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Tr a j e t ó r i a d e u m h o m e m d o século XIX

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Academic year: 2021

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Rua Presidente Zacarias, 875

Fone: (0xx42) 3621-1019 Fax: (0xx42) 3621-1090 Cep 85015-430 Cx. postal 3010 Guarapuava - Paraná

editora@unicentro.br www.unicentro.br

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Universidade Estadual do Centro-Oeste Guarapuava - Irati - Paraná - Brasil

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Catalogação na Publicação Fabiano de Queiroz Jucá – CRB 9 / 1249

Biblioteca Central – UNICENTRO

Copyright © 2007 Editora UNICENTRO Nota: O conteúdo da obra é de responsabilidade da autora.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE UNICENTRO

Reitor: Vitor Hugo Zanette Vice-Reitor: Aldo Nelson Bona

SANTOS, Zeloi Aparecida Martins dos

S237v Visconde de Guarapuava: personagem na história do Paraná: trajetória de um homem do século XIX / Zeloi Aparecida Martins dos Santos. – – Guarapuava : Unicentro, 2007.

236 p.

ISBN 978-85-89346-53-5

1. Paraná - História. 2. Paraná – Historiografia. 3. Paraná – Colonização. 4. Visconde de Guarapuava. 5. Camargo, Antonio de Sá e (Visconde de Guarapuava). I. Título.

CDD 981.62

Conselho Editorial

Presidente: Marco Aurélio Romano Carlos Alberto Kuhl

Darlan Faccin Weide Gilmar de Carvalho Cruz Luciano Farinha Watzlawick Marcos Antonio Quinaia Marta Maria Simionato Osmar Ambrosio de Souza Paulo Costa de Oliveira Filho Poliana Fabíula Cardozo Priscila Tsupal Tenório Gomes Ruth Rieth Leonhardt Editora UNICENTRO

Direção: Darlan Faccin Weide

Assessoria Técnica: Waldemar Feller e Carlos de Bortoli

Divisão de Editoração: Renata Daletese Divisão de Revisão: Rosana Gonçalves Seção de Revisão Lingüística: Níncia Cecília Ribas Borges Teixeira

Estagiários: Andréa do Rio Alvares, Bruna Silva e Eduardo Alexandre Santos de Oliveira Diagramação: Andréa do Rio Alvares e Francieli de Oliveira

Capa: Lucas Gomes Thimóteo Gráfica UNICENTRO

Direção: Lourival Gonschorowski

Foto Ilustrativa da capa

Chácara da Palmeira - Costa Branca da Serra. Arquivo particular - Zeloi Martins Santos. Documentos manuscritos - Arquivo de São Paulo

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Para meus filhos e marido: René José, René Neto,

Lívia e Emmanuel. Meus pais: Dalva e Israel (em

memória)

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achado de Assis, em seu conto “Eterno”, do livro Páginas recolhidas, diz que quando se deixa “pingar os anos na cuba de um século”, o século se enche, e “cheio o século, passa o livro a documento histórico, psicológico, anedótico” e será lido friamente e a vida íntima daquele tempo será estudada, verificando a “maneira de amar, a de compor mistérios e deitá-los abaixo” e “multidão de coisas interessantes para a nossa história pública e íntima.”

Estudar história é estudar coisas públicas e íntimas, ao que acrescento que é estudar em público, ou, ao menos, com a colaboração de muitas pessoas.

E quando se consegue transformar a história em livro, o pesquisador necessita agradecer àqueles que colaboraram para esse feito de transformar o tempo vivido por determinado personagem histórico em livro.

Então, é com muito prazer que registro aqui meu caloroso agradecimento:

Às diversas pessoas que colaboraram ao longo da elaboração do livro.

Ao reitor da Universidade Estadual do Centro – Oeste- UNICENTRO, Prof. Ms. Vitor Hugo Zanette, pelo apoio e incentivo para publicação deste livro.

A Fundação Araucária pelo apoio e incentivo a publicação e divulgação da pesquisa científica, desenvolvida nas universidades paranaenses, em especial na UNICENTRO.

Ao prof. Dr. Carlos Roberto Antunes dos Santos, pela orientação da pesquisa, pelas observações cuidadosas, pela paciência e dedicação em ler e corrigir as diversas versões, por me fazer compreender as sutilezas de transformar história em texto.

Aos professores e colegas do Departamento de História da UNICENTRO – Guarapuava.

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Aos amigos que acompanharam a minha trajetória de professora pesquisadora.

Aos funcionários do Arquivo do Estado de São Paulo, do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, do Arquivo Público do Paraná, da Biblioteca Pública do Paraná - Divisão Paranaense, do Arquivo Histórico de Guarapuava, do Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Guarapuava, do Arquivo da Catedral Nossa Senhora do Belém, do Arquivo da Matriz Nossa Senhora da Conceição da Palmeira, aos membros do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira.

Muito obrigada!

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ual foi o maior dos paranaenses? Essa questão discutida recentemente por membros da comunidade intelectual destacou dois nomes da mais alta importância para a História do Paraná: o Visconde de Guarapuava e Bento Munhoz da Rocha Neto. Em 02/02/2004, em

artigo publicado na Gazeta do Povo, o acadêmico Luiz Romaguera Netto destacava e celebrava Antonio de Sá Camargo, o Visconde de Guarapuava, como “O maior homem do Paraná”. Dessa forma, a história deste personagem, seus feitos, sua importância para a comunidade local onde atuou, e para a Comarca e depois Província do Paraná, na qual chegou a ser seu Vice-Presidente, evidenciam um processo histórico extremamente rico, em que história e personagem interagem fortemente ao longo do século XIX. Tais predicados levaram os historiadores a apontarem suas pesquisas em direção à vida do Visconde Guarapuava, transformando-o em tema de livro.

A imagem do Visconde Guarapuava perfila por diversos momentos da história paranaense, e se torna contemporânea não só quando se discute qual a nossa maior personagem, mas também quando a comunidade curitibana reafirma o seu nome a uma das mais importantes avenidas da cidade, em detrimento da proposta daqueles que desejavam mudar o nome e transformá-la em Avenida Getúlio Vargas. Na verdade, esta reafirmação de um lugar de memória, constituiu um pleno reconhecimento da comunidade paranaense a um dos seus mais ilustres integrantes.

Do exposto, a opção pelo gênero da biografia, buscando conhecer o processo histórico em que atuou o Visconde, partiu da constatação que nesta virada de milênio a ciência não existe mais no singular. Os conhecimentos sobre o homem, seu futuro histórico, sua produção material ou simbólica, individual ou coletiva, são constituídos a partir de uma vasta gama de inteligibilidades, indissociadas de um dispositivo multidimensional de pesquisas. Assim, a opção pelo gênero da biografia, ainda que considerado por algumas escolas históricas

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como um obscuro objeto de análise ou como gênero histórico–literário superado, partiu como uma reação à própria situação das Ciências Humanas. Este campo do conhecimento, ao longo de décadas, fez perfilar processos sem sujeitos, o homem concreto foi deixado de lado, apagado das suas relações sociais e pulverizado numa consciência coletiva, na abstração das massas. Portanto, no domínio da história, o biográfico e a história narrativa, vinculados ao evento, à superfície do social acabaram desacreditados perante a academia e considerados como gêneros esgotados. Entretanto, o gênero biográfico manteve o seu prestígio no mundo anglo-saxônico. O historiador francês Tocqueville na obra A Democracia na América havia assinalado que os ingleses tinham aversão à abstração, isto é, aos grandes esquemas teóricos. Isso se explica, pois os ingleses consideram-se filhos de uma civilização aristocrática, preocupada pelo indivíduo, único no seu gênero. Dessa forma, enquanto o gênero biográfico era condenado nos círculos acadêmicos e pelas principais escolas históricas, no mundo anglo-saxônico, a prática da biografia manteve-se corrente.

Entretanto, nos últimos anos, com a renovação dos estudos históricos e com a afirmação do método da micro-história, filha da Nova História, mudanças se acentuam por toda a parte. Com a biografia, aportando uma certa revolução na historiografia. Na verdade, este gênero histórico-literário ressurge, não mais tratado no sentido clássico do termo. A biografia, hoje, enquanto objeto da história, busca revelar os limites das liberdades das vidas privadas ou públicas de pessoas de influência, face ao jogo complexo do processo histórico, face às tramas da sociedade. Nesse sentido, a história dos homens de influência implica em abordar: a) os destinos dos seus nomes; b) as suas ações na História enquanto atores geniais e após como expectadores desolados; c) as histórias dos seus povos, das quais eles se constituem como atores privilegiados.

Ao perfilar estes estranhos homens de influência, que são pioneiros sob diversos aspectos, devem ser consideradas as enormes influências que exercem nas realidades em que estão inseridos. Ao longo da história, tais personagens souberam ser mais livre que outros, buscar novas alternativas, construir utopias e gestionar com competência. Estas pessoas de influência por meio do prestígio e do poder conseguiram ir mais longe que outros, mas, muitas vezes, também

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fracassaram, fazendo com que suas retiradas do social implicassem no final de uma história, de um mundo, de uma cultura.

Dentro desse quadro teórico-metodológico renovado e contemporâneo, é que se inscreve o trabalho da Profa. Zeloi Martins dos

Santos. Ao optar por estudar a trajetória do Visconde de Guarapuava e a sociedade na qual se inseriu, pelo renovado gênero da biografia, a autora teve consciência e competência de lidar ao mesmo tempo com a história imediata e a longa história, o contingencial e o estrutural, o instantâneo e o durável, enfim a história do ator e do observador do seu tempo.

Na condição de orientador da tese de doutorado da Profa. Zeloi

Martins dos Santos, que torna-se livro, constatei a grandeza do trabalho, pois ao produzir a história de um homem do século XIX, visto a atuação secular do Visconde de Guarapuava (1807/1896), também estava contribuindo para o conhecimento, em outras dimensões, das complexidades da sociedade paranaense: a transição de Comarca à condição de Província autônoma; as estruturas agrárias da época; o enfrentamento bélico com o Paraguai; a abertura de caminhos para a conquista do interior; a intensificação do comércio inter-provincial; a ampliação do comércio do gado; o início da imigração européia; a abolição da escravidão e a Proclamação da República.

Ao reconstruir a trajetória do Visconde de Guarapuava - Antonio de Sá Camargo, a autora destacou as suas atividades públicas como: Juiz de Paz, Delegado, Comandante da Guarda Nacional de Guarapuava, Chefe local do partido Liberal, Vereador, Deputado Provincial e Vice –Presidente da Província do Paraná. Tais atividades aliadas àquelas ligadas ao comércio de terras e gados, permitem a montagem de um amplo quadro onde perfilam os aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais, a níveis local, regional e nacional.

Diante de um enorme acervo documental, a Profa. Zeloi soube,

com muito primor e zelo, levantar e arrolar as fontes e fazê-las falar, amparada pelos marcos teóricos/metodológicos do objeto da biografia. Dessa forma, foi ousada e corajosa, sabendo se equilibrar no “fio da navalha” e não cair numa história exclusivamente evenementiel, e nem se comprometer com o mito do homem Visconde de Guarapuava, mas sim, como coloca Giovanni Levi no texto, Les usages de la biographie, “construir o contexto e evidenciar o entorno do indivíduo”.

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Finalmente, cumpre destacar que na obra Homens de Influência o cientista social Jacques Attali comenta que todo o homem de influência conheceu duas tragédias: “não obter aquilo que deseja, ou obter”. Portanto, sucessos e fracassos contam imensamente na história dos homens importantes, protagonistas da história. E o historiador que produz a narrativa histórica de um homem de influência, acaba também de perto ou de longe, refletindo sobre a sua própria história. Penso que a competência ao tratamento do episódio e da totalidade marcaram o livro da Profa. Zeloi Martins dos Santos, numa qualificada

integração orgânica.

Prof. Dr. Carlos Roberto Antunes dos Santos Prof. Titular do Depto. de História/UFPR

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Introdução ...21

Capítulo 1 A imagem do Visconde de Guarapuava e a História do Paraná ...33

Capítulo 2 O núcleo parental de Antonio de Sá e Camargo: a ocupação de terras no Paraná...63

Capítulo 3 Antonio de Sá e Camargo na Freguesia de Nossa Senhora de Belém ...89

Capítulo 4 Visconde de Guarapuava: um homem de prestígio na Província do Paraná ... 139

Considerações Finais ... 181

Referências ... 189

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Referências

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