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O QUE É UMA ACE? As ACEs são entidades da classe empresarial que congregam pessoas jurídicas e físicas de todos os setores da atividade econômica:

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A FACIAP tem grande interesse na constituição de novas ACEs, assim como no desenvolvimento das que já estão atuando. Para encurtar caminhos e auxiliar novas lideranças que estão assu-mindo as ACEs e para as lideranças que tem interesse em cons-tituir uma ACE no seu município, foi desenvolvido este capí-tulo que mostrará desde o que é uma ACE, quais seus objeti-vos, quais os passos a serem seguidos para constituir uma ACE, seus órgãos, suas fontes de receitas.

A grande dificuldade é começar. Primeiro é importante saber-mos qual o verdadeiro papel de uma ACE para o município, depois precisamos fazer um estudo da viabilidade econômica para descobrimos se temos condições, estrutura e interesse dos empreendedores para dar sustentabilidade a ACE.

O QUE É UMA ACE?

As ACEs são entidades da classe empresarial que congregam pessoas jurídicas e físicas de todos os setores da atividade eco-nômica:  Agricultura e pecuária;  Comércio;  Indústria;  Prestação de serviços e  Profissional liberal.

Não possuem fins lucrativos, sendo os seus maiores objetivos a defesa dos interesses de seus associados e a prestação de ser-viços para o desenvolvimento das empresas filiadas.

As ACEs são entidades independentes, regidas pela legislação das sociedades civis, possuindo liberdade para reivindicar o atendimento às necessidades de seus associados, elaborar pro-postas e cobrar providências de autoridades públicas em rela-ção aos serviços prestados às comunidades.

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Embora tenham atuação política, ao lutarem pelo desenvolvi-mento social e econômico de sua região e de participarem dos debates para a fixação dos programas de governo nas áreas municipal, estadual e federal, não possuem vinculação políti-co-partidária, ou seja, não adotam princípios partidários, pos-suindo seu próprio estatuto e metas de trabalho.

Os seus recursos financeiros advêm da contribuição espontâ-nea (mensalidades) de seus associados, dos serviços prestados e das parcerias municipais, estaduais ou federais. Devem pres-tar contas aos seus associados, através de relatórios de movi-mentação financeira e das atividades desenvolvidas.

O seu forte poder representativo provém de uma grande rede de entidades localizadas em todo o Estado e no País.

Toda ACE deve filiar-se à sua entidade de representação no plano estadual, a FACIAP (Federação das Associações Co-merciais e Empresariais do Estado do Paraná), com sede em Curitiba, que, por sua vez, vincula-se a CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil) com sede em Brasília.

QUAIS OS OBJETIVOS DE UMA ACE?

COMO EMPRESA (PRESTADORA DE SERVIÇOS)

Um dos objetivos fundamentais como prestadora de serviços é gerar recursos financeiros, indispensáveis para o bom desen-volvimento de suas atividades, além de auxiliarem diretamen-te no aumento da competitividade das empresas filiadas. Como se sabe, as ACEs não contam com contribuições para fiscais (aquelas obrigatórias, definidas em lei), como acontece com as entidades sindicais do denominado Sistema “S” (Sesc, Senac, Sesi, Senai, , Sebrae etc.). Assim, as ACEs precisam sobreviver com suas próprias receitas, principalmente, as oriun-das de mensalidades dos associados e de serviços prestados, e como tal tem que dar lucro.

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COMO INSTITUIÇÃO

Um dos objetivos básicos de uma ACE é promover a organização, a mobilização e integração dos empre-sários, por meio da expressão dos in-teresses e pensamentos de sua clas-se e de sua região. Desta forma re-presenta a empresa e o empresário de qualquer setor de atividade eco-nômica. Esta representatividade tam-bém é definida como lobby, ou seja, capacidade de usar a força da coletivi-dade para garantir que os interesses do meio empresarial sejam ouvidos e respei-tados pelos órgãos do governo, outras ins-tituições e a sociedade como um todo.

