• Nenhum resultado encontrado

Análise da qualidade das informações sobre a mortalidade por causas externas em Minas Gerais, 1997 a 2005*

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise da qualidade das informações sobre a mortalidade por causas externas em Minas Gerais, 1997 a 2005*"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Resumo

Nas últimas décadas, as causas externas têm contribuído sobremaneira com as estatísticas de mortalidade no Brasil e em Minas Gerais. Nesse sentido, informações fidedignas de mortalidade se tornam importantes instrumentos para monitorar esses agravos, permitindo a avaliação de perfis, tendências e impacto das políticas implementadas para a sua redução. O presente trabalho objetivou analisar a qualidade das informações sobre a mortalidade por causas externas em Minas Gerais, no período 1997-2005. Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo dos óbitos coletados no Sistema de Informações sobre Mortalidade por meio de indicadores relacionados àqueles cujas causas foram registradas como indeterminadas, segundo Gerências Regionais de Saúde (GRS), tempo, sexo e idade. A proporção de Declarações de Óbitos classificadas como causas externas indeterminadas reduziram ao longo do período estudado, embora se observem variações entre as GRS. Para o triênio 2003-2005, as GRS com as maiores proporções de eventos com intenção indeterminada foram Diaman-tina, Manhumirim e Sete Lagoas. A maioria dessas mortes foi mais frequente entre indivíduos do sexo masculino com idade de 20 a 39 anos. É necessário o desenvolvimento de estratégias específicas para o aperfeiçoamento das informações de mortalidade por causas externas em Minas Gerais, priorizando-se as GRS com piores indicadores de qualidade.

Palavras-chave: Causas externas, registros de mortalidade, informação.

Abstract

in recent decades, injuries have been a major cause of deaths in Brazil and in Minas Gerais State. Accordingly, reliable information of mortality become important tools to monitor these diseases, allowing the assessment of profiles, trends and impact of policies implemented to reduce it. This study aimed to analyze the quality of injury mortality information registered in Minas Gerais from 1997 to 2005. A descriptive epidemiological study of deaths caused by injuries was carried out through indicators related to undetermined causes. Data was collected from the Mortality Information System - DATASUS, by the Regional Health Management, according to time, sex and age. The proportion of death statements classified as undetermined injuries reduced over the studied period, although changes have been heterogeneous among the regions. In 2003-2005, the regions with the highest proportions for undetermined death events were Diamantina, Manhumirim and Sete Lagoas. Most of these deaths were more frequent in males and at the age of 20 to 39 years. It’s necessary that strategies be developed to improve the information about mortality by injuries in Minas Gerais, prioritizing the Regional Health Managements whose indicators were higher.

Key words: External causes, mortality registries, information.

Análise da qualidade das informações sobre a

mortalidade por causas externas em

Minas Gerais, 1997 a 2005*

Analysis of quality of information about mortality by injuries in

Minas Gerais from 1997 to 2005

Tiago Campos-Silva

1

, Ronaldo Coimbra de Oliveira

2

, Daisy Maria Xavier de Abreu

3

1 Especialista em Políticas e Gestão da Saúde daSecretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais; Mestre em Ciência Animal/Epidemiologia pela Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG). End: Avenida Afonso Pena, 2300 – Funcionários – CEP: 30130-007 – Belo Horizonte (MG), Brasil – e-mail: tiago_bh@hotmail.com

2 Consultor da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Mestre em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). 3 Socióloga e pesquisadora do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG; Doutora em Saúde Pública pela UFMG.

* Este artigo é parte da Monografia de Especialização em Vigilância em Saúde, Concentração em Doenças e Agravos Não-Transmissíveis defendida no Programa de Pós-Graduação da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, em 2008, por Tiago Campos Silva.

(2)

Introdução

Desde a década de 1930, o Brasil vem passando por transformações em sua estrutura populacional, bem como em seu padrão de morbimortalidade. A modificação no padrão de morbimortalidade, conhecida como transição epidemiológica, é marcada por uma redução importante da participação das doenças infecciosas e parasitárias e aumen-to das doenças crônico-degenerativas e das causas externas (Carmo et al., 2003).

As causas externas (CE) são os agravos representados pelos acidentes e violências, cuja categoria foi estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para se associar às consequências provenientes das agressões, dos acidentes, traumas e lesões.

Uma importante forma de classificar as CE é segundo a intenção: não-intencional ou intencional. Em termos legais, a primeira é referenciada algumas vezes como acidente, enquanto as causas intencionais resultam de ações propo-sitadas. Essas podem ser categorizadas em autoprovocadas (suicídios, tentativas de suicídio, e outros comportamentos autodestrutivos, tal como automutilação) ou interpessoais (Fowler, 2002).

Nos últimos anos, as CE se tornaram uma das principais causas de óbito e incapacidades no Brasil, bem como no estado de Minas Gerais. (Schramm et al., 2004; Gawryszewski et al., 2004; Minas Gerais, 2007). Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, no ano de 2005, ocorreram 11.646 óbitos decorrentes de CE, desses 82,9% atingiram in-divíduos do sexo masculino. A taxa ajustada de mortalidade específica por CE em Minas Gerais no ano de 2005 foi de 59,8 óbitos/100.000 habitantes (Abasse et al., 2007).

