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Telecomunicações. Domótica. Eléctricas Pág. 4. Pág. 18. Pág. 27

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http://www.neutroaterra.blogspot.com

“O sucesso alcançado com a primeira publicação da

O sucesso alcançado com a primeira publicação da

“Neutro à Terra”, obrigou‐nos a elaborar a segunda

publicação desta newsletter com um sentido de

maior responsabilidade atendendo às expectativas

que foram criadas.”

Professor Beleza Carvalho

Eficiência

Sistemas

Telecomunicações

Domótica

Máquinas

Instalações

Eficiência 

Energética

Pág. 4

Sistemas

Segurança

Pág. 8

Telecomunicações

Pág. 18

Domótica

Pág. 27

Máquinas 

Eléctricas

Pág. 31

Instalações 

Eléctricas

Pág. 38

(2)

Professor José António Beleza Carvalho

Instituto Superior de Engenharia do Porto

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ARTIGOS TÉCNICOS

04|

Utilização Racional de Energia Eléctrica em Instalações Industriais.

O caso da força motriz.

Professor José António Beleza Carvalho

Instituto Superior de Engenharia do Porto

Instituto Superior de Engenharia do Porto

À TE

R

Instituto Superior de Engenharia do Porto

08|

Legislação de Segurança Contra Incêndio em Edifícios.

Presente e Futuro.

Engº António Augusto Araújo Gomes 

Instituto Superior de Engenharia do Porto

18|

ITED – Infra‐Estruturas de Telecomunicações em Edifícios.

Novos horizontes alcançados.

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UTRO

Engº Sérgio Filipe Carvalho Ramos

Instituto Superior de Engenharia do Porto

27|

A Solução POWERLINE Para o Sector Residencial.

Engº Roque Filipe Mesquita Brandão

Instituto Superior de Engenharia do Porto

31|

Sistemas Geradores em Aproveitamentos Eólicos.

Engº Pedro Miguel Azevedo de Sousa Melo

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E

Instituto Superior de Engenharia do Porto

38|

Harmónicos em Instalações Eléctricas.

Causas, efeitos e normalização.

Engº Henrique Jorge de Jesus Ribeiro da Silva

Instituto Superior de Engenharia do Porto

EVENTOS

FICHA TÉCNICA

49|

Workshop: “Telecomunicações, Domótica e Segurança”

25 de Junho de 2008 ‐ ISEP

FICHA TÉCNICA

DIRECTOR:

Professor Beleza Carvalho

COLABORADORES:

Beleza Carvalho, António Gomes, Henrique Silva, Pedro

Melo, Roque Brandão, Sérgio Ramos

PAGINAÇÃO E GRAFISMO: António Gomes

PROPRIEDADE:

Área de Máquinas e Instalações Eléctricas

PROPRIEDADE:

Área de Máquinas e Instalações Eléctricas

(3)

O sucesso alcançado com a primeira publicação da “Neutro à Terra”, confirmado pelas várias mensagens de felicitações e de incentivo que nos foram enviadas provenientes de vários sectores relacionados com a Engenharia Electrotécnica incentivo que nos foram enviadas, provenientes de vários sectores relacionados com a Engenharia Electrotécnica, nomeadamente engenheiros projectistas de instalações eléctricas, empresas e alunos de cursos de engenharia electrotécnica, obrigou‐nos a elaborar a segunda publicação desta “newsletter” com um sentido de maior responsabilidade atendendo às expectativas que foram criadas.

Os objectivos que se pretendem com esta publicação continuam os mesmos, ou seja, divulgar assuntos de carácter técnico‐ científico, com uma abordagem crítica, mas construtiva, de forma que esta publicação também possa ser vista como uma referência em assuntos relacionados com Engenharia Electrotécnica. No entanto, além dos assuntos relacionados com as Instalações Eléctricas, abordados na primeira publicação, entendemos abrir espaço na “Neutro à Terra” à publicação de artigosç , p p ç , p ç p ç g relacionados com a eficiência energética, as máquinas eléctricas e as energias renováveis, atendendo à crescente importância que estes assuntos tomam actualmente.

Nesta segunda publicação, pode‐se encontrar assuntos reconhecidamente importantes e actuais. O problema da utilização racional de energia eléctrica nas instalações industriais, é actualmente um dos sectores em que se tem prioritariamente que tentar fazer economias. No artigo que é publicado, apresenta‐se um conjunto de soluções para uma utilização mais racional da energia eléctrica no que respeita ao problema da força motriz, que é sem dúvida o equipamento mais relevante nas instalações industriais.

Outro assunto de grande interesse apresentado nesta publicação, tem a ver com necessidade de garantir a segurança das pessoas e dos bens, particularmente contra o risco de incêndio. Este assunto é actualmente de grande importância e, obrigatoriamente considerado, no âmbito da concepção e projecto das instalações eléctricas. No artigo apresentado é feita uma abordagem à legislação de segurança contra incêndios em edifícios, apresentando‐se o estado da arte sobre este assunto. As infra‐estruturas de telecomunicações em edifícios são actualmente um assunto de importância incontornável. O regulamento em vigor, publicado em 2005, tem suscitado várias dúvidas, não sendo totalmente claro as competências dos vários agentes envolvidos no assunto, sendo por vezes considerado algo ambíguo em determinados pontos. O artigo que é apresentado, além do enquadramento legislativo, clarifica as várias competências dos agentes envolvidos e define os critérios a adoptar na procura das melhores soluções de âmbito tecnológico.

Outro assunto de grande interesse apresentado nesta publicação, tem a ver com a automatização das instalações habitacionais ou domésticas. Neste sector, cada vez mais, são colocadas exigências em termos de conforto na utilização dos equipamentos eléctricos e uma utilização cada vez mais eficiente da energia eléctrica, impondo a necessidade de edifícios “inteligentes”. A domótica tem aqui um papel fundamental. No artigo apresentado aborda‐se a tecnologia “Powerline Carrier”, como uma alternativa aos sistemas domóticos tradicionais.

As formas alternativas de produção de energia eléctrica, especialmente as que são baseadas em fontes de energias renováveis, como a eólica, dominam a actualidade e são temas de investigação e projectos no âmbito da Engenharia Electrotécnica. Neste âmbito, os assuntos relacionados com as máquinas eléctricas e a conversão electromecânica de energia, são fundamentais. Nesta publicação é apresentado um artigo que foca as características mais relevantes dos principais sistemas de conversão de energia eólica, fundamentalmente no que se refere aos geradores e conversores estáticos de potência. No artigo são também referidos os princípios de base associados à conversão da energia eólica em energia eléctrica.

Finalmente, mas igualmente de grande importância, é publicado um artigo sobre o problema dos harmónicos nas instalações industriais. Este assunto, normalmente tema de estudos de investigação na área da engenharia electrotécnica, nem sempre é abordado com a profundidade desejável. O artigo faz o estado da arte sobre o assunto, enquadrando o problema no âmbito das normas em vigor.

Esperando que esta segunda publicação da “Neutro à Terra” satisfaça novamente as expectativas dos nossos leitores, sejam eles especialistas, ou simplesmente pessoas interessadas nestes assuntos, apresento os meus cordiais cumprimentos.

Porto, Outubro de 2008 José António Beleza Carvalho

(4)

Profº José António Beleza Carvalho

Instituto Superior de Engenharia do Porto

Utilização Racional de Energia Eléctrica em Instalações Industriais.

O caso da Força Motriz

O caso da Força Motriz.

A produção de energia mecânica, através da utilização de motores eléctricos, absorve cerca de metade da energia eléctrica consumida no nosso País, da qual apenas metade é energia útil. Este sector é, pois, um daqueles em que é preciso tentar fazer economias, prioritariamente. O êxito neste domínio depende, em primeiro lugar, da melhor adequação da potência do motor à da máquina que ele acciona. Quando o regime de funcionamento é muito variável para permitir este ajustamento, pode‐se equipar o motor com um conversor electrónico de variação de velocidade. Outra possibilidade é a utilização dos motores “ de perdas reduzidas” ou de “alto rendimento”, que permitem economias consideráveis.

Figura 1: Variação do rendimento e do cosϕ com a carga (Fonte: documentos técnicos da E D P )

Os motores mais utilizados na indústria apresentam características de rendimento praticamente constantes acima da meia carga. Mas o seu cosϕ continua a crescer para além deste valor, como se pode ver na figura 1. Abaixo da meia carga os motores consomem demasiada energia. Perto da plena carga em regime permanente, o aquecimento

(Fonte: documentos técnicos da E.D.P.)

