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COLÉGIO SÃO PAULO. FOLHA 9 ENSINO FUNDAMENTAL II LINGUA PORTUGUESA - PROFª VALÉRIA - 7º ANO - DATA: EXERCÍCIOS VARIADOS

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Academic year: 2021

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(1)

COLÉGIO SÃO PAULO. FOLHA 9 ENSINO FUNDAMENTAL II – LINGUA PORTUGUESA - PROFª VALÉRIA - 7º ANO -

DATA:__________________

EXERCÍCIOS VARIADOS

Leia atentamente esta crônica, observando as escolhas lexicais, os elementos da narrativa, a forma como o autor conduz o texto, para resolver as questões de 1 a 5.

História de um nome

No capítulo dos nomes difíceis têm acontecido coisas das mais pitorescas1. Ou é um camarada chamado Mimoso, que tem físico de mastodonte, ou é um sujeito fraquinho e insignificante, chamado Hércules. Os nomes difíceis, principalmente os nomes tirados de adjetivos condizentes com seus portadores, são raríssimos e é por isso que minha avó — a paterna — dizia:

— Gente honesta, se for homem, deve ser José, se for mulher, deve ser Maria! (...)

Mas deixemos de lado as birras de minha avó — velhinha que Deus tenha em sua santa glória — e passemos ao estranho caso da família Veiga, que morava pertinho de nossa casa, em tempos passados.

Seu Veiga, amante de boa leitura e cuja cachaça era colecionar livros, embora colecionasse também filhos, talvez com a mesma paixão, levou sua mania ao extremo de batizar os rebentos com nomes que tivessem relação com livros. Assim o mais velho chamou-se Prefácio da Veiga; o segundo, Prólogo; o terceiro, Índice, e, sucessivamente, foram nascendo o Tomo2, o Capítulo e, por fim, Epílogo da Veiga, caçula do casal.

Lembro-me bem dos filhos de Seu Veiga, todos excelentes rapazes, principalmente o Capítulo, sujeito prendado na confecção de balões e papagaios. Até hoje (é verdade que não me tenho dedicado muito na busca) não encontrei ninguém que fizesse um papagaio tão bem quanto Capítulo. Nem balões. Tomo era um bom extrema-direita e Prefácio pegou o vício do pai — vivia comprando livros. Era, aliás, o filho querido de Seu Veiga, pai extremoso, que não admitia piadas. Não tinha o menor senso de humor. Certa vez ficou mesmo de relações estremecidas com meu pai, por causa de uma brincadeira: Seu Veiga ia passando pela nossa porta, levando a família para o banho de mar. Iam todos armados de barracas de praia, toalhas etc. Papai estava na janela e, ao saudá-lo, fez a graça:

— Vai levar a biblioteca para o banho?

Seu Veiga ficou queimado durante muito tempo.

Dona Odete — por alcunha3 “A Estante” —, mãe dos meninos, sofria o desgosto de ter tantos filhos homens e não ter uma menina “para me fazer companhia” — como costumava dizer. Acreditava, inclusive, que aquilo era castigo de Deus, por causa da ideia do marido de botar aqueles nomes nos garotos. Por isso, fez uma promessa: se ainda tivesse uma menina, havia de chamá-la Maria.

As esperanças já estavam quase perdidas. Epilogozinho já tinha oito anos, quando a vontade de Dona Odete tornou-se uma bela realidade, pesando cinco quilos e mamando uma enormidade. Os vizinhos comentaram que Seu Veiga não gostou, ainda que se conformasse, com a vinda de mais um herdeiro, só porque lhe faltavam palavras relacionadas a livros para denominar a criança.

(2)

Só depois, na hora do batizado, o pai foi informado da antiga promessa. Ficou furioso com a mulher, esbravejou, bufou, mas — bom católico — acabou concordando em parte. E assim, em vez de receber somente o nome suave de Maria, a garotinha foi registrada, no livro da paróquia, após a cerimônia batismal, como Errata Maria da Veiga.

Estava cumprida a promessa de Dona Odete, estava de pé a mania de Seu Veiga.

In: Sérgio Porto. São Paulo, Abril Educação, 1981. P. 75. Coleção Literatura Comentada. Vocabulário:

Pitoresco1 = divertido Tomo2 = volume Alcunha3 = apelido

1) Sobre as informações contidas no texto, analise estas afirmativas e escreva (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas. Depois, justifique as que estiverem incorretas.

a) ( ) A escolha pela expressão que inicia o texto — “No capítulo dos nomes difíceis” — está relacionada ao assunto da crônica, e esse termo pode ser substituído, sem que haja alteração de sentido, por Em relação à escolha de nomes difíceis.

________________________________________________________________________________ b) ( ) A palavra cachaça em “Seu Veiga, amante de boa leitura e cuja cachaça era colecionar...” tem o mesmo sentido que o termo destacado na frase: Dom Quixote tinha o vício de ler livros de cavalaria.

_______________________________________________________________________________ c) ( ) O narrador da crônica não vivenciou as situações descritas no texto, ou seja, não é um narrador-personagem. Além disso, não é possível afirmar onde e quando acontecem os fatos narrados.

________________________________________________________________________________ d) ( ) O assunto dessa crônica é os estranhos critérios que, muitas vezes, determinam a escolha dos nomes das crianças.

________________________________________________________________________________ 2) Releia esta passagem:

“Seu Veiga ficou queimado durante muito tempo.”

a) O termo em destaque, nesse contexto, foi empregado no sentido denotativo ou conotativo? Justifique sua resposta.

______________________________________________________________________

b) Pense em uma palavra para criar duas frases — uma em que ela seja empregada no sentido denotativo, e outra, no sentido conotativo.