Pelo exposto, as ações para a redução das ocorrências e dos impactos causados pelas CE constituem importante preocupação e desafio para a gestão pública da saúde, já que essa área é uma das que mais sofrem com as consequências dos acidentes e atos violentos ocorridos. O setor saúde pode ser responsável pela execução de ações e de medidas que de fato contribuam para a prevenção e controle desses agravos. Entretanto, é necessário que essas ações sejam baseadas em evidências, a fim de alcançar bons resultados.

Para isso, a vigilância epidemiológica (VE) tem como um de seus propósitos fornecer subsídios técnicos aos atores e tomadores de decisão envolvidos com a temática, por meio da disseminação de informações fidedignas e confiáveis capazes de servirem como evidência para a adoção de intervenções oportunas e efetivas (Ministério da Saúde, 2005).

Diversos estudos (Silveira e Laurenti, 1973; Mello-Jorge, 1990; Niobey et al., 1990; Souza et al., 1996; Vasconcelos, 2000; Mello-jorge et al., 2002) descrevem problemas quanto à

qualidade das estatísticas vitais provenientes de bases nacio-nais de informações em saúde que comprometem as análises finais dos dados e, ainda, o seu uso para fins de decisão políti-ca e técnipolíti-ca para ações de prevenção e controle. Sugere-se que providências sejam tomadas com vistas a uma melhoria na qualidade dos dados, principalmente em nível local (municí-pio), tais como: treinamento dos digitadores, conscientização dos médicos, melhoria dos recursos dos Institutos Médicos Legais (IML), avaliações periódicas e regulares dos bancos de dados (Njaine e Reis, 2005).

Para análise da qualidade das informações sobre mortali-dade por CE, um dos principais indicadores é o de proporção de óbitos registrados como “Eventos (fatos) cuja intenção é indeterminada” em relação ao total de mortes por CE. Essa categoria de classificação deve ser utilizada quando não há in-formações suficientes que caracterizem as circunstâncias em que ocorreu o óbito por CE, ou seja, se intencional (homicí-dios e lesões autoprovocadas) ou não-intencional (acidentes) (OMS, 2003; Costa, 2007).

Assim, este trabalho objetivou analisar a qualidade das informações de mortalidade por causas externas no Estado de Minas Gerais, segundo as 28 Gerências Regionais de Saúde (GRS), visto que vários estudos brasileiros apontam deficiên-cias em relação às informações provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Materiais e Métodos

A análise da qualidade das informações sobre a mortalida-de por causas externas no Estado mortalida-de Minas Gerais foi dimen-sionada por meio da construção de indicadores provenientes dos óbitos ocorridos entre 1997 e 2005. Para minimizar possí-veis flutuações entre os anos, as análises foram realizadas por triênios: 1997 a 1999, 2000 a 2002, e 2003 a 2005. Utilizou-se o banco de dados do SIM disponibilizado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), selecionado por local de residência em Minas Gerais, segundo cada GRS. Os softwares utilizados para tabulação e cálculo dos indicadores foram o Microsoft Office Excel 2003 e o Tabwin32 versão 3.5, sendo este último também utilizado para análise geográfica.

Primeiramente, foi avaliada a magnitude da mortalidade pelos tipos de causas externas em cada GRS, com o propósito de identificar o panorama dos agravos nas diversas áreas do Estado para o último triênio.

Além disso, neste trabalho analisou-se a frequência de óbitos por causas indeterminadas no conjunto de óbitos por causas externas para cada agrupamento, segundo as defini-ções da CID-10: eventos cuja intenção é indeterminada (Y10 a Y34) para todas as causas externas (V01 a Y98). O triênio

(3)

2003-2005 foi considerado para mapear as frequências por classes de intervalos iguais.

Foram analisadas as distribuições relativas por GRS, bem como a variação dos valores percentuais ao longo do período. Para a análise da variação percentual, foram determinados os percentuais para cada triênio, calculados por meio da ex-pressão [(X2 –X1)/X1] * 100. Onde: X1 representa o percentual no primeiro triênio do período e X2 o percentual no último triênio do período.

Por fim, para avaliar a associação entre o número de IML por GRS e o percentual de óbitos codificados como eventos de intenção indeterminada para todos os óbitos por causas externas nos três triênios, aplicou-se o teste de correlação de Spearman com nível de significância de 5%.

Resultados e discussão

O impacto das causas externas nas diversas GRS de Mi-nas Gerais foi dimensionado por meio da distribuição dos óbitos de acordo com os principais tipos de acidentes e atos violentos no triênio 2003-2005. Na Tabela 1 são apresenta-das as proporções de mortalidade por grupos de causas e verifica-se que, em 75% das GRS, os acidentes de transporte terrestre são os principais responsáveis por óbitos por causas externas. Entretanto, em algumas GRS, as agressões apre-sentaram as maiores frequências, são elas: Belo Horizonte, Governador Valadares, Pirapora e Teófilo Otoni; o que aca-bou influenciando fortemente o panorama do Estado, cuja proporção dos óbitos por violências foi de 36,3%, enquanto para os acidentes de transporte terrestre foi de 28,5%. Para todas as GRS, observou-se uma grande variação na ampli-tude das proporções das causas analisadas. Destacam-se as agressões, cuja proporção variou de 13,7% na GRS Juiz de Fora a 56,6% na GRS Belo Horizonte, alcançando uma am-plitude de 42,9 pontos percentuais. Essas variações podem estar refletindo as diferenças regionais existentes em Minas Gerais (Tabela 1).

