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MINISTÉRIO DA SAÚDE ESTUDO MULTICÊNTRICO SOBRE CONSUMO ALIMENTAR. Organizadores:

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Academic year: 2021

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

ESTUDO MULTICÊNTRICO SOBRE CONSUMO ALIMENTAR

Organizadores:

Dra Maria Antonia Martins Galeazzi

Dra Semiramis M. Alvares Domene

Dra. Rosely Schieri

Apoio Informático:

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1. INTRODUÇÃO 5 2. METODOLOGIA 6 2.1. Consumo Familiar 8 2.2. Consumo Individual 8 2.3. Plano Amostral 9 3. RESULTADOS 11

3.1. Tamanho médio das famílias e distribuição dos domicílios segundo

faixas de renda 11

3.2. Consumo Alimentar 11

3.2.1. Comportamento em Consumo Alimentar - aspectos

socioeconômicos 11

3.2.2. Consumo Familiar 12

3.2.2.1. Disponibilidade de alimentos. Adequação

de energia e nutrientes 12

3.2.2.1.1. Disponibilidade de energia 13 3.2.2.1.2. Disponibilidade de proteínas. 13 3.2.2.1.3. Disponibilidade de minerais. 17 3.2.2.1.4. Disponibilidade de vitaminas 19 3.2.2.2. Caracterização do padrão de consumo-

ordenação dos alimentos segundo ordem de importância quanto à contribuição energética nas

diferentes classes de renda. 24

3.2.2.2.1. Campinas 25

3.2.2.2.2. Goiânia 26

3.2.2.2.3. Ouro Preto 28

3.2.2.2.4. Rio de Janeiro 29

3.2.2.3. Indicador para cesta básica 30

3.2.3. Consumo Individual 39 3.2.3.1. Rio de Janeiro 39 3.2.3.2. Campinas 41 3.2.3.3. Curitiba 43 3.2.3.4. Goiânia 45 3.2.3.5. Ouro Preto 47 4. CONCLUSÕES 49 5. RECOMENDAÇÕES 51 6. BIBLIOGRAFIA 52 Anexo I 55

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QUADROS

Quadro 1. Descrição da pesquisa de campo em cada município 10 Quadro 2. Cesta Básica proposta: alimentos e quantidades necessárias para

atender 80% das recomendações nutricionais de uma família padrão

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TABELAS

Tabela 1. Distribuição dos domicílios segundo faixas de renda (Salário mínimo per

capita) Campinas, Goiânia, Ouro Preto e Rio de Janeiro 11 Tabela 2. Gasto médio em alimentação em número de salários mínimos, por faixa

de renda familiar - Campinas, Ouro Preto, Goiânia 12 Tabela 3. Adequação percentual de energia disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município 13

Tabela 4. Adequação percentual de proteína disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município. 14

Tabela 5. Adequação percentual de cálcio disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município 18

Tabela 6. Adequação percentual de fósforo disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município 18

Tabela 7. Adequação percentual de ferro disponível nos domicílios, estratificada por

faixa de renda em cada município 19

Tabela 8. Adequação percentual de retinol disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município 20

Tabela 9. Adequação percentual de Vit. B1 disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município 21

Tabela 10. Adequação percentual de Vit. B2 disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município 21

Tabela 11. Adequação percentual de Vit. C disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município 21

Tabela 12. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa

de renda, no município de Campinas 26

Tabela 13. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa

de renda, no município de Goiânia 27

Tabela 14. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa

de renda, no município de Ouro Preto 28

Tabela 15. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa

de renda, no município do Rio de Janeiro 29

Tabela 16a. Relação de alimentos mais consumidos e situação quanto ao

fornecimento diário per capita de energia em cada município 31 Tabela 16b. Relação de alimentos mais consumidos e situação quanto ao

fornecimento diário per capita de proteína em cada município 32 Tabela 17a. Variação, em porcentagem, do consumo dos alimentos mais

(4)

sexo, Rio de Janeiro 40 Tabela 20. Médias e desvios padrão do consumo de nutrientes no município de

Campinas 41 Tabela 21. Percentual de indivíduos com consumo inadequado, segundo idade e

sexo, Campinas 42

Tabela 22. Médias e desvios padrão do consumo de nutrientes no município de

Curitiba 43

Tabela 23. Percentual de indivíduos com consumo inadequado, segundo idade e

sexo, Curitiba 44

Tabela 24. Médias e desvios padrão do consumo de nutrientes no município de

Goiânia 45

Tabela 25. Percentual de indivíduos com consumo inadequado, segundo idade e

sexo, Goiânia 46

Tabela 26. Médias de consumo de nutrientes no município de Ouro Preto (urbano +

rural) 47

Tabela 27. Percentual de indivíduos com consumo inadequado, segundo idade e

sexo, Ouro Preto 48

FIGURAS

Figura 1. Adequação percentual de energia disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município. 15

Figura 2. Adequação percentual de proteína disponível nos domicílios, estratificada

por faixa de renda em cada município. 16

Figura 3. Adequação percentual de minerais disponíveis nos domicílios,

estratificada por faixa de renda em cada município. 22 Figura 4. Adequação percentual de retinol, vitamina B1 e vitamina B2 disponíveis

nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município. 23 Figura 5. Adequação percentual de Vitamina C disponível nos domicílios,

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Apresentação

O Caderno Especial do NEPA traz em momento oportuno resultados da parceria Ministério da Saúde, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal de Ouro Preto e Universidade Federal de Goiás para realização do Estudo Multicêntrico de Consumo Familiar de Alimentos realizado nas cidades de Rio de Janeiro, Goiânia, Campinas, Ouro Preto e Curitiba no ano de 1996/1997. Sob a coordenação da UNICAMP e UERJ o presente estudo ao utilizar duas metodologias, o Inquérito de Consumo Familiar (InCF) e o Inquérito de Consumo Individual (ICI), veio preencher a lacuna existente quanto ao conhecimento do perfil alimentar e nutricional da população brasileira.

Esperamos que esta publicação possa ser útil aos diferentes profissionais que trabalham nas áreas correlatas de Nutrição, Saúde Coletiva e Políticas Públicas.

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1- INTRODUÇÃO

A avaliação do padrão de consumo de alimentos por uma população é informação básica para o direcionamento de políticas em várias áreas: agricultura (no que se refere tanto à produção quanto ao armazenamento e transporte), comércio e saúde, entre outras. No Brasil, o último levantamento a esse respeito data de 22 anos, e não existem dados atualizados sobre o assunto. Ao mesmo tempo, são graves e flagrantes os problemas decorrentes da inadequação de consumo de alimentos. De um lado, apesar do inegável impacto das ações básicas de saúde, tem-se a manutenção de um quadro de morbi-mortalidade infantil caracterizado por doenças infecto-contagiosas e desnutrição, típico de populações carentes; de outro, acompanha-se o aumento da prevalência de doenças crônicas, um fenômeno característico de populações em processo de enriquecimento. Tal situação desenha um perfil epidemiológico complexo, que exige acompanhamento competente e minucioso, a fim de subsidiar políticas de intervenção. Como dificuldade adicional, as dimensões territoriais do país, bem como sua diversidade regional, são fatores que dificultam a operacionalização de levantamentos.

As informações sobre consumo alimentar da população são escassas e ainda hoje, a melhor fonte de dados data de 1974/75, proveniente do Estudo Nacional sobre Despesa Familiar - ENDEF, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. As pesquisas mais recentes não tiveram enfoque no consumo alimentar. Foram elas a Pesquisa de Orçamento Familiar - POF, realizada também pelo IBGE em 1987/88, com enfoque econômico, e a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição - PNSN de 1989, realizada em parceria entre o Ministério da Saúde, o IBGE e o IPEA - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas. Além disso, é de conhecimento geral que o Brasil apresentou mudanças drásticas em seu perfil socioeconômico e demográfico nos anos que se seguiram ao ENDEF. A urbanização acelerada, a estagnação econômica, o processo inflacionário e inúmeras políticas de ajuste econômico afetaram concretamente o padrão alimentar da população. Por estes motivos, faz-se urgente e necessária a monitorização do consumo de alimentos com o propósito de nortear o planejamento das ações do governo, não só no que diz respeito à fome e à desnutrição, mas também no que se refere a políticas de distribuição e abastecimento, tendo em vista que o impacto da inadequação alimentar não deve ser visto apenas do ponto de vista da carência.

Considerando a importância da realização de estudos de consumo alimentar no Brasil e a lacuna existente neste momento, o Ministério da Saúde coloca à disposição os dados obtidos pelo Estudo Multicêntrico sobre Consumo de Alimentos a partir do trabalho realizado

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com universidades brasileiras no ano de 1996 e que levantou o consumo alimentar em 5 cidades do país: Campinas, Curitiba, Goiânia, Ouro Preto e Rio de Janeiro, e representou um esforço conjunto da comunidade acadêmica e do MS no sentido de avaliar metodologias de inquérito dietético e trazer informações novas sobre o consumo alimentar da população. Os inquéritos foram realizados avaliando o consumo familiar mensal e o consumo individual através de questionário de freqüência.

Finalmente vale ressaltar que este estudo, de identificação e avaliação de padrões alimentares, busca contribuir com indicadores para uma Política Nacional de Segurança Alimentar.

