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ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( x ) Ensino de Matemática ( ) Matemática ( ) Probabilidade e Estatística

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Academic year: 2021

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ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

( x ) Ensino de Matemática

( ) Matemática

( ) Probabilidade e Estatística

Resolução de problemas não convencionais utilizando o painel de soluções

Simone Aparecida Simões 1 Escola Municipal Dr. Leopoldo Pinto Rosas

simoneaparecidasimoes@yahoo.com.br Márcio José Simões 2 Colégio Estadual Meneleu de Almeida Torres

marcio.simoes@escola.pr.gov.br

Resumo: Partindo da análise sobre a proposição de ensinar matemática aos educandos, a presente

pesquisa tem por desígnio a resolução de problemas não convencionais utilizando o painel de soluções como ferramenta metodologia de ensino, considerando que envolta a essa questão central, uma segunda intenção se faz pertinente ao processo de ensino aprendizagem dos alunos, que é a compreensão textual a qual a problematização está envolta. Muito, ainda se tem a percorrer, como forma de aprofundamento e aperfeiçoamento das problematizações. Contudo, os resultados iniciais, seja no ensino fundamental como no média, apontam alguns progressos por parte dos alunos, na resolução de problemas tanto nas estratégias utilizadas como na argumentação do caminho percorrido, e com isso um repertório de soluções vai se construindo, possibilitando aos alunos um horizonte mais amplo de conjecturas para uma mesma situação proposta.

Palavras-chave: Situação problema, Compreensão textual, Estratégias de ensino. Aquisição do saber.

Introdução

Considerando que viver se encontra dentro de uma atmosfera de resolver problemas, e que a solução está no olhar como a processamos, o tema escolhido tem por objetivo principal a resolução de problemas não convencionais utilizando o painel de soluções, de maneira que esse aprendizado tenha cunho significativo. Abordagem essa, que pode ser aplicada desde as séries iniciais, e que ao longo de cada etapa da educação básica vá se aprofundando como forma de potencializar a aprendizagem não somente na área da matemática, mas em qualquer campo do saber.

Esse enfoque justifica-se pela necessidade emergente de proporcionar a todos os indivíduos um ambiente escolar prazeroso, bem como dentro de uma segunda intenção, que é o de contribuir para a compreensão textual do assunto proposto, pois a maneira como os alunos agem

1 Coordenadora Pedagógica - séries iniciais da Secretaria Municipal de Educação (SME) 2 Professor das séries finais e ensino médio da Secretaria Estadual de Educação (SEED)

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diante da problematização das situações propostas, se remete primeiramente na resolução do algoritmo com utilização das quatro operações, o que faz com que a interpretação, o raciocínio, a lógica e os processos mentais se percam.

Dessa forma temos os seguintes questionamentos como problema de pesquisa: Que contribuições, uma proposta de ensino baseada na resolução de problemas, por meio do painel de soluções pode trazer para a aprendizagem matemática? E para a compreensão leitora?

Esses dois questionamentos são muito importantes e servirão como fio condutor para se potencializar o ensino matemático e as demais áreas do conhecimento, tanto no ensino fundamental como no médio.

Referencial teórico

“Como transformar o trabalho com a Matemática em um momento de descobertas” (...)? (PASSOS, 2015, p.17).

Tal pergunta inquieta muitas das nossas práticas pedagógicas, levando a priori a necessidade de uma educação de qualidade baseada no processo de alfabetizar letrando.

Conforme descrito na Base Nacional Comum Curricular (2018, p. 26), “O Ensino Fundamental deve ter compromisso com o desenvolvimento do letramento matemático, definido como as competências e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. É também o letramento matemático que assegura aos alunos reconhecer que os conhecimentos matemáticos são fundamentais para a compreensão e a atuação no mundo e perceber o caráter de jogo intelectual da matemática, como aspecto que favorece o desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico, estimula a investigação e pode ser prazeroso (fruição)”.

Dentro desse enfoque, dificuldades, estratégias, desafios, soluções, respostas, operações, raciocínio, interpretação, perguntas e dúvidas, são apenas algumas questões que vêm à nossa cabeça quando nos deparamos com as situações problemas.

Isso ocorre, pois, problema é toda situação que exige uma resposta e a mobilização de conhecimentos diversos da pessoa que enfrenta essa situação na busca de uma forma de resolução, independentemente se esse problema é de uma área específica da escola ou fora dela. (SMOLE e DINIZ, 2017).

Os problemas são os textos mais frequentes nas aulas de Matemática, e sua função pode ser a de apenas aplicação de um conceito ou técnica, mas podem atingir objetivos mais complexos e desenvolver formas de pensar valiosas na formação dos estudantes. (SMOLE e DINIZ, 2001)

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Por isso que de partida, o aluno deve estar ciente, que a resolução de problemas, sejam convencionais ou não convencionais, requer uma compreensão dos dados fornecidos com intuito de se construir uma linha de raciocínio amparado de estratégias que comungam para a resolução da situação proposta.

Esse processo exige dos educandos habilidades que juntas compõem o que chamamos de competência de resolver problemas. E dentro dessas habilidades está a de reconhecer o enunciado, se mobilizar para resolvê-lo, e ao término avaliar se a resposta obtida está de fato com o que a situação inicial solicitou, e verificar se há ou não outra solução que pode ou não ser melhor ou mais simples.