Como instituição não pode dar prejuízo, mas se der lucro me-lhor.

QUAIS OS PASSOS QUE DEVEM SER

SEGUIDOS PARA CONSTITUIR UMA ACE?

Uma ACE deve ser constituída somente se forem atendidos requisitos ou condições prévias que são determinantes para o bom andamento do empreendimento. Para que tenha sucesso em seu empreendimento desenvolvemos alguns passos que poderão lhe auxiliar:

O primeiro passo para constituição de uma ACE é desen-volver um estudo da viabilidade técnica, com o objetivo de analisar:

 Perfil econômico da localidade – Fazer análise profun-da do perfil profun-da localiprofun-dade, informando, com base em mé-dias, a população, a renda per capita, o nível de

escolari-ACE: Organismo dividido em 2

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dade das pessoas do local, o número de empresas insta-ladas, produção, porte, ramo de atividade e setor econô-mico a que pertencem, infra-estruturas de comunicação, em particular, para internet, infra-estrutura para energia elétrica, potencialidades desenvolvidas e a desenvolver, setores de atividade econômica;

 Avaliar o interesse da comunidade – Verificar a exis-tência de empreendedores interessados, perfil das em-presas interessadas. Descrever como a comunidade lo-cal se beneficiará com a instalação da ACE, o público alvo a ser beneficiado.

O segundo passo é desenvolver a justificativa: informar para que, quem e como pretende desenvolver as ações com plane-jamento e metas.

O terceiro passo é apresentar estratégias de manutenção: ações, metas, planejamento que garanta a utilização efetiva da ACE. Fazer contatos com entidades públicas, privadas a fim de efetivar uma parceria. Verificar o grau de comprometimen-to das mesmas. Alguns exemplos que podemos citar de par-ceiros: Prefeitura, Sindicatos Patronais e de trabalhadores, Escolas Técnicas; Universidades, Institutos de Pesquisas, Se-cretarias Estaduais, Agência de Desenvolvimento, Agências de Fomento, Bancos de Desenvolvimento e Cooperativas de Crédito, SEBRAE, Investidores.

O quarto passo é o levantamento da estrutura física e efe-tivo uso da ACE:

 Infra-estrutura disponível (espaço físico em m²,

dispo-nibilidade de acesso);

 Recursos físicos e financeiros – recursos de contrapartida

da Instituição (demonstrar os seus recursos e de eventu-ais parceiros);

 Equipe prevista para trabalhar na ACE (número e perfil

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O quinto passo é demonstração de sustentabilidade da ACE:

 Público alvo: qual o público alvo que queremos atingir,

as empresas potenciais.

 Produtos e serviços a serem ofertados: as ACEs devem

preparar e auxiliar seus associados para competir dentro e fora do país, enfrentando a concorrência decorrente da globalização da economia. Para tanto deverá fazer um estudo de quais produtos e serviços que inicialmente a ACE estará ofertando, nada mais importante que verifi-car a necessidade do município e suas lideranças. A FACIAP tem uma gama de ações que poderão auxiliar e dar sustentabilidade a ACE, veja no capítulo “ACE COMO AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECO-NÔMICO E SOCIAL”;

 Estimativa de despesas e receitas mensais: no capítulo

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ta-bela as despesas e receitas típicas de uma ACE;

 Investimento Inicial: investimento com instalações,

equi-pamentos, materiais permanentes e pessoal são os prin-cipais gastos de uma ACE. Espera-se que através das parcerias consiga o apoio e a captação de recursos exter-nos necessários;

 Capital de Giro necessário: o capital de giro de uma

empresa é a soma dos recursos financeiros aplicados no caixa, bancos estoques e valores a receber. Esses recur-sos são destinados à compra de mercadorias,despesas administrativas, folhas de pagamento, etc.. É preciso adotar de inicio uma política de redução de custos e des-pesas e principalmente manter a entidade lucrativa, pois o lucro é a principal fonte de realimentação do capital de giro.