Esse perfil verificado para Minas Gerais também é seme-lhante ao do Brasil, onde a grande maioria das mortes ocorridas nos últimos anos por CE foram devido às agressões, seguidas pelos acidentes relacionados ao transporte (Gawryszewski, 2004, 2006; Ministério da Saúde, 2006, 2008). É interessante destacar que, nas décadas de 1970 e 1980, os acidentes de transporte representavam a principal CE de morte no Brasil (Mello-Jorge et al., 1997) e em Estados como Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo, figura entre os diversos tipos de CE (Vasconcelos, 1996).

Quanto aos óbitos por causas externas, cuja intenção é indeterminada, percebe-se na Tabela 2 que em quase todo o

Estado houve melhoria expressiva, sendo registradas maiores quedas em Teófilo Otoni e Ituiutaba. Aproximadamente 61,0% (17) das GRS revelaram quedas superiores à observada pelo estado de Minas Gerais, ou seja, 58,2%. Entre o primeiro e o último triênio analisados, as únicas GRS que não tiveram um comportamento de redução foram Manhumirim, Leopoldina e Juiz de Fora (Tabela 2).

Essa melhoria na qualidade das informações pode ser reflexo da descentralização das estatísticas de dados vitais ocorrida no Estado de Minas Gerais em 1999, quando os municípios passaram a assumir oficialmente a produção das mesmas (Matos et al., 2007). Por outro lado, sobre a descen-tralização do SIM, outros fatores passaram a interferir na qualidade das estatísticas produzidas, como, por exemplo, a falta de codificadores bem capacitados. Este fator pode ex-plicar porque quase metade das regionais permaneceu com seus indicadores superiores ao encontrado para Minas Gerais. Nesse sentido, de acordo com (Mello-Jorge et al., 2003), cabe ressaltar que o Serviço de Medicina Legal torna-se parte es-sencial no processo de redução das causas indeterminadas, uma vez que cabe ao legista a responsabilidade de atestar a declaração de óbito.

Manhumirim, Diamantina e Sete Lagoas (ressaltando que para a última GRS a variação percentual negativa foi de 53,1% no período) foram as regionais de saúde responsáveis pelos indicadores mais altos de Minas Gerais sobre a qualidade geral das informações de mortalidade por CE. Por outro lado, 11 GRS registraram os menores valores, ou seja, dentre todas as mortes por CE de seus residentes, em proporções inferiores a 4,9% dessas não se identificou se o agravo foi pelo menos intencional ou não intencional (Figura 1).

A melhoria observada para esse indicador em Minas Gerais corrobora os dados apresentados por Njaine e Reis (2005), em análise do MS sobre o impacto da violência no Brasil, confirmando uma redução considerável em grande parte das capitais do Brasil quanto à proporção de óbitos por CE classificadas como eventos de intenção indeterminada. A qualidade das informações sobre CE aprimorou em compara-ção às décadas de 1980 e 1990. Em Belo Horizonte, por exem-plo, passou de 11,9 para 8,7%. Para o Brasil, Ximenes (2003) observou redução importante dos eventos de intenção inde-terminada que passaram de 15,8% nos anos 1980 para 10,1% nos anos 1990. Apesar desse comportamento, Peres e Santos (2005) consideraram que o valor das mortes indeterminadas por CE registradas no Brasil na década de 1990 ainda indicava problemas na classificação dos óbitos nesse período. Entre 1991 e 1999, a qualidade da informação por causas externas foi classificada como ruim em Minas Gerais, cuja proporção de causas indeterminadas foi de 12,5% (Ximenes, 2003).

(4)

