Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009
PARECER ÚNICO SM PROTOCOLO Nº 442995/2009
Indexado ao(s) Processo(s)
Licenciamento Ambiental Nº 17703/2008/001/2009 Licença Prévia concomitante com Licença de Instalação
DEFERIMENTO
Processo Outorga: 02359/2009 Captação em poço tubular DEFERIMENTO APEF Nº - 4135/2009 Intervenção de baixo impacto Deferida
Reserva legal Nº - área urbana
Empreendimento: JOÃO EDUARDO MACHADO
CNPJ: 539.096.316-49 Município: Muzambinho
Unidade de Conservação: Não existem unidades de conservação no entorno do empreendimento de
modo que o mesmo esteja inserido dentro da zona de amortecimento.
Bacia Hidrográfica: rio Grande Sub Bacia: rio Pardo
Atividades objeto do licenciamento:
Código DN 74/04 Descrição Classe
D-01-03-1 Abate de animais de médio e grande porte 3
Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: 02 Automonitoramento: SIM NÃO
Responsável Técnico pelo empreendimento: Eng Química Lidiane de Ázara Figueiredo
Registro de classe CRQ 02301463 Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados
Eng Química Lidiane de Ázara Figueiredo
Registro de classe CRQ 02301463 Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados no Processo de
outorga:
Engenheiro Gualter de Carvalho Silva
Registro de classe CREA 66.182/D
Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM SITUAÇÃO
Processo n°. 17703/2008/002/2009- Auto de Infração Análise da Defesa Tempestiva -PJ
Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 106/2009 DATA: 24/03/2009
Data: 14/08/2009
Equipe interdisciplinar: Registro de Classe: Assinatura:
Daniel Iscold MASP 1147294-1 ORIGINAL ASSINADO
Gizele Lourenço CREA 102003/D ORIGINAL ASSINADO
Josiane de Freitas CRQ 02301651 ORIGINAL ASSINADO
Leandro Coelho Naves MAT 1.208.499-2 ORIGINAL ASSINADO
Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº109.624 ORIGINAL ASSINADO
Ciente:
Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico – SUPRAM SM
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 1. INTRODUÇÃO
A empresa João Eduardo Machado ME, CNPJ n.º 01.023.227/0001-15, que exercerá atividade referente ao setor de abate de animais de médio e grande porte, especificamente bovinos e suínos, localizada na zona urbana do município de Muzambinho –MG na Rodovia BR 491 km 104 solicita Licença Prévia Concomitante com Licença de Instalação para seu empreendimento através do processo administrativo COPAM nº. 17703/2008/001/2009.
Os estudos (PCA e RCA) foram elaborados pela Engenheira Química Lidiane de Ázara Figueiredo, CRQ nº 02301463 , com ART nº 1-50752389.
O processo foi formalizado no dia 02 de março de 2009 a vistoria foi realizada no dia 24 de março de 2009. Foram solicitadas informações complementares no dia 01 de abril de 2009 as mesmas foram entregues no dia 04 de maio de/2009. Em função da Nota Jurídica da Advocacia Geral do Estado- AGE/MG n° 1803 foi solicitada ao empreendedor no dia 18 de Junho certidão vintenária para comprovar que a localização do empreendimento tratava-se de área urbana anterior a 1989 estas informações foram entregues em 30 de Junho de 2009.
Foi realizada reunião em 13 de julho de 2009 com o representante do empreendimento para esclarecimento das informações complementares protocoladas. Os referidos esclarecimentos quanto ao projeto da Estação de Tratamento de Efluentes e regularização de intervenção em área de preservação permanente de baixo impacto, referente ao emissário da ETE, foram protocoladas em 24 de julho de 2009.
Ressalta-se que as recomendações técnicas para a implementação das medidas mitigadoras e demais informações técnicas e legais foram apresentadas nos estudos.
