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PROCESSO CIVIL. A Fazenda Pública é a Administração Pública por qualquer de suas entidades da administração direta: União, Estados e Municípios.

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PONTO: PRAZOS

“Em se tratando de prazos, o intérprete, sempre que possível, deve orientar-se pela exegese mais liberal, atento às tendências do processo civil contemporâneo – calcado nos princípios da efetividade e da instrumentalidade – e à advertência da doutrina de que as sutilezas da lei nunca devem servir para impedir o exercício de um direito.(Revista do Superior Tribunal de Justiça 34/362) .

Art. 177 - Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa.

Prazos para a Fazenda Pública ou o Ministério Público

Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

A Fazenda Pública é a Administração Pública por qualquer de suas entidades da administração direta: União, Estados e Municípios.

As empresas públicas e sociedades de economia mista não fazem jus ao benefício do prazo.

Autarquias e Fundações Públicas: Por expressa disposição de lei (DL 7659/45, 1o), as autarquias já podiam utilizar-se da prerrogativa do prazo. O CPC 188 se aplica, igualmente, às fundações públicas: “Art. 10. Aplica-se às autarquias e fundações públicas o disposto nos arts. 188 e 475 caput e no seu inciso II, do Código de Processo Civil” (Lei 9469/97)

No que tange à Defensoria Pública, não se aplica o art. 188 do CPC. Entretanto, os defensores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios têm as prerrogativas de serem intimados pessoalmente nos processos em que atuam e de gozarem da contagem em dobro de todos os prazos processuais, forte na Lei Complementar 80/94 – Lei da Defensoria Pública.

Sendo requisito legal a simultaneidade, entre contestação e reconvenção, fica igualmente, nos casos do art. 191 e 188 do CPC, quadruplicado e duplicado o prazo para reconvir. Tal não se aplica para a exceção. Poderá o réu reconvir sem contestar, entretanto se optar pelas duas formas de resposta deverá ser simultânea.

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Prazos para Liticonsortes com Diferentes Procuradores

Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

A duplicação dos prazos beneficia tanto os litisconsortes ativos como os litisconsortes passivos. Importante que sejam diferentes os procuradores. Na expressão ‘falar nos autos’ estão abrangidas todas as manifestações da parte no processo, inclusive contrarrazões de recursos. Aplica-se o art. 191 somente enquanto durar o litisconsórcio. Duplicação de prazos legais e não de prazos judiciais.

Se a parte for litisconsorte da Fazenda Pública ou do MP, aplica-se a estes últimos o art. 188 e, para falar nos autos, o art. 191. Ao particular se aplica somente o art. 191. Não há aplicação cumulativa do art. 188 e art. 191. Súmula 641 do STF: “Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido”

PROCESSO CIVIL. REVISIONAL DE ALUGUEL. LITISCONSORTES COM PROCURADORES DIVERSOS. BENEFÍCIO DO PRAZO EM DOBRO PARA CONTESTAR. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 191 DO CPC. 1. No âmbito desta Corte, prevalece o entendimento de que a regra mais benéfica do artigo 191 do Códex Instrumental, qual seja, a contagem em dobro dos prazos, independe de prévia declaração dos litisconsortes e é aplicável, ainda que fora do prazo simples. Precedentes. 2. Mesmo que o magistrado não esteja adstrito ao laudo, não ofende ao princípio da livre apreciação da prova a utilização de perito da sua confiança a fim de formar seu convencimento, conforme faculta-lhe o Código de Processo, haja vista ser o destinatário final da prova. 3. Agravo regimental improvido. (AgRg no Ag 1146930/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 09/03/2010, DJe 12/04/2010)

PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CONSIDERADA INTEMPESTIVA. DESCONSIDERAÇÃO DO PRAZO EM DOBRO, DECORRENTE DO LITISCONSÓRCIO. VIOLAÇÃO DO ART. 191 DO CPC. INEXISTÊNCIA. 1. Hipótese em que o Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública contra cinco réus. Ao receber a petição inicial e determinar o processamento do feito, o juiz de 1º grau decidiu, de plano, excluir quatro deles, permanecendo no pólo passivo apenas o recorrente. 2. Embora o Parquet tenha interposto Agravo de Instrumento, não obteve efeito suspensivo e, ao