Tabela 1 - Número e percentual de tipos de causas externas, segundo GRS de Minas Gerais, 2003-2005 GRS Acidentes de transporte terrestre (V01 a V89) Agressões (X85 a Y09) Lesões autoprovocadas voluntariamente (X60 a X84) Quedas (W00 a W19) Afogamentos e submersões (W65 a W74) Outras Total n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) Alfenas 208 (34,8) 89 (14,9) 111 (18,6) 43 (7,2) 67 (11,2) 79 (13,2) 597 (100,0) Barbacena 305 (48,8) 83 (13,3) 67 (10,7) 50 (8,0) 54 (8,6) 66 (10,6) 625 (100,0) Belo Horizonte 2.642 (20,2) 7.409 (56,6) 589 (4,5) 499 (3,8) 349 (2,7) 1.596 (12,2) 13.084 (100,0) Cel. Fabriciano 320 (30,9) 316 (30,5) 62 (6,0) 45 (4,3) 61 (5,9) 233 (22,5) 1.037 (100,0) Diamantina 120 (25,4) 122 (25,8) 48 (10,2) 21 (4,4) 36 (7,6) 125 (26,5) 472 (100,0) Divinópolis 755 (42,3) 218 (12,2) 297 (16,6) 111 (6,2) 115 (6,4) 290 (16,2) 1.786 (100,0) Gov. Valadares 411 (29,3) 584 (41,7) 90 (6,4) 109 (7,8) 70 (5,0) 138 (9,8) 1.402 (100,0) Itabira 195 (32,9) 118 (19,9) 68 (11,5) 21 (3,5) 50 (8,4) 141 (23,8) 593 (100,0) Ituiutaba 112 (34,0) 80 (24,3) 50 (15,2) 31 (9,4) 26 (7,9) 30 (9,1) 329 (100,0) Januária 61 (20,4) 73 (24,4) 30 (10,0) 16 (5,4) 29 (9,7) 90 (30,1) 299 (100,0) Juiz de Fora 299 (27,7) 148 (13,7) 90 (8,3) 209 (19,4) 74 (6,9) 258 (23,9) 1.078 (100,0) Leopoldina 97 (31,0) 58 (18,5) 32 (10,2) 23 (7,3) 32 (10,2) 71 (22,7) 313 (100,0) Manhumirim 237 (35,9) 132 (20,0) 60 (9,1) 46 (7,0) 14 (2,1) 171 (25,9) 660 (100,0) Montes Claros 314 (22,6) 361 (26,0) 149 (10,7) 67 (4,8) 69 (5,0) 427 (30,8) 1.387 (100,0) Passos 203 (39,0) 100 (19,2) 72 (13,8) 37 (7,1) 36 (6,9) 73 (14,0) 521 (100,0) Patos de Minas 245 (38,5) 133 (20,9) 99 (15,5) 29 (4,6) 39 (6,1) 92 (14,4) 637 (100,0) Pedra Azul 109 (36,5) 101 (33,8) 16 (5,4) 15 (5,0) 22 (7,4) 36 (12,0) 299 (100,0) Pirapora 42 (17,0) 85 (34,4) 12 (4,9) 4 (1,6) 24 (9,7) 80 (32,4) 247 (100,0) Ponte Nova 123 (28,4) 118 (27,3) 36 (8,3) 29 (6,7) 49 (11,3) 78 (18,0) 433 (100,0) Pouso Alegre 343 (33,7) 160 (15,7) 135 (13,2) 49 (4,8) 57 (5,6) 275 (27,0) 1019 (100,0)

São João Del Rei 118 (28,2) 109 (26,1) 55 (13,2) 41 (9,8) 27 (6,5) 68 (16,3) 418 (100,0)

Sete Lagoas 285 (31,8) 155 (17,3) 89 (9,9) 44 (4,9) 70 (7,8) 252 (28,2) 895 (100,0) Teófilo Otoni 228 (24,4) 472 (50,5) 55 (5,9) 57 (6,1) 50 (5,3) 73 (7,8) 935 (100,0) Ubá 158 (26,8) 133 (22,5) 55 (9,3) 44 (7,5) 39 (6,6) 161 (27,3) 590 (100,0) Uberaba 410 (39,5) 229 (22,1) 122 (11,8) 87 (8,4) 53 (5,1) 136 (13,1) 1.037 (100,0) Uberlândia 714 (45,8) 397 (25,5) 148 (9,5) 90 (5,8) 83 (5,3) 127 (8,1) 1.559 (100,0) Unaí 150 (34,5) 126 (29,0) 34 (7,8) 19 (4,4) 29 (6,7) 77 (17,7) 435 (100,0) Varginha 401 (37,7) 153 (14,4) 174 (16,3) 101 (9,5) 105 (9,9) 131 (12,3) 1.065 (100,0) Minas Gerais 9.605 (28,5) 12.262 (36,3) 2.845 (8,4) 1.937 (5,7) 1.729 (5,1) 5.374 (15,9) 33.752 (100,0)

Fonte: SIM/ DATASUS

Nota: Incluídos os óbitos com sexo e idade ignorados.

Ao analisar a distribuição etária na Tabela 3, mais da metade das GRS tem maior distribuição de óbitos indetermi-nados na faixa etária de 20 a 39 anos, seguida pela de 40 a 59 anos. Isso se deve, provavelmente, ao fato de os acidentes e violências incidirem em indivíduos mais jovens (Ministério da Saúde, 2006, 2008). Entre os idosos de 60 anos ou mais, a frequência foi maior nas regionais de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Ituiutaba e Teófilo Otoni. Além disso, destaca-se um va-lor expressivo na indeterminação dos óbitos nos adolescentes com idade entre 10 e 19 anos (20,4%) na GRS de Governador Valadares e Teófilo Otoni (18,2%) (Tabela 3).

