• Nenhum resultado encontrado

Caso clínico Identificação: Queixa principal: HDA:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Caso clínico Identificação: Queixa principal: HDA:"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

Serviço e Disciplina de Clínica Médica Serviço e Disciplina de Clínica Médica

Sessão Clínica

Sessão Clínica-- 18/04/201618/04/2016 Auditório Honor de Lemos Sobral

Auditório Honor de Lemos Sobral-- Hospital Escola Álvaro AlvimHospital Escola Álvaro Alvim Orientador: Alcino

Orientador: Alcino HauajiHauaji Relatora:

Relatora: NatháliaNathália Mota de Faria Gomes R2Mota de Faria Gomes R2 Debatedora: Alex Batista Paulo R1

(2)

Identificação: Mulher, 26 anos, parda, casada, auxiliar de escritório, natural de Campos dos Goytacazes.

Queixa principal: “dor de cabeça”

HDA: paciente refere que há oito dias iniciou quadro de cefaleia de média intensidade, localizada em região frontal que melhorava parcialmente com uso de dipirona e que não a impedia de realizar suas tarefas habituais, sem outras

Caso clínico

dipirona e que não a impedia de realizar suas tarefas habituais, sem outras queixas associadas. Porém, quatro dias após o início do quadro, a cefaleia se tornou de forte intensidade e nesse momento associada a turvação visual, lacrimejamento ocular, escotomas cintilantes, náusea e vômitos, a motivando a procurar a emergência. Foi atendida no pronto socorro onde foi medicada com analgésicos e liberada para casa, porém, sem melhora do quadro, a mesma retornou à unidade de emergência no dia seguinte.

(3)

Doenças associadas: Ø

Medicamentos: Microvlar® há 11 anos;

Consumo álcool: Ø

Tabagismo e drogas ilícitas: Ø

Cirurgias: colecistectomia há 2 anos

Caso clínico

Hemotransfusão: Ø

História ginecológica: menarca aos 12 anos, G2P2A0.

(4)

Caso clínico - Exame físico:

Ao exame: Acordada, lúcida, eupneica, hidratada, normocorada, acianótica.

Temperatura axilar: 37,3 oC IMC: 26 Kg/m2

ACV: RCR 2t hiperfonese de P2 sem sopros PA: 120x80 mmHg FC: 92 bpm AR: MV audível bilateralmente sem RA FR: 18 irpm

Abdome: flácido, indolor, sem visceromegalias palpáveis, sem sinais de irritação Abdome: flácido, indolor, sem visceromegalias palpáveis, sem sinais de irritação

peritoneal. Peristalse presente, Traube timpânico (livre).

MMII: sem edema.

Exame neurológico: Marcha, estática, tônus, força, sensibilidade, reflexos

(5)

Exames laboratoriais

Exames iniciais V. referência Hb 13,1 g/dL 12-15 g/dL Ht 40,2% 36 – 47% Leucócitos 8.900 cel/mm3 4000 – 11000 cel/mm3 Exames iniciais V. referência Sódio 141 mEq/L 135 – 150 mEq/L cel/mm3 cel/mm3 Plaquetas 178000 / mm3 130000 – 450000 / mm3 PCR 42,1 mg/L < 0,6 mg/L TAP 13,6 seg / 81,4% 12,5 seg INR 1,12 mEq/L

Potássio 4,4 mEq/L 3,5 – 5 mEq/L Magnésio 2,1 mg/ dL 1,58 – 2,56 mg/dL Cálcio iônico 4,92 mg/dL 4,6 – 5,4 mg/dL Uréia 17 mg/dL 15 – 45 mg/dL Creatinina 0,5 mg/dL 0,5 – 1 mg/dL

(6)

Hipóteses diagnósticas / exames adicionais

a serem solicitados/ condução do caso

(7)

CEFALÉIA

(8)

Discussão clínica

CEFALÉIA

CEFALÉIA

PRIMÁRIA

(9)

Discussão clínica

 Início > 50 anos

 Início súbito

 Piora da frequência e intensidade

SINAIS DE ALARME

 Piora da frequência e intensidade

 História de neoplasia ou HIV

Sinais neurológicos focais

 Após TCE

 Papiledema

(10)

Discussão clínica

NO NOSSO CASO:

Paciente refere que há oito dias iniciou quadro de cefaleia de média intensidade, localizada em região frontal que melhorava parcialmente com uso de dipirona e que não a impedia de realizar suas tarefas habituais, sem outras queixas

associadas.

