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Fisioterapia na prevenção, diagnóstico e estimulação essencial em saúde infantil: Relato de experiência

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Academic year: 2021

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1 Acadêmica do Curso de Fisioterapia– Universidade Federal de Santa Maria. xavelepetermann@gmail.com 2 Professora do Curso de Fisioterapia – Universidade Federal de Santa Maria. rnm.marques@gmail.com

Fisioterapia na prevenção, diagnóstico e estimulação essencial em saúde infantil:

Relato de experiência

Xavéle Braatz Petermann1 Rosana Niederauer Marques2

Eixo Temático: Práticas Pedagógicas 1 Introdução

O desenvolvimento humano é um processo complexo, sequencial e contínuo, pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades psicomotoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades psicomotoras altamente complexas e organizadas (HAYWOOD; GETCHELL, 2004). Segundo MENEGHETTI (2014), a criança no seu acontecimento mundano, colhe o próprio corpo, inicialmente, como estranho: existe, mas não se sabe. Mesmo assim, aprende a sua corporeidade sem que nenhum mestre externo ensine. Nesse sentido é importante descrever o que se segue: a criança quando nasce é regida por reflexos arcaicos, mas à medida que evolui a maturação do sistema nervoso, os estímulos que desencadeiam os reflexos, vão provocando respostas cada vez menos automáticas, nas quais se começa a vislumbrar o componente cortical, isto é, a atividade psicomotora voluntária (CORIAT, 2007). A fase em que isso torna-se muito evidente é a fase pré-escolar.

A idade pré-escolar é uma fase de aquisição e aperfeiçoamento das habilidades motoras, formas de movimento e primeiras combinações de movimento, que possibilitam à criança dominar seu corpo em diferentes posturas (estáticas e dinâmicas) e locomover-se pelo ambiente de diferentes formas (andar, correr, saltar, etc.). A base para as habilidades motoras globais e finas é estabelecida nesse período, sendo que as crianças aumentam consideravelmente seu repertório motor e adquirem os modelos de coordenação do movimento essenciais para posteriores habilidades (PAPALIA, 2006). Neste contexto, autores descrevem que a partir dos sete anos de idade, o indivíduo mantém possibilidades para aperfeiçoar funções já existentes, constituindo o aprendizado formal. As funções mais básicas aprendidas nos primeiros anos de vida servem de sustentação para o contínuo aperfeiçoamento e possuem como resultado o desempenho das crianças no que tange ao ato de aprender (HERSCHKOWITZ, 1988; VOLPE, 2001; ROSENZWEIG; LEIMAN; BREEDLOVE, 1996).

A organização do sistema nervoso é hierárquica com uma sequência de aparecimento, que parte do mais organizado (medula) para o menos organizado (córtex), dos centros inferiores para os centros superiores, do mais simples ao mais complexo e do mais automático para o mais voluntário. Neste

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contexto, os fatores psicomotores (tonicidade, equilibração, lateralização, noção de corpo, estruturação espaço-temporal, praxia global e praxia fina), que reunidos funcionalmente compreendem uma constelação psicomotora, pois cada um contribui para a organização global do sistema funcional psicomotor. A integração psicomotora permite a aprendizagem da criança e está relacionada às experiências sensório-motoras e perceptivo-motoras da criança (FONSECA, 1995). Quando tais componentes não se encontram integrados, surge a disfunção psicomotora (FONSECA, 2004).

Inicialmente, acreditava-se que as mudanças no desenvolvimento psicomotor estavam diretamente relacionadas às alterações na maturação do sistema nervoso. Atualmente, sabe-se que o processo de desenvolvimento ocorre de maneira dinâmica e pode ser moldado a partir de diversos estímulos externos (TECKLIN, 2002; FONSECA, 1995). A interação entre aspectos relativos ao indivíduo, ao ambiente em que está inserido e a tarefa a ser aprendida são determinantes na aquisição e refinamento das diferentes habilidades motoras (HAYWOOD; GETCHELL, 2004).