A Tabela 4 indica o percentual de eventos cuja intenção é indeterminada segundo sexo e regional de saúde. Para a grande maioria das regionais, observou-se uma predo-minância de eventos de intenção indeterminada no sexo

masculino em relação ao feminino. Esses dados são corro-borados por Cavalcanti e Monteiro (2008), ao analisarem, em 2005, a distribuição dos óbitos por causas externas Campina Grande, e por Gawryszewski et al. (2004) no Bra-sil, em 2000, com valores para os eventos indeterminados em homens e mulheres de 81,6 e 18,4%, respectivamente. Para o Estado como um todo, observou-se que existe uma razão de sexos de 3,2, ou seja, para 3,2 óbitos indetermina-dos do sexo masculino, existe um indeterminado do sexo feminino. Destacam-se as GRS de Alfenas e Pirapora por apresentarem razões de sexo de 15,0 e 25,0 óbitos indeter-minados do sexo masculino para óbito indeterminado do sexo feminino. Nas regionais de Ponte Nova, Pedra Azul e Ituiutaba, essa diferença não se mostrou significativa, ou seja, as proporções de eventos cuja intenção é

(5)

indetermi-Figura 1 - Proporção de eventos cuja intenção é indeterminada, segundo Gerência Regional de Saúde de Minas Gerais, 2003-2005. GRS 1997-1999 2000-2002Período 2003-2005 Variação % (97-99 / 03-05) Alfenas 17,1 7,2 2,7 -84,4 Barbacena 15,8 7,5 1,8 -88,8 Belo Horizonte 11,5 9,8 7,6 -34,1 Coronel Fabriciano 25,7 18,1 6,3 -75,6 Diamantina 18,5 23,1 17,6 -4,8 Divinópolis 17,1 4,5 4,5 -73,4 Governador Valadares 12,6 5,3 3,5 -72,2 Itabira 17,1 6,3 5,4 -68,4 Ituiutaba 25,8 0,7 1,5 -94,1 Januária 16,3 5,3 5 -69,2 Juiz de Fora 8,3 8,1 9,2 10,3 Leopoldina 13,3 6,7 13,4 1,3 Manhumirim 18 17,7 19,6 8,9 Montes Claros 23 9,9 5 -78,4 Passos 16,8 11,4 9,4 -44 Patos de Minas 10,2 2,7 2,4 -76,9 Pedra Azul 18,5 7,1 3 -83,7 Pirapora 29,5 9,8 10,5 -64,3 Ponte Nova 22,7 12 8,3 -63,5 Pouso Alegre 12,9 6 8,1 -37,5

São João Del Rei 18,9 28,5 11,5 -39,3

Sete Lagoas 37,4 44,3 17,5 -53,1 Teófilo Otoni 25,5 4,6 1,2 -95,4 Ubá 16,3 12,2 11 -32,4 Uberaba 10,5 7,2 3,8 -64,1 Uberlândia 27,6 4,7 2,3 -91,6 Unaí 12,8 2 10,3 -19 Varginha 25,7 4,1 4 -84,3 Minas Gerais 16,7 9,6 7 -58,2

Tabela 2 - Percentual de eventos cuja intenção é indeterminada (Y10 a Y34) em relação a todas as causas externas e variação percentual,

segundo GRS de Minas Gerais, 1997-1999, 2000-2002 e 2003-2005

(6)

GRS 00-09 10-19 Faixa etária20-39 40-59 60 e + Total de óbitos Alfenas 0 6,3 37,5 25 31,3 16 Barbacena 9,1 0 18,2 72,7 0 11 Belo Horizonte 5,3 6 29 28,7 31 989 Coronel Fabriciano 6,2 10,8 38,5 30,8 13,8 65 Diamantina 4,8 6 45,8 19,3 24,1 83 Divinópolis 1,2 2,5 32,1 33,3 30,9 81 Governador Valadares 4,1 20,4 40,8 20,4 14,3 49 Itabira 3,1 0 43,8 12,5 40,6 32 Ituiutaba 0 0 0 40 60 5 Januária 0 6,7 53,3 26,7 13,3 15 Juiz de Fora 2,1 5,3 27,7 28,7 36,2 94 Leopoldina 2,4 7,3 43,9 26,8 19,5 41 Manhumirim 3,9 9,3 28,7 34,1 24 129 Montes Claros 1,4 8,7 42 27,5 20,3 69 Passos 0 4,1 34,7 40,8 20,4 49 Patos de Minas 0 6,7 73,3 20 0 15 Pedra Azul 0 11,1 22,2 44,4 22,2 9 Pirapora 0 15,4 38,5 23,1 23,1 26 Ponte Nova 5,6 5,6 13,9 50 25 36 Pouso Alegre 0 3,7 26,8 35,4 34,1 82

São João Del Rei 2,1 10,4 43,8 35,4 8,3 48

Sete Lagoas 1,9 5,7 43,3 30,6 18,5 157 Teófilo Otoni 27,3 18,2 18,2 9,1 27,3 11 Ubá 4,6 10,8 32,3 24,6 27,7 65 Uberaba 2,6 10,3 33,3 35,9 17,9 39 Uberlândia 0 2,9 52,9 32,4 11,8 34 Unaí 6,7 13,3 42,2 28,9 8,9 45 Varginha 2,3 7 23,3 46,5 20,9 43 Minas Gerais 3,9 6,9 33,1 29,9 26,1 2.338

Tabela 3 - Percentual de eventos cuja intenção é indeterminada (Y10 a Y34) segundo faixa etária e GRS de Minas Gerais, 2003-2005

Fonte: SIM/DATASUS.

nada não diferem para essas regionais quando a variável analisada é o sexo (Tabela 4).