Quando as mesmas forem sugeridas pela equipe interdisciplinar ficará explicito no parecer: “A
SUPRAM Sul de Minas recomenda/determina”:
2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
O empreendimento está localizado em área urbana do município de Muzambinho. O terreno está localizado no distrito industrial deste município em terreno plano com vegetação composta essencialmente por pastagem (Brachiaria sp.). No entorno estão localizadas algumas propriedades com características rurais, madeireira e terrenos vagos.
2.1- CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
As instalações do empreendimento irão compreender galpão do abatedouro, com salas de atordoamento, sangria, esfola, evisceração e cortes, higienização, bucharia e triparia além de escritório, setor de caldeiraria, pocilgas e currais de espera, área para lavagem de veículos e vias de acesso ao abatedouro.
A estrutura de armazenamento será composta por uma câmara fria, com capacidade para 40 bovinos e uma câmara de seqüestro com capacidade para 06 carcaças, de acordo com a responsável pelos estudos o gás utilizado nos equipamentos de refrigeração será o FREON ecológico.
A geração de vapor no empreendimento será feita através de caldeira do tipo fogo tubular vertical, com capacidade para produzir até 200 Kg/vapor/hora que utilizará lenha como combustível, o consume médio diário de lenha está estimado em 1,5m³/dia, será instalada chaminé com altura de 6 metros do nível do solo.
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 2.1.1 RESERVA LEGAL E AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL
Não houve e não haverá necessidade de averbação de reserva legal, pois o empreendimento será instalado em área urbana. Não será necessária também obtenção de APEF, pois não há necessidade de supressão vegetal dentro ou fora dos limites do empreendimento. Foi verificado em vistoria que não será necessário a supressão de árvores e nem de vegetação arbustiva pois o terreno está ocupado em sua totalidade por pastagem (Brachiaria sp.)
2.1.2 INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
As instalações do empreendimento não irão ocorrer em área de preservação permanente segundo os estudos ambientais apresentados. A intervenção em Área de Preservação Permanente refere-se ao emissário da ETE, com área de 200 m2 sendo considerada de baixo impacto conforme Deliberação Normativa COPAM N° 76/2004.
Foi formalizado processo para referida regularização, sendo apresentado PTRF – Projeto Técnico de Recuperação da Flora para uma área de 200 m2, localizada adjacente ao empreendimento.
2.1.3 UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
Foi solicitado pelo empreendedor outorga para captação em poço tubular, Processo n.º 02359/2009, localizado nas seguintes coordenadas geográficas latitude 21°21’16,16” e longitude 46°30’22,43”. Foi outorgada uma vazão de 3.8 m³/hora com tempo de bombeamento de 14 horas/dia, totalizando 53,2 m³/dia. De acordo com a responsável pelos estudos para a segurança da qualidade da água será feita à desinfecção com cloro através de dosador automático na tubulação da entrada da caixa d’água.
O consumo de água por setor está descrito abaixo:
Currais e baias 5m³/dia, atordoamento 3m³/dia, sangria 5m³/dia, coureamento 3m³/dia, abertura 3m³/dia, retirada das vísceras 10m³/dia, cortes 2m³/dia, lavagem das carcaças 15m³/dia, lavagem de câmaras 1m³/dia, lavagem de pisos 6m³/dia, caldeira 2m³/dia. O total de água utilizada é de 55 m³/dia.
O armazenamento de água será feito em reservatório com capacidade para 15m³, fabricado em fibra de vidro, sendo a diferença hídrica suprida pelo reservatório e bombeamento nos finais de semana, quando não há previsão de operação do empreendimento.
3. IMPACTOS IDENTIFICADOS
3.1 - Impactos do processo de instalação
No período de instalação do empreendimento serão gerados efluentes sanitários, resíduos de obras de construção civil e movimentação de solo. Estes impactos não foram contemplados nos estudos ambientais apresentados no processo.
