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OXUM, IEMANJÁ, LAVADEIRAS; TRÍADE FEMININA NO UNIVERSO DAS ÁGUAS: UMA COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA DE MATRIZ AFRO- BRASILEIRA PARA A DANÇA CONTEMPORÂNEA.

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Maria de Lurdes Barros da Paixão

Doutoranda em Artes – UNICAMP. Orientadora Profa. Dra Inaicyra Falcão dos Santos. Endereço: Rua Rio Amazonas, Edfo: Otaviano Alves, no: 29, apto: 03.

Vila Laura. CEP 40.270–060 Salvador–BA

Tel: (071) 3234–3698 Cel: (71) 8192–2943

Email: mariabarros@iar.unicamp.br

Discente da Universidade Estadual de Campinas/SP

OXUM, IEMANJÁ, LAVADEIRAS; TRÍADE FEMININA NO UNIVERSO DAS ÁGUAS: UMA COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA DE MATRIZ

AFRO-BRASILEIRA PARA A DANÇA CONTEMPORÂNEA. GT 10 – Danças e Festas populares

Resumo: O presente artigo tem por finalidade descrever o resultado da pesquisa realizada no Mestrado em Artes na Universidade de Campinas–UNICAMP/2002, tendo por objeto de estudo as danças dos mitos femininos do culto afro-brasileiro: Oxum e Iemanjá e sua relação com a gestualidade das lavadeiras do Rio Cachoeira da cidade de Ilhéus–BA. O resultado desta pesquisa deu origem ao produto artístico coreográfico denominado Abebé – leque ritual; o qual revelou nuances que caracterizam respectivamente os orixás Oxum, Iemanjá e gestualidade das lavadeiras através do movimento. Mais que revelar os símbolos ou a dança ritual de Oxum e de Iemanjá, neste trabalho empreendeu-se uma jornada de descobertas, visando o intercâmbio entre a ancestralidade e a vida na sociedade contemporânea através da dança. Tendo em vista que o mito afro-brasileiro apresenta características de personalidade presentes no ser humano, a exemplo do humor caprichoso e mutável de Oxum ou o instinto de mãe zelosa, rigorosa e protetora de Iemanjá, características facilmente encontradas nos indivíduos, independente de sexo, religião ou nível intelectual ou classe social a que pertençam.

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OXUM, IEMANJÁ, LAVADEIRAS; TRÍADE FEMININA NO UNIVERSO DAS ÁGUAS: UMA COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA DE MATRIZ

AFRO-BRASILEIRA PARA A DANÇA CONTEMPORÂNEA.

Nessa volta às fontes originárias da arte africana, não tenciono cometer o suicídio de um regresso histórico. Não advogo a reprodução de uma forma existencial pretérita. Meus orixás estão longe de configurarem deuses arcaicos, petrificados no tempo e no espaço... ou perdidos nas estratosferas da especulação teórica de cunho acadêmico. São presenças vivas e viventes. Habitam tanto a África como o Brasil e todas as Américas, no presente, e não nos séculos dos mortos. Surgem na vida cotidiana e nos assuntos seculares, legados pela história e pelos ancestrais. [...]. (NASCIMENTO; 2006: 40).

Apreende-se da citação acima o sentido atribuído à arte africana e aos orixás pelo autor, para ele não significa traduzir para o mundo contemporâneo uma ancestralidade fechada em si mesma, os mitos como elementos estanques parados no tempo e no espaço, mas sim como integrantes de uma cultura dinâmica, viva e em permanente processo de transformação e ressignificação de seus valores ético, estético, sócio, histórico e cultural.

Nesta direção, o significado dos mitos africanos Oxum e Yemanjá é referência para a análise conceitual da cultura popular e sua importância para a dança contemporânea neste trabalho, que envolve também a gestualidade das lavadeiras do rio Cachoeira em Ilhéus/BA.

A Cosmogonia Nagô ou afro-brasileira conta a história da criação do Universo e dos seres responsáveis por esta criação. No passado, estes seres foram ancestrais, heróis, fundadores de civilização que se transformaram em orixás. Neste sentido, convém observar a citação abaixo:

A religião dos Orixás está ligada à noção de família. A família numerosa, originária de um mesmo antepassado, que engloba os vivos e os mortos. O orixá seria em princípio um ancestral divinizado, que em vida, estabelecera vínculos que lhe garantiam um controle sobre certas forças da natureza, como o trovão, o vento, as águas doces ou salgadas, ou, então, assegurando-lhe a possibilidade de exercer certas atividades como a caça, o trabalho com metais ou, ainda adquirindo o conhecimento das propriedades das plantas e de sua utilização. O poder, àse, que o ancestral-orixá teria, após sua morte, a faculdade de encarnar-se momentaneamente em um de seus descendentes durante um fenômeno de possessão por ele provocada. (VERGER, 1996:18).

Os Orixás seriam criaturas divinizadas, míticas, visto que estão diretamente relacionadas ao passado, à ancestralidade, estando diretamente vinculados aos quatro elementos da natureza: Água, Terra, Fogo e Ar.

O mito afro-brasileiro é constituído por uma série de elementos característicos que o identifica e o torna singular, exercendo forte influência na cultura brasileira. Esses mitos que se encontram em outro plano espiritual e são cultuados nas comunidades “terreirosi”, recebem a denominação de orixá. Quando chamados através de cânticos e instrumentos musicais, como o atabaque, os orixás se incorporam no iniciado. Os orixás, geralmente se manifestam dançando, cantando, saudando e transmitindo sua energia chamada de axé para aqueles a quem se dirige. Esses mitos presentes nas religiões africanas foram trazidos para

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o Brasil em virtude da existência do tráfico de escravos oriundos de várias regiões da África. Verger (1996: 32/33) explica: “Na África, cada orixá estava ligado originalmente a uma cidade ou a um país inteiro. Tratava-se de uma série de cultos regionais ou nacionais. Sàngó em Oyó, Yemojá na região de Egbá, Iyewwa em Egbado, Ògún em Ekiti e Ondô, Òssun em Ijexá e Ijebu. [...]”

Os orixás migravam para diversas regiões da África, nas quais se tornavam, muitas vezes, membro da família. No Brasil, acontecia de forma diferente, devido à separação imposta aos negros africanos no momento da venda; estes, obrigatoriamente, eram afastados de suas famílias, evidenciando-se assim o caráter individual do orixá. Também se perde a relação do orixá com a ancestralidade e com as raízes africanas. Verger (1996: 33) demonstra: “Progressivamente, o Candomblé viu aumentar o número de seus adeptos, não somente de mulatos cada vez mais claros, como também de europeus, e até de asiáticos, absolutamente destituídos de raízes africanas.”

Todo ser humano traz em si uma história construída, demonstrada através do seu comportamento, das atitudes que caracterizam sua personalidade, seu jeito de ser. Alguns especialistas da psique humana, a exemplo de Jung, denominam esta história de arquétipo. Isto é a forma, o modo como as pessoas se revelam para o mundo. Sabe-se que é possível transitar de um momento de tranqüilidade para um momento de total inquietude em segundos, a depender da causa que altere o comportamento ou os padrões de personalidade. Todavia, cada ser humano traz em seu íntimo uma tendência de comportamento que varia do estado maternal ao estado guerreiro. Esses comportamentos são percebidos nos orixás e também são denominados de arquétipo. Sob a ótica de Bachelard apud Felício (1994: 92): “[...] Compreender-se-ia mal um arquétipo fazendo-o uma simples imagem. Um arquétipo é, antes, uma série de imagens que resumem a experiência ancestral do homem diante de uma situação típica...”.

