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Paisagem como arquitetura, a partir das obras de João Gomes da Silva e Paulo David (CCB Garagem Sul 5 maio a 2 agosto)

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Paisagem como arquitetura, a partir das obras de

João Gomes da Silva e Paulo David (CCB

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Revista de Imprensa

1. Paisagem com Arquitectura, Time Out, 13-05-2015 1

2. A Paisagem como arquitetura é a nova exposição da Garagem Sul do CCB, TSF - Fila J, 12-05-2015 2

3. Exposições, Expresso - Revista E, 09-05-2015 3

4. Exposição valoriza ligação da arquitetura e paisagem para preservar identidade, Correio da Manhã Online, 05-05-2015

4

5. ´Paisagem como arquitetura´ no CCB, Destak, 05-05-2015 5

6. Casa das Mudas valoriza ligação da arquitetura e paisagem para preservar identidade, Diário de Notícias da Madeira.pt, 05-05-2015

6

7. Exposição valoriza ligação da arquitetura e paisagem para preservar identidade, RTP Online, 05-05-2015 7

8. 3 Escolhas, Visão - Visão 7 Lisboa e Sul, 30-04-2015 9

9. Exposição "Paisagem como Arquitetura" inaugura dia 5 de maio, Emotion Arts Online, 28-04-2015 10

10. Paisagem como Arquitetura, Câmara Municipal de Lisboa Online - Agenda Cultural de Lisboa Online, 22-04-2015

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11. E o resto é paisagem, Sol, 08-05-2015 12

12. CCB acolhe exposição ´Paisagem como Arquitectura´, Revista O Instalador Online, 04-05-2015 13

13. "Paisagem como Arquitectura" em exposição no CCB, Construir.pt, 22-04-2015 14

14. A arquitectura lida com a memória, porque um lugar não é só de um tempo, Público, 06-05-2015 15

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A1 Tiragem: 11000 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Lazer Pág: 34 Cores: Cor Área: 13,71 x 12,98 cm² Corte: 1 de 1

ID: 59244326

13-05-2015

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A2

TSF - Fila J

Duração: 00:02:33 OCS: TSF - Fila J

ID: 59230089 12-05-2015 07:37

A Paisagem como arquitetura é a nova exposição da Garagem Sul do CCB

http://www.pt.cision.com/s/?l=76273f13

A Paisagem como arquitetura é a nova exposição da Garagem Sul do CCB.

A paisagem é tantas vezes modificada, alterada ou simplesmente ampliada aos nosso olhar com arquitetura, dois arquitetos, Paulo David e João Gomes da Silva com o curador Nuno Crespo, mostram ideias que foram concretizadas e outras que nunca vão ser ideias ou ideias soltas.

Repetições: TSF - Fila J , 2015-05-12 12:52

(5)

A3 Tiragem: 99900 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Lazer Pág: 89 Cores: Cor Área: 7,50 x 21,02 cm² Corte: 1 de 1

ID: 59191685

09-05-2015 | Revista E

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A4

Exposição valoriza ligação da arquitetura e paisagem para preservar identidade

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 05-05-2015

Meio: Correio da Manhã Online

URL::

http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/exposicao_valoriza_ligacao_da_arquitetura_e_paisagem_para _preservar_identidade.html

05.05.2015

Uma exposição que valoriza a ligação entre a arquitetura e a paisagem para preservar a identidade dos lugares, como a Casa das Mudas, na Madeira, e a Ribeira das Naus, em Lisboa, inaugura hoje no Centro Cultural de Belém. "Paisagem como arquitetura", uma exposição sobre projetos dos arquitetos João Gomes da Silva e Paulo David, com fotografias e vídeos de Nuno Cera e curadoria de Nuno Crespo, inaugura hoje, às 19:00, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. A exposição, que fica patente até 19 de julho, parte das colaborações entre os dois arquitetos e desenvolve-se para outros projetos individuais, geografias e tempos, segundo o curador Nuno Crespo, sublinhando que "Paisagem como arquitetura" se assume como "uma provocação para refletir acerca da relação complexa" entre ambas.

Lusa

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A5

Tiragem: 68889 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Informação Geral

Pág: 12 Cores: Cor Área: 20,97 x 1,24 cm² Corte: 1 de 1

ID: 59119167

05-05-2015

‘PAISAGEM COMO

ARQUITETURA’ NO CCB

É inaugurada hoje, às 19h00, na Garagem Sul – Exposições de Aquitetura do Centro Cultural de Belém a mostra

Paisagem como Arquitetura

, com curadoria de Nuno Crespo.

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A6

Casa das Mudas valoriza ligação da arquitetura e paisagem para preservar identidade

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 05-05-2015

Meio: Diário de Notícias da Madeira.pt

URL:: http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/514697-casa-das-mudas-valoriza-ligacao-da-arquitetura-e-

paisagem-para-preservar-Uma exposição que valoriza a ligação entre a arquitetura e a paisagem para preservar a identidade dos lugares, como a Casa das Mudas, na Madeira, e a Ribeira das Naus, em Lisboa, inaugura hoje no Centro Cultural de Belém. "Paisagem como arquitetura", uma exposição sobre projetos dos arquitetos João Gomes da Silva e Paulo David, com fotografias e vídeos de Nuno Cera e curadoria de Nuno Crespo, inaugura hoje, às 19:00, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. A exposição, que fica patente até 19 de julho, parte das colaborações entre os dois arquitetos e desenvolve-se para outros projetos individuais, geografias e tempos, segundo o curador Nuno Crespo, sublinhando que "Paisagem como arquitetura" se assume como "uma provocação para refletir acerca da relação complexa" entre ambas. Durante a visita guiada aos jornalistas, os autores sublinharam que a exposição, não tem a natureza como foco, mas a paisagem enquanto território, geografia, história e cultura. O arquiteto Paulo David, autor da Casa das Mudas - Centro das Artes da Madeira, projeto selecionado em 2005 para o Prémio Europeu de Arquitetura Mies Van der Rohe, e a Medalha Alvar Aalto em 2012, declarou que "perante a globalidade, estamos com um grande problema: desenhar a nossa própria biografia". "Temos que aprender a redesenhar a nossa biografia", sublinhou. Por seu turno, o arquiteto paisagista João Gomes da Silva, considerou que "a paisagem é o fenómeno mais importante e fascinante da Humanidade, porque reflete a intervenção do Homem em várias formas, ao logo da História". "A paisagem é um dos maiores recursos culturais e económicos que temos e queremos mostrar nesta exposição como influencia a nossa vida", acrescentou o professor da Universidade Autónoma de Lisboa que desenvolve atividade como arquiteto paisagista no ateliê Global desde 1994. Além dos materiais usados nos vários projetos, alguns deles de origem local, a exposição mostra fotografias e vídeos das obras em Lisboa e na Madeira, apresentando-as num percurso temporal que vai desde o nascer do dia até ao anoitecer.

05/05/2015 14:13

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A7

Exposição valoriza ligação da arquitetura e paisagem para preservar identidade

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 05-05-2015

Meio: RTP Online

URL::http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=826015&tm=4&layout=121&visual=49

05 Mai, 2015, 14:39

Uma exposição que valoriza a ligação entre a arquitetura e a paisagem para preservar a identidade dos lugares, como a Casa das Mudas, na Madeira, e a Ribeira das Naus, em Lisboa, inaugura hoje no Centro Cultural de Belém.

"Paisagem como arquitetura", uma exposição sobre projetos dos arquitetos João Gomes da Silva e Paulo David, com fotografias e vídeos de Nuno Cera e curadoria de Nuno Crespo, inaugura hoje, às 19:00, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

A exposição, que fica patente até 19 de julho, parte das colaborações entre os dois arquitetos e desenvolve-se para outros projetos individuais, geografias e tempos, segundo o curador Nuno Crespo, sublinhando que "Paisagem como arquitetura" se assume como "uma provocação para refletir acerca da relação complexa" entre ambas.

Durante a visita guiada aos jornalistas, os autores sublinharam que a exposição, não tem a natureza como foco, mas a paisagem enquanto território, geografia, história e cultura.

O arquiteto Paulo David, autor da Casa das Mudas - Centro das Artes da Madeira, projeto selecionado em 2005 para o Prémio Europeu de Arquitetura Mies Van der Rohe, e a Medalha Alvar Aalto em 2012, declarou que "perante a globalidade, estamos com um grande problema: desenhar a nossa própria biografia".

"Temos que aprender a redesenhar a nossa biografia", sublinhou.

