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DIRETRIZES DA ASGE PARA O USO DE SEDAÇÃO PROFUNDA E ANESTESIA EM ENDOSCOPIA GASTRINTESTINAL

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DIRETRIZES DA ASGE PARA O USO DE SEDAÇÃO PROFUNDA E ANESTESIA EM ENDOSCOPIA GASTRINTESTINAL

(08/2006)

Paulo Henrique B. de Carvalho Divisão de Anestesia-HCFMUSP

Essa é uma série de opiniões discutindo sobre o uso da Endoscopia Gastrintestinal em situa-ções clínicas comuns. As Bases do Comitê Prático da Sociedade Americana de Endoscopia Gastrintestinal prepararam esse texto. Elaborando esse texto uma busca na literatura foi feita no ME-DLINE, e referências adicionais foram obtidas de bibliografias de artigos identificados e das recomendações de consultores especia-listas. Quando pouco ou nenhum dado existia de estudos prospec-tivos bem elaborados, a ênfase é dada a relatos de especialistas reconhecidos.

Diretrizes para o uso apropriado da Endoscopia são baseadas numa revisão crítica dos dados dis-poníveis e no consenso de especialistas. Mais adiante, estudos clí-nicos controlados são necessários para clarear aspectos desse re-lato, revisões serão necessárias na medida em que novos dados surgirem. Considerações clínicas diversas justificam a variação no modo de ação para essas recomendações.

FATOS

“Sedação e analgesia” represen-tam um contínuo desde a sedação mínima ou ansiólise até a anes-tesia geral. Diretrizes práticas foram colocadas pelo Comitê para Sedação e Analgesia por não Anestesiologistas da Sociedade Ame-ricana de Anestesia (ASA), e aprovados pela Sociedade AmeAme-ricana de Endoscopia Gastrintestinal. Geralmente, a maioria dos proce-dimentos endoscópicos são realizados com o paciente sobre seda-ção e analgesia moderadas, o que é conhecido por “sedaseda-ção cons-ciente”. Nesse nível de sedação, o paciente é hábil a responder in-tencionalmente a estímulos verbais ou táteis, e ambas as funções ventilatórias e cardiovascular estão mantidas. A responsividade do paciente durante a “sedação profunda” envolve respostas decidi-das à estímulos dolorosos. Suporte para vias aéreas é frequente-mente necessário e a função cardiovascular pode estar prejudica-da. A Equipe de Endoscopia deve estar apta a reconhecer os vários

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níveis de sedação e analgesia, e atender ao paciente que exiba perda de resposta, ou que precise de proteção de vias aéreas ou suporte cardiovascular.

O nível da sedação deve ser TI-TULADO, de maneira a atingir um nível confortável, seguro e bom para o procedimento tecnicamente em vista. Pacientes diferentes vão requerer níveis diferentes da sedação durante o mesmo proce-dimento e pacientes vão requerer níveis diferentes de sedação no mesmo procedimento. O propósito da sedação e analgesia é para aliviar ansiedade, desconforto ou dor e diminuir a memória do e-vento. O nível de sedação que é adequado para realização do pro-cedimento pode ir desde uma sedação mínima até anestesia geral. Em geral, endoscopias diagnósticas e terapêuticas não complica-das do trato superior e colonoscopia são realizacomplica-das satisfatoria-mente com sedação moderada (consciente). Fora dos Estados Uni-dos, endoscopia sem sedação tem sido o padrão em vários países. Níveis mais profundos de sedação devem ser considerados para procedimentos mais complexos, incluindo mas não limitado a eles, CPRE e USE. Adicionalmente, pacientes que foram ou são anteci-padamente intolerantes à sedação padrão são considerados can-didatos a sedação profunda ou anestesia. Esses pacientes incluem os usuários de narcóticos e benzodiazepínicos, alcoólatras, depen-dentes químicos, e pacientes com distúrbios psiquiátricos. O uso rotineiro de anestésicos de duração ultra-curta (propofol) tem sido preconizado por alguns autores como meio de melhorar o conforto do paciente durante procedimentos endoscópicos comuns.

