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THE ROLE OF CHILDCARE IN CHILDREN'S HEALTH O PAPEL DA PUERICULTURA NA SAÚDE DA CRIANÇA

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D.O.I: http://dx.doi.org/XXXXXX/XXXX-XXXX/XXXXXX

Accepted: 02/03/2018 Published: 01/04/2018

THE ROLE OF CHILDCARE IN CHILDREN'S HEALTH

O PAPEL DA PUERICULTURA NA SAÚDE DA CRIANÇA

Elaine Cristina da Silva Santa Brigida¹ Suely Aleixo da Costa Sousa² Renata Bernadete Silva Araujo³

ABSTRACT

Childcare: is the nursing consultation to assess child growth and development. Objective: To detect and solve problems that affect the child's life. Methods: a research was carried out through an integrative literature review, where they were collected from the Virtual Health Library (VHL), based on: LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences), SciELO (Sientific Electronic Library Online), MEDLIME (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), BIREME (Regional Library of Medicine), from 2014 to 2018. Results: articles were found that reported the importance of childcare in the nursing consultation in monitoring the growth and development of children. Conclusion: Childcare comes to contribute to the reduction of infant mortality, and it is possible to monitor child growth and development and to detect conditions that interfere with the healthy life of the child.

Key words: Nursing. Childcare. Childhood Childhood

Journal of Specialist v.2, n.2, p.1-15, Abr - Jun, 2018

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*Faculdade de Conhecimento e Ciência (FCC), 2018. Este artigo é o resultado do trabalho de conclusão para obtenção do título de especialista em Pós-Graduação Lato Sensu em Enfermagem em Pediatria

¹Enfermeira Elaine Cristina da Silva Santa Brigida. Belém, PA, Brasil. E-mail: elany_2012@hotmail.com 2Enfermeira Suely Aleixo da Costa Sousa, Belém, PA, Brasil. E-mail: suely.2009@hotmail.com

³ Professora Especialista. Coordenadora de Orientação e Pesquisa Científica de Pós-Graduação da Faculdade de Conhecimento e Ciência (FCC), 2018. Renata Bernadete Silva Araújo. Belém, PA, Brasil. E-mail:

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RESUMO

Puericultura: é a consulta de enfermagem para avaliar o crescimento e desenvolvimento infantil. Objetivo: detectar e solucionar problemas que prejudiquem a vida infantil da criança. Métodos: realizado uma pesquisa através de uma revisão integrativa de literatura, onde foram coletados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tendo como base de dados: LILACS (Literatura Latina Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Sientific Electronic Library Online), MEDLIME (Medical Literature Analysisand Retrievel System Online), BIREME (Biblioteca Regional de Medicina), no período de 2014 a 2017. Resultados: foram encontrados artigos que relataram a importância da puericultura na consulta de enfermagem no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da crianças. Conclusão: A puericultura vem para contribuir para redução de mortalidade infantil, sendo possível acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil e detectar agravos que interferem na vida saudável da criança.

Palavras-chave: Enfermagem. Puericultura. Infância da Criança

1 INTRODUÇÃO

Para Araújo et al., (2014) por muitos anos as crianças eram vistas e tratadas como os adultos, isto é, a família e o estado não viam a infância como um ciclo de vida que necessitava de um olhar diferenciado. No século XVIII a criança começou a ser vista em sua particularidade e pela sociedade, onde houve o reconhecimento da criança como um ser psicossocial, tendo os seus direitos como cidadã ao longo da história, passando por transformações onde foi incluindo a assistência à saúde relacionados aos aspectos do lado social e as políticas públicas referente a assistência à saúde da criança no Brasil. Neste momento a sociedade passou a perceber que a criança era o centro para as famílias e foram também encontrados os primeiros registros da linguagem infantil.

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Segundo Soares et al., (2017), a puericultura na infância tem o compromisso de acompanhar o crescimento e desenvolvimento físico e intelectual da criança. Sendo realizado através da consulta de enfermagem pelo enfermeiro na Estratégia Saúde da Família (ESF), com isso executando uma assistência de qualidade e detectar possíveis agravos que prejudique a saúde e deve ser registrado no Cartão da Criança. O ministério da Saúde (MS), recomenda que a primeira consulta de enfermagem deve ser até o decimo quinto dia de vida da criança e as subsequentes serão agendadas pelo enfermeiro, ressaltando que os demais profissionais da saúde fazem parte desse processo como por exemplo o odontólogo que é responsável pela saúde bucal das crianças e demais profissionais da equipe multidisciplinar.