3.2- Despejos líquidos industriais
Será a principal fonte de poluição do empreendimento. As fontes que contribuem para a formação do mesmo são:
- Lavagem dos equipamentos industriais, utensílios utilizados no abate e limpeza dos pisos;
- Efluentes gerados na sangria e evisceração, limpeza de buchos, divisão e limpeza de carcaças, decapitação e cortes em geral;
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 - Efluentes provenientes da operação e limpeza das pocilgas e currais de espera, bem como de outras dependências externas do abatedouro
Os efluentes sanitários serão gerados no refeitório, vestiários e banheiros. A responsável pelos estudos considerou a geração de efluentes sanitários de acordo com a norma NBR- 7229/93, a geração de efluentes foi estimada em 1m³/dia para um número de 15 empregados. Já as águas pluviais são provenientes dos telhados e outras áreas de incidência de chuva.
Os efluentes líquidos provenientes da atividade de abates de animais quando despejados em cursos d’água sem o prévio tratamento causam a diminuição do oxigênio dissolvido, além de alterar outras características da qualidade de suas águas. Pode ser também responsável pela contaminação das águas com coliformes fecais e outros tipos de microrganismos patogênicos.
Quando despejados ou infiltrados no solo podem causar o acúmulo de substâncias tóxicas como nitratos e nitritos em função de sua biodegradação no solo e contaminar as águas subterrâneas. 3.3- Resíduos sólidos
Os resíduos sólidos provenientes da linha de abate serão; pêlos, provenientes da depilação de suínos e da cauda de bovinos, conteúdo do trato digestivo de bovinos e suínos, subprodutos advindos do abate, como ossos, cabeças, gorduras, medulas, muxibas e peças condenadas e resíduos recolhidos nas grades do sistema de tratamento e efluentes industriais.
Ainda serão gerados no empreendimento resíduos sólidos como: resíduos de madeira, esterco proveniente da limpeza das baias e currais, embalagens de lubrificantes, embalagens de produtos de limpeza e insumos, papeis e papelões, embalagens plásticas e fitas, sucatas metálicas, lixo do setor administrativo e refeitório, sobrecarga da caixa de gordura da ETE e lodo biológico.
Os resíduos provenientes do abate como as vísceras e sangue quando dispostos de forma incorreta podem causar a poluição dos solos e águas subterrâneas e serem atrativos para animais e insetos que são vetores de zoonóses.
3.4- Emissões atmosféricas
As emissões atmosféricas do empreendimento serão provenientes da queima de material lenhoso na caldeira que gerar vapor para o processo industrial. A caldeira possuirá capacidade para 200 kgvapor/hora de acordo com os estudos ambientais. O combustível da caldeira deverá ser certificado pelo órgão ambiental competente, na fase de operação do empreendimento.
4. MEDIDAS MITIGADORAS
4.1- Medidas mitigadora para o período de instalação
A SUPRAM Sul de Minas recomenda/determina para a mitigação dos efluentes gerados nos
sanitários sejam instalados banheiros químicos, suficientes para o número de empregados que irão trabalhar nas obras de instalação e elaboração de inventário com comprovação de destinação final ambientalmente adequada para os resíduos gerados na construção civil do empreendimento, figurando como condicionante n° 01 do Anexo I deste parecer.
4.2 - Geração de efluentes
O projeto da Estação de Tratamento de Efluentes Industriais, de acordo com a responsável pelos estudos, foi baseado na capacidade máxima de abate do empreendimento (50 cabeças/dia- 25
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 suínos e 25 bovinos) as vazões dos despejos foram estimadas com base de cálculos sugeridas pela literatura bibliográfica, bem como por projetos e levantamentos realizados no país e segundo consultas efetuadas a fabricantes e técnicos no setor de equipamentos para matadouros e frigoríficos.