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litisconsórcio, na origem, foi desfeito desde o despacho inicial. 3. Importa, dessa forma, destacar que jamais existiu, concretamente, litisconsórcio na Ação Civil Pública. 4. Nessa circunstância, o prazo para interposição de recursos não sofre incidência do art. 191 do CPC. Precedentes do STJ. 5. No caso, a sentença foi publicada em 11.2.2008; os aclaratórios opostos em 19.2.2008 foram considerados intempestivos por decisão publicada em 14.3.2008; e, finalmente, a apelação foi protocolada em 27.3.2008. 6. Correta a decisão que julgou intempestivos os Embargos de Declaração, pois não se aplicou, na espécie, a situação descrita no art. 191 do CPC. 7. Tampouco merece reparo a decisão que inadmitiu a Apelação. O STJ possui orientação pacificada no sentido de que os aclaratórios intempestivos não interrompem o prazo para interposição de outros recursos. 8. Recurso Especial não provido. (REsp 1178061/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/04/2010, DJe 19/05/2010)

"Em interpretação integrativa, é de aplicar-se a regra benévola do art. 191, CPC, mesmo quando apenas um dos co-réus contesta o feito, e no prazo duplo." (REsp 277.155/PR, Rel. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA).

Prazos Próprios e Impróprios

- Prazos Próprios: São os fixados para as partes, cuja inobservância

acarreta desvantagem para aquele que o descumpriu, gera a imediata perda do direito de prática do ato processual, independentemente de manifestação judicial. A inobservância do prazo próprio gera o

fenômeno processual da preclusão.

A preclusão processual é a perda do direito processual, a perda da faculdade de realizar o ato processual, em virtude do seu não-exercício no tempo útil. É princípio básico e fundamental do direito processual. A preclusão aqui referida é a preclusão temporal, sendo um dos efeitos da inércia da parte, acarretando a perda da faculdade de praticar o ato processual.1Em regra, não haverá preclusão temporal para o juiz.

Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

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Não confundir com a preclusão lógica e com a preclusão consumativa. Preclusão lógica: incompatibilidade entre o ato praticado e outro que se queira praticar. Preclusão consumativa: fundamento no art. 473, o ato já foi realizado, não importando se com bom ou mal êxito, não sendo possível tornar a realizá-lo.

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§ 1o Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. § 2o Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que Ihe assinar.

A justa causa referida nos §§1o e 2o é o impedimento eficaz que por si só faz com que não se possa realizar o ato processual. Importante que este impedimento deve ser alheio à vontade da parte ou interessado e conseqüência de fato ou evento imprevisto.

Súmula n.º 418/STJ: "É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação."

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. TEMPESTIVIDADE. INTERPOSIÇÃO ANTES DO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. FORMAÇÃO DO AGRAVO. ÔNUS DO AGRAVANTE. - É extemporâneo o recurso especial interposto antes do julgamento dos embargos de declaração, salvo se houver reiteração posterior, porquanto o prazo para recorrer só começa a fluir após a publicação do acórdão integrativo. - É vedada a juntada posterior de quaisquer das peças essenciais à formação do instrumento. Agravo no agravo de instrumento não provido. (AgRg no Ag 1299791 / RJ, Ministra

NANCY ANDRIGHI, Terceira Turma, p. em 3/08/2010 e p. no DJe de 09/08/2010)

PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO ANTES DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO. INTEMPESTIVIDADE. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS. 1. O dies a quo para a oposição dos embargos declaratórios dá-se com a publicação do acórdão atacado na imprensa oficial, sendo intempestivos aqueles manifestados antes desse ato, pois "A extemporaneidade do recurso ocorre não apenas quando é interposto além do prazo legal, mas também quando vem à luz aquém do termo inicial da existência jurídica do decisório alvejado" (EDcl no REsp 210.522/MS, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJ de 25/2/02). 2. Embargos de declaração não conhecidos. (EDcl no AgRg no Ag 898.919/RS, Quinta Turma, da minha relatoria, DJe 28/10/08)

PROCESSUAL CIVIL. SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO INTERPOSTO ANTES DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO. INTEMPESTIVIDADE. PRECEDENTES DO STJ E DO STF. EMBARGOS NÃO-CONHECIDOS.

1. É assente na jurisprudência do STF e do STJ que a intempestividade recursal advém não só de manifestação tardia da parte, mas, igualmente, da impugnação prematura. 2. Embargos de

declaração não-conhecidos. (EDcl na SE 3660/GB, minha relatoria, Corte Especial, DJe 8/3/10, original sem grifo)

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A parada dos serviços judiciais, em razão de greve do funcionalismo, constitui obstáculo ao curso regular do prazo recursal (STJ, Resp 11618).

Os atestados médicos graciosos, além de vagos e imprecisos, e após o indeferimento do recurso intempestivo, não comprovam força maior impeditiva da prática do ato processual (Revista Trimestral de Jurisprudência do STF 91/143)

- Prazos Impróprios: São os prazos destinados ao juiz, aos órgãos

judiciários e aos auxiliares da justiça, cuja inobservância não acarreta situação processual detrimentosa para aquele que o descumpriu. Pode dar ensejo à sanções disciplinares. O ato processual praticado além do prazo impróprio é válido e eficaz. Não há preclusão temporal.

Regra Geral do Curso dos Prazos Art. 241. Começa a correr o prazo:

I – quando a citação ou intimação for pelo correio, da data da juntada aos autos do aviso de recebimento;

Ciência Inequívoca: Na visão de Luiz Fux e Humberto Theodoro. Caso o advogado do réu tenha juntado procuração aos autos, ou retirado os autos do cartório, a partir desses momentos é que se conta o prazo para contestar, sendo prescindível a publicação de qualquer ato pela imprensa oficial, como também é desnecessária a juntada do mandado ou aviso de recebimento aos autos: o prazo se inicia com a ciência inequívoca de que existe ação proposta contra o réu.

II – quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido;

III – quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido;

Não se aplica esta regra no processo de execução, para efeitos de contagem do prazo para o ajuizamento da ação de embargos do devedor. Na execução cada executado é considerado autônoma e individualmente, de modo que o prazo para cada um embargar é

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singular: conta-se a partir da juntada do respectivo mandado de citação cumprido aos autos e não do último mandado (CPC 738, §1o)

§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de cônjuges.

Art. 184 - Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.

§ 1º. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que:

I - for determinado o fechamento do fórum;

II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

§ 2º. Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e parágrafo único).

Nenhum prazo se inicia ou extingue em dia não útil. Sábado é dia não útil para a contagem de prazos, não havendo expediente forense.

A regra sobre a contagem dos prazos no sistema do CPC é a de que o dia do início não se computa no termo, no qual se inclui o dia do final. Quando o expediente forense for anormal, não se tem início nem término de prazo naquele dia.

Para efeito de contagem de prazo, deve ter-se como equiparado ao dia não-útil aquele em que o expediente encerra-se anormalmente. Deste modo, o prazo começará a fluir do primeiro dia útil subseqüente, em que haja expediente normal (STJ, 3a. T, Resp 11234-SP)

“Publicada no Sábado, considera-se a intimação como feita no primeiro dia útil, contando-se daí o prazo para recorrer” (STJ, 3a Turma, Resp 533-488- PB)

“Feita a intimação no sábado (onde não houver expediente forense) ou no domingo, o primeiro dia do prazo, havendo expediente na segunda-feira, será a terça-feira (RSTJ 56/271)

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Súmula 310 do STF: Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita neste dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.

No caso de intimação pelo Diário da Justiça Eletrônico, os prazos serão contados segundo as regras comuns já vigorantes para as comunicações de atos processuais pela imprensa escrita.

A Lei n. 11.419 define como data da publicação, para efeito da eficácia da intimação “o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico”(art.

4o, §3o). Conseqüentemente, os prazos, que se abrem em função

dessa modalidade de intimação,“terão início no primeiro dia útil

que se seguir ao considerado como data da publicação” (art. 4o,

§4o)

Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

Esta regra é subsidiária, pois havendo prazo legal ou este sendo assinado pelo juiz, não aplica-se o art. 185. Na seqüência didática observa-se: Quando houver prazo legal, expressamente determinado pela lei, deve prevalecer sobre a regra subsidiária do art. 185. Apenas quando a lei não estabelecer o prazo é que pode o juiz fixá-lo. Na ausência de previsão legal expressa, bem como na falta de assinação pelo juiz, incide a regra geral de que trata este artigo.

Prazos Regressivos

Como prazos regressivos previstos no CPC podemos elencar por exemplo:

- protocolo do rol de testemunhas 10 dias antes da audiência de instrução e julgamento, se outro não for determinado pelo juiz (art. 407);

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Aplica-se as regras gerais dos prazos progressivos, com observações a serem feitas ...

A contagem é iniciada no primeiro dia útil anterior (Resp 299.211/MG) e, repita-se, é realizada de modo regressivo. O dia do término do prazo (dies ad quem) deve também ser útil (Resp 5.510/MG). Eventualmente, se o termo final recair em data que não haja expediente forense, ele deverá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior. Note que aqui reside um ponto importante da distinção entre o prazo regressivo e o progressivo. Quando o final do prazo se dá, por exemplo, em um sábado (em que não haja expediente forense), a prática válida do ato poderá ocorrer até sexta-feira e não se prorroga até segunda-feira. A título de exemplo, imagine-se que certa audiência seja realizada no dia 15 do mês. O dies a quo é 15. A contagem se inicia no primeiro dia útil imediatamente anterior (dia 14, aqui considerado útil). Contados os dez dias, o dies ad quem será 5. Eventualmente, se não ocorrer expediente nessa data, o prazo será antecipado para 4 ou para o primeiro dia útil que lhe seja anterior.2

PONTO: CITAÇÃO

Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.

- A citação visa cientificar o demandado dos termos em que proposta ação.

- Ampla defesa e contraditório.

Art. 234. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

- Na regra, a intimação é realizada para o advogado. Nota de Expediente - Publicação/Disponibilização no Diário de Justiça Eletrônico.

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Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

- 5 efeitos típicos da citação válida: a) torna prevento o juízo (fixa a competência do juízo); b) induz litispendência (indica que pende a lide ao demandado); c) faz litigiosa a coisa (a demanda para o réu); e mesmo que ordenada por juiz incompetente d) constitui em mora o devedor; e) interrompe a prescrição.

- Outros efeitos: vedação a adição ou modificação do pedido, sem o consentimento da outra parte.

§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura

da ação.

§ 2o Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez)

dias subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.

§ 3o Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o

máximo de 90 (noventa) dias.

§ 4o Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos

parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição.

- Não haverá a interrupção da prescrição com retroação à data da propositura da ação se a parte não requerer a citação ou se mostrar omissa ou relapsa em relação à concretização do ato.

§ 5o O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição.

§ 6o Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo

anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento.

Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei.

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Art. 221. A citação far-se-á: I - pelo correio;

II - por oficial de justiça; III - por edital.

IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

CORREIO

Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto:

O juiz de uma comarca poderá determinar a citação do réu que reside em outra comarca.

a) nas ações de estado;

- Refere-se as ações que denotam a posição da pessoa diante do ordenamento jurídico: exemplo: separação judicial, divórcio, anulação de casamento, interdição...)

b) quando for ré pessoa incapaz;

c) quando for ré pessoa de direito público; d) nos processos de execução;

e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;

f) quando o autor a requerer de outra forma.

Regra geral é a citação pelo correio.

OFICIAL DE JUSTIÇA

Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou quando frustrada a citação pelo correio.

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Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.

- A citação por hora certa não necessita de nova determinação judicial para que se realize. Há dois pressupostos que a legitimam: a)

efetiva procura do citando; b) suspeita de ocultação.

- É imprescindível que o oficial de justiça certifique os dias e horários que tentou citar o réu antes da citação por hora certa sob pena de nulidade do ato.

Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.

§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça

procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.

§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará

contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.

O art. 9º, II do CPC é expresso ao irradiar a ampla defesa e o contraditório. Ocorre que referido inciso dispõe acerca da determinação dada ao juiz para que ao revel citado por edital ou com hora certa, seja nomeado curador especial. Assim, com base na ampla defesa, somente haverá necessidade de o juiz nomear curador especial, se o réu que tiver sido citado fictamente (por edital ou com hora certa) tornar-se revel, deixando de comparecer ao processo e não apresentando contestação.

“Art. 9º O juiz dará curador especial:

I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele;

II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.”

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Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência. Art. 230. Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.(Redação dada pela Lei nº 8.710, de 24.9.1993)

Questões

01. ( ) Considera-se “preclusão lógica” a que se opera em razão da faculdade processual já ter sido exercida.