Em todas as GRS do estado de Minas Gerais, a Polícia Civil conta com Médicos-Legistas em todas as 52 Delegacias Regionais e em Belo Horizonte (IML - Unidade Central), onde são realizadas perícias em cadáveres de vítimas de CE. Nesse sentido, apesar de todas as GRS possuírem pelo menos um serviço de medicina legal em alguns de seus municípios de jurisdição, elas diferem quanto ao número. Portanto, buscou-se avaliar a correlação entre a quantidade de serviços de medicina legal distribuídos por GRS e o percentual de mortalidade por causas externas indeterminadas em cada uma delas. Observou-se que não houve associação significati-va entre essas duas significati-variáveis no primeiro (R2=0,055, p=0,781), segundo (R2= -0,218, p<0,265) e terceiro triênios (R2= -0,196, p<0,317;). Portanto, isso pode nos indicar que a presença de IML em todas as GRS não garante a qualidade da informação. Dessa forma, outros fatores relacionados à certificação e à codificação das causas, tais como capacitação e quantidade de

recursos humanos, insumos e estrutura física, gerenciamento do sistema de informação, devem ser levados em consideração no modelo para explicar a qualidade final das informações.

Conclusões e considerações finais

Por meio do presente trabalho, conclui-se que durante os triênios de 1997-1999 a 2003-2005, houve melhoria da quali-dade das informações sobre mortaliquali-dade por CE no estado de Minas Gerais, embora com níveis variados entre as GRS. Para alguns indicadores, parte dessas regionais apresentou maior qualificação dos dados em relação a outras. Todavia, devemos destacar que, apesar da melhora, algumas GRS ainda manti-veram altos percentuais de óbitos por causas indeterminados no último triênio quando comparados ao observado pelo Estado como um todo.

O fato de existir uma heterogeneidade na qualidade das informações sobre mortalidade por CE entre as GRS indica que as necessidades e realidades de cada uma são diferentes

(7)

GRS Masculino (%) IC95% Feminino (%) IC95% Valor de p Belo Horizonte 71,9 69,0 - 74,7 28,1 25,3 - 31,0 <0,05 Barbacena 100 - 0 - <0,05* Diamantina 81,9 72,0 - 89,5 18,1 10,5 - 28,0 <0,05 Juiz de Fora 75,8 66,1 - 83,8 24,2 16,2 - 33,9 <0,05 Montes Claros 87 76,7 - 93,8 13 6,1 - 23,3 <0,05 Patos de Minas 80 51,9 - 95,7 20 4,3 - 48,1 <0,05 Ponte Nova 69,4 51,9 - 83,6 30,6 16,3 - 48,1 0.06 Itabira 78,1 60,0 - 90,7 21,9 9,3 - 40,0 <0,05 Pouso Alegre 74,4 63,6 - 83,4 25,6 16,6 - 36,4 <0,05 Varginha 74,4 58,8 - 86,4 25,6 13,5 - 41,2 <0,05 Uberlândia 77,8 60,8 - 89,9 22,2 10,1 - 39,2 <0,05 Uberaba 87,2 72,6 - 95,7 12,8 4,3 - 27,4 <0,05 Sete Lagoas 86 79,6 - 91,0 14 9,0 - 20,4 <0,05 Divinópolis 81,5 71,3 - 89,2 18,5 10,8 - 28,7 <0,05 Governador Valadares 71,4 56,7 - 83,4 28,6 16,3 - 43,6 <0,05 Teófilo Otoni 81,8 48,2 - 97,7 18,2 2,3 - 51,8 <0,05* Ubá 73,8 61,5 - 84,0 26,1 16,0 - 38,5 <0,05 Pedra Azul 77,8 40,0 - 97,2 22,2 2,8 - 60,0 0,06*

São João Del Rei 81,2 67,4 - 91,0 18,8 8,9 - 32,6 <0,05

Alfenas 93,8 69,8 - 99,8 6,2 0,16 - 30,2 <0,05* Passos 87,8 75,2 - 95,4 12,2 4,6 - 24,8 <0,05 Coronel Fabriciano 83,1 71,7 - 91,2 16,9 8,8 - 28,3 <0,05 Manhumirim 69,8 61,1 - 77,5 30,2 22,5 - 38,9 <0,05 Ituiutaba 80 28,4 - 99,5 20 0,1 - 71,6 0,20* Unaí 86,7 73,2 - 94,9 13,3 0,5 - 26,8 <0,05 Leopoldina 83,3 68,6 - 93,0 16,7 7,0 - 31,4 <0,05 Pirapora 96,1 80,4 - 99,9 3,8 0,1 - 19,6 <0,05* Januária 86,7 59,5 - 98,3 13,3 1,6 - 40,5 <0,05 Minas Gerais 1.081 (76,7%) 44,0 - 48,1 547 (23,3%) 21,6 - 25,1 <0,05

Tabela 4 - Percentual de eventos cuja intenção é indeterminada, segundo sexo e GRS de Minas Gerais, 2003-2005

* Teste exato de Fisher e, para as demais proporções, teste qui-quadrado (χ2).

e, portanto, é preciso considerar tais especificidades para tra-balhar o aperfeiçoamento da qualidade das informações de mortalidade por CE, tornando-as mais fidedignas no Estado como um todo.

De acordo com os indicadores analisados, os mais críticos estão nas GRS de Diamantina, Manhumirim e Sete Lagoas.