Para o dimensionamento da ETE e projetista considerou uma DBO de 3000 mg/L e vazão de 700 litros para o abate de suínos e 1500 litros para o abate de bovinos encontrando as seguintes vazões:
Capacidade Máxima Diária de Abate
Quantidade de Efluente Gerada/ Animal Abatido
Total de Efluente Líquido Gerado por dia
Bovinos 25 1500 L ou 1,5m³ 37500L ou 37,5 m³
Suínos 25 700 L ou 0,7 m³ 17500L ou 17,5m³
Total 50 2200 L ou 2,2 m³ 55000 L ou 55 m³
A projetista ainda levou em consideração a geração de 1 m³/dia da geração de efluentes sanitários (pois pretende-se destinar os efluentes sanitários para a ETE industrial) e 1m³/dia de efluentes gerados no Lavador de veículos, que deverá possuir sistema de tratamento exclusivo, segundo projetista.
Os efluentes serão coletados em duas redes distintas denominadas linha verde e linha vermelha. Na linha verde são coletados os efluentes provenientes das seções de esvaziamento de buchos, preparo de barrigadas, currais e baias e apresenta uma vazão de aproximadamente 22 m³/dia, os despejos coletados pela linha vermelha são provenientes das operações de sangria, esfola, divisão das carcaças, decapitação e cortes em geral, está vazão foi estima em 33m³/dia. O volume de efluente para cada linha foi estimado em função do período de funcionamento do frigorífico que é de oito horas/dia Vazão (m³/h) Local Média Máxima Linha verde 2,2 2,75 Linha vermelha 3,3 4,125
De acordo com a projetista os despejos líquidos de frigoríficos apresentam as seguintes características físico-químicas:
• pH próximo do neutro;
• Concentrações de N e P são apropriadas para o tratamento biológico;
• Teor de óleo e graxas é elevado (da ordem de 400 mg/L), o que exigirá a inclusão de um sistema de remoção, antes do tratamento biológico;
• Teor de sólidos suspensos é relativamente alto, sendo constituído quase na totalidade de material orgânico. Para o cálculo da ETE a projetista adotou os dados provenientes do efluente tratado na ETE do Frigorífico Abatedouro Costa Tavares de Poço Fundo-MG. O equivalente populacional da ETE é de 3617 habitantes. Foram considerados como pontos de lançamento ao longo do processo produtivo:
-Plataforma de recepção; -Atordoamento; -Sangria; -Esfola; -Escaldagem; -Depilação; -Evisceração; -Resfriamento; -Secção de Cortes;
-Lavagem de pisos,equipamentos e câmaras frias; -Lavagem de caixas;
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 O sistema de tratamento do empreendimento consistirá de sistema preliminar e primário distintos para aproveitamento dos resíduos. A da linha vermelha será composta de sistema de gradeamento, seguida de caixa de gordura para remoção de grande quantidade de sólidos/gorduras presentes no despejo bruto. Já a linha verde será encaminhada para um sistema de gradeamento seguida separador de sólidos suspensos (esterqueira). Este sistema será construído em alvenaria.
Os efluentes provenientes da linha vermelha e linha verde serão unidos em decantador único antes de serem encaminhados para as lagoas aerada seguida de uma lagoa de decantação.
Estas lagoas serão escavadas e impermeabilizadas com geomembranas de PEAD com espessura mínima de 1 mm, ancoradas nas bordas dos taludes. A impermeabilização com geomembrana evita a percolação de efluentes e chorumes no solo e subsolo e conseqüente contaminação de recursos hídricos subterrâneos. Os taludes serão vegetados com gramíneas evitando processos erosivos. Foi realizada sondagem no local e de acordo com a responsável pela mesma o lençol freático encontra-se a mais de oito metros de profundidade.
O sangue será encaminhado para um reservatório móvel com capacidade de 2000 litros e deverá seguir para o pátio de compostagem.
Os efluentes gerados no refeitório e nos banheiros e vestiário serão previamente tratados em uma tanque séptico e posteriormente serão encaminhados para o tratamento secundário (Lagoas). O efluente gerado no leito de secagem será retornado para a lagoa aerada.
O equivalente populacional do efluente a ser gerado no empreendimento é referente a 3167 habitantes considerando-se uma vazão de 57 m³/dia. Abaixo está descrito o quadro referente a eficiência do tratamento proposto:
Unidades Eficiência do tratamento DBO afluente (mg/litro) DBO efluente (mg/litro)
Gradeamento, caixa de gordura. 20% 3000 2400
Decantador 40% 2400 1440
Lagoa aerada seguida de lagoa de decantação 95% 1440 72 A eficiência total do sistema de tratamento proposto está estimada em 85%.
Foi solicitado como informação complementar a apresentação de estudo de auto-depuração do curso d’água (sem nome definido). De acordo com estudo apresentado “O curso d’água somente
apresentara sinais de recuperação na concentração de Oxigênio Dissolvido a partir de 15 Km de percurso em um tempo de 1,0125 dias apresentando 1,57 mg/L OD. O sistema de tratamento proposto oferece eficiência de 96% concentração de DBO”.
4.3- Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos gerados no empreendimento estão descritos na tabela abaixo: Tabela1: Resíduos sólidos gerados no empreendimento e sua destinação
Resíduos Sólidos Quantidade gerada Classificação de acordo com a NBR 10.004
Resíduos de madeira 20 Kg/mês II
Cinzas 5 Kg/mês II
Esterco proveniente dos currais e baias 5400 Kg/dia II Conteúdo do trato digestivo de bovinos 900 Kg/dia II
Descarte de óleos lubrificantes 1,0L/mês II
Embalagens de lubrificantes 0,25 kg/mês II
Embalagens de produtos de limpeza e insumos 30,0 Kg/mês II
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Embalagens plásticas/fitas 0,5Kg/dia II
Sucatas Metálicas 15,0Kg/mês II
Lixo do setor administrativo e refeitório 150Kg/mês II
Resíduos recolhidos na peneira 1,0m³/mês II
Sobrenadante da Caixa de gordura 0,42m³/dia II
Lodo biológico 0,4m³/dia II
Nervos, osso e cartilagens 3000 Kg/dia II
De acordo com os estudos o armazenamento dos resíduos gerados no empreendimento será de acordo com a Deliberação Normativa n.º 07/81 e normas técnicas NBR 11.174.
Tabela 2: Armazenamento dos resíduos sólidos dentro do empreendimento
Resíduo Tipo de Armazenamento no empreendimento
Resíduos de cinzas Pátio de estocagem de lenha
Cinzas Pátio de estocagem de lenha
Lixo do setor administrativo e refeitório Pilhas em Depósito coberto Papel/Papelão Pilhas em depósito coberto Embalagens plásticas/fitas Pilhas em depósito coberto
Descartes de óleos lubrificantes Tambores de 200L com rótulo depósito de identificação em depósito coberto com sinalização de segurança
Embalagens de Lubrificantes Tambores de 200L com rótulo depósito de identificação em depósito coberto com sinalização
Embalagens de produtos de limpeza e insumos Pilhas em depósito coberto Sucatas Metálicas Pátio do matadouro
Esterco Proveniente dos currais e baias Pátio de Compostagem da Escola Agrotécnica de Muzambinho Conteúdo do trato digestivo de bovinos e
suínos
Pátio de Compostagem da Escola Agrotécnica de Muzambinho Resíduos recolhidos nas grades Pátio de Compostagem da Escola Agrotécnica de Muzambinho Sobrenadante da caixa de gordura Pátio de Compostagem da Escola Agrotécnica de Muzambinho
Ressalta-se que a Escola Agrotécnica de Muzambinho não possui regularização ambiental para realização de compostagem de resíduos, figurando como condicionante n° 02 do Anexo I deste parecer apresentação de proposta de envio dos resíduos sólidos para empresas devidamente licenciadas para tal atividade.
