“Categorização de Clientes e o
Dever de Avaliação da Adequação”
Oradores: Carla Cabrita e Rafaela Rocha Lisboa | 15 Junho de 2007
A categorização de clientes: investidores não
qualificados, investidores qualificados e
contrapartes elegíveis, seus reflexos ao nível dos
deveres de informação
O dever de conhecer o cliente e de avaliar a
adequação da operação em causa às suas
circunstâncias pessoais (suitability test,
appropriateness test e execution only)
Categoriza
Categoriza
ç
ç
ão de Clientes
ão de Clientes
Categorização: cenário pré-DMIF
O artigo 30.º do Cód.VM enuncia os investidores
qualificados (entidades públicas e do sector financeiro e segurador)
Esta distinção releva, nomeadamente, para efeitos de:
lei aplicável: salvaguarda da aplicação do direito
português no direito estrangeiro competente
produção de efeitos de contratos celebrados por
investidores não qualificados fora do estabelecimento
Consagra-se, em paralelo, o princípio geral segundo o qual
a informação a prestar ao cliente depende do grau dos conhecimentos e da experiência deste
Regime actual
Categorização: cenário pós - DMIF
Dever do intermediário financeiro se organizar, adoptando pol
polííticas e procedimentos escritosticas e procedimentos escritos, por forma a, a todo o momento, conhecer a natureza de cada cliente:
investidor não qualificado (residual)
investidor qualificado (âmbito alargado) contraparte elegível (novo)
Admissibilidade de ““comunicabilidadecomunicabilidade”” entre diferentes
naturezas e de ““cumulacumulaççãoão”” de diferentes tratamentos, consoante o serviço prestado, os instrumentos financeiros ou a operação em causa.
Principais novidades:
Investidores qualificados
Quem são?
Investidores qualificados por naturezapor natureza:
– Entidades constantes do actual artigo 30.º Cód.VM
– Locals: pessoas que negoceiam por conta própria nos mercados a prazo ou a contado, neste com a única finalidade de cobrir posições nos mercados de derivados, ou na negociação ou participação na formação de preços por conta de outros membros dos referidos mercados, garantidas por um membro compensador que nos mesmos actue, o qual é responsável pela execução dos contratos celebrados
– Pessoas colectivas de grande dimensão: situação líquida de € 2 milhões / activo total de € 20 milhões / volume de negócios de 40 milhões (2 em 3)
Investidores qualificados a pedidoa pedido (novo): Investidores
não qualificados que solicitem este tratamento em geral ou para certos serviços, instrumentos financeiros ou operações
Investidores qualificados a pedido
A pedido: quais os requisitos aplicáveis?
O cliente deve ter capacidade para tomar as suas próprias decisões de investimento e compreender os riscos envolvidos:
- realização 10 operações, de volume significativo, por trimestre, e/ou
- carteira de mais de € 500.000, incluindo depósitos, e/ou - experiência profissional de 1 ano no sector financeiro. Dois dos requisitos devem ser cumpridos.
Deve ser prestada ao cliente informação sobre as implicações ao nível da redução da protecção e aquele deve declarar que tem conhecimento deste resultado (escrito)
Contrapartes elegíveis
Quem são?
Investidores qualificados por naturezaInvestidores qualificados por natureza (excepto governos
de âmbito regional)
Dependendo da sua expressa aceitação (por escrito): pessoas pessoas
colectivas de grande dimensão
colectivas de grande dimensão (com sede em Portugal ou
cuja lei aplicável lhes atribua tal estatuto)
Opção nacional de não incluir investidores qualificados a
pedido
Considerando 40 da DMIF: actuação como clientes
Quais as consequências?