No contexto do desenvolvimento e da saúde infantil, o brincar deve ser lavado em consideração no processo de desenvolvimento psicomotor. Há muito tempo, o lúdico é estudado por diversos autores, como Vygotsky, Leontiev, Piaget e Meneghetti. Vygotsky (2001) retrata o brincar como uma atividade necessária para a maturação e desenvolvimento da criança. O autor enfatiza que a criança é um ser lúdico e a brincadeira possui um grande sentido prático, correspondendo, à sua idade e aos seus interesses, abrangendo elementos que conduzem à elaboração das habilidades psicomotoras. O brincar está diretamente associado ao desenvolvimento, pois é uma fonte para gerar zonas de desenvolvimento proximal. Leontiev (1972) descreve o brincar como a atividade principal na idade pré-escolar. Em sua teoria, destaca o papel determinante das condições sócio-históricas no desenvolvimento da criança. Piaget (1968) afirma que o brincar constitui-se como campo de desenvolvimento. Ao longo do desenvolvimento da criança, aparecem diferentes tipos de jogos relacionados aos estágios do desenvolvimento. As perspectivas teóricas descritas consideram que as questões do desenvolvimento humano possuem estreitas relações com o ambiente. O brincar, não é uma atividade secundária no desenvolvimento infantil, ao contrário, é ela que fornece os principais meios para o desenvolvimento psicomotor. Para Meneghetti (2014), porém, o brinquedo deve ser criado pela criança, pois é nesse jogo de imitação do real que a criança aprende o mundo, as relações sociais, imitando o fazer do adulto.

Fonseca (2004), descreve que a intervenção em psicomotricidade deve ter como finalidade a promoção e a melhoria da organização psicomotora da criança no maior número de situação e contextos em sua vida. Neste contexto, o fisioterapeuta possui um papel importante na prevenção, diagnóstico e tratamento de distúrbios do desenvolvimento. A intervenção deste profissional tem por objetivo estabelecer e /ou reestabelecer a funcionalidade do movimento através de experiências

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motoras adequadas (FUJISAWA, 2002; ALMEIDA; VALENTINI; LEMOS, 2005; ADALBJORNSSON, 2001).

Este trabalho caracteriza-se como um relato da experiência da atuação do fisioterapeuta, realizada na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Borges de Medeiros, na cidade de Santa Maria - RS, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com idade pré-escolar, detectar atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor e antecipar atrasos na aquisição da aprendizagem.

Neste contexto, a elaboração deste estudo justifica-se pela importância da vivência dos alunos de Fisioterapia no contexto da saúde infantil, com o intuito de facilitar o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças na pré-escola, ou seja, proporcionar novas experiências psicomotoras para as crianças por meio de brincadeiras dirigidas e, por divulgar o trabalho interdisciplinar da Fisioterapia com a Pedagogia na prática pedagógica. Essa prática não é comum nas escolas de educação infantil em Santa Maria - RS, no entanto, é uma ação positiva que facilita o processo de aprendizagem das crianças nesse período tão importante do desenvolvimento psicomotor.

2 Metodologia

Este trabalho caracteriza-se como um relato de experiência a partir das vivências práticas realizadas no primeiro semestre de 2013 em uma Escola Municipal de Educação Infantil Borges de Medeiros localizada no bairro Salgado Filho em Santa Maria – RS através da disciplina de

“Fisioterapia na Saúde da Criança” e do projeto de extensão “Diagnóstico, prevenção e estimulação essencial em saúde infantil” (número de registro no GAP: 037823 no Centro de Ciências da Saúde -

CCS) do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Após os pais/responsáveis assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) explicitando a concordância para a criança participar do estudo foi realizada a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor. A avaliação consistiu na aplicação de três instrumentos que avaliaram o perfil neuropsicomotor: Exame Neurológico Evolutivo – 3 a 7 anos (Instrumento 1); Exame Neurológico Evolutivo – 5 anos (Instrumento 2); Bateria Psicomotora (Instrumento 3).

