GRUPO ENERGIA, RELATÓRIO IV, ANO I CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
NÚCLEO
INFRAESTRUTURA
E ENERGIA
05 DE ABRIL DE 2018 Local: Rio de JaneiroPalestrantes: Patrick Pouyanné, David Zylbersztajn, Izabella Teixeira e Clarissa Lins
GRUPO ENERGIA - EVENTO CEBRI E TOTAL
Transição energética e desafios
relacionados ao clima
EQUIPE Diretora Executiva: Julia Dias Leite | Gerente Geral: Luciana Gama Muniz | Superintendente de Projetos: Renata Dalaqua | Coordenadora Administrativa: Fernanda Sancier | Coordenadora de Comunicação e Eventos: Giselle Galdi | Coordenadora de
Relações Institucionais: Barbara Brant | Assistentes: Carlos Arthur Ortenblad Júnior; Gabriel Torres; Teresa Rossi | Estagiários: Danielle Batista; Evandro Osuna; Luiz Gustavo Carlos; Mônica Pereira; Nathália Miranda Diniz Neves; Thais Barbosa |
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CONSELHO CURADOR Aldo Rebelo; André Clark; Anna Jaguaribe; Armando Mariante; Arminio Fraga; Carlos Mariani Bittencourt; Celso Lafer; Cláudio Frischtak; Daniel Klabin; Demétrio Magnoli; Gelson Fonseca Jr.; Henrique Rzezinski; Joaquim Falcão; Jorge Marques de Toledo Camargo; José Alfredo Graça Lima; José Botafogo Gonçalves; José Luiz Alquéres; José Pio Borges; José Roberto de Castro Neves; Alquéres; Luiz Augusto de Castro Neves; Luiz Felipe Seixas Corrêa; Luiz Fernando Furlan; Luiz Ildefonso Simões Lopes; Marcelo de Paiva Abreu; Marcos Azambuja; Maria do Carmo (Kati) de Almeida Braga; Pedro Malan; Renato Galvão Flôres Jr.; Roberto Abdenur; Roberto Giannetti da Fonseca; Rafael Benke; Roberto Teixeira da Costa; Ronaldo Sardenberg; Ronaldo Veirano; Rubens Ricupero; Sérgio Quintella; Sérgio Amaral; Tomas Zinner; Vitor Hallack; Winston Fritsch
Sobre o CEBRI
Independente, apartidário e multidisciplinar, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) é uma instituição sem fins lucrativos, que atua para influenciar positivamente a construção da agenda internacional do país. Fundado há quase 20 anos por um grupo de empresários, diplomatas e aca-dêmicos, o CEBRI tem ampla capacidade de articulação, engajando em seu plano de trabalho os setores público e privado, a academia e a sociedade civil. Além disso, conta com um Conselho Curador atuante e formado por figuras proeminentes e com uma rede de mantenedores, constituída por instituições de múltiplos segmentos.
CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Transição energética e desafios
relacionados ao clima
GRUPO ENERGIA, RELATÓRIO IV, ANO I
05 DE ABRIL 2018
Local: Rio de Janeiro
Palestrantes: Patrick Pouyanné, David Zylbersztajn, Izabella Teixeira e Clarissa Lins
EVENTO CEBRI E TOTAL
NÚCLEO
INFRAESTRUTURA
E ENERGIA
Esse relatório foi escrito a partir das discussões do evento do Grupo Energia do CEBRI e Total em 05 de abril de 2018.
As autoras são Clarissa Lins e Bruna Mascotte, sócias da Catavento Consultoria.
O objetivo do Grupo Energia é fomentar o debate no tocante a questões relacionadas ao tema de energia que (i) tenham potencial de alavancar a inserção da indústria brasileira nas cadeias globais; (ii) estejam alinhadas com as tendências energéticas globais (inovações tecnológicas, regulação, geopolítica, gestão etc.); e (iii) tenham potencial de influenciar a elaboração de políticas públicas na criação de um ambiente de investimentos competitivo e atrativo.