O mito se faz presente na dança a partir das próprias formas que desenha no espaço: girar, formar o círculo, tudo é mítico. No culto afro-brasileiro, no momento em que os orixás apresentam-se na roda ritual denominada Xirêii, há uma comunhão de símbolos e de mitos, cada um expressando a sua singularidade, sua gestualidade, sua dança no círculo. O

Xirê é um círculo formado pelas Ekédisiii, Ogãs, iniciados, homens e mulheres, crianças em estágio de iniciação no culto afro-brasileiro. Os trabalhos são abertos com cânticos para Exuiv e finaliza-se com o cântico para Oxaláv.

O símbolo, no contexto ritual nagô, representa, revela e possui significado capaz de conter informações a cerca do objeto que o representa. Deve ser analisado na perspectiva da totalidade, ou seja, os objetos, os elementos que compõem a estética dos orixás não estão dissociados de uma estrutura maior que abriga todo um universo de representação simbólica. Como exemplo é possível citar o vestuário e a dança ritual.

Nesta direção as abordagens gerais sobre os orixás, seus conteúdos simbólicos e suas danças possibilitam à aquisição de conhecimentos específicos sobre os orixás femininos Oxum e Iemanjá e sua relação com a gestualidade das lavadeiras do rio Cachoeira em Ilhéus/BA.

Oxum é considerada, tanto na África como no Brasil, como a representante das águas doces. Sua cor característica é o amarelo-dourado. Ela está associada aos metais amarelos, como o bronze e o ouro. De acordo com a mitologia Nagô, preocupava-se com as suas jóias antes de tudo; entretanto, era considerada uma boa mãe. Mãe suprema, símbolo genitor feminino, cuja responsabilidade atribuída é o de proteger a gravidez e zelar pelo bebê. Ela foi à segunda mulher de Xangôvi. Traz nas mãos o Abebé – seu leque ritual. De acordo com Reis (2000: 151), “O leque com espelho, Abebé, é comum a todas as

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qualidades de Oxum. Embora seja o símbolo da vaidade dessa deusa, muitas vezes é usado como arma de guerra; Oxum, colocando-o contra o sol, ofusca a visão dos inimigos.”

A dança de Oxum, aqui descrita, foi observada a partir da vivência realizada com a equédi Kátia da comunidade “terreiro” Opó Afonjá, situado no Bairro de São Gonçalo do Retiro na cidade de Salvador, Bahia.

De acordo com as informações e os movimentos demonstrados pela equédi Kátia; Oxum dança a beleza e a vaidade que são representadas pelo elemento simbólico Abebé, leque ritual. Seguro em uma das mãos, os movimentos do Abebé acompanham o ritmo da música e descrevem no espaço formas que lembram uma mulher mirando-se no espelho. Os movimentos característicos de Oxum possuem uma dinâmica lenta, no qual os braços e os pés marcam ritmicamente os compassos da música tocada pelos atabaques. Essa dinâmica só é quebrada, quando o atabaque executa uma batida mais forte chamada de contra-tempo ou quebra do ritmo, fazendo com que o corpo de quem dança acompanhe e responda à mudança do ritmo com uma parada do movimento ou com a aceleração do mesmo.

O ritmo predominante de Oxum é o Ijexá, ilustrado com um trecho tocado e cantado por Kátia: “m’oro mi mimó um; m’oro mi mimó um; m’oro mi mimó um; ìyá

abiyamo lódo, oro yéyé ó”. Que segundo o professor de Yoruba Ajayi Olanibi Adekanye

significa: “Eu encontrei água doce para beber; Eu encontrei água doce para beber; Eu encontrei água doce para beber; Mãe das mães com muitos filhos no fundo do rio”.

Oxum também realiza movimentos que simbolizam o colocar de anéis nos dedos, de braceletes nos braços e o pegar da água para banhar-se na beira do rio. Esses movimentos são demonstrados pelas mãos em forma de concha que realizam um movimento de mergulho nas águas e voltam trazendo água para derramar sobre o corpo em direção ao ventre.