Os instrumentos 1 e 2 deste estudo foram elaborados de acordo com Lefrève (1972). Os exames incluídos na obra em questão foram realizados por um grupo de neuropediatras. Ao todo, 22 neuropediatras realizaram os exames e os inquéritos anamnésticos. As crianças que se prestaram para o exame foram selecionadas em escolas, parques infantis e creches de São Paulo, sendo que sete escolas colaboraram com a pesquisa. Este protocolo avalia o equilíbrio estático e dinâmico, lateralidade, coordenação apendicular, sincinesias, persistência motora e sensibilidade.

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O instrumento 3 é denominado Bateria psicomotora (BPM) por Fonseca (1995) e procura analisar qualitativamente a disfunção psicomotora e a integralidade psicomotora que caracteriza a aprendizagem da criança, tentando atingir uma compreensão aproximada da maneira como trabalha o cérebro, e ao mesmo tempo, dos mecanismos que constituem a base dos processos mentais da psicomotricidade. A sua finalidade principal é detectar e identificar crianças com dificuldade de aprendizagem. A BPM compõe-se de sete fatores psicomotores: tonicidade, equilibração, lateralização, noção de corpo, estruturação espaço-temporal, praxia global e praxia fina. Nesta avaliação, foram abordados apenas os últimos dois fatores psicomotores da BPM: a praxia global e a praxia fina, consideradas importantes para aquisição da escrita no processo de aprendizagem.

A criança avaliada neste estudo era do sexo feminino, tinha cinco anos, estava na pré-escola e relatou que fazia aulas de balé. A partir dos protocolos utilizados foi possível identificar que a idade neurológica da criança avaliada estava além da idade cronológica. Por esse motivo, não foi realizada a estimulação essencial.

Após a avaliação, se fosse detectado indícios de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, seria realizada uma intervenção pelos acadêmicos do curso de Fisioterapia supervisionados pela professora responsável. O programa de intervenção baseia-se em jogos e atividades lúdicas que estimulam o desenvolvimento dos aspectos que foram analisados na avaliação. Para as ações propostas utilizou-se os recursos físicos da escola que dispõe de espaço adequado ao ar livre e cobertos. Os materiais necessários foram fornecidos pelos alunos de Fisioterapia, pela professora responsável e pela escola.

3 Resultados encontrados

Os resultados deste estudo estão organizados conforme os três instrumentos aplicados na avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor.

No instrumento 1, foram descritos testes para as idades de três, quatro, cinco, seis e sete anos. A criança avaliada possui cinco anos, dessa forma, realizou-se as provas para essa idade. Pelo fato de que a criança conseguiu realizar com êxito a maioria dos testes propostos para sua idade (cinco anos) e diversas provas indicadas para idades posteriores (seis e sete anos) pode-se chegar à conclusão que sua idade neurológica está à frente de sua idade cronológica.

Instrumento 1: Exame Neurológico Evolutivo – 3 a 7 anos (Lefèvre, 1972) Exame do equilíbrio estático

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1. Em pé com os pés juntos, apoio plantar, braços ao longo do corpo, olhos abertos, 30 s

3a

2. Romberg-olhos fechados 30 s. 4a

3. Calcanhar-ponta do pé com olhos abertos, 10 s. 5a X 4. Calcanhar-ponta do pé com olhos fechados, 10 s. 6a X 5. Ponta dos pés, olhos abertos, 30 s. 7a x

Exame do equilíbrio dinâmico

Atividade Idade Não Sim

1. Correr contornando obstáculos 3a

2. Andar na ponta dos pés 4a

3. Saltar corda na altura de 30cm. 5a X

4. Pular com um pé só (dominante) 6a X

5. Saltar e bater palmas 2 vezes acima da cabeça. 7a X Exame da coordenação apendicular

Atividade Idade Não Sim

1. Construir uma torre com 9 cubos ou mais 3a 2. Virar páginas de um livro, eumetricamente, uma a

uma.

4a 3. Jogar uma bola de tênis, por cima do ombro, em

um alvo a uma distância de 2m

5a X

4. Andando, enrolar um fio no dedo indicador da mão dominante

6a X

5. Repetir ritmos com intervalos variáveis (2 lápis), com anteparo de papel.

7a x

Exame da persistência motora

Atividade Idade Não Sim

1. Manter a boca aberta por 40 s. 4a 2.Manter a língua protusa com olhos fechados por 40

s.