USO DE ANESTÉSICOS PARA ENDOSCOPIA

A combinação de benzodiazepíni-co e narcótibenzodiazepíni-co pode ser utilizada para atingir sedação profunda, mas requer doses mais altas para atingir uma sedação moderada. Adjuvante à combinação benzoadiazepínico/narcótico, inclui-se difenidramina, prometazina e droperidol. Esses potencializam a ação do benzoadiazepínico/narcótico atingindo um nível mais pro-fundo de sedação. Droperidol é um agente neuroléptico da mesma classe que o haloperidol e tem efeitos sedativos. Estudos aleatórios têm demonstrado a eficácia do droperidol em pacientes submeti-dos a ensubmeti-doscopia terapêutica, particularmente aqueles os quais são difíceis de sedar. Embora raramente descritos na literatura da endoscopia gastrintestinal, existem relatos raros de arritmias car-díacas de risco (Torsade de Pointes). Diretrizes para o uso de dro-peridol são mostradas na Tabela 1.

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Os agentes anestésicos que têm sido usados para procedimentos endoscópicos incluem propofol e agentes inalatórios como óxido nitroso, enflurano, isoflurano e se-voflurano. Os agentes inalatórios não serão mais considerados.

O propofol é um agente anestési-co que na FDA é aprovado para indução e manutenção de aneste-sia geral e para sedação em pacientes ventilados. É classificado como um agente hipnótico de ação ultra-curta e proporciona am-nésia com níveis mínimos de analgesia. O propofol aumenta a chance de uma sedação profunda satisfatória, como também o risco de uma rápida e profunda queda no nível de consciência e função cardiorespiratória, o que deve culminar em anestesia geral. O propofol atravessa rapidamente a barreira hemato-encefálica e causa uma queda na consciência que é relacionada à potencializa-ção da atividade do ácido gama-aminobutírico no cérebro. Tipica-mente o tempo da injeção à sedação é de aproximadaTipica-mente 30 a 60 segundos. A meia vida plasmática varia de 1,3 a 4,13 minutos. Pacientes com disfunção cardíaca e idosos, devido a diminuição do clearance da droga, requerem doses menores do medicamento. O propofol potencializa o efeito de analgésicos narcóticos e sedativos como os benzodiazepínicos, barbitúricos e droperidol e, portanto, as doses desses agentes devem ser reduzidas. A dor no local de injeção é a complicação mais freqüente, ocorrendo em aproxima-damente 5% dos pacientes. O risco mais sério de seu uso é a de-pressão respiratória. Episódios de dede-pressão respiratória severa necessitando suporte ventilatório temporário têm ocorrido em um grande número de procedimentos no qual o propofol está envolvi-do. Profissionais especificamente treinados na administração de propofol com especialização no manuseio de vias aéreas, devem estar presentes durante o procedimento, monitorizando constan-temente os parâmetros do estado físico do paciente (Tabela 2).

As contra-indicações específicas para administração do propofol ou algum dos componentes da sua emulsão, grávidas, latentes e pacientes com ASA IV ou V (classifi-cação física da American Society of Anesthesiologists).

EFICÁCIA DO PROPOFOL PARA PROCEDIMENTOS ENDOSCÓPICOS

O uso do propofol em endoscopi-as de curta duração, como endoscopiendoscopi-as altendoscopi-as e baixendoscopi-as, tem sido investigado em diferentes estudos com resultados conflitantes. Em um estudo aleatório, 90 pacientes receberam uma administração

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em bolus de propofol ou midazolam ambos antes e durante endos-copia alta. O grupo tratado com propofol era superior quanto à tolerância do paciente, nível máximo de sedação atingido e menor tempo de recuperação na sala do procedimento, embora amnésia para procedimento e relato de desconforto pelo paciente não te-nham sido diferentes.