Deste modo, o Grupo visa promover reflexão estruturada sobre os temas selecionados, com a participação de especialistas, do setor privado, do governo e de outros think
tanks, contribuindo para a formulação
de políticas públicas e estratégias empresariais. Cada encontro conta com uma breve avaliação do histórico recente e da situação atual do tema em pauta por parte de um ou mais convidados, seguida de debate entre os participantes. O conjunto de avaliações compõe um relatório final de cada encontro, que é encaminhado a todos. A curadoria das atividades é realizada por Clarissa Lins.
Jorge Camargo
CONSELHEIRO
Clarissa Lins
Conselheiro do CEBRI e Conselheiro-Sênior da McKinsey & Company. Foi Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e da Statoil Brasil. Ocupou posições executivas na Petrobras, inclusive a de Presidente da Braspetro e Diretor da Área Internacional. É Conselheiro do Grupo Ultrapar e da Prumo Logística Global.
Clarissa é sócia fundadora da Catavento, consultoria especializada em estratégia e sustentabilidade. É diretora executiva do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP e membro do Comitê de Sustentabilidade da Vale. Clarissa foi membro e presidente de conselho consultivo da Royal Dutch Shell, e trabalhou na Petrobras e no BNDES, em cargos executivos e de confiança.
Diretora Executiva do CEBRI desde 2015. Anterior-mente trabalhou 10 anos no Conselho Empresarial Brasil-China, onde ocupou o cargo de Secretária Executiva. Recentemente foi escolhida pelo Depar-tamento de Estado do Governo Americano para o programa de Jovens Líderes Mundiais.
SENIOR FELLOW
GRUPO
ENERGIA
Julia Dias Leite
QUESTÕES ABORDADAS
Conteúdo06
RELATÓRIO DO EVENTO
08
AnexoPARTICIPANTES DO EVENTO
17
SUMÁRIO
Sobre a reuniãoContexto climático e energético brasileiro
Transições energéticas, urbanização e o desafio do acesso à energia O papel do setor de O&G
08 09 10 13
QUESTÕES
ABORDADAS
Contexto climático e energético
brasileiro
Transições energéticas,
urbanização e o desafio do
acesso à energia
David Zylbersztajn foi diretor geral da ANP, Secretário de Energia do Estado de São Paulo e membro do Conselho de Administração do Banco do Brasil. Atualmente é professor da PUC-Rio no Instituto de Energia e sócio sênior da DZ Negócios com Energia.
PALESTRANTES
DO EVENTO
David Zylbersztajn
Já tendo atuado como Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira teve um papel importante no combate ao desmatamento no Brasil. É membro do Painel de Alto Nível de Pessoas Eminentes para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 da ONU e Senior Fellow do CEBRI.
Izabella Teixeira
Clarissa é sócia fundadora da Catavento, consultoria especializada em estratégia e sustentabilidade. É diretora executiva do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP e membro do Comitê de Sustentabilidade da Vale. Clarissa foi membro e presidente de conselho consultivo da Royal Dutch Shell, e trabalhou na Petrobras e no BNDES, em cargos executivos e de confiança.
Clarissa Lins
CEO da Total desde 2015, Patrick Pouyanné já ocupou outros cargos de confiança na empresa. Graduado pela École Polytechnique, atuou no Ministério da Indústria francês. Seu principal interesse é energia segura, limpa, mais eficiente, mais inovadora e acessível para a maior quantidade de pessoas possível.
RELATÓRIO DO
EVENTO
Sobre o evento
O evento Energy transition and climate challenges foi realizado em 05 de abril de 2018 pela Total, empresa global de energia, e pelo CEBRI – Centro Brasileiro de Relações Internacio-nais, no âmbito de seu Núcleo Infraestrutura e Energia – Grupo Energia, liderado por Jorge Camargo e Clarissa Lins. Participaram do evento diversos executivos e especialistas do setor de energia brasileiro.
O debate contou com a participação de Patrick Pouyanné – CEO global da Total; David Zylbersztajn – Sócio-Diretor da DZ Negócios com Energia; e Izabella Teixeira – Senior
Fellow do CEBRI e ex-ministra do Meio Ambiente. Clarissa Lins, sócia fundadora da
Cata-vento e Senior Fellow do CEBRI, além de moderar o debate, conduziu a abertura do eCata-vento, elencando desafios e oportunidades relevantes a serem abordados.
