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Sociedade de debates académicos de Lisboa

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Sociedade de debates académicos de

Lisboa

Guia do debate (standard):

1)Estrutura do debate

2)Regras

4)Objectivos

1 SDAL

(2)

Estrutura

O debate consiste numa competição saudável, construtiva e bem-humorada entre os diferentes intervenientes. Segue os moldes definidos internacionalmente, adaptados ao “British Parliamentary Debate”.

Cada debate é constituído por quatro (ou duas) equipas/bancadas de duas pessoas. Apenas no momento do debate é que é apresentada a Moção e definido quem a defende e quem a refuta. Por vezes a moção pode ser apresentada anteriormente, no facebook e por email.

Após 15 minutos de preparação cada orador dispõe de 7 minutos para o seu discurso. No primeiro e no último minuto não são permitidos “Pontos de informação” (perguntas dirigidas ao orador).

M

o

ç

ã

o

Defende

1ªbancada do governo: 1ºministro e

2ºministro do governo

2ªbancada parlamentar do governo:

3ºdeputado e 4º deputado da bancada parlamentar do governo

Refuta

1ªbancada da oposição: Líder da

oposição e 2º deputado da oposição

2ªbancada da oposição: 3º membro da

oposição e 4º deputado da oposição

2 Estrutura

(3)

Ordem cronológica

1) Apresentação das bancadas junto da Mesa, à hora marcada para o debate. 2) Ordenação das bancadas.

3) Apresentação da Moção e esclarecimento de dúvidas. 4) 15mins de preparação.

5) Presidente dá a palavra ao 1º ministro. 6) Presidente dá palavra ao líder da Oposição.

7) Presidente dá palavra ao 2º deputado do Governo. 8) Presidente dá palavra ao 2º deputado da Oposição.

9) Presidente dá palavra ao 3º deputado da bancada parlamentar do Governo. 10) Presidente dá palavra ao 3º deputado da Oposição.

11) Presidente dá palavra ao 4º deputado da bancada parlamentar do Governo. 12) Presidente dá palavra ao 4º deputado da Oposição.

13) Mesa retira-se para decidir pontuações.

14) Mesa pronuncia-se brevemente sobre o modo como decorreu o debate, anuncia o vencedor e expõem as pontuações.

3 Estrutura

(4)

Regras

• Moção

• Definição da Moção

• Pontos de informação

4 Regras

(5)

Moção

A Moção é apresentada pela Mesa após a divisão das equipas. Esta deve ser redigida de forma inequívoca e constituída pela frase “Esta casa concorda/acredita/defende…”

Após o lançamento da Moção a Mesa fica aberta a eventuais questões que ajudem a definir o seu âmbito . Caso, por unanimidade, as equipas peçam a reformulação/substituição da Moção podem fazê-lo por interpelação à Mesa, a qual poderá realizar uma votação junto da audiência.

De seguida são dados 15 minutos para a procura de argumentos e contra-argumentos e organização das oratórias.

Ver anexo 1.

5 Regras

(6)

Definição da Moção

Ao receber a moção, os participantes devem perguntar-se acerca do que se espera que cada equipa trate (definição). Cabe ao 1º orador (1ºministro) expor no início do seu discurso a definição. Esta pode ser posta em causa caso contenha algum dos seguintes pontos de indiscutibilidade:

i. Se a Moção possuir uma problemática clara e fechada para o debate (de sentido óbvio e específico), esta deve ser definida nesse sentido.

ii. Não havendo um sentido óbvio, a possibilidade de significados está limitada àquelas que permitirem discutibilidade. Logo, neste caso, a definição não deve ser:

1) desfasada da moção; 2) um truísmo;

3) uma tautologia;

4) demasiado específica no tempo ou no espaço.

Ver anexo 1.

6 Regras

(7)

Pontos de informação (ao orador)

Qualquer participante, excepto o da bancada da pessoa que discursa no momento, pode fazer perguntas ao orador entre o primeiro e último minuto do seu discurso. O Ponto de informação:

• Deve ser pedido de braço no ar; • Pode ser, ou não, aceite pelo orador;

• Não pode ultrapassar os quinze segundos;

• Deve ser, sempre, colocado como forma de pergunta, não sendo permitidas contra-respostas ou diálogos entre os intervenientes;

• Conta para avaliação (do elemento que o faz e do orador).

Os Membros “devem” responder pelo menos a duas perguntas no seu discurso.

7 Regras

(8)

Objectivos

Todos os participantes sabem que o debate vai ser de certa forma um teatro, pois poderá calhar a uma pessoa defender uma posição com a qual não concorda. Dado todos estarem a par disto, no fim do debate, por ouvirem tantos argumentos e contra-argumentos sobre o tema em discussão, sairão com uma visão muito mais ampla, alargando horizontes.

A união académica que se pretende criar, vai permitir uma maior interacção entre os estudantes de diferentes áreas do saber. Dando assim valor acrescentado ao meio académico, como à sociedade em geral como incentivo ao surgimento do novas inovações.

O debate vai desenvolver a empatia, a interpretação, a oratória, a persuasão, o saber discutir construtivamente e o melhor discernimento. Queremos incentivar a pro-actividade, a sensibilização social e cultural, as capacidades que marcam a diferença num bom estudante e fazem dele um bom profissional e daí um bom cidadão.

(9)

Objectivos 9

Não objectivamos com este clube fomentar a demagogia, nem a parcialidade a determinadas ideologias políticas ou económicas.

Serão altamente reprováveis preconceitos em relação à religião, sexo, raça, nacionalidade, preferência sexual, idade, classe social ou deficiência. Qualquer formas desconstrutivas de debate ou atitude agressiva poderão levar à expulsão.

Queremos uma comunidade académica mais consciente, mais pró-activa, mais humana, com mais valores culturais, sociais e éticos. Pretendemos difundir valores deixados pelos exemplos que

pretendemos seguir (como José Estêvão, Fontes Pereira de Melo, Bernardino Machado e José Relvas…), estadistas/juristas/economistas/ gestores-filósofos … e não meros manipuladores políticos.

(10)

Anexo 1

(exemplos de moções e definições)

Moção fechada e específica:

• “Esta casa acredita que os média prestam um bom serviço”- O objectivo das equipas é analisar aspectos positivos e negativos dos média hoje, assim, a definição de uma moção fechada é ela própria.

Moção aberta e relativa (em extremo):

• “Esta casa acredita que há luz ao fim do túnel”- Aquilo que se vai debater, depende da definição dada à Moção. Pela controvérsia que pode gerar, a Mesa tenderá a evitar este género de discussão.

Definição desfasada da Moção:

• Moção: “Esta casa legalizaria as drogas que melhorem a performance desportiva”. Definição(má): “A marijuana deve ser legalizada” (fazendo uma ligação como: os desportos são divertidos, a vida é divertida e as drogas leves melhoram a capacidade de uma pessoa se divertir no desporto da vida… isto torna o debate artificial e pedante);

Um truísmo:

• Moção:”Esta casa acredita que o futuro de Portugal está no mar”. Definição (truísmo): “Portugal é o país com a maior ZEE de Europa” (pretendia-se falar das oportunidades e recursos do mar e da sua viabilidade, com esta definição não há nada a discutir);

Uma tautologia:

• Moção:”Esta casa acredita que os grupos extremistas são catalisadores do progresso”. Definição(tautologia):”O extremismo é o que foi praticado pelo movimento anti-apartheid na África do Sul” (Aqui a equipa que apresenta esta definição, tenta limitar tanto o debate que a Oposição não teria nada para refutar. Seria um circulo repetitivo).

(11)

Moção definida no tempo ou no espaço:

• Moção:”Esta casa é contra o aborto”. Definição(má):”O aborto no século 19 era um sacrilégio…”(O objecto é discutir o aborto na sua generalidade e conceito hoje, a definição dada poderia ser (por ex.) um argumento) ou “ O aborto no Uzbequistão teria o efeito…” (Aqui a equipa está a tentar estreitar a discussão para um contexto com o qual poderia estar à vontade, e sabe que os adversários não)

Estas definições não promovem uma competição construtiva e capaz de trazer valor acrescentado aos participantes.

Assim sendo, quando uma moção é definida nestes termos, existem 4 opções por parte dos adversários:

1. Aceitar e debater: continuar/aguentar-se na definição proposta(alternativa de pouco interesse

principalmente para a Mesa e audiência);

2. Ampliar: em resposta a uma má definição ou demasiado específica, a equipa adversária pode aceitá-la,

mas mostrar porque é que está errada e dar outros exemplos que o sustentem;

3. Ainda que: caso em que a equipa adversária prova que a equipa que definiu mal, mesmo que tivesse

definido bem, estava errada. Ou seja alegar que a definição está errada, mas mesmo estando certa, os seus argumentos não a comprovam;

4. Desafiar: por interpelação à mesa, pode ser pedido para desafiar a definição. Se o membro que fez o

pedido provar e justificar adequadamente que a definição inicial é inapropriada, é lhe permitido propor uma nova definição, caso seja aceite pela Mesa, a definição passa a ser essa.

Timing para desafiar: Após a definição inicial do primeiro-ministro, só o líder da oposição pode desafiar. Caso a definição seja aceite, pode desafiá-la o 3º deputado da bancada parlamentar do governo. Por último se a definição do 3º deputado do governo for aceite, pode desafiá-la o 3º membro da oposição.

Referências

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