Um método rápido para determinar o regime de carga de um motor assíncrono, consiste na comparação da velocidade de funcionamento (medida com um taquímetro) com a velocidade à plena carga (indicado na chapa de limita a sua longevidade.

Assim, os motores devem ser dimensionados de modo a funcionarem acima de 75% da sua carga nominal, obtendo‐ se as seguintes vantagens:

‐ melhor rendimento;

características), através da seguinte expressão:

em que:

ns: é a rotação síncrona do motor, e que depende do

100

(%)

Carga

de

Regime

×

=

n s m s

n

n

n

n

(5)

Na tabela seguinte apresenta‐se os valores típicos das velocidades de sincronismo, para uma frequência da rede de

sensíveis de energia. Trata‐se muito globalmente do accionamento das máquinas rotativas receptoras (bombas, 50 Hz.

Tabela 1 – Número de pólos e rotação síncrona para 50Hz

ventiladores, sopradores e compressores). Estas máquinas requerem, com efeito, a maior parte das vezes, uma regulação do ponto de funcionamento em função dos parâmetros de exploração do processo. Nestes casos, os métodos clássicos de regulação de velocidade traduzem‐se em aumentos significativos da potência consumida em

Número de  Pólos 2 4 6 8 10 12

Velocidade  de sincronismo (rpm)

3000 1500 1000  750 600 500

Por exemplo, um motor assíncrono de 4 pólos com 110kW, apresenta uma velocidade de funcionamento de 1495 rpm, uma velocidade de sincronismo de 1500 rpm e de plena carga de 1480 rpm. Nesta situação, o seu regime de carga será:

relação à necessidade real. São, pois, soluções vorazes em energia. A adopção de variadores electrónicos para regular a velocidade das máquinas rotativas é, actualmente, a solução mais eficiente, apresentando os seguintes benefícios: ‐ economia de energia

‐ aumento da produtividade

1495

1500

A carga que está acoplada terá uma potência de: P=110 x 0,25 = 27,5 kW

Nestas condições, é preferível utilizar um motor de 30 kW.

‐ melhoria da qualidade do produto ‐ menor desgaste mecânico

Assim, em aplicações onde sejam requeridas apenas duas ou três velocidades, é aconselhável a utilização de motores assíncronos de velocidades variáveis, disponíveis com

%

25

100

1480

1500

1495

1500

(%)

Carga

de

Regime

×

=

=

Para as situações de carga variável ao longo do dia, deve‐se determinar um valor médio e dimensionar o motor em função do mesmo, de acordo com a figura seguinte.

diversos tipos de características de binário/velocidade, e por isso adaptáveis a diversos tipos de carga. Nestes sistemas, a aplicação de variadores electrónicos de velocidade, bem como de equipamentos mais eficientes do ponto de vista energético, permite elevar o rendimento global dos sistemas de 31% para 72%, com tempos de recuperação do

Figura 2: Diagrama do consumo de potência de um motor (Fonte: documentos técnicos da E.D.P.)

investimento normalmente inferiores a três anos. Por outro lado, os variadores electrónicos de velocidade possuem diversos tipos de protecções para o motor, que deixam assim de ser adquiridas isoladamente e oferecem uma maior flexibilidade de colocação, podendo facilmente ser integrados em sistemas automáticos de gestão da produção. Para um grande número de actividades industriais, a

utilização de motores de velocidade variável é indispensável ao processo de fabrico. É o caso, por exemplo, do accionamento dos laminadores, misturadores, centrifugadores, fornos rotativos, máquinas ferramentas ou na tracção eléctrica. O seu uso tornou‐se clássico e as

Actualmente, encontra‐se já disponível no mercado os chamados motores de “perdas reduzidas”, ou de “alto rendimento”, mais caros que os motores clássicos, mas cuja utilização se revela rentável quando o seu tempo anual de utilização for suficientemente longo. Os construtores soluções evoluem a par e passo com os progressos técnicos.

Existe, por outro lado, um domínio de aplicações novas onde a adopção da velocidade variável permite obter economias

aumentaram a massa de materiais activos (cobre e ferro) de forma a diminuir as induções, as densidades de corrente e, assim, reduzir as perdas no cobre e no ferro. Utilizam chapas

(6)

ΔP : variação das perdas entre os dois motores K : preço do kWh

magnéticas de perdas mais reduzidas, entalhes especiais em certos casos e reformularam a parte mecânica, com especial

t : tempo de utilização (horas)

Conclusão

A situação energética portuguesa é caracterizada por uma

f d dê i (i d 90% d

incidência sobre a ventilação, para reduzir a potência absorvida por esta e diminuir o nível de ruído. Daí resulta, para idêntica dimensão, um aumento de peso da ordem de 15%, e de preço da ordem de 20 a 25%. Contudo, a melhoria do rendimento, compreendida entre 2 e 4,5%, e a do cosϕ, permite amortizar rapidamente este aumento de preço. Para

forte dependência externa (importamos cerca de 90% da energia que consumimos), pela dependência fundamentalmente em relação a uma única forma de energia (o petróleo), apesar dos esforços que se têm feito nos últimos anos para alterar esta situação, por um nível de consumo fraco em comparação ao de outros países

b d CEE f t i t id d éti d

qualquer investimento em motores eléctricos efectuado, pelo menos, para 10 anos, os modelos de perdas reduzidas são fortemente competitivos.

Na figura 3, apresenta‐se uma análise comparativa entre os motores convencionais e os motores de alto rendimento.

membros da CEE e por uma forte intensidade energética do Produto Interno Bruto (PIB).

A valorização das economias de energia, em particular da energia eléctrica, possíveis de realizar pela via da gestão e da sua utilização racional, conduz a benefícios que se podem repercutir, de forma global, a nível nacional e, de forma directa e imediata, a nível do consumidor com as seguintes vantagens:

‐ Aumento da eficácia do sistema energético; ‐ Redução da factura energética;

‐ Acréscimo de produtividade da empresa em quaisquer

Figura 3: Análise comparativa do rendimento e cosϕ

para motores convencionais e de alto rendimento, de 55kW p p q q

sectores de actividade;

‐ Aumento da competitividade no mercado interno e externo ou aumento da disponibilidade de energia para outros fins;

‐ Conhecimento mais profundo das instalações e do custo energético de cada fase processo ou sistema

p ,

(Fonte: documentos técnicos da E.D.P.)

O acréscimo de custos dos motores de alto rendimento é recuperado através da economia de energia eléctrica que proporcionam.

energético de cada fase, processo ou sistema.

No caso da força motriz é fundamental dimensionar correctamente estes equipamentos, fazendo os motores funcionar com cargas da ordem dos 70 a 80%. Por outro lado, e sempre que necessário, deve‐se utilizar dispositivos O tempo de recuperação N do investimento suplementar

devido à instalação de motores de alto rendimento, pode ser calculado através da seguinte expressão:

 

t

N

.

ΔΡ

ΔΙ

=

(7)

rendimento”, que já provaram a sua competitividade, apesar do seu custo superior, deve ser equacionada para diversos

a qualquer política de utilização racional de energia eléctrica em instalações industriais, consiste no conhecimento dos tipos de aplicações.

Finalmente, lembrar que a regra fundamental, indispensável

consumos por meio de medida e na detecção de forma eficaz das principais perdas de energia que possam existir na instalação industrial.

Fontes de Informação Relevantes

[01] “Efficient Use of Electrical Energy in Industrial Installations” – José António Beleza Carvalho, Roque Filipe Mesquita Brandão. 4TH European Congress Economics and Management of Energy in Industry. Porto, Novembro de 2007. [02] " Política Energética e Plano Energético Nacional" – Eng. Mira Amaral ‐ Cadernos de Divulgação do Ministérios da

Indústria e Energia.

[03] " Economia de Energia" – Brochuras publicadas pela Direcção Geral de Geologia e Energia. Edição: Ministério da Economia

[04] "Racionalização da força Motriz" Documento Técnico da EDP Edição: EDP.

[05] "A Gestão da Energia e o Regulamento de Gestão do Consumo de Energia" – Brochura publicada pela Direcção Geral de Geologia e Energia. Edição: Ministério da Economia

[06] "Economias de Energia nas Utilizações Industriais" ‐ Documento Técnico da EDP. Edição: EDP.

[07] “Manual do Gestor de Energia” – Centro para a Conservação de Energia, Direcção Geral de Geologia e Energia. Edição: Mi i té i d E i

(8)

Engº António Augusto Araújo Gomes

Instituto Superior de Engenharia do Porto

Legislação de Segurança Contra Incêndio em Edifícios.

Presente e Futuro

Presente e Futuro.

Resumo

A regulamentação de segurança das instalações reveste‐se

parte de todos de todos os agentes envolvidos (projectistas, instaladores...), da aplicação dos regulamentos estabelecidos para as instalações de Segurança.

da maior relevância, não só em consideração à vida humana, como à própria actividade económica.

Motivada pela constante evolução da tecnologia, do surgimento de novos materiais e equipamentos e das exigências funcionais dos espaços, a regulamentação de

Esta tarefa apenas poderá ser conseguida se houver um conhecimento completo e profundo dos diplomas legais que enquadram a área de segurança dos edifícios.

O presente trabalho tem, pois, por objectivo, sistematizar e segurança requer uma constante actualização e adaptação a

essa novas necessidades e exigências.

Cada vez mais a segurança de pessoas e bens é uma directriz fundamental aquando da realização dos projectos e execução dos edifícios, dos mais diversos fins.

apresentar a presente regulamentação contra incêndios em edifícios, bem como apresentar o futuro Regulamento de Segurança Contra Incêndio em Edifícios, que vem criar um inovador enquadramento nesta área, por forma a serem garantidas as exigências mínimas de protecção de pessoas, instalações e bens.

De forma a precaver situações que possam colocar em risco pessoas e bens, são consideradas medidas activas e passivas de protecção, das quais poderemos destacar os sistemas de detecção automática de incêndio, detecção automática de intrusão, sinalização de saída, etc.

1. Enquadramento

A maioria da legislação portuguesa sobre segurança contra incêndio em edifícios é relativamente recente e encontra‐se dispersa por diversos diplomas legais criando regras para as

Assim, a especial preocupação com a segurança de pessoas e bens justifica a importância ocupada pela segurança, a qual exige a necessidade de se assegurar a forma como são projectadas, executadas, exploradas e conservadas, em geral as instalações e em particular as instalações de segurança

instalações e preconizando especificações para os sistemas activos e passivos de segurança.

A base histórica inicial desta estrutura de leis de protecção contra incêndio em edifícios parte do Decreto‐Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951, que aprovou o Regulamento Geral

(9)

Quase quatro décadas depois, através do Decreto‐Lei 426/89 de 06 de Dezembro, foram publicadas as Medidas Cautelares

Justifica‐se assim a pertinência da criação de um diploma, que consolide toda a legislação de segurança contra incêndio de Segurança Contra Riscos de Incêndio em Centros Urbanos

Antigos. Posteriormente foram publicados outros diplomas enquadrando outros tipos de instalações.

Actualmente existe um conjunto significativo de regulamentos de Segurança Contra Incêndio dispersos por

em edifícios num único regulamento, que seja tronco normativo comum de aplicação geral a todos os edifícios, sem prejuízo de nele se incluírem disposições específicas complementares julgadas convenientes a cada utilização‐ tipo.

tipo de ocupação, Normas de Segurança Contra Incêndio e Medidas de Segurança Contra Incêndio, dos quais uns apresentam excessiva minúcia, mas outros raramente ultrapassam o plano genérico.

Assim, a actual legislação de segurança contra incêndios em

De forma a dar cumprimento a este objectivo, no futuro, toda a legislação de segurança contra incêndio em edifícios, assentará no Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RG‐SCIE), que se espera seja aprovado e publicado ainda durante o ano de 2008.

edifícios encontra‐se dispersa por um número excessivo de diplomas avulso, mas mesmo assim ainda incompleta, no espaço e no tempo, é parcialmente incoerente e repetitiva, volumosa e de manuseamento complicado, por vezes, de interpretação problemática, em particular em edifícios de utilização mista, heterogénea em termos jurídicos e técnicos

2. Actual Legislação de Segurança Contra Incêndio

A actual legislação de segurança contra incêndio encontra‐se dispersa por diversos Regulamentos, Normas e Medidas de Segurança Contra Incêndio, de aplicação específica aos edifícios de utilização objecto dos diplomas.

e, parcialmente incoerente.

Verifica‐se ainda que uma vasta área de edifícios não dispõe de regulamentos específicos de segurança contra incêndios, como é, designadamente, o caso das instalações industriais, armazéns, gares de transporte, parques de campismo, lares

2.1. Edifícios de Habitação

O Decreto‐Lei n.º 64/90 de 21 Fevereiro, Rectificado por Declaração publicada no DR ‐ I Série n.º 99 de 30 de Abril de 1990, aprovou e publicou o Regulamento de Segurança de idosos, museus, bibliotecas, arquivos e locais de culto.

Nestes casos, apenas é aplicável o Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951, manifestamente insuficiente para a salvaguarda da segurança.

Contra incêndio em Edifícios de Habitação.

O Regulamento de Segurança Contra incêndio em Edifícios de Habitação, tem por objecto definir as condições a que devem satisfazer os edifícios destinados a habitação, com vista a limitar o risco de ocorrência e de desenvolvimento de

Assim, além de incompleta e demasiado dispersa por diversos diplomas, a actual legislação de segurança contra incêndio em edifícios, é dificilmente harmonizável entre si e geradora de dificuldades na sua compreensão, sendo particularmente difícil obter, por parte das várias entidades

incêndio, a facilitar a evacuação dos ocupantes e a favorecer a intervenção dos bombeiros.

Este Decreto‐Lei revogou relativamente a edifícios de habitação, o capítulo III do título V do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 38 responsáveis pela aplicação da lei, uma visão sistematizada e

uma interpretação uniforme, com evidente prejuízo da autoridade técnica que deve assistir às suas normas.

(10)

Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de Dezembro, aprova e publica o regulamento das condições técnicas e de

2.2. Parques de Estacionamento Cobertos

segurança dos recintos de espectáculos e divertimentos públicos.

Revoga o Decreto n.º 42 662, de 20 de Novembro de 1959.

2.4. Edifícios do Tipo Hospitalar

O Decreto‐Lei n.º 66/95, de 08 Abril, aprovou e publicou o Regulamento de segurança contra incêndio em parques de estacionamento cobertos.

O Regulamento de segurança contra incêndio em parques de

estacionamento cobertos estabelece as medidas de 2.4. Edifícios do Tipo Hospitalar

O Decreto‐Lei n.º 409/98, de 23 de Dezembro, Rectificado pela DR nº7‐H/99, I Série‐A nº49 de 27 de Fevereiro, aprovou e publicou o Regulamento de segurança contra incêndio em edifícios do tipo hospitalar (Hospitais e centros de saúde,

U id d i d d úd U id d d úd d

estacionamento cobertos estabelece as medidas de segurança contra incêndio a observar em parques de estacionamento cobertos que ocupam a totalidade do edifício e em parques de estacionamento cobertos que ocupam apenas parte de um edifício cuja parte restante tem ocupação diferente, nomeadamente habitações e

estabelecimentos que recebem público, de área bruta total Unidades privadas de saúde, Unidades de saúde das instituições privadas de solidariedade social).

Este Decreto‐Lei revogou relativamente aos edifícios de tipo hospitalar, as disposições do capítulo III do título V do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo estabelecimentos que recebem público, de área bruta total

superior a 200 m2.

Este Decreto‐Lei revogou relativamente a espaços ocupados para recolha de veículos automóveis e seus reboques, as disposições constantes nos art.º 23.º e 24.º, n.º 4,5 e 7 do

t º 51 º t º 81 º d R l t d S C t Decreto‐Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951.

A Portaria n.º 1275/2002, de 19 de Setembro, aprovou as Normas de segurança contra incêndio a observar na exploração dos estabelecimentos de tipo hospitalar, de acordo com o disposto no artigo 4.º do Decreto‐Lei n.º art.º 51.º e art.º 81.º do Regulamento de Segurança Contra

Incêndio em Edifícios de Habitação, aprovado pelo Decreto‐ Lei n.º 64/90, de 15 de Fevereiro.

2.3. Recintos de Espectáculos e de Divertimento Público

409/98, de 23 de Dezembro, que aprovou o Regulamento de Segurança contra Incêndio em Edifícios de Tipo Hospitalar.

2.5. Edifícios do Tipo Administrativo

O D t L i º 410/98 d 23 d D b R tifi d

O Decreto Regulamentar n.º 315/95, de 16 de Dezembro, publicou o Regulamento das condições técnicas e de segurança dos recintos de espectáculos e de divertimentos públicos.

O Decreto‐Lei n.º 309/2002, de 16 Dezembro, regula a O Decreto‐Lei n.º 410/98, de 23 de Dezembro, Rectificado pelo DR n.º 44/99, Série I‐A, de 27 de Fevereiro, aprovou e publicou o Regulamento de segurança contra incêndios em edifícios do tipo administrativo.

Revogou relativamente aos edifícios de tipo administrativo, O Decreto Lei n. 309/2002, de 16 Dezembro, regula a

instalação e o funcionamento dos recintos de espectáculos e de divertimentos públicos.

Revoga os artigos 20º a 23º do Decreto ‐Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro. São ainda revogados os artigos 1.º, 2.º, 3.º,

35 º 37 º 43 º 46 º d D t L i º 315/95 d 28 d as disposições do capítulo III do título V do Regulamento 35.º, 37.º e 43.º a 46.º do Decreto‐Lei n.º 315/95, de 28 de

(11)

A Portaria n.º 1276/2002, de 19 de Setembro, aprovou as Normas de segurança contra incêndio a observar na

Revoga os artigos 57.º e 260.º do Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança dos Recintos de exploração dos estabelecimentos de tipo Administrativo, de

acordo com o artigo 4.º do Decreto‐Lei n.º 410/98, de 23 de Dezembro, que aprovou o Regulamento de Segurança contra Incêndio em Edifícios de Tipo Administrativo.

2.6. Edifícios Escolares

Espectáculos e Divertimentos Públicos anexo ao Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de Dezembro.

O Decreto Regulamentar Nº 5/97 de 31 de Março, aprova o Regulamento das Condições Técnicas de Segurança dos Recintos de Diversões Aquáticas.

O Decreto‐Lei n.º 414/98 de 31 de Dezembro, Rectificado pelo DR nº44/99, Série I‐A de 27 de Fevereiro aprovou e publicou o Regulamento de segurança contra incêndio em edifícios escolares.

2.9 Estabelecimentos de fabrico e armazenagem de produtos explosivos

O Decreto‐Lei n.º 87/05 de 23 Maio define normas relativas a à emissão de alvarás e licenças para estabelecimentos de Revogou relativamente aos edifícios escolares, as

disposições do capítulo III do título V do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951.

A Portaria nº1444/2002 de 07 de Novembro, publica as

fabrico e armazenagem de produtos explosivos.

Revoga os artigos 2.º e 3.º do Decreto‐Lei n.º 139/2002, de 17 de Maio e o n.º 1 do artigo 3.º e o n.º 2 do artigo 12.º do Regulamento de Segurança dos Estabelecimentos de Fabrico e de Armazenagem de Produtos Explosivos, aprovado pelo Normas de segurança contra incêndio a observar na

exploração dos estabelecimentos escolares, de acordo com o artigo 4º do Decreto‐Lei nº 414/98, de 31 de Dezembro, que aprovou o Regulamento de Segurança contra Incêndio em Edifícios Escolares.

Decreto‐Lei n.º 139/2002, de 17 de Maio.

O Decreto‐Lei n.º 139/2002, de 17 de Maio, aprovou o Regulamento da segurança nas instalações de fabrico e de armazenagem de produtos explosivos.

2.7. Estádios

O Decreto‐Lei nº 317/97, de 25 de Novembro, criou o regime de instalação e funcionamento de instalações desportivas.

O Decreto Regulamentar nº 10/2001, de 7 de Junho, de

Revoga o Decreto‐Lei n.º 142/79, de 23 de Maio, a Portaria n.º 29/74, de 16 de Janeiro, a Portaria n.º 831/82, de 1 de Setembro e a Portaria n.º 506/85, de 25 de Julho.

O Decreto‐Lei n.º 164/2001 de 23 de Maio, determina as medidas de prevenção de acidentes graves que envolvam acordo com o disposto no artigo 7º do Decreto‐Lei nº

317/97, de 25 de Novembro, aprovou e publicou o Regulamento das condições técnicas de segurança nos estádios.

2.8 Recintos de Diversões Aquáticas

substâncias perigosas e a limitação das suas consequências para o homem e para o ambiente.

Revoga o Decreto‐Lei n.º 204/93, de 3 de Junho.

2.10 Centros Urbanos Antigos

O Decreto‐Lei n.º 65/97 de 31 de Março, regula a Instalação e Funcionamento dos Recintos com Diversões Aquáticas.

O Decreto‐Lei n.º 426/89, de 6 Dezembro, aprovou e publicou as medidas cautelares de segurança contra riscos

(12)

2.13 Empreendimentos de Restauração e Bebidas

de incêndio em centros urbanos antigos.

A Portaria nº1063/97 de 21 Outubro, publicou as Medidas de segurança aplicadas na construção, instalação e funcionamento dos empreendimentos turísticos e dos estabelecimentos de restauração e de bebidas.

Deu cumprimento ao definido no n.º 3 do artigo 21.º do As medidas cautelares de segurança contra riscos de

incêndio em centros urbanos antigos contém as disposições genéricas a observar em operações de beneficiação de edifícios e outras acções a realizar em centros urbanos antigos destinadas a reduzir o risco de eclosão de incêndio, a limitar a propagação de incêndio, a possibilitar a evacuação

Decreto‐Lei n.º 167/97, de 4 de Julho, que aprovou o novo regime jurídico de instalação e funcionamento dos empreendimentos turísticos e no n.º 3 do artigo 6.º do Decreto‐Lei n.º 168/97, de 4 de Julho, que aprovou o novo regime jurídico de instalação e funcionamento dos estabelecimentos de restauração e de bebidas.

dos edifícios e a facilitar a intervenção dos bombeiros.

2.11 Instalações de armazenamento de produtos do petróleo e instalações de abastecimento de combustíveis líquidos e gasosos.

2.14 Estabelecimentos Comerciais (A≥300m2)

O Decreto‐Lei n.º 368/99, de 18 Setembro, aprovou e publicou as medidas de segurança contra risco de incêndio aplicáveis aos estabelecimentos comerciais com área igual O Decreto‐Lei n.º 267/02 de 26 de Novembro, estabelece os

procedimentos e define as competências para efeitos de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de produtos do petróleo e instalações de postos de abastecimento de combustíveis.

ou superior a 300m2 ou de substâncias perigosas

independentemente da área.

Revogou o Decreto‐Lei n.º 61/90, de15 de Fevereiro, que aprovou as normas de segurança contra riscos de incêndio a aplicar em estabelecimentos comerciais.

Portaria nº 1188/03 de 10 de Outubro, regula os pedidos de licenciamento de combustíveis. Pormenorização de certos aspectos do processo de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de produtos do petróleo e de abastecimento de combustíveis de acordo com o disposto no n.º2 do artigo 4.º do Decreto‐Lei n.º 267/2002, de 26 de

2.15 Estabelecimentos Comerciais (A<300m2)

A Portaria n.º 1299/2001, de 21 de Novembro, aprovou as medidas de segurança contra Incêndio a observar em estabelecimentos comerciais ou prestação de serviços com Dezembro.

2.12 Empreendimentos Turísticos

O Decreto‐Lei n.º 167/97, de 04 de Julho, Rectificado pelo Decreto‐Lei n.º 305/99, de 06 de Agosto e o Decreto‐Lei n.º

área < 300m2.

Deu cumprimento ao definido no artigo 4º do artigo 1.º do Decreto‐Lei nº 368/99, de 18 de Setembro.

2.16 Edifícios de Serviços Públicos

55/02, de 11 de Março aprovou o Regime jurídico dos empreendimentos turísticos.

A Portaria nº 1063/97 de 21 Outubro, de acordo com o n.º 3 do artigo 21.º do Decreto‐Lei n.º 167/97, de 4 de Julho, e n.º 3 do artigo 6.º do Decreto‐Lei n.º 168/97, aprovou e publicou as Medidas de segurança aplicadas na construção, instalação

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publicou as medidas cautelares mínimas contra riscos de incêndio a aplicar nos locais e seus acessos integrados em edifícios onde estejam instalados serviços públicos da administração central, regional e local e instituições de interesse público e entidades tuteladas pelo Estado.

3. Futura Legislação de Segurança Contra Incêndio

Dadas as fragilidades da actual legislação de segurança contra incêndio, anteriormente expostas, está prevista a publicação do Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em Edifícios, já aprovado na generalidade em conselho de Ministros e fazendo parte dos objectivos do governo para o ano de 2008, conforme as "Grandes Opções

g p pç

do Plano para 2008" (Lei n.º 31/2007 de 10 de Agosto).

O Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em Edifícios apresenta um conjunto amplo de exigências técnicas aplicáveis à segurança contra incêndio, no que se refere à concepção geral da arquitectura dos edifícios e refere à concepção geral da arquitectura dos edifícios e recintos a construir ou remodelar, às disposições construtivas, às instalações técnicas e aos sistemas e equipamentos de segurança. Será um único regulamento, de utilização mais fácil, homogéneo e coerente e cobrindo todo o ciclo de vida dos edifícios. Congrega os 16 diplomas dispersos e reduz 1200 artigos a 334.

dispersos e reduz 1200 artigos a 334.

Engloba as disposições regulamentares de segurança contra incêndio aplicáveis a todos os edifícios e recintos, distribuídos por 12 utilizações‐tipo, sendo cada uma delas, por seu turno, estratificada por quatro categorias de risco de incêndio São considerados não apenas os edifícios de incêndio. São considerados não apenas os edifícios de utilização exclusiva, mas também os edifícios de ocupação mista.

No diploma encontram‐se estruturadas um conjunto amplo de exigências técnicas aplicáveis à segurança contra in êndio no q e se refere à on ep ão eral da arq ite t ra incêndio, no que se refere à concepção geral da arquitectura dos edifícios e recintos a construir ou remodelar, às disposições construtivas, às instalações técnicas, aos sistemas

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Para cumprimentos dos seus objectivos o RG‐SCIE: ‐ É de aplicação universal;

e equipamentos de segurança, para além das necessárias medidas de auto‐protecção e de organização de segurança

‐ Cobre todo o ciclo de vida dos edifícios e dos recintos; ‐ As medidas de segurança são graduadas em função da

classificação do risco;

‐ Explicita as competências, as responsabilidades e os mecanismos de fiscalização de SCIE.

contra incêndio, aplicáveis quer em edifícios existentes, quer em novos edifícios a construir.

Do mesmo modo, são estabelecidas as necessárias medidas de auto‐protecção e de organização de segurança contra incêndio, aplicáveis quer em edifícios existentes, quer em

3.2 Campo de Aplicação

O RG‐SCIE aplica‐se a:

‐ Novos edifícios, partes de edifícios e recintos, a construir, montar ou implantar;

‐ Reconstruções e ampliações de edifícios e recintos já novos edifícios a construir, e define‐se um regime

sancionatório para o incumprimento das novas regras.

3.1 Objectivo

Protecção, face ao risco de incêndio em edifícios,

existentes ou de suas partes;

‐ Mudanças de uso permanente de edifícios e recintos já existentes ou de suas partes;

‐ As medidas de auto‐protecção e de gestão de segurança constantes no diploma aplicam‐se também a edifícios e recintos já existentes.

estabelecimentos e recintos itinerantes ou ao ar livre: ‐ Da vida humana;

‐ Do ambiente;

‐ Do património cultural;

‐ De meios essenciais à continuidade de actividades sociais relevantes.

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3.3 Estrutura n.º 44, série I‐A de 27‐02‐99, que aprovou o regulamento de segurança contra incêndios em edifícios do tipo O Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em

Edifícios desenvolve‐se nos seguintes 9 capítulos:

I. Disposições gerais e fiscalização; II. Caracterização do risco de incêndio;

III C di õ i

Administrativo, e respectiva Portaria n.º 1276/2002, de 19 de Setembro, publicada no DR ‐ I série‐B n.º 217, que aprovou as normas de segurança contra incêndio a observar na exploração dos estabelecimentos de tipo Administrativo. ‐ Decreto‐Lei n.º 414/98, de 31 de Dezembro, publicado

no DR ‐ I série‐A n.º 301, rectificado pelo DR n.º 44/99, III. Condições exteriores comuns;

IV. Condições gerais de comportamento ao fogo, isolamento e protecção;

V. Condições gerais de evacuação;

VI. Condições gerais das instalações eléctricas;

VII. Condições gerais dos equipamentos e sistemas de

Série I‐A de 27 de Fevereiro, que aprovou o regulamento de segurança contra incêndio em edifícios Escolares, e respectiva Portaria n.º 1444/2002, de 07 de Novembro, publicada no DR ‐ I Série‐B n.º 257, que aprovou as normas de segurança contra incêndio a observar na exploração dos estabelecimentos Escolares.

segurança;

VIII. Condições gerais de organização e gestão da segurança; IX. Condições específicas das utilizações‐tipo.

3.4 Diplomas Revogados

‐ Decreto‐Lei n.º 368/99, de 18 Setembro, publicado no DR ‐ I Série‐A n.º 219, que aprovou a protecção contra incêndio em Estabelecimentos Comerciais com área igual ou superior a 300m2 ou de substâncias perigosas

independentemente da área, e respectiva Portaria n.º 1299/2001, de 21 de Novembro, publicada no DR ‐ I

A entrada em vigor do Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em Edifícios revoga os seguintes diplomas: ‐ As disposições do capítulo III do título V do Regulamento

Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto‐ Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de 1951;

Série‐B n.º 5270, que aprovou as medidas de segurança contra incêndio a observar em Estabelecimentos Comerciais ou Prestação de Serviços com área inferior a 300 m2.

‐ As disposições relativas à segurança contra incêndio constantes do Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de ‐ A Resolução do Concelho de Ministros n.º 31/89, de 15

de Setembro, publicado no DR ‐ I série n.º 213;

‐ O Decreto‐Lei n.º 64/90, de 21 Fevereiro, publicado no DR ‐ I série n.º 44, rectificado por Declaração publicada no DR ‐ I Série n.º 99 de 30‐04‐90;

‐ O Decreto‐Lei n º 66/95 de 08 Abril publicado no DR ‐ I

Dezembro, publicado no DR ‐ I série‐B n.º 289, que aprovou o regulamento das condições técnicas e de segurança dos Recintos de Espectáculos e de Divertimentos Públicos, e do Decreto‐Lei n.º 309/2002, de 16 de Dezembro, publicado no DR ‐ I Série A n.º 290, que aprovou a revisão do regime geral aplicável aos ‐ O Decreto‐Lei n.º 66/95, de 08 Abril, publicado no DR ‐ I

série‐A n.º 84;

‐ A Portaria n.º 1063/97, de 21 Outubro, publicada no DR ‐ I série‐B n.º 244;

‐ O Decreto‐Lei n.º 409/98, de 23 de Dezembro, publicado no DR ‐ I série‐A n.º 295, e a Portaria n.º 1275/2002, de

d b bl d é

Recintos de Espectáculos e de Divertimentos Públicos da competência das autarquias locais.

– As disposições relativas à segurança contra incêndio constantes do Decreto Regulamentar n.º 10/2001, de 7 de Junho, publicado no DR – I série‐B n.º 132, que aprovou o regulamento das condições técnicas e de 19 de Setembro, publicada no DR ‐ I série‐B n.º 217;

‐ Decreto‐Lei n.º 410/98, de 23 de Dezembro, publicado no DR ‐ I série‐A n.º 295, rectificado pelo DR ‐ I série‐A

segurança dos Estádios, e do Decreto‐Lei n.º 317/97, de 25 de Novembro, publicado no DR ‐ I série‐A n.º 273, que aprovou o regime de instalação e funcionamento das

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Instalações Desportivas de uso público.

‐ As disposições relativas à segurança contra incêndio constantes do Decreto Regulamentar n.º 5/97, de 13 de Março, publicado no DR – I série‐B n.º 75, que aprovou o regulamento das condições técnicas e de segurança dos Recintos com Diversões Aquáticas.

4. Conclusão

A necessidade de constante actualização de conhecimentos, imposta quer pela evolução técnica, tecnológica e concepcional das instalações, quer pela evolução regulamentar nos diversos domínios de projecto é um desafio para os diversos agentes interveniente na área da segurança de pessoas e bens.

A actual existência de um conjunto significativo de Regulamentos de Segurança, Normas de Segurança e Medidas de Segurança Contra Incêndio, traduz‐se na dispersão da regulamentação por um número excessivo de diplomas, o que a torna volumosa e de interpretação problemática e mesmo, em alguns casos, parcialmente incoerente e repetitiva.

A futura publicação do Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em Edifícios e consequente revogação dos diversos diplomas actualmente em vigor, vêm realizar um novo enquadramento regulamentar de segurança contra incêndio, mais coerente e completo, e abrangendo a totalidade de edifícios existentes.

No presente artigo pretendeu‐se sistematizar a actual legislação de segurança contra incêndio em edifícios, assim como apresentar o futuro Regulamento de Segurança Contra Incêndio em Edifícios, de forma a permitir antecipar o conhecimento do diploma por parte dos diversos agentes intervenientes na temática da protecção de pessoas, instalações e bens.

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Engº Sérgio Filipe Carvalho Ramos

Instituto Superior de Engenharia do Porto

ITED – Infra‐Estruturas de Telecomunicações em Edifícios.

Novos Horizontes Alcançados

Novos Horizontes Alcançados.

Introdução

Ao longo das últimas décadas, o nosso estilo e hábitos de

Apenas na década de 80 do século passado foram fixadas as regras básicas, com o objectivo de dotar os edifícios de infra‐estruturas de telecomunicações, vida tem vindo, paulatinamente, a ser alterados e

melhorados, a par do desenvolvimento das economias, e dos progressos tecnológicos, contribuindo, sobremaneira para uma melhoria generalizada das condições sociais.

Com desenvolvimento do sector económico tem‐se assistido em Portugal à implementação de ambientes liberalizados em

nomeadamente telefone, telex e dados, com acesso através de redes físicas, mediante a publicação do Decreto‐Lei 146/87 de 24 de Março – Instalações Telefónicas de Assinante (ITA). Em execução do regime fixado, em 8 de Abril de 1987 foi editado o Decreto Regulamentar n.º 25/87, o Regulamento de Instalações áreas tradicionalmente controladas pelo estado e, assim,

sujeitas a um verdadeiro regime de monopólio, como eram os casos do sector energético e das telecomunicações. A publicação do Decreto‐Lei n.º 59/2000, de 19 de Abril e a subsequente publicação das Prescrições Técnicas de Instalações e Especificações Técnicas de Equipamentos e

Telefónicas de Assinante (RITA), que estabeleceu as condições técnicas a que deveriam obedecer os projectos, as instalações e a conservação das infra‐ estruturas de telecomunicações, bem como os procedimentos legais a seguir para a elaboração de projectos e solicitação de vistorias às instalações Materiais, projectou Portugal para a vanguarda de um

verdadeiro ambiente concorrencial ao nível das telecomunicações.

O presente artigo visa, sucintamente, reflectir sobre o novo enquadramento das Infra‐estruturas de Telecomunicações em Edifício (ITED) criado pelo DL n.º 59/2000, de 19 de Abril,

executadas. Em complemento do RITA, o despacho n.º 42 de 11 de Novembro de 1990, homologou o Regulamento de Aprovação de Materiais, bem como o Regulamento de Inscrição de Técnicos Responsáveis. “Assim, as soluções técnicas instituídas inseriam‐se num contexto de exploração da rede pública de assim como, evidenciar os aspectos mais específicos desse

mesmo enquadramento.

Enquadramento Legislativo

Na década de 50 do século passado foi editado o Decreto

telecomunicações e oferta de serviço fixo de telefone em regime de monopólio.” (Diário da República – I Série A, 19 de Abril de 2000).

Mais tarde, em 1997 e pelo Decreto‐Lei n.º249/97 de 23 de Setembro, foi estabelecido o regime de n.º41486 de 30 de Dezembro de 1957 que regulamentou as Instalação, em edifícios, de sistemas de distribuição de

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satélites de radiodifusão (tipo B), ou por cabo (CATV), devidamente complementado por Prescrições Técnicas de

como armários e caixas de entrada para ligação a sistemas de acesso via rádio (FWA), sendo, também, obrigatória a instalação e por Prescrições Técnicas de equipamentos e

materiais, revogando o anterior diploma DL 41486.

Com os avanços tecnológicos verificados na área da electrónica e das telecomunicações, e devido às novas exigências emergentes do estabelecimento de medidas

instalação das infra‐estruturas de redes de cabos (RCC e RIC), para ligação física às redes públicas de telecomunicações. Estas infra‐estruturas devem permitir o acesso ao serviço fixo telefónico, distribuição de sinais sonoros e televisivos do tipo A e distribuição por cabo. legislativas que determinaram a liberalização do sector das

telecomunicações em Portugal, impuseram a necessidade de formular novas regras para a instalação das infra‐estruturas de telecomunicações em edifícios, bem como para as actividades de certificação das instalações e avaliação de conformidade de infra‐estruturas, materiais e equipamentos.

Sendo a obrigatoriedade de instalação destas infra‐ estruturas para distribuição de sinais sonoros e televisivos do tipo A, aplicável aos edifícios com 4 ou mais fracções autónomas (artigo 4º do DL 59/2000, de 19 de Abril). A instalação das infra‐estruturas das ITED deve obedecer a

Assim, e com o aparecimento actual de legislação foram estabelecidos os regimes das ITED’s e respectivas ligações às redes públicas de telecomunicações, assim como o regime de actividade de certificação das instalações e avaliação de conformidade de materiais e equipamentos.

um projecto técnico especializado, realizado por um projectista devidamente credenciado, inscrito na Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).

Projectista ITED – Quais as suas obrigações

Caracterização das ITED

O artigo 2º do DL 59/2000 considera que as infra‐estruturas de telecomunicações em edifícios destinam‐se a:

Cabe ao dono de obra escolher livremente o projectista de infra‐estruturas de telecomunicações. O projectista tem como obrigações executar o projecto ITED em conformidade com o estado da arte e legislação em vigor, prestando todos os esclarecimentos necessários ao promotor da obra, ao instalador e à entidade certificadora para a correcta

d d á bé

1. Ao acesso aos serviços de telecomunicações fixas (serviço telefónico e de dados), ligadas a rede públicas de acesso físicas e a redes públicas de acesso via rádio (FWA – Fixed Wired Access);

2. Às redes de cabos constituída pela rede de cabos colectiva (RCC) e pela rede de cabos individual (RCI), para

interpretação do projecto. O projectista deverá, também, dar os esclarecimentos necessários sobre o projecto realizado, a assistência técnica ao instalador e dono de obra na selecção dos componentes e materiais a serem utilizados, assim como, acompanhar a execução das obras, colaborar nas acções realizadas pelas entidades responsáveis por

fi li ã i i di ibili d d b b

posterior ligação física às redes de telecomunicações; 3. Aos sistemas de recepção e distribuição de sinais de

radiodifusão sonora ou televisiva (Tipo A e B);

4. Aos sistemas de uso exclusivo do edifício, nomeadamente videoportarias e televigilância.

E d difí i i é b i ó i

fiscalização e vistorias, disponibilizar ao dono de obra, bem como à entidade certificadora o projecto técnico ITED. Os projectistas, deverão, ainda, emitir um termo de responsabilidade que ateste a observância das normas gerais e específicas constantes das disposições legais e regulamentares aplicáveis, que dispensará a apreciação

é i d j d i i i i

Em todos os edifícios novos ou a reconstruir é obrigatória a instalação das infra‐estruturas necessárias para a instalação dos diversos equipamentos, cabos e outros dispositivos, bem

prévia dos projectos por parte dos serviços municipais. Finalmente, o projectista deverá endereçar uma cópia do termo de responsabilidade à ANACOM.

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que o projecto defina o tipo, a capacidade, a quantidade e a localização desses equipamentos. O projecto deverá ter em

O Projecto Técnico ITED

conta o aspecto estético exterior das instalações, privilegiando a não existência de cablagem à vista.

As novas infra‐estruturas de telecomunicações em edifícios conduzem a uma procura de uma maior qualidade dos serviços prestados aos utilizadores. Assim, com vista a O projecto técnico das instalações ITED tem como objectivo

a definição da arquitectura da rede (e seus percursos), a definição e respectiva caracterização da rede de cabos e da rede de tubagens (quer se tratem de rede colectivas ou individuais), definição e dimensionamento de equipamentos e materiais a usar, permitindo a instalação das redes de

promover ao aperfeiçoamento tecnológico das instalações surgem os Níveis de Qualidade (NQ) dos seus constituintes. Com efeito, as necessidades de acesso dos utilizadores a serviços de telecomunicações a larguras de banda cada vez maiores conduziram à subdivisão por frequências de trabalho e pelos diversos tipos de cablagem, tubagens, cabos e equipamentos, com total clareza, de

modo a não suscitar dúvidas aos técnicos instaladores.

De acordo com o consagrado no artigo 12.º do Decreto‐Lei 59/2000, de 19 de Abril, o projecto técnico ITED deve incluir obrigatoriamente os seguintes elementos:

nomeadamente:

‐ Cabos de par de cobre; ‐ Cabo coaxial;

‐ Fibra óptica. obrigatoriamente os seguintes elementos:

a) Informação identificadora do projectista, do edifício a que se destina, nomeadamente da sua finalidade;

b) Memória descritiva, contendo os esclarecimentos

A cada grupo corresponde um NQ distinto. Assim é atingida uma melhor caracterização dos requisitos obrigatórios decorrentes do DL 59/2000. A tabela 1, referente a cabos de pares de cobre, indica a correspondência entre a classe de ligação que o percurso de transmissão suporta, a categoria do cabo e a frequência máxima para que são especificados. necessários à correcta interpretação do projecto, os

pressupostos que foram considerados, nomeadamente as características dos interfaces técnicos de acesso de redes públicas de telecomunicações, os cálculos técnicos dos parâmetros principais da infra‐estrutura, referência ao modo como o projecto assegura a não interferência com outras infra‐estruturas do edifício, as características técnicas a que devem obedecer os equipamentos e materiais que irão ser utilizados na infra‐estrutura.

O projecto ITED deverá ainda ter em conta o estabelecido no nº2 do artigo 40º, do DL 59/2000, de 19 de Abril, ou seja, as

Classe da Ligação Categoria dos Componentes (Cabo) Frequência Máxima (MHz) 0,1 1 B A 2 C 3 16 1 T b l 1 C t i d b t d d b

instalações ITED devem respeitar os parâmetros técnicos da interface de acesso às redes públicas de telecomunicações devendo, também, respeitar o designado nos guias de instalação dos fabricantes dos materiais e equipamento. O projecto deve contemplar obrigatoriamente os Pontos Terminais (PT) de todas as redes das ITED.

C 3 16 20 4 -D 5 100 250 6 7 F E 600 Tabela 1 – Categorias de cabos e componentes de par de cobre e 

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A tabela 2 indica os meios de transmissão utilizados que deverão satisfazer os diversos níveis de qualidade.

A tabela 3 enuncia os diversos níveis de qualidade da cablagem a instalar nos diferentes edifícios e, define os NQ

O NQ 0, ao abrigo de antigos regulamentos, foi abandonado em termos de solução para a instalação de infra‐estruturas de telecomunicações em edifícios.

Em função das infra‐estruturas de telecomunicações a

mínimos e recomendados decorrentes, respectivamente dos requisitos mínimos estabelecidos no DL 59/2000, e nas sugestões tecnicamente mais avançadas emitidas pela ANACOM.

Também é previsto a coexistência de soluções mínimas e instalar, é necessário diferenciar os diversos edifícios. recomendadas.

0 Sub‐Nível Tipo de Cablagem Par Cobre Classe ou Frequência suportada Classes A e B Níveis (NQ) Categorias dos Cabos Par Cobre Fibra Óptica Categorias 1 e 2 1 2 a b c a Pares de Cobre Coaxial Classe C Classe D Classe E e F Frequência até 1 GHz b Frequência até 2150 MHz Categoria 3 Categoria 5 Categoria 6 e 7 Não se aplica Não se aplica 3 Fibra óptica (depende tipo fibra) b Frequência até 2150 MHz  OM1, OM2, OM3 E OS1 Não se aplica Tabela 2 – Definição dos Níveis de Qualidade (Adaptado de Prescrições e Especificações Técnicas – Manual ITED) EDIFÍCIOS

Nível de Qualidade (NQ) da Cablagem Cablagem a Instalar (Tipo / Número) Rede Colectiva Rede Individual Rede Colectiva Rede Individual Rede Colectiva Rede Individual Rede Colectiva Rede Individual

MÍNIMO Moradia Unifamiliar não existe NQ1b NQ2a não existe Par Cobre /1 Cabo Coaxial /1 2 e 3 fracções  autónomas NQ1a NQ2a Par Cobre /1 Cabo Coaxial /1 4 ou mais fracções  Par Cobre /1 autónomas Cabo Coaxial /2 RECOMENDADO

Moradia Unifamiliar não existe não existe Par de Cobre /1 Cabo Coaxial /1 2 ou mais fracções  autónomas NQ1b NQ2a  e  NQ2b NQ1b NQ2a  e  NQ2b Par de Cobre /1 Cabo Coaxial (NQ2a) /2 Par de Cobre /1 Cabo Coaxial (NQ2a) /1 Cabo Coaxial (NQ2a) /1 Tabela 3 – Tabela dos níveis de qualidade da cablagem e da cablagem a instalar, consoante o tipo de edifícios  (Adaptado de Prescrições e Especificações Técnicas – Manual ITED)

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tipologia em estrela, até às tomadas de cliente. Estas ligações são tipicamente efectuadas por cabos de 4 pares de Assim, para os edifícios de 1 a 3 fracções autónomas devem

ser instaladas, pelo menos, 2 redes de cablagem, uma em

cobre (UTP ‐ Unshielded Twisted Pair, por exemplo). Todas as tomadas de cliente podem ser interligadas entre si, no DDC, por intermédio de chicotes adequados, permitindo distribuir o sinal das entradas por todas as tomadas.

Aquando da previsão da quantidade mínima de pares de par de cobre (PC) e uma outra em cabo coaxial (CC). Para os

edifícios de 4 ou mais fracções autónomas devem ser instaladas, pelo menos, 3 redes de cablagem na rede colectiva, uma em par de cobre, outra em cabo coaxial e ainda uma outra (também em cabo coaxial) para a recepção e distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva do

cobre da rede colectiva, prevendo necessidades acrescidas ou avarias, dever‐se‐á, obrigatoriamente considerar 4 pares de cobre por fracção autónoma, e prever um sobredimensionamento de 20% no valor total de pares de cobre. A folga de 20% é justificada pela ANACOM como uma medida de facilitação na ligação rápida a novos clientes, com tipo A (MATV). Finalmente, as redes individuais (fracção

autónoma) são compostas por 2 redes de cablagem, uma em par de cobre e outra em cabo coaxial.

O Projecto Técnico ITED – Critérios de concepção

um mínimo de intervenção.

Relativamente à rede colectiva de cabos coaxiais, nos edifícios com 3 ou mais fracções autónomas, deverá ser constituída, no mínimo por um 1 sistema de cabo coaxial, adaptado ao NQ2a, conforme a tabela 3. Por sua vez, nos Em termos de concepção de projecto de ITED para fracções

residenciais, e relativamente a PC, deve prever‐se no mínimo:

‐ 1 Tomada telefónica por quarto; ‐ 1 Tomada por sala;

‐ 1 Tomada por cozinha.

edifícios com mais de 4 fracções autónomas, deverá, no mínimo, ser constituída por 2 sistemas de cabos coaxial, adaptado ao NQ2a, sendo um deles destinado à recepção de sinal CATV (Community Antenna Television) e o segundo à recepção de sinal MATV (Master Antenna Television – sistema de distribuição e recepção Tipo A).

Como a tomada da cozinha poderá estar sujeita a condições especiais deverá existir um cuidado especial na sua localização de modo a minorar essa situação, nomeadamente o mais possível afastada de fontes de vapor e calor. Deverão ser utilizadas tomadas e cabos adaptados a

Nas redes de cabo coaxial é recomendado a utilização de cabos coaxiais flexível dos tipos RG11, RG7, RG6 ou RG59, devendo‐se respeitar as atenuações típicas de cada tipo de cabo. Os níveis de sinal na entrada deverão estar compreendidos entre 75 e 100 dBµV.

essas situações.

Para fracções de uso profissional ou não residencial o critério de concepção da rede de cabos de par de cobre deve contemplar:

‐ 1 Tomada por cada posto de trabalho ou por cada 10 m².

A rede individual de cabos é, normalmente, constituída por um único sistema de cabo coaxial, adaptado a frequências até 1GHz. Aquando da elaboração da rede individual de cabos coaxiais, dever‐se‐á ter em atenção os critérios de dimensionamento já mencionados no primeiro parágrafo No caso de outras fracções autónomas em locais específicos,

tais como industrias, estabelecimentos públicos, etc, o projectista deve ter em conta as necessidades específicas do cliente.

desta secção. Na elaboração da rede de pares de cobre, por exemplo numa

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da rede de terra ITED e electricidade deverá ser feita apenas no ligador geral de terras. A título de exemplo, o condutor de uma Zona de Acesso Privilegiado (ZAP), que é

caracterizada pela existência, no mesmo local, de 2 tomadas

de terra do circuito de alimentação da tomada de um ATI não deve ser ligado ao barramento de terra da ATI mas sim ao barramento de terra do quadro eléctrico da fracção autónoma respectiva.

As figuras 1 e 2 representam um esquema resumido da rede coaxiais a uma distância máxima de, aproximadamente,

30cm uma da outra (se possível, integradas no mesmo espelho). Embora a localização da ZAP esteja ao critério do projectista ela é colocada usualmente na sala de estar. A ZAP permitirá, assim, a ligação a um mesmo dispositivo terminal de 2 sinais distintos provenientes de redes coaxiais.

individual de tubagem e de cabos, respectivamente. Cada uma das redes individuais é composta por tubagem e caixas. A rede de cabos é composta pelos dispositivos de ligação e distribuição dos Pares de Cobre e Cabo Coaxial e pelos diferentes tipos de cabos, por exemplo, cabo par de cobre tipo UTP‐4’’ Categoria 5 e cabo coaxial tipo RG6.

O projecto ITED contempla, ainda, o projecto da respectiva instalação eléctrica das ITED. Assim, dever‐se‐á prever a instalação de 4 tomadas de potência monofásicas com terra no Armário de Telecomunicações do Edifício (ATE), proveniente do Quadro de Serviços Comuns do Edifício (QSC)

A categoria mínima de par de cobre pertencente a uma rede individual deve ser da Categoria 5 e o Nível de Qualidade do cabo coaxial deve ser NQ2a, ou seja, frequências até 1 GHz (recepção de sinal sonoro televisivo Tipo A e CATV).

e 1 tomada no Armário de Telecomunicações Individual (ATI), proveniente do quadro eléctrico da fracção autónoma. A rede de terras das ITED deverá ser estabelecida de forma independente da rede de terras da electricidade. A ligação

CEMU

ATI

≥ 25mm Ø pares de cobre ≥ 32mm Ø coaxial/fibra óptica 40mm Ø PAT

I1

25mm Ø QE ≥ 20mm Ø ≥ 20mm Ø 50mm Ø

Moradia

50mm Ø PAT

I1

QE

Figura 1 – Moradia Unifamiliar – Rede individual de tubagem

CEMU ATI ≥ 25mm Ø (pares de cobre) ≥ 32mm Ø (coaxial/fibra óptica

)

I1

Moradia

D D C TC Entrada de cabos aérea h ≥ 2,5 m RJ45 UTP RG59/ RG6/ RG7

Entrada de cabos subterrânea Profundidade ≥ 0,6 m

(25)

A figura 3 representa o esquema da rede colectiva e individual de tubagem de uma instalação colectiva. Cada

Nos edifícios com 3 ou menos fracções autónomas, a rede colectiva deve ser constituída no mínimo por 1 sistema de uma das redes é composta por tubagem (a qual se deve

respeitar a determinação do diâmetro mínimo interno) e pelas respectivas caixas. A categoria mínima de par de cobre pertencente a uma rede colectiva deve ser da Categoria 3.

cabo coaxial, adaptado ao NQ2a. Nos edifícios com 4 ou mais fracções autónomas, a rede de cabo coaxial deve ser constituída, no mínimo, por 2 sistemas de cabo coaxial, adaptados ao NQ2a (MATV e CATV).

PAT - Passagem aérea de topo (obrigatória)

Sistemas de antenas (MATV, SMATV, FWA)

ATE Armário de As redes ATE - Armário de

Telecomunicações de Edifício (superior)

Permite a ligação dos sistemas de antenas

Rede Individual de Cliente (RIC) - residencial ou escritório Os componentes e os

cabos em pares de cobre das RIC são de categoria 5

ou superior

As redes individuais de cabos seguem uma

topologia em estrela (obrigatório)

ATI ATI

Tomadas de cliente (par de cobre e cabo

coaxial) Coluna Montante de

cabos de pares de cobre de categoria 3 ou superior (+ reserva) Armário de Telecomunicações Individual Os componentes e os

cabos coaxiais das RIC suportam sinais, no mínimo, até 1GHz Na rede individual os cabos partilham a mesma tubagem ATI Tubos de entrada de cabos de operadores Coluna Montante de sistemas de cabos coaxiais (+ reserva) (num edifício de 4 ou mais

fracções é obrigatória a existência de 2 sistemas,

que partilham a mesma t bagem) ATI Câmaras de Visita de operadores operadores Entrada subterrânea (obrigatória)

tubagem) ATE (inferior)

Ponto de ligação dos operadores das redes fixas Caixa de entrada de cabos (opcional) Figura 3 – Exemplo dos espaços e redes de tubagens de uma ITED (Adaptado de Prescrições e Especificações Técnicas – Manual ITED)

(26)

Considerações finais Certificação, Vistorias e Fiscalização

As Infra‐estruturas de Telecomunicações em Edifícios e respectiva legislação, não são especificações fixas ao longo do tempo, pelo contrário, as soluções técnicas adoptadas para cada um dos projectos, a par das evoluções tecnológicas, contribuem para que ao nível das ITED’s haja uma constante actualização de conhecimento e soluções Durante a execução das infra‐estruturas de

telecomunicações ou no seu término, são efectuadas “análises” às instalações, com o principal objectivo de certificar a conformidade das instalações, de acordo com as Prescrições e Instruções Técnicas e, sobretudo, de acordo com o projecto apresentado, bem como certificar a

técnicas. Todo este processo é, pois, dinâmico requerendo, por isso, uma constante necessidade de formação nos domínios das ITED’s.

O projectista é soberano na escolha dos diferentes Níveis de Qualidade para as instalações, salvaguardando‐se sempre a conformidade dos materiais e a sua adequação ao ambiente

do local a instalar. As instalações são verificadas por uma entidade certificadora ou instalador‐certificador. Com efeito, e segundo o número 2 do artigo 22º do DL 59/2000, no caso da instalação ter sido realizada por um instalador‐ certificador, pode o mesmo proceder à auto certificação da

obrigatoriedade de cumprimento de Níveis de Qualidade mínimo exigidos. Porém, e de forma a dotar as infra‐ estruturas de melhores desempenhos, a escolha e selecção desses mesmos Níveis de Qualidade poderão ser superiores aos especificados regulamentarmente, aliás, e ao nível da concepção do projecto ITED bem se poderá dizer que... o céu obra, com emissão do correspondente certificado. Por outro

lado, no caso da instalação ter sido realizada por um instalador devidamente inscrito como tal no ICP‐ANACOM, mas não qualificado para proceder à certificação, esta deve ser efectuada por um instalador‐certificador ou por uma entidade certificadora.

é o limite!

A elaboração deste artigo surge no seguimento da segunda publicação da revista técnica “Neutro à Terra”, da área de Máquinas e Instalações Eléctricas, do grupo de disciplinas de Sistemas Eléctricos de Energia, do Departamento de É da competência do instalador‐certificador ou entidade

certificadora emitir certificados de conformidade das instalações, fiscalizar (em fase de execução) as instalações, Alertar o director de obra para qualquer facto relevante relativo à execução da instalação e participar na vistoria que

Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto e visa, fundamentalmente, contribuir para o enriquecimento do conhecimento das competências no âmbito de actuação do projecto ITED.

conduz à emissão de licença ou à autorização de utilização do edifício. A posterior conservação da ITED e os respectivos encargos são da responsabilidade dos proprietários ou das administrações dos edifícios, artigo 32º do DL 59/2000, podendo ser efectuada por um instalador escolhido pelo dono de obra.

(27)

A Solução POWERLINE Para o Sector Residencial

Introdução

Apesar de muito utilizada no sector industrial, a automação ainda não atingiu o mesmo patamar de implementação no

tecnológica permitiu desenvolver soluções para este tipo de situações. Hoje em dia não é necessário reconstruir a habitação para instalar sistemas domóticos. Existem soluções que usam a rede eléctrica já instalada e que sector doméstico. A evolução tecnológica leva a que quase

todos os dias apareçam novos produtos que visam a implementação de sistemas domóticos que possibilitem o conforto, a segurança e a eficiência nas habitações. Contudo, quando se pretende instalar um sistema domótico com o objectivo de simplificar os processos numa habitação, a

permitem instalar funções domóticas na habitação.

Funções usuais

Não é preciso ter uma casa totalmente automatizada para que ela seja considerada “inteligente”. Muitas vezes a busca palavra que surge não é “simplicidade”, mas sim

“complicação”.

Para além de a grande maioria das pessoas não estar familiarizada com as funcionalidades que um sistema domótico permite, existe sempre o pensamento que esses

por mais e mais automatização dos processos leva ao aumento da complexidade e ao inerente aumento do preço do sistema instalado. Quando se pretende dotar uma instalação com um sistema domótico, a primeira coisa que se deverá fazer é perceber o que realmente se pretende. Saber quais são as funções que realmente fazem sentido dotar de sistemas têm um custo elevado, o que de certa forma não é

um pensamento errado. Se quanto ao aspecto do preço, não há muito a fazer, ele depende das leis do mercado e do custo da inovação, quanto à complexidade da instalação e utilização dos sistemas, trata‐se de um pensamento induzido nas pessoas que não conhecem os sistemas domóticos e que

alguma “inteligência”.

Um dos sistemas que numa habitação faz algum sentido ser comandado é o do sistema de estores e toldes.

facilmente se consegue desmistificar.

Os projectos de domótica nas habitações deveriam ser pensados aquando do projecto da habitação. No entanto, a realidade não é essa. A grande maioria das habitações não foi pensada para a instalação desses sistemas e só depois da instalação eléctrica estar efectuada e a habitação habitada é que se percebe que se precisava de ter mais alguma

Referências

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