Tabela 3: Destinação Final dos resíduos sólidos
Resíduo Disposição Final
Resíduo de madeira Utilização como combustível na caldeira Esterco proveniente dos currais e baias Encaminhados ao processo de compostagem Conteúdo do trato digestivo de bovinos e suínos Encaminhados ao processo de compostagem Descarte de óleos lubrificantes Comercialização junto a empresas de refino de óleos-
Petrolub e Proluminas
Embalagens de lubrificantes Deverão ser encaminhadas para empresas especializadas no seu recolhimento.
Embalagens de produtos de limpeza e insumos
Comercializados com empresas de compra e venda de plásticos reutilizáveis
Coimbra Indústria MERCANTIL Comercial Senhor do Bonfim Papelão
Comercialização com indústrias de reciclagem de papel após a formação de um lote economicamente viável-Bom Pastor Ind de Papel Ltda ou Ipapéis Ltda Emblagens plásticas/fitas Comercializados com empresas de reciclgagem de
plásticos- Sudoeste Plásticos Ltda.
Sucatas metálicas Comercialização com empresa de fundição de aço- FORNAC
Lixo do setor administrativo e refeitório Coleta feita pelo serviço público municipal Resíduos recolhidos nas grades Digestores de graxaria terceirizada
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 Lodo Biológico
Desidratação em Leitos de secagem para posterior envio a propriedades rurais para ser utilizado como fertilizante.
Nervos, ossos e cartilagens Digestores de graxaria terceirizada
4.4 - Emissão atmosférica
A caldeira a ser instalada no empreendimento será com capacidade nominal de 300 kgvapor/hora, desprovida de sistema de controle.
Segundo o Anexo II da Deliberação Normativa COPAM n° 68/03, a obrigatoriedade de implantação sistema de controle de emissões em caldeiras a lenha para áreas urbanas é para equipamentos com capacidade nominal a partir de 1.000 kg.vapor/hora ou no caso dos laudos de medição de emissões não atenderem os padrões legais.
4.5 - Emissão de Ruídos
De acordo com os estudos as “estimativas preliminares, os ruídos no empreendimento não deverão ultrapassar os valores máximos permitidos pela legislação vigente no estado de Minas Gerais e a área selecionada para a instalação da indústria permite que o ruído existente não ofereça nenhum incômodo a população sendo a área industrial.” Na fase de operação do empreendimento o responsável pelo mesmo deverá promover testes para verificar os níveis de emissão de ruídos e seus impactos no entorno do empreendimento, caso estes níveis estejam foram dos padrões estabelecidos por lei o empreendedor deverá propor medidas para a mitigação deste impacto.
5. CONTROLE PROCESSUAL
O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação exigida.
O empreendimento é microempresa, conforme comprovado nos autos, sendo, portanto, isento do pagamento dos custos de análise.
O FCE foi assinado por procurador devidamente constituído.
O empreendedor comprova a publicação do pedido de Licença, em periódico local ou regional, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº 13/95.
O local de funcionamento do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão em conformidade com as leis e regulamentos municipais, segundo Declaração emitida pela Prefeitura Municipal.
As instalações do empreendimento não irão ocorrer em área de preservação permanente segundo os estudos ambientais apresentados. A intervenção em Área de Preservação Permanente refere-se ao emissário da ETE, com área de 200 m2 sendo considerada de baixo impacto conforme Deliberação Normativa COPAM N° 76/2004.
Foi formalizado processo para referida regularização, sendo apresentado PTRF – Projeto Técnico de Recuperação da Flora para uma área de 200 m2, localizada adjacente ao empreendimento.
Foi solicitado pelo empreendedor outorga para captação em poço tubular, Processo n.º 02359/2009, localizado nas seguintes coordenadas geográficas latitude 21°21’16,16” e longitude 46°30’22,43”.
