GESTÃO DE PESSOAS I
3º Roteiro de Estudo - Globalização, capital humano e gestão de pessoas Vários paradigmas relacionados ao sucesso das empresas envolvem pessoas
NOVOS PARADIGMAS DO SUCESSO EMPRESAS DAS “LEARNING ORGANIZATIONS PARCERIAS E ALIANÇAS ESTRATÉGICAS VELOCIDADE CRESCENTE DAS MUDANÇAS A MAIOR QUANTIDADE E QUALIDADE DOS CONCORRENTES VALORIZAÇÃO DO TALENTO, INICIATIVA E CRIATIVIDADE DESCENTRALIZAÇÃO DE TAREFAS E DE PODER ESPECIALIZAÇÃO GENERALISTA CLIENTES MAIS CONSCIENTES, CONSUMIDORES MAIS EXIGENTES EFICIÊNCIA ECOLÓGICA CENÁRIO GLOBALIZADO ECONOMIA GLOBALIZADA
Costuma ser definida como uma economia onde todos os países e/ou regiões do plante estão envolvidos e passam a concorrer entre si com seus produtos. AMBIENTE GLOBALIZADO?
Antigo modelo? Novo modelo ou idealização? • Mercado mais lento e físico
• Mercados protegidos • Enfoque macroeconômico • Influenciar líderes
• Organizações rígidas e hierárquicas
• Dependência de ajuda externa • Fatores básicos
• Mercado rápido e virtual • Globalização e competição • Enfoque microeconômico • Produtividade empresarial • Organizações flexíveis, meritocráticas • Estratégia de migração • Inovação
QUESTÕES PARA PENSAR
• A Globalização é um fenômeno recente?
• Qual o sistema de técnicas que contribui para a Globalização? • Quais técnicas compõem esse sistema?
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA EXPLICAR A ARQUITETURA DA GLOBALIZAÇÃO ATUAL
Unicidade técnica
Convergência dos momentos Motor único
Conhecimento do planeta O período que é uma crise
1. UNICIDADE TÉCNICA
O desenvolvimento da história vai de par com o desenvolvimento das técnicas e, portanto, a cada evolução técnica uma nova etapa histórica se torna possível.
Uma técnica não aparece isolada, o que se instala são grupos de técnicas, verdadeiros sistemas. Um exemplo simples pode ser dado com a foice, a enxada e o ancinho, que em um dado momento constituem uma família de técnicas.
O surgimento de uma nova família de técnicas não implica o desaparecimento das outras. Estas continuaram existindo, mas serão usadas pelos atores não hegemônicos que utilizam conjuntos de técnicas menos atuais e menos poderosos, enquanto o novo conjunto de instrumentos será adotado pelos atores hegemônicos.
A Técnica da Informação, representativa do sistema de técnicas atual, cibernética – informática – eletrônica - permite a comunicação entre as diversas técnicas e assegura a convergência dos momentos, a simultaneidade das ações, acelerando o processo histórico.
Na história da humanidade é a primeira vez que um conjunto de técnicas envolve o planeta como um todo e faz sentir, instantaneamente, sua presença.
2. CONVERGÊNCIA DOS MOMENTOS
A unicidade do tempo não é apenas o resultado de que, nos mais diversos lugares, a hora do relógio é a mesma. Não é apenas isso. Se a hora é a mesma, convergem, também, os momentos vividos.
A Unicidade do Tempo ou a Convergência dos Momentos é a capacidade de se ter nas mãos o conhecimento instantâneo do acontecer do outro.
A informação instantânea e globalizada, por enquanto, não é generalizada e veraz porque atualmente intermediada pelas grandes empresas da informação.
Fisicamente, isto é, potencialmente, o tempo real existe para todos. Mas efetivamente, ou seja, socialmente, ele é excludente e assegura exclusividades ou, pelo menos, privilégios de uso.
3. MOTOR ÚNICO
Este período dispõe de um sistema unificado de técnicas, instalado sobre um planeta informado e permitindo ações igualmente globais.
Havia, com o imperialismo, diversos motores, cada qual com sua força e alcance próprios: o motor francês, o motor inglês, o motor alemão, o motor português, o belga, o espanhol, etc.
Todos motores do capitalismo que empurravam as máquinas e os homens segundo ritmos, modalidades e combinações diferentes.
Hoje, haveria um motor único, viabilizado pelo novo patamar da internacionalização, com uma verdadeira mundialização do produto, do dinheiro, do crédito, da dívida, do consumo, da informação. Esse conjunto de mundializações, uma sustentando e arrastando a outra, impondo-se mutuamente, é também um fato novo.