Além disso, destaca-se que a distribuição dos óbitos por CE indeterminadas tende a seguir a mesma distribuição dos acidentes e violências especificados tanto por idade quanto por sexo, os quais são mais incidentes entre os homens e os jovens, estando, portanto, em conformidade com a literatura (Souza et al., 1997; Gawryszewski et al., 2004; Ministério da Saúde, 2006, 2008).

Diante da literatura consultada, percebe-se que é viável o aprimoramento das estatísticas de mortalidade com a adoção de metodologias simples, acessíveis e praticáveis; utilizando-se informações presentes nos registros do IML, Delegacias de Polícia (laudos e boletins de ocorrência) e hospitais (Andrade e Mello-Jorge, 2001; Drumond Jr, et al., 1999; Ladeira e Gui-marães, 1998; Matos et al., 2007). Além disso, observa-se na

literatura a utilização de informações provenientes de entrevistas com familiares de vítimas, consultas à imprensa escrita e revisão dos dados contidos no SIM (Mello-Jorge, 1990; Oliveira et al., 1998; Andrade e Mello-Jorge, 2001; Poldi et al., 2005). Dessa forma, será possível retratar melhor a real situação das CE em cada região. É indispensável que todos os envolvidos na geração, divulgação e/ou utilização dos dados de mortalidade saibam que possuem papéis importantes e responsabilidades específicas para produzir informação de boa qualidade que possibilite que as ações de prevenção e controle desses agravos sejam bem elegidas e efetivas. Uma estratégia importante seria o trabalho conjunto entre os serviços de saúde e os de medicina legal nos aspectos referentes à certificação e codificação das causas do óbito, bem como na instrumentação de equipamentos e aperfeiçoamento de tais processos. Ações de revisão e elaboração de documentos oficiais com instruções sobre o preenchimento e codificação da declaração de óbito por causas externas, educação continuada dos médicos legistas, visando ao preenchimento adequado da DO devem fazer parte da rotina dos envolvidos no processo da produção da informação sobre causas externas.

(8)

Abasse, M.L.F. et al. Conheça a Coordenadoria de Doenças e Agravos Não Transmissíveis - CDANT: sua história, ações e projetos. Boletim

Epidemiológico, Belo Horizonte: Ano X, n. 4, nov./ dez. 2007.

Andrade, S.M.; Mello-Jorge, M.H.P. Acidentes de transporte terrestre em cidade da Região Sul do Brasil: avaliação da cobertura e qualidade dos dados.

Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 17, n. 6, p. 1449-1456, 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância

Epidemiológica. 6a ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. 816 p.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil

2006: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília: Ministério da

Saúde, 2006. 620 p.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil

2007: uma análise da situação de saúde no Brasil. Brasília, DF: Ministério da

Saúde, 2008. 641 p.

Carmo, E.H.; Barreto, M.L.; Silva Jr, J.B. Mudanças nos padrões de morbimortalidade da população brasileira: os desafios para um novo século.

Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 12, n. 2, p. 63-75, 2003.

Cavalcanti, A.L.; Monteiro, B.V.B. Mortalidade por causas externas em adultos no município de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 18, n. 4, p. 160-165, out./dez. 2008.

Costa, M.F.S. Anos de vida perdidos por morte prematura: o efeito de diferentes

critérios de correção de sub-registro. 2007. 103f. Dissertação (Mestrado em

Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública, Rio de Janeiro.

Drumond Jr. M; et al. Avaliação da qualidade das informações de mortalidade por acidentes não especificados e eventos com intenção indeterminada.

Revista de. Saúde Pública, São Paulo, v. 33, n. 3, p. 273-280, 1999.

Fowler, C.J. Injury Prevention. In: McQuillan, K.A. Trauma Nursing: From

Resuscitation Through Rehabilitation. 3a. ed. Philadelphia: W. B. Saunders

Company, 2002. p. 73-92.

Gawryszewski, V.P.; Koizumi, M.S.; Mello-Jorge, M.H.P. As causas externas no Brasil no ano 2000: comparando a mortalidade e a morbidade. Cadernos de

Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 995-1003, jul./ago. 2004.

Gawryszewski, V.P.; Rodrigues, E.M.C. The burden of injury in Brazil, 2003. São Paulo Medical Journal, São Paulo, v. 124, n. 4, p. 208-213, 2006. Ladeira, R.M., Guimarães, M.D.C. Análise da concordância da codificação de causa básica de óbito por acidentes de trânsito. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 133-137, 1998.

Matos, S.G, Proietti, F.A., Barata, R.C.B. Confiabilidade da informação sobre mortalidade por violência em Belo Horizonte, MG. Revista de Saúde

Pública, São Paulo: v. 41, n. 1, p. 76-84. 2007.

Mello-Jorge, M.H.P. Situação atual das estatísticas oficiais relativas à mortalidade por causas externas. Revista de Saúde Pública, São Paulo: v. 24, n. 3, p. 217-223. 1990.

Referências

Mello-Jorge, M.H.P.; Gawryszewski, V.P.; Latorre, M.R.D.O. I - Análise dos dados de mortalidade. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 31, supl. 4, p. 5-25, 1997.