Assim como Oxum, Iemanjá também é um orixá feminino, cujo elemento da natureza é a água. Ela é a filha de Olokum, o deus do mar. Foi esposa de Olofin-Odudua, com quem teve muitos filhos e os seus seios tornaram-se enormes de tanto amamentar seus filhos. Para Reis (2000: 194): “Iemanjá é água que não se prende, é a água que se estende na amplidão, que une os povos. É o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças, pois a mãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta.”

Na África, o nome de Iemanjá está associado ao rio Ògùn, que, segundo Verger (1997: 190): “... Não deve, entretanto, ser confundido com Ògùn, o deus do ferro e dos ferreiros. [...]”. Iemanjá tem o instinto de mãe, tem por função zelar pela casa, proteger a família, preocupar-se com a educação das crianças; embora não lhe seja atribuído o papel de procriar. Segundo Santos, J. (1986: 90), “Iemanjá, assim como Naná, está associada à interioridade, a filhos contidos em si mesma.”

Através de sua saudação “Odò Ìyá” que significa “Mãe do Rio”, é possível constatar a sua associação com as águas doces, fato que lhe atribui semelhança com o orixá Oxum. Entretanto, Iemanjá possui também a saudação “Éérú Ìyá” alusiva às espumas que se formam, quando as águas do rio se encontram com as águas do mar.

De acordo com a equédi Kátia, a dança de Iemanjá é realizada segurando o Abebé – leque ritual, em uma das mãos e na outra mão uma espada. Os movimentos dos braços descrevem ao mesmo tempo a idéia do mirar-se no espelho e do uso da espada. Estes movimentos são feitos de forma sutil e discreta, uma das mãos realiza um pequeno movimento com a espada descrevendo no espaço um gesto semelhante ao cortar do mato. O movimento característico da dança de Iemanjá é lento, contido, redondo, ondulante, semelhante às qualidades de movimento encontradas na dança do orixá Oxum.

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Os orixás Oxum e Iemanjá, em suas danças, executam um movimento de ombros denominado Jiká. A equédi Kátia descreveu o Jiká como um movimento sutil de ombros; ele é pequeno e independente em relação aos outros movimentos que são realizados pelo corpo nas danças de Oxum e Iemanjá. Kátia chamou atenção de que esse movimento lembra uma pessoa socando ou pilando o feijão, ou lavando roupa. Esta observação feita pela equédi trouxe à mente a imagem do gestual das lavadeiras.

O gestual das lavadeiras, seus movimentos característicos foram observados e apreendidos durante a pesquisa de campo realizada in locu as margens do Rio Cachoeira localizado no bairro de Salobrinho na cidade de Ilhéus/BA.

As mãos das lavadeiras são ágeis, rápidas, vigorosas nos movimentos de lavar e torcer as roupas. Executam de forma dinâmica e bela a passagem do movimento de torcer a roupa para o de batê-las sobre as pedras. Logo em seguida, executam um movimento de virar a roupa totalmente aberta dentro da água com uma agilidade que não permite que a mesma encolha sobre a água.

As lavadeiras executam com as mãos a ação de esfregar as roupas em um vai e vem dos braços que aciona toda a cintura escapular. Observa-se que este movimento assemelha-se ao Jiká realizados nas danças de Oxum e Iemanjá.

Os elementos escolhidos para serem re-elaborados na composição coreográfica foram respectivamente: o sacudir e o torcer das roupas das lavadeiras; o Jiká dos orixás femininos Oxum e Iemanjá; o mirar-se no Abebé – espelho-leque ritual e o elemento água comum a tríade Oxum, Iemanjá e lavadeiras.

As lavadeiras contam suas histórias, falam do cotidiano, demonstram o seu labor através dos movimentos. Esse fazer é observado e apreendido pelo pesquisador que repete os movimentos das lavadeiras visando fixar essa matriz gestual; havendo assim uma interação entre os diferentes sujeitos envolvidos na pesquisa. As danças dos orixás Oxum e Iemanjá são demonstradas pelas equédis na comunidade “terreiro” para que o pesquisador se aproprie do fazer destes movimentos e a partir daí desenvolva as mesmas etapas de aprendizagem vivenciadas na apropriação do gestual das lavadeiras.

Nesta perspectiva, perceber e apreender o gestual das lavadeiras e toda a simbologia das danças de Oxum e Iemanjá transcende ao olhar ou a descrição sumária destes movimentos. É antes de tudo uma experiência estética/sensível que possibilita uma aproximação do significado latente de cada símbolo na elaboração das seqüências de movimento. Desta forma, ordenar os símbolos e signos presentes nas danças dos orixás Oxum e Iemanjá, associados ao gestual das lavadeiras se constituem em um exercício perceptivo que abarca o conjunto de elementos presentes nas danças de Oxum e Iemanjá e na gestualidade das lavadeiras que foram transformados em expressões ético–estéticas, condição necessária ao processo criativo da dança.

A importância deste trabalho reside na possibilidade de difusão e visibilidade da cultura afro-brasileira, seus mitos, símbolos, signos e suas danças; abordando o corpo brasileiro e a criação artística na dança contemporânea com elementos da cultura popular; através da pesquisa e de estudos sobre a referida cultura. Todo este processo se deu através da re-leitura e re-elaboração de elementos próprios das danças referentes aos orixás Oxum e Iemanjá e também movimentos do labor cotidiano das lavadeiras resultando em criação artística que caracteriza esta tríade feminina que é tecida por um fio construtor comum à trama – a água; dando origem a uma concepção etno-ética-estética-coreográficavii e dramatúrgica multifacetada, híbrida, denominada Abebé – leque ritual.

A concepção coreográfica Abebé – leque ritual foi dividida por conteúdos temáticos em cinco cenas, a saber: Cena I – O Gestual das Lavadeiras; Cena II – O Surgimento do

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Mito do Orixá da Água– Iemanjá; Cena III – O Surgimento do Mito do Orixá da Água – Oxum; Cena IV– Oxum, Iemanjá, lavadeiras – Tríade Feminina no Universo das Águas e Cena V– Além do Espelho.

Abebé – leque ritual é o produto artístico, resultado de estudos e reflexões

realizados sobre as danças de Oxum e Iemanjá e o gestual das lavadeiras. Em Abebé empreendeu-se uma jornada de descobertas visando o intercâmbio entre a ancestralidade e as relações tecidas entre mito e memória e a vida na sociedade contemporânea através da dança. Sempre observando que os orixás possuem características próprias da personalidade dos seres humanos. Como exemplo é possível citar o humor caprichoso e mutável de Oxum ou o instinto de mãe zelosa, rigorosa e protetora de Iemanjá; características facilmente encontradas nos indivíduos, independente de sexo, religião, nível intelectual ou classe social a que pertençam.

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i Comunidades “Terreiros”: local no qual é praticado o culto afro-brasileiro popularmente denominado

candomblé. Paixão (2002; 09).

ii Xirê: roda ritual realizada pelos orixás que dançam no sentido anti–horário. Paixão, (2002; 33).

iii Equédi – grande autoridade no candomblé que zela pelos sacerdotes e iniciados, quando estão tomados

pelo orixá; não entram em transe. (Reis,2000:305).

iv Exu é o orixá que transgride e restabelece a ordem, o grande responsável pela transformação do Universo e

por sua recriação. Reis (2000:36).

v Oxalá: o primeiro orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o Universo, mas todos os

seres, todas as coisas que existem no mundo. Reis (2000:242).

vi Xangô: orixá masculino que representa simbolicamente o Fogo. O símbolo de Xangô é o machado de duas

lâminas estilizado, osé; lembra o símbolo de Zeus em Creta. Verger (1997: 135).

vii O uso do termo etno-ética-estética-coreográfica e dramatúrgica é um neologismo empregado para designar

a concepção coreográfica que deriva dos aspectos étnicos e estéticos da matriz cultural africana. (nota da autora).

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