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ESCOLINHA DE VOLEIBOL DA UFMT, FOMENTANDO O COMPROMISSO E A RESPONSABILIDADE ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

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Academic year: 2021

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ESCOLINHA DE VOLEIBOL DA UFMT, FOMENTANDO O COMPROMISSO E A

RESPONSABILIDADE ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

SOUZA, Joaquim Borges1, SANTOS, Erasmo Braz2; SILVA FILHO, Edson Ferreira3, SILVA, Yasmin Sena Dias4

Palavras-chave: esporte, adolescente, comportamento, educação.

Introdução

O esporte é um meio eficaz no estímulo ao desenvolvimento das habilidades motoras e do desempenho físico (Gallahue e Ozmun, 2003; Meinel, 1984). Com a prática sistemática do exercício físico, incluindo o esporte os riscos nocivos das doenças causadas pela hipocinesia são amenizados ou até mesmo afastados (Nahas, 2003). Já é comprovado que a participação da criança e do adolescente em atividades físicas e desportivas podem no futuro produzir adultos saudáveis, uma vez que a tendência de se manter-se ativo/ativa no futuro é muito grande (Oliveira, 2006).

Além disso, o esporte produz pela sua própria dinâmica, outros fatores que são importantes na vida do ser humano, como por exemplos: a socialização, o desenvolvimento cognitivo, o afastamento da criança e do adolescente em vulnerabilidade dos riscos sociais e o favorecimento da disciplina e responsabilidade.

Sobre essas premissas o projeto da Escolinha de Voleibol que está vinculada ao Programa Desporto e Lazer da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso, tem contribuído sobremaneira no sentido de atender a demanda pelo esporte (seguro e gratuito) das crianças e adolescentes pertencentes as comunidades

Resumo revisado pelo Coordenador da Ação de Extensão Voleibol. SIGProj N°: 99692.455.8373.07022012. Nome do Coordenador: Erasmo Braz dos Santos.

1

Supervisão de Desporto e Recreação/Faculdade de Educação Física/UFMT - desporto@ufmt.br

2

Supervisão de Desporto e Recreação/Faculdade de Educação Física/UFMT - erasmobraz@bol.com.br

3

Instituição Educacional Matogrossense – edinho03voleibol_@hotmail.com

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de Cuiabá e Várzea Grande.

O projeto tem como objetivos: proporcionar às crianças e aos adolescentes o acesso ao esporte seguro e gratuito; o desenvolvimento das técnicas e táticas do voleibol; a participação em eventos esportivos locais e estaduais; o afastamento dos riscos sociais; o estímulo das habilidades motoras e do desempenho físico e a conscientização do compromisso e responsabilidade.

Metodologia

O público atendido no Projeto Escolinha de Voleibol da UFMT são crianças e adolescentes que abrangem a faixa etária de 10 a 16 anos de idade e são moradores de diversos bairros das cidades de Cuiabá e Várzea Grande. A Escolinha tem atendido um público anual de 120 pessoas. Os participantes são divididos em três tipos de turmas: turma iniciação (para os que não dominam nenhuma ação motora inerente ao voleibol); turma intermediária (para os que já dominam alguns fundamentos do esporte) e turma avançada (para os que dominam os fundamentos do esporte e que são estimulados a aperfeiçoá-los). Para o ingresso dos participantes não há cobrança de taxa e nem mensalidade. Não há ainda exigência de domínio algum dos fundamentos do voleibol e nem mesmo somatotipo. Os participantes passam por uma avaliação na primeira semana de aula para serem classificados de acordo com sua habilidade e serem encaixados nas turmas existentes.

O profissional que executa o projeto tem formação e pós-graduação na área de Educação Física. O projeto conta ainda com acadêmicos (bolsistas), onde é possibilitado aos mesmos, agregamento de valores na formação acadêmica, uma vez que pode aliar a teoria à prática, mesmo antes de ingressar no mercado de trabalho.

A infraestrutura utilizada é a mesma que já é utilizada para o curso de Educação Física da UFMT, que compreende: ginásio coberto e quando na impossiblidade do mesmo (para eventos) utiliza-se quadra coberta.

As aulas são distribuídas ao longo da semana, no período vespertino, sendo a freqüência três vezes por semana. Cada sessão tem duração de 90 minutos para

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iniciação, 105 minutos para turma intermediária e 120 minutos para turma avançada. Na primeira semana foi lido com os participantes o livreto contendo normas de funcionamento das atividades do Programa Desporto e Lazer, da qual a Escolinha de Voleibol é vinculada. Este livreto também foi enviado para os pais/responsáveis. Dentre os itens contidos no livreto há o que discorre sobre a freqüência às aulas. Esse item foi desenvolvido após comprovação das constantes faltas dos participantes nas atividades do Programa, o que refletia também, essa condição na Escolinha de Voleibol. Ao constatar esse comportamento dos participantes, tendo como instrumento de controle a lista de presença, os executores (professor e acadêmicos) fizeram um diagnóstico que teve como principais fatores: semana de prova, realização de trabalhores escolares, ida a dentista, acompanhamento dos responsáveis a serviço de banco e compras, problemas de saúde e trabalhos domésticos (este último como punição por mau comportamento em casa ou na escola).