 Ponto de equilíbrio: Permite a ACE saber com

antece-dência qual o volume de recursos necessários para fazer com que receita e despesas se igualem. Desta forma a gestão poderá em função dos vencimentos das contas, estabelecer qual será seu esforço de venda ou entrada de recursos para cobrir todas as despesas e que comece a ter um superávit financeiro.

Para que possa colocar em prática o que foi comentado desen-volvemos uma metodologia de criação de uma ACE iniciando com a sensibilização, demanda de potenciais parceiros até sua implantação.

METODOLOGIA DE CRIAÇÃO DE UMA ACE

SENSIBILIZAÇÃO

Esta etapa inicia-se através da solicitação para criação de uma ACE, feita por uma das seguintes vias:

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 Através de ações de fomento da FACIAP.

Marca-se uma reunião com essas entidades e outras que, em comum acordo, possam colaborar, na formação de uma ACE. Nessa reunião com potenciais parceiros, apresentam-se escla-recimentos sobre o projeto, visando sensibilizá-los e se esta-belece um Termo de Compromisso.

O Termo de Compromisso deverá conter, no mínimo:

 Identificação das entidades envolvidas;

 Identificação das empresas interessadas;

 Objetivos;

 Responsabilidades das partes;

 Cronograma físico e

 Vigência.

Após análise pelos setores jurídicos, firma-se o Termo de Com-promisso, de preferência em um evento de conhecimento da comunidade.

ATIVIDADES INICIAIS

 Formação do Grupo de Trabalho (GT): Nesta etapa do processo, cada uma das entidades parceiras e empre-sas deverão estar indicando um representante para com-por o Grupo de Trabalho (GT), que será responsável pela operacionalização do processo de criação da ACE .

 Identificação de especialistas para elaboração do Es-tudo de Viabilidade Técnica: Numa primeira reunião o GT, além do planejamento de suas ações, deverá realizar o Estudo de Viabilidade Técnica para implantação de uma ACE.

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PLANEJAMENTO

 Análise do Estudo de Viabilidade : De posse do Estudo de Viabilidade Técnica, o GT analisa a possibilidade de execução ou não da implantação do empreendimento. Nessa análise deverá ser verificada entre outras coisas, a definição das modalidades de Associação, das parcerias, das formas de apoio financeiro e existência de local para implantação da ACE. Sendo comprovada sua viabilida-de, o GT, através de processo participativo e consensual, define quem irá coordenar as etapas de planejamento e instalação.

 Plano de Negócios e Instrumentos Jurídicos: Visando captar recursos para elaboração do Plano de Negócios, o GT deverá apresentar projeto às Instituições de fomento onde, além do Estudo de Viabilidade, deverá conter as seguintes informações:

a) Identificação do proponente;

b) Identificação do local onde será instalada a ACE.

 Elaboração do Plano de Negócios: O Plano de Negóci-os deverá conter Negóci-os seguintes tópicNegóci-os:

a) Análise Estratégica (cenário local, perfil econômico da região, instituições geradoras de tecnologia e/ ou empreendedorismo, instituições de apoio, infra-es-trutura local, disponibilidade de recursos econômicos e financeiros, análise do ambiente externo e interno e fatores críticos de sucesso);

b) Empreendimento (definição do negócio, histórico, vi-são, misvi-são, objetivos e metas, estrutura legal, estru-tura organizacional e localização);

c) Serviços (descrição, fluxo dos processos, recursos ne-cessários - humanos, espaço físico, instalações, equi-pamentos e materiais permanentes - e alianças

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estra-tégicas);

d) Mercado (análise, público-alvo, segmentação, tama-nho, tendências e capacidade de filiação);

e) Marketing (necessidades atendidas, política de pre-ços, ponto e promoção);

f) Aspectos financeiros (investimentos, custos e despe-sas, receitas e fluxo de caixa); e

g) Estratégia e cronograma de implantação.

