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UFRN. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Assistente em Administração. Edital Nº 016/2018

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(1)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UFRN

Assistente em Administração

Edital Nº 016/2018

JL037-2018

(2)

DADOS DA OBRA

Título da obra: Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Cargo: Assistente em Administração

(Baseado no Edital Nº 016/2018)

• Língua Portuguesa

• Legislação

• Conhecimentos Específicos

• Noções de Informática

• Manual de Redação

Gestão de Conteúdos

Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica

Elaine Cristina

Igor de Oliveira

Thais Regis

Ana Luiza Cesário

Produção Editoral

Suelen Domenica Pereira

Julia Antoneli

Capa

(3)

SUMÁRIO

Língua Portuguesa

1. Organização do texto. ...90

1.1. Propósito comunicativo. ...103

1.2. Tipos de texto (dialogal, descritivo, narrativo, injuntivo, explicativo e argumentativo). ...85

1.3. Gêneros discursivos. ...86

1.4. Mecanismos coesivos. ...86

1.5. Fatores de coerência textual. ...86

1.6. Progressão temática. ...88

1.7. Paragrafação. ...88

1.8. Citação do discurso alheio. ...83

1.9. Informações implícitas. ...76

1.10. Linguagem denotativa e linguagem conotativa. ...76

2. Conhecimento linguístico. ...101

2.1. Variação linguística. ...101

2.2. Classes de palavras: usos e adequações. ...07

2.3. Convenções da norma padrão (no âmbito da concordância, da regência, da ortografia e da acentuação gráfica) ...07

2.4. Organização do período simples e do período composto. ...63

2.5. Pontuação. ...50

2.6. Relações semânticas entre palavras (sinonímia, antonímia, hiponímia e hiperonímia). ...63

Legislação

1. Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990 – Regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. ...01

2. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 - Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Fede-ral. ...28

Conhecimentos Específicos

1. Conhecimentos Básicos em Administração: características básicas das organizações, natureza, finalidade, evo-lução, níveis e departamentalização; Funções do processo administrativo: planejamento, organização, direção e controle. ...01

2. Técnicas de arquivo e controle de documentos: classificação, codificação, catalogação e arquivamento de docu-mentos. ...12

3. Relações Humanas no Trabalho e Liderança: O papel do gestor, estilos de liderança, elementos da comunicação na organização, fatores que influenciam na motivação (hierarquia de necessidades de Maslow e fatores higiênicos e mo-tivacionais de Herzberg). ...18

4. Noções de Direito Constitucional e Administrativo: princípios da administração pública (conceitos e aplicações dos princípios previstos no caput do art. 37 da Constituição Federal de 1988); processos administrativos (Lei Federal n° 9.784/99); improbidade administrativa (Lei Federal no 8.429/92)...24

5. Qualidade no Serviço Público: ferramentas de gestão da qualidade (ciclo PDCA, SERVQUAL, 5S, fluxograma, diagrama de Pareto, diagrama de Ishikawa, folhas de verificação, histograma); Programa Nacional de Gestão Pública e Desburo-cratização - GESPÚBLICA (gestão de processos no governo, simplificação administrativa, carta de serviços ao cidadão, Decreto Federal 9.094/2017, Instrução Normativa nº 1/2010). ...57

6. Elementos de Redação Oficial: aspectos gerais da redação oficial, o padrão ofício (partes do documento, aviso e ofí-cio, memorando), exposição de motivos, mensagem, correio eletrônico, parecer; orientações do Manual de Redação da Presidência da República. ...85

7. Conhecimentos básicos em Administração de Patrimônio, Materiais e Logística: compras e contratações públicas (le-gislação sobre licitações), coleta de preços, gestão e controle de estoque, distribuição de material, inventário de bens patrimoniais. ...107

8. Administração Financeira e Orçamentária: o processo orçamentário (plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, lei orçamentária anual, lei de responsabilidade fiscal); classificação das receitas e despesas públicas; ...120

Matemática básica e cálculos financeiros básicos: porcentagem, juros simples, razão e proporção, fluxo de caixa (taxa interna de retorno, valor futuro e valor presente); gestão de custos. ...138

(4)

SUMÁRIO

Noções de Informática

Noções de Informática: conhecimentos básicos de sistemas operacionais para computadores (Windows e Linux);... 01

manipulação de arquivos e pastas; tipos de arquivos e suas extensões; procedimentos de backup; ...47

Windows Explorer; ...39

Microsoft Word 2010 em português (conhecimentos básicos; edição e formatação de textos); ...11

Microsoft Excel 2010 em português (Conhecimentos básicos; criação de planilhas e gráficos; uso de fórmulas e funções; configurar página; impressão; formatação; obtenção de dados externos). ...11

Navegadores web (Internet Explorer, Firefox e Chrome; mecanismos de busca avançada no Google); ...39

Power BI Microsoft. ...57

Manual de Redação

Redação ...01

(5)

LÍNGUA PORTUGUESA

PROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCO

Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista – Unesp

LETRA E FONEMA

A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.

Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras:

amor – ator / morro – corro / vento - cento

Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra

- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).

- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.

- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar: - o fonema /sê/: texto

- o fonema /zê/: exibir - o fonema /che/: enxame - o grupo de sons /ks/: táxi

- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o

1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o

1 2 3 4 1 2 3 4 5

- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.

- A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e

1 2 3 1 2 3 4 Classificação dos Fonemas

Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: 1) Vogais

As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.

(6)

LÍNGUA PORTUGUESA

Na produção de vogais, a boca fica aberta ou

entrea-berta. As vogais podem ser:

- Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.

- Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-sais. /ã/: fã, canto, tampa / ẽ /: dente, tempero / ĩ/: lindo, mim /õ/: bonde, tombo / ũ /: nunca, algum

- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola.

- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola.

Quanto ao timbre, as vogais podem ser: - Abertas: pé, lata, pó

- Fechadas: mês, luta, amor

- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa-lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”).

2) Semivogais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental en-tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de-sempenham o papel de núcleo silábico.

Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, história, série.

3) Consoantes

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi-rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca-vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda-deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu-guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.

Encontros Vocálicos

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o triton-go e o hiato.

1) Ditongo

É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:

- Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal)

- Decrescente: quando a vogal vem antes da semivo-gal: pai (a = vogal, i = semivogal)

- Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai

- Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas na-sais: mãe

2) Tritongo

É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-gal e uma semivovo-gal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-tongo nasal.

3) Hiato

É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a).

Encontros Consonantais

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:

1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se.

2-) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.

Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go.

Dígrafos

De maneira geral, cada fonema é representado, na es-crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.

Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.

Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ fo-ram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.

Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = le-tra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.

(7)

LÍNGUA PORTUGUESA

Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos

lh /lhe/ telhado

nh /nhe/ marinheiro

ch /xe/ chave

rr /re/ (no interior da palavra) carro ss /se/ (no interior da palavra) passo qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia

sc /se/ crescer

/se/ desço

xc /se/ exceção

Dígrafos Vocálicos

Registram-se na representação das vogais nasais:

Fonemas Letras Exemplos

/ã/ am tampa an canto /ẽ/ em templo en lenda /ĩ/ im limpo in lindo õ/ om tombo on tonto /ũ/ um chumbo un corcunda

* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .

** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).

Dífonos

Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.

Fontes de pesquisa:

http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php

SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.

Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Questões

1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um dígrafo, EXCETO em (A) prazo. (B) cantor. (C) trabalho. (D) professor. 1-)

(A) prazo – “pr” é encontro consonantal (B) cantor – “an” é dígrafo

(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo (D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí-grafo

RESPOSTA: “A”.

2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to-das as palavras da sequência.

(A) Externo – precisa – som – usuário. (B) Gente – segurança – adjunto – Japão. (C) Chefe – caixas – deixo – exatamente. (D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.

2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado pela letra destacada:

(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/ (B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ (C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente /z/

(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/ RESPOSTA: “D”.

3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos duas letras representando um único fonema. Esse fenôme-no também está presente em:

A) cartola. B) problema. C) guaraná. D) água. E) nascimento.

3-) Duas letras representando um único fonema = dí-grafo

A) cartola = não há dígrafo B) problema = não há dígrafo

C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) E) nascimento = dígrafo: sc

RESPOSTA: “E”.

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por três elementos significativos:

In = elemento indicador de negação

Explic – elemento que contém o significado básico da palavra

Ável = elemento indicador de possibilidade

Estes elementos formadores da palavra recebem o nome de morfemas. Através da união das informações contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar claro”.

MORFEMAS = são as menores unidades significativas que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.

Classificação dos morfemas:

Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-tador de significado. É através do radical que podemos for-mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez. O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um mesmo radical denomina-se família de palavras.

Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-xo), prever (prefi(sufi-xo), infiel.

Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos concluir que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-nências nominais e desidesi-nências verbais.

• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/ menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/ garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

(9)

LEGISLAÇÃO

1. LEI 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 – REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES

PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO, DAS AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS

FEDERAIS.

REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CI-VIS DA UNIÃO (LEI Nº 8.112/1990 E SUAS ALTERAÇÕES)

Das Disposições Preliminares Título I

Capítulo Único Das Disposições Preliminares

Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores

Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regi-me especial, e das fundações públicas federais.

Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa

legal-mente investida em cargo público.

Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e

res-ponsabilidades previstas na estrutura organizacional que

de-vem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e

vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em

caráter efetivo ou em comissão.

Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo

os casos previstos em lei.

Por regime jurídico dos servidores deve-se entender o con-junto de regras referentes a todos os aspectos da relação entre o servidor público e a Administração. Envolve tanto questões ineren-tes à ocupação do cargo quanto direitos e deveres, entre outras.

Aplica-se na esfera federal, tanto para a Administração direta quanto para a indireta.

A lei criará o cargo público, que poderá ser efetivo, caso em que o ingresso se dará mediante concurso, ou em comissão, quan-do por uma relação de confiança o superior puder nomear seus funcionários enquanto estiver ocupando aquela posição de chefia.

Todo serviço público será remunerado pelos cofres públicos. Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

Título II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição

Basicamente, provimento é a ocupação do cargo por uma pessoa, transformando-a em servidora públi-ca; enquanto vacância é o que se dá quando um cargo fica livre; remoção é o deslocamento do servidor; redis-tribuição é o deslocamento de um cargo para outro ór-gão; substituição é a mudança de uma pessoa que está ocupando cargo de chefia ou direção por outra.

