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11 SEDIMENTOLOGIA E PEDOLOGIA

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Academic year: 2021

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SEDIMENTOLOGIA E PEDOLOGIA

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SUPíRflCllIS DO VAH 00 RIO 00 PflXf fM

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ou PUXE AMaRllIA

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1:100.000 Memorial explicativo

Commentaire

Convênio entre o La bor a tór io de Pedologta e Sed im en t ologia do Instituto de Geogr a fi a e Departamento de Geog rafi a da F.F. L.C.H. da Univer s idade de Sã o Paulo e o Cen tre de Gêom or phologie du C.N.R.S. - Ca en. sob a coorde n ação do J.P. Queiro z Neto e A. Jou rnau x

Levantamen to de ca m po e prep a ra ção da ca n a 0972 e 1976 ): Les lev ésde ter ra in l.>t la preparation de la car te ont étéréahsées pa r:

J. P. Coutard. A. Journaux..1. C. Ozouf e J. PeIlerin (Ce nt re de Géo morph ologie du C.N.n. S.)

R. P. Dias Ferreira. R Herz, P. Nakash ima e J. P. Queir oz Neto (Depa r t ame n to de Geograf ia -F. F. L. C.H.. U.S. P.)

J. Bert oldo de Oliveira e A. C. Moniz (In s ti tut o Agronónu co de Campin a s) T. Cardos oda Silva e .1.J. de Oliveira

<Ins titu to de Geocrênctas - U. F. BA.)

A. Carva lh o e C. C. Cer ri

<Inst it uto de Geociên cias · U. S. P.l

M. Ba rros de Agu iar. H. C. Koh ler C. Mar ott a Melfi. M. C. Mode -nesi e A. Scatolini Wa tan abe

(Labor a tó rio de Ped ologi a eSedimcn t ologia -11151.Geog.-U.S.P,)

A. V. de Mor a es (Museu Paulist a)

Red a ção do mem or ial ex plica t ivo: Réd action du com mentair e:·

J. P. Cou tard . A. Journaux. C. Ma ro tta Melf i. .J. C. Ozouf, J. P. Queir oz Net o e A. Sca t olin i Watanabe

(2)

Desenho da s maquetes definitivas:

La realisation cartographique cst de: M. Barros de Agui ar

Impressã o real1zada por:

L'im p ression a ét é effectuée pa r: Instituto de Geogr a fia - USP Aná lise s física s :

Analyses phísiq ues:

Rosel yMar iadeLima (Lab, Ped.Sed.- IG EOG- US P ) Análises quí m icas:

Analyses ch lm íq ues:

A. Carvalho (lAC - Seç ão de Pedo!ogia J

C.R. Espin doJa (F CMB de Botucatu J

Organismo s que fina nciar am as pesqui sa s : Le fín a n cem e n t a etéassuré pa r:

Univer sidade de Sà o Paulo:

Fa cu ldade de Filosofi a, Letras e Ciên cia s Hu m anas Ins tit ut o de Geogr a f ia

Secretaria de Cultura. Ciência e Tecnologia do Estado de

São Paulo

Dep ar t am e nto de Ciê n ci a s Exata s e Tecn ol og ia (DCET) Fun daç ão de Amp aro

a

Pesquisa do Estad o de São Paulo

(F APESP)

Service de Coopér a tion Tech niq ue et Sc ien t.ifiq ue. Ministér e des Aff aires Etra n ger es, France

Centre de Géo morpll ologie du Consei! Nationai de la Recherche Scien Ufíqu e (CNRSl. caen.Fran ce .

Distribuiçã o:

La dif fusion est assuréepa r:

Instituto de Geo gra fi a (lGEOG) . usr . Cidade Uni\'Cf'5h.ária -Armand o Sanes c1r

0Ii,...I,." _ Caixa l'cstal 20175- 01000 - Sio Paulo (SP) - Urasil

2

-INTRODUÇÃO

A Forma ção Bau r u , do Cret áceo Super io r, constituída por areni tos maciço s ou estratificados, acom pan ha dos por siltit os , cong lo me ra d os e lentes de argilito , frequen temente com cimen to ca lcá r io , ocupa quase todo o oeste do Estado de São Paulo,bem como parcela sdo Estado de MinasGerais, ao norte do Rio Grande.