De acordo com Chagas et al., (2016), a Estratégia Saúde da Família (ESF), foi desenvolvida e estimulada pelo Ministério da Saúde (MS) e a puericultura estar inserida tanto no contexto familiar quanto no social para garantir uma assistência integral infantil por meio de prevenção, promoção e recuperação diante dos agravos a saúde da criança. Essas ações interferem diretamente para a contribuição da redução das altas taxas de mortabilidade e mortalidade, pois a puericultura serve de instrumento e suporte para que a criança seja acompanhada nas fases da vida que são de 0 a 5 anos de idade, tendo o enfermeiro como peça essencial nesse importante processo na assistência à criança através do seu trabalho na consulta de enfermagem. Para Pereira et al., (2014), a consulta de enfermagem é definida como prestação de assistência realizada pelo enfermeiro, que deve ser na criança sadia ou aquela que estar internada. Na resolução n° 159/1993, diz que a consulta de enfermagem é obrigatória e deve ser desenvolvidas em todos os níveis de assistência e em instituições públicas e privadas. É realizado pelo enfermeiro uma entrevista, onde são feitas as perguntas seguindo o roteiro de enfermagem que primeiramente precisa saber o máximo possível de informações sobre a criança em geral, não esquecendo que deve ser avaliada com o um todo no que podemos citar o meio que vive para que possa elaborar seu plano de

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trabalho e quais ações de enfermagem deverá ser realizadas de acordo com os problemas encontrados e solucionar os mesmos. Sabemos também que o socioeconômico e o demográfico tem ligação direta com a vida da criança.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PUERICULTURA

De acordo com Boher et al., (2015), foi no século XX, em Paris, que ocorreu o Congresso sobre os problemas da alimentação infantil, tendo início as primeiras reuniões cientifica de pediatria a puericultura onde se caracterizando a Puericultura como um termo que constitui o conjunto de técnicas que abrange o cuidado da criança, assegurando o desenvolvimento perfeito nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Tendo como foco da puericultura nos dias de hoje, a prevenção, sendo um direito conquistado para a criança, assegurando uma vida saudável através de cuidados, humanização no atendimento, orientações e melhorias na assistência de enfermagem. Sendo caracterizado cientificamente, a puericultura deixou de ser estritamente médica e através de diversos especialistas juntos chegaram a um consenso de que a puericultura seria desenvolvida por multiprofissionais, com a consciência de que para garantir um futuro melhor, seria preciso cuidar das crianças.

Para Silva et al., (2017), a Puericultura é um conjunto de ações que disponibiliza promover uma atenção integral ao crescimento e desenvolvimento infantil em crianças de 0 a 5 anos de idade, possibilitando a promoção, prevenção, de sua saúde, de modo que a criança atinja a vida adulta sem influencias desfavoráveis da infância. A consulta da puericultura é também responsabilidade do enfermeiro, onde a assistência de enfermagem é privativa do enfermeiro, sendo legalizado pela Lei 7.498/86, onde o enfermeiro tem condições de acompanhar de forma geral o processo de desenvolvimento e crescimento infantil, tendo conhecimento dos diversos fatores e as doenças que acometem a criança. Durante a consulta o enfermeiro precisa investir nas ações de promoção a saúde, para conseguir detectar precocemente as alterações ocorridas no crescimento, desenvolvimento neuro-psicomotor e nutricional. Vale Journal of Specialist v.2, n.2, p.4-15, Abr - Jun, 2018

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ressaltar que muitas mães não têm conhecimento da importância da consulta de puericultura, por isso não levam seus filhos para a consulta de rotina, com isso prejudicando a saúde do seu filho.

Segundo Limal et al., (2016), para que a puericultura tivesse sucesso, foi criado O Cartão da Criança (CC) e a Caderneta de Saúde da Criança (CSC), onde nele há registros das ações do enfermeiro, que servem para acompanhar as crianças desde o seu nascimento até os 10 anos de idade, pois nele contém todas as informações, estas valiosas como a sua identificação, história obstétrica e neonatal, crescimento, desenvolvimento e orientações sobre a importância do aleitamento materno, alimentação complementar, saúde bucal, a visual e a auditiva, imunização, prevenção de acidentes e violências domésticas. Os registros começam desde o parto, puerpério sobre o recém-nascido, diante desse registro é possível detectar precocemente os sinais de atraso no desenvolvimento e avaliar as agressões do sistema nervoso central que pode influenciar na evolução motora, física, psicológica e auditiva da criança e através dessas informações sendo possível realizar uma vigilância para prevenção e identificação de agravos que venha a prejudicar o crescimento infantil.