Por seu turno, o arquiteto paisagista João Gomes da Silva, considerou que "a paisagem é o fenómeno mais importante e fascinante da Humanidade, porque reflete a intervenção do Homem em várias formas, ao logo da História".

"A paisagem é um dos maiores recursos culturais e económicos que temos e queremos mostrar nesta exposição como influencia a nossa vida", acrescentou o professor da Universidade Autónoma de Lisboa que desenvolve atividade como arquiteto paisagista no ateliê Global desde 1994.

Além dos materiais usados nos vários projetos, alguns deles de origem local, a exposição mostra fotografias e vídeos das obras em Lisboa e na Madeira, apresentando-as num percurso temporal que vai desde o nascer do dia até ao anoitecer.

TAGS:Arquitetura Mies Van, Medalha Alvar Aalto, Ribeira, Lusa

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A9 Tiragem: 81600 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Lazer Pág: 27 Cores: Cor Área: 8,89 x 12,67 cm² Corte: 1 de 1

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A10

Exposição "Paisagem como Arquitetura" inaugura dia 5 de maio

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 28-04-2015

Meio: Emotion Arts Online

URL::http://www.emotionarts.org/exposicao-paisagem-como-arquitetura-inaugura-dia-5-de-maio/

Publicado porem 28/04/2015 em,,| EXPOSIÇÃO

No próximo dia 5 de maio, terça-feira, o espaço da Garagem Sul do Centro Cultural de Belém vai acolher a exposição "Paisagem como Arquitetura", realizada a partir de obras dos arquitetos Paulo David (n. Funchal, 1959) e João Gomes da Silva (n. Lisboa, 1962).

A mostra, comissariada por Nuno Crespo, pretende explorar as diferentes formas como a paisagem se desenvolve enquanto lugar construído pela arquitetura. Na sinopse da exposição pode ler-se: "Ao lugar espontâneo, criado pelo tempo e pelas forças terrenas imprevisíveis, contrapõe-se uma outra espécie de lugar cuja origem é o engenho humano e a sua capacidade de fazer paisagem, fabricar o tempo e dar origem ao novo".

QUANDO

5 de maio a 19 de julho de 2015

(Inauguração:5 de maio, terça-feira,às 19h00)

De terça a domingo, das 10h00 às 18h00 (última entrada às 17h30) PREÇO

2EUR ONDE

Centro Cultural de Belém Garagem Sul

Praça do Império 1449-003 Lisboa Tel.: 213 612 614/5

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A11

Paisagem como Arquitetura

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 22-04-2015

Meio: Câmara Municipal de Lisboa Online - Agenda Cultural de Lisboa Online

URL::http://agendalx.pt/evento/paisagem-como-arquitetura

A partir das obras de João Gomes da Silva e Paulo David Artes Exposições Arquitetura

21 abr a 19 jul/15

Paisagem Como Arquitectura © Ricardo Jardim

Paisagem como Arquitetura é uma exposição que parte das colaborações entre os arquitetos Paulo David (n. Funchal, 1959) e João Gomes da Silva (n. Lisboa, 1962) e pretende explorar as diferentes formas como a paisagem se desenvolve enquanto lugar construído pela arquitetura.

Ao lugar espontâneo, criado pelo tempo e pelas forças terrenas imprevisíveis, contrapõe-se uma outra espécie de lugar cuja origem é o engenho humano e a sua capacidade de fazer paisagem, fabricar o tempo e dar origem ao novo. Trata-se de, através de um conjunto significativo de gestos arquitetónicos, explorar o modo como a paisagem é palco do confronto humano com a história e com a natureza (lugar da nossa biografia) e como expressa a necessidade humana de ordenar o mundo e, simultaneamente, o desejo de construir o futuro (condição humana da natalidade).

Esta exposição desenvolve-se a dois tempos: por um lado propõe, pela primeira vez, a apresentação e reflexão sobre a obra de dois arquitetos fundamentais para a compreensão da cultura arquitetónica portuguesa. Não se trata de exaustiva e cronologicamente apresentar os seus trabalhos, mas a partir da singularidade e pertinência (material, formal, reflexiva, processual) de alguns dos seus projetos caracterizar as linhas de força e o pensamento gerado por aquelas práticas arquitetónicas.

Por outro lado, pretende assumir-se esta exposição como plataforma de reflexão e debate de importantes conceitos como paisagem, construção, história, biografia, desejo na sua relação com as diferentes modalidades do exercício contemporâneo da arquitetura.

Local

Centro Cultural de Belém

Fundação Centro Cultural de Belém Praça do Império 1449-003Lisboa

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A12

Tiragem: 48262 País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Informação Geral

Pág: 28 Cores: Cor Área: 15,88 x 10,51 cm² Corte: 1 de 1

ID: 59174450

08-05-2015

Página 12

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A13

CCB acolhe exposição ´Paisagem como Arquitectura´

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 04-05-2015

Meio: Revista O Instalador Online

URL:: http://www.oinstalador.pt/index.php/noticias/noticias/1200-ccb-acolhe-exposicao-paisagem-como-arquitectura

Details Written by O Instalador Category: Notícias Published: 04 May 2015 É inaugurada a 5 de Maio, pelas 19h00, no espaço da Garagem Sul, no Centro Cultural de Belém (CCB), a exposição 'Paisagem como Arquitectura'. Na inauguração vão estar presentes os dois autores, os arquitectos João Gomes da Silva e Paulo David, e ainda o curador da exposição, Nuno Crespo. O INSTALADOR | 9:15 | Segunda-feira, 4 de Maio de 2015 Segundo Nuno Crespo, a exposição pretende explorar as diferentes formas como a paisagem se desenvolve enquanto lugar construído pela arquitectura. Ao lugar espontâneo, criado pelo tempo e pelas forças terrenas imprevisíveis, contrapõe-se uma outra espécie de lugar cuja origem é o engenho humano e a sua capacidade de fazer paisagem, fabricar o tempo e dar origem ao novo. O curador acrescenta que trata-se, através de um conjunto significativo de gestos arquitectónicos, explorar o modo como a paisagem é palco do confronto humano com a história e com a natureza, e como expressa a necessidade humana de ordenar o mundo e, simultaneamente, o desejo de construir o futuro.

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A14

"Paisagem como Arquitectura" em exposição no CCB

Tipo Meio: Internet Data Publicação: 22-04-2015

Meio: Construir.pt

URL::http://www.construir.pt/2015/04/22/paisagem-como-arquitectura-em-exposicao-no-ccb/

22 de Abril de 2015 às 16:24:53 por Construir Paulo David e João Gomes da Silva colaboram entre si para a exposição "Paisagem como arquitectura", com o intuito de explorar a paisagem enquanto lugar de formas naturais e engenho humano, numa projecção do "novo". A decorrer no CCB, a exposição constrói-se em dois tempos, o primeiro de apresentação e reflexão sobre a obra dos dois arquitectos e a sua percepção da cultura arquitectónica portuguesa, tendo em conta a sua singularidade e congruência. O segundo tempo tem a forma de reflexão sobre conceitos de paisagem, história, construção, biografia e as particularidades do exercício da arquitectura moderna. Até ao dia 19 de Julho, no espaço Garagem Sul a visita pode ser guiada pelos próprios arquitectos ou mediante "Visita-jogo", que também assume uma vertente mais didáctica e interactiva. *Marina Bertolami Palavras Chave: Arquitectura & Urbanismo, Homepage, Newsletter Pode acompanhar os comentários a este artigo via RSS 2.0. Insira um comentário, ou crie um trackback no seu próprio site.

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A15

Tiragem: 36756 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Informação Geral

Pág: 28 Cores: Cor

Área: 25,70 x 30,61 cm² Corte: 1 de 2

ID: 59136719

06-05-2015

A arquitectura lida com a memória,

porque um lugar não é só de um tempo

Uma estrada estreita e deserta con-torna uma encosta debaixo de chuva miudinha, um túnel escuro e húmido que se abre para a luz, uma torrente de água que sai aos golfos de uma pa-rede rochosa, um bananal plantado em socalcos, vestígios de um incên-dio nos troncos dos pinheiros... E vol-ta e meia o som do mar e do vento a criar uma trama que envolve e que o artista plástico Nuno Cera usa para preparar o visitante para o que ali vai ver. Ali é a Garagem Sul do Centro Cultural de Belém, em Lisboa; e o que se vai ver é Paisagem como Ar-quitectura, exposição que parte do trabalho dos arquitectos Paulo David e João Gomes da Silva para propor uma refl exão sobre o lugar e o tem-po, sobre a memória da terra e dos materiais, sobre construção e invi-sibilidade.