2. METODOLOGIA

As técnicas tradicionais de levantamento dietético existentes e usualmente utilizadas, como o inquérito recordatório, ou o acompanhamento diário da elaboração e consumo dos alimentos no domicílio familiar não se adequavam aos pré-requisitos propostos, por apresentarem baixa precisão e reprodutibilidade (BINGHAM, 1987; WILLETT, 1990); por isso parte deste estudo baseou-se em uma metodologia rápida e de menor custo para a coleta de uma grande quantidade de informações, desde características socioeconômicas, serviços de infra-estrutura mais utilizados e caracterização da família, aqui chamado de consumo familiar, e que tomou como base a metodologia desenvolvida por Galeazzi e colaboradores (1981) para o Município de Mogi-Guaçú (SP), intitulada "Perfil de Consumo e Nutricional de Famílias de Escolares em Escolas Públicas de 1° grau" que abrangeu 900 crianças matriculadas nas escolas públicas de 1° grau em um universo de 5.400 indivíduos. O instrumento utilizado em Mogi-Guaçu, assim como a sua forma de aplicação foi adaptado em 1992 para ser utilizado no Município de Campinas (SP) por um grupo de trabalho multiprofissional constituído no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação - Unicamp. Este Núcleo coordenou toda a pesquisa, desde a amostragem da população até a elaboração do sistema de armazenamento e análise dos dados coletados. A descrição da

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intervenção. Desta forma, tem indicações específicas quanto ao resultado que gera, destinando-se a desenhar o perfil de consumo e caracterizar a família do ponto de vista socioeconômico e cultural. Sua aplicação permite o estabelecimento da situação de risco nutricional, e informa sobre a situação da família quanto ao acesso a equipamentos de abastecimento.

Com estes elementos, o estudo tem enfoque no dimensionamento da disponibilidade familiar de 100 gêneros alimentares, incluídos no instrumento de investigação a partir da sua ocorrência em levantamentos-piloto, de forma a garantir a adoção de uma lista ao mesmo tempo compreensiva e adequada ao universo em estudo. O formulário de entrada de dados permite a inclusão de itens que, embora de ocorrência eventual, apresentem consumo significativo, determinado por hábitos regionais, por exemplo. A coleta de dados foi padronizada para cada um dos municípios através de software específico desenvolvido para este estudo no NEPA/UNICAMP.

Avaliou-se também o consumo alimentar individual utilizando questionário de freqüência de consumo de alimentos, desenhado para a população brasileira e que foi pré-validado em estudo realizado no Rio de Janeiro.

Esta foi uma importante oportunidade de aplicar metodologias diferentes e avaliar níveis de concordância dos dados obtidos em diferentes municípios com o objetivo de, a médio prazo, padronizar instrumentos de alcance nacional, suficientemente flexíveis para contemplar especificidades regionais.

A metodologia deste trabalho, está baseada em um estudo de corte transversal desenvolvida através de pesquisa por amostragem probabilística de domicílios, com questionários padronizados para determinação do consumo familiar ou individual de alimentos.

O processo de coleta dos dados contemplou a aplicação de baterias comuns de questões nos cinco municípios, visando a uma análise comparativa quanto a variáveis socioeconômicas, demográficas e de consumo.

O Quadro 1 traz mais informações sobre as características do estudo em cada município.

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2.1. Consumo Familiar

Para avaliar a oferta de energia e oito nutrientes, aplicou-se Fatores de Correção sobre as quantidades referidas (LUNA, 1981), obtendo-se então a fração aproveitável de cada item, analisada segundo os dados da tabela de composição de alimentos empregada no Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF, 1985). Cumpre observar que esta base de dados traz as informações para vitamina A como equivalentes de retinol. Conhecendo a composição familiar (número de componentes, sexo e idade), estimou-se os valores de recomendação nutricional para a família, a partir dos valores para indivíduos, conforme VANUCCHI e colaboradores (1990).

Os dados foram analisados em ACCESS for Windows 2.0.

2.2. Consumo Individual

A avaliação da dieta de indivíduos foi feita através de questionário semi-quantitativo de freqüência de consumo alimentar. Este questionário foi baseado nos dados do Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF), inquérito nacional brasileiro realizado entre 1974-75. As medidas caseiras foram baseadas em publicação do Instituto de Nutrição, UFRJ e em no Registro Fotográfico para Inquéritos Dietéticos (ZABOTTO et alii, 1996) desenvolvido para esta pesquisa pelas Universidades de Goiás e Unicamp.

O cálculo da ingestão calórica e composição da dieta em proteínas, carboidratos, gorduras, vitamina A, vitamina C, ferro e cálcio foi feito através de um programa desenvolvido em SAS (Statistical Analysis System), que utilizou o banco de dados de composição de alimentos do Programa de Apoio à Nutrição, desenvolvido pela Escola Paulista de Medicina com base na tabela americana de composição química dos alimentos do Department of Agriculture/Human Nutrition Information Service- Composition of foods, agriculture handbook no 8, revised (1976-1986). As composições dos alimentos não

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produtos enriquecidos, o que não é o mais usual no Brasil, utilizamos os dados do ENDEF em relação a ferro e vitaminas.

As médias de consumo de proteínas, ferro, vitamina A e vitamina C foram comparadas às recomendações de consumo, da décima edição da Recommended Dietary Allowances do National Research Council (NRC, 1989). Para o consumo de cálcio utilizou-se o NIH Consensus Statement, 1994.

Para validação do questionário de freqüência de alimentos, Sichieri e Everhart (1995) entrevistaram 88 sujeitos empregados de duas universidades públicas do Rio de Janeiro, dos quais 46 eram funcionários de suporte e 42, acadêmicos. O questionário, desenhado para dieta brasileira, mostrou correlações com inquéritos recordatórios de 24 horas, similares àquelas obtidas em outros estudos de validação de questionários de freqüência de alimentos. Os coeficientes de correlação dos nutrientes obtidos a partir dos recordatórios de 24 horas e o questionário de freqüência de alimentos variaram de 0.18 para vitamina A até 0.55 para o cálcio, com todos os nutrientes, exceto a vitamina A, apresentando correlações estatisticamente significantes.

2.3. Plano Amostral

A unidade amostral é a residência, e a seleção das unidades amostrais foi feita em dois estágios. No primeiro, com base nos setores censitários do município (IBGE ou PNAD), sorteou-se o número de setores, de acordo com seu peso, determinado pelo número de residências, de forma a que a probabilidade de seleção de determinado setor fosse sempre proporcional ao número de residências. No segundo passo, realizou-se uma amostra aleatória simples dentro de cada setor, para identificação das residências a serem visitadas.

Quanto ao tamanho da amostra, considerou-se que tanto o número de setores quanto o número de residências a serem sorteadas foram dependentes da variabilidade do número de residências por setor, de forma a proporcionar uma amostra total representativa em cada município. Os detalhes da amostra em cada município podem ser vistos no Quadro 1.

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Quadro 1. Descrição da pesquisa de campo em cada município

CAMPINAS CURITIBA GOIÂNIA OURO PRETO RIO DE JANEIRO

Universo: população total, com residência fixa no município (CENSO-91)

900.000 1.315.025 957.434 62.514 ___

Tamanho da amostra (domicílios selecionados)

1000 2749 1092 1860 2040

Domicílios completos 899 2722 941 1600 1810

Procedimento de amostragem de acordo com setores censitários (IBGE-91) de acordo com setores censitários (IBGE-91) de acordo com setores censitários (IBGE-91, atualizados PNAD-93) de acordo com setores censitários (IBGE-91) de acordo com setores censitários (IBGE-91, atualizados PNAD-95) Número de entrevistadores 44 20 24 22 ___

Tipo de digitação Dupla Simples Simples Simples Simples

Período de realização do trabalho de campo

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3. RESULTADOS

3.1. Tamanho médio das famílias e distribuição dos domicílios segundo faixas de renda Para as amostras estudadas, os dados globais apontam com clareza um cenário adverso de gestão da economia familiar potencialmente determinante de graus de inadequação nutricional. Para essa reflexão, determinou-se inicialmente o tamanho médio das famílias, como sendo igual a 4,08 membros em Campinas, 3,74 em Goiânia, 4,32 em Ouro Preto 3,34 no Rio de Janeiro, e 4.03 em Curitiba. A Tabela 1 apresenta a distribuição dos domicílios por faixas de renda (salário mínimo per capita).

Tabela 1. Distribuição dos domicílios segundo faixas de renda, em salários mínimos per capita (%) Campinas, Goiânia, Ouro Preto e Rio de Janeiro (*)

Faixas de renda Campinas Goiânia Ouro Preto Rio de Janeiro 0 (s/ renda declarada) 4,12 26,7 - 24,0 1 (até 0,5 SM) 3,11 8,7 20,3 3,6 2 (0,5 a 1 SM) 10,46 17,7 30,4 11,3 3 (1 a 2 SM) 24,25 20,0 29,3 24,4 4 (2 a 3 SM) 16,57 10,9 9,5 13,7 5 (3 a 5 SM) 18,24 8,3 6,5 11,0 6 (5 a 10 SM) 14,35 4,9 2,6 8,3 7 (10 a 15 SM) 5,67 1,8 1,0 2,1 8 (15 a 20 SM) 1,78 0,5 0,3 0,8 9 ( + de 20 SM) 1,45 0,4 0,2 0,7

(*)dados não coletados para Curitiba

3.2. Consumo Alimentar

3.2.1. Comportamento em Consumo Alimentar - aspectos socioeconômicos

Interessa neste item apontar as características do padrão de consumo alimentar observado para as camadas mais pobres da população e, em específico, avaliar em que medida este padrão encontra-se adequado, compatível com o nível de renda que perfila esses setores.