Ao longo do Rio Paraná , e no triângulo formado pela conflu ênc ia deste com o Rio Paranapanema, aparece o are-nito Cayuá, do Cretá ceo Inferior ou Médio, que es te nde-se pelo Estado do Paraná.

Junto às calhas fluviais é com um a ocorrên cia de roch as básicas, basalto da Forma ção Serra Geral do Grupo São Bento que, segundo trabalhos recen tes de datação , seria do Cretáceo Inferior . Os afloramentos de rochas básicas são mais frequentes ao longo dos principais afluentes do Pa -raná, como os rios Grande, Tiet ê e Paranapanema, e mais restritos nos vales menores , como o Aguapei e Peixe.

Os levantamen tos ped ológicos dessa regiã o do Estado registram a presença de so los com horizonte B latossólico (La tos solos Vermelho Escu ro fase arenosa), de solos com horizonte B textural (s olos Podzolizados de Lins e Marília, variações Lins e Marilia), de Litossolos sobre o arenito Bauru e de solos Hidromórficos. Os Latossolos

(3)

-dem a espessos materi ais are nosos inconsolidados, que h a-via m sido erronea mente map eados como Form ação Ca y uá na car ta geológ ica elo Estad o de Sã o Paulo, de 1917.

Assim , acei ta-se hoje em dia a presença de pelo menos dois materiais de recobrimento: os mai s diretamen te rela -cionados à Formação Bauru, apresentando evolu ção pedo -lógica com horizon tes B textural , e os are iões espe ssos de origem pedim entar, interpretados como sedime ntos mod er -nos ou néo-cenozóicos , com Lato ssolos.

A região do Vale do Riodo Peixe , em Marilia, co rrespon de à uma pequena parcela do domini o da Formação Bauru, ap re sentando exemplos das formações superf iciai s referidas acima. Sua cartogra íaç ão revela as relações est re it as entre os traços fundamen tais da mor fologia e a distribuiçã o das formaçõe s e solos.

Na carta geomorfológicaapa r ece m desta cad os os platôs de Marilia e Padre Nóbrega, Serr a da Flor Roxa e Serra do Mirante , const ituindo restos de uma antiga superfíc ie de erosão (nível I) recoberta por areias inconsolidadas. Esses pla tôs foram reb aixado s com o desenvolvimento de glac ís nos seus bordos (nível 11), em but id os e atualme n te degr a-dados ,com testem unhos mais importantes sobre tudo a oeste e sul da cidade de Maríl ia. Uma escarpa bas tan te feston a -da, com desniveis em torno de 100-120 m, separa os níveis super iores de um glacis inferior (níve l LlI), rep r es enta do pelos topos das colinas que lade ia m o Rio do Peixe e seus principaisaflue ntes.Tantoo nivel II como onivelIII acham -se recobertos por formações ar eno sas menos espessas que o nível

r.

1. SUBSTRATOS

De acor do com o método cartográfico ela bor ado por DEWOLF na Fran ça, o substrato é repres entado em co res, fazendo-se distinção da presen ça ou ausência de carbona tos e ind icando-se o grau de consolidação Oll fr iabiJidade. Um substra to ca rbona tado, coeren te e consolidado como o are-nito Baur u , deve ser rep re sentado em vermelh o, ao passo que o substrato não carbonatado é representa do em violeta. Os substratos quartzosos friáveis são rep resentad os em azul e azul-esverdeado ; os materiais friá veis e plásticos das várzeas (areias e argil as) são ca r tog ra íados em verde amarelado.

Foram defin ido s dois tip os de substratos: os substratos roch osos, alte rados ou nã o, e os que origin ar am-se de depo -sição por pr ocessos de pedimem ação. Na carta, foi feita ainda a distinção entre as dife rentes profundi dades em que ocorrem .