5a X

3.MMSS na horizontal estendidos para frente. Dedos polegares afastados por 1 cm. Manter 40 s com os olhos fechados.

6a

Exame das sincinesias

Atividade Idade Não Sim

1. Enrugar a fronte (S na face ou membros)

Presente em todas as idades.

X

2. Mostrar os dentes (S na face ou membros) X

3. Mão-mão. Com uma das mãos apertar a mão do examinador

X 4.Tocar com a ponta do polegar as pontas dos

outros dedos sucessivamente

X

Exame da sensibilidade

Atividade Idade Não Sim

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2.Reconhecimento de cores. Denomina todas 5a X

3.Reconhecimento dos dedos 6a X

4. Reconhecimento de direita e esquerda 7a

O instrumento 2, o qual foi constituído apenas por provas específicas para 5 anos, idade da criança, os resultados encontrados foram satisfatórios em todas as provas.

Instrumento 2: Exame Neurológico Evolutivo – 5 anos (Lefèvre, 1972) Exame do equilíbrio estático

Atividade Idade Sim Não

1. De pé. Apoio plantar. A ponta de um pé encostada no calcanhar do outro. Olhos abertos. Duração de 10 s.

5 anos x

Exame do Equilíbrio Dinâmico

Atividade Idade Sim Não

1. Andar 2 metros com o calcanhar de um dos pés encostado na ponta do outro.

5 anos x

2. Pular com os 2 pés juntos, em movimento. 5 anos x 3. Saltar uma corda de 30 cm de altura, estando

correndo.

5 anos x

4. Saltar girando sobre si mesmo, sem desviar do lugar.

5 anos x

5. Deslocar-se 5 metros pulando com os 2 pés juntos. 5 anos x 6. Dar um salto para um lado (anotar o lado

escolhido: Lado D). Ficar parado depois do salto.

5 anos x

Exame da Coordenação Apendicular

Atividade Idade Sim Não

1. Abrir uma mão e fechar a outra, alternadamente, membros superiores horizontalmente para a frente.

5 anos x

2. Copiar um círculo de modelo desenhado em um cartão.

5 anos x

3. Copiar um quadrado de modelo desenhado em um cartão.

5 anos x

4. Sentado, bater com os pés, alternadamente num ritmo escolhido.

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5. Tocar com a ponta do polegar em todos os dedos, nas duas mãos e nas duas direções.

5 anos x

Exame da Coordenação tronco-membros

Atividade Idade Sim Não

Não existem provas para essa idade. 5 anos Exame da persistência motora

Atividade Idade Sim Não

1. Manter a língua protusa durante 40 s. Olhos fechados.

5 anos x

Exame das Sincinesias

Atividade Idade Sim Não

1. Pé-mão. 5 anos X

2. Sincinesias das marionettes. 5 anos x

Exame da sensibilidade

Atividade Idade Sim Não

1. Reconhecer um chumaço de algodão 5 anos x

2. Reconhecimento do amarelo 5 anos x

3. Reconhecimento do verde 5 anos x

4. Reconhecimento do vermelho 5 anos x

5. Reconhecimento do azul 5 anos x

A imagem 1 constitui o desenho da figura humana feito pela criança. Pode-notar a riqueza nos detalhes das cores, do cabelo cacheado, dos cinco dedos nos pés e nas mãos, etc. Neste contexto, a noção do corpo constitui o quarto fator psicomotor na BPM e inclui uma representação mais ou menos consciente do nosso corpo.

Imagem 1: Desenho

Analisando os resultados obtidos, (escala de pontuação 1-4) segundo Vítor da Fonseca, pode-se notar que na realização das atividades de coordenação motora propostas no instrumento 3, a criança realizou movimentos controlados, adequados e harmoniosos.