Diante destes fatos os executores do projeto começaram um trabalho juntamente com os pais/responsáveis e os participantes no sentido de incutir a idéia da responsabilidade e compromisso com a atividade da qual eles assumiram. O trabalhou girou em torno dos seguintes temas: a prática da modalidade esportiva estava sendo realizada no contraturno escolar, portanto não há como uma atividade interferir no andamento da outra, com isso não é justificável faltar a Escolinha de Voleibol; estudar para a prova é um ato que se deve praticar todos os dias na escola e nos momentos planejados para isso, ou seja, não no momento em que o participante tem o compromisso assumido com outra atividade (caso específico da Escolinha); a ida ao dentista ou ao médico (fora em caso de urgência) deve ser programada para os dias livres em que não se tem compromisso com outra atividade já agendada, o mesmo se pode dizer sobre os trabalhos escolares; a falta compromete o desempenho na aula seguinte, pois o participante fica perdido em relação a atividade planejada, neste caso compara-se aqui aos conteúdos das aulas formais como Matemática por exemplo, onde tem uma seqüência pedagógica, faltou a uma aula dessa disciplina, certamente o aprendizado seguinte está comprometido; os pais/responsáveis não devem

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sobremaneira impor punição por problemas de comportamento do(a) menor em casa ou na escola, impedindo-os de irem à prática desportiva, a estes foram trabalhadas as questões: primeiro ao impedir a ida da criança/adolescente na atividade da qual está inscrito(a), incute-se mesmo(a) que subliminarmente a idéia de que poderá ser irresponsável com outros compromissos assumidos no futuro (escola, trabalho, faculdade, dentre outros); segundo há que se compreender que principalmente o adolescente está numa fase de transformações física, comportamental e social, se a fase é difícil para os pais/responsáveis, também o é para os(as) adolescentes, e, terceiro o esporte pode contribuir no desenvolvimento físico, motor, cognitivo, afetivo e social, ao faltar as aulas é comprometido o planejamento realizado com o intuito de atingir essas variáveis.

Resultados e discussão

Após, realizado esse trabalho de conscientização dos participantes e de seus pais/responsáveis notou-se uma redução sensível nas ausências às aulas, bem como a melhora do compromisso com as atividades aplicadas. O problema não foi totalmente resolvido, pois notou-se, que alguns pais/responsáveis não tem tido contato constante com a instituição, deixando o trabalho totalmente a cargo do projeto, embora os executores constantemente mandem informações por escrito e fazem as ligações para os pais/responsáveis quando necessárias.

Pelos resultados alcançados o saldo pode ser considerado positivo e culminou numa escolha inusitada: o Programa Desporto e Lazer da qual a Escolinha de Voleibol é vinculada, foi escolhido pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania-IIDAC e pelo Fundo das Nações para a Infância-UNICEF para indicar dois adolescentes, para representarem Mato Grosso e para fazerem parte da Rede Juvenil pelo Esporte-REJUPE que estava sendo montada no Brasil, cujo primeiro encontro seria no Rio de Janeiro. Na avaliação feita entre as Escolinhas vinculadas ao Programa a de Voleibol foi indicada a escolher os dois adolescentes com perfil de compromisso e de responsabilidade, feito este realizado. Atualmente os adolescentes estão sendo

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atuantes, compromissados e responsáveis com as atividades da REJUPE, bem como discuntindo as idéias junto às crianças e adolescentes das Escolinhas vinculadas ao Programa Desporto e Lazer.

Conclusões

Considera-se que, o trabalho de conscientização do compromisso e responsabilidade assumidos com a Escolinha de Voleibol da UFMT desenvolvido juntamente com os pais/responsáveis e com os participantes da Escolinha surtiu resultado positivo, uma vez que houve uma redução sensível das faltas às aulas e conseqüente melhora de aspectos comportamentais durante as mesmas. Esse trabalho culminou na escolha inusitada de dois adolescentes da Escolinha de Voleibol para respresentar Mato Grosso e compor a Rede Juvenil pelo Esporte – REJUPE.

Referências Bibliográficas

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor.

Bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2003.

MEINEL, K. Motricidade II: o desenvolvimento motor do ser humano. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Conceitos e sugestões

para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2003.

OLIVEIRA, J. F. Reflexões sobre crescimento e desenvolvimento em crianças e adolescentes. Revista Movimento e Percepção, vol. 6, n. 8, p. 49-56, 2006. Projeto realizado com os apoios do PROEXT-MEC/SESu e PROCEV/UFMT.

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