Recepção, transmissão e execução de ordens: o intermediário não está legalmente sujeito a normas de conduta, nomeadamente deveres de informação, deveres relativos a benefícios ilegítimos, apreciação da adequação e execução nas melhores condições
Gestão de carteiras e consultoria para investimento: a natureza de contraparte elegível é irrelevante
Investidores qualificados: tratamento diferenciado
Quais as consequências (na intermediação)? (I) Inaplicabilidade de requisitos relativos ao processo de
apreciação e arquivo de reclamações de clientes
Inaplicabilidade de requisitos adicionais na
subcontratação da gestão de carteiras em entidades de países terceiros
Salvaguarda dos bens de clientes:
– admissibilidade, a pedido do investidor, de registo e depósito junto de terceiro num país terceiro que não regulamente o registo e depósito por conta de outrem
– forma da autorização para utilização de instrumentos financeiros registados ou depositados em seu nome
Investidores qualificados: tratamento diferenciado
Quais as consequências (na intermediação)? (II) Adequação da operação: presunção de experiência e
de conhecimentos (em geral) e de solidez financeira (na consultoria para investimento, apenas para investidores qualificados por natureza)
Inaplicabilidade da concretização legal do que seja
execução nas “melhores condições” (contrapartida pecuniária global)
Deveres de informação: na generalidade dos casos
não são aplicáveis as normas concretizadoras do conteúdo dos elementos informativos mínimos (slides seguintes)
Categorização e deveres de informação
Grau de detalhe da lei, a qual:
Além dos elementos gerais anteriormente solicitados,
exige agora a prestação de informação sobre a categoriza
categorizaçção do clienteão do cliente, a política de execução de ordens e as estruturas de negociação, a protecção do património do cliente (IQ)
Concretiza os elementos informativos míelementos informativos mínimosnimos, em
especial, na informação a prestar a investidores não qualificados (slides seguintes)
Estabelece requisitos adicionais relativos à qualidade da qualidade da
informa
informaççãoão (comparações, resultados, fiscalidade,...)
Determina quandoquando e em que suportesuporte (papel, correio
electrónico e Internet) deve a informação ser prestada (e actualizada) (IQ)
Principais novidades nos deveres de informa
Categorização e deveres de informação
Informação mínima a clientes actuais ou potenciais:
Intermediário financeiro e serviços por si prestados (IQ
que a solicite, devendo ser informado do direito de a solicitar)
Gestão de carteiras: método e frequência de avaliação da
carteira (indicação do valor de referência, se aplicável); subcontratação; tipos de instrumentos financeiros e operações (vd. considerando 51 da Directiva de Nível 2) e objectivos de gestão e nível de risco
Natureza e riscos dos instrumentos financeiros (IQ) Protecção dos bens de clientes (em parte, IQ)
Custos e encargos
Categorização e deveres de informação
Informação “contratual”:
Conteúdo mínimo dos contratos (forma escrita)
Nota de execução de ordens e, a pedido, informações
relativas ao estado da sua ordem (obrigatoriedade de envio para IQ, mas não são aplicáveis normas sobre conteúdo mínimo e periodicidade)
Extracto periódico relativo à gestão de carteiras (IQ,
idem)
Informação imediata sobre perdas que ultrapassem
limites pré-estabelecidos
Extracto periódico relativo ao património de clientes
Deveres de informação
Suporte da informação:
Papel
Correio electrónico: se a sua utilização for adequada
no contexto da relação do intermediário financeiro com o investidor e este tenha expressamente escolhido este suporte em alternativa ao papel
Através da Internet: pressupondo consentimento do
investidor, adequação deste suporte no contexto da relação do intermediário financeiro com o investidor, notificação ao investidor – por via electrónica – do endereço do site e acessibilidade contínua da informação, por um período razoável
Categorização: comunicabilidade e cumulação
A categorização é imutável? Não,
O investidor qualificado a pedido pode deixar de cumprir
os requisitos de que a sua qualificação depende (tem dever de informar o intermediário e este deve actuar sempre que tome conhecimento da situação)
O investidor qualificado pode solicitar o tratamento como
investidor não qualificado, em geral ou para determinados serviços, instrumentos financeiros ou operações (acordo escrito)
A contraparte elegível pode solicitar tratamento como
investidor qualificado ou não qualificado, em geral ou para determinadas operações (acordo escrito)
Categorização: comunicabilidade e cumulação
No entanto,
O intermediário pode, por sua iniciativa, tratar (i) uma
contraparte elegível como investidor qualificado ou não qualificado, e (ii) um investidor qualificado, como investidor não qualificado
O intermediário não é obrigado a deferir um pedido de
alteração de natureza (ex. razões comerciais ou se não estiverem reunidos os requisitos aplicáveis)
O intermediário deve informar o cliente da sua informar o cliente da sua natureza
natureza, da possibilidade de solicitar um diferente tratamento e das implicações desta opção quanto ao grau de protecção aplicável
Categorização: principais áreas de impacto
Definição do modelo de negócio e do grau de
comunicabilidade e cumulação efectivamente
permitidos
Os sistemas de informação devem não apenas permitir
conhecer a categorização (e re-categorização) dos
clientes – por serviço e instrumento financeiro –, como
a informação que está na base daquela
Categorização dos clientes actuais (nomeadamente com
base em informação já conhecida, vd. artigo 71.º,
número 6 da DMIF) e dos novos clientes
Dever de informar os clientes da sua natureza e da
possibilidade de solicitar um estatuto diferente e das
respectivas implicações
Normas de conduta não se aplicam (recepção, transmissão e execução) Normas de conduta menos exigentes Regime completo das normas de conduta
Se a contraparte elegível não solicitar expressamente o tratamento como investidor não qualificado, é tratada como investidor qualificado. Se solicitar expressamente o tratamento como investidor qualificado, pode a todo o tempo solicitar o de investidor não qualificado.
