• Nenhum resultado encontrado

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO A PARTIR DA AMPLIAÇÃO DAS FONTES HISTÓRICAS: Ensino Médio.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO A PARTIR DA AMPLIAÇÃO DAS FONTES HISTÓRICAS: Ensino Médio."

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO A PARTIR DA AMPLIAÇÃO DAS FONTES HISTÓRICAS: Ensino Médio.

Daniely de Fátima Ribeiro, Geraldo Daniel Naves de Lima, Giselda Moreira Saavedra Lemos, *Graciele de Souza Lima (gracielle_2908@hotmail.com), Layane Martins dos Santos, Marcelo Augusto Faria Fontes, Paulo César Sampaio de Oliveira, Sabrina Montezano da Rosa Brandão (acadêmicos).

Professor-orientador: Enival Mamede Leão Professora-supervisora: Maria Francinete Meireles

Universidade Estadual de Goiás- Campus Pires do Rio.

Resumo: Este trabalho trata das ações de ensino e pesquisa desenvolvidas pelo subprojeto do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás-UEG (Campus Pires do Rio), no Colégio Estadual Professor Ivan Ferreira, sob o âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência-PIBID - com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Através da realização de diálogos da História acadêmica e documental - em suas dimensões de ensino e pesquisa - com as demandas e necessidades da escola pública, o subprojeto em questão visa integrar a educação superior à educação básica, contribuir na formação dos acadêmicos-bolsistas. Nesse sentido, as atividades realizadas foram: diagnose e análise do Projeto Político Pedagógico da escola-parceira; observação e monitoria nas aulas de História; apoio e correção de provas; palestra sobre Festas Juninas como forma de valorizar e compreender os significados das manifestações folclóricas; aula com temática étnico-racial com o objetivo de discutir os motivos históricos e políticos que fizeram surgir as diferenças entre os povos formadores da sociedade brasileira e sua consequente exclusão; realização de um curso preparatório para as provas do ENEM; participação em conselhos de classe e reuniões de planejamento do ano letivo.

Palavras-chave: Ensino. Pesquisa. Formação de professores.

Introdução

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), objeto deste artigo, foi implantado na Unidade Universitária de Pires do Rio em agosto de 2012, contando com três subprojetos: o de Geografia, o de História e o de Letras. O subprojeto desenvolvido pelo curso de licenciatura em História tem como objetivo contribuir na formação dos acadêmicos-bolsistas, possibilitando a ampliação e associação da proposta de professor e pesquisador em História, preparando-os para

(2)

a carreira docente com incentivo à vivência pedagógica de modo que possam participar do dia a dia da escola-campo, atuando tanto na sala de aula como no acompanhamento dos processos administrativos e pedagógicos. É uma oportunidade de repensar o ensino de história, seus métodos, suas práticas, os documentos históricos e os materiais didáticos, contribuindo com a escola-parceira e seus professores de história.

Tais objetivos foram alcançados, especificamente, com a realização de diálogos da História acadêmica e documental em suas dimensões de ensino e pesquisa com as demandas e necessidades da escola pública, integrando, assim, educação superior e educação básica, aqui enfatizada no ensino médio, do primeiro ao terceiro ano. Visto que o Colégio Estadual Professor Ivan Ferreira, a escola-campo, é um pólo regional do ensino médio, contando com quatrocentos e cinquenta um (451) alunos nos turnos matutino, vespertino e noturno, tendo assim uma grande importância no processo de formação de jovens na cidade de Pires do Rio e região.

Ainda associado ao espaço escolar, o subprojeto possibilitou a formação continuada dos professores integrantes da escola-campo, além da contribuição na formação dos alunos da rede pública, referente aos aspectos centrais que constituem a educação histórica escolar, em dimensões diferentes da história tradicional e factual.

Outros objetivos estão relacionados à produção de materiais didáticos, com novos objetos, linguagens, documentos e produções historiográficas, mediadas com o ensino de história. Pois, de acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio do MEC, o conhecimento produzido no âmbito das universidades, são referências importantes para a construção dos conhecimentos escolares em sala de aula.

Resultados e Discussão

A primeira ação do subprojeto de História da UEG-Campus Pires do Rio, como forma de embasar o planejamento das ações que seriam desenvolvidas no Colégio Estadual Professor Ivan Ferreira e conhecer a realidade escolar, planejou

(3)

visitas à escola-parceira a fim de conhecer a equipe gestora, a estrutura, o Projeto Político Pedagógico, os alunos e o cotidiano da mesma.

O subprojeto procurou contribuir na implementação da Lei 11.645 de 10 de março de 2008 que estabelece a obrigatoriedade da inclusão no currículo da rede de ensino pública e privada da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Por ser uma temática nova, carecia de abordagens, metodologias e materiais didáticos – lacunas que o Curso de História Campus Pires do Rio, por meio do PIBID, poderia suprir através de um levantamento bibliográfico, criação de metodologias e materiais didáticos. Para tanto, foram desenvolvidas aulas com conteúdos programáticos a partir dos dois grupos étnicos – africanos e indígenas – a fim de discutir os motivos históricos e políticos que fizeram surgir as diferenças entre os povos formadores da sociedade brasileira e sua conseqüente exclusão.