Para fin s de ma peamento,nem sempreé facil a distinção ent re os mat eriais der iva dos diretamen te da alteração do Bauru e aqueles proveni entes de trans po rte e deposição, pois apresentam com frequ ên cia ca racteríst icas morfológicas se -melhan tes. Observou -se, no campo, que as formações are. nosas de recobrimento, tr anspo r tadas, apresentam contac -tos com a rocha marcad os por tra nsiçõesabrupta s e lim ites planos, muitas vezes com presença de "stone -Iines". Aocor -rência de bandas ond uladas constit ui outro indi cador da presen ça de material rem an ejado.

Os resultados de inúme ras análi ses granulométricas e mineralógicas mostraram diferenças entre os substratos de alteração e os transportados . Para essa distinção foi

(4)

utlli-zado o conceito de grau de alter açã o, através dos resultados das análises da fração ar gila por difração dos raios X. Pa ra tan to, fora m sist em a ticamen te analisados os horizon tes B

e B/C ou C dos sol os,incluindo as "stone-Iin es".

É útil lembrar que na região de Ma r ília, sobre as di

-ver s as formações, foram observados solos pouco evoluidos

(Litossolos, Bruno calcár ios e B câmbicos). solo s com h

o-rizontes B textural (Br unizerns e Solos Pod zolizad os de Lins

e Ma rília, variaç ão Ma r ília ) e solos Intergrades B texturais - B latossolícos <Intergrades para Latossolo Vermelh o Escuro fase are nosa).

a. Subs t rato roch oso com cimento calcá r io

Corresponde aos afloramentos do arenito Bauru ou às porções onde encontra-se a profundidades inferior es a 1

metro, numa faixa es t r eita que acompanha os rebordos da

escarpa,frequentemente rejuvenescida por quedas de blocos.

Assim, sua disposiçã o na carta pr aticamente coin cid e com o

traçado sinuoso da escar pa e com as extremidades de es

-porões que ava nçam em direção ao Rio do Peixe, apresen

-tando sempre for te declividade.

b. Subs t rato roch os o dcsca rb ona tado

Corresponde ao arenito Bauru alterado "in sítu", que

Ocorre a menores profundidades (50-100 em l próximo aos afloramentos rochosos, sobretudo ao níve l de rupturas con-vexas que marcam a passagem dos res tos do glacis inferior para as vertentes do Rio do Peixe e principais afluentes (cór regos do Pom b o, Formoso e Água Formosa). A maiores

profundidades (> 100 em), esse substrato é encontr ad o nos

- 6

-tal vegues dos cursos dagua elo pla tô e nas bai xas ver tentes

pró ximo as va rzeas, onde os colúvios che gam a atingi r com

frequência 2 a 3 melros ele espess ura. A ocorrência desse tipo de substrato nessas posiç ões es tá relacionada à presença de maior umida de e à circu laç ão mais intensa das a'cn ,

5...as ,

que acarretam descarbonat. a ção mais acen tuada.

C. Substrato de alteração e transporte, ar ('llo·argil oso , com

alteração CerraIítica

Muit o espesso, apresenta cerca de 80% de caulíníta bem

cristali za d a e traços de mica na fraçã o argila, a relação

Si02 /AIlO3 é igual a 2. Ocupa as posições mais altas do

platô, coinc idin do prat icamente com a superfície de erosão

mais antiga (nível 1), sobretudo em torno de Ma r ília , Padre

Nóbrega e nas partes cim eir as da Serra do Mira n te. Esse su bstr a to encontra-se quase sempre a menos de 50 em de

profundidade e, pedogeneticamente, cor responde aos In ter-gr ades entre solos com horizonte B textural e hor izonte B latossóli co.

d. Su bs t r a to de alteraçã o e transporte, areno-ar giloso,0011I

alte r ação fersialítica (caulinita bem cr is talizada)

Este substr a to difere do anterior por apresen tar, na fraçã o ar gila. mai or quantida de de mica e menor de c auli-nita (?O%). Distingue-se ainda por apresentar, na sua parte

superior, caract erísticas de horizo nte pedológico B texturat, com estrutura em blocos su bangular es e cerosidade bem

desenv o lvida.