Quando na universidade se é solicitado todos os dias a trabalhar para melhorar a produtividade como algo abstrato e individual, se está impelido a oferecer às grandes empresas possibilidades ainda maiores de aumentar sua mais-valia. Novos laboratórios são convocados a encontrar novas técnicas, novos materiais, novas soluções organizacionais e políticas que possibilitem o incremento da produtividade e o lucro das empresas.
4. CONHECIMENTO DO PLANETA
O período atual vai permitir o que nenhum outro período ofereceu ao homem – a possibilidade de conhecer o planeta extensiva e aprofundadamente.
O homem não utiliza apenas o que encontra na natureza – pode conceber os objetos que deseja utilizar e então produzir a matéria-prima indispensável a sua fabricação. Ex.: satélites, por meio dos quais se passa a conhecer todos os lugares e a observar outros astros.
Com a globalização e por intermédio da empiricização que ela viabilizou, se está mais perto de construir uma filosofia das técnicas e das ações correlatas, que seja também uma forma de conhecimento concreto do mundo tomado como um todo e das particularidades dos lugares, como condições físicas, naturais ou artificiais e políticas. A congnoscibilidade do planeta é um dado essencial à operação das empresas e à produção do sistema histórico atual.
5. O PERÍODO QUE É UMA CRISE
A história do capitalismo pode ser dividida em períodos, pedaços de tempo marcados por certa coerência entre as variáveis significativas, que evoluem diferentemente, mas dentro de um sistema. Um período sucede a outro, mas não se pode esquecer que os períodos são antecedidos e sucedidos por crises em que a ordem estabelecida entre as variáveis significativas é comprometida.
O período atual escapa a essa característica, porque é, ao mesmo tempo, um período e uma crise, cujas variáveis instalam-se em toda parte e a tudo influenciam, direta ou indiretamente. Daí a denominação de globalização.
O processo de crise é permanente, o que se tem são crises sucessivas. Na verdade, trata-se de uma crise global, cuja evidencia se faz tanto por meio de fenômenos globais quanto de manifestações particulares em países e/ou momentos, mas para
produzir um novo estágio da crise. A crise, portanto, é estrutural, por isso, quando se buscam soluções não estruturais, o resultado é a geração de mais crises. A SITUAÇÃO NORMAL É DE CRISE!
TRÊS MUNDOS EM SÓ: FÁBULA, PERVERSIDADE E UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO
1. O mundo tal como nos fazem crer: a globalização como Fábula
A partir do mito da aldeia global - usado para fazer crer que a difusão instantânea de notícias realmente informa as pessoas - e do mito do encurtamento das distâncias - para os que podem viajar – também se defende a noção de tempo e espaço contraídos. O mundo estaria ao alcance de todos.
O mercado avassalador, dito global, em lugar de homogeneizar o planeta, aprofunda as diferenças locais - o mundo torna-se menos unido e as fronteiras nacionais mais fortes. Ao contrário da morte do Estado, tem-se seu fortalecimento para atender aos reclames das finanças e interesses internacionais em detrimentos das populações.
2. O mundo como é: a globalização como perversidade • Desemprego crescente torna-se crônico
• Aumento da pobreza (estrutural)
• Classes médias perdem qualidade de vida • Salário médio tende a baixar
• Generalização da fome e do desabrigo em todos os continentes
• Instalam-se novas enfermidades como a AIDS e retornam antigas doenças supostamente erradicadas.
• Mortalidade infantil permanece
• Educação de qualidade cada vez mais inacessível
• Alastramento de males espirituais e morais, como egoísmos, cinismos e corrupção.
Todas essas mazelas são direta ou indiretamente imputáveis ao presente processo de globalização.
3. O mundo como pode ser: uma outra globalização
O grande capital se apóia sobre algumas bases materiais do período atual – unicidade técnica, convergência dos momentos e o conhecimento do planeta - para construir a globalização perversa. Essas mesmas bases podem servir a outros objetivos se forem postas ao serviço de outros fundamentos sociais e políticos.
A possibilidade de construção de um outro mundo, mediante a uma globalização mais humana, tem como base a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos em todos os continentes associada, graças aos progressos da informação, a “mistura” de filosofias, em detrimento do racionalismo europeu.
Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente mais significativa que a própria biodiversidade.
FERRAMENTAS UTILIZADAS NAS ATIVIDADES ESTRATÉGICAS DENTRO DE UMA ECONOMIA GLOBALIZADA
QUALIDADE TOTAL - É uma filosofia de gestão, que coloca a Qualidade, ou seja, aquilo que o cliente deseja, como ponto central dos negócios da empresa.
VISÃO HOLÍSTICA - Visão holística empresarial equivale a se ter uma "imagem única", sintética de todos os elementos da empresa, que normalmente podem ser relacionados a visões parciais abrangendo suas estratégias, atividades, informações, recursos e organização (estrutura da empresa, cultura organizacional, qualificação do pessoal, assim como suas inter-relações).