Contexto climático e energético brasileiro
1
Os últimos dados disponíveis constatam que as emissões brasileiras de gases de efeito estufa voltaram a subir em 2016 (9% em relação a 2015), em função do aumento do desmatamen-to. Isto representa, seguramente, um dos principais desafios da sociedade brasileira. As emis-sões oriundas do uso da terra respondem por 51% das emisemis-sões (2016), sendo que apenas a parcela do desmatamento monta a 48%.
Diante da redução no desmatamento da Amazônia brasileira de 82% entre 2004 e 2014 por meio da aplicação efetiva de políticas de comando e controle, o Brasil declarou na COP 21 a intenção de (i) atingir o desmatamento ilegal zero, (ii) compensar as emissões de gases de efeito estufa provenientes da supressão legal da vegetação e (iii) reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 20302. Recentemente, porém, o país parece estar caminhando na direção oposta, diante de um aumento de 40% nas taxas de desmatamento desde 2014 ou 2 milhões de km² - o equivalente a quase 2 vezes a área da cidade do Rio de Janeiro.3
Fontes: Análise Catavento a partir de OBSERVATÓRIO DO CLIMA. Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). 2017; UNFCC. INDCs as communicated by Parties. 2016
Por outro lado, as emissões oriundas do uso da energia são puxadas no Brasil pela nossa matriz de transporte (42%), ainda dependente de diesel para cumprir longas distâncias e
1 Seção parcialmente baseada na fala de abertura de Clarissa Lins, íntegra disponível em http://catavento.biz/clarissa-lins-modera-debate-com-patrick-pouyanne-sobre-transicao-energetica-e-desafios-climaticos/
2 ITAMARATY. iNDC COP21. 2015
prover grande parte do deslocamento urbano.4 As projeções usadas nas negociações de Paris, todavia, indicam que o setor de energia passará a ser a maior fonte de emissões (19% em 2016, 44% em 2025 e 57% em 2030), pressupondo sucesso no combate ao desmatamento – algo essencial para se pensar em progresso.
Neste contexto, a temática da transição energética entra na pauta brasileira do setor de energia com uma configuração peculiar. Nossa matriz energética já conta com 46%5 de renováveis em seu mix, graças ao papel histórico da geração hidrelétrica e da biomassa, algo que dificilmente poderá ser replicado no futuro em função de restrições socioambientais. O desafio brasileiro é, portanto, aumentar de maneira confiável a oferta primária de energia necessária para suportar o crescimento econômico, com base em uma matriz cada vez mais diversificada e com um perfil de emissões compatível com os compromissos assumidos na COP21.
Fontes: Análise Catavento a partir de EPE. O Compromisso do Brasil no combate às mudanças climáticas na produção e no uso de energia. 2016; EPE. Plano Decenal de Expansão de Energia 2026. 2017
Transições energéticas, urbanização e o
desafio do acesso à energia
Transições energéticas acompanham a história da humanidade e levam tempo. A mais profunda transição global ocorreu no século XX, com a passagem do carvão para o petróleo
4 OBSERVATÓRIO DO CLIMA. Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). 2017
e gás natural, tendo duração de quase 100 anos. O Brasil, de maneira peculiar, pulou esta etapa, indo diretamente da lenha para o petróleo, e isto apenas na década de 70.
De toda forma, é importante ressaltar que tais transições não ocorrem rapidamente e seus impactos são sentidos em diferentes setores da sociedade. Hoje, o mundo depara-se com a crescente penetração de fontes chamadas novas renováveis, tais como a solar e a eólica que, juntas, beneficiaram-se da maior taxa de crescimento dentre todas as demais fontes energéticas em 2017, sendo responsáveis por 25% do aumento da demanda por energia6. Além disso, investimentos crescentes em armazenamento de energia tendem a aumentar a competitividade de tais fontes, na medida em que mitigam os impactos da intermitência e da sazonalidade.
Fonte: Adaptado de KREITH, F.; KRUMDIECK, S.; KREIDER, J.F. Principles of Sustainable Energy. 2010
A transição energética atual, além de ser impulsionada por um desejo de descarboniza-ção e combate às mudanças climáticas, é reforçada por duas tendências: digitalizadescarboniza-ção e urbanização. O processo de digitalização em curso tem impacto direto na transição, ao via-bilizar redução de custos, ganhos de eficiência e competitividade para o setor de energia. Já a crescente urbanização reforça o papel dos centros urbanos no padrão da transição energética do século XXI, pois as cidades são locus para as maiores transformações na forma como se produz e se consome energia.