Capítulo I Do Provimento

Segundo Hely Lopes Meirelles, provimento “é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a designação de seu titular”, podendo ser originá-rio ou inicial se o agente não possui vinculação anteoriginá-rior com a Administração Pública; ou derivado, que pressu-põe a existência de um vínculo com a Administração, o qual pode ser horizontal, sem ascensão na carreira, ou vertical, com ascensão na carreira.

Seção I Disposições Gerais

Art. 5o São requisitos básicos para investidura em

car-go público:

I - a nacionalidade brasileira;

Nacional é o que possui vínculo político-jurídico com um Estado, fazendo parte de seu povo na qualidade de ci-dadão.

II - o gozo dos direitos políticos;

Direitos políticos são os direitos garantidos ao cida-dão que envolvem sua participação direta ou indireta nas decisões políticas do Estado. No Brasil, se encontram nos artigos 14 e 15 da Constituição Federal.

III - a quitação com as obrigações militares e

eleito-rais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

Ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior, conforme a complexidade das funções do cargo.

V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental.

§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a

exigên-cia de outros requisitos estabelecidos em lei.

P. ex., 3 anos de atividade jurídica para cargos de mem-bros do Ministério Público ou da Magistratura.

§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é

assegu-rado o direito de se inscrever em concurso público para pro-vimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

Cotas para deficientes.

§ 3o As universidades e instituições de pesquisa

cientí-fica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo

com as normas e os procedimentos desta Lei.

Exceção ao inciso I do art. 5°.

Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á

(10)

LEGISLAÇÃO

Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com

a posse.

Por investidura entende-se a instalação formal em um cargo público, o que se dará quando a pessoa for empos-sada.

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação; II - promoção; III e IV - (Revogados) V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX - recondução. Detalhes adiante. Seção II Da Nomeação

Art. 9o A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo

isola-do de provimento efetivo ou de carreira;

II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em co-missão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles du-rante o período da interinidade.

O cargo em comissão é temporário e não depende de concurso público. Se o servidor for nomeado para outro cargo em comissão poderá exercer ambos de maneira in-terina (temporária), mas somente poderá receber remune-ração por um deles, o que optar.

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo

isolado de provimento efetivo depende de prévia

habilita-ção em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua vali-dade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante pro-moção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.

Seção III Do Concurso Público

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e

títu-los, podendo ser realizado em duas etapas, conforme

dispu-serem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do

valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio,

e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2

(dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por

igual período.

§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições

de sua realização serão fixados em edital, que será

publica-do no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.

§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver

candidato aprovado em concurso anterior com prazo de va-lidade não expirado.

No concurso de provas o candidato é avaliado ape-nas pelo seu desempenho ape-nas provas, ao passo que nos concursos de provas e títulos o seu currículo em toda sua atividade profissional também é considerado.

O edital delimita questões como valor da taxa de ins-crição, casos de isenção, número de vagas e prazo de va-lidade.

Seção IV Da Posse e do Exercício

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do

respecti-vo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deve-res, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo

ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício pre-vistos em lei.

§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados

da publicação do ato de provimento.

§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de

publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas «a», «b», «d», «e» e «f», IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. § 3o A posse poderá dar-se mediante procuração

es-pecífica.

§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de

car-go por nomeação.

§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará

decla-ração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, em-prego ou função pública.

§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se

a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo.

O termo de posse é dotado de conteúdo específico. É possível tomar posse mediante procuração específica. Não há posse nos cargos em comissão. A declaração de bens e valores visa permitir a verificação da situação financeira do servidor, de forma a perceber se ele enriqueceu despropor-cionalmente durante o exercício do cargo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia

inspeção médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribui-ções do cargo público ou da função de confiança.

(11)

LEGISLAÇÃO

§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado

em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será

torna-do sem efeito o ato de sua designação para função de

con-fiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.

§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade

para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.

§ 4o O início do exercício de função de confiança

coinci-dirá com a data de publicação do ato de designação, salvo

quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.

Nota-se que para as funções em confiança não há prazo de 15 dias da posse, até mesmo porque ela não existe nestas funções. Então, o prazo para exercício será o do dia da publi-cação do ato de designação.

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o

rei-nício do exercício serão registrados no assentamento

indivi-dual do servidor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apre-sentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de

exer-cício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. Na promoção não há nova posse. Então, o servidor não tem 15 dias para entrar em exercício, o fazendo no dia da publicação do ato.

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro mu-nicípio em razão de ter sido removido, redistribuído,

requi-sitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no

mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo neces-sário para o deslocamento para a nova sede.

§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença

ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo

será contado a partir do término do impedimento.

§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos

estabe-lecidos no caput.

Se o servidor estava em exercício em outro município e é convocado por publicação para retomar a posição supe-rior tem um prazo entre 10 e 30 dias, dos quais pode desistir, se quiser.

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de

quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.

§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de

confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser con-vocado sempre que houver interesse da Administração.

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de

trabalho estabelecida em leis especiais.

