ipoméia – Rio das Antas - SC, 2007. Trabalho não publicado.

6. BLIND, Georgine Lippelt, A História da Família Lippelt e a Igreja no Brasil, Ipoméia, 1989, Trabalho não publicado.

7. BLOEMER, Neuza Maria Sens, Brava Gente Brasileira, Florianópolis: Cidade Futura, 2000.

8. BRESSAN, Carla Rosane, A Construção da Identidade do Homem do Contestado Enquanto Grupo Social, Tese de Mestrado, UFSC, Florianópolis, 1992.

9. CABRAL, Oswaldo R., A campanha do Contestado. Florianopolis: Lunardelli, 1979. 358p.

10. CARVALHO, Tarcísio Motta de, Terra, Luta de Classes e Estado: a Guerra do Contestado (1912-1916), Universidade Federal Fluminense – RJ.

11. DURKHEIM, Émile, As formas elementares da vida religiosa, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2003.

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12. GAULD, Charles. FARQUHAR - O Último Titã - Um Empreendedor Americano na América Latina. Editora de Cultura: São Paulo, 2006

13. KUCHENBECKER, Valter, O Homem e o Sagrado: A Religiosidade Através dos Tempos, Editora da Ulbra – Universidade Luterana Brasileira, Canoas - RS, 1997 14. HEINSFELD, Adelar, A Questão de Palmas entre Brasil e Argentina e o Início da

Colonização Alemã no Baixo Vale do Rio do Peixe – SC, Universidade do Estado de Santa Catarina – UNOESC, 1996

15. MONTEIRO, Douglas Teixeira, Os Errantes do Novo Século: Um Estudo sobre o Surto Milenarista do Contestado, Livraria Duas Cidades, São Paulo, 1974

16. PHILIPPI, Aderbal João, São Pedro de Alcântara: A Primeira Colônia Alemã de Santa Catarina, Florianópolis, 1975

17. PETERSON, John DeLon, History of the Mormon Missionary Movement in South America to 1940, Thesis of the Facult of the University of Utah - Master of Arts – Departament of History, Utah – USA, 1961

18. PIAZZA, Walter Fernando, A Colonização de Santa Catarina, Editora Lunardelli, Florianópolis, 3ª Edição, 1994

19. SANTOS, Silvio Coelho, Índios e Brancos no Sul do Brasil, Florianópolis – SC, Edeme, 1973.

20. SCAPIN, Alzira, Videira nos Caminhos de Sua História, Prefeitura Municipal de Videira, arquivo histórico, 1989.

21. SCAPIN, Alzira, Pinheiro Preto: Sua História Sua Gente, Pinheiro preto – SC, Prefeitura Municipal, 1990.

22. SERPA, Élio Cantalício. A guerra do Contestado (1912-1916). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1999.

23. SILVA, Marilda Rosa Galvão Checcucci Gonçalves da, Imigração Italiana e Vocações Religiosas no Vale do Itajaí, Editora da FURB / Unicamp – Campinas, 2001.

24. THOMÉ, Nilson, A Formação do Homem do Contestado e a Educação Escolar – República Velha, Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, 2007

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25. THOMÉ, Nilson, Sangue, Suor e Lágrima no Chão do Contestado, INCON (Instituto Histórico e Cultural da Região do Contestado) Edições/ UNC (Universidade do Contestado), Caçador, 1992

26. THOMÉ, Nilson, Trem de Ferro, A Ferrovia no Contestado, Editora Lunardelli, Florianópolis, 1998, 2ª. edição

27. VALENTINI, Delmir Jose, Da Cidade Santa à Corte Celeste: Memórias de Sertanejos e a Guerra do Contestado, 2. ed. Caçador: Universidade do Contestado, 2000. 191 p.

28. VOIGT, André Fabiano, Imigrantes Entre a Cruz e a Espada: Imigração Alemã, Confissão Religiosa e Cidadania no Vale do Itajaí (1847 – 1863), Tese de Mestrado, UFSC, Florianópolis, 1999.

29. WILLIAMS, Frederick Salem e Frederick G. Williams, From Acorn to Oak Tree – A Personal History of the Establishment of the South American Missions, Cetera Graphis, California, 1987.

30.________________ Coleção de Leis do Império Brasileiro. Arquivo Público do Estado de Santa Catarina, Florianópolis.

31. ______________ Nosso Legado, Resumo da História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Publicação oficial de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,

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ANEXO 1

Relação de data de fundação de vários municípios de Santa Catarina, bem como, a predominância da etnia e de alguns o nome de seu fundador

Ano Município Atual Colônia Origem Fundador

1829 São Pedro de Alcântara

São Pedro de

Alcântara Alemães

1837 Águas Mornas Vargem Grande Alemães 1847 Rancho queimado Santa Izabel Alemães 1847 Governador Celso

Ramos Piedade Alemães

1848 Antônio Carlos Leopoldina Alemães

1850 Blumenau Blumenau Alemães Hermann

Blumenau 1851 Joinville Joinville Alemães Christian Mathias

Schroeder 1853 Alfredo Wagner Militar Santa

Tereza Alemães 1860 Brusque Colônia Príncipe D. Pedro e Colônia Itajaí Alemães / Italianos Maximilian

1860 Águas Mornas Teresópolis Alemães

1873 São Bento do Sul São Bento Alemães Christian Mathias Schroeder

1876 Nova Trento Italianos Italianos da Alta

lombardia 1879 Jaraguá do Sul Jaraguá Alemães Emilio Carlos

Jourdan

1895 Rodeio Picada do

Rodeio Italianos Eugênio Trevizani

1897 Corupá Hansa

Humboldt Alemães Carlo Fabri

1897 Ibirama Hamônia Alemães

Sociedade Colonizadora

Hanseática

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ANEXO 2

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ANEXO 3

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ANEXO 4

Distribuição dos colonizadores no Estado de Santa Catarina

São Paulo e Europa São Paulo

Expansão da Colonização Européia do próprio estado

Expansão da Colonização Européia do

Rio Grande do Sul

São Vicente e Açores Europa

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ANEXO 5

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ANEXO 6 Questão de Palmas

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ANEXO 7

Referências

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