(11)

Discussão clínica

CEFALÉIA PRIMÁRIA

ENXAQUECA TENSIONAL EM SALVAS

Prevalência 10% 40-70% Rara

População 3M:1H 1.2M:1H 3H:1M

Hist. familiar sim (70%) não não

Local unilateral bilateral unilateral(orbitária)

Tipo pulsátil opressiva “em facadas”

Intensidade moderada a grave leve a moderada insuportável

Limitante sim não sim

Outros sintomas Náusea, vômito, fotofobia e fonofobia Hipertonia da musculatura pericraniana Hiperemia conjuntival, lacrimejamento,congestão nasal.

(12)

Discussão clínica

NO NOSSO CASO, PARTE DOIS:

Porém, quatro dias após o início do quadro, a cefaleia se tornou de forte intensidade e nesse momento associada a turvação visual, lacrimejamento ocular, escotomas cintilantes, náusea e vômitos, a motivando a procurar a

emergência. Foi atendida no pronto socorro onde foi medicada com analgésicos

emergência. Foi atendida no pronto socorro onde foi medicada com analgésicos e liberada para casa, porém, sem melhora do quadro, a mesma retornou à

unidade de emergência no dia seguinte.

CEFALÉIA SECUNDÁRIA

SINAIS DE ALARME

(13)

Discussão clínica

SNC CEFALÉIA SECUNDÁRIA DOENÇA SISTÊMICA DOR FACIAL DROGAS

(14)

Hipótese Diagnóstica

SNC

DROGAS

 HEMORRAGIA

SUBARACNOIDE

 ANTICONCEPCIONAL

ORAL

TROMBOSE DE SEIO

DURAL

(15)

Hipótese Diagnóstica

ANTICONCEPCIONAL ORAL

FAVORÁVEL: USO DE ACO

DESFAVORÁVEL: MAIS COMUM NO PRIMEIRO ANO DE

USO, MAIS COMUM EM INDIVÍDUOS COM DIAGNÓSTICO

USO, MAIS COMUM EM INDIVÍDUOS COM DIAGNÓSTICO

PRÉVIO DE ENXAQUECA

(16)

Hipótese Diagnóstica

HEMORRAGIA SUBARACNOIDE

FAVORÁVEL: SINAIS PREMONITÓRIOS ANTES DE UM

POSSÍVEL SANGRAMENTO ( CEFALÉIA SENTINELA).

MALFORMAÇAO ARTERIOVENOSA.

DESFAVORÁVEL: CEFÁLEIA INSIDIOSA, AUSÊNCIA DE

RIGIDEZ DE NUCA, AUSÊNCIA DE SÍNCOPE. CEFALÉIA

MAIS FORTE DA VIDA.

(17)

Hipótese Diagnóstica

TROMBOSE DE SEIOS DURAIS

FAVORÁVEL:CEFALÉIA SUBAGUDA, INSTALAÇÃO

RECENTE, ALTERAÇÕES SUGESTIVAS DE HIC, MULHER

JOVEM EM USO DE ACO, P2 HIPERFONÉTICA ( EVENTO

TROMBÓTICO?), SOBREPESO.

(18)

Hipótese Diagnóstica

TROMBOSE DE SEIOS DURAIS

TROMBOSE DE SEIOS DURAIS

(19)

Condução do caso

 EXAME DE IMAGEM: TC DE CRÂNIO SEM CONTRASTE, SE

NESCESSÁRIO ANGIORRESSONÂNCIA

ANTICOAGULAÇÃO PLENA: INICIALMENTE HEPARINA E ANTICOAGULAÇÃO PLENA: INICIALMENTE HEPARINA E

MANUTENÇÃO COM WARFARN

(20)
(21)

Cefaleia na sala de emergência

Exame neurológico normal

+

Cefaleia sem sinal

de alarme jovem + Exames iniciais V. referência Hb 13,1 g/dL 12-15 g/dL Ht 40,2% 36 – 47% Ht 40,2% 36 – 47% Leucócitos 8.900 cel/mm3 4000 – 11000 cel/mm3 Plaquetas 178000 / mm3 130000 – 450000 / mm3 PCR 42,1 mg/L < 0,6 mg/L TAP 13,6 seg / 81,4% 12,5 seg INR 1,12

(22)
(23)

Causas de cefaleia primária

 Migrânea

 Cafaleia tensional  Cervicalgia

 Cefaleia em salvas

 Hemicrania paroxística benigna  Cafaleia crônica diária

(24)

Sinais de alarme

 Primeira ou pior cefaléia  Início súbito ou recente  Início após os 50 anos

Intensidade e freqüência progressiva e persistentemente maiores  História de câncer ou SIDA

