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A Sustentabilidade na Aldeia Rancho Jacaré

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Academic year: 2021

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A Sustentabilidade na Aldeia Rancho Jacaré

Rosenildo Barbosa de Carvalho – Acadêmico do Curso de Licenciatura Indígena Teko Arandu (UFGD/FAED) Profª Me. Nely Aparecida Maciel – Orientadora

O tekoha1 Rancho Jacaré foi demarcado no ano de 1980, possui uma área de 777,05 ha. Havendo ainda uma pequena parte de reserva florestal, o restante da área é usado para plantio de lavouras em formas de roças comunitárias e particulares, como meio de subsistências. Neste trabalho, trataremos da organização da sustentabilidade na Aldeia Indígena Rancho Jacaré do município de Laguna Carapã; sustentabilidade de organização das famílias, da estratégia dos agricultores, dos rezadores, da escola, dos professores, jovens, mulheres e como esta sendo cuidado o meio ambiente do tekoha. Na Aldeia Rancho Jacaré existem alguns projetos que podemos caracterizar como sustentáveis. Dentre os projetos implantados na comunidade, a população já foi beneficiada com o programa habitacional; construção de casas. Também temos o projeto kokue mbo´epy reñoi renda implantado pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). O projeto Mandela desenvolve as técnicas Guarani e Kaiowá sem utilização de produtos químicos. As atividades do projeto esta sendo executado pelos alunos da Escola Mbo’Eroga Okara Poty. Conquistamos o posto de saúde através Fundação Nacional da Saúde (FUNASA), que trabalha com as famílias indígenas na prevenção da saúde das mulheres, crianças, jovens, na questão de higiene das famílias, das casas e do lixo. A comunidade foi contemplada com a construção do prédio da Escola pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em parceria com a prefeitura Municipal de Laguna Carapã. A escola, através do trabalho dos professores tem valorizado a cultura e a cosmologia Guarani e Kaiowá, tem participado da organização das famílias extensa da aldeia, da organização social e da organização da produção de roça existente na aldeia desde a fundação teste tekoha. Pode-se destacar também a contribuição dos mestres tradicionais nos trabalhos da roça comunitária; colaboram com as técnicas tradicionais, conhecimentos e rezas. O povo sempre trabalhou no coletivo e continuam trabalhando, agora com a parceria da escola indígena desenvolvendo teoria e prática sobre a sustentabilidade das famílias desta comunidade.

1 Território sem limite onde os Guarani e Kaiowá almejam manter relações sociais e espirituais com o

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2 As famílias extensas da Aldeia Rancho Jacaré são três: as famílias Cavalheiros, Aquino e Oliveira, essas famílias sempre mantiveram a educação tradicional, ensinando seu modo de viver, seus costume, respeitando os mais velhos da comunidade tendo domínio dos seus filhos ainda. De acordo com informações dona Livrada Rodrigues, índia Kaiowá, a conquista do tekoha Rancho Jacaré no de 1980 foi através de estratégia: Eles utilizaram somente a reza e as famílias tinham 75 pessoas, mas eles tinham a sua equipe para a estratégia, as famílias eram unidas, trabalhavam juntas na roça, discutiam os interesses de todos nessa época; o maior deles era conquistar o seu tekoha, eles dançavam noite e dia pedindo para o ñanderuvusu paiguara ajudar na conquista desse tekoha. As famílias tinham sua estratégia de dialogar junto com o cacique, repassando informações de que todos deveriam fazer, onde não deveria ir, o que falar para a justiça ou para o que se diz dono da terra (fazendeiro) quando viesse recolher informações e todos estavam preparados para defender o seu tekoha. O cacique já sabia de tudo o que ia acontecer naquele dia e nesse dia pedia para a pessoa indicado se preparar; rezava nessa pessoa a noite inteira para falar com os donos da terra, e os outros homens ficavam como companheiros. As mulheres e crianças se escondiam no mato, ás vezes eles tinham sua casa queimado pelo fazendeiro, mas mesmo com muitas dificuldades, não abandonaram o tekoha, com muita reza e união de nossas famílias o ñanderuvusu nós deu o tekoha. Ganhamos o tekoha Rancho Jacaré através de reza, da organização, contribuição das famílias para a sustentabilidade, organização das estratégias, das políticas do tekoha. (Entrevista de Livrada Rodrigues, em 15.12.10).

Atualmente vem se mantenha a mesma estratégia, mas existem algumas mudanças, por que as famílias aumentaram para o total de 145 famílias, com devido tempo os filhos foram-se casando com indígenas de outro tekoha, e trazendo para a Rancho Jacaré, com isso as famílias mudou as estratégias, antes eram os mais velhos que decidiam pela organização. Atualmente são os jovens quem organizam; não que os rezadores abandonaram, mas eles já repassaram todas as informações para os mais novos os jovens eles querem que os novos assumam o compromisso de buscar recursos para a comunidade e os mais velhos ficam para orientá-los nas decisões e discussões. As lideranças jovens já estão trabalhando para melhoria da comunidade, tem conquistado e trazido muitos projetos para a aldeia. Nessa nova gestão de liderança temos elaborado o Regimento da Comunidade para definir as responsabilidades de cada um. Procurando com isso diminuir os problemas encontrados, ter o controle da organização social da comunidade da aldeia, garantir o respeito dos diretos e deveres; contribuindo com a sustentabilidade e a não entrada de não índio à noite na aldeia com as bebidas alcoólicas

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3 e outros tipos de drogas que prejudicam os adolescentes e jovens da aldeia. A preocupação atual das famílias é a organização, ter união e conseguir a sustentabilidade.

O rezador Cassiano Romero trata o seguinte:

Antes as famílias apenas viviam com o conhecimento tradicional, que era feito na casa de reza, era orientada pela as famílias, tinham todos os conhecimentos, que era repassado pelos mais velhos, pelo o rezador, tudo era revolvido através da reza. Todos os kunumi eram batizados, recebia o nome que Tupã (Deus) enviava através do rezador de onde eram enviado aquela crianças, que contava apenas para os pais que deveria guardar esse segredo até aos sete ano de idade não contar para ninguém. Para os Kaiowá tinha a preparação do tembeta que os Kaiowá, fazia cada ano. A festa do Jerosy Puku Jakaira (batismo do milho branco), nessa festa sempre tinha tempo suficiente para repassar todos os conhecimentos, para as crianças e os jovens e as famílias e as pessoas que participava dessa festa. Cada um recebia a lição de vida que era contado através de mito. (Entrevista de Cassiano Romero, em 05.08.09).

Atualmente com a entrada de outros costumes: influencia da língua portuguesa, tecnologia, escola, igrejas os indígenas da aldeia Rancho Jacaré tem mudado muito seu estilo de vida, não são mais como era antes, mas conseguiu manter a cultura própria e o uso da língua guarani e kaiowá. O equilíbrio de conhecimento adquirido através dos rezadores é que nos fortalece e que ajuda a dominar nossa sustentabilidade.

A questão da terra, para o Guarani e Kaiowá significa muito mais do que uma propriedade de valor econômico. Isso já foi percebido por João Pacheco de Oliveira quando afirmava que:

A problemática do território é central na existência atual dos índios e se reflete não apena na suas mobilizações políticas reinvidicatórias, mas também ocupa uma posição central na definição dos padrões de sua organização social e nas suas manifestações identitárias e culturais (OLIVEIRA, 1999, p. 108).

Concordo com a fala de João Pacheco de Oliveira, quando escreve que no território conquistado a comunidade é organizada por famílias extensas, a autoridade maior é o cacique, que conta com equipes de representantes que ajudam nas articulações em busca de projetos que beneficiem a comunidade.