Atualmente mais de 182 milhões de brasileiros, ou 86,6% da população, já vivem em cidades, percentual que deve chegar a 92,4% em 2050, ou 215 milhões de pessoas7. Assim, a discussão sobre urbanização se insere muito menos em um contexto de migração de áreas
6 IEA. GECO: Global Energy and CO2 Status Report. 2018
rurais para os centros urbanos, e muito mais em um esforço de melhoria da qualidade de vida nas cidades.
Fonte: ONU – “2018 Urbanization Prospects”, 2018; Análise Catavento
Neste contexto, as cidades devem ditar o ritmo e a forma de geração e consumo de energia por meio de três grandes vertentes: geração distribuída, mobilidade e conectividade. “Pros-sumidores” têm a capacidade de gerar sua energia por meio de painéis fotovoltaicos, por exemplo, e gerenciar sua demanda energética por meio de smart home appliances e da bateria de seus veículos elétricos. Cidadãos podem escolher desde o meio de transporte – elétrico, compartilhado ou autônomo – que desejam utilizar, até a fonte de energia que preferem consumir em suas residências ou empresas.
Por último, outro aspecto relevante da transição energética atual é o desafio global de acesso universal à energia. Mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à eletricidade, além de quase 3 bilhões de pessoas não contarem com fontes modernas de energia8, dependendo de lenha ou carvão para cocção, com sérios impactos na saúde, na qualidade de vida e na qualidade do ar. No Brasil, o acesso à eletricidade é basicamente universal (99%), mas ainda há espaço para avanços no acesso às fontes modernas de energia, pois quase 10 milhões de pessoas ainda dependem de fontes como a lenha, principalmente em áreas rurais. Assim, é impensável planejar a transição energética, seja globalmente, seja no Brasil, sem levar em conta a necessidade de reduzir drasticamente a pobreza energética.
Fontes: Análise Catavento a partir de IEA. World Energy Outlook. 2017
O papel do setor de O&G
No Brasil , diante do desafio de segurança energética, desenvolvimento econômico e melho-ria da qualidade de vida, as vastas e competitivas reservas de óleo e gás brasileiras têm um papel a cumprir – ao possibilitar a penetração de novas renováveis intermitentes no setor elétrico por meio do gás do pré-sal, por exemplo – e devem representar cerca de 43% de nossas necessidades de energia primária daqui a 10 anos9.
Sendo essencial para prover energia que promove o bem-estar, gera eletricidade, move pes-soas e cargas e aquece ou resfria residências, o setor de óleo e gás também é visto como prin-cipal contribuidor para as mudanças climáticas, além de causador de impacto ambiental. Neste contexto, vê-se obrigado a legitimar sua atuação, buscando a excelência operacional, a redução das emissões de suas operações, a promoção de pesquisa e desenvolvimento e o estabelecimento de novas parcerias com a sociedade em prol de soluções energéticas mais eficientes e menos danosas ao meio ambiente e ao clima.10
A estratégia da Total para a transição
energética
Fonte: Total | Kiko Cabral
Em seu posicionamento, o CEO global da Total, Patrick Pouyanné, reconheceu os desafios climáticos e ressaltou que o setor de O&G deve ser parte da solução, e não apenas do pro-blema, enxergando tais desafios como uma oportunidade. Para tal, a empresa reconhece o Acordo de Paris como um fato legítimo e que faz a empresa refletir sobre seu papel e sua visão de longo prazo. Nesse sentido, a Total vem adequando continuamente sua estratégia de negócios às tendências do mercado global e expectativas da sociedade. A Total está com-prometida a (i) promover o desinvestimento de ativos de carvão, (ii) focar em gás natural, inclusive para geração de energia elétrica, e em petróleo de baixo custo e alta competitivida-de, como o pré-sal brasileiro, e (iii) ter 20% do portfólio em energias de baixo carbono nos próximos 20 anos.11
Em linha com sua estratégia global de diversificar o seu mix energético, a Total adquiriu, em 2016, a empresa Saft, líder em soluções de armazenamento de energia; em 2017, anunciou parceria com a Eren, de modo a acelerar seu crescimento na geração de energia a partir de fontes renováveis, investindo inclusive em plantas solares no Brasil. Em abril de 2018, a
Total anunciou a compra da distribuidora de energia elétrica francesa Direct Energie, tendo em vista sua meta de possuir capacidade instalada de 10GW nos próximos cinco anos. Mais recentemente, em maio de 2018, a Total firmou parceria com a norte-americana Clean Energy Fuels Corp., com o objetivo de desenvolver o uso do gás natural como uma alter-nativa de combustível mais limpo para o setor de transporte, notadamente para veículos pesados.