Uma série menor de 40 pacientes aleatórios para receber midazolam ou propofol titulado para o mesmo nível de sedação antes de um procedimento endoscópico alto encontraram que embora o propofol tivesse um menor período de recuperação, era associado com dor no local da injeção, aceita-ção diminuída do paciente e menor nível de amnésia (Koshy et al.) comparados à combinação de propofol e fentanil com midazolam e meperidina em um estudo não aleatório de 274 pacientes a serem submetidos à endoscopia alta ou colonoscopia. O grupo recebendo propofol e fentanil teve melhor conforto e sedação profunda, sem o aumento nos efeitos colaterais indesejáveis. Não houve, porém, diferença significativa no tempo de recuperação entre os dois gru-pos (Sipe et al. 80 pacientes) submetidos a colonoscopia receben-do midazolam/meperidina ou propofol. O grupo com propofol teve um maior nível de sedação, melhora moderada na pontuação de tabelas de satisfação e melhor tempo de recuperação total após o procedimento, todos eles foram estatisticamente significantes. Embora um estudo retrospectivo aleatório de colonoscopia em 57 pacientes não achou um benefício pra propofol/fentanil contra di-azepan/meperidina ou midazolam/fentanil em termos de sedação, analgesia, tempo de recuperação, ou incidência de efeitos colate-rais. Juntos, esses estudos não mostram um benefício convincen-te para o propofol quando usado em endoscopias altas e baixas comuns. Os estudos publicados são heterogêneos com respeito a dose de propofol, o uso de narcótico e método de administração. Estudos aleatórios controlados são necessários.

O propofol tem tido mais vanta-gens clínicas significativas quando usado para procedimentos mais longos ou terapêuticos. Dois estudos aleatórios controlados em 80 e 196 pacientes compararam propofol sozinho com midazo-lam para CPRE. Ambos estudos acharam melhores níveis de seda-ção e tempos de recuperaseda-ção em salas melhores com propofol. Em um estudo, propofol foi administrado por um anestesista; no se-gundo estudo, o propofol foi administrado por um médico assis-tente que não estava envolvido no procedimento endoscópico. O estudo com propofol que incluía USE juntamente com CPRE en-controu que pacientes recebendo propofol tinham melhorias

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signi-ficativas na qualidade da sedação e tempos de recuperação meno-res quando comparados com meperidina/midazolam. Nesses es-tudos, efeitos indesejáveis como hipotensão e hipoxemia ocorre-ram igualmente em ambos os grupos. Embora, em ambas séries de ERCP, um paciente no grupo do propofol desenvolveu apnéia prolongada que necessitou paralisação do procedimento e suporte ventilatório temporário. A adição de midazolam ao propofol em 239 pacientes submetidos à endoscopia alta terapêutica ou CPRE aumentou significativamente o tempo de recuperação sem adicio-nar benefícios clínicos comparados ao propofol sozinho.

ADMINISTRAÇÃO DE PROPOFOL POR NÃO ANESTESISTAS O propofol tem sido administra-do por não anestesistas em procedimentos enadministra-doscópicos, incluin-do um gastroenterologista específico, enfermeiras registradas e sistemas controlados pelo paciente (Vargo et al.) conduziram a um estudo aleatório controlado do propofol administrado pelo gatroen-terologista versus meperidina midazolam para CPRE e USE eleti-vos. Nesse estudo, um gastroenterologista isolado treinado na ad-ministração de propofol foi utilizado. Adicionalmente capnografia foi utilizada para detectar apnéia ou hipercapnia para ajustar a dose de propofol corretamente. Pacientes aleatórios para o propo-fol exibiram um tempo médio de recuperação mais rápido (18,6 vs. 70,5 minutos), podiam realizar a transferência sozinho após o procedimento, e alcançaram os níveis basais de alimentação e ati-vidade mais rapidamente.

A segurança e experiência na administração de propofol por enfermeiras registradas foi relatada num artigo incluindo mais de mil pacientes submetidos à endos-copia digestiva ou colonosendos-copia eletivas em um único estudo alea-tório publicado. Todos pacientes foram ASA I ou II monitorização padrão com pressão automática não invasiva (PANI), ECG e oxime-tria foi utilizada e todos os pacientes receberam 3 a 4 litros/min de oxigenação nasal. A dose de propofol foi um bolus inicial de 20 a 40 mg seguidos de 10 a 20 mg em bolus para manter a sedação. No estudo aleatório o propofol atingiu menor tempo para sedação, maior profundidade de sedação, e tempo de recuperação mais rá-pido quando comparados a sedação com midazolam/meperidina. Os índices de complicações foram similares. A satisfação do paci-ente foi alta em ambos os grupos, mas melhor naqueles recebendo propofol. Num estudo separado de custo efetivo modular, com a-nálise sensitiva encontrou que a administração de propofol por

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enfermeiras era a estratégia dominante quando comparada à se-dação e analgesia padrão.

Sedação e analgesia controladas pelo paciente (PCS) com propofol, foi recentemente relatada (Kul-ling et al.) em um estudo aleatório de 150 pacientes em 3 grupos de sedação: PCS com propofol/alfentanil (grupo I), infusão contí-nua de propofol/alfentanil (grupo II), e midazolam/meperidina administrada por enfermeira (grupo III). O grupo I mostrou um maior grau de satisfação do paciente e tempo de recuperação completa de 45 minutos menor quando comparada à sedação e analgesia convencionais. Em um estudo aleatório similar (Ng et al.) 88 pacientes submetidos à colonoscopia com PCS usando pro-pofol sozinho ou midazolam mostrou que o grupo com propro-pofol tinha tempos de recuperação mais curtos (43,3 minutos vs. 61,0 minutos), melhor satisfação e melhor nível de conforto. PCS para ERCP, entretanto, não foi tão bem sucedida. Num estudo piloto usando um sistema informatizado no intuito de alcançar uma do-se plasmática “limite” de propofol, apenas 80% dos pacientes re-cebeu uma dose totalmente segura e efetiva.

EEG foi utilizada para alcançar um índice da condição do paciente (um algorítimo que variava em função do estado hipnótico) e dirigiu o uso de propofol para anes-tesia em procedimentos não endoscópicos e isso deve ser um pa-pel para o uso futuro de propofol durante procedimentos endoscó-picos.

QUEM DEVE SER QUALIFICADO PARA ADMINISTRAR PROPOFOL?

Embora médicos apropriada-mente treinados possam administrar propofol, as regras governa-mentais são variáveis estado a estado quanto à administração por enfermeiras. A comissão do estado físico da ASA recomenda que pacientes recebendo propofol devem receber cuidados consistentes com sedação profunda e que o profissional deve ser capaz a socor-rer o paciente em uma anestesia geral. Profissionais apropriados e equipamentos para o uso de propofol em procedimentos anestési-cos são citados na Tabela 2.

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TÉCNICAS DE MONITORIZAÇÃO EXTENSIVAS

Monitorização de CO2 transcu-tânea ou ao final da respiração são métodos não invasivos de me-dir a atividade respiratória. A capnografia é baseada no princípio que o CO2 absorve luz infravermelha no espectro eletromagnético. A quantificação da absorção leva à geração de uma curva, que re-presenta em tempo real a atividade respiratória do paciente. A capnografia identifica mais rapidamente pacientes com episódios apneicos e, quando utilizada para guiar a sedação resulta em me-nor retenção de CO2. A capnografia também pode ser utilizada para alcançar uma titulação segura no uso de propofol por um gastroenterologista qualificado durante CPRE e USE. O quanto a capnografia melhora as condições de alta não foi ainda demons-trado e necessitaria de estudos maiores e proibitivos.

A UTILIZAÇÃO DA ASISITÊNCIA DE ANESTESIOLOGISTAS PARA PROCEDIMENTOS ENDOSCÓPICOS

Os fatores de risco relacionados à sedação, a profundidade do nível anestésico e a urgência do pro-cedimento endoscópico vão ter papel importante na determinação da necessidade da assistência de um anestesiologista. Os fatores de risco relacionados incluem condições médicas significantes como: extremos de idade, doenças cardíacas, pulmonares, hepáti-cas e renais severas, gravidez, o uso de drogas ou álcool, pacientes não cooperativos, ou potencialmente complicados para intubação traqueal. A equipe que estuda o estado físico na ASA mostra que o manejo das vias aéreas pode ser difícíl nas seguintes situações: 1-pacientes com problemas prévios com anestesia ou sedação; 2-pacientes com história de estridor laríngeo, roncos, ou apnéia do sono; 3-pacientes com distúrbios faciais, como S. Pierre-Robin, ou trissomia do 21; 4-pacientes com deformações orais como pouca abertura oral 9< 3cm) edentação, protusão de incisivos, falta de dentes ou próteses, palato alto e arqueado, macroglossia, hipertro-fia tonsilar, e úlvula não visível; 5-pacientes com anormalidades no pescoço, como obesidade envolvendo o pescoço e estruturas faciais, pescoço curto, limitações na extensão, distância esterno-hióide menor que 3cm num adulto, massas tumorais no pescoço, doença cérvico espinhal ou trauma, desvio traqueal ou artrite reumatoide avançada; e 6-pacientes com problemas no mento, como, micrognatia, retrognatia, trismo, ou falta de oclusão signifi-cativa.