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O território e condição para a vida dos povos indígenas não somente em um sentido de um bem material ou fator um fator de produção, mas como um ambiente que se desenvolvem todas as formas de vida. Território, portanto e o conjunto de seres espíritos conhecimento tradições que garantem a possibilidade e o sentido da vida individual e o tema que unifica articula e mobiliza todas as idéias dos povos e as organizações indígenas e o tema e uma bandeira de luta comum que a defesa de suas terras que possibilitou o desenvolvimento do pan indígena em torno de uma bandeira de luta comum que a defesa de seus território indígena e no Brasil na década de 1970. Território indígena é sempre a diferença a imortalidade e a toda formação cósmica do universo ida humanidade deste modo podemos definir o espaço geográfico que compõe o território onde este e entendido como um espaço do cosmo mais abrangente e completo o território completo o território compreende a própria natureza dos seres naturais e sobrenaturais onde o rio não e simplesmente um rio mas inclui todo os seres espíritos e deuses que nele habitam no território uma montanha não e somente uma montanha ela tem significados e importância cosmológica sagrada terras e território para os índios não significam apenas os espaço físico, mas sim o espaço geográfico, mas sim toda asimbologia cosmologia que carrega como espaço primordial do mundo humano ido mundo dos deuses que povo a natureza, (BANIWA, 2006, p. 112-113) .

De acordo com o texto, concordo com a explicação do autor quando coloca que território para os indígenas não é visto como bem material ou de sustento de produção, mas tem tudo haver com o fogo de familiaridade das famílias extensas, tem uma combinação junto à mitologia e o surgimento da origem Guarani, os espíritos dos nossos antepassados vivem e protege o território, eles tornam os guardiões, dos rios, dos matos, dos animais enfim de todos os locais. Os indígenas acreditam que os sobrenaturais vivem entre os povos, é preciso às famílias tomar cuidado com o recém nascido; batizá-lo para que os espíritos não tomem cuidado dessa criança tornando uma pessoa adulta com o pensamento de maldade. O Guarani acredita que existe o dono das matas, dos animais, dos rios, tanto os ruins como os bons eles cuidam e protegem de acordo com envio dos deuses. O território tem significado de sobrevivência para os povos indígenas, o tekoha sustenta com o seu significado a educação tradicional dos

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5 povos indígenas, sem o território não tem sentido, não tem educação, não há ensinamentos, mitologia, sustento das famílias extensas. Por esse motivo é que lutamos para conquistar o nosso tekoha, não queremos outro lugar; pois o nosso é que tem sentido. Queremos o tekoha de origem para poder derramar as lágrimas pela perda da natureza que não se encontra mais nesse lugar, pelos antepassados ancestrais que foram enterrados nesse lugar e de alegria pela conquista. A partir daí planejar uma nova gestão de sobrevivência e sustentabilidade.

O povo guarani se refere a sua terra tradicional, mais do que um simples espaço ocupado por um grupo ou de onde se retira sua subsistência, nesta terra esta o modo de ser Guarani; seus hábitos, costumes e tradições. O povo guarani não se considera dono da terra.

A visão cosmológica da terra corresponde com a vida Guarani e Kaiowá, as localidades tem toda uma história que fortalece e que da sustento para as grandes famílias daquela localidade, é através dos ensinamentos do mito que a cultura desse povo sobrevive, por isso os Guarani lutam pelo seu tekoha próprio. Quando foi limitada a terra para os índios limitou também o modo de viver de se organizar das famílias extensas, todas as que mudaram para um só tekoha, tiveram que mudar a maneira de viver e de sobreviver vivendo juntos. Esses lugares nem espaço têm mais, não tem significado nenhum para as famílias mais novas, vivem de favor, não tem aquele fogo de parentesco que é a família extensa, todos morando juntos em um só lugar a convivência torna-se difícil. Por esse motivo acontecem vários tipos de violência nas comunidades indígenas. Essa perda do equilíbrio da família extensa traz conseqüências aos jovens que não tem mais o mestre tradicional como exemplo.

Inicia um grande desafio para os indígenas o de se articular, começam ocupar os espaços intelectuais e políticos para criar estratégias entre os indígenas. Passam dar credibilidade e confiança aos próprios indígenas. Sabemos que a colonização deixou um estrago na mente dos Guarani e Kaiowá; os representantes dos órgãos governamentais pregavam a incapacidade do indígena. E por longos anos os indígenas foram impedidos de mostrar seus potenciais. Após a Constituição de 1988 é que os indígenas passam de fato articular e lutar pelos seus direitos. Direito de território e de escola indígena. A escola fica encarregada de cumprir um grande trabalho através da educação indígena; compreender as leis e preparar os indígenas na garantia de seus direitos.

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6 Os direitos que os indígenas adquiriram na década de 1980 foram marcados pela mobilização dos mesmos no sentido de garantir seus direitos territoriais. Também em seu texto comenta que a leis da constituição federal ajudaram, nas reivindicações indígenas comeram a ser caracterizar por demandas mais amplas, exigindo políticas públicas, que viabilizassem a gestão e o controle dos seus territórios. E ainda escreve sobre a expectativa dos novos indígenas no século XXI, quando afirma que: os novos indígenas é uma grande afirmação de que a relações sociais que são escritas em territórios e que estas só fazem sentido quando partir deles. Os direitos das comunidades indígenas não são direitos desterritorializados. As suas terras são sagradas, são aquelas não as outras. Os seus recursos naturais provem daquela terra e não de outras. Seus costumes, suas religiões, suas relações com os espíritos e com deuses apenas são visíveis e concretos pela presença da comunidade nos lugares específicos e sagrados. Há uma superterritorializacão que ocorre curiosamente em pleno período de globalização. O próprio movimento indígena é hoje globalizado, mas ainda territorializado. Os direitos pleiteados pelos indígenas são territorializado. É importante destacar que o reconhecimento dos povos indígenas no século XXI, não deve se restringir á benevolência do aparato legal em admitir a existência de identidades étnicas diferenciadas, nem á bondade da sociedade nacional que insiste numa representação de índio como primitivo e em vias de extinção. Trata-se da consolidação de espaços, por forças da própria mobilização indígenas, que assegure aos índios sua voz ativas e seu papel de sujeitos. As sociedades indígenas têm sido capazes de se apropriar dessa nova forma de mobilização que se dão no presente, esta sendo capaz de, aos poucos, conduzir a sociedade brasileira a uma atitude mais reflexiva sobre a sua identidade. (MACIEL, 2005, p.39-40)

Concordo com a escrita da autora porque as leis ajudaram os indígenas nas suas organizações, nos movimentos; não apenas para garantir os direitos mais para assumir as lideranças e controlar seus próprios territórios. As leis ajudaram mostrar que os indígenas são capazes de assumir a gestão de qualquer setor desde que seja dentro de seus territórios. Nesse século XXI os indígenas começaram ter oportunidade de estudar, conhecer seus direitos a enxergar os errados acabando com essa tutela de achar que os indígenas eram coitadinhos ou não tem inteligência o suficiente para assumir cargo ou tomar uma decisão. Os indígenas foram vistos como animal que tinha um dono que decidiam por eles porque eram tutelados, mais quando as leis da Constituição Federal de 1988, foram aprovadas os povos indígenas cobrar seus direitos.

Bartomeu Meliá esvreve mostrando sua visão sobre os territórios:

El elemento geográfico es, com el elemento histórico, una de lãs condiciones de possibilidad de afirmación concreta de grupo humano. La conceptulización de ñane (nuestro pueblo y pátria) es por tanto el de uma territorialidad política. Em este caso es también el lugar que ñande Ru extendió y amojonó para que los Paî usen esta tierra que les fue designinada: esta pátria recibe nombres sagrados.

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7 Ñande retã y su particularización, ñande rekoha (el lugar de nuestro modo de ser, donde somos lo que somos), es el lugar, como lo indica la misma composición, de palabra, donde se sitúa y donde es posible el ñande reko. Es por esta razón por la que el asunto de la tierra, em el sentido de territorialidade s de primordial importância entre elhos. (TEMPLE e MELIÁ, 2010)

O texto trás uma reflexão sobre o território, concordo com essa explicação que Meliá traz sobre o território que é vista por nós indígenas como um lugar sagrado onde sustenta todas as nossas histórias, mitologias, cosmologias, ele é visto pelos nossos avôs como uma pátria sagrada, um lugar de alegria, dos cuidados, da educação, através dele nossos avôs ensinam o teko katu, teko porã, teko marangatu, combina os lugares com o mito e através dele ensina as crianças e os jovens viver no seu cotidiano. No nosso conhecimento essa terra foi dada por nosso Ñande Ru para vivermos de acordo com o nosso teko arandu marane´y (jeito de viver com a nossa sabedoria e dignidade). A terra que estamos lutando para reconquistar é importante para nos Guarani, uma parte da nossa vida esta neste lugar e temos esperança de que vamos conseguir reconquistar o nosso tekoha yvy marane’ y, porque sabemos que o nosso pai nos deu esse território para vivermos em um único mundo; por enquanto estamos vivendo em dois mundos, não temos confiança uns nos outros, estamos abandonando os conhecimentos dos Xãma e adquirindo outra religião, não somos mais unidos. Mesmo assim, nosso Ñande RU Paiguara vai nos ajudar conquistar nosso território; estamos destruídos enquanto pessoas e território, mas vamos recuperar.

Inúmeras mudanças de comportamento têm ocorrido no interior do território; o jovem indígena Guarani mudou muito de nas últimas décadas, muitas famílias perderam a autoridade da educação da escola da vida sobre os filhos, através do contato com os não indígenas houve influencia negativa na educação tradicional indígena.

Os jovens que tem mais contato com a sociedade não indígena conseguem viver as culturas que não são deles, como a língua, as músicas, as danças, entre outros. Isso é preocupante porque estamos trabalhados com os jovens e mostrando os valores que eles possuem dentro de seu espaço; eles têm habilidades para mostrar sua cultura através de apresentações artísticas, culturais e esportistas. Os que se voltam para essas apresentações buscam valorizar a si próprios, sua família, seus costumes, suas traduções e passam a mostrar para a sociedade não índia que eles têm sua própria cultura e que é preciso ser respeita e reconhecida por todos.

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8 O desafio da educação escolar indígenas atualmente com os jovens é mostrar os valores da vida, Guarani e Kaiowá e prepará-los para a sustentabilidade dos seus territórios.

Como afirma o historiador Antonio Brand que a escola convencional ajudou ainda mais na desvalorização da organização da língua e junto ao confinamento a desvalorização aumentou:

Essa população passou por um amplo processo de confinamento, que gerou a perda do território, comprometeu recursos naturais relevantes para a sua sustentabilidade e, dessa forma, comprometeu, também, a sua autonomia. Destaca-se que esse processo de perda territorial veio acompanhado, historicamente, pela imposição de “nossas escolas”, às quais desempenhavam um papel importante no processo de integração dos índios à sociedade nacional, um dos objetivos almejados pelo confinamento. (BRAND, 1997, p.01)

Quero aqui destacar a colocação do historiador, por que a escola não indígena implantada na aldeia tinha o objetivo de alfabetizar na língua portuguesa era chamada educação civilizadora dos índios. Por muito tempo perpassou a idéia de que para ter educação era preciso aprender o português e deixar de praticar a língua guarani, pois essa língua era pobre, demonstrava atraso falar na o guarani, tinha que falar apenas na língua portuguesa. Para essa escola convencional a cultura indígena era visto como atraso para o povo indígena, para os indígenas serem respeitados deveria estudar nessa escola e aprender o português. Atualmente por esse motivo encontramos muitas dificuldades de leitura na aldeia; muitos indígenas não aprenderam quase nada, esse período foi um atraso para a vida deles.

As últimas décadas têm contribuído para o melhoramento da educação escolar indígena, é garantido pela Constituição Brasileira o direito de praticar sua língua materna; o processo de aprendizagem dos indígenas deve ser uma educação escolar próprio que corresponda com as expectativas da comunidade. Se a comunidade não entender o papel da educação ainda vão continuar defendendo a escola que ensina o português e que não valoriza a cultura Guarani. A comunidade precisa ter clareza do que querem para seus filhos e defender a escola ideal. A educação indígena vive uma nova época, as pessoas começam ter uma nova visão; os professores planejam as aulas trabalhando com os valores mostrando aos jovens que eles são parceiros dos rezadores, lideranças e das famílias. Dessa forma existe um fortalecimento das questões culturais, buscando mostrar também outras culturas; porém sem deixar de valorizar sua identidade. Nessa escola indígena os rezadores ensinam a prática dos conhecimentos

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9 tradicionais da cultura Guarani e Kaiowa através das cerimônias religiosas que acontecem na casa de reza: batismos, danças, rezas e outros. A partir desses conhecimentos os jovens tornam-se autônomos e conhecedores de sua própria história. Dessa forma terão possibilidades futuras de dar seqüência aos trabalhos dos rezadores. Esse é o papel da escola, preparar os jovens para ter a sua própria autonomia de buscar pensar o seu projeto de vida futura.

A escola indígena trabalha diretamente com a comunidade, levantamos os problemas que acontecem no dia-a-dia e utilizamos a metodologia de temas e sub-temas geradores, realizamos um levantamento dos problemas existente e discutindo propostas para serem solucionadas. Essas propostas e discussões serão feitas pelos próprios alunos mediados pelos professores para que eles mesmos possam achar meios para viver diante dos problemas da realidade.

Os professores elaborarão junto com a comunidade planos de trabalho que serão executados por indígenas e por instituições públicas. Mas a escola trabalhará contribuindo com o conhecimento sobre os seguintes temas: roças, espaços físicos da aldeia, trabalho na usina, calendário da roça, criação de animais e entre outros conhecimentos que possam servir para cada aluno futuramente. Essa instituição auxiliará os alunos a realizarem pesquisas de campos nas roças, observações na terra, no plantio, nas plantações, na colheita e farão entrevistas com os mais velhos na família ou na comunidade em relação ao tema estudado.

A partir da conquista da terra, os moradores começaram a plantar seu próprio sustento tendo em vista a sua organização social. Com o passar do tempo, mudou muito, as Ongs começaram a interferir nas organizações do tekoha. Da mesma forma, as instituições e os políticos começaram a trazer cestas básicas e projetos de interesse deles, como também as grandes empresas começaram a incentivar e a levar os indígenas para trabalhar fora da aldeia.

Atualmente, depois de tantos problemas enfrentados, como mudança na cultura, redução do espaço tradicional e alteração do meio ambiente, torna-se quase impossível a sobrevivência do Guarani e Kaiowá neste contexto. Destaca-se ainda a dificuldade de produção econômica, a insuficiência de produção de alimentos para o consumo interno e a ausência de mecanismos de geração de renda, o que tem levado esta comunidade a continuar com o projeto kokue mbo´epy reñoi renda, que busca suprir, por meio da roça comunitária, necessidades nutricionais. Tais necessidades são encontradas em grande

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10 número nas comunidades indígenas da região. Esse projeto coloca em pratica a interação dos alunos e professores que atuam na comunidade.

Por uma necessidade de gestar o território na aldeia e de manter a sustentabilidade do povo Guarani e Kaiowá que nela habita, pensou-se em reativar o projeto de roça comunitária. Para tanto, procurou-se desenvolver o papel do educador: como articulador das reuniões e organizador de idéias diante da necessidade do povo da aldeia. Através de reuniões, realizadas por famílias extensas, junto com a parceria com a escola pensamos a reativar a roça comunitária, para que os jovens trabalham nela e busca os seus alimentos dessa roça, que vende para fora e que seja o meio de buscar recurso para suas famílias.

A roça comunitária surgiu no ano de 1978, com a luta pela demarcação desta tekoha, onde já habitavam 116 famílias. A idéia nasceu pela segurança das famílias, em que com essa estratégia todos estariam juntos, produziriam seus alimentos e sustento das famílias.

O trabalho da roça era dividido de acordo com o sexo, as mulheres plantavam os alimentos que somente elas podiam plantar e os homens também tinham o seu plantio certo. No período de limpeza e colheita da roça, os grupos se reuniam e todos se ajudavam. O alimento era plantado para o consumo das famílias, sem ajuda de órgão nenhum. Eles usavam sua forca física, suas técnicas para produzir seu próprio alimento. Nessa época, as famílias eram mais unidas nas decisões, nas discussões, valorizando os mitos que eram ensinados na casa de reza, nessa época tinha o batismo do milho branco, e todas as sementes que se plantava era feito a reza na terra, pedindo ao Ñande Ru Vusu que abençoasse as sementes e que nascesse para os donos, e sempre o Ñande Ru Vusu nos ouvia, tínhamos todos os cuidados com aquelas plantações, não era qualquer pessoa que ia visitar a roça ou buscar alimentos, eram apenas os idosos que visitavam as plantações, se estava bem ou precisava de reza só eles que sabiam. Eles tinham um ensinamento controlado pelas tradições indígenas. Nas plantações seguiam esses conhecimentos: o que planejava dava certo. Eles tinham um local onde plantavam a roça com vários tipos de alimentos, como por exemplo: arroz, milho branco, vários tipo de feijão catador, melancia, mandioca, batata, amendoim, cará, abóbora, dentre outros. Além disso, eles tinham uma roça separada onde plantavam o que utilizava na casa de reza durante os rituais do batismo, do guachire e outros. Das colheitas dos produtos dessa roça, produziam artesanato como chocalho, chamado de piri ou po’ y. Esse lugar de plantação ficava na beira do rio Tatuí.

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11 O resultado desse trabalho é que todos tinham alimentos suficientes para viver e alimentar suas famílias, usando para isso, suas técnicas, como a reza sem necessitar utilizar agrotóxico e trator.

Esse local era fácil de limpar. Os brotos que nasciam era juntado em um só lugar secavam e depois queimados, as cinzas era espalhadas em todas as plantações que serviam de adubos. Para defender-se das formigas e dos insetos utilizavam-se das rezas.

Com o despejo das famílias para outro tekoha, quando retornamos no mesmo lugar as famílias foram se espalhando umas das outras e indo para outro tekoha, restando apenas algumas famílias que continuaram essas praticas. Os órgãos governamentais e Ongs começaram a trazer projetos para aldeia, incentivando os agricultores a fazerem roças individuais. Muitos desses órgãos não tiveram sucesso, porque não ouviram as famílias e o que elas necessitavam.

Muito agricultores plantam roça individual, mas sempre utilizam o pucherõ (multirão), em que todos os agricultores se reúnem e limpam a roça juntos. Atualmente, um grupo de vinte famílias ainda trabalha nessa roça comunitária. Mudaram a forma de trabalhar, de plantar. Atualmente plantam para o consumo e para vender, por que atualmente mudou precisamos de dinheiro para viver, temos contas de luz, devemos em lojas de móveis, roupas e calçado. Vendemos o que plantamos para fora podemos dizer que isso é a nossa autonomia plantar para ter o alimento, e vender para ajudar no sustento e na quitação de dividas. Atualmente cada agricultor indígena planta a roça individualmente não existe mais coletividade, ás vezes roça mecanizadas com adubo orgânico, as semente, contém veneno, tudo mudou.

Em reuniões já discutiram várias vezes a manutenção dessas roças, pois muitos homens as abandonam para trabalhar nas fazendas, enquanto outros querem mantê-las.

Nesse momento é que entra o trabalho da educação escolar indígenas, incentivando os agricultores e alunos a trabalhando na roça comunitária. Hoje, estamos trabalhando a motivação dessas famílias agricultoras. Por meio de reuniões com os pais e os alunos, queremos que a roça comunitária seja uma extensão da escola, oportunizando aos alunos sua participação nesse trabalho.