Em linhas gerais, os dados obtidos para os municípios de Campinas, Goiânia e Ouro Preto revelam que é bastante significativa a participação do gasto médio em alimentação dentro do orçamento médio familiar (Tabela 2). Para a faixa de renda que delimita nesse

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relatório a linha de pobreza (renda familiar de até 2,5 salários mínimos, HOFFMANN, 1996), para os três municípios, não menos que 1,5 salários mínimos em média é direcionado para os gastos em alimentação.

Para Campinas, o comprometimento da renda média familiar em alimentação para as duas faixas menores de renda é, em média, aproximadamente a metade. Para Ouro Preto, observa-se para a menor faixa de renda a superação do orçamento familiar com os gastos em alimentação.

Tabela 2. Gasto médio em alimentação em número de salários mínimos, por faixa de renda familiar - Campinas, Ouro Preto, Goiânia (*)-1996

FAIXAS DE RENDA Campinas Goiânia Ouro Preto

0 - 2,5 SM 1,53 1,42 2,91 2,5 - 5 SM 1,96 1,79 1,07 5 - 7,5 SM 2,41 2,46 1,01 7,5 - 10 SM 2,94 2,26 1,45 10 - 12,5 SM 3,21 2,10 2,08 12,5 - 15 SM 3,29 3,07 2,62 15 - 17,5 SM 4,39 2,42 3,43 17,5 - 20 SM 4,26 5,39 4,95 + de 20 SM 5,28 5,18 4,83

renda não declarada 3,43 1,83 2,41

(*)dados não coletados para Curitiba e Rio de Janeiro

3.2.2. Consumo Familiar

3.2.2.1. Disponibilidade de alimentos. Adequação de energia e nutrientes

A avaliação da adequação da oferta de energia e nutrientes mostra-se claramente afetada pelo poder aquisitivo; as Figuras 1 a 5 ilustram os valores de adequação de energia e nutrientes, com estratificação por faixa de renda, para cada um dos municípios, conforme dados das Tabelas 3 a 12.

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3.2.2.1.1. Disponibilidade de energia.

A disponibilidade de energia no município de Campinas apresenta valores abaixo da recomendação (entre 91 e 98%), para as famílias com renda de até 5,0 SMFPC, e fica muito próxima a 100% para as demais (102 e 101 %).

Em Goiânia, a disponibilidade de energia para as famílias de até 1,0 SMFPC não é suficiente para atender aos valores de recomendação, ficando bastante abaixo de 100% (74 e 89% nas duas primeiras faixas, respectivamente). A partir de 1,1 SMFPC, os valores de adequação estão entre 111 e 146%.

Em Ouro Preto, observa-se quadro semelhante, uma vez que a energia não é suficiente para atender às famílias com renda de até 1,0 SMFPC, atingindo na segunda faixa 95% de adequação. Acima desta faixa, não se observa a ocorrência de valores altos, chegando a um máximo de 108%.

No Rio de Janeiro, a disponibilidade de energia no domicílio é próxima a 100% em relação à recomendação até a faixa de renda de 2,0 SMFPC (104% na primeira até 108% na terceira), alcançando 124% para a última faixa de renda.

A Tabela 3 traz os dados sobre a adequação da energia disponível nos domicílios, para cada município; estes dados estão ilustrados pela Figura 1.

Tabela 3. Adequação percentual (*) de energia disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município.

FAIXA DE RENDA SMFPC

CAMPINAS GOIÂNIA OURO

PRETO RIO DE JANEIRO até 0,5 91 74 80 104 0,51-1,0 96 89 95 110 1,1-2,0 93 111 108 108 2,1-3,0 99 118 104 117 3,1-5,0 98 115 96 109 5,1-10,0 102 146 108 111 >10,1 101 136 82 124

* Função da recomendação nutricional ponderada pelos integrantes de cada domicílio.

3.2.2.1.2. Disponibilidade de proteínas.

Os dados referentes à adequação de proteínas estão na Tabela 4 e ilustrados na Figura2.

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Em Campinas, a disponibilidade de proteínas é de 117 à 158% em relação recomendação. Embora haja suficiência de disponibilidade de proteínas em todas as faixas de renda, encontram-se valores de adequação mais altos com o aumento da renda.

Em Goiânia, há maior variação segundo o poder aquisitivo. Para a primeira faixa, observa-se fornecimento insuficiente (95%), sendo que a adequação tende a aumentar progressivamente, atingindo 216% para as famílias com renda superior a 10,1 SMFPC.

Em Ouro Preto, observa-se inadequação para as famílias com renda de até 0,5 SMFPC (89%) sendo superior a 114% da recomendação a partir daí.

No Rio de Janeiro, os valores de adequação de proteínas são bastante superiores a 100% para as famílias em todas as faixas de renda, e crescem com o aumento do poder aquisitivo, chegando a 183% para a última faixa de renda.

Tabela 4. Adequação percentual (*) de proteína disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município.

FAIXA DE RENDA SMFPC

CAMPINAS GOIÂNIA OURO

PRETO RIO DE JANEIRO até 0,5 117 95 89 141 0,51-1,0 127 114 114 155 1,1-2,0 131 154 140 151 2,1-3,0 143 177 140 175 3,1-5,0 142 161 143 162 5,1-10,0 156 212 154 165 >10,1 158 216 126 183

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Figura 1. Adequação percentual de energia disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município.

Goiânia 0 20 40 60 80 100 120 140 160 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC % Rio de Janeiro 0 20 40 60 80 100 120 140 160 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC % Ouro Preto 0 20 40 60 80 100 120 140 160 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC % Campinas 0 20 40 60 80 100 120 140 160 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC %

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Figura 2. Adequação percentual de proteína disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município.

Goiânia 0 50 100 150 200 250 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC % Rio de Janeiro 0 50 100 150 200 250 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC % Ouro Preto 0 50 100 150 200 250 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC % Campinas 0 50 100 150 200 250 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC %

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3.2.2.1.3. Disponibilidade de minerais.

Em Campinas, observa-se inadequação da disponibilidade de cálcio para todas as faixas, que apresentam entre 45 e 75 % (primeira e última faixa, respectivamente). O contrário se observa para o fósforo, que em nenhuma faixa apresenta valores menores do que 100%, com intervalo de 111 a 174%. Já para o ferro, os valores se assemelham aos obtidos para energia, observando-se adequação apenas para as famílias situadas na faixa de renda superior a 5,1 SMFPC (102%), estando abaixo ou próximo a 100 % nas demais (85% na primeira faixa, e 94 na quinta).

Em Goiânia, a maior parte das faixas de renda não encontra fornecimento de cálcio adequado às recomendações, uma vez que os valores situam-se bastante abaixo de 100% para as famílias com renda de até 5,0 SMFPC, sendo de 31% para a primeira faixa. Acima deste ponto, os valores não são altos, chegando a um máximo de 101% para as famílias com renda superior a 10,1 SMFPC. Para fósforo, observa-se adequação para quase todas as faixas de renda, exceto para a primeira (82%), também com grande intervalo de variação (101 a 235%). Quanto ao ferro, observa-se que para as famílias com renda de até 1,0 SMFPC a disponibilidade é de 67 a 84% da recomendação. A partir daí, eleva-se progressivamente com a renda, alcançando o valor máximo de 140%.

Em Ouro Preto, observa-se igualmente valores de inadequação em cálcio para todas as famílias. Este é o mineral que, a exemplo dos demais municípios, apresenta menor disponibilidade, com valores que vão de 26% para famílias com renda de até 0,5 SMFPC, a 71%, sempre inferiores, portanto, a 100%. Quanto ao fósforo, as quantidades do nutriente disponíveis no domicílio estão sempre superiores aos valores de recomendação, exceto para a primeira faixa de renda, com 73% de adequação. Para o ferro, observa-se que não há disponibilidade adequada para qualquer faixa de renda, com valores de 62 a 98% em relação à recomendação.

No Rio de Janeiro, os valores de disponibilidades de minerais para as famílias indicam inadequação de cálcio, para quase todas as faixas de renda; esta situação somente é modificada na última faixa quando se atinge o limite de 100%. Para fósforo, encontrou-se adequação variando entre 132%, na primeira faixa, até 214%, na última. Os valores encontrados para ferro indicam a primeira faixa de renda com valor de disponibilidade 108% e a última de 145%.

As Tabelas 5 a 7 trazem os dados referentes aos valores de adequação dos minerais cálcio, fósforo e ferro em cada município. Já a Figura 3 ilustra a situação de adequação dos três minerais em cada município, por faixa de renda.

(19)

Tabela 5. Adequação percentual (*) de cálcio disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município

FAIXA DE RENDA

SMFPC CAMPINAS GOIÂNIA PRETO OURO JANEIRO RIO DE

até 0,5 45 31 26 54 0,51-1,0 45 39 37 58 1,1-2,0 48 59 55 66 2,1-3,0 57 67 61 78 3,1-5,0 60 73 68 76 5,1-10,0 69 94 71 83 >10,1 75 101 65 100

* Função da recomendação nutricional ponderada pelos integrantes de cada domicílio

Tabela 6. Adequação percentual (*) de fósforo disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município

FAIXA DE RENDA

SMFPC CAMPINAS GOIÂNIA PRETO OURO JANEIRO RIO DE

até 0,5 111 82 73 132 0,51-1,0 114 101 101 147 1,1-2,0 123 143 138 156 2,1-3,0 142 169 143 188 3,1-5,0 145 165 149 176 5,1-10,0 164 205 156 185 >10,1 174 235 155 214

(20)

Tabela 7. Adequação percentual (*) de ferro disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município

FAIXA DE RENDA

SMFPC CAMPINAS GOIÂNIA PRETO OURO JANEIRO RIO DE

até 0,5 85 67 62 108 0,51-1,0 89 84 78 121 1,1-2,0 89 109 91 120 2,1-3,0 96 120 90 136 3,1-5,0 94 113 89 124 5,1-10,0 102 140 98 134 >10,1 101 137 80 145

* Função da recomendação nutricional ponderada pelos integrantes de cada domicílio.

3.2.2.1.3. Disponibilidade de vitaminas

As Tabelas 8 a 11 trazem os valores de adequação observados para retinol, tiamina (Vit. B1), riboflavina (Vit. B2) e vitamina C para cada município, estratificados por faixas de renda. Estes dados estão ilustrados pelas Figuras 4 e 5.

Em Campinas, dentre as vitaminas, destaca-se os baixos valores de adequação de retinol observados, situados entre 57 e 104%, ultrapassando 100% apenas para as famílias com renda superior a 10 SMFPC. A adequação de tiamina (Vit. B1) situa-se em valores próximos a 100% nas primeiras três faixas de renda (101 a 106%), e chegando a um valor máximo de 124%, com pequena variação entre as faixas.

A disponibilidade de riboflavina apresenta valores de inadequação até a quinta faixa de renda, situados entre 72 e 94%. A vitamina C está com valores de adequação sempre superiores a 100%, chegando a 241% na última faixa de renda.

Em Goiânia, observa-se a inadequação de retinol para as famílias com renda de até 2,0 SMFPC; a partir desta faixa de renda, encontra-se valores que variam de 103 a 136%. A tiamina (Vit. B1) não está em quantidade suficiente até a renda de 1,0 SMFPC (74 e 93% nas duas primeiras faixas). Já para a riboflavina (Vit. B2), observa-se dependência maior da renda, uma vez que apresenta valores tão baixos quanto 51% (observado na primeira faixa de renda), alcançando a adequação para famílias com renda superior a 2 SMFPC, chegando a um máximo de 150%. A exemplo do observado nos demais municípios, a vitamina C parece estar disponível em quantidade suficiente, desde que não há registro de valores inferiores aos de recomendação, chegando até a 420%, e com grande intervalo de distribuição.

(21)

Em Ouro Preto, o retinol apresenta valores inferiores à recomendação para todas as famílias, situados entre 34 e 99%. A segunda vitamina em importância quanto à adequação é a riboflavina (Vit. B2), com 44% a 107%, sendo que o valor superior a 100% é observado apenas em uma das 7 faixas de renda. Para a tiamina (Vit. B1), observa-se valores de inadequação para as famílias com renda de até 1,0 SMFPC (81 e 99% nas duas primeiras faixas, respectivamente), alcançando o valor máximo de 132%. De maneira diversa dos demais municípios, em Ouro Preto há inadequação da disponibilidade de Vit. C para as duas primeiras faixas de renda, que apresentam respectivamente os valores de 59 e 96%.

No Rio de Janeiro, de maneira diversa em relação aos demais municípios, observa-se que há adequação de retinol em todas as faixas, entretanto com valores próximos do limite de 100% na primeira faixa de renda; valores superiores a 100% de adequação são encontrados também para tiamina, em todas as faixas de renda. Por outro lado, há inadequação de riboflavina nas faixas até 1,0 SMFPC. Para a vitamina C, não se observa inadequação em qualquer uma das faixas de renda, apresentando-se também um grande intervalo, de 245 à 605% de adequação, proporcional à renda.

Tabela 8. Adequação percentual (*) de retinol disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município

FAIXA DE RENDA

SMFPC CAMPINAS GOIÂNIA PRETO OURO JANEIRO RIO DE

até 0,5 60 45 34 102 0,51-1,0 57 73 55 119 1,1-2,0 65 96 79 129 2,1-3,0 77 103 94 158 3,1-5,0 80 111 99 139 5,1-10,0 92 152 88 157 >10,1 104 136 79 174

(22)

Tabela 9. Adequação percentual (*) de Vitamina B1 disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município

FAIXA DE RENDA SMFPC

CAMPINAS GOIÂNIA OURO

PRETO RIO DE JANEIRO até 0,5 101 74 81 125 0,51-1,0 106 93 99 141 1,1-2,0 106 132 118 137 2,1-3,0 114 144 116 156 3,1-5,0 114 132 118 142 5,1-10,0 124 182 132 151 >10,1 120 168 118 173

* Função da recomendação nutricional ponderada pelos integrantes de cada domicílio

Tabela 10. Adequação percentual (*) de Vitamina B2 disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município

FAIXA DE RENDA

SMFPC CAMPINAS GOIÂNIA PRETO OURO JANEIRO RIO DE

até 0,5 72 51 44 85 0,51-1,0 74 66 61 94 1,1-2,0 80 95 84 102 2,1-3,0 93 107 90 122 3,1-5,0 94 109 99 115 5,1-10,0 106 150 107 130 >10,1 113 144 97 147

* Função da recomendação nutricional ponderada pelos integrantes de cada domicílio

Tabela 11. Adequação percentual (*) de Vitamina C disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município

FAIXA DE RENDA

SMFPC CAMPINAS GOIÂNIA PRETO OURO JANEIRO RIO DE

até 0,5 130 105 59 245 0,51-1,0 139 162 96 332 1,1-2,0 148 208 139 359 2,1-3,0 183 248 176 425 3,1-5,0 190 235 170 410 5,1-10,0 218 420 208 490 >10,1 241 393 195 605

(23)

Figura 3. Adequação percentual de minerais disponíveis nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município.

Campinas 0 50 100 150 200 250 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC % Goiânia 0 50 100 150 200 250 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC % Rio de Janeiro 0 50 100 150 200 250 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC % Ouro Preto 0 50 100 150 200 250 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC %

(24)

Figura 4. Adequação percentual de retinol, vitamina B1 e vitamina B2 disponíveis nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município.

Campinas 0 50 100 150 200 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC % Goiânia 0 50 100 150 200 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC % Ouro Preto 0 50 100 150 200 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC % Rio de Janeiro 0 50 100 150 200 até 0,5 1,1-2,0 3,1-5,0 >10,1 SMFPC %

(25)

Figura 5. Adequação percentual de Vitamina C disponível nos domicílios, estratificada por faixa de renda em cada município.

0 100 200 300 400 500 600 700 até 0,5 0,51-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-5,0 5,1-10,0 >10,1 SMFPC %

Campinas Goiânia Ouro Preto Rio de Janeiro

3.2.2.2. Caracterização do padrão de consumo - ordenação dos alimentos segundo ordem de importância quanto à contribuição energética nas diferentes classes de renda.

A compilação dos dados de consumo, estratificados por renda, permitem a identificação dos alimentos mais consumidos pelas famílias em cada município. Este recurso constitui-se em importante indicador de padrão de consumo, sendo de utilidade não só para análise do fornecimento de energia e nutrientes e portanto quanto atendimento ou não dos valores de recomendação, mas também para o estabelecimento de políticas da área de nutrição e alimentos.

As Tabelas 12 a 15 trazem os alimentos ordenados segundo sua participação quanto ao fornecimento de energia, estratificados por renda, para as famílias dos municípios de

(26)

aquele que, de maneira cumulativa, representa 80% da energia disponível total desta faixa. Segundo este critério, ficam naturalmente excluídos os alimentos de origem vegetal com baixa densidade energética.

Portanto, entende-se que o ponto de corte de 80% do fornecimento de energia reforce a necessidade de complementação da dieta com estes itens, a fim de propiciar o fornecimento de micronutrientes.

A segunda faixa de renda é também aquela que, para três dos quatro municípios, representou o limite para a adequação de energia, como demonstrado anteriormente por este estudo. Para as demais faixas de renda, os números indicam a posição que cada alimento ocupa, na faixa, segundo o mesmo critério.

3.2.2.2.1. Campinas

A Tabela 12 traz a relação dos 16 alimentos com maior contribuição de energia em Campinas. Para a faixa 2, considerada como o limite das faixas de risco, de acordo com o critério socioeconômico, os dez primeiros alimentos são: arroz, óleo vegetal, açúcar, feijão, pão francês, leite, farinha de trigo, macarrão, carne bovina e refrigerante. A disponibilidade diária de energia para as famílias desta faixa é de 9180 ± 4615 Kcal.

Destes alimentos, oito aparecem entre os dez primeiros até a quinta faixa de renda. Observa-se que o fubá de milho parece ter maior importância apenas para as três primeiras faixas de renda, nas quais ocupa a 10a, 12a e 17a posições, passando para a 20a posição ou

maior nas próximas faixas.

Quanto aos alimentos de origem animal, observa-se a maior participação da carne bovina sem osso até a quarta faixa de renda, dando lugar a carne bovina de primeira à medida que o poder aquisitivo cresce, a qual passa a ocupar lugar entre os dez primeiros itens a partir da quinta faixa de renda. O consumo de frango parece ser independente da faixa de renda, oscilando entre a 11a e a 20a posição. Os embutidos apresentam consumo

para grande parte das famílias na forma de salsicha e linguiça, perdendo importância quanto ao fornecimento de energia à medida que o poder aquisitivo sobe.

Já para os laticínios, o leite se destaca, por ocupar sempre uma posição (quinta ou sexta) entre os dez primeiros alimentos, independentemente da faixa de renda.

Chama a atenção também o consumo de itens como o refrigerante, que aparece em todas as faixas entre a 9a e a 15a posições. Outro detalhe interessante refere-se ao consumo

de pão de forma, que ocupa um lugar entre os dez itens de maior fornecimento de energia em 5 das 7 faixas.

(27)

Tabela 12. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa de renda, no município de Campinas.

Faixa de Renda SMFPC Alimento 1 2 3 4 5 6 7 ARROZ 1 1 1 1 1 1 2 OLEO DE COZINHA 2 2 2 2 2 2 3 ACUCAR 3 3 3 3 3 3 4 FEIJAO 4 4 6 6 7 9 12 PAO FRANCES 7 5 4 4 4 6 5 LEITE 5 6 5 5 5 5 6 FARINHA DE TRIGO 8 7 7 8 8 8 11 MACARRAO 6 8 8 9 10 12 10

CARNE BOVINA SEM OSSO 12 9 10 12 16 21 28

REFRIGERANTE 15 10 9 10 11 11 9

FRANGO 20 11 14 15 14 15 18

FUBA DE MILHO 10 12 17 21 20 27 33

PAO DE FORMA 9 13 11 7 6 4 1

CARNE BOVINA DE PRIMEIRA 19 14 12 11 9 7 8

LINGUICA 16 15 15 18 15 16 23

SALSICHA 11 16 13 16 17 19 22

3.2.2.2.2. Goiânia

A Tabela 13 traz os 23 primeiros itens consumidos em Goiânia, relacionados por ordem de oferecimento de energia para a segunda faixa de renda (8530 ± 4087 Kcal/família/dia) e com a posição ocupada nas demais faixas.

Os dez itens que contribuem com o maior fornecimento de energia nesta faixa de renda são: arroz, óleo vegetal, açúcar, feijão, leite, carne bovina sem osso, pão francês, margarina, macarrão e farinha de trigo. Destes, os 7 primeiros permanecem entre os dez de maior fornecimento de energia até a sexta faixa de renda.

O consumo de produtos de origem animal parece não variar segundo a faixa de renda, sendo que a carne bovina ocupa sempre entre a 4a e a 6a posições, o frango, entre a

(28)

Em Goiânia algumas frutas aparecem entre os 23 itens com maior fornecimento de energia, como é o caso da banana, presente em quase todas as classes, e que se constitui, para um grande contingente de famílias, como um item de produção própria na região; outra fruta de importante contribuição parece ser a laranja, independentemente da classe de renda.

Aqui também o consumo de refrigerante aparece com destaque entre a 9a e a 15a

posições.

Tabela 13. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa de renda, no município de Goiânia.

Faixas de Renda SMFPC Alimento 1 2 3 4 5 6 7 ARROZ 1 1 1 1 1 2 2 OLEO DE COZINHA 2 2 2 2 2 3 1 ACUCAR 3 3 3 3 3 5 3 FEIJAO 4 4 4 5 5 8 7 LEITE 5 5 5 6 4 6 6

CARNE BOVINA SEM OSSO 6 6 6 4 6 4 5

PAO FRANCES 7 7 7 8 7 10 11 MARGARINA 10 8 13 12 10 9 14 MACARRAO 9 9 11 7 12 16 16 FARINHA DE TRIGO 12 10 10 10 9 13 8 FARINHA DE MANDIOCA 15 11 16 15 14 18 32 REFRIGERANTE 13 12 15 13 13 12 9 FRANGO 11 13 14 14 16 15 13 BANANA 18 14 22 20 19 28 23 OVOS 19 15 19 21 18 21 21 QUEIJO 14 16 12 11 8 11 4 BOLOS 35 17 18 48 11 54 64 BOLACHA DOCE 16 18 20 9 15 22 12 BACON/TOUCINHO 17 19 17 36 40 1 61 LARANJA 21 20 24 25 21 27 18 BATATA 20 21 23 24 23 26 27 LINGUICA 23 22 27 23 25 25 19 FUBA DE MILHO 26 23 8 31 27 40 45 3.2.2.2.3. Ouro Preto

Em Ouro Preto 14 alimentos são suficientes para atingir 80% do fornecimento de energia para as famílias da faixa 2 (10284 ± 4903 Kcal/família/dia).

(29)

Destes, aqueles com maior participação para estas famílias são: açúcar, arroz, óleo de cozinha, feijão, fubá de milho, pão francês, farinha de trigo, macarrão, carne bovina e leite. Entre os dez, os sete primeiros (exceto o fubá de milho, com uma 21a posição em

apenas uma faixa de renda) mantem-se entre as dez posições com maior fornecimento de energia em todas as faixas de renda. Merecem destaque alimentos como o fubá de milho, situado entre os dez primeiros até a penúltima faixa de renda, e o bacon/toucinho, de grande fornecimento de energia para as duas primeiras faixas, e que parecem ter menor importância para os demais municípios.

Entre as carnes, além do bacon/toucinho, melhor classificados como fornecedores de gorduras e já mencionados, destaca-se o consumo da carne bovina sem osso, que aparece em todas as faixas entre a 6a e a 12a posições.

Tabela 14. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa de renda, no município de Ouro Preto

Faixas de Renda SMFPC Alimento 1 2 3 4 5 6 7 ACUCAR 1 1 1 1 1 1 1 ARROZ 2 2 2 2 3 2 4 OLEO DE COZINHA 3 3 3 3 2 3 2 FEIJAO 4 4 5 6 8 6 8 FUBA DE MILHO 5 5 7 10 10 11 21 PAO FRANCES 8 6 4 4 4 4 5 FARINHA DE TRIGO 7 7 6 8 9 9 6 MACARRAO 6 8 11 12 12 16 12

CARNE BOVINA SEM OSSO 12 9 9 9 6 7 10

LEITE 10 10 8 5 5 5 3

MARGARINA 13 11 13 11 11 10 15

QUEIJO 18 12 12 7 7 8 7

BACON/TOUCINHO 9 13 18 30 18 21 24

LEITE EM PO 11 14 16 17 17 22 25

(30)

3.2.2.2.4. Rio de Janeiro

Para o Rio de Janeiro, os dezessete alimentos que aparecem em primeiro lugar segundo o fornecimento de energia para a segunda faixa de renda são: arroz, açúcar, óleo de cozinha, feijão, pão francês, macarrão, carne bovina sem osso, leite, farinha de trigo, margarina, laranja, banana, farinha de mandioca, bolacha doce, refrigerante, bolacha salgada e batata. A disponibilidade diária de energia para as famílias desta faixa é de 9377 ± 4377 Kcal.

Destes, oito estão entre os nove primeiros itens para todas as faixas de renda, com exceção do macarrão, na última faixa, que aparece na décima primeira posição.

Os dados referentes a esta classificação estão apresentados na Tabela 15.

Tabela 15. Classificação dos alimentos segundo fornecimento de energia, por faixa de renda, no município do Rio de Janeiro.

Faixas de Renda SMFPC Alimento 1 2 3 4 5 6 7 ARROZ 1 1 1 1 1 2 2 ACUCAR 2 2 2 2 2 1 1 OLEO DE COZINHA 3 3 3 3 3 3 3 FEIJAO 4 4 4 4 4 5 5 PAO FRANCES 5 5 5 6 5 8 9 MACARRAO 6 6 6 7 9 7 11

CARNE BOVINA SEM OSSO 8 7 8 8 7 6 8

LEITE 7 8 7 5 6 4 4 FARINHA DE TRIGO 9 9 10 13 10 13 7 MARGARINA 11 10 9 10 12 12 15 LARANJA 15 11 13 11 11 10 6 BANANA 13 12 11 15 15 15 14 FARINHA DE MANDIOCA 10 13 16 18 20 22 26 BOLACHA DOCE 21 14 15 14 13 14 16 REFRIGERANTE 20 15 17 16 17 21 20 BOLACHA SALGADA 14 16 12 12 14 11 13 BATATA 19 17 20 19 18 20 23

3.2.2.3. Indicador para cesta básica

Considerando o consumo não estratificado por renda, estabeleceu-se a ordenação dos alimentos quanto ao mesmo critério, qual seja, o fornecimento de energia. A análise dos dados anteriores, permitiu observar que um pequeno número de itens é responsável por grande parte do aporte energético. Assim, optou-se por relacionar para cada município 24

(31)

itens que devem ser considerados para a formulação de políticas de distribuição. Este número permitiu incluir alimentos de consumo comum e outros, que caracterizam a regionalidade de cada município. A Tabela 16a traz os alimentos e suas posições em cada município.

É interessante notar que 17 itens são comuns a pelo menos 4 dos cinco municípios. Assim, o açúcar, arroz, bolacha doce, carne bovina sem osso, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, frango, fubá de milho, leite, macarrão, óleo vegetal, ovos, pão francês, queijo, batata e refrigerante são em ordem alfabética, aqueles alimentos que aparecem como os principais fornecedores de energia.