Mostra coincidê ncia de distribuição com a posição do glacis superior (riival II l, na perifer ia do platô Marília

-Pad r e Nó b rega,nas digitações vizinhas ao Córrego Barbosa ,

(5)

-f. Substrato de alteraçã o e transport e, areias e argilas das várzeas

onde ocorre a menoresprofundidad es (O-50 em). Nas bordas

da Serra do Mirante enco ntra-se normal mentea ma iores pro

-fundidades (50-100 eml.

Devid o à complexid ade que apresentam, com alternân

-cias de camadas aren osas ,argilosas e cascalhenta s, os depó

-sitos de várzea e das paleo-var zea s for am engloba dos numa

unid ade carto gráfica, sem distinção ent re substrato e for

-mações su per ficiais , e represen tados em verde-amarelado. A

natureza do subst rato correspon dente ao "bed-rock" nã o foi

assinalada, em virtu de da ausência de dad os de sondagem.

Apesa r de apres entar analogias com o anterior, este

substrato possui ca racterí sticas que permitem distingui-los.

A fração argila é composta de caulini ta mal crista lizada,em

menor quantidade (45%), acom pa nhada de maiores conti

n-gentes de mica e interestra tificad os clortta-verrnícul ita, com

relaç ão SiOIAl O superior a 2. Os hori zon tes de acu rnu

-2 2 3

lação que constit uem a parte superior do substrato (B t

ex-turais) são menos estruturados e com ceros idade men os

desenvolvida. Esse tipo de su bstrato aparece sob re todas

as colinas que constit uem a zona de dissecação do glacis in

-fer ior (n ível IIIl,ao longo do Rio do Peixe e aflue ntes.

2. FORMAÇÕES SUP E RF I C IAIS

As formações sup er ficiais arenosas sob re o substrato

ferra lítico são geralmente pouco espessas (0·50 em), com

transi ções gradu a is para o substra to. As análises

granulo-métricas emine r alógicas, por ém,permitiram melh orprecisar

ess es limit.es .

As formações superfícíais. na ma ior pa ne dos casos,

ap re sentam textu ra arenosa e vêm sendo conside r adas pelos

pedólogos como horizontes Aintegran tes de perfis de solos

com B text.ural. No enta n to, após o estudo do con texto geo

-mor fológico dentro do qua l se encontr am, e após um exame

detalhad o de suas car acterísticas morfoanalíti cas , foi poss

í-vel definí-los como colú vios recentes e, parcialmen te, decor

-ren tes de ações antrópicas,

As formações super ficiais arenosas sob re os substra tos

fer si a liticos com B text u r a l são perfeitamente iden tifi cáveis

mor fologicamente pelos limites planos e transições abruptas,

além de dife renç as gra nu lométricas e meno r grau de alte

-ração . Além disso, essas formações apresentam estruturas

em bandas ond ul adas ou em lentes mais argilosas e pouco

espe ssas, que correspond em à difer encia ções gran ulométrí

-cas ressaltadas por maiores teores de ferro e argi la e ainda,

à incorporação de restos de horizontes humífer os ou , mais

raramente,dehorizontes B texturais . A movimentação desse

mater ial pode ser avalia da indiretamen te,pelo espe ssamento

que apresenta em direção ao sopé das vertentes: no topo

das colinas, nas duas margens do Peixe e do Ribeirão do

Pombo, o substr a to encontra-se a menos de 50 em de pro

-fundidade, enqua nto que nas vertent es encontr a-se entre 50

e 100 em.

Su1Jstrato de alteração e transporte, areno-argiloso,com

alteração fersialítica (caulinita mal cristalizada)

(6)

o

terç o infe r io r das ve r tentes, bem como os vales dos platôs, fo ra m rejuven escidos durante o último episódio de erosão qu aternária, pro vocan do o truncamen to dos subs tra-tos fersialíticos. Nessas con d ições, formações su perficiais arenosas, com espessuras que pod em atin gir alguns metros, rep ousa m diretamentesobre o areni t o Bauru mais ou menos alterado.