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Instrumento 3: Bateria Psicomotora (BPM) – Avaliação do perfil psicomotor da criança Atividades de Praxia Fina

Coordenação Dinâmica Manual

Pontuação

4 3 2 1

A criança deverá compor e descompor (desmanchar) uma pulseira de clips o mais depressa possível.

x

Tamborilar

Pontuação

4 3 2 1

A criança deverá realizar movimentos finos e de oponência com os dedos, realizando círculos na transição dedo para dedo, desde o indicador até o mínimo e, em seguida, na direção inversa. Cada mão realiza 3 sequências separadas.

x

Tamborilar bimanual simultâneo: As duas mãos realizam o tamborilar simultaneamente.

x

Velocidade-precisão Pontuação

4 3 2 1

Em uma folha de papel quadriculado, a criança deverá realizar o maior número de pontos durante 30 s, tendo como referências espaciais os limites dos quadrados do papel e a realização da esquerda para a direita.

x

A criança deverá realizar o maior número de cruzes no papel quadriculado, com alinhamento vertical-horizontal das cruzes.

x

Atividades de Praxia Global:

Coordenação Oculopodal

Pontuação

4 3 2 1

A criança deverá chutar uma bola de tênis, de modo que a bola passe entre as pernas de uma cadeira.

x

Dissociação

Pontuação

4 3 2 1

A criança deverá saltitar com batimentos das palmas das mãos exatamente no momento em que se afastam as pernas sem interromper a sua sequência.

x

Escala de Pontuação

1 Realização imperfeita, incompleta e descoordenada (fraco). 2 Realização com dificuldades de controle (satisfatório). 3 Realização controlada e adequada (bom).

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Após a avaliação foi possível identificar que a idade neurológica da criança avaliada estava além da idade cronológica. Por essa razão, não foi realizada a estimulação essencial.

4 Considerações finais

A temática desse trabalho foi investigar se o Exame Neurológico Evolutivo e a Bateria Psicomotora são eficazes para detectar atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, prevenindo déficits da aprendizagem. Para isso, este estudo desenvolveu uma discussão detalhada do desenvolvimento psicomotor de crianças pré-escolares e teve como objetivo a prevenção de distúrbios da aprendizagem, para tanto tem como objetivos específicos a aplicação dos protocolos para identificação de compatibilidade entre idade cronológica e idade neurológica.

Neste trabalho, foi realizada a avaliação de uma criança de cinco anos, em que identificou-se que o desenvolvimento neuropsicomotor da mesma estava além da sua idade cronológica. Nesse caso, os resultados foram além das expectativas dos avaliadores, identificando-se que a criança encontra-se apta para a aprendizagem formal.

A partir deste estudo, conclui-se que a Fisioterapia tem a responsabilidade de contribuir com as pesquisas envolvendo o desenvolvimento infantil, especialmente as relacionadas à evolução da psicomotricidade, tanto em criança saudáveis quanto nos expostos a fatores de risco, para a identificação precoce de possíveis distúrbios relativos a aprendizagem.

Sugere-se estudos mais aprofundados sobre o tema envolvendo pedagogos de séries iniciais no processo de maturação neurológica da criança.

Referências Bibliográficas

ADALBJORNSSON, C. The effects of an interactive tracking skill intervention on infant´s motor and cognitive skills [tese]. Auburn (AL): Auburn University; 2001.

ALMEIDA S.C.; VALENTINI N.C. & LEMOS G.X.C. A influência de um programa de intervenção motora no desenvolvimento de bebês em creches de baixa renda. Temas Desenvolv. 2005;14:40-8. CORIAT, L. Maturação psicomotora no primeiro ano de vida da criança. 5. ed. São Paulo: Centauro, 2007.

FONSECA, V. Manual de observação psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artmed, 1995.

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FUJISAWA D.S. Atendimento fisioterapêutico de crianças: uma análise na perspectiva da teoria histórico-cultural. Temas Desenvolv. 2002;11:37-44.

HAYWOOD, K.M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

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MENEGHETTI, A. Pedagogia Ontopsicológica. 3ed. Recanto Maestro: Ontopsicológica Editora Universitária, 2014.

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TECKLIN, J.S. Fisioterapia pediátrica. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. VOLPE, J.J. Neurology of the newborn. 4 ed. Philadelphia: Saunders, 2001. VYGOTSKY, L. S. Psicologia pedagógica. Martins Fontes: São Paulo, 2001.

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