Outra ação desenvolvida tem relação com folclore, considerado “a história não escrita de um povo” (MEGALE, 1999, p. 13), que apesar de basear-se no passado está sempre se adaptando à mentalidade e às reivindicações do presente com a ajuda da sociedade que cria e mantém essas manifestações. A partir de pesquisas sobre o tema, os bolsistas PIBID elegeram a festa junina como tema principal. Após esta etapa foram pesquisados, selecionados e confeccionados materiais referentes ao tema escolhido e foi realizada uma palestra sobre a origem das festas juninas com apoio de fotos do acervo do colégio sobre o tema. Assim ficou resolvido que a festa junina ocorreria em agosto (por ser um mês dedicado ao folclore), com direito a teatro do casamento, decoração com bandeirinhas, barracas com comidas típicas e quadrilha. Todos os alunos da escola (exceto os do período noturno) se envolveram em todos os momentos das atividades que foram desenvolvidas - ensaios, decoração, comidas típicas – o que fez com que eles valorizassem e compreendessem essa manifestação folclórica e seus significados.

A realização de um Curso Preparatório para as provas do ENEM foi outra ação desenvolvida pelo subprojeto juntamente com os cursos de Letras e Geografia da UEG e o IFG-Câmpus Urutaí (Matemática, Química e Ciências Biológicas). Para tanto, foram pesquisados os temas mais frequentes nas provas anteriores do concurso e levados para as salas de aula no contra turno.

(4)

Considerações Finais

As ações propostas no subprojeto, além de contribuírem com a implementação da Lei 11.645 de 10/03/2008 e despertarem na instituição-parceira a valorização da cultura indígena e africana como mecanismo de coibição de práticas discriminatórias, tendo em vista ser uma das funções da escola educar para a diversidade étnico-racial; levaram os educandos a valorizar e compreender os significados das manifestações folclóricas; auxiliaram na preparação para o ENEM; colaboraram para a formação dos futuros professores de História, graduandos da UEG-Câmpus Pires do Rio, promovendo a iniciação à docência dos mesmos; elaboraram novas propostas metodológicas no ensino de História da escola-campo; auxiliaram na formação continuada do professor-supervisor, repensando o ensino de História, inserindo metodologias e documentos históricos em sala de aula; levaram à criação de materiais didáticos e metodologias de ensino para a disciplina História que poderão ser utilizados não apenas na escola, campo de atuação do subprojeto, mas disponibilizados para outras instituições de ensino.

O desenvolvimento desse subprojeto uniu o ensino à pesquisa, integrou a educação superior à educação básica, envolveu professores e estudantes numa criação de conhecimento compartilhado, como observa Cunha (2001):

Unir ensino e pesquisa significa caminhar para que a educação seja integrada, envolvendo estudantes e professores numa criação do conhecimento comumente partilhado. A pesquisa deve ser usada para colocar o sujeito dos fatos, para que a realidade seja apreendida e não somente reproduzida (p.32).

Agradecimentos

Agradecemos ao fomento do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID

(5)

Referências

CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas: Papirus, 2001. MEGALE, Nilza B. Folclore brasileiro. Vozes: Rio de Janeiro, 1999.

Referências

Documentos relacionados

Não basta apenas pensar na educação para um princípio de realidade se não se amplia o próprio conceito de realidade, esta, na qual a criança deve aprender a satisfazer seus

Neste estágio, assisti a diversas consultas de cariz mais subespecializado, como as que elenquei anteriormente, bem como Imunoalergologia e Pneumologia; frequentei o berçário

Durante este estágio, tive também a oportunidade de frequentar o serviço de urgência,. onde me foi possível observar a abordagem do doente pediátrico, as patologias

libras ou pedagogia com especialização e proficiência em libras 40h 3 Imediato 0821FLET03 FLET Curso de Letras - Língua e Literatura Portuguesa. Estudos literários

A ideia da pesquisa, de início, era montar um site para a 54ª região da Raça Rubro Negra (Paraíba), mas em conversa com o professor de Projeto de Pesquisa,

O acontecimento simbólico ocorre quando muda completamente essa estrutura, tendo esse novo significante-mestre a capacidade de estabelecer sua própria realidade social?. Quando muda

Este trabalho teve como objetivo estudar a ação de 2 fungicidas naturais à base de óleos essenciais das espécies Lippia sidoides, Mentha arvensis, Ocimum gratissimum,

pode se dar nos ensinos fundamental e médio sem que haja, concomitantemente ou talvez mesmo inicialmente, uma reformulação e uma alteração dos cursos de Letras, quanto aos seus