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As diretrizes da equipe da ASA recomenda que a presença de um ou mais fatores de risco para sedação, juntamente com o potencial para sedação profunda, vão aumentar a probabilidade de efeitos adversos da sedação. Nessa situação, se o profissional não é treinado para socorrer os pacien-tes da anespacien-tesia geral, então um anespacien-tesista deve ser consultado (Tabela 3). A assistência rotineira de um anestesiologista para pa-cientes com risco médio a serem submetidos a endoscopias altas e baixas não é garantida e proibitivamente onerosa.

SUMÁRIO

Agentes anestésicos como o pro-pofol coadjuvantes da sedação como droperidol, prometazina, ou difenidramina, são úteis em certos pacientes a serem submetidos a procedimento endoscópico. Embora o propofol proporcione um início mais rápido e sedação mais profunda que o benzodiazepíni-co/narcótico, bem como recuperação mais rápida, benefícios clíni-cos não foram demonstrados consistentemente em pacientes de risco médio para endoscopia comum alta ou baixa. O uso rotineiro de propofol nesses pacientes não pode ser atualmente confirmado. Para procedimentos terapêuticos prolongados, esses agentes têm demonstrado superioridade em relação ao benzodiazepíni-co/narcótico e seu uso deve ser considerado. Sedação profunda requer monitorização mais intensa e por indivíduos treinados para tanto. A assistência de anestesistas deve ser considerada em paci-entes a serem submetidos a procedimentos terapêuticos prolonga-dos que requeiram sedação profunda, intolerância conhecida aos sedativos padrão, e pacientes com risco de complicações relacio-nadas à sedação, como os possuidores de co-morbidades severas, ou os que possuam variações anatômicas que induzam a um mai-or risco de obstrução das vias aéreas. O uso dos agentes utilizados para atingir o nível de sedação para endoscopia devem estar em conformidade com as políticas de cada instituição individualmen-te.

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ANEXOS TABELA I

Diretrizes para o uso de droperidol para procedimentos endoscópicos

• Uso somente em pacientes selecionados com: - Intolerância antecipada aos sedativos usuais; - Procedimento antecipadamente longo.

• Utilizar ECG de 12 canais. Droperidol é contra-indicado se o QT é prolongado (> que 440 ms em homens, > 450 ms em mulheres).

• O paciente deve manter-se em monitorização cardíaca por 2 a 3 horas após o procedimento.

• Uso com precaução em pacientes com risco de desenvolvi-mento de síndrome de QT prolongado: CHF, bradicardia, hi-pertrofia cardíaca, hipocalemia ou hipomagnesemia ou ou-tras drogas que prolonguem o intervalo QT.

• Dose: Em adultos a dose inicial não deve exceder 2,5 mg. Doses adicionais devem ser de 1,25 mg até atingir o efeito desejado. Dose máxima de 5 mg.

TABELA II

Pessoal apropriado e equipamento para uso de propofol em uma sala de procedimento endoscópico

• Ao menos uma pessoa que seja qualificada em ambos supor-tes, básico e avançado de vida (intubação traqueal, desfribi-lação, uso de medicamentos de ressuscitação).

• Monitorização fisiológica incluindo oximetria de pulso, ECG, pressão arterial não invasiva (PANI). A monitoração de

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oxi-genação pela oximetria de pulso não é um substituto para monitorização de função ventilatória.

• Equipamento de suporte de vias aéreas e ressuscitação. • Profissional treinado dedicado a contínua e

ininterruptamen-te a monitorar os parâmetros fisiológicos do pacienininterruptamen-te e ad-ministração de propofol.

• Monitorização extendida por capnografia deve ser considera-da a mediconsidera-da que ela diminui os riscos considera-da seconsidera-dação profunconsidera-da.

TABELA III

Diretrizes para assistência anestesiológica durante endoscopia gastrintestinal

Assistência por anestesiologista deve ser considerada nas se-guintes situações:

• Procedimento endoscópico prolongado ou terapêutico reque-rendo sedação profunda.

• Intolerância antecipada aos sedativos padrão.

• Maior risco de complicação devido a co-morbidades (ASA III ou mais).

• Risco aumentado de obstrução aérea por deformidades ou variações anatômicas.

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