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio

probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses,

duran-te o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de ava-liação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

I - assiduidade; II - disciplina;

III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade;

V - responsabilidade.

§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do

es-tágio probatório, será submetida à homologação da autori-dade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da res-pectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo.

§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório

será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo an-teriormente ocupado, observado o disposto no

parágra-fo único do art. 29.

§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer

quaisquer cargos de provimento em comissão ou fun-ções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou

entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Espe-cial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.

§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente

pode-rão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos

nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afasta-mento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.

§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as

licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86

e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedi-mento.

Desde a Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a disci-plina do estágio probatório mudou, notadamente aumen-tando o prazo de 2 anos para 3 anos. Tendo em vista que a norma constitucional prevalece sobre a lei federal, mesmo que ela não tenha sido atualizada, deve-se seguir o dispos-to no artigo 41 da Constituição Federal:

Art. 41, CF. São estáveis após três anos de efetivo

exer-cício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

(12)

LEGISLAÇÃO

III - mediante procedimento de avaliação periódica de de-sempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do ser-vidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponi-bilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remune-ração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comis-são instituída para essa finalidade.

Seção V Da Estabilidade

Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e

empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá

estabi-lidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de

efe-tivo exercício.

ATENÇÃO: Vale o prazo de 3 anos, conforme Constitui-ção Federal (artigo 41 retrocitado).

Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em

vir-tude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja asse-gurada ampla defesa.

Seção VI Da Transferência

Art. 23. (Execução suspensa)

Seção VII Da Readaptação

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em

cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física

ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o

readap-tando será aposentado.

§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de

atribui-ções afins, respeitada a habilitação exigida, nível de

escola-ridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de ine-xistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Se o funcionário deixa de ter condições físicas ou psico-lógicas para ocupar seu cargo, deverá ser readaptado para cargo semelhante que não exija tais aptidões. Ex: funcionário trabalhava como atendente numa repartição, se movimen-tando o tempo todo e sofre um acidente, ficando paraplé-gico. Sua capacidade mental não ficou prejudicada, embora seja inconveniente ele ter que fazer tantos movimentos no exercício das funções. Por isso, pode ser reconduzido para outro cargo técnico na repartição que seja mais burocráti-co e exija menos movimentação física, burocráti-como o de assisten-te de um superior.

Seção VIII Da Reversão

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor

aposentado:

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar

in-subsistentes os motivos da aposentadoria; ou

II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão;

b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade;

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos

ante-riores à solicitação;

e) haja cargo vago.

§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo

resultante de sua transformação.

§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será

considerado para concessão da aposentadoria.

§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo,

o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a

ocorrência de vaga.

§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da

administração perceberá, em substituição aos proventos da

aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a

exer-cer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que

per-cebia anteriormente à aposentadoria.

§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os

proventos calculados com base nas regras atuais se permane-cer pelo menos cinco anos no cargo.

§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste

artigo.

Art. 26. (Revogado)

Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

Merece destaque a impossibilidade de cumulação da aposentadoria com a remuneração caso o servidor retorne às funções.

Seção IX Da Reintegração

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor está-vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por

decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de

todas as vantagens.

§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor

fi-cará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual

ocu-pante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à in-denização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

Se um servidor for injustamente demitido e a sua demis-são for invalidada, será reinvestido no cargo, sendo totalmen-te ressarcido (por exemplo, recebendo os salários do período em que foi afastado). Caso o cargo esteja extinto, será posto em disponibilidade; caso o cargo exista e alguém o estiver ocupando, este será retirado do cargo, devolvendo-o ao seu legítimo titular.

(13)

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Assistente em Administração

1. CONHECIMENTOS BÁSICOS EM ADMINISTRAÇÃO: CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DAS ORGANIZAÇÕES, NATUREZA,

FINALIDADE, EVOLUÇÃO, NÍVEIS E DEPARTAMENTALIZAÇÃO; FUNÇÕES

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO

E CONTROLE.

Uma organização é composta por diversos níveis, sendo que cada um deles possui aspectos, características e funções específicas, exigindo assim, que o administrador desenvolva diferentes habilidades.

Para compreender a habilidade ideal para cada situação a dividimos em três classes:

Como bem sabemos, existem vários modelos de organização, sendo que internamente, essas são divididas em setores, com diferentes níveis de influência.

Dentre esses níveis destacamos três:

Nível Estratégico (ou Nível Institucional) – Representado pelos gestores (normalmente esse posto é assumido por presidentes e alta direção da empresa), esse nível é responsável por elaborar as estratégias, faz o planejamento estratégico da organização, devendo seus representantes possuir principalmente habilidades conceituais.

Nível Tático (ou Nível Intermediário) – Este nível é desempenhado pelos Gerentes, sendo importante para a manu-tenção do controle, é um nível departamental, e seus integrantes necessitam em especial de habilidades humanas para motivar e liderar os integrantes do nível operacional.

Nível Operacional – Estes são os supervisores que necessitam de habilidades técnicas por trabalharem de forma mais ligada à produção.

É extremamente importante que a organização tenha seu nível hierárquico muito bem definido, possibilitando assim que cada um tenha ciência do que lhe compete faze dentro da organização.