Em Campinas, com relação ao fornecimento de energia (Tabela 16a), destacam-se alimentos regionais como o pão de forma, a carne bovina de primeira, a linguiça, o leite condensado e, de maneira curiosa, a cerveja.

Para Goiânia, os alimentos distintos dos demais municípios são o bacon/toucinho (que também aparece para Ouro Preto), a banha, a banana, o amido de milho, e a mandioca (que também aparece para Curitiba).

Em Ouro Preto destacam-se alimentos como a linguiça, o leite em pó (comum também para o Rio de Janeiro), o bacon/toucinho (que destaca-se também em Goiânia), o doce de leite, a carne de porco.

O Rio de Janeiro traz como alimentos distintos a banana, o leite em pó (que aparece também para Ouro Preto) e a manteiga.

Em Curitiba, destacam-se alimentos como a banana (como no Rio e Janeiro e Goiânia), os bolos, a maionese, o chocolate e a mandioca (que aparece também em Goiânia).

Com base na quantidade média de cada um destes alimentos, observa-se que a contribuição energética diária daqueles de consumo comum não é muito diversa entre os municípios, variando de 1737 a 1893 Kcal per capita. A contribuição energética dos itens de consumo regional está entre 115 Kcal per capita/dia, como observado no Rio de Janeiro, e 232 Kcal per capita/dia, como para Campinas.

(32)

OSSO

8 F. DE TRIGO 7 PAO FRANCES 7 F. DE TRIGO 7 MACARRAO 7 MACARRAO

9 MACARRAO 8 MACARRAO 8 LEITE 8 CARNE BOV. S/

OSSO 8 FEIJAO

11 REFRIGERANTE 9 FUBA DE MILHO 9 CARNE BOV. S/ OSSO

9 F. TRIGO 9 CARNE BOV. S/ OSSO

12 QUEIJO 10 MARGARINA 10 MACARRAO 10 QUEIJO 10 MARGARINA

13 CARNE BOV. S/ OSSO

11 F. TRIGO 11 QUEIJO 11 MARGARINA 11 LARANJA

14 FRANGO 12 QUEIJO 12 MARGARINA 12 LARANJA 12 QUEIJO

15 BOLACHA DOCE 14 REFRIGERANTE 15 FRANGO 13 BOLACHA

SALGADA 13 BOLACHA DOCE

16 SALSICHA 15 FRANGO 17 BATATA 15 BOLACHA DOCE 15 FUBA DE MILHO

18 BATATA 16 F. DE MANDIOCA 18 F. DE MANDIOCA 16 REFRIGERANTE 16 FRANGO

19 FUBA DE MILHO 17 BOLACHA DOCE 19 REFRIGERANTE 17 F. DE MANDIOCA 17 REFRIGERANTE

20 OVOS 19 OVOS 21 OVOS 18 FRANGO 18 BATATA

22 BOLACHA SALGADA

22 BOLACHA SALGADA

23 SALSICHA 19 BATATA 19 OVOS

23 F. DE MANDIOCA 23 LARANJA 24 LARANJA 21 OVOS 21 F. DE MANDIOCA

22 SALSICHA

23 FUBA DE MILHO

Total 1 1752 1737 1861 1893 1870

7 PAO DE FORMA 13 BACON/TOUCINH O

13 LINGUICA 14 BANANA 14 BANANA

10 CARNE BOV. 1ª 18 BANHA 14 LEITE EM PO 20 LEITE EM PO 20 BOLOS

17 LINGUICA 20 BANANA 16 BACON/TOUCINH O

24 MANTEIGA 22 MAIONESE

21 LEITE

CONDENSADO 21 AMIDO DE MILHO 20 DOCE DE LEITE 23 CHOCOLATE

24 CERVEJA 24 MANDIOCA 22 CARNE DE PORCO S/ OSSO

24 MANDIOCA

Total 2 232 121 125 115 127

TOTAL 1984 1858 1987 2008 1997

A Tabela 16b traz os alimentos ordenados em cada município, de acordo com o oferecimento de proteína. Existem 16 alimentos comuns e de importância para os cinco municípios: carne bovina, feijão, arroz, leite, frango, macarrão, ovos, farinha de trigo, pão, carne de porco, peixe, fubá de milho, café, achocolatado, batata e queijo, com contribuição importante para o aporte de proteínas. Nos quatro municípios estudados, encontrou-se um fornecimento médio de proteína da ordem de 60 a 75 g com estes 24 alimentos, o que demonstra serem de fato os mais representativos para este nutriente.

Tabela 16b. Relação de alimentos mais consumidos e situação quanto ao fornecimento diário per capita de proteína em cada município

Campinas Goiânia Ouro Preto Rio de Janeiro Curitiba

2 LEITE 1 CARNE BOV. S/ OSSO 1 CARNE BOV. S/ OSSO 1 CARNE BOV. S/ OSSO 1 CARNE BOV. S/ OSSO

3 ARROZ 2 FEIJAO 2 FEIJAO 2 FEIJAO 2 LEITE

4 FEIJAO 3 ARROZ 3 ARROZ 3 FRANGO 3 FEIJAO

5 FRANGO 4 LEITE 4 FRANGO 4 LEITE 4 FRANGO

6 CARNE BOV. S/

(33)

7 PAO FRANCES QUEIJO 6 PAO FRANCES 6 QUEIJO 6 F. TRIGO

8 7 PAO FRANCES 7 QUEIJO 7 PAO FRANCES 7 ARROZ F. TRIGO 8 MACARRAO 8 F. TRIGO 8 MACARRAO 8 QUEIJO

11 MACARRAO 9 OVOS 9 FUBA DE MILHO 9 PEIXE 9 12 OVOS 10 F. TRIGO 10 MACARRAO 10 OVOS

6 QUEIJO 10 MACARRAO OVOS 10

SALSICHA CARNE DE PORCO CARNE DE PORCO

13 11 11 11 F. TRIGO 11

14 LINGUICA 12 CARNE BOV. C/

OSSO 13 OVOS CARNE DE PORCO 12 PEIXE

15 PEIXE 13 14 LINGUICA 14 SALSICHA 14 BOLACHA DOCE CARNE DE

PORCO 14 ACHOCOLATADO 15

SALSICHA 17 BOLACHA DOCE FUBA DE MILHO

17 ACHOCOLATAD O

15 BOLACHA DOCE 16 18 ACHOCOLATADO 16 ACHOCOLATADO

18 CARNE BOV. C/ OSSO

PEIXE 17 CARNE BOV. C/ OSSO

19 BATATA 17 CAFE

19 CAFE 17 LINGUICA 18 CAFE 21 18 BATATA

20 BOLACHA DOCE 18 CARNE DE PORCO 13 FUBA DE MILHO 16 15 BATATA 16 FUBA DE MILHO CAFE 19 ACHOCOLATADO 22 CAFE

21 FUBA DE MILHO 20 SALSICHA 22 PEIXE 22 BATATA 21 BATATA 58,1 63,0 56,9 69,2 69,3 13 LARANJA 1 CARNE BOV. DE 1ª

19 BACON/TOUCINHO 12 LEITE EM PO 12 LEITE EM PO 19 BANANA

9 PAO DE FORMA 22 BOLACHA

SALGADA 20 DOCE DE LEITE 15 BOLACHA SALGADA 20 BOLOS

23 LEITE

CONDENSADO 23

LARANJA 21 BACON/TOUCINHO 16 LARANJA 21 CEBOLA

24 CARNE PORCO C/ OSSO

24 BOLOS 23 CARNE PORCO C/OSSO

20 BANANA 22 PEIXE ENLATADO

24 PAO DE FORMA 23 ALHO 23 LENTILHA

24 BOLOS 24 ALHO

Total 2 12,9 64,6 3,0 5,9 3,5

TOTAL 71,0 64,6 59,9 75,1 72,8

Total 1

As Tabelas 17a e 17b trazem a análise de consumo deste estudo comparativamente aos outros dois importantes levantamentos já feitos no país, o Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF, 1974) e a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF, 1987). Apesar das diferenças metodológicas entre estes trabalhos, é possível projetar tendências de consumo a partir dos dados quantitativos por região,.

Os dados do Estudo Multicêntrico (EM, 1996) mostram variações negativas de consumo para alguns gêneros básicos, como o arroz e o feijão, de maneira mais expressiva em relação ao ENDEF do que em relação à POF. Este comportamento foi semelhante nos

(34)

como observado para o Rio de Janeiro no período de 1974 a 1996, com comportamento semelhante nas demais cidades, embora menos expressivo. Para o frango, os dados mostram variações entre 92 e 163% no mesmo período, e entre 84 e 185% para o período de 1987 a 1996, com exceção de Curitiba, cuja variação foi de 6,6% e 15% nos dois períodos. O consumo de carne, embora também tenha crescido, foi menor no período de 1974 a 1996, com variação positiva próxima a 30% em Goiânia, Ouro Preto e Rio de Janeiro, mas apresentando expressivo aumento no período 1987 a 1996, da ordem de 150 a 270% nos mesmos municípios. Para este item, Campinas mostra comportamento diferente, chegando a registrar variação negativa para o período 1974 a 1996.

Outros alimentos com variação positiva de consumo foram as farinhas de trigo, de mandioca e fubá para os quatro municípios. Para estes itens Curitiba apresentou comportamento bastante diverso registrando variação positiva somente para farinha de mandioca (235%).

Chama a atenção a elevação acentuada para o consumo de refrigerante, que aparece com variação positiva para os quatro municípios em qualquer dos dois períodos, chegando a mais de 500% em Campinas e Goiânia, e para a salsicha em Campinas e Ouro Preto no período 1987-1996, com aumento de 324 e 550%, respectivamente.

O levantamento também permitiu identificar itens cuja variação de consumo se deu de forma pontual. e que estão relacionados nas últimas linhas das Tabelas 17a e 17b. Campinas tem como alimentos de consumo em ampliação o leite condensado, o pão de forma, a linguiça e a cerveja. Para Goiânia, o crescimento local de destaque refere-se ao amido de milho, ao bacon e à mandioca. Em Ouro Preto houve variação positiva do consumo de linguiça e leite em pó, embora para o bacon e a carne de porco isto também tenha ocorrido se considerarmos o período de 1974 a 1996. No Rio de Janeiro os alimentos cujo consumo se diferenciou dos demais foram a manteiga e a banana.

Tabela 17a. Variação, em porcentagem, do consumo dos alimentos mais importantes quanto ao fornecimento diário de energia, em cada município, com relação ao

ENDEF-1974.

Campinas % Goiânia % Ouro Preto % Rio de Janeiro % Curitiba %

CARNE BOV. S/

OSSO -45,1 PAO FRANCES -57,6 SALSICHA -39,9 ARROZ -30,8 BATATA -44,6 FEIJAO -38,5 FEIJAO -28,3 PAO FRANCES -26,1 PAO FRANCES -30,6 ARROZ -37,5 ARROZ -23,8 BOLACHA

SALGADA -20,5 OVOS -19,1 FEIJAO -21,0 FEIJAO -37,1 PAO FRANCES -19,1 ARROZ -15,9 FEIJAO -16,7 ACUCAR -13,7 FUBA DE MILHO -33,8 OVOS -15,7 ACUCAR -10,2 ARROZ -16,6 OVOS 4,8 ACUCAR -13,1 ACUCAR -1,3 OVOS -5,3 LEITE -13,4 FUBA DE MILHO 5,1 FARINHA DE -5,6

(35)

TRIGO

BATATA 5,1 MACARRAO 8,1 MACARRAO -6,5 BATATA 11,7 PAO FRANCES -0,8 MACARRAO 5,9 LEITE 15,8 ACUCAR 13,2 ÓLEO 16,4 LARANJA 2,4 SALSICHA 15,5 CARNE BOV. S/

OSSO

33,8 LARANJA 14,4 MARGARINA 19,4 OLEO DE COZINHA

6,1 BOLACHA

SALGADA 28,4 ÓLEO 37,7 BATATA 25,1 FAR. DE MANDIOCA 20,7 OVOS 6,5 LEITE 38,0 MARGARINA 41,5 MARGARINA 27,2 SALSICHA 26,9 FRANGO 6,6 ÓLEO 40,1 FAR. DE

MANDIOCA

42,5 CARNE BOV. S/ OSSO

30,8 LEITE 28,1 MARGARINA 22,9 FRANGO 92,6 LARANJA 50,1 FAR. DE

MANDIOCA 54,9 CARNE BOV. S/ OSSO 32,7 MACARRAO 41,1 FARINHA DE MANDIOCA

95,6 QUEIJO 154,3 FRANGO 104,8 MACARRAO 53,5 LEITE 57,8 QUEIJO 143,1 FRANGO 163,3 QUEIJO 111,0 BOLACHA

SALGADA

105,6 CARNE BOVINA SEM OSSO

101,9 FUBA DE MILHO 146,1 F. TRIGO 244,7 FUBA DE MILHO 116,7 FRANGO 126,0 QUEIJO 221,1 F. TRIGO 266,7 FUBA DE MILHO 379,8 REFRIGERANTE 133,6 QUEIJO 222,5 FARINHA DE

MANDIOCA

235,2 REFRIGERANTE 527,0 REFRIGERANTE 521,4 ÓLEO 176,9 LARANJA 227,3 REFRIGERANTE 340,8 BOLACHA DOCE nc BOLACHA DOCE nc F. TRIGO 367,2 REFRIGERANTE 294,6 BOLACHA DOCE nc

F. TRIGO 326,7

BOLACHA DOCE nc

LEITE

CONDENSADO

nc BANHA -8,3 LEITE EM PO nc LEITE EM PO nc MAIONESE nc CARNE BOV. 1ª -17,7 BANANA 56,1 DOCE DE LEITE nc MANTEIGA 80,0 CHOCOLATE nc LINGUICA 31,9 MANDIOCA 105,0 BACON/TOUCIN

HO 18,4 BANANA 218,1 BANANA -51,5 PAO DE FORMA 97,1 AMIDO DE

MILHO 163,6 LINGUICA 51,1 BOLOS 7,0 CERVEJA 711,9 BACON/TOUCIN HO 571,4 CARNE DE PORCO S/ OSSO 129,3 MANDIOCA 86,8

(36)

Tabela 17b. Variação, em porcentagem, do consumo dos alimentos mais importantes quanto ao fornecimento diário de energia, em cada município, com relação à

POF-1987.

Campinas % Goiânia % Ouro Preto % Rio de Janeiro % Curitiba %

OVOS -20,8 PAO FRANCES -23,6 OVOS -27,2 PAO FRANCES -14,6 ARROZ -10,7 PAO FRANCES -8,4 ÓLEO -11,8 ARROZ -5,7 ARROZ -6,7 FUBA DE MILHO -9,8 LEITE -1,9 LEITE 1,7 LARANJA 2 ÓLEO -6,3 FARINHA DE

TRIGO

-5,6 ARROZ 0,3 ARROZ 4,2 PAO FRANCES 3,5 ACUCAR -0,8 ACUCAR 0,7 FEIJAO 4,7 OVOS 8,6 FEIJAO 7,6 LEITE 11,4 OLEO DE

COZINHA

1,5 ÓLEO 6,3 ACUCAR 11,5 ÓLEO 10,2 FEIJAO 12,1 FRANGO 15,5

ACUCAR 13 BOLACHA SALGADA 28,6 FAR. DE MANDIOCA 11 OVOS 18,6 OVOS 16,2 CARNE BOV. S/ OSSO

27 LARANJA 41,3 BATATA 18,1 MARGARINA 26,2 BATATA 16,9 BATATA 29,3 FAR. DE

MANDIOCA

53,1 ACUCAR 18,2 BATATA 27,3 MARGARINA 17,9 BOLACHA

SALGADA 49,4 F. TRIGO 58,9 REFRIGERANTE 31,9 FAR. DE MANDIOCA 48,8 FEIJAO 34,0 QUEIJO 54,4 FEIJAO 62,3 MARGARINA 38,3 SALSICHA 54,5 LEITE 37,0 MACARRAO 58,2 MARGARINA 63,1 MACARRAO 49 FUBA DE MILHO 67,8 CARNE BOVINA

SEM OSSO 40,1 FUBA DE MILHO 64,5 BOLACHA DOCE 94,6 F. TRIGO 103,3 F. TRIGO 94,2 PAO FRANCES 43,0 FARINHA DE

MANDIOCA

64,6 MACARRAO 99,4 FUBA DE MILHO 105,4 FRANGO 105,3 REFRIGERANTE 78,2 BOLACHA DOCE 81,9 REFRIGERANTE 154,9 QUEIJO 111 QUEIJO 126,5 BOLACHA DOCE 80,3 FRANGO 84,1 FRANGO 185,2 LEITE 127,7 REFRIGERANTE 135,3 MACARRAO 156,6 F. TRIGO 135,7 QUEIJO 222,4 FRANGO 128,8 MACARRAO 160,8 QUEIJO 156,9 REFRIGERANTE 234,4 CARNE BOV. S/

OSSO 261,8 CARNE BOV. S/ OSSO 176,1 BOLACHA DOCE 206,1 FARINHA DE MANDIOCA 235,2 SALSICHA 324,3 FUBA DE MILHO 504 SALSICHA 550,7 BOLACHA

SALGADA 241,8 LARANJA 319,3 CARNE BOV. S/ OSSO 270,2 LARANJA 317,8

CARNE BOV. 1ª 30,4 BACON nc BACON nc MANTEIGA 98,3 BANANA 125,8 PAO DE FORMA 41,1 BANANA 64,2 DOCE DE LEITE nc LEITE EM PO 221,6 BOLOS 185,2 LINGUICA 48,1 MANDIOCA 132,2 CARNE DE

PORCO S/ OSSO

-36,5 BANANA 241,5 CHOCOLATE 360,5 LEITE

CONDENSADO

198,8 BANHA 215,2 LINGUICA 231,3 MAIONESE 428,5 CERVEJA 228,6 AMIDO DE

MILHO

418,9 LEITE EM PO 953,3 MANDIOCA 559,3

De acordo com os dados de consumo obtidos é possível elaborar uma cesta básica contemplando a cobertura nutricional de macro e micronutrientes bem como as características regionais apresentadas pelos municípios analisados. Considerou-se como família padrão uma composição de 4 membros, sendo dois adultos (1 homem e 1 mulher, faixa etária entre 18,1 a 65 anos), uma adolescente (14,1 a 18 anos) e uma criança (7 a 10 anos).