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - Segundo Kotler (1992, p.63), “planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”.
O objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e crescimento satisfatórios.
GESTÃO DE PESSOAS EM UM AMBIENTE DE QUALIDADE TOTAL
Reconhecendo as pessoas como iguais em essência, embora diversas em manifestação, infinitas em potencial, mesmo quando limitadas circunstancialmente pelas estruturas que as envolvem e as caracterizam, e capazes de criar soluções inovadoras, embora parcialmente imersas na anestesia da aparente rotina.
Por que dar valor à educação e importar “cérebros”?
A COMPETITIVIDADE COMANDA AS FORÇAS DE AÇÃO
• educação básica universalizada;
• elevada qualificação da força de trabalho;
• novas formas de organização do processo de produção;
• relações de trabalho cooperativas e mercados que exigem qualidade
• As empresas transportam para as pessoas a necessidade de competitividade – assertividade e busca pela perfeição.
ESFORÇOS NA MESMA DIREÇÃO Gestão Estratégica de RH
Gestão de Treinamento - Atualização e Reciclagem do Saber Gestão das Competências
Gestão do Capital Intelectual Gestão do Conhecimento Gestão do Desempenho
As pessoas como fator determinante do sucesso organizacional
AS DIFERENTES GERAÇÕES
• A
Pela primeira vez na história, temos profissionais de quatro diferentes gerações convivendo no ambiente de trabalho.
• A atitude dos mais jovens em relação ao trabalho vem mudando de forma significativa e acelerada.
AS DIFERENTES GERAÇÕES
Maduros • Nascidos antes de 1945 • Mais de 60 anos
Baby Boomers
• Nascidos entre 1946 e 1964 • Entre 47 e 66 anos
Geração X • Nascidos entre 1965 e 1979 • Entre 31 e 46 anos
Geração Y • Nascidos entre 1980 e 1989 • Entre 21 e 30 anos
Geração Z • Nascidos a partir de 1990 • Menos de 21 anos
Fonte: Ibmec - Apostila Gestão de Pessoas MBA FIN - Profª Lucia Oliveira
QUADRO COMPARATIVO
Maduros Baby Boomers Geraçãp X Geração Y
Olhar Prático Otimista Cético Esperançoso
O Trabalho Importante Principal razão da vida Paga as contas Satisfaz desejos de consumo Valores Construir uma vida
Melhorar a vida Buscar viver melhor e com equilíbrio
Viver com significado
Lealdade À empresa Ao trabalho Às pessoas do trabalho
A si próprios
Ética do Trabalho
Dedicados Focados Equilibrados Decididos Trabalhe duro. O que é diversão? Trabalhe duro, mas divirta-se Valoriza a contribuição individual Valoriza a contribuição individual
Fonte: Ibmec - Apostila Gestão de Pessoas MBA FIN - Profª Lucia Oliveira
GERAÇÃO Y
• Convivem com a rapidez das mudanças tecnológicas
• Independentes, questionadores e com foco financeiro – poupança • Tendem a viver o presente - equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida • Multifuncionais
• Valorizam a flexibilidade e a autonomia • Avessos à hierarquia
• Perspectivas
– Querem avançar na carreira mais rapidamente – ansiosos. Curta permanência empresa/carreira
Geração Y - ÁREAS DE CONFLITO • Comunicação • Feedback • Tecnologia • Forma de trabalhar COMUNICAÇÃO
Maduros
Boomers
Geração X
Geração Y
Formal/escrita
Pessoal
Direta e pessoal
Eletrônica e
frequente
Boomer Vamos marcar uma reunião no meu escritório.Geração X Está ficando complicado. Vamos sair o messenger e falar por telefone Geração Y Manda uma mensagem de texto, me chama no Messenger, mas, por
favor, não me liga!
Fonte: Ibmec - Apostila Gestão de Pessoas MBA FIN - Profª Lucia Oliveira
FEEDBACK
Maduros
Boomers
Geração X
Geração Y
No news is good
news
Uma vez ao ano;
formal
Frequente e
mútuo
Agora e sempre
CONSIDERAÇÕES
• Na era industrial, o capital financeiro era o recurso estratégico das empresas. • Hoje, na nova era que começamos a viver, os recursos estratégicos são a
informação, o conhecimento e a criatividade. Como esses recursos são obtidos com e por meio das pessoas, elas passam a ser o capital mais importante da empresa.
• Se considerarmos as modernas tendências, passa a existir uma preocupação com pessoas e lucros (empresas pró-pessoas e pró-lucros). Na verdade, as pessoas (colaboradores internos – funcionários, e externos – fornecedores, parceiros e clientes) são os verdadeiros geradores dos lucros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
CHIAVENATO, I. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 9. ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2009.
KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1992.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 11.ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Encontro com Milton Santos - O mundo global visto do lado de cá Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM