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CORONAVÍRUS. Orientações para atendimentos em consultórios

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Academic year: 2021

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CORONAVÍRUS

Orientações para atendimentos em

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CORONAVÍRUS

Orientações para atendimentos em

consultórios

Após um período de isolamento social e de adoção de medidas restritivas, aos poucos, as cidades tem retomado as suas atividades. Segundo o Ministério da Saúde, cabe aos municípios à avaliação, planejamento e acompanhamento da retomada das atividades econômicas, tendo como parâmetros a disseminação local da Covid-19, as condições de atendimento à população (leitos disponíveis) e o quantitativo de profissionais e recursos necessários para o adequado atendimento da população.

Mas para a retomada das atividades de saúde de maneira adequada e segura, temos que observar a adoção de alguns cuidados.

As medidas de prevenção e controle de infecção devem ser implementadas nos serviços de saúde para evitar ou reduzir, ao máximo a transmissão de microrganismos durante qualquer assistência à saúde.

Esses cuidados com a higiene devem ser feitos antes da chegada do paciente ao serviço de saúde, durante a chegada, na espera pelo atendimento e durante toda a assistência prestada.

A equipe deve estar preparada para o contato com as pessoas. O ideal é que o profissional (atendente) responsável pela recepção esteja protegido por máscara, mantendo cabelos presos, não utilizar bijuterias, joias, anéis, relógios e outros adereços, para assegurar a correta higienização das mãos.

Todos devem ser orientados a proceder a higienização das mãos sempre que tiver contato direto com clientes ou no intervalo máximo de duas horas. Além disto, devem ser informados a não compartilhar objetos de uso pessoal (fones, máscaras, utensílios etc.).

Vale lembrar que o serviço deverá limitar o número de funcionários ao estritamente necessário. Como a capacidade de atendimento e a procura tendem a ser menores neste momento, é importante a reavaliação do quantitativo de colaboradores necessários.

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Organização do agendamento de atendimentos

• Como medida de segurança, ao agendar e confirmar a consulta, é importante verificar com o paciente se ele apresenta algum sintoma respiratório. Caso afirmativo, orientá-lo a utilizar o teleatendimento ou direcioná-lo a uma unidade hospitalar ou específica para atendimento aos suspeitos de Covid.

• Orientar ao paciente que procure o serviço, tão logo inicie os sintomas respiratórios.

• Informar ao paciente para comparecer à unidade assistencial utilizando máscara.

• Ao agendar exames e consultas para cuidados médicos de rotina (preventivos, eletivos), discutir com o paciente a possibilidade de reagendamento, especialmente se ele apresentar sintomas como tosse, dor de garganta e febre. Oferecer o recurso de telemedicina como alternativa.

• Orientar aos pacientes a chegarem no horário previsto, a fim de evitar aglomerações na sala de espera.

• Orientar que a presença de acompanhantes só deverá ocorrer quando o paciente não conseguir ir sozinho. Esta medida deve-se a necessidade de diminuir o número de pessoas circulando na unidade. Caso haja necessidade do acompanhante, evitar a presença dele na sala de espera.

Condutas e cuidados na recepção

• Caso haja elevadores de acesso à clínica, os mesmos deverão operar sempre com 1/3 da sua capacidade. Nos corredores, deverão estar demarcados os espaços para espera entre clientes.

• Utilizar a comunicação visual como placas, pôsteres e outros mecanismos na entrada e em locais estratégicos do consultório e/ ou clínica (áreas de espera, elevadores, lanchonetes) sobre higiene das mãos, higiene respiratória e etiqueta da tosse.

• Manter distância mínima de pelo menos dois metros, entre as pessoas (entre os colaboradores e entre estes e os clientes). Quando isto não for possível, utilizar máscara cirúrgica e respeitar a barreira de proteção física para contato com o cliente.

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• Disponibilizar dispensadores com preparações alcoólicas para a higiene das mãos (sob as formas gel ou solução a 70%) nas salas de espera e estimular a higiene das mãos após contato com secreções respiratórias.

• Prover condições para higiene simples das mãos: lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato manual. • Manter os ambientes ventilados (se possível, com as janelas abertas) e evitar o uso de ar-condicionado.

• Disponibilizar lenço descartável para higiene nasal, na sala de espera.

• Disponibilizar lixeira com acionamento por pedal para o descarte de lenços de papel.

• Na sala de espera, restringir ou eliminar o uso de itens compartilhados por pacientes, como revistas, canetas, pranchetas e telefones.

• Evitar concentração de pacientes e familiares na clínica e recepção. • Fornecer máscara ao paciente e ao acompanhante, caso eles não possuam.