Contrapartes elegíveis Investidores qualificados - por natureza - a pedido
São contrapartes elegíveis os investidores qualificados que não recusem expressamente esse tratamento.
Possibilidade de opção por um regime de menor protecção, segundo critérios e
Investidores não qualificados
IF’s
O investidor qualificado pode solicitar o tratamento como investidor não qualificado.
Dever de Adequa
Dever de Adequa
ç
ç
ão da Opera
ão da Opera
ç
ç
ão ou Servi
ão ou Servi
ç
ç
o
o
Normas de Conduta: Princípio Base
Os IF ao prestarem serviços de investimento e/ou
serviços auxiliares devem actuar de “forma
honesta
honesta
,
equitativa
equitativa
e
profissional
profissional
, em fun
fun
ç
ç
ão dos interesses
ão dos interesses
dos clientes
dos clientes
” –
deveres de diligência e de lealdade
deveres de diligência e de lealdade
Ao nível da prestação de informação, o IF deve prestar
as informações adequadas, de forma compreensível,
aos clientes ou clientes potenciais de forma a permitir
uma compreensão razoável da natureza e riscos
inerentes ao serviço de investimento e ao tipo específico
de instrumento financeiro que é oferecido
Tomada de decisões de investimento
de forma informada
Tomada de decisões de investimento
Tomada de decisões de investimento
de forma informada
Normas de Conduta: Princípio Base
Na medida do necessário para o cumprimento dos seus
deveres na prestação do serviço, o IF deve informar-se
junto do cliente ou cliente potencial sobre
• Conhecimentos em matéria de investimentos
• Experiência em matéria de investimentos
• Situação financeira
• Objectivos do investimento
Consultoria para Investimento / Gestão de Carteiras
Consultoria para Investimento / Gestão de Carteiras
Objectivo:
Objectivo: Recomendação de serviços de investimento e instrumentos financeiros adequados ao cliente ou cliente potencial
Suitability test
versus
Appropriateness test
Suitability
Normas de Conduta: Princípio Base
Princípio aplicável aos
• Titulares do órgão de administração do IF ou do agente
vinculado
• Colaboradores do IF, do agente vinculado ou de
entidades subcontratadas
serviço de investimento – Appropriateness TestAppropriateness Test
O IF
deve
deve
solicitar
solicitar
ao cliente informação relativa aos seus
conhecimentos
conhecimentos
e
experiência
experiência
em matéria de investimentos
no que respeita ao tipo de instrumento financeiro ou ao
serviço considerado
Se, com base na informação prestada pelo cliente, o IF
considerar que o instrumento ou serviço não é adequado ao
cliente, deve
adverti
adverti
-
-
lo
lo
,
por escrito
por escrito
, quanto a essa avaliação
No caso do cliente se
recusar a prestar a informação
recusar
requerida, ou
não prestar informação suficiente, o IF
não prestar
deverá
adverti
adverti
-
-
lo
lo
,
por escrito
por escrito
, de que essa decisão não
permitirá avaliar se o instrumento financeiro ou serviço de
investimento considerado é adequado ao cliente
Princ
Avaliação do carácter adequado do instrumento ou serviço – AppropriatenessAppropriateness TestTest
Não necessidade
Não necessidade
de avaliação do carácter
adequado da operação ao cliente, desde que
• O objecto da operação sejam acções admitidas a MR, instrumentos do mercado monetário, obrigações excluindo as que incorporarem derivados, unidades de participação em OICVM harmonizados e outros instrumentos financeiros não complexos
• O serviço seja prestado por iniciativa do cliente
• O cliente tenha sido advertido, por escrito, ainda que de forma padronizada, de que, na prestação deste serviço, o IF não é obrigado a determinar se a operação considerada é adequada às circunstâncias do cliente e
• O IF cumpra os deveres em matéria de conflitos de interesses
Recep
Recep
ç
ç
ão, Transmissão e/ou Execu
ão, Transmissão e/ou Execu
ç
ç
ão de Ordens
ão de Ordens
(
C(30) DMIF
C(30) DMIF
Serviço prestado por iniciativa do cliente
• Desde que não seja
não seja
prestado por solicita
solicita
ç
ç
ão do cliente
ão do cliente
em
resposta a uma
comunica
comunica
ç
ç
ão personalizada
ão personalizada
enviada pelo
IF ou em nome deste, a esse cliente específico, que
contenha uma proposta ou se destine a influenciar o cliente
relativamente a um instrumento financeiro específico ou a
uma operação específica.
• Um serviço pode ser considerado como prestado por
iniciativa do cliente, não obstante o facto do cliente o ter
solicitado com base numa comunicação que contenha uma
promoção ou oferta de instrumentos financeiros, qualquer
que seja a forma por que for feita, se, pela sua própria
natureza, essa comunica
comunica
ç
ç
ão for geral e dirigida ao
ão for geral e dirigida ao
p
p
ú
ú
blico
blico
ou a um grupo ou categoria mais vasto de clientes.
Instrumento financeiro não complexo
Instrumento financeiro é
não complexo
não complexo
desde que não
seja título de participação, warrant
autónomo,
certificado ou VM análogo, direito ou derivado e
• Se verifiquem frequentes oportunidades para o alienar, resgatar ou realizar a preços que sejam públicos e que se encontrem à disposição dos participantes no mercado, correspondendo a preços de mercado ou a preços disponibilizados por sistemas de avaliação independentes do emitente;
• Não implique a assunção de responsabilidades pelo cliente que excedam o custo de aquisição do instrumento financeiro;
• Esteja disponível publicamente informação adequada sobre as suas características, que permita a um investidor não qualificado médio avaliar, de forma informada, a oportunidade de realizar uma operação sobre esse instrumento financeiro.
O IF
deve
deve
solicitar
solicitar
ao cliente, além da informação
relativa aos seus
conhecimentos
conhecimentos
e
experiência
experiência
em
matéria de investimentos, informação relativa à sua
situa
situa
ç
ç
ão financeira
ão financeira
e aos seus
objectivos de
objectivos de
investimento
investimento
Sempre que um IF prestar o serviço de consultoria para
investimento e/ou gestão de carteiras e
não obtiver a
não obtiver
informação requerida,
não pode prestar
não pode prestar
esse(s
esse(s
)
)
servi
servi
ç
ç
o(s
o(s
)
)
ao cliente
Consultoria para Investimento e Gestão de Carteiras
Consultoria para Investimento e Gestão de Carteiras
Consultoria para Investimento
Prestação de um
aconselhamento personalizado
aconselhamento personalizado
a um cliente ou cliente potencial, quer
a pedido
a pedido
deste
deste
, quer por
iniciativa do consultor
iniciativa do consultor
,
relativamente a operações respeitantes a
instrumentos financeiros
(Art. 4.º/1/4) DMIF)Conceito
Recomenda
Recomenda
ç
ç
ão
ão
feita a uma pessoa na sua qualidade de
investidor efectivo ou potencial ou na sua qualidade de
agente do investidor. Essa recomendação deve ser
adequada para essa pessoa
adequada para essa pessoa
, com vista a:
• Comprar, vender, subscrever, trocar, resgatar, deter ou tomar firme um instrumento financeiro específico;
• Exercer ou não qualquer direito conferido por um instrumento financeiro específico no sentido de comprar, vender, subscrever, trocar ou resgatar um instrumento financeiro.
Uma recomendação não constitui um aconselhamento
personalizado, caso seja emitida exclusivamente através dos
canais de distribuição ou ao público.