(37)

A cesta básica apresentada na Tabela 17c foi obtida a partir de dados de consumo real da família até o limite da faixa de renda per capita que apresentasse cobertura nutricional, e pode dar indicadores importantes para o acompanhamento de preços e estabelecimento do valor de renda mínima para atender ao consumo de alimentos. O cálcio apresenta exceção como micronutriente importante uma vez que a sua inadequação, ou seja, a baixa ingestão de fontes ricas desse micronutriente, atinge todas as faixas de renda. Considerou-se portanto o mesmo limite de renda para os outros micronutrientes e complementou-se de forma quantitativa as fontes ricas em cálcio.

A inadequação do consumo real de cálcio por parte da população analisada deve ser vista não somente pela incapacidade de compra dos produtos, mas também por uma modificação do hábito alimentar, fato este que merece atenção das políticas públicas em especial pela óptica da educação alimentar.

A partir da análise desta cesta de consumo, pode-se elaborar uma composição de alimentos que atenda às recomendações nutricionais para a mesma família padrão. O Quadro 2 traz a cesta básica proposta, composta pelos itens de maior consumo a fim de garantir proximidade ao hábito alimentar e com quantidades de alimentos que permitam um porcionamento diário compatível com o consumo desta família padrão. O fornecimento de energia e nutrientes desta cesta cobre 80% das recomendações (VANUCCHI et alii, 1990) para energia e macronutrientes, calculados considerando o atendimento de 15% do Valor Energético Total por proteínas, 25% por gorduras e 60% por carboidratos. Estes alimentos garantem também a cobertura de 80% das recomendações de cálcio, fósforo, ferro, vitaminas A, B1, B2 e C. Como foram considerados os alimentos cujo consumo foi significativo para todas os municípios estudados, poderão ser incluídos em cada localidade os de consumo regional, visando de um lado atender ao hábito alimentar e com isto preservar os componentes socioculturais relacionados à alimentação, e de outro complementar o fornecimento de nutrientes, atingindo 100% das recomendações. O acompanhamento de programas de intervenção é essencial para o processo educativo, com orientação sobre a distribuição e complementação destes itens no mês, visando a otimização dos nutrientes disponíveis no domicílio.

(38)

Tabela 17c. Cesta básica formulada a partir do estudo de Consumo Familiar

Alimento Energia Proteína Cálcio Fósforo Ferro Retinol V. B1 V.B2 V. C

unidade Kg Kcal g mg mg mg µ g RE mg mg mg

Açúcar 10 38500 10

Bolacha Doce 1,45 5901 130 319 971 21 2,6 0,7

Café 1,5 619 75 1269 1269 49 2,5 2,5

Sal 0,5 1265

Carne bov. 1a. 3 4380 645 360 6000 96 120 2,7 5,7

Carne bov. s/o 4 5840 860 480 8000 128 160 3,6 7,6

Carne suína 1 1650 195 110 2260 29 9,5 2,3 Frango 6,5 4042 717 391 6618 42 815 2,2 4,8 Linguiça 1 3040 121 70 1280 18 1,1 2,2 Arroz 15 53529 1058 1323 15294 191 11,7 4,4 Macarrão 2,5 9225 312 675 4050 32 2,2 1,5 Pão Francês 4 10760 372 880 4280 48 3,2 2,4 Massa tomate 0,75 292 12 97 255 12 1200 0,6 0,3 247 Banana 5 2908 42 490 849 65 326 1,3 1,6 457 Laranja 16 5419 130 4387 2580 90 1677 11,6 3,8 7612 Alface 0,75 80 6 230 182 6 466 0,4 0,4 64 Alho 0,5 670 26 190 670 7 10 1,0 0,4 45 Cebola 2,5 911 32 700 934 23 46 0,9 0,7 233 Cenoura 3 1135 29 1000 972 18 29729 1,0 1,3 216 Repolho 2 378 22 581 486 9 135 0,8 0,5 581 Tomate 3 508 19 169 580 14 1451 1,4 1,2 556 Feijão 6 19631 1281 5009 14388 442 116 31,4 11,0 17 Óleo 3,5 30940 Margarina 1 7200 6 200 160 9240 Leite 50 30500 1800 61500 48000 50 16500 20 90 500 Leite em pó 1,5 7530 396 13635 10620 7 4050 4,3 21,9 90 Ovo 1,9 2790 220 1044 3800 54 9072 1,7 5,1 Queijo 1,5 5600 404 12000 9000 8 3428 0,5 7,1 Batata 5,5 3300 79 264 1760 35 3,9 1,3 704 Farinha Mand. 1,0 3540 17 610 480 31 0,8 0,7 140 Abóbora 3,0 895 26 268 604 15 7835 1,1 0,9 940 Fubá 1 3540 96 60 1640 18 340 2,0 0,6 Farinha Trigo 1,0 3650 120 240 1910 13 2,6 0,7 Pão de Forma 1,0 3050 98 390 1570 12 2,5 2,1 Total 271941 9327 110200 151438 1603 86718 132 186 12406 Total/dia 9064 310 3673 5047 53 2890 4,4 6,2 413 Total/dia/capita 2266 77 918 1261 13 722 1,1 1,5 103

(39)

Quadro 2. Cesta Básica proposta: alimentos e quantidades necessárias para

atender 80% das recomendações nutricionais

1

de uma família padrão

2

Grupos de Alimentos3 Quantidade Mensal

Peso (g)4 Unidade de compra

Cereais e Derivados

Arroz Polido 15000 3 pacotes 5 kg

Biscoito Doce 800 4 pacotes 200 g

Biscoito Salgado 800 4 pacotes 200 g

Far.de Trigo (80% de Extração) 1000 1 pacotes 1 kg

Macarrão Com Ovos 1500 3 pacotes 500 g

Milho,Fubá de 1000 2 pacotes 500 g

Pão de Leite 1000 2 pacotes 500 g

Pão Francês 6000 120 unidades

Tubérculos, Raízes e Amiláceos

Batata-Inglesa 5500 2 pacotes 2250 g

Mandioca,Farinha de 1000 2 pacotes 500 g

Açúcares e Doces

Açúcar Refinado 5000 1 pacote 5 kg

Leguminosas e Derivados

Feijão,Grão Seco 6000 6 pacotes 1000 g

Verduras: folhas Alface 1500 5 pés Repolho 2000 3 pés Verduras: frutos Abóbora 3000 3 kg Tomate 3000 3 kg

Tomate, Massa de 1050 3 latas

Verduras: raízes e bulbos

Alho 500 2 pacotes 250 g Cebola 2500 2,5 kg Cenoura 3000 3 kg Frutas Banana-D'água 4320 4 dúzias Laranja-Bahia 19500 17 dúzias Carnes Boi,Carne Magra 7000 7 kg Frango 7200 4 unidades 1800 g Porco,Carne Magra 1000 1 kg Ovos

Ovo de Galinha 1900 3 dúzias

Leite e Derivados

Leite de Vaca, Pasteurizado 50000 50 litros

Leite em pó 1500 3 pacotes 500 g

Queijo Tipo Minas, Fresco 1500 3 peças 500 g

Gorduras

(40)

3.2.3. Consumo Individual

3.2.3.1. Rio de Janeiro

Como pode ser observado na Tabela 18, o consumo de energia, de proteínas, de carboidratos e de gorduras demonstrou tendência de redução com o aumento da idade, em ambos os sexos.

A ingestão de ferro apresentou diminuição entre os indivíduos com 65 e mais anos de idade. O mesmo pode ser dito com relação ao consumo de ácidos graxos saturados e de colesterol, sendo que a ingestão de colesterol foi cerca de 30% menor entre os idosos, tomando-se como referência o consumo dos adolescentes (15-18 anos de idade).

O consumo de energia e nutrientes foi sistematicamente menor entre as mulheres, em todas as faixas etárias, com exceção da vitamina C e da vitamina A, que apresentaram valores semelhantes nos dois gêneros.

Tabela 18. Médias de consumo de nutrientes no município do Rio de Janeiro, 1996

IDADE (ANOS)

NUTRIENTES 15-18 19-25 26-45 46-64 65 ou +

masc. fem. masc. fem. masc. fem. masc. fem. masc. fem. n=130 n=106 n=172 n=201 n=480 n=602 n=310 n=420 n=136 n=181 Energia (kcal) 2.824 2.438 2.726 2.507 2.581 2.294 2.500 2.223 2.268 1.980 Proteína (g) 103,8 89,7 98,6 89,8 96,7 83,3 92,9 80,5 84,0 72,8 Gordura (g) 82,1 64,3 77,0 74,2 75,8 64,9 69,0 60,4 59,2 51,1 Carboidrato (g) 417,5 375,0 409 370,4 377 344 376 339,4 349 307,2 Cálcio (mg) 1153 985 1048 1031 1010 939 985 946 1002 924 Ferro (mg) 17,3 15,3 17,3 15,1 17,2 14,6 16,6 13,9 14,5 11.7 Vitamina A (R.E.) 4.310 4.398 4.462 4.117 4.685 4.481 5.017 4.656 4.177 4.099 Vitamina C (mg) 378 367 381 389 371 373 398 390 386 390 AGSA(g)* 32,2 27,6 28,6 28,2 26,9 24,6 24,9 23,6 22,3 20,6 AGPO(g)* 9,4 8,1 9,1 8,8 8,4 7,2 7,5 7,0 6,9 6,0 AGMO(g)* 10,1 8,9 9,3 9,3 9,1 7,8 8,4 7,7 7,5 7,1 Colesterol(mg) 426 371 390 359 403 317 356 301 301 248

* Ácidos graxos saturados, polinsaturados e monoinsaturados

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