 Definição e Elaboração dos Instrumentos Jurídicos e Operacionais: O GT deverá definir, e com a ajuda de consultoria especializada, elaborar os instrumentos jurí-dicos e operacionais necessários ao funcionamento da ACE. Esses instrumentos jurídicos operacionais, são: a) Acordo de Cooperação de Criação;

b) Estatuto da ACE; c) Regimento interno;

d) Convênio para cessão do local/ contrato de locação ; e) Convênio para apoio técnico e/ou financeiro .

IMPLANTAÇÃO

 Formalização da ACE: Após a elaboração do Plano de Negócios e a definição dos instrumentos jurídicos e operacionais, os parceiros se reunirão objetivando tor-nar válido a definição da gestora da ACE, bem como sua forma jurídica, sem fins lucrativos.Nesta fase deverão ser designados e empossados os membros dos Conse-lhos, aprovados o Estatuto Social, o Regimento Interno, formalizando a criação da ACE, através de registro em cartório, no caso das ACE, registrar o estatuto e a ata da assembléia geral de constituição.Após a realização da fase acima descrita, faz-se o lançamento da ACE para a

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comunidade.

 Responsabilidades da Diretoria Provisória: a) Criação da ACE;

b) Definição da gestora (forma jurídica);

c) Providenciar o CNPJ da entidade, na Secretaria da Receita Federal;

d) Providenciar Alvará de Funcionamento (demanda vis-toria pelo Corpo de Bombeiros);

e) Solicitar a filiação da Associação à FACIAP;

f) Formalização dos convênios para cessão do local e apoios técnicos e/ou financeiros; e

g) Lançamento da ACE para a comunidade.

 Infra Estrutura Operacional: A administração operacional da ACE, ficará a cargo de uma equipe cons-tituída por um diretor executivo e por um corpo de apoio (secretária e auxiliar administrativo). Estes profissionais poderão ser:

a) Cedidos à ACE por alguma das instituições parcei-ras;

b) Pessoas jurídicas contratadas -(contrato de prestação de serviços); e

c) Pessoas físicas contratada - (contrato trabalhista ou Estágio).

 Adequação do Local: A diretoria deverá providenciar a adequação do imóvel, de acordo com os tipos de servi-ços a serem oferecidos pela ACE.

 Infra- Estrutura Física: Para o bom funcionamento do empreendimento, a ACE deverá dispor de uma estrutura física operacional básica, tais como:micro-computado-res, impressoras, rede de internet, telefone, fax, xerox,

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mobiliário, adquirir livros, impressos e outros materiais indispensáveis para o funcionamento da entidade.

 Divulgação da ACE: Para que a comunidade venha a conhecer o projeto e seus benefícios. A diretoria, com apoio de seus parceiros, deverá promover uma campa-nha de divulgação bastante ampla que vise atingir seu público alvo.Esta divulgação poderá ser feita através da mídia escrita, falada e televisiva, bem como através de palestras, workshops, eventos de lançamento ou qual-quer outra forma que possibilite atingir seus objetivos.

ÓRGÃOS QUE DEVEM COMPOR UMA ACE

ASSEMBLÉIA GERAL

A Assembléia Geral é o órgão soberano da associação e se compõe de todos os associados, de acordo com o Estatuto Social.

Existem assembléias ordinárias e extraordinárias. A assem-bléia ordinária tem que ser convocada uma vez por ano. Ela delibera em primeira convocação com a presença de, no míni-mo, dois terços de seus associados. Caso este número não seja alcançado, é possível fazer uma segunda convocação, meia hora após, com qualquer número, mas é importante lembrar que os assuntos não poderão ser deliberados sem a presença de no mínimo um terço dos associados. Sempre procurando seguir o Código Civil.

O estatuto de cada ACE é o que fixa tal procedimento ou outro critério da Assembléia.

O estatuto da ACE deverá estar em conformidade com o esta-tuto da Federação.