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 Foi outorgada uma vazão de 3.8 m³/hora com tempo de bombeamento de 14 horas/dia. De acordo com a responsável pelos estudos para a segurança da qualidade da água será feita à desinfecção com cloro através de dosador automático na tubulação da entrada da caixa d’água.
O consumo de água por setor está descrito abaixo:
Currais e baias 5m³/dia, atordoamento 3m³/dia, sangria 5m³/dia, coureamento 3m³/dia, abertura 3m³/dia, retirada das vísceras 10m³/dia, cortes 2m³/dia, lavagem das carcaças 15m³/dia, lavagem de câmaras 1m³/dia, lavagem de pisos 6m³/dia, caldeira 2m³/dia. O total de água utilizada é de 55 m³/dia.
O armazenamento de água será feito em reservatório com capacidade para 15m³, fabricado em fibra de vidro.
DE ACORDO COM PREVISÃO DO DECRETO ESTADUAL Nº 44.844/2008, EM SEU ANEXO I, CÓDIDO 124, CONFIGURA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA GRAVÍSSIMA DEIXAR DE COMUNICAR A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES COM DANOS AMBINETAIS ÀS AUTORIDADES AMBIENTAIS COMPETENTES.
NÚCLEO DE EMERGENCIA AMBIENTAL – NEA - CONTATO NEA: (31) 9822.3947.
5- CONCLUSÃO
Este parecer é favorável à concessão da Licença Prévia concomitante com Licença de
Instalação para empreendimento JOÃO EDUARDO MACHADO - ME, para atividade abate de animais de médio e grande porte, situado no município de Muzambinho -MG, processo COPAM 17703/2008/001/2009, com validade de 2 anos, condicionando esta licença ao atendimento das exigências no ANEXO I dentro dos prazos estipulados e regularização de intervenção em Área de Preservação Permanente em área de 200 m2, conforme Processo Nº - 4135/2009
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do Certificado de Licenciamento Ambiental a ser emitido.
Data: 14/08/2009
Equipe interdisciplinar: Registro de Classe: Assinatura:
Daniel Iscold MASP 1147294-1 ORIGINAL ASSINADO
Gizele Lourenço CREA 102003/D ORIGINAL ASSINADO
Josiane de Freitas CRQ 02301651 ORIGINAL ASSINADO
Leandro Coelho Naves MAT 1.208.499-2 ORIGINAL ASSINADO
Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº109.624 ORIGINAL ASSINADO
Ciente:
Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico – SUPRAM SM
Rua Julio César de Oliveira, 160 – Jardim dos Pássaros - DATA: 14/08/2009 ANEXO I
Processo COPAM Nº: 17703/2008/001/2009 Classe/Porte: 3/M Empreendimento: JOÃO EDUARDO MACHADO
Atividade: Abate de Animais de médio e grande porte (suínos e bovinos) Endereço: Rodovia BR-491 Km 104
Localização: Distrito Industrial Município: Muzambinho
Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA VALIDADE: 2 anos
ITEM DESCRIÇÃO PRAZO*
1
Instalar Banheiros Químicos suficientes para o número de funcionários que irão trabalhar nas obras de instalação do empreendimento. Comprovar a instalação através de relatório fotográfico
No período da instalação do empreendimento
2
Apresentar proposta de envio dos resíduos sólidos que seriam destinados ao pátio de compostagem da escola agrotécnica de Muzambinho, os mesmos deverão ser destinados para empresas devidamente licenciadas para tal atividade.
Na formalização da LO
Data: 14/08/2009
Equipe interdisciplinar: Registro de Classe: Assinatura:
Daniel Iscold MASP 1147294-1 ORIGINAL ASSINADO
Gizele Lourenço CREA 102003/D ORIGINAL ASSINADO
Josiane de Freitas CRQ 02301651 ORIGINAL ASSINADO
Leandro Coelho Naves MAT 1.208.499-2 ORIGINAL ASSINADO
Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº109.624 ORIGINAL ASSINADO
Ciente:
Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico – SUPRAM SM