Com menor expressão areolar, ocorrem forma ções cas-calhen tas nos reb ordos dos platôs , nas vertentes da escarpa principal e sobre alguns esporões. Os detritos grossei ros cor respondem com frequên cia a pequenos bloco s do aren ito Bauru (2 a 10 em) . podendo ocorrer blocos de ma iores di -mensões por desmoronamento das cornijas. Em alguns locais, o material grosseiro é con st it uido de seixos prove -niente s de antigos depósitos de cascalho dos níveis I e II (antiga superfí cie de erosão e glacis superi or ).

Autores c obras cons ultad as :

A. N. AB'SABE R. F. F. M. ALMEIDA. J. R. ARA UJ O FI LHO. F. M. ARID, S. F. BARCH A. A. CARVALHO. Y. DEWOLF. R. O. FRgITAS.

V. J. FúLFA RO. Y. HASUr. A. JOURNAU X.P. M. B. LANDI M. I. F.

LEPSCH. S. MEZZALIRA. J. PELLERIN. M. M. PE NT E ADO. J. P.

QUEIRO Z NETO. G. RAN ZANI. P. B. SOARES, K.SUGUIO.

Levantamen to de reconhecimento dos solos do Es tad o de São Paulo, 1960

Mapa Geológico do Es tado de São Paulo , IGG, 1947, 1974 R. C. P.n 77, 1972

- 10

-~

I

INTRODUCTION

La majeure pa r tie de l'Ou est de l'Etat de São Pau lo et certaines zones du Sud-Oues t de celui du Min as Gerais, au norddu Rio Gran de,ont pour subs tratum géologíque général la Ior rna t ion Ba uru. Datée du Créta cé supé r ieu r , elIe es t constituée par des gres d'as pect massif , presque toujours à cime n t calcaire, asso ciés à des siltites , à des conglomérats et 11 des len tilles d'argilite .

Le long du Parana et dan s le triangle formé par la e on-flue nce du Parana et du Paranapanema apparait un autre rac íes de grês, celuí de Ia formation Cayuá datée du Cretacé infé r ieur ou moyen, et qui possed eune exte ns ion plus impor -tante dans l'Etat du Parana.

Dans leIonddes valI éesapparaissent des roeh es basiques (basaltes de la for m ation Serra Geral du groupe SãoBento ), datées du Crctacé inférieur dans les tr ava ux récen ts. Les affleurements sont ímp orta nts le lon g desprin cip auxaffluents du Parana: Rio Grande ,Tietê et Paranapanema . Les affleu -rements sont beaucoup plus restreints dans des vallées plus petites com me celles de l'Agu ap ei et du Rio do Peixe.

Les le v és pédologiq ues ont noté dans cette régíon oeci -dental e de l'Etat de São Paulo quatre types de soIs : des tatos ols, rou ge sombre ,sableux, des soIs podzolísés, variétés Lins et Marília, des Iíthosols développés sur le gres Bauru et des soIs hydromorphes.

L'anci enne ca r te géologique de l'Eta t ( 947) portait une exten s ion abusive de la forrnatíon Cayuá puísqu e les dépôts meubles sableu x épa is su r lesquels sont développés les lato -soIs étaí ent ratta ch és à cette rormatíon.

(7)

-Auj ourd 'hu i on disting ue deux ensem b les: l'un consti -tué de formations ayant un lien dire ct avec le gres Bauru

et portan t des soIs à B textural, J'autre regroupant des cou

-vertu re s sable uses épaisses d'origíne pédimen taire (s édi-ments dits modernes ou néo-cénozoiquesJ, SUl' lesquelles se

sont développés des latosol s.