2.2 A IMPORTANCIA DO ENFERMEIRO NA PUERICULTURA

Entretanto Pereira et al., (2014), diz que a consulta de enfermagem é realizado a assistência pelo enfermeiro tanto na criança sadia quanto no que se encontra hospitalizada, onde nesta consulta é capaz de responder aas complexidades da criança. De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e a resolução nº 159/1993, a consulta de enfermagem é obrigatória e deve ser desenvolvida em todos os níveis de assistência à saúde tanto na instituição pública quanto na privado, incluindo também a Estratégia Saúde da Família (ESF), onde teve como fator de valorização da consulta de enfermagem, acredita-se que a enfermagem tenha dificuldades pra desenvolver seu trabalho em relação a estrutura física, influencias de crenças, valores e condições sociais da população atendida. Para a enfermagem é preciso seguir as 5 etapas que são inter-relacionadas e interdependentes e recorrentes que são o histórico de enfermagem, diagnostico de enfermagem, planeamento de enfermagem,

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implementação de enfermagem e avaliação da enfermagem.

Para Silva et al., (2014) pode-se dizer que o enfermeiro é peça essencial, indispensável quando se fala na criança, pois é responsável em acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança na atenção básica na avaliação integral a saúde da criança e sendo membro da equipe multidisciplinar pode avaliar a criança, tomar decisões e orientar a família. Em relação a assistência integral e humanizado, o enfermeiro precisa avaliar a criança no contexto cultural, socioeconômico e familiar, tendo como grande desafio a construção de modelo a saúde integral, com práticas inovadoras, criatividades e seguindo a fundamentação teórica e o seu conhecimento cientifico para alcançar o objetivo desejado.

2.3 A PUERICULTURA NA ESTRATEGIA SAÚDE DA FAMILIA (ESF)

Segundo Rodrigues et a., (2017), a puericultura é considerada como a pediatria preventiva, realizada em criança de 0 a 5 anos na Estratégia Saúde da Família (ESF), com o objetivo de proporcionar uma vida saudável para a criança. Realizando uma assistência individualizada e sempre priorizando o bem estar da criança, reforçando que o aleitamento materno oferece inúmeras vantagens tanto em curto como ao longo prazo, seguir o consenso mundial da exclusividade até os 6 meses de vida e a partir dessa idade poderá introduzir os alimentos, pois com a alimentação adequada é possível diminuir os riscos de doenças, alergias e infecções na fase da criança entre 0 a 2 anos de idade onde estar ocorrendo o desenvolvimento e desenvolvimento dos dentes, músculos, ossos, sangue etc.

De acordo com Silva et al., (2017), a assistência de enfermagem na puericultura é realizada através de uma Consulta de enfermagem, onde tal atividade é regulamenta pela Lei nº 7498/86 e pelo Decreto nº 94.406/87, onde determina ação privativa do enfermeiro na participação do planejamento, execução e avalição da programação da saúde dos planos assistenciais. Esta consulta tem o objetivo de oferecer assistência sistematizada de enfermagem, na forma global, individual, identificando os problemas de saúde-doença, executando e avaliando cuidados que contribuam para a promoção, proteção, Journal of Specialist v.2, n.2, p.6-15, Abr - Jun, 2018

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recuperação e reabilitação da saúde da criança, tendo como roteiro uma sequência sistematizada envolvendo os seguintes critérios que devem ser seguidos como: • O histórico de enfermagem; • Exame físico; • Diagnostico de enfermagem; • Plano terapêutico; • Prescrição de enfermagem; • Avaliação da consulta.

Para Soares et al., (2017), é na infância que ocorre o maior crescimento e desenvolvimento físico e intelectual da criança, onde na saúde pública é através do programa puericultura que as crianças recebem acompanhamento, as mães informações, orientações sobre o crescimento e desenvolvimento do seu filho e da importância do aleitamento materno, alimentação e a vacinação. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a consultas de acompanhamento da criança devem ser realizada até o 15º dias de vida, depois com um mês de idade, dois meses, quatro meses, seis meses e dezoito meses de idade. O enfermeiro realiza a puericultura, através da consulta de enfermagem, onde coleta dados antropométricos e preenchimento do gráfico, orientação e estimulação ao aleitamento materno, introdução da alimentação complementar após o 6º mês de vida e devem ser anotadas na Caderneta da Saúde da Criança as informações solicitadas. Tendo a atenção básica como a maior visão para a prevenção, promoção e recuperação da saúde em todas as fases da criança.

2.4 OS PROGRAMAS NACIONAIS DE SAÚDE MATERNO INFANTIL (PNSMI) E O DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL A SAÚDE DA CRIANÇA (PAISC)

Segundo Limal et al., (2016), o ministério da Saúde (MS) em 1984 criou o Programa de Assistência Integral a Saúde da Criança (PAISC), nele foram preconizadas ações básicas para o atendimento da criança, uma delas é o Journal of Specialist v.2, n.2, p.7-15, Abr - Jun, 2018

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acompanhamento do crescimento e desenvolvimento sendo realizado nas consultas periódicas de puericultura na Estratégia de Saúde da Família (ESF), feitas pelo enfermeiro, onde ocorre a avaliação do desenvolvimento adequado em relação a sustentação da cabeça, engatinhar e o andar da criança. Na consulta deve ser observar os principais marcos do desenvolvimento, detectando os problemas e encaminhando as crianças para o atendimento especializado de acordo com cada caso como o pediatra, odontólogo etc. Sendo importante explicar para os pais a importância do acompanhamento do seu filho, a fim de evitar problemas futuros.

De acordo com Araújo et al., (2014), o Programa Nacional de Saúde Materno Infantil surgiu em 1970, tendo como objetivo a redução da morbimortalidade das crianças e mães. Em 1980, houve a necessidade de mudar a assistência à saúde da criança no país, onde ela precisava de cuidados integral, ocorrendo o acompanhamento em processo de crescimento e desenvolvimento da criança. Diante disso o Ministério Publico criou o Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher e da Criança (PAISMC), onde foram formulados os serviços que deveriam estar preparados para resolução dos problemas que viessem a afetar a saúde materno infantil e elaborados os seguintes itens básicos para realizar o atendimento as crianças brasileiras, que são: aleitamento materno e orientação familiar sobre o desmame; estratégias para controle das afecções respiratórias agudas; imunização básica; controle efetivo das doenças diarreicas e acompanhamento profissional no crescimento e desenvolvimento infantil.

Entretanto Chagas et al., (2016), diz que as mudanças e melhorias das políticas em relação as crianças vem sendo desenvolvidas no Programa de Assistência Integral a Saúde da Criança (PAISC), onde visa ações preventivas e intervenções para solucionar os problemas comuns da infância. Todas as ações desenvolvidas devem ser levadas em consideração as condições da criança exposta no meio ambiente. Na puericultura é papel fundamental do enfermeiro desempenhar suas ações preventivas e nas consultas de enfermagem detectar sinais, sintomas e agravos a saúde da criança e assim prescrever os cuidados Journal of Specialist v.2, n.2, p.8-15, Abr - Jun, 2018

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específicos para garantir a saúde e a qualidade de vida da criança.

2.5 OS DIREITOS DA CRIANÇA SEGUNDO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)

Segundo o Ministério da Saúde (2016) foi estabelecido na Convenção dos Direitos da Criança (CDC) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criança adquiriu os direitos a saúde e com os avanços da neurociência, sabemos que é nos primeiros anos de vida que o cérebro desenvolve-se rapidamente. Podemos destacar a pobreza e a situação socioeconômica como graves problema que influenciam para a saúde da criança, sendo preciso investimento nos programas da atenção à saúde da criança para que seus direitos sejam garantindo de acordo com o estatuto. Podemos citar opções para que estes problemas sejam enfrentados e solucionados como:

• Oferecer programas de educação para o pais;

• Desenvolver ações voltadas à alimentação e nutrição de crianças na primeira infância;

• Ter acesso a creches, pré-escola, atividades de leitura;

• Intensificar as visitas domiciliares, a fim de promover o desenvolvimento infantil:

• Elaborar ações relacionadas para a promoção do desenvolvimento da criança na Atenção Básica.