Mello-Jorge, M.H.P.; Gotlieb, S.L.D.; Laurenti, R. O sistema de informações sobre mortalidade: problemas para o seu enfrentamento. II- Mortes por causas externas. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 212-222, 2002.

Mello-Jorge, M.H.P.; Cascão A.M.; Silva, R.C. Acidentes e violências:

um guia para o aprimoramento da qualidade de sua informação. São Paulo:

Centro Brasileiro de Classificação de Doenças em Português; 2003. (Série Divulgação, 10).

Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Superintendência de Epidemiologia. Análise da situação de saúde de Minas

Gerais - Ano 2006. Belo Horizonte, 2007.

Niobey, F.M.L., et al. Qualidade do preenchimento de atestados de óbitos de menores de um ano na região metropolitana do Rio de janeiro. Revista de

Saúde Pública, São Paulo, v. 24, n. 4, p. 311-318, 1990.

Njaine, K.; Reis, A.C. Qualidade da Informação sobre acidentes e violências. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Impacto

da violência na saúde dos brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. p.

313-333.

Oliveira, I.M., et al. Mortalidade por afogamento no município de Salvador, 1980 a 1994. Informe Epidemiológico do SUS, Brasília, v. 2, n. 4, out./dez. 1998.

Organização Mundial da Saúde (OMS). Classificação Estatística

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde-CID 10. 10 ed.

São Paulo: EDUSP, 2003. v. 1.

Peres, M.F.T.; Santos, P.C. Mortalidade por homicídios no Brasil na década de 90: o papel das armas de fogo. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 58-66, 2005.

Poldi, R.M.V., et al. Declaração de óbito: instrumento de notificação de acidente de trabalho? Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 83-91, ago./dez. 2005.

Schramm, J.M.A., et al. Perfil epidemiológico seguindo os resultados do Estudo de Carga de Doença no Brasil - 1998. In: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Saúde no

Brasil - Contribuições para a Agenda de Prioridades de Pesquisa. Brasília, DF:

Ministério da Saúde, 2004. p. 87-114.

Silveira, M.H.; Laurenti, R. Os eventos vitais: aspectos de seus registros e inter-relações da legislação vigente com as estatísticas de saúde. Revista de

Saúde Pública, São Paulo, v. 7, p. 37-50, 1973.

Souza, E.R.; Njaine, K.; Minayo, M.C.S. Qualidade da informação sobre violência: um caminho para a construção da cidadania. Cadernos do

Programa de Pós-graduação de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 2, n.

1, p. 104-112, 1996. Este trabalho é um dos primeiros a fazer um levantamento

da situação da qualidade das informações geradas a respeito da mortalidade provocada por CE no estado de Minas Gerais, e serve como base para que estudos mais detalhados sejam

re-alizados para conhecer os fatores determinantes no processo de geração de tais informações. Pesquisas qualitativas sobre as condições estruturais e de trabalho nos serviços de medicina legal do Estado se fazem necessárias.

(9)

Souza, E.R.; Assis, S.G.; Silva; C.M.F.P. Violência no Município do Rio de Janeiro: áreas de risco e tendências da mortalidade entre adolescentes de 10 a 19 anos. Revista Panamericana de Salud Publica, Washington, v. 1, n. 5, p. 389-398, 1997.

Vasconcelos, A.M.N. Estatísticas de mortalidade por causas: uma

avaliação da qualidade da informação. In: X ENCONTRO DE ESTUDOS

POPULACIONAIS. Anais... Rio de Janeiro: ABEP, 1996.

______. Qualidade das estatísticas de óbitos no Brasil: uma classificação

das Unidades da Federação. In: XII ENCONTRO DE ESTUDOS

POPULACIONAIS. Anais... Rio de Janeiro: ABEP, 2000.

Ximenes, L.F. Qualidade dos dados sobre mortalidade por causas externas na década de 90. Boletim CENEPI/CLAVES, Rio de Janeiro, n. 9, p. 1-7, 2003.

Recebido em: 30/04/2009 Aprovado em: 08/07/2010

Referências

Documentos relacionados

Ao final deste projeto sabemos que não ficaram resolvidas as questões relacionadas à organização, preservação e guarda dos documentos das escolas envolvidas, mas

A tendência manteve-se, tanto entre as estirpes provenientes da comunidade, isoladas de produtos biológicos de doentes da Consulta Externa, como entre estirpes encontradas

Nesse sentido, Ridola (2014) afirma o Estado possui como dever, perante a sociedade, a criação de condições que permitam o devido exercício da dignidade.. Entretanto,

A improcedência por falta de prova, que até agora tem sido considerada como julgamento de mérito, em verdade, não passa de um falso mérito e não pode ser atingida

Aproveitando a criação do Programa Biblioteca Eletrônica (ProBE) lançado em 2000 pela Fapesp que tinha como objetivo apoiar o desenvolvimento da pesquisa científica no

Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade de Brasília, 2007. A organização como fenômeno psicossocial: notas para uma redefinição da psicologia organizacional e

Para Azevedo (2013), o planejamento dos gastos das entidades públicas é de suma importância para que se obtenha a implantação das políticas públicas, mas apenas

Considerações gerais sobre construção de jangada de tábuas nos municípios de Beberibe e Fortaleza - Ceará / Franciano Beserra Pinto.. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)