La région de la val1ée du Rio do Peixe, pres de Ma r ilia,

correspo nd à une pet ite pa r tie du domaine de la Iorrna tion

Bauru; el1e présente tou s les types de substrats, de forma

-tíons superficielles et de soIs qui vienn en t d'être définis. La

cartographie révêle des rel a ti ons étro ites ent r e Ies grands traits du relief et la rép arti t ion des formations et des sois.

Sur la car te géomorphologique apparaisse nt dist in cte

-ment des plateauxt pla teau de Marília et de Padre Nób r ega, Serra da Flor Roxa , Serra do Mir ante ) qui son t les vestíges d'une ancienne sur face d'éros ion (n íveau I) recouverte par des apports sableu x. A leur pourtou r , ces plateaux on t été

abaissés par le dévelop pe ment d'un glac is supér ieur emboité (ní veau If), dont les res tes sont fréquents à I'Ouest et au Sud de Marilia. Un esca r pe ment tres fes t onné avec une dénivellation de 100à 120 m separe les niveaux anciens d'u n glacis inférieur (nivea u 1I1) bie n dével oppé le long du Rio

do Peixe et de ses pri nc ipaux affluents. Les deux gtacís

possedent des couve r t u res sab leuses moins épaisses que

celle s du niveau 1. 1. LES SUBSTRATS

Conformémen t à la rnéthode mise au point en France

par Y.DEWOLF, le ch o íx des couleurs a ét éfaít en fon ct ion

de la na ture carbonatée ou non du subs t ra t , ain s i que de

son caractere cohére nt ou meub le. Un su bstra t cohére nt et

ca r bonaté comme le gres Bauru est figu ré en rouge; la rnêrne rache décarbona t ée est figurée en violet. Les su

bs-trats meubles siliceux sont figurés en bleu et bleu -vert: les

matériau x meubles et plastiques dcs var zea s tsables et argi

-les ) sont cartograp hiés en vert-jau ne,

Les divers substrats peuve nt se regrouper en deux cat é -go ríes: subst ra ts roche ux intacts ou altérés, substra ts appo r -tés lors du fonctionnem en t des processus de péd imentation.

Sur la ca r te figurent les profondeurs auxquelles se situe nt les divers substrats.

Une des diff icultés rencontrées sur le terrain a été de

bien déterminer en quels en dr oits se locali sent , d'une part

des sables issus directement de la déc omposi tion du Bauru,

d'autre par t des sables de couve rtur e tr anspo rtes, les símili

-tudes d'aspect éta nt fréquentes . IJ s'est av éréque les rnat é -riaux déplacés présent en t toujours un con ta ct brutal et plan avec la rache en place, ou bien qu'une ston e-line s'intercale

entre eu xet la roch e . La fréquenc e des st r uctures en bandes on dulées est éga lem ent un bon ind ice de remaniem en t. Des

différences granulométriques et rninéralogiques apparais

-sent auss i lorsqu 'on rnu ltipiie les an alyses.

S'agissant d'une étu d e en dom ain e tropica l, il a sem blé utile d'introduire une noti on de degr éd'altération des sub

s-trats en analysant la fracti on argileuse par diffractorn etrie aux rayons X. Pour cela des prélevernents ont été réalisés

au nivea u des horizon s B, D/C et C des sols et parfois jusqu'aux ston e-Iin es .

Rappelons qu'au tour de Marília se sont développés des sois peu évolués (Iit hosols, sols bruns ca1caires, sois à B

(8)

et Ma rília variétéMa ri lia et des sols intergrades B textura}

-B latosolique tíntergra de vers le latasol rou ge sombre, phasc sab leusel.

a. Su bs t r at rocheux à cim en t calcaire

Sa disposition SU l' la carte coinci de avec le tracé de J'es carpem cn t principal qui a été fréqu cmment ra jeuni par des éboulements. Dans les pentes fortes,SUl' les ext re m ité s des éperons, le gres Bauru calca re ux affle ure ou apparaít

à une prof ondeur toujour inférieure à un metro.

b. Substrat rocheu x dé carbonaté

Il correspond à l'arénite Bauru altérée in situ qu i ap-paraít entre 50et 100 em de proíondeur à proximité de cer