________________________________________________________________________________ 3) De acordo com o texto:

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c) Quantos períodos possui o 1º parágrafo do texto?___________________________ d) Transcreva do texto um período simples e um período composto.

e) Como se classifica a última frase do texto? Por quê?

________________________________________________________________________________ 4) A repetição excessiva de palavras, além de atrapalhar a fluência do texto, torna-o cansativo, enfadonho. Um importante recurso para se evitarem as repetições é usar palavras de referências. Elimine as repetições deste texto, utilizando palavras de referência. Faça as substituições, quando forem necessárias, no próprio texto.

Seu Veiga, amante da boa leitura e cuja cachaça era colecionar livros, embora colecionasse também filhos, levou sua mania ao extremo de batizar os filhos com nomes que tivessem relação com livros. Assim, os filhos receberam os nomes de Prefácio, Prólogo, Índice, Tomo, Capítulo e Epílogo.

Lembro-me bem dos filhos de Seu Veiga, principalmente quando passava levando os filhos à praia. Seu Veiga era um pai carinhoso!

5) Agora, os filhos de Seu Veiga já são adultos! Leia este e-mail que Prefácio mandou a Índice.

(4)

Sublinhe, no texto, a parte que está incoerente e explique porque isso aconteceu.

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 6- Justifique a acentuação das palavras do penúltimo parágrafo do texto.

7- Por que acentuamos a palavra herói e não acentuamos seu adjetivo derivado: heroico?

Leia este conto para responder às questões de 1 a 4. A CHUVA

A tarde anunciava chuva. Céu carregado, atmosfera abafada. Os meninos gritavam na rua atrás das tanajuras e dos sebitos. As árvores, sacudidas pelo vento, remexiam-se contentes pela chuva que vinha vindo. Do lado do norte, as serras, arroxeadas pelo reflexo das nuvens, quase não se distinguiam destas, porque o escuro-acinzentado confundia tudo. Os homens na calçada olhavam o tempo. Meu avô disse:

— Aquela cai dentro de vinte minutos.

— E é de arrombar açude! — acrescentou um senhor que eu não conhecia. Mamãe gritou para o lado da cozinha:

— Corre lá no quintal, Ceição! Apanha depressa os lençóis da corda! Corre, corre, que aquela não tarda a cair!

Corri para ajudar Conceição. Não sei por que as chuvas fortes sempre tiveram em mim a maior influência. Assanhava-me com elas. Dava-me vontade de correr, de gritar, de pular. E quando pulava, aos berros, estendia os braços para o alto, todo arrepiado, esperando sair voando pelo espaço, dominando as alturas. Gostava de molhar-me nas gotas presas às folhas, de levar chuvisco, de tomar banho de chuva nas biqueiras lá de casa. Mas o de que mais eu gostava era quando as águas das enxurradas, desrespeitando o paredão natural da estrada cavada, funda, invadiam o pátio, vinham, subiam a calçada e inundavam as casas do correr da minha. Para mim era uma festa. Nunca compreendi bem, quando menino, por que mamãe se lastimava tanto nesses dias. Por eles, eu me pelava, dava graças a Deus pelo transtorno doméstico que causavam.

No quintal, as folhas fugiam com o vento, dançando no ar em reviravoltas de brinquedo. Os passarinhos trocavam de lugar, procurando melhor agasalho sob ramos mais espessos. Um redemoinho arrastou uma fronha, assanhou a saia de Conceição, enchendo-lhes os olhos de ciscos.

— Me acode aqui, Pedrinho! — gritou ela, rindo, esfregando com as costas da mão a vista fechada.

[...]

— Saiam da chuva, meninos! Isso faz mal! Bota um pano na cabeça, Pedrinho, senão tu te constipas!

Era cada pingo grosso, pesado, que chegava a deixar buraco na terra fofa. Um relâmpago clareou, e o trovão respondeu com estalidos tremendos seguidos do estrondo perdido no espaço. Ouvia-se a zoada da chuva já perto.

Mal entrávamos em casa, o aguaceiro caiu forte. Escureceu o mundo de repente. O relâmpago era um atrás do outro, e o trovão roncava de ensurdecer. [...]

(5)

1) Faça o que se pede.

a) O autor desse texto, Luís Jardim, foi também pintor. Reescreva um trecho no qual ele “pinta”, com palavras, imagens da natureza.

________________________________________________________________________________ b) Pedrinho parece transferir para a natureza suas emoções. Qual a relação entre a aproximação da chuva e os sentimentos do garoto?

________________________________________________________________________________ 2) Faça o que é pedido nos itens a e b.

a) Os adjetivos são muito úteis na composição de uma descrição. Observe como eles favorecem na visualização das cenas e, a seguir, substitua os que foram destacados por outros semelhantes.  “A tarde anunciava chuva. Céu carregado, atmosfera abafada.”

________________________________________________________________________________  “Era cada pingo grosso, pesado, que chegava a deixar buraco na terra fofa. Um relâmpago clareou, e o trovão respondeu com estalidos tremendos [...]”

________________________________________________________________________________ b) Em cada situação de comunicação, os enunciados podem adquirir um sentido particular, ganhar efeitos de sentido, como nesta construção: “Ele está dançando na corda bamba.”, que quer expressar a ideia de que alguém está numa situação embaraçosa.

A partir dessas informações, explique o sentido destas orações.  Estava com a corda no pescoço.

________________________________________________________________________________  Pedrinho estava com a corda toda.

_______________________________________________________________________________ 3) Complete adequadamente com porque, porquê e por quê.

Referências

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