02. ( ) Consideram-se prazos impróprios aqueles cujo descumprimento não gera conseqüências processuais, mas apenas disciplinares, como é o caso do prazo conferido ao juiz para proferir a sentença ou aos serventuários para praticar atos de sua atribuição.

03. ( ) nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas.

04. ( ) a citação pelo correio, para qualquer comarca do País, é válida quando for a ré pessoa de Direito Público e nos processos de execução. 05. O despacho que ordenar a citação se prolatado por juiz

a) competente, constitui em mora o devedor e suspende a prescrição. b) competente ou incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

c) incompetente, constitui em mora o devedor mas não interrompe a prescrição.

d) competente, não constitui em mora o devedor mas suspende a prescrição.

e) incompetente, constitui em mora o devedor e suspende prescrição. 06. A citação poderá ser feita pelo correio:

a) se for ré pessoa incapaz.

b) se o réu residir em outra Comarca.

c) se for ré pessoa jurídica de direito público. d) no processo de execução.

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07. ( )Quando não for possível fazer citação por correio, ela será feita por meio do oficial de justiça, na pessoa do réu ou de seu advogado, se este tiver procuração para o foro em geral, o que confere ao advogado poderes para receber a citação de seu cliente.

08. ( ) A citação com hora certa pode ser efetuada quando o oficial de justiça, além de suspeitar que o réu se oculta para evitar a citação, não conseguir encontrá-lo em seu domicílio ou residência, por três vezes, para dar-lhe pessoalmente a ciência do ato cuja prática foi-lhe incumbida.

09. ( ) Citação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa. 10. ( ) De acordo com o Código de Processo Civil, quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, havendo suspeita de ocultação, será feita a citação por edital.

11. ( ) Começa a correr o prazo quando a citação ou intimação for pelo correio, da data em que recebida a carta pela parte.

12. ( ) Começa a correr o prazo quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido

13. O mandado de citação cumprido validamente por oficial de justiça, porém ordenado por juiz incompetente para processar o feito, produzirá os seguintes efeitos:

(A) prevenção do juízo, interrupção da prescrição e constituição em mora do devedor citado.

(B) prevenção do juízo, litigiosidade da coisa demandada e litispendência.

(C) constituição em mora do devedor citado e suspensão da prescrição. (D) interrupção da prescrição e constituição em mora do devedor citado. (E) litispendência e prevenção do juízo.

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14. A citação cível poderá ser feita por via postal (A) nas ações de alimentos.

(B) nas ações de estado.

(C) quando o réu for pessoa incapaz.

(D) quando o réu for pessoa de direito público. (E) nos processos de execução.

15. O oficial de justiça, ao receber para cumprimento um mandado de citação em ação cautelar inominada oriundo de Vara Cível do Foro Regional do Alto Petrópolis, Comarca de Porto Alegre-RS, verificou que o endereço indicado para a realização da diligência situa-se em comarca vizinha, na Região Metropolitana. O auxiliar do juízo, em face dessas circunstâncias,

(A) por estar impedido de atuar fora da jurisdição da Comarca de Porto Alegre, deverá certificar a impossibilidade de cumprimento do mandado e devolvê-lo ao cartório.

(B) poderá efetuar a diligência, pois não está impedido de atuar nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana.

(C) deverá cumprir, incontinente, a diligência, pois este é o seu dever de ofício, sendo-lhe vedada qualquer discricionariedade na atuação.

(D) poderá contatar outro oficial de justiça atuante na comarca onde a diligência deve ser realizada e, havendo anuência, transferir-lhe o encargo, por termo lançado no próprio mandado.

(E) poderá cumprir o mandado, mas antes deverá solicitar autorização ao juiz de direito diretor do foro da comarca que jurisdiciona o endereço indicado.

16. ( ) Havendo litisconsórcio passivo entre a fazenda pública e outra

pessoa, o prazo para recorrer será em quádruplo, pois o prazo normal em dobro deverá ser dobrado novamente, por conta do peculiar regime de prazo de litisconsortes com procuradores distintos.

17. ( ) Ao réu citado por edital ou com hora certa deve o juiz dar curador especial.

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18. ( ) Em razão do princípio da ampla defesa, em sendo revel o réu, cumpre ao juiz nomear-lhe curador especial, ainda que tenha havido defesa apresentada por outro litisconsorte.

Referências

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