Consultoria para Investimento
Aconselhamento Personalizado
C(81) DMIF2
C(81) DMIF2
A
consultoria gen
consultoria gen
é
é
rica
rica
acerca de um tipo de
instrumento
não constitui consultoria para
não constitui consultoria para
investimento
investimento
para efeitos da DMIF
Se um IF prestar consultoria gen
consultoria gen
é
é
rica
rica
a um cliente
acerca de um tipo de instrumento financeiro que
apresente como adequado para esse ou se se basear
numa ponderação das circunstâncias do cliente e se
essa consultoria
não for efectivamente adequada
não for efectivamente adequada
para
o cliente em causa ou não se basear na ponderação das
suas circunstâncias específicas, o IF é susceptível de
estar a
infringir
infringir
os
deveres de diligência e de
deveres de diligência e de
lealdade
lealdade
ou os
deveres de presta
deveres de presta
ç
ç
ão de informa
ão de informa
ç
ç
ão
ão
em termos
correctos e claros
correctos e claros
.
Consultoria para Investimento
C(82) DMIF2
C(82) DMIF2
Os actos executados por um IF e que tenham um
car
car
á
á
cter preparat
cter preparat
ó
ó
rio
rio
em relação à prestação de um
serviço de investimento ou à realização de uma
actividade de investimento devem ser considerados
como
parte integrante
parte integrante
desse serviço ou actividade.
Esses actos incluem, por exemplo, a prestação por um
IF de consultoria genérica a clientes, antes da prestação
de consultoria para investimento ou de qualquer outro
serviço ou actividade de investimento ou durante essa
prestação.
Avaliação do carácter adequado do instrumento ou serviço de investimento – Suitability TestSuitability Test
O IF deve obter a informação necessária para que
possa compreender os factos essenciais relacionados
com o cliente e para que, tendo em conta a natureza e o
âmbito do serviço prestado, possa considerar que:
• A operação corresponde aos objectivos de
investimento do cliente;
• O cliente pode suportar financeiramente quaisquer
riscos de investimento conexos e
• A natureza do cliente assegura que este dispõe da
experiência e conhecimentos necessários para
compreender os riscos envolvidos.
Informações relativas aos conhecimentos e experiência
Deverão incluir, na medida em que forem considerados
apropriados face à
natureza do cliente
natureza do cliente
, à
natureza e
natureza e
âmbito do servi
âmbito do servi
ç
ç
o a prestar
o a prestar
e ao
tipo de instrumento
tipo de instrumento
ou de opera
ou de opera
ç
ç
ão
ão
previstos, nomeadamente em termos
da sua complexidade e dos riscos envolvidos:
• Tipos de serviços, operações e instrumentos financeiros
com que o cliente está familiarizado;
• Natureza, volume e frequência de operações do cliente
com instrumentos financeiros e o período durante o qual
foram realizadas;
• O nível de habilitações, a profissão ou a anterior profissão
relevante do cliente.
Informações relativas à situação financeira
Deverão incluir, sempre que for relevante, informações
sobre:
• Fonte dos rendimentos do cliente;
• Rendimentos regulares do cliente;
• Activos, incluindo activos líquidos, investimentos e activos
imobiliários;
Informações relativas aos objectivos de investimento
Deverão incluir, sempre que for relevante, informações
sobre:
• Período durante o qual o cliente pretende deter o
investimento;
• Preferências relativamente à assunção do risco;
• Perfil de risco do cliente;
Presunções
Na prestação de consultoria para investimentoconsultoria para investimento a um investidor qualificado por natureza, o IF pode presumir que o cliente pode presumir que o cliente
consegue suportar financeiramente
consegue suportar financeiramente o risco de qualquer eventual prejuízo causado pelo investimento, em coerência com os seus objectivos de investimento
Sempre que um IF preste um serviserviçço de investimentoo de investimento a um investidor qualificado pode presumirpode presumir que, em relação aos instrumentos, operações e serviços para o quais é classificado como tal, esse cliente possui o nníível necessvel necessáário de experiência e rio de experiência e
conhecimentos
conhecimentos para compreender os riscos envolvidos na operação
C(59) DMIF2 refere que o IF pode presumirpode presumir que um cliente que tenha iniciado a negociação relativamente a um tipo específico de instrumento financeiro ou serviço antes da data de aplicaantes da data de aplicaçção da ão da
DMIF
DMIF dispõe da experiência e conhecimentosexperiência e conhecimentos necessários para avaliar os riscos subjacentes. Nessas situações, após a data de
Prestação de informação
O IF
não pode incentivar um cliente a não
não pode incentivar um cliente a não
prestar a informa
prestar a informa
ç
ç
ão
ão
requerida para efeitos de
avaliação do carácter adequado.
O IF não pode basear
não pode basear
-
-
se na informa
se na informa
ç
ç
ão
ão
prestada pelo cliente
prestada pelo cliente
se tiver conhecimento ou
estiver em condições de saber que a informação se
encontra
desactualizada
desactualizada
,
inexacta
inexacta
ou
incompleta
Prestação de serviços através de outro IF
O IF que recebe de outro IF instruções para prestar
serviços de investimento em nome de um cliente
pode basear
pode basear
-
-
se
se
(i) nas
informa
informa
ç
ç
ões respeitantes
ões respeitantes
ao cliente que lhe foram transmitidas
ao cliente que lhe foram transmitidas
pelo IF que
o contratou e (ii) nas
recomenda
recomenda
ç
ç
ões
ões
relativas ao
serviço ou operação que tenham sido transmitidas
ao cliente pelo IF.
O IF que transmita instruções a outro IF deve
assegurar que a informação prestada sobre o
cliente é
suficiente
e
verdadeira
verdadeira
e a
adequa
adequa
ç
ç
ão
ão
das recomenda
das recomenda
ç
ç
ões
ões
ou conselhos prestados ao
cliente.
Appropriateness e Suitability Test
Appropriateness e Suitability Test
Prestação do serviço de consultoria para investimento/ gestão de carteiras?
O cliente é contraparte elegível?
O serviço prestado envolve instrumentos financeiros complexos?
O serviço foi prestado por inciativa do cliente?
O cliente foi advertido para a perda de protecção?
O IF cumpriu as suas obrigações de conflitos de interesses?
Appropriateness Test não necessário
O cliente é investidor qualificado?
O cliente é investidor qualificado?
Appropriateness Test necessário
Suitability Test necessário
O cliente é investidor qualificado a pedido?
Appropriateness Test dispensado
Suitability Test - conhecimentos e experiência assumidos
Suitability Test - conhecimentos e experiência assumidos. Caso apenas seja prestado o serviço de consultoria para investimento
pode ser igualmente assumido capacidade financeira para assumpção dos riscos de investimento
Appropriateness Test não aplicável Não Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Não
Gestão Gestão Carteiras Carteiras Consultoria Consultoria Investimento Investimento Outros Outros servi
serviçços/os/ actividades actividades Execution Execution Only Only Contrapartes Eleg
Contrapartes Elegííveisveis Não aplicável
Por Por Natureza Natureza Investidores Investidores Qualificados Qualificados A pedido
A pedido Objectivos InvestimentoSituação Financeira
Investidores não Investidores não Qualificados Qualificados Experiência Conhecimentos Situação Financeira Objectivos Investimento Experiência Conhecimentos Objectivos Investimento
Appropriateness e Suitability Test
Appropriateness e Suitability Test
Avaliação do carácter adequado do instrumento ou serviço de investimento
Aprofundamento do dever de know your client (KYC):
concretização da informação que deve ser solicitada para
avaliação dos conhecimentos e experiência em matéria de
investimentos, situação financeira e objectivos de
investimento
Graduação do dever de adequação do instrumento ou serviço
ao perfil do cliente em função do tipo de serviço a prestar
Dever de não prestação do serviço em caso de não obtenção
da informação: consultoria para investimento e gestão de
carteiras
Instrumentos financeiros complexos vs não complexos
Principais Altera
Artigos 30.º (investidores qualificados), 294.º (consultoria
para investimento), 305.º-E (reclamações), 306.º-B e 306.º-C (salvaguarda de bens de clientes), 308.º-C (subcontratação), 312.º a 312.º-G (informação), 314.º a 314.º-D (adequação), 317.º a 317.º-D (categorização de clientes), 321.º a 323.º-C (informação a clientes), 331.º, n.º 3 e 332.º (execução nas melhores condições) todos do projecto de alteração ao Cód.VM.
Direito comunitário:
– Artigos 4.º e Anexo II (clientes qualificados), 19.º (normas de conduta), 20.º (prestação de serviços através de outra EI), 24.º (contrapartes elegíveis) e 71.º, n.º 6 (disposições transitórias) da DMIF
– Artigos 15.º (subcontratação), 27.º a 34.º (informação), 35.º a 38.º (adequação), 40.º a 43.º (informação contratual), 50.º (contrapartes elegíveis) e 52.º (consultoria para investimento) da Directiva 2006/73/CE (Nível 2)