• Restringir ou evitar visitas de fornecedores ou representantes de empresas para evitar o trânsito de pessoas nos consultórios/ clínicas.

• Higienizar mesa ou balcão com álcool a 70% após cada atendimento.

• Água e café devem ser servidos em copos descartáveis.

• Bebedores coletivos (se existirem no local) devem ser desativados.

Condutas e cuidados na recepção (pacientes sintomáticos)

• Pacientes com sintomas respiratórios e que precisam de atendimento presencial devem ser atendidos em sala isolada ou em horário exclusivo, para não ter contato com outros pacientes. Após a consulta, interditar a sala por duas horas para realizar a desinfecção do ambiente para que outros pacientes possam ser

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atendidos.

• A partir do momento em que o paciente chegar ao consultório com sintomas (sem avisar previamente a equipe), o mesmo deve ser orientado a não permanecer na recepção. Recomenda-se a manutenção de uma sala para medidas de isolamento.

• Disponibilizar máscara cirúrgica (caso esteja com mascara de tecido, deve ser solicitada a troca pela cirúrgica) para pacientes com sintomas de infecção respiratória (tosse, espirros, secreção nasal, etc.). Os pacientes sintomáticos devem utilizar máscara cirúrgica durante toda a permanência na unidade.

Condutas durante os atendimentos

• Não cumprimentar com beijos, abraços ou aperto de mão, na consulta.

• Lavar cuidadosamente as mãos antes e depois do atendimento dos pacientes.

• Manter os ambientes ventilados (se possível, com as janelas abertas) e evitar o uso de ar-condicionado.

• Evitar o uso do celular durante o atendimento, caso o manuseio do aparelho seja indispensável, higienizá-lo antes e após o uso. Ao retornar o atendimento com o paciente, as mãos deverão ser novamente higienizadas com álcool 70% ou água e sabão.

• Durante o exame físico/atendimento, os profissionais devem utilizar óculos ou face shield adicionalmente à máscara cirúrgica. • Os profissionais de saúde devem orientar a população quanto às posturas de prevenção, reforçando-se a necessidade de seguir as medidas de isolamento e distanciamento social, além de orientar quanto à higiene correta que minimiza os riscos de contaminação. Deve-se também reforçar quanto aos cuidados com os grupos mais vulneráveis, como idosos, doentes crônicos e imunossuprimidos. • Descartar adequadamente os resíduos, segundo o regulamento técnico para gerenciamento de resíduos de serviços de saúde da Anvisa.

• Após cada atendimento, todas as superfícies e equipamentos 3

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utilizados devem ser higienizados com álcool a 70% (cadeiras, mesa, balança, estetoscópio, termômetro etc.)

Orientações sobre o uso de EPI (Equipamento

de proteção individual)

Conforme já descrito, todos os colaboradores, mesmo os que não tiverem diretamente envolvidos na assistência, devem estar utilizando máscaras ou protetor facial (cobrindo nariz e boca) durante todo o tempo de trabalho. Isto inclui seguranças, porteiros, manobristas, recepcionistas, atendentes, equipe de higienização etc.

Todos devem ser orientados a evitar o uso de adereços (anéis, relógios, colares, brincos) e a manter os cabelos presos para minimizar os riscos de contaminação.

Em termos de EPI, as precauções por contato e para gotículas incluem: óculos de proteção ou protetor facial (face shield), máscara cirúrgica, avental e luvas de procedimento, além da higiene das mãos.

Tão importante quanto o fornecimento de EPIs é o treinamento para utilizá-lo de maneira correta e segura. Recomenda-se que todos sejam devidamente orientados quanto à utilização, retirada, limpeza, descarte e demais cuidados com cada equipamento.

Máscaras cirúrgicas

As máscaras devem ser utilizadas para evitar a contaminação do nariz e boca do profissional por gotículas respiratórias.

Os seguintes cuidados devem ser seguidos quando as máscaras cirúrgicas forem utilizadas:

- coloque a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz e ajuste com segurança para minimizar os espaços entre a face e a máscara;

- enquanto estiver em uso, evite tocar na parte da frente da máscara; - remova a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não toque na frente da máscara, que pode estar contaminada, mas remova sempre pelas tiras laterais);

- após a remoção ou sempre que tocar inadvertidamente em uma máscara usada, deve-se realizar a higiene das mãos;

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- substitua as máscaras por uma nova máscara limpa e seca, assim que a antiga tornar-se suja ou úmida;

- não reutilize máscaras descartáveis.

As máscaras cirúrgicas são descartáveis e não podem ser limpas ou desinfetadas para uso posterior e, quando úmidas, perdem a sua capacidade de filtração. No caso do uso de máscara por um longo período, as mesmas devem ser descartadas sempre que estiverem sujas ou úmidas.

Máscara de proteção respiratória (respirador

particulado - N95/PFF2 ou equivalente)

As máscaras de proteção respiratória (por exemplo, N95, PFF2 ou equivalente) e o gorro são necessários apenas para procedimentos que gerem aerossóis (como intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de amostras nasotraqueais, broncoscopias, etc.).

A máscara deve estar apropriadamente ajustada à face do profissional. A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as recomendações do fabricante e nunca deve ser compartilhada entre profissionais.

Limpeza do ambiente e materiais

Não há orientação especial quanto à limpeza e desinfecção de superfícies e quanto ao processamento de equipamentos, produtos para saúde ou artigos utilizados na assistência a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus. O processamento deve ser realizado de acordo com as características, finalidade de uso e orientação dos fabricantes e dos métodos escolhidos. Além disso, devem ser seguidas as normas sanitárias sobre o tema.

Deve-se ficar atento!

• Higienizar itens compartilhados como canetas, pranchetas e telefones com álcool a 70% após o uso.

• Higienizar as maçanetas do consultório com álcool 70% e orientar os pacientes a evitar tocar nelas. Caso o façam, ter álcool gel à mão para a correta higiene das mãos.

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• Realizar a higienização frequente (pelo menos duas vezes por turno) das maçanetas, torneiras, corrimãos, mesas, cadeiras, teclados, computadores, botões de elevadores, telefones e todas as superfícies metálicas constantemente com álcool a 70%.

• Reforçar os procedimentos de higiene de todos os ambientes, como depósitos, sanitários e áreas de circulação de clientes.

• Não utilizar bebedouros coletivos, os mesmos devem ser lacrados e não utilizados por trabalhadores ou clientes.

• Manter todas as superfícies do consultório permanentemente limpas e desinfetadas, já que o vírus pode ser transportado pelos aerossóis e consegue sobreviver nessas superfícies por mais tempo.

• Equipamentos de uso compartilhado entre as pessoas (por exemplo, estetoscópios, aparelhos para aferição da pressão arterial e termômetros) devem ser limpos e desinfetados com álcool 70% após o uso.

• Higienizar adequadamente as mãos com frequência, respeitando os cinco momentos de higienização: (antes do tocar o paciente, antes de realizar o procedimento limpo/asséptico, após o risco de exposição a fluidos corporais, após tocar o paciente, após contatos com superfícies próximas ao paciente).

• Realizar desinfecção de equipamentos e limpeza do ambiente com solução de hipoclorito de sódio em pisos e superfícies dos banheiros.

• Intensificar a higienização dos sanitários existentes, sendo que o funcionário deverá utilizar os equipamentos de proteção apropriados (luva de borracha, avental, calça comprida, sapato fechado).

As recepcionistas, funcionários de serviços gerais, administradores e todos os funcionários deverão ser treinados em suas funções para realizarem o correto direcionamento e limpeza do consultório/ clinica.

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Referências:

ACM. Atendimento a pacientes nos estabelecimentos de saúde. Disponível em: http://www.acm.org.br/novo-coronavirus-acm-orienta-medicos-consultorios-e-clinicas/. Acesso em: 23/04/2020.

ANVISA. Nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020 orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (sars-cov-2). (atualizada em 31/03/2020). Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/ Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA-ATUALIZADA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28>.

ANVISA. Nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº 07/2020

Orientações para a prevenção da transmissão de Covid-19 dentro dos serviços de saúde (atualizada em 08/05/2020). Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/ documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+-GIMS- GGTES-ANVISA+N%C2%BA+07-2020/f487f506-1eba-451f-bccd-06b8f1b0fed6 >

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Organização de ambientes e uso de equipamentos de proteção individual (EPI) na Tocoginecologia diante da epidemia da Covid-19. Disponível em:< https://www.febrasgo.org.br/en/covid19/ item/1008-organizacao-de-ambientes-e-uso-de-equipamentos-de- protecao-individual-epi-na-tocoginecologia-diante-da-epidemia-de-covid-19>. Acesso em 23/04/2020.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Prevenção à Covid-19: SBD divulga recomendações aos dermatologistas para evitar o risco de contaminação em locais de atendimento. Disponível em: https://www.sbd. org.br/noticias/prevencao-a-covid-19-sbd-divulga-recomendacoes- aos-dermatologistas-para-evitar-o-risco-de-contaminacao-em-locais-de-atendimento/. Acesso em 23/04/2020.

SOGESP. Assoiação de Obstétricia e Ginecologia do Estado de SãoPaulo. Disponível em: https://www.sogesp.com.br/noticias/perguntas-e- respostas-atendimento-de-ginecologistas-e-obstetras-em-tempos-de-covid-19/. Acesso em 24/04/2020.

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