Fonte: TOTAL. Integrating climate into our strategy. 2017
Nesse contexto, fica claro que o setor de O&G tem a oportunidade de assumir a lide-rança e buscar, por meio da cooperação, aumentar a ambição do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono. Sua expertise, seu conhecimento e sua robustez financeira fazem com que esta indústria seja o parceiro ideal para uma transição energética gradual, segura e eficaz. O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, por exemplo, lançou recentemente seu posicionamento em relação a mudanças climáticas12 e transição energética, além de ter criado uma Comissão de Mudanças Climáticas, para pro-mover o engajamento e compartilhamento de melhores práticas por parte de seus associados. Em seu posicionamento, o IBP “reconhece que o setor de energia brasileiro passa por uma transição, tendo competências únicas – visão de longo prazo, capital humano capacitado, ex-periência em gestão da cadeia de valor e relacionamento com governos – para auxiliar nesta transformação. O IBP quer ser parte da solução energética oferecida à sociedade brasileira, exercendo seu papel de catalisador das empresas do setor”.
Fonte: Total | Kiko Cabral
Adicionalmente, o setor de O&G pode promover um modelo de governança robusto e ambicioso para a agenda climática, pois esta fica restrita ao Ministério de Meio Ambiente e ao Itamaraty, sem o diálogo necessário com os demais setores envolvidos. As empresas de energia podem e devem influenciar o debate, ajudando o país a pensar em um novo modelo de desenvolvimento.
Por fim, diante de desafios robustos no setor energético e climático, ressalta-se que o Brasil, em parceria com o setor de O&G, tem a oportunidade de se apropriar dos vastos recursos energéticos disponíveis no país de forma eficiente e responsável, de modo a gerar investi-mentos, emprego, bem-estar e segurança energética para a sociedade. Tal cenário deve levar em conta o sentido de urgência, na medida em que compromissos climáticos e expectativas da sociedade venham a pressionar, no médio e longo prazo, por uma transição cada vez mais acelerada, culminando em um mix energético mais diversificado e descarbonizado.
ANEXOS
ANEXO:
Participantes do evento
Rio de Janeiro
Adriana Amaral Adriana BragaAdriana Nickel Lourenço Adriano Bastos Agustín Castaño Alaa Abusiam
Alceu Mariano de Melo Souza Alejandro Duran
Alex Rocha Melo Alexandre Chequer Ana Cristina Baiao Ana Cristina Barros André Salgado André Surkamp
Andrea Campos Gomes Fernandes Antonio Guimarães
Antonio Luiz Abreu Jorge Arnaud Breuillac Bernardo Mendes Vianna Bianca Bruel Britaldo Soares Bruna Mascotte Carla Lacerda Carlos Esteves Christopher Zibordi Clarice Ferraz Clarissa Lins Claudine Bichara Claudio Guimarães Claudio Henrique Costa Cyril Darneix Daniel Picard Danielle Borges Danilo De Luca Dante Carvalho David Labbe David Zylbersztajn
CEBRI, Associado PJ - Total Business France
ANP BP
Prysma E&T Consultores Weatherford
Keppel Fels Brasil Baker
Amarante/Total Tauil & Chequer FIRJAN
The Nature Conservancy Framatome
SBM Offshore
CEBRI, Associado PJ - BNDES IBP
EISA
CEBRI, Associado PJ - Total Vieira Rezende
CCIFB - RJ NEXANS
Catavento Consultoria