 Alterações no exame neurológico  Alterações no exame neurológico

 Febre e/ou outros sinais de doença sistêmica  Traumatismo craniano

 Mudança nas características da dor  Relação com esforço

 Refratariedade ao tratamento

(25)

Causas de cefaleia primária

 Migrânea

 Cafaleia tensional  Cervicalgia

 Cefaleia em salvas

 Hemicrania paroxística benigna  Cafaleia crônica diária

(26)
(27)

Causas de cefaleia secundária

 Cefaleia atribuída a traumatismo da cabeça e/ou pescoço

 Cefaleia atribuída a perturbação vascular craniana ou cervical  Cefaleia atribuída a perturbação intracraniana não vascular  Cefaleia atribuída a substâncias ou a sua privação

 Cefaleia atribuída a infecção

 Cefaleia atribuída a perturbação da homeostasia

 Cefaleia ou dor facial atribuída a perturbação do crânio, pescoço, olhos, ouvidos, nariz, seios para nasais, dentes, boca ou outras estruturas cranianas ou faciais

(28)

TOMOGRAFIA SEM CONTRASTE

(29)

Causas de cefaleia secundária

 Cefaleia atribuída a traumatismo da cabeça e/ou pescoço

 Cefaleia atribuída a perturbação vascular craniana ou cervical  Cefaleia atribuída a perturbação intracraniana não vascular  Cefaleia atribuída a substâncias ou a sua privação

 Cefaleia atribuída a infecção

 Cefaleia atribuída a perturbação da homeostasia

 Cefaleia ou dor facial atribuída a perturbação do crânio, pescoço, olhos, ouvidos, nariz, seios para nasais, dentes, boca ou outras estruturas cranianas ou faciais

(30)

Causas de cefaleia associada a distúrbio vascular

 Doença cerebrovascular isquêmica aguda  Hematoma intracraniano

 Hemorragia subaracnóide

 Malformação vascular não rota  Arterite

 Dissecção de carótida  Trombose venosa

(31)

Causas de cefaleia associada a distúrbio vascular

(32)

Causas de cefaleia associada a distúrbio vascular

(33)

Causas de cefaleia associada a distúrbio vascular

(34)

TOMOGRAFIA COM CONTRASTE

(35)

Diagnóstico

TROMBOSE DE SEIO

DURAL

(36)

Trombose de seio dural

 Baixa incidência

 Maior frequência em mulheres

 A patogênese não é totalmente conhecida, porém as manifestações clínicas são decorrentes da obstrução do fluxo pelo trombo.

 A trombose de seio dural pode ter evolução aguda, subaguda ou  A trombose de seio dural pode ter evolução aguda, subaguda ou crônica e o quadro clínico pode ser inespecífico. O paciente geralmente apresenta cefaleia, encefalopatia, sinal neurológico focal ou convulsão.

(37)

Trombose de seio dural

http://www.uptodate.com/contents/etiology-clinical-features-and-diagnosis-of-cerebral-venous-thrombosis?source=search_result&search=trombose+de+seio+dural&selectedTitle=1%7E19

(38)
(39)
(40)

Condução clínica

 Internação em UTI  Anticoagulação

 Acompanhamento conjunto com neurocirurgia  Perda de seguimento

(41)

Referência Bibliográfica

HARRISON TR. Harrison: Medicina Interna - 17ª edição. São Paulo: Ed.

McGraw-Hill, 2008.

Paulo Pereira ChristoI,*; Gustavo Martins de CarvalhoII; Antonio Pereira Gomes

NetoIII; Trombose de seios venosos cerebrais: Estudo de 15 casos e revisão de literatura - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.56 no.3 São Paulo 2010.

Vasilios Constantinides, Evangelos Anagnostou, Anastasia Bougea, George

Paraskevas, Elisavet Kapaki, Ioannis Evdokimidis, Evangelia Kararizou; Fatores desencadeantes de enxaqueca e de cefaleia tipo tensional em uma população grega - Arq. Neuro-Psiquiatr. vol.73 no.8 São Paulo Aug. 2015.

Referências

Documentos relacionados

ROCKWOOL Floorrock ploče preporučuju se za toplinsku, zvučnu i protupožarnu zaštitu plivajućih podova u stambenim i poslovnim prostorima s većim korisnim

Ficando clara a dificuldade de sinalizar todos os atrativos, equipamentos e ser- viços turísticos existentes no município e, em obediência ao Guia Brasileiro de Sinalização

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

A cor “verde” reflecte a luz ultravioleta, porém como as minhocas castanhas são mais parecidas com as minhocas verdadeiras, não se confundem com a vegetação, sendo

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos