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Historiografia em princípios da Idade Moderna

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Academic year: 2021

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UFOP – ICHS - DEHIS

Disciplina: História da Historiografia Geral

Historiografia em princípios

da Idade Moderna

Sabrina Magalhães Rocha

Doutoranda em História (PPHIS/UFOP) 22/06/2017

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Os conceitos e suas (in)definições

Moderno

Idade

Moderna

Modernidade

Historiografia

moderna

Pós-moderno

Pré-moderno

História

moderna

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Formação dos estados nacionais modernos Desenvolvimento da imprensa Reforma Protestante Grandes Navegações Humanismo e Renascimento (Península Itálica - Florença)

(4)

* A república florentina e a escrita da história (séc. XIV - XVI)

Elementos para uma historiografia moderna?

o Giovani Pontano, Leonardo Bruni (1369-1444), Lorenzo Valla 1407-1457. o Filologia: estudo de manuscritos da Antiguidade.

o Imitação dos modelos clássicos: Políbio, Tácito, Tito Lívio.

o Certo abandono da concepção providencialista da história, presença da dúvida cética o A história assume um caráter pragmático, “historia magistra vitae”.

o História, como parte da retórica, deveria ensinar as verdades descobertas pela filosofia. o Centralidade de temas político-militares.

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Nicolau Maquiavel (1469-1527)

Mandrágora e Clizia (teatro)

A vida de Castranida Lucca (biografia) O Príncipe (1513)

Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio (1513-1517)

(reflexão histórica comparativa entre a Roma clássica e a Florença moderna)

Arte da Guerra (1519-1520) História de Florença

(narra a política de Florença, de sua formação até a morte de Lourenço de Médici em 1492)

* A república florentina e escrita da história (séc -XVI)

(6)

Não posso deixar de me espantar – e de queixar-me – quando considero, de um lado, a veneração que inspiram as coisas antigas (bastaria lembrar como se compra, a peso de puro, um fragmento de estátua que se deseja ter junto a si, como adorno da casa: modelo para os que se deliciam coma sua arte, esforçando-se por reproduzi-la); e outro, os atos admiráveis de virtude que a história registra, nos antigos reinos e repúblicas, envolvendo monarcas, capitães, cidadão, legisladores, todos os que trabalham pela grandeza da pátria. Atos mais friamente admirados do que imitados (longe disto, todos parecem evitar o que sugerem, de modo que é pouco o que resta da sua antiga virtude).

Com maior espanto ainda vejo que, nas causas que agitam os cidadãos e nos males que afetam os homens, sempre se recorre aos conselhos e remédios dos antigos. As leis, por exemplo, não são mais do que sentenças dos jurisconsultos pretéritos, as quais, codificadas, orientam os modernos juristas. A própria medicina não passa da experiência dos médicos de outros tempos, que ajudam os clínicos de hoje a fazer seus diagnósticos. Contudo, quando se trata de ordenar uma república, manter um Estado, governar um reino, comandar exércitos e administrar a guerra, ou de distribuir justiça aos cidadãos, não se viu ainda um só príncipe, uma só república, um só capitão, ou cidadão, apoiar-se no exemplo da Antiguidade.

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A causa disto, na minha opinião, está menos na fraqueza em que a moderna religião fez mergulhar o mundo, e nos vícios que levaram tanto Estados e cidades da Cristandade a uma forma orgulhosa de preguiça, do que na ignorância do espírito genuíno da história. Ignorância que nos impede de aprender o seu sentido real, e de nutrir nosso espírito com a sua substância. O resultado é que os que se dedicam a ler a história ficam limitados à satisfação de ver desfilar os acontecimentos sob os olhos sem procurar imitá-los, julgando tal imitação mais do que difícil, impossível. Como se o sol, o céu, os homens e os elementos não fossem os mesmos de outrora; como se a sua ordem, seu rumo e seu poder tivessem sido alterados.

Resolvido a salvar os homens deste erro, achei necessário redigir, a propósito de cada um dos livros de Tito Lívio que resistiram à injúria do tempo, uma comparação entre fatos antigos e contemporâneos, de modo a facilitar-lhes a compreensão. Deste modo, meus leitores poderão tirar daqueles livros toda a utilidade que se deve buscar no estudo histórico. É uma empresa difícil que espero, contudo, conduzir longe o bastante para que fique faltando pouco caminho a quem queira levá-la a termo. É o que procurarei fazer, com a assistência dos que me induziram a assumir este cargo.

(MAQUIAVEL, N. Introdução. In: Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio. Brasília: Ed. UNB, p. 17-18)

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o Forma: retórica clássica e fontes conhecidas, mas já não escreve em anais, e sim em

capítulos temáticos.

o - Conhecimento da “experiência histórica” como“conhecimento prudencial”: adquirido

por analogia e indução, permite ao indivíduo orientar suas ações, onde nem todos os

exemplos são válidos.

o Crítica: A “validação histórica” não se dá pelo apoio na documentação. O instrumento de

crítica é a plausibilidade, a comparação dos fatos passados com o presente; o que parece

plausível para a contemporaneidade também o é para o passado.

o - Tempo histórico: concebe uma circularidade na história, na medida em que todas as

coisas e pessoas submetidas a uma lei natural que transcende a história. Contudo, trata-se

de um paradigma circular que não dispensa a compreensão dos acontecimentos

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*

Francesco Guicciardini (1483-1540)

o A obra de Guicciardini é muito extensa, contando com discursos políticos, textos autobiográficos e historiográficos. O autor dedicou-se mais efetivamente à historiografia especialmente a partir de 1527.

o Sua obra “Storia d’Italia”, composta de vinte livros, foi concluída no ano de sua morte. Ela alcançou grande repercussão já em fins do séc. XVI, sendo comentada por Jean Bodin e Montaigne.

o Diferentemente dos humanistas, não pretendia apresentar a história como uma lição política.

o Não escreveu a história de uma cidade, mas de toda a península itálica, na obra “História da Itália”. o Consultou e analisou documentos oficiais com mais rigor que seus antecessores. Sua obra aponta

para um maior senso crítico histórico.

o - Enfatizou a especificidade dos acontecimentos políticos e a mutabilidade das paixões humanas, dando grande valor à contingência.

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PLS 146/2007

Comentário de Mary del Priore na CBN em 19/06/2017

http://cbn.globoradio.globo.com/media/ audio/96379/projeto-de-lei-autoriza-destruicao-de-documentos-o.htm

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