CEBRI, Associado PJ - Exxon Mobil Amarante/Total
CEBRI, Associado PJ - BMA UFRJ
CEBRI, Senior Fellow Netune LTDA King of Palms
CEBRI, Associado PJ - Total Ambassade de France Au Brésil CEBRI, Associado PJ - Total DZ Negócios com Energia BP
De Luca Energy Consulting SIEM Offshore
Décio Oddone Demetrius Diuana Denise Maranhão Dominique Ferreira Dominique Walter
Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Eloi Fernandez Emmanuel Delfosse Etienne Lebailly Evelyne Coulombe Fabiana Kepler Fabrice Arnaud Felipe Gomes Felipe Kury Fernando Almeida Flavio Presezniak Gabriela Simões German Burmeister Gilberto Gonzaga Cardarelli Gilberto Ururahy Guillaume Decaix Haakon Lorentzen Helder Queiróz Henri Houllevigue Hugues Montmayeur Ibsen Flores Lima Jacqueline Fernandes Jaqueline Saad Jean Jaylet Jean-Paul Guihaumé Jerome Profinet João Carlos de Lucca Jorge Camargo Jose Carlos Tigre José Cassimiro
José Francisco Gouvêa Vieira José Roberto Faveret Josimar Moreira Julio Castro Karine Fragoso
Leonardo Moreira Junqueira Leonardo Moura
Ligia Batista Lilia Paola Urena
Lincoln Rumenos Guardado Loïc Jacques Pierre Béhim Ludovic Teysseire
ANP Gas Porto
CEBRI, Associado PJ - Shell Vinci Energies
CEBRI, Associado PJ - BMA FIRJAN
PUC-RJ Engie Brasil US Consulate
CEBRI Associado PJ - Consulado do Canadá CEBRI Associado PJ - Total
CEBRI Associado PJ - Total Sociedade Hípica Brasileira ANP
CEBRI Associado PJ - Total Nissan
CEBRI Associado PJ - Repsol CEBRI Associado PJ - Shell Brasco Logística Offshore Medrio Check Up McKinsey
CEBRI Associado PJ - Grupo Lorentzen UFRJ
CEBRI Associado PJ - Total CEBRI Associado PJ - Total Pré-Sal Petróleo
Costaporto
Câmara de Comércio França-Brasil CEBRI Associado PJ - Total Consulado da França RJ CEBRI Associado PJ - Total Barra Energia
CEBRI, Conselho Curador ANP
Amarante/Total CEBRI, Sócio Individual Faveret & Lambert CEBRI Associado PJ - Total FIRJAN
CEBRI Associado PJ - Repsol Aker Solutions
FSB
Consulado do México
CEBRI Associado PJ - Queiroz Galvão Maxcontrol
CEBRI Associado PJ - Total Aldelia
Luis Costamilan Magda Chambriard Maira Rosso Marcelo Mafra Marcio Weber Marco Vitiello Marcos Miereles Marcos Soares Maria Peralta Maria Silva Mario Faria Maxime Rabilloud Michel Hourcard Michel Miraillet Monique Gonçalves Natália Silva Nathan Biddle Nelson Romano Nicolas Berson Nour Bouhassoun Olivier Bellion Oscar Chamberlain Pascal Carrier Pascal Gras Pascal Portevin Patrícia Arruda Patrick Panero Patrick Pouyanné Paulo Abranches Paulo Moreira de Carvalho Philipp Hauser
Philippe Joubert
Pierre Emmanuel Moussafir Priscila Caetano Rafael Torres Rafaella Severo Raphael Moura Regis Agut Renata Cavalcante Renata Pomposelli Renata Szczerbacki Renato Flôres Renaud Lions Ricardo França Rinaldo Rosas Robert Klein
Roberta Lara Fernandes
FGV Energia Aldelia ANP Petroserv NEXANS Rio Energia
CEBRI Associado PJ - Total Aker Solutions
ENSCO
Schlumberger Brazil CEBRI Associado PJ - Total CEBRI Associado PJ - Total Embaixador da França no Brasil CEBRI Associado PJ - Shell CEBRI Associado PJ - Total Premier Oil
Doris Engenharia CEBRI Associado PJ - Total Michelin
CEBRI Associado PJ - Total Petrobras
CEBRI Associado PJ - Total Movisafe
NEXANS
CEBRI Associado PJ - Total Rionovo Gold