Com base nos três níveis acima citados, veremos a seguir dois demonstrativos descritivos e relacionais desses níveis. CARACTERÍSTICAS NÍVEIS

ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL

Abrangência  InstituiçãoUnidade, Departamento  Setor, Equipe

Área  Presidência, Alto Comitê  Diretoria, GerênciaCoordenação, Líder Técnico Perfil  Visão, LiderançaExperiência, EficáciaTécnica, Iniciativa

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Assistente em Administração

Foco  DestinoCaminhoPassos

Diretrizes  Visão, Objetivo  Planos de ação,

pro-jetos  Processos, atividades Conteúdo  Abrangente, Genérico  Amplo, mas sintético  Específico, Analítico Ações  orientar Determinar, Definir,  Projetar, Gerenciar  Executar, manter,

Contro-lar, analisar

Software  Painel de ControlePlanilhaAplicações específicas

Fonte: Marcio D’Ávila

Fatores como a crescente competitividade entre as organizações provocam significativas mudanças no mercado, o que faz com que as competências gerenciais se tornem grandes diferenciais, através da integração e orientação de esforços, principalmente no que ser refere à gestão de pessoas, visando desenvolver e sustentar competências consideradas funda-mentais aos objetivos organizacionais.

As empresas buscam ideias de mudanças comportamentais, atitudes, valores e crenças que façam a diferença na pos-tura dos profissionais.

Competências gerenciais: “Um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que algumas pessoas, grupos ou orga-nizações dominam melhor do que outras, o que as faz se destacar em determinado contexto”.

Claude Lévy-Leboyer

Destacamos as principais habilidades gerenciais:

Planejamento e Organização: O Gerente deverá possuir a capacidade de planejar e organizar suas próprias

ativi-dades e as do seu grupo, estabelecendo metas mensuráveis e cumprindo-as com eficácia.

 Julgamento: O Gerente deverá ter a capacidade de chegar a conclusões lógicas com base nas evidências disponíveis.

 Comunicação Oral: Um Gerente deve saber se expressar verbalmente com bons resultados em situações indivi-duais e grupais, apresentando suas ideias e fatos de forma clara e convincente.

Comunicação Escrita: É a capacidade gerencial de saber expressar suas ideias clara e objetivamente por escrito.  Persuasão: O Gerente deve possuir a capacidade de organizar e apresentar suas ideias de modo a induzir seus ouvintes a aceitá-las.

 Percepção Auditiva: O Gerente deve ser capaz de captar informações relevantes, a partir das comunicações orais de seus colaboradores e superiores.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Assistente em Administração

Motivação: Importância do trabalho na satisfação

pes-soal e desejo de realização no trabalho.

Impacto: É a capacidade de o Gerente criar boa

im-pressão, captar atenção e respeito, adquirir confiança e conseguir reconhecimento pessoal.

Energia: É a capacidade gerencial de atingir um alto

nível de atividade (Garra).

Liderança: É a capacidade do Gerente em levar o

gru-po a aceitar ideias e a trabalhar atingindo um objetivo específico.

Para alguns autores, podemos resumir as habilidades ne-cessárias para o desenvolvimento eficiente e eficaz na ad-ministração no CHA:

1. Conhecimento – Estar a par das informações necessá-rias para poder desempenhar com eficácia as suas funções.

2. Habilidade – Estas podem ser divididas em:  Técnicas (Funções especializadas)

Administrativas (compreender os objetivos organiza-cionais)

Conceituais (compreender a totalidade)

Humanas (Relações Humanas), Políticas (Negociação). 3. Atitude e Comportamento – Sair do imaginário e colocar em prática, fazer acontecer. Maneira de agir, ponto de referência para a compreensão da realidade.

Dentro de uma organização formal, que apresenta uma estrutura hierárquica com regras e padrões bem definidos e estabelecidos, ou seja, sua estrutura é deliberadamente planejada, e tem alguns de seus aspectos formalmente re-presentados nos organogramas, facilitando assim a auto-nomia interna, agilizando o processo de desenvolvimento de produtos e serviços.

Características que mais sobressaem em uma ORGA-NIZAÇÃO FORMAL

Fluxo de autoridade descendente  Mais estável

Sujeita ao controle da direção

Representada formalmente pelo organogramaPlanejada

“Oficial”

As organizações fazem uso do organograma que me-lhor representa a realidade da empresa, vale lembrar que o modelo piramidal ficou obsoleto, hoje o que vale é a contribuição, são muitas pessoas empenhadas no desen-volvimento da empresa, todos contribuem com ideias na tomada de decisão.

Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância, nas organizações as infor-mações são importantes, mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber apli-car em momentos oportunos.

Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há que se definir qual informação e como ela vai ser man-tida no sistema, deve haver um estudo no organograma

da empresa verificando assim quais os dados e quais os campos vão ser necessários para essa implantação. Cada empresa tem suas características e suas necessidades, e o sistema de informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.

Para que todos esses conceitos e objetivos sejam desenvolvidos de fato, precisamos nos ater à questão dos níveis de hierarquia e às competências gerenciais, ao que isso representa na teoria, na prática e no com-portamento individual de cada profissional envolvido na administração.

Estruturas Organizacionais De acordo com Chiavenato:

a estrutura garante a totalidade de um sistema e per-mite sua integridade.

Assim são as organizações: diversos órgãos agrupados hierarquicamente, onde os sistemas de responsabilidade, sistemas de autoridade e os sistemas de comunicações são componentes estruturais.

Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância, nas organizações as infor-mações são importantes, mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber aplicar em momentos oportunos.

Para o desenvolvimento de sistemas de informação, há que se definir qual informação e como ela vai ser man-tida no sistema, deve haver um estudo no organograma da empresa verificando assim quais os dados e quais os campos vão ser necessários para essa implantação. Cada empresa tem suas características e suas necessidades, e o sistema de informação se adéqua a organização e aos seus propósitos.

Para as organizações as pessoas tem um importância diferenciada, pois seu comportamento afeta diretamente na imagem, no sucesso ou insucesso dessa organização, o comportamento dos colaboradores refletem seu desem-penho.

No processo de centralização a tomada de decisões é unilateral, deixando os colaboradores travados, sem po-der de opinião. Já no processo de descentralização existe maior estimulo por parte dos funcionários, podendo opi-nar eles se sentem parte ativa da empresa.

Benefícios de uma estrutura adequada.  Identificação das tarefas necessárias;

Organização das funções e responsabilidades; Informações, recursos, e feedback aos empregados; Medidas de desempenho compatíveis com os ob-jetivos;

 Condições motivadoras.

Toda empresa possui dois tipos de estrutura: Formal e informal.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Assistente em Administração

Elaboração da estrutura organizacionalNão é estática.

É representada graficamente pelo organograma.  É dinâmica.

Deve ser delineada de forma a alcançar os objetivos institucionais. (Delinear = Criar, aprimorar).

Deve ser planejada.

O Planejamento deve estar voltado para os seguintes objetivos:

Identificar as tarefas físicas e mentais que precisam ser desempenhadas.

Agrupar as tarefas em funções que possam ser bem desempenhadas e atribuir sua responsabilidade a pessoas ou grupos.

 Proporcionar aos empregados de todos os níveis:  Informação.

Recursos para o trabalho

Medidas de desempenho compatíveis com objetivos e metasMotivação

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REDAÇÃO

REDAÇÃO

Dissertação e o texto dissertativo-argumentativo I - Definição

Existem algumas diferenças entre a dissertação e o texto dissertativo-argumentativo. É importante estar-mos atentos ao que diferencia um tipo ou gênero tex-tual de outros, pois essas diferenças são determinantes para que os textos cumpram com seus objetivos ao circularem na sociedade. Isso porque há textos que circulam nos mesmos suportes, como um jornal, mas que estão ali para cumprir distintos objetivos: informar, convencer, vender, parabenizar, entreter etc.

Há textos que cumprem outros objetivos além da dis-sertação/argumentação, como os tipos Narrativo, Descri-tivo, Expositivo e InjunDescri-tivo, os quais representam a base estrutural dos gêneros discursivos como contos, fábulas, cartas, artigos, charges, atas, relatórios, receitas etc.

Vejamos, então, o que diferencia a disserta-ção do texto dissertativo-argumentativo.

Dissertação

Podemos dizer que a dissertação é um tipo de texto. Ela é a base estrutural de vários gêneros discursivos que têm, entre outras finalidades, refletir e informar alguém a respeito de um assunto.

A dissertação é redigida em prosa, ou seja, estrutura-da por períodos e parágrafos(diferentemente de um poema ou de uma música, por exemplo, os quais são estruturados em versos e estrofes). A estrutura da dissertação deve apresentar, no mínimo, três parágrafos: introdução, de-senvolvimento e conclusão.

O objetivo da dissertação é informar o leitor a respeito de um assunto, expor dados, pesquisas e a opi-nião de profissionais que possam esclarecer os leitores sobre o tema na sociedade. O autor da dissertação tem condições de analisar o eixo temático, expondo pontos positivos e negativos a respeito do assunto para que, assim, o leitor informe-se e posicione-se individualmen-te. Isso significa que não há opinião pessoal do autor na Dissertação, mas, sim, elementos que possam contribuir para que o leitor reflita criticamente e formule seus pontos de vista.

Leia o excerto de uma dissertação: Efeito estufa (Eduardo de Freitas)

O efeito estufa tem como finalidade impedir que a Terra esfrie demais, pois se a Terra tivesse a temperatura muito baixa, certamente não teríamos tantas variedades de vida. Contudo, recentemente, estudos realizados por pesquisado-res e cientistas, principalmente no século XX, têm indicado que as ações antrópicas (ações do homem) têm agravado esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especialmente o CO2.

O dióxido de carbono (CO2) é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis usados em veículos automo-tores movidos a gasolina e óleo diesel. Esse não é o único agente que contribui para emissão de gases, existem outros como as queimadas em florestas, pastagens e lavouras após a colheita.

Com o intenso crescimento da emissão de gases e tam-bém de poeira, a temperatura do ar tem um aumento de aproximadamente 2ºC em médio prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de gases, esse fenômeno ocasionará uma infinidade de modificações no espaço natural e, auto-maticamente, na vida do homem.

Vejamos, em seguida, as características do texto dissertativo-argumentativo:

Texto dissertativo-argumentativo

O texto dissertativo-argumentativo possui todas as características da dissertação no que se refere à base estrutural e alguns objetivos. Entretanto, no texto dissertativo-argumentativo, o autor deve sele-cionar informações, fatos, opiniões e argumentos em defe-sa de uma tese central em torno do tema.

A tese é a opinião geral do autor a respeito do tema. Geralmente, ela é construída a partir de relações de cau-sas e consequências que envolvem o tema. Ao longo do texto, o autor expõe as informações e seus pontos de vista (negativos ou positivos) com o objetivo de sustentar a sua tese inicial e persuadir o leitor.

Tanto a tese quanto os pontos de vista do autor a respeito das informações inseridas no texto devem ser claros e objetivos. Para que o autor tenha condições de convencer o leitor a acatar o seu ponto de vista, ele deve selecionar, organizar e relacionar argumentos consistentes, ou seja, aqueles que podem ser comprova-dos a partir de informações verídicas: pesquisas, reporta-gens e mobilização de outras vozes de autoridade no texto para concordar ou refutar suas ideias, como pesquisadores, filósofos, estudiosos, sociólogos, profissionais da área etc.

Leia um texto dissertativo-argumentativo: Desordem e progresso

É condenável a atitude que grande parte da socieda-de socieda-desempenha no que diz respeito à preservação do meio ambiente. Apesar dos inúmeros desastres ecológicos que ocorrem com demasiada frequência, a população continua “cega” e o pior é que essa cegueira é por opção.

Não sou especialista no assunto, mas não é preciso que o seja para perceber que o Planeta não anda bem. Tsuna-mis, terremotos, derretimento de geleiras, entre outros fenô-menos, assustam a população terrestre, principalmente nos países desenvolvidos – maiores poluidores do Planeta – seria isso mera coincidência? Ou talvez a mais clara resposta da natureza contra o descaso com o futuro da Terra? Acredito na segunda opção.

Enquanto o homem imbuído de ganância se empenha numa busca frenética pelo progresso, o tempo passa e a si-tuação adquire proporções alarmantes. Onde está o tal

(18)

de-REDAÇÃO

senvolvimento sustentável que é – ou era – primordial? Sabemos que o progresso é inevitável e indispensável para que uma sociedade se desenvolva e atinja o estágio clímax de suas potencialidades, mas vale a pena conquistar esse progresso às custas da destruição da fauna, da flora, da qualidade de vida que a natureza nos proporciona? Não podemos continuar cegos diante dessa realidade. Somos seres racionais em pleno exercício de nossas faculdades, não temos o direito de nos destruirmos em troca de cédulas com valores monetários que ironicamente estampam espécies animais em seus versos. Progresso e natureza podem, sim, coexistir, mas, para isso, é preciso que nós – população terrestre – nos conscientizemos de nossa responsabilidade sobre o lugar que habitamos e ponhamos em prática o que na teoria parece funcionar.

(http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/dissertacao-texto-dissertativo-argumentativo.htm) II. Entendendo melhor a estrutura

Antes de escrever, o candidato deve tentar compreender o tema proposto.

Faça perguntas relacionadas ao assunto. O enunciado indica que o candidato deve usar os “conhecimentos

construídos ao longo de sua formação”: o que foi aprendido na escola e fora dela! Pergunte-se: “O que eu sei sobre isso?”, “O que eu já li ou ouvi a respeito?”, “Qual é a minha opinião?”.

Pense no problema relacionado a esse tema. Identifique a causa, as consequências e as possíveis soluções (a

tal proposta de intervenção). A redação do estudante, no entanto, não pode se limitar a expor apenas esses dados. Podemos pensar: O que é a Lei Seca? Quais as causas de sua elaboração? Qual foi o impacto social de sua imple-mentação? O que acontece se o motorista for pego alcoolizado em uma blitz? Haveria outras soluções para reduzir o índice de acidentes no trânsito?

Uma das dificuldades dos estudantes é organizar o texto de modo a apresentar a argumentação com eficácia no limite estipulado pelo Exame – 30 linhas. Tradicionalmente, costuma-se dividir o texto dissertativo em três grandes blocos, um modelo que não deve ser compreendido como “uma receita de bolo”, mas, sim, como “um mero recurso didático que visa a nortear o redator sobre a estrutura básica do texto” (LEITÃO, 2011, p. 20)

http://conversadeportugues.com.br/2015/02/como-organizar-o-texto-dissertativo-argumentativo/ A Introdução da Redação

Não é sem razão que este parágrafo é chamado de introdução. É nessa parte do texto que você vai expor (apresentar) as principais questões a serem abordadas no restante do texto. No primeiro parágrafo, o leitor terá uma dimensão geral do assunto e vai entender as razões pelas quais a discussão do problema é relevante.

E nessa hora que você deve envolver o leitor e ser criativo o bastante para instigá-lo a continuar a leitura. Uma boa forma de fazer isso é relacionar o tema a aspectos pessoais e/ou sociais. Mostre como essa questão pode afetar a vida do leitor ou como ele está relacionado a ela.