-taíns affle urements roche ux et su r tout au níveau des con -vexi t és qui sépare nt les versants du Rio do Peixe et de ses

pr in cip aux affIuen ts des restes du glacis inférieur, (Vallées

du Córrego do Pom b o, du Córrego Formoso, du Cór rego Agua Formosal. A une profondeur plus impo rtan te, on re

-tro uve ce substr at dans les talwegs des cours d'eau du pla

-tea u et dan s les basses pentes pr oches des varzeas oi! lcs

colluvio ns peuvent atteind re courammen t 2 à 3 metres

d'épaiss eu r. La fréqu ence de ce typ e de substrat dan s les

zones déprim ées est en relation avec,nu niveau des talwegs,

une augmen ta tion de l'humidité et une circul ation active des

eau x qui enge ndrent une décarbon atation prononcée.

- 14

-c. Suhstrat meuble sablo-argil eux avec altéra t inn

ferrallitiquc

Tres épa is, il cont íen t env iron 80°:0 de kaolin ite bien cri stal lisée etdes traces de micas till íte )dan s la fraction ar gi-leu s e; Ic rapport SiO,/A 12°3 est égal à 2. Ce substrat occu pe les positíons les plus élevées du plateau comcid ant prat.iquement avec la su rface d'érosion la plu s anc ien ne (n

i-veau I), en partículí er au tou r de Padre Nóbrega, Marilia et

SUl' les hauts de la Serra do Miran te. Ce subst ra t apparait génér a lement à moin s de 50 em de profon rteur. La pédo

-genese a abouti à la Iormat ion de sol s íntergrades entre le sol à B textu r a l et le sol à B latosolique.

d, Su bs t r a t meuble sablo-argileux ave c altération fersl

alli-tique (kaolinite bien crtstalísée).

La mínér al o gie de la Irac ti on argileu se differe de celle

du subs tra t précédent pa r une plus gran d e quantité de mica (Illite). Le type d'év olut ion pédol ogíque es t égalemen t

díf-férent et la parti e supérieure de ce subs t ra t correspond à des hor izon s B textu raux prés entan t une structure en blocs su b-ang u leux et des revêternents argileu x bien développés,

Ce substrat coincide pour sa plus gran de par te avec

l'exten s ion du glacis su pér ieu r (níveau II) locali sé à la péri

-phérie du plateau de Marília - Padre Nóbrega, SUl' les díg

í-tatíons du plateau voisines du Córrego Barbosa, SU l' les langues de plateau sit uées au nord de la Serra do Mirante.

Il appara it à des profondeurs inférieures à 1 m.

(9)

-e. Su hs t r ut meuble sablu-argilcux avec altératinn fersial1i

-tique (kaolinitc mal cristalis éej

Bien que voisin du précédent,ce substrat possede néan

-rnoins des caracteres sensi b lement différe nt.s. La tene u r en

kaol ini te de la Iracti on ar gileuse es t nettement plu s faible, sondegréde cristallisat io n moins pou ssé ; la quan titéde mica

( illite) et d'in terst ratífiés chlor ite-vermicu lite est plu s abon

-dante. Le rapport Si 02/A 1/ \ est su pé r ieu r à 2. Lcs horizons d'accumula t ion formant la partie supérieure du

substrat (B textu r a u x) son t moins str uctu rés et avec eles

end uits argileux moins abondants. Ce typ e de subst rat est

largem en t répar tí SUl' toutes les colli nes provenant de la diss ection du glacis inféri eur (n ivea u If I) à proximité du Rio do Peixe et de ses princ ip au x affl u en ts.

f) Dép õts mcublcs et plastiques des varzea s

Cornpte-te nu de leur complexité, alternances d'a rgiles,

de sables, de sab les gravele ux, Jes dépôts de varzeas et de paléo-varz eas ont été cons idé rés com me une seu le unité sans dis tinc tion de subst r a t et de for mations sup erficielles, et cartographiés globalement sous la même cou leur vert- j aune. Faute desondages pro fo n ds nombreu x ,il n'a pas étépos sible de préciser la na t ure du substrat constitua nt le bed-rock

des vallées.