CEBRI Associado PJ - Total EDF EN do Brasil Pré-Sal Petróleo Engie NEXANS Eren FSB SBM Offshore
CEBRI Associado PJ - Total ANP
CEBRI Associado PJ - Total FIRJAN
CEBRI Associado PJ - Total Petrobras
CEBRI, Conselho Curador CEBRI Associado PJ - Total Ocean Rig Management Amarante/Total Business France Voltalia do Brasil IBP
Roberto Castelo Branco Roberto Coimbra Rodolpho Athayde Rodrigo Santiago Romeu Cortes Domingues Sandro Bruno
Sheng Jianbo Steven Veurmelen Sueli Mendes Thiago Barral Ferreira Thiago Fraggin Thiago Fructuoso Thierry Botto Tierry Costerg Ulisses Martins Valéria Rossi Vanessa Guerra Varsenik Toppjian Vincent Lefebvre Vitor Hallack Washington Coelho Welber Barral Xavier Leclerc Yann Des Longchamps Yannick Samson Yves-Marie Gayet
FGV
Servier
CEBRI Associado PJ - Total CEBRI, Conselho Curador Embaixada da França Dasa Michelin Technipfmc OMNI EDF MOX Digital
Barral MJorge Consultores Associados Amarante/Total FIRJAN CNOOC NEXANS CEBDS EPE Aker Solutions Weatherford
Cushman & Wakefield NEXANS
CEBRI Associado PJ - Total CEBRI Associado PJ - Exxon Mobil CEBRI Associado PJ - Total
Conselho Curador do CEBRI
Presidente
José Pio Borges
Presidente de Honra
Fernando Henrique Cardoso
Vice-Presidentes
José Luiz Alquéres
Luiz Felipe de Seixas Corrêa Tomas Zinner
Vice-Presidentes Eméritos
Daniel Klabin
José Botafogo Gonçalves Luiz Augusto de Castro Neves Rafael Benke
Conselheiros Eméritos
Celso Lafer Marcos Azambuja Pedro Malan
Roberto Teixeira da Costa Rubens Ricupero Conselheiros Aldo Rebelo André Clark Anna Jaguaribe Armando Mariante Arminio Fraga
Carlos Mariani Bittencourt Cláudio Frischtak Demétrio Magnoli Gelson Fonseca Jr. Henrique Rzezinski Joaquim Falcão
Jorge Marques de Toledo Camargo José Alfredo Graça Lima
José Roberto C. Neves Luiz Fernando Furlan Luiz Ildefonso Simões Lopes Marcelo de Paiva Abreu
Maria do Carmo (Kati) Nabuco de Almeida Braga Renato Galvão Flôres Jr.
Roberto Abdenur
Roberto Giannetti da Fonseca Ronaldo Veirano
Sérgio Quintella Sérgio Amaral Vitor Hallack Winston Fritsch
Patrocinadores
Apoio
Associados Diplomáticos Associados Estrangeiros
Adriano Abdo
Aleksander Medvedovsky Álvaro Augusto Dias Monteiro Álvaro Otero
Arminio Fraga
Carlos Eduardo Ernanny Carlos Leoni de Siqueira Carlos Mariani Bittencourt Celso Lafer
Christiane Aché Claudine Bichara Daniel Klabin Décio Oddone
Eduardo Marinho Christoph Eduardo Prisco Paraíso Ramos Evangelina Seiler
Sócios Individuais
Fernando Cariola Travassos Fernão Bracher
Frederico Axel Lundgren Gilberto Prado
Henrique Rzezinski Jacques Scvirer
João Felipe Viegas Figueira de Mello João Roberto Marinho
José Francisco Gouvêa Vieira Larissa Wachholz
Leonardo Coelho Ribeiro Manuel Thedim
Marcelo Viera
Marcio João de Andrade Fortes Maria Pia Mussnich
Mauro Ribeiro Viegas Neto
Paulo Ferracioli Pedro Brêtas
Pedro Leitão da Cunha Ricardo Haddad Ricardo Levisky Roberto Abdenur Roberto Amadeu Milani
Roberto Guimarães Martins-Costa Roberto Pereira de Almeida Roberto Prisco Paraiso Ramos Roberto Teixeira da Costa Stelio Marcos Amarante Tomas Zinner
Vitor Hallack Winston Fritsch
Parceiros Institucionais:
Parceiros de Projetos:
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