Não é, adverte o paisagista João Gomes da Silva (Lisboa, 1962), uma exposição feita para mostrar a obra — é feita para “pensar a paisagem como uma forma de arquitectura”, mesmo quando é feita sem arquitec-tos. “A paisagem é o fenómeno mais importante da história da humanida-de porque é profundamente colecti-va, anónima, e está em permanente transformação”, defende. Paulo Da-vid (Funchal, 1959), que tem atelier na Madeira desde 2003, vê-a também como um marco autobiográfi co já que, diz, citando o arquitecto Álva-ro Siza, tem a felicidade de trabalhar na sua terra: “Quando falo de paisa-gem lembro-me imediatamente das minhas paisagens, dos meus lugares, e interrogo-me: porque é que nunca falamos dessa condição estranha que é vivermos no nosso lugar?”

Paisagem como Arquitectura parte de uma série de projectos de David e de Gomes da Silva em Lisboa, na Madeira e no Alentejo — nuns são colaboradores, noutros trabalham a solo ou em co-autoria com outros arquitectos — e da cumplicidade que se estabelece entre ambos. Uma cum-plicidade que é feita de um enorme

respeito pelo que a paisagem guarda antes da chegada do desenho do ar-quitecto. É por isso, em parte, afi rma o paisagista, que o vídeo de Cera abre a exposição. Contorno Azul funcio-na como o prólogo de uma funcio-narrativa que se desenvolve em três núcleos que constroem um discurso coerente e que volta a ter duas propostas do artista plástico por epílogo.

“No primeiro vídeo quis mostrar natureza, o mar, as mudanças de luz, aquele lado mais selvagem da ilha da Madeira, o espaço antes deles”, ex-plica ao PÚBLICO Nuno Cera. “Nos dois últimos quis que se visse a mão do arquitecto e tentei, ao mesmo tempo, captar o espírito dos lugares que criaram, mexendo na velocida-de da imagem, em cortes e planos.” O artista refere-se aos vídeos de seis minutos que fecham Paisagem como Arquitectura — um é do projecto de João Gomes da Silva e João Ferreira Nunes para a Ribeira das Naus, em Lisboa, feito com base em imagens recolhidas entre o amanhecer e o meio-dia; o outro é o da Casa das Mudas, centro de artes na Madeira, obra de Paulo David que Cera fi lma, a partir do interior, entre o meio-dia e o entardecer.

Arquitectura invisível Cera trouxe à exposição, cujo dese-nho foi concebido pelos dois arqui-tectos, o olhar exterior e subjectivo que faltava, defendem. Um olhar que veio reforçar o do comissário, Nuno Crespo, que esta terça-feira defi niu a arquitectura como uma “forma de ver mais intensamente a paisagem”. Crespo, que não deixou de sublinhar que a suas áreas de especialidade são a arte (é crítico do PÚBLICO) e a fi lo-sofi a, defende que o que lhe permitiu juntar Paulo David e João Gomes da Silva não foi o facto de os dois arqui-tectos já trabalharem juntos, mas de haver nos projectos de ambos “uma condição de invisibilidade”: “Neles a arquitectura não é uma imposição mas um esforço de devolver ao lugar o que lhe pertence.” Um esforço que se vê, por exemplo, na arquitectura de David, poética e agarrada à terra, e num projecto como o da Ribeira

O artista plástico Nuno Cera filmou e fotografou a Ribeira das Naus (mais em cima), a Casa das Mudas e outros projectos

Exposição da Garagem Sul do Centro

Cultural de Belém junta dois arquitectos

e um artista plástico, todos portugueses.

E todos a olhar para a paisagem. Para ver

até 19 de Julho

Exposição

Lucinda Canelas

de um cedro centenário, caído du-rante um incêndio. Mas na grande mesa que ocupa o núcleo central há mais: rocha vulcânica, cartas geo-lógicas de Lisboa com informações pouco tranquilizadoras sobre os pi-lares da Ponte 25 de Abril, tijolos de adobe, betão colorido do projecto das Salinas e até folhas do Herbário da Macaronésia, com espécies que crescem na Madeira, cedidas pelo Museu de História Natural. Todos es-tes materiais estão relacionados com os projectos que, nos dois núcleos

laterais, assumem a sua forma mais analítica e objectiva em maquetes e desenhos técnicos. “Trouxemos para aqui tudo isto porque os materiais têm uma força poética, transportam cheiros, sons, um tempo. Interessa-nos muito o envelhecimento destes materiais”, diz o arquitecto madei-rense, garantindo que preferem “en-contrar objectos do que produzir ob-jectos”: “Estamos sempre a tentar reduzir a arquitectura a um gesto sereno, o João e eu. É preciso ver e ouvir a paisagem e não impor nada das Naus, que recupera a forma

co-mo, no passado, se ocupou aquele território ribeirinho, garante.

Da Ribeira das Naus, Gomes da Silva trouxe pedras e outros sedi-mentos arrastados pelo rio — lioz, basalto, tijolo —, dos abrigos ecoló-gicos que desenhou para o Pico do Areeiro, Paulo David trouxe madeira

“É preciso

respeitar sempre

o que se encontra,

mesmo sabendo

que, depois, a

arquitectura

redesenha a

paisagem”, diz o

paisagista João

Gomes da Silva

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Tiragem: 36756 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Informação Geral

Pág: 29 Cores: Cor

Área: 11,19 x 26,50 cm² Corte: 2 de 2

ID: 59136719

06-05-2015

que ela não aceite com o desenho.” Foi o que fi zeram no projecto das Salinas, em Câmara de Lobos, na Madeira. Podiam ter insistido num desenho preciso para o arranjo pai-sagístico e a construção das piscinas, mas desde logo perceberam que o melhor seria acordarem em princí-pios construtivos gerais, adaptando o traço à medida das condições que fossem surgindo ao longo da cons-trução. A natureza não deixava que fosse de outra maneira.

Camadas de história

A falésia que se vê na fotografi a de Nuno Cera (o artista assina as foto-grafi as que registam a obra de Gomes da Silva), cuja derrocada importava conter, é um pretexto para o paisa-gista falar de identidade: “É preciso respeitar sempre o que se encontra, mesmo sabendo que, depois, a arqui-tectura redesenha a paisagem. Esta falésia tem vários estratos geológicos sobrepostos — todos os lugares são assim, com camadas sucessivas de história. É por isso que a arquitectura lida sempre com a memória. Um lu-gar nunca é de um tempo só.”

Essa sucessão de camadas históri-cas encontram-na os arquitectos na Herdade do Barrocal, uma proprie-dade nos arredores de Monsaraz, que

estiveram a estudar (Gomes da Silva assina o paisagismo de um projecto que inclui um hotel de Eduardo Sou-to de Moura e unidades de habitação de Paulo David, Manuel Aires Mateus, João Pedro Falcão de Campos e do in-glês John Pawson). Está implantada num território que é ocupado desde o neolítico (do X ao III milénio a.C.), que foi uma villa rústica romana com uma barragem, terra de olival e de culturas de regadio abandonada na Idade Média, quando a população se refugiou nas muralhas ali bem perto. No século XIX o monte, onde hoje está em construção o empre-endimento turístico, regressou aos espaços ocupados na pré-história. Nele Paulo David fez algo a que não está habituado — trabalhou a partir de uma planície. “A Madeira é uma pirâmide cheia de arestas, acidentes geográfi cos, muito agreste. No Alen-tejo tive de lidar com a monotonia, com variações muito subtis no terre-no.” E para lidar com elas é preciso conhecê-las, acrescenta Gomes da Silva: “A criação não se faz da abs-tracção, mas do conhecimento.”

Paisagem como Arquitectura termi-na a 19 de Julho e inclui um programa de visitas guiadas e uma conferência sobre intervenção no espaço público que será anunciado em breve.

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A17

Antena 1 - Notícias

Duração: 00:02:05 OCS: Antena 1 - Notícias

ID: 59139902 06-05-2015 08:13

Exposição João Gomes da Silva e Paulo David no CCB

http://www.pt.cision.com/s/?l=5df17e18

Hoje no Centro Cultural de Belém a paisagem é arquitetura, uma exposição de projetos que nos últimos anos valorizaram a paisagem e contribuíram para preservar a identidade de um povo. Declarações de João Gomes da Silva, Paulo David, arquitetos.

Referências

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