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As competências das assembléias gerais são, entre outras, as seguintes:

 Eleger os representantes dos órgãos da associação

(so-mente assembléia ordinária), conforme o Estatuto Soci-al;

 Resolver, em definitivo, todas as propostas que lhe

fo-rem submetidas pelo conselho fiscal, pela diretoria ou por associados;

 Alterar ou modificar o estatuto da associação;

 Decidir sobre a extinção da entidade e a destinação de

seus bens;

 Deliberar sobre a aquisição, alienação de bens imóveis

mediante proposta da diretoria.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é o órgão responsável pela ad-ministração da entidade e é composto no mínimo por um:

 Presidente;

 Vice-presidentes (se julgado conveniente, cada ACE de

acordo com sua necessidade poderá instituir vice-presi-dências específicas — por exemplo, de comércio, de in-dústria, de agropecuária, de microempresa, de transpor-te, de turismo, de SCPC, de informática, de serviços);

 Um secretário;

 Um tesoureiro.

As funções específicas citadas, independente do tamanho da ACE, devem existir.

Os demais conselheiros ocuparão cargos conforme a compo-sição da chapa eleita.

Poderão ser ainda instituídos conselhos específicos ou temáticos, por exemplo:

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 Conselho do Jovem Empresário - com o objetivo de co-laborar no desenvolvimento pessoal e empresarial dos jovens empresários do município, capacitando-os para exercerem com mais dinamismo sua atividade empresa-rial;

 Conselho da Mulher Empresária - com a missão de atuar

com uma visão proativa, de forma a potencializar a mu-lher, criando oportunidades de aprimoramento profissio-nal e possibilitando a ampliação da sua área de atuação;

 Conselho de Líderes Regionais –associados de destaque

em suas quadras ou região, com a missão de atuar como propagador das informações da ACE na comunidade onde atuam.

Para compor o Conselho de Administração de uma ACE, de-vem ser observados critérios que lede-vem em consideração as diversas áreas empresariais existentes na localidade, a qualifi-cação dos empresários e acima de tudo que tenham:

 Representatividade;

 Independência (que tenha liberdade para executar as suas

atividades na ACE sem comprometer o desenvolvimen-to de sua empresa);

 Espírito empreendedor;

 Caráter;

 Ética;

 Disposição para exercer a função;

 Que não tenha pretensão em se candidatar a qualquer

ór-gão público durante seu mandato.

O Conselho de Administração deve reunir-se pelo menos uma vez por quinzena. Suas competências são vastas e englobam, entre outras, a:

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 Direção das atividades e trabalhos da associação;

 Administração das suas rendas e bens;

 Implementação das deliberações da assembléia geral;

 Discussão e aprovação do orçamento da entidade;

 Elaboração do regimento interno;

 Criação, como base no orçamento, dos cargos dos

funci-onários.

É importante que cada ACE desenvolva um regulamento in-terno inclusive para o Conselho do Jovem Empresário e o Conselho da Mulher.

CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal é constituído no mínimo por três membros efetivos (ex-presidentes que mantiveram condição de associ-ados) e três suplentes, eleitos conjuntamente com a diretoria. As suas atribuições são de:

 Examinar anualmente os livros, contas e balanços,

orça-mentos, registros e todos os

documentos de caráter patrimonial da associação;

 Controlar, fiscalizar e analisar as atividades e as contas

da diretoria;

 Emitir parecer sempre que solicitado sobre as finanças

da ACE;

 Apresentar parecer sobre as contas da entidade à

direto-ria e em assembléia geral;

 Auxiliar o Conselho da Administração para a boa

con-secução dos fins sociais da entidade;

O Conselho Fiscal pode também, reunir-se, regularmente para acompanhar o desempenho econômico-financeiro da ACE.

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FONTES DE RECEITAS

As ACEs são entidades sem fins lucrativos. Entretanto, neces-sitam de recursos financeiros para exercer seu papel de repre-sentante dos associados. Precisam manter uma estrutura míni-ma de funcionários, equipamentos e míni-materiais de escritório. Somente haverá recursos extras para patrocinar iniciativas de interesse dos associados se as receitas forem maiores que as despesas. Algumas fontes de receitas que podemos citar:

 Mensalidades;  Doações;  Programas de Cooperação;  Aluguéis e investimentos;  Campanhas/feiras/exposições;  Parcerias;

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 Publicações;

 Implantação de produtos desenvolvidos pela Federação/

Confederação;

 Serviços.