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REDAÇÃO

Uma boa maneira de treinar a introdução dos seus

tex-tos é ler, pelo menos uma vez por semana, artigos de jornais e revistas. Analise como autor utiliza as características desse gênero textual para chamar a atenção do leitor e instigar a curiosidade para o conteúdo que vem a seguir.

Veja um exemplo de Introdução:

“No último ano, o Brasil foi palco de inúmeros protestos populares. O País vinha enfrentando uma série de problemas políticos, econômicos e sociais que culminaram com o au-mento das passagens de ônibus em diversas capitais. Embora tenham sido alvo de críticas no início, os manifestantes conti-nuaram nas ruas e fizeram com o que o mês de junho de 2013 se tornasse um marco histórico”.

Alerta vermelho: O que você não deve fazer na In-trodução

O principal cuidado que você deve ter ao escrever a in-trodução do seu texto é não misturar os assuntos. A plurali-dade de ideias deixa o texto poluído e o leitor confuso. E ain-da: não mencione nenhum fato na introdução que não será explorado ao longo do texto. Foque na sua tese principal.

É recomendável evitar períodos longos no primeiro parágrafo. O espaço para produzir orações mais longas é o desenvolvimento. E mesmo assim, esse recurso deve ser usado com bastante critério.

Veja agora o Desenvolvimento da Redação

Essa parte da sua redação pode ser resumida em uma única palavra: argumentação. É aqui que as informações mais polêmicas devem aparecer. Nesse espaço, você tam-bém pode dar voz a visões opostas sobre o assunto.

Tudo o que foi levantado na introdução deve ser discu-tido aqui. Meu conselho é que você reserve ao menos dois parágrafos para que todos os dados e referências fiquem claras para o leitor. Desenvolva uma ideia diferente para cada parágrafo.

Veja um exemplo de um parágrafo de desenvolvimento. O trecho abaixo é uma continuação da introdução apresen-tada no item anterior.

“A violência e a depredação do patrimônio público eram as principais críticas em relação aos manifestantes. Diversas agências bancárias e bens públicos foram depredados, o que, para muitas pessoas, legitimou as ações repressivas da polícia. Mas a postura dos policiais foi amplamente condenada na mídia internacional e pelos setores considerados de esquerda. A partir daí, o número de manifestantes cresceu ainda mais. Dentre as inúmeras reivindicações estava o próprio direito à manifestação. As marchas deram propulsão a uma série de protestos nacionais que reverberam até os dias de hoje”.

Alerta vermelho: O que não fazer no desenvolvi-mento

Como os parágrafos de desenvolvimento são mais lon-gos, se você não estiver atento, corre o risco de repetir in-formações – o que acarreta na perda de pontos. O mesmo erro pode ocorrer na ânsia em convencer o leitor sobre os seus argumentos.

Outro cuidado importante é em relação aos exem-plos. Eles devem ser bastante representativos para situar o leitor e estabelecer a comunicação. Imagine que seus exemplos são uma espécie de pontos luminosos do seu texto. Eles devem ser claros o bastante para dar ainda mais legitimidade aos seus argumentos.

Agora, chegou a vez da Conclusão da Redação Se a palavra-chave do desenvolvimento é argumen-tação, no último parágrafo o termo que você deve ter em mente é solução. Você levantou uma determinada ques-tão ao longo do texto, certo? Agora é a hora de apresen-tar as possíveis saídas para o problema.

Nos parágrafos utilizados como exemplo de introdu-ção e desenvolvimento, optou-se por abordar a proble-mática das manifestações. Agora, acompanhe uma possí-vel conclusão para o que foi apresentado anteriormente:

“Ao que tudo indica, os brasileiros vão seguir com as manifestações até que suas exigências sejam atendidas. Trata-se de um momento político delicado. A melhor forma de o governo lidar com essa situação é através do diálogo. As revoltas que surgiram em função da repressão sofrida pelos manifestantes mostram que a diplomacia é sempre a melhor forma de estabelecer uma conversa coerente e que gere resultado. Ao mesmo tempo, é imprescindível prestar contas e apontar melhorias para a situação atual”.

(https://blogdoenem.com.br/redacao-enem-estrutu-ra-texto/)

III - Aspectos importantes da Dissertação argu-mentativa

Muitos candidatos temem a prova discursiva e con-sideram a dissertação argumentativa um bicho de sete cabeças, aqui estão alguns aspectos para tentar ajudar a entender como deve ser escrito esse tipo de dissertação:

1. Em relação à estrutura, o texto dissertativo-argu-mentativo possui uma estrutura própria, sendo dividido em:

TEMA POSICIONAMENTO

ARGUMENTAÇÃO CONCLUSÃO

2. Essa estrutura DEVE e PRECISA ser obedecida, sem inverter a ordem, sendo assim:

o TEMA e o POSICIONAMENTO devem aparecer

já no primeiro parágrafo;

a ARGUMENTAÇÃO, que faz parte do

desenvol-vimento do texto, deve estar nos próximos parágrafos, que podem ser 2 ou 3, sendo um parágrafo para cada argumento;

a CONCLUSÃO, por fim, faz parte do último

pa-rágrafo.

3. TEMA: é o assunto sobre o qual o aluno irá disser-tar, deve ser citado de forma resumida, para situar o avalia-dor a respeito do que será abordado no texto;

Referências

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