Buscando melhorar o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem na área da matemática, Danyluk comenta que “Ser alfabetizado em matemática, é entender o que se lê e escrever o que se entende a respeito das primeiras noções de aritmética, geometria e lógica” (1988, p.58).

Sob esse enfoque, e considerando que a resolução de problemas é de uma variedade infinitamente grande, a qual se faz presente no dia-a-dia das pessoas, é primordial a clareza do docente no tocante aos objetivos a serem atingidos.

Polya (1997, p.03) ressalta que: “Ninguém pode ensinar o que não aprendeu”, e que “Nenhum professor pode comunicar a experiência da descoberta, se ele próprio não a adquiriu”. Nessa perspectiva, o educador deve estar sempre numa busca contínua de formação, de aquisição de conhecimento e de reflexão de sua prática pedagógica, para que junto aos discentes consigam estar na mesma frequência/sintonia de construção do processo de ensino aprendizagem.

Resultados e discussões

De maneira geral, os resultados tanto no ensino fundamental como no ensino médio, no decorrer do ano letivo de dois mil e dezoito, apontam progressos na resolução de problemas por meio da utilização do painel de soluções. Esses avanços, tem contribuído para que os alunos percebam suas potencialidades, e que a cada desafio se sintam determinados a resolvê-los sem medo de “errar”. Essa motivação tem contribuído, também, para a autonomia, oralidade, compreensão do contexto, dos conceitos matemáticos, e principalmente a capacidade de argumentação.

Conclusão

No decorrer da história, a resolução de problemas, por ser própria da natureza humana, tem sido considerada, no ensino da matemática, como um procedimento para contribuir na forma de pensar dos educandos, potencializar seu raciocínio lógico-matemático e desenvolver sua criatividade.

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Também instiga sua iniciativa e autonomia, levando o estudante a perceber que a matemática pode ajudá-lo na solução de diversos problemas que surgem em sua vida cotidiana (D’AMBROSIO, 2008).

Nessa perspectiva, tem-se discutido no cenário educacional sobre a importância das diferentes abordagens sobre resolução de problemas e o papel que cumprem para o processo de aquisição do saber na área da matemática. Dante afirma que:

Ensinar a resolver problemas é uma tarefa mais difícil do que ensinar conceitos, habilidades e algoritmos matemáticos. Não é um mecanismo direto de ensino, mas uma variedade de processos de pensamento que precisam ser cuidadosamente desenvolvidos pelo aluno com o apoio e incentivo do professor. (1991, p.30)

Por isso que, visando o auxílio na convivência com esse mundo de interpretações, o ensino da matemática com enfoque na resolução de problemas tende a favorecer meios eficazes de resolução de maneira segura, interpretativa e argumentativa, permitindo assim a construção de um ensino significativo e duradouro.

A utilização de desafios e problemas interessantes que possam ser explorados e não apenas resolvidos, se configuram como método eficaz para desenvolver o pensamento e motivar os docentes para o estudo no campo da matemática (LUPINACCI e BOTIN, 2004). E essa prática pedagógica deve prever a formação contínua levando em conta os quatro pilares da educação.

Cabe ressaltar que até o presente momento, os resultados obtidos evidenciam que a resolução de problemas em qualquer etapa de ensino da educação básica é uma estratégia de ensino que possibilita aos educandos a oportunidade de aquisição do saber de forma significativa e contextualizada, a qual deve ao longo do processo escolar ser o carro chefe do ensino de matemática, pois conforme Jacobson, Lester e Strengel (1997, p.177), uma das maneiras mais eficientes de melhorar em resolução de problemas é por meio de experiências diretas, ativas e contínuas com uma grande variedade de problemas.

Referências

Base Nacional Comum Curricular – Educação é a base. Disponível no site

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em 27 de setembro de 2018.

Brasil. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Alfabetização matemática na perspectiva do letramento. Caderno 07/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2015.

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D’AMBROSIO, B. S. A Evolução da Resolução de Problemas no Currículo Matemático. In: I

Seminário de Resolução de Problemas. Rio Claro: Unesp. 2008.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. 3. ed. São Paulo: Ática, 1991. JACOBSON, M; LESTER, F e STENGEL, A. Tornando a resolução de problemas mais animada nas séries intermediárias. In: KRULIK, S e REYS, R. E. A resolução de problemas na matemática

escolar. (trad) Hygino H. Domingues e Olga Corbo. 5ª reimpr. São Paulo: Atual, 1997.

LUPINACCI, M. L. V. e BOTIN, M. L. M. Resolução de problemas no ensino de matemática. Anais do VIII Encontro Nacional de Educação Matemática, Recife, p. 1–5. In: MAFFI, C. Resolução de

problemas como método de ensino: Implicações Na Aprendizagem De Matemática, Porto Alegre,

2014 (online). Disponível no site

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/graduacao/article/view/20731/12995. Acesso em 25 de setembro de 2018.

PASSOS, C. L. B. Investigações/explorações matemáticas no ciclo de alfabetização. In: Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Alfabetização matemática na perspectiva do

letramento. Caderno 07/Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à

Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2015.

PÓLYA, G. Sobre a resolução de problemas de matemática na high school. In: KRULIK, S e REYS, R. E. A resolução de problemas na matemática escolar. (trad) Hygino H. Domingues e Olga Corbo. 5ª reimpr. São Paulo: Atual, 1997.

SMOLE, K. C. S. e DINIZ, M. I. (org). Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

Referências

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