MENSALIDADES:

São valores fixos cobrados mensalmente de todos os associa-dos e devem ser suficientes para cobrir os custos administrati-vos da ACE. Sua principal vantagem é de ser uma receita está-vel e fácil de administrar.

Entretanto, são relativamente baixas. Caso sejam aumentadas sem critério, geralmente muitos associados deixam de contri-buir ou o fazem com atraso. E quando isto acontece é difícil tomar medidas administrativas para cobrá-las, pela pouca quan-tia envolvida individualmente.

A experiência mostra que as mensalidades só são pagas regu-larmente quando os associados reconhecem na entidade de clas-se uma liderança efetiva e recebem de volta atendimento satisfatório.

Como se sabe, empreendedores gostam de investir onde ob-têm retorno, mesmo que seja em contribuições para entidades de classe.

Assim, uma ACE que queira atingir auto-suficiência somente com mensalidades terá que aumentá-las ou ampliar bastante o número de seus associados. E, para isso, tem que oferecer algo mais que a simples representatividade classista.

Poucas associações mantêm política de cobrança de mensali-dades diferenciadas, ou seja, contribuições proporcionais ao porte dos associados. As microempresas e as de pequeno porte se sentem injustiçadas quando suas contribuições são iguais às dos sócios de grande porte.

Um dos critérios para a classificação do porte dos associados visando a elaboração de uma

tabela de mensalidades com descontos progressivos, é o nú-mero de empregados. Devem ser incluídos, também os

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profis-sionais autônomos. Sua adesão à associação é importante prin-cipalmente para a venda de serviços.

Cada associação pode estabelecer seus critérios de classifica-ção do porte de seus associados.

Associações em cidades com predominância de indústrias de confecções ou de calçados, que têm uso intensivo de mão-de-obra, podem elaborar uma tabela diferente daquelas de cida-des com empresas de tecnologia, onde a mão-de-obra é menos intensiva por unidade comercial e industrial.

Além do número de empregados, são usados os seguintes cri-térios para a definição de mensalidades:

 Adesão aos Serviços de Proteção ao Crédito;

 Segmento (comércio, indústria, serviços);

 Porte da empresa segundo o faturamento;

 Setor (bancos, financeiras etc.);

 Estabelecimento único ou filial;

 Capital social.

É também comum encontrar combinações de critérios para definir a mensalidade como, por exemplo, segmento e número de funcionários.

DOAÇÕES

São recursos voluntários oriundos de órgãos não-governamen-tais, entidades de apoio, grandes empresas, fundações, clubes de serviços (como Lions, Rotary) etc. Sua principal caracterís-tica é a não exigência de devolução, ou seja, são a “fundo per-dido”. Quando ocorrem, contribuem significativamente para o financiamento das atividades da associação.

Entretanto, doações ocorrem ocasionalmente, ou seja, não há regularidade para o fluxo de caixa. Doações em excesso, em muitos casos, colocam em risco a independência da associa-ção.

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PROGRAMAS DE COOPERAÇÃO

São importantes para as associações, pois viabilizam alguns projetos da ACE ou de seus parceiros que não poderiam ser mantidos por um único financiador e sempre aumentam o seu nível de profissionalização. Podem ser citados como exem-plos os Balcões de Emprego, Sebrae, etc.

São interessantes, também, os programas de cooperação man-tidos por universidades estrangeiras, fundações, organizações não-governamentais e outros oriundos de entidades empresa-riais, que têm afinidade com as atividades da associação. Sua desvantagem é de ser por tempo limitado, não podendo se constituir em uma fonte permanente e confiável de receita. E as fontes permanentes são as únicas que permitem à ACE pla-nejar programas duradouros destinados aos seus associados.

ALUGUÉIS E INVESTIMENTOS

Algumas ACEs dispõem de salas para treinamento que podem obter bom resultado financeiro com seu aluguel.