2. LES FOR1l1ATlONS SUP E R F I C I E LLES

Elles prése ntent presq ue tout es une text ure sab leuse ; on

doit cepe ndant menti onner les formations pierreu ses exis ta nt

SUl' les rebordsdes plateaux , su r les pentes de l'esca rpem en t

pr inc ipal et SUl' un cer tain nombre d'éperons . La charge

-

16-pierreu se est gén éralemenl cons tit uéc de pet il s ulocs de gres calcaire Bauru (2 ~ 10em ); ele s élém ent s plus importants

peu ve nt existe r à l'a p lomb d'ancien s ébo u lements eles corni

-ches. Tres localement, la charge pierreuse peut être cons

-tituéede galets et de gr aviers empruntés aux anciens dépóts'

des níveaux I el II (anc ie n ne surfac e et glaci s su pérí eu r).

Les pédologu es ont, la plupart du temps , cons idéré les

forma tions sab leuses cornme des horizon s A de sol s avec B

textura!. Néanmoins, apres étude du con te xte géom or pho logique dans leq u e1ils se sítucnt et apres exa rne n de leurs

ca racté ris t iq ues mor pho-analytiques , il est possib le de les

considé rer com me des collu vion s recentes en part ie anthro

-piques.

Les formations su perficielles sabl euses SUl' subs t rat

ferrallitiqu e sontgénér a lement peu épaiss es (O à 50em),avec une transition peu nette vers le substrato Cepen dan t, une lim it e ap parait à trave rs les analys es gran ulo m étr iques et

minéralogiques.

Les formati on s su p e rfic ielles sab leu se s sur substratum

rers ia llitiq u e avec B textura ux sont nettement sépa ré es du

substrat: contact abrupt et plan, différen ces gran ulo rn étr

i-ques etde degr é d'a lté ra t ion nettes. En plus, ces formation s

sab leuses pr ése nten t des str uctures en bandes ou en len till es

aplaties correspon dant à des différences granulo métr iqu es

sou lignées par du fel'ou des argiles, ou duesà l'incorporation

de lambeaux d'horizons humíferes ou plus rarement de Iam

-beaux d'horizons Bt argileux. On peu t juger indirectement

du déplacement de ce matériel en remarquant que les for

-mations superficíell es sableuses s'épaíssíssent toujours vers

(10)

-l'av al des pentes. SUl' les som mets des cr oupes de part et

d'autr e du Rio do Peixe et du Ribeirão do Pombo le su bstrat

est à moins de 50 em; SUl' les pen tes il est entre 50 et

100em.

La pa rtie bass e eles ve rs ants et des vallons ayant été

rajeunie par le dernier cycle d'érosion quaternaire, les s ubs-trats fersi alli tiques on t été tronqués. Les for m atio ns

sa-bleuses, ép aisses parf'o ís de plusieurs me tres , repos en t alors direc tement SU l' le gres Bau ru plus ou moins altéré.

Autcurs et oeuvres consultées:

A. N. AB·SABE H.. !<'. F. M. ALMEIDA, J. R. ARAU.JO "'1LHO. F. M. ARID. S. F. BARCHA. A. CARVALHO. Y. DEW O LF . R. O. FR EI TAS. V. J. FÚLFA RO. Y. HAS U1. A. JOURNAUX. P. M. H. LANDI M. L F. LEPSC H. S. MEZZALIRA, J. PELLF.RI:\!. M. :'-1. PE~T EA DO. J. P. QUEIROZ NETO.G. RANZAN1. P.B.SOARES. K. SUGUIO.

Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado de

São Paulo, 1960

Mapa Geol ógico do Esta do de São Paul o , IC'rG, 1947, 1974

R. C. P.n 77, 1972

.._ ··18

IMPRIMIU

NOVALUNAR GRAFICA E EDITORA LTDA.

Referências

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