De acordo com Vieira et al., (2015) o estatuto da criança e do adolescente a lei nº 8.069/90, considera criança até 12 anos de idade incompletos, tendo direito a proteção integral, garantida pela família, comunidade e a sociedade. A atenção primária tem a função de acolher e oferecer assistência à criança. A organização mundial de saúde (OMS) junto com as nações unidas (UNICEF), envolveram a estratégia Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), onde em 1996, foi adotada pelo Ministério da Saúde com o objetivo de caracterizar e integrar as doenças prevalentes na infância e adolescência para a

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redução da morbimortalidade infantil. Para tal objetivo a ser alcançado é preciso entender e conhecer qual a assistência e a prática a serem desenvolvidas na enfermagem a serem realizados na criança, na Atenção Básica à Saúde.

Para Almeida et al., (2015), o crescimento infantil é um processo que se inicia desde a concepção até a fase adulta e o melhor método para se acompanhar esse desenvolvimento é através de registros de peso, altura, índice de massa corporal. Para esse registro foi criado em 1984 o Cartão da Criança com formato de um livreto e sendo denominado de Caderneta da Saúde da Criança (CSC), com novas informações para as famílias e os profissionais de saúde para facilitar a compreensão de todos em relação ao crescimento e desenvolvimento da criança. Sendo considerada pelo Ministério da Saúde um instrumento fundamental na avaliação da saúde da criança, a Caderneta da Saúde da Criança, é possível avaliar as ações da promoção e prevenção das doenças prevalentes na infância.

3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para esta pesquisa foi a Revisão de Literatura do tipo qualitativo e exploratória.

Segundo Castilho et al., (2014), a pesquisa qualitativa é uma pesquisa que envolve inúmeras ideias diferenciadas que são investigadas e analisadas suas qualidades.

Para Fantinato (2015), a pesquisa exploratória é realizada por um tema já de conhecido de todos e que proporciona uma maior familiaridade com o mesmo. A busca dos materiais foi realizada por meio de pesquisas online na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tendo como base de dados: LILACS (Literatura Latina Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Sientific Electronic Library Online), MEDLIME (Medical Literature Analysisand Retrievel System Online), BIREME (Biblioteca Regional de Medicina), através da ferramenta Google Acadêmico. Ao utilizar os Descritores em Ciência da Saúde

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(DeCS): Enfermagem. Puericultura. Infância da Criança.

Para busca de dados, foi pesquisado artigos com os seguintes critérios de Inclusão: publicações referentes aos anos de 2014 a 2018, em português, completos, disponíveis e resultantes dos descritores da pesquisa. Foram excluídos da pesquisa materiais que não faziam referência aos critérios de Inclusão estabelecidos. A análise de dados foi feita com base na coleta qualitativa.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os artigos encontrados nos diversos bancos de dados, seguindo critérios de acordo com o tema proposto, resultaram em um acervo de dados que permitiu concretizar os objetivos do estudo. Assim, foi estruturado o perfil das publicações que foram usados no estudo, com base no ano, formação dos autores, locais de publicações e fonte de dados. Para suporte da construção do referencial teórico desta pesquisa foi utilizado materiais relacionados ao tema puericultura que é a consulta de enfermagem realizada pelo enfermeiro para acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil, através dessa consulta é possível detectar problemas e posteriormente a resolução dos mesmos para que a criança tenha uma vida saudável.

De acordo com Araújo et al., (2014), o Programa Nacional de Saúde Materno Infantil teve uma grande importância na saúde infantil, pois houve a percepção que ela deveria ser vista em sua particularidade e não poderia ser tratada como os adultos e sim em um atendimento diferenciado e com um cuidado integral através de ações formuladas para que ela tivesse uma vida saudável e com isso a diminuição da mortalidade infantil. Esta assistência realizada através deste programa inclui as orientações feitas sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os 06 m esses de vida e a alimentação a partir dessa idade, prevenção das doenças respiratórias agudas e as diarreicas, a imunização e os registro no Cartão de Vacinação da Criança, pois é um documento importante para toda a vida da criança etc.

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Segundo Almeida et al., (2015), é na concepção que se começa o crescimento infantil e vai até a fase adulta. Para acompanhar esse crescimento e desenvolvimento é preciso priorizar o peso, altura, índice de massa corporal e registrar no Cartão da Criança (CC) que também é um livreto com diversas informações para as famílias e até para os profissionais de saúde terem compreensão e facilitar nesse acompanhamento, pois é o Ministério da Saúde (MS) considera o Cartão da Criança como instrumento essencial para a avalição da saúde da criança e é o responsável por essas informações que sempre estão sendo reformuladas para melhor atender a criança de acordo com sua necessidade.

Para Silva et al., (2017) o enfermeiro tem uma grande responsabilidade na assistência à saúde da criança realizada na consulta de enfermagem, pois nessa há puericultura que foi criada para dar suporte nas ações que visem promover uma atenção integral ao crescimento e desenvolvimento infantil através da promoção, prevenção, recuperação da sua saúde. Sendo importante que a família tenha conhecimento da puericultura e sua participação na vida da criança, pois nas consultas agendadas e realizadas pelo enfermeiro será possível observar, acompanhar, detectar e resolver alterações no crescimento e desenvolvimento neuro-psicomotor, nutricional e outros agravos que se não for tratado, ocasionará problemas a saúde da criança. Vale ressaltar que o atendimento de enfermagem segue um roteiro, sua sequencia deve ser seguida pois um estar interligado ao outro como obter o histórico de enfermagem, o exame físico, o diagnóstico de enfermagem, qual o plano terapêutico e a prescrição de enfermagem e por fim a avalição da consulta de enfermagem.

De acordo com Rodrigues et al., (2017), a puericultura veio como uma pediatria preventiva, com o objetivo de propor uma vida saudável para criança. As criança entre 0 (zero) a 02 (dois) anos de idade, estão na fase de desenvolvimento dos dentes, músculos, ossos, sangue etc., e necessitam de uma atenção individualizada em relação a nutrição ofertada, pois o aleitamento materno exclusivo tem 100% de influencias nesse processo, pois possui todos os nutrientes que a criança necessita e a partir dos 06 meses a introduzir os

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alimentos para suporte nutricional. Para que este trabalho seja realizado, é preciso que o enfermeiro repasse todas as orientações necessárias para os pais, sendo o crescimento e desenvolvimento infantil dependente dos cuidados que os pais terão com a criança.

5. CONCLUSÃO

Tendo como base as literaturas consultadas é possível concluir que o papel do Enfermeiro na Puericultura é de grande importância, onde é possível acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil, pois as informações e orientações repassadas em relação a consulta de enfermagem, vem detectar e solucionar os problemas que possam prejudicar a criança, dessa forma proporcionar uma infância livre de problemas e uma vida saudável. Como sabemos o enfermeiro ao realizar a puericultura, precisa ter conhecimento, experiência e criatividade para que o atendimento seja de qualidade e que seja registrados no cartão da criança sua consulta e suas atividades, para que outro profissional possa dar continuidade a assistência.

Cada vez mais as autoridades buscam soluções para que os problemas sejam solucionados, como vimos nesta pesquisa, houve um grande avanço na saúde em geral, pois perceberam que é desde a concepção que a criança deve ser acompanhada, anteriormente as crianças eram tratadas como os adultos e sabemos hoje que há diversas diferenças entre crianças e adultos em relação aos cuidados, atendimentos, prescrição de medicamentos, abordagem verbal, olhar observador e etc. Com o Ministério da Saúde (MS), podemos ter como base para realização do nosso trabalho como enfermeiro, pois ele é responsável pelas ações desenvolvidas que devem ser seguidas por todos os profissionais de saúde. Não podemos deixar de falar dos Programa Nacional de Saúde Materno Infantil (PNSMI) e Programa de Assistência Integral a Saúde da Criança (PAISC), onde a criança faz parte do atendimento, no Cartão da Criança (CC) que permite o registro das ações de enfermagem onde é possível acompanhar o crescimento e desenvolvimento da infantil, o Estatuto da Criança e Adolescente.

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(ECA), que garante assistência independente de classe social, raça, cor etc, a Puericultura que veio ser um instrumento importantíssimo na consulta de enfermagem e etc., e que todos vieram para contribuir para que as crianças tenham um atendimento de qualidade e eficácia perante a sociedade.

Esta pesquisa proporcionou enxergamos melhor o quanto é importante realizar uma boa assistência de enfermagem em relação as orientações quanto atendimento de enfermagem na puericultura, sendo a peça principal neste atendimento, o enfermeiro, onde exige dele o máximo de cuidado em todas as suas ações, condutas realizadas no atendimento. Podemos perceber que o enfermeiro como profissional que atente na rede básica, hospitalar ou no ambulatório, deve estar sempre preparado para lidar com as inúmeras situações e problemas diversificados que podem aparecer e com isso ter condições de resolução e que seu atendimento seja humanizado e com responsabilidade e o dever de exercer suas atividades com qualidade perante a lei e a sociedade.

6.REFERÊNCIAS

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