Outras têm recursos aplicados no mercado financeiro, garan-tindo, portanto, rendimentos mensais extras com os juros rece-bidos.

Essas receitas, embora importantes para o equilíbrio mensal do caixa, têm duração finita, uma vez que os aluguéis são ge-ralmente de curto prazo. Os investimentos também têm remu-neração limitada, que não pode ser aumentada pela simples vontade da ACE ou pela necessidade de cobertura de despesas imprevistas.

CAMPANHAS/FEIRAS/EXPOSIÇÕES

São grandes instrumentos para incremento de receita para a ACE e contribuem para o nível de relacionamento, troca de experiências e o crescimento econômico regional. Encaradas

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de forma comercial, elas deixam de ser institucionais em sua essência e passam a reverter receita. A organização de eventos desse porte tem que levar em conta o que a cidade está preci-sando, se os comerciantes aderirem facilmente e se o produto é de interesse da comunidade. Esse produto pode ser o evento em si ou até mesmo prêmios e outros benefícios para os consu-midores ou clientes. Uma campanha do comércio para o Dia das Mães, por exemplo, precisa ser bem avaliada. Esse evento já vende por si só, por ser extremamente tradicional. Talvez seria mais interessante uma campanha similar em uma data de pouco fluxo no comércio com o objetivo de aquecer as vendas ou desovar estoques.

PARCERIAS

A ACE é o principal órgão empresarial da cada município, pois é o único que contempla todos os setores e em geral goza de muita credibilidade.

Sendo um nome forte, sua marca tem que ser valorizada e deve ter um preço. Muitas empresas que queiram associar seu nome à marca da ACE devem, portanto, pagar pelo investimento. São inúmero os exemplos de empresas de telecomunicações, listas telefônicas, planos de saúde, instituições de ensino, en-tre outras que pagam para associar seu nome ao da ACE. Além do pagamento direto, as empresas devem ainda conceder van-tagens aos associados.

Antes de fazer uma parceria com qualquer empresa é impor-tante:

 Analisar custo-benefício avaliando custos indiretos

des-ta parceria;

 Pesquisar a credibilidade, história, condições que a

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PUBLICAÇÕES

Muitas associações vêem as publicações como jornal/revista apenas como um complemento das demais atividades e desconsideram o seu potencial de receitas, subestimando que muitos associados se interessem em divulgar os seus produtos ou serviços por estes meios de comunicação.

Um jornal/revista bem administrado garante aos anunciantes preços competitivos, além de ser uma fonte de receita da

ACE.

Implantação de Produtos Desen-volvidos Pela

Federação/Con-federação

É importante que as ACEs participem em eventos do sistema Federativo fazendo um benchmarking dos pro-jetos. O objetivo maior é en-curtar os caminhos, evitan-do com isso a perda de tem-po em estudo de viabilidade de um projeto onde a Federa-ção/Confederação já haviam pesquisado e estão disponibilizando para as ACEs. A exemplo das Câmaras de Medição de Arbitragem, PROE – Programa Regional de Orientação para Estágio, Cooperativas de Crédito, entre ou-tros.

SERVIÇOS

Apresentam muitas vantagens em relação às outras fontes. Contribuem para aumentar o nível de profissionalização da ACE, aumentam sua representatividade e a motivação de seus

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funcionários. Como os serviços são benéficos para os associa-dos, contribuem para mantê-los com suas obrigações em dia, pois os deixam convencidos de que pagam mensalidades para uma entidade que é realmente útil.Outra grande vantagem é que a auto-sustentabilidade financeira garante a independên-cia política da ACE. Exemplo de alguns serviços: SCPC, As-sessoria, Capacitação, Convênios Médicos, etc.

A importância da Prestação de Serviços como Fonte de Re-ceita:

Além de contribuir para a auto-suficiência financeira e atender uma das principais demandas dos seus associados, a prestação de serviços traz outras vantagens:

 Aumentar a representatividade (maior número de

associ-ados);

 Obter recursos para subsidiar outras atividades;

 Motivar os funcionários;

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