Através da roça comunitária adquirimos o projeto mboépy reñoi renda, (centro de teoria e práticas) que envolve os alunos nos trabalhos. Tal projeto beneficiará a fonte nutricional para alimentações indígenas através de hortaliças, das plantas frutíferas que se encontra em escassez. A escola vai trabalha uma disciplina de ensino que favorecerá não só os alunos, mas também os professores e pais. Com isso, acredita-se em novas

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12 aprendizagens e difusão dos conhecimentos, já que os alunos levarão os conhecimentos que aprenderam na escola para suas casas. Assim, poderão trabalhar, por exemplo, com hortas caseiras, reforçando futuramente a fonte nutricional dentro de casa, o que proporcionará ainda o conhecimento das técnicas indígenas e não-indígenas sobre plantios. Pode-se, com isso, diminuir o índice de desnutrição e má alimentação entre as crianças, por exemplo. Esse projeto desenvolverá nos alunos a capacidade de buscar alternativas para a produção de sustento própria e interesse pela roça comunitária.

Para melhorar compreender o objetivo deste trabalho, a escola vem conseguindo reunir os agricultores e através desse encontro conseguimos ter trinta famílias trabalhando nessa roça comunitária. Aconteceram várias colheitas, todos venderam e guardaram a semente para os próximos plantios. Foram distribuídas sementes para outras famílias que não tinham, conseguimos fazer troca de semente, com outros agricultores que plantam suas roças individuais.

Depoimento de dona Rosita Benites, que trabalhou na roça comunitária, hoje tem setenta e oito anos e lembra do seu tempo de trabalho:

Eu quero relatar que ajudei meus pais nessa roça comunitária era tão. Bom por que nós tínhamos tudo que precisávamos o resto da nossa alimentação a natureza nos completava. Da roça a gente podia comer o que queria mamão, batata, milho branco, dele era feito chicha, que era muito delicioso, era o melhor alimento nutriente, que tínhamos o cará, bolo de milho, etc. Todos os alimentos eram levados para a casa de reza, para agradecer o nosso Tupã ñanderu pelo que plantamos e o colhemos. As festas que aconteciam na casa de reza, para agradecer o nosso Tupã ñanderu pelo que plantamos tinham um pouco de cada Alimento que tudo era tirado da roça comunitária. Não apenas era unido na hora plantar mais no plantar nas festas, do batismo, nas discussões todos participavam, o nosso grande enderece era ganhar o nosso tekoha Ranço Jacaré, nos dançamos noite após noite pedindo ao ñande Ru vusu (DEUS) que nos ajudasse para recuperar das mãos dos, (karai viru jará) Dono do dinheiro) foi muito difícil mais conseguimos ganhar esse tekoha foi ganhado através de reza. Eu quero que isso seja repassado para os jovens, para as crianças, para os recém casado, precisamos ensinar isso para os novos, e quem pode ensinar essas práticas teóricas são os professores índios que vem estudando, é você professor Rosenildo nos antigo já estamos cansado, quem vai continuar essa historia, valorizando são os filhos de voceis, ensina eles todos os ñande reko, ñe´ê (jeito de viver guarani kaiowá, ensina os filhos de voceis a falar na língua guarani, não ambue ñe´ê,( não apenas na língua portuguesa) . Tudo isso deve ser através da Escola. Nessa escola eles precisam ser parceiros da roça, que é o único lugar em que se pode ter união, todos participa das decisões, é o lugar de se organizar pensar melhor para futuro. Por isso que a escola deve trabalhar os conteúdos e ensinar esse valor da importância que vamos deixar da roça comunitária, dessa riqueza de onde buscamos o sustento do nosso povo há muitos anos. Futuramente eles também buscarão essa sustentabilidade de sua família, essa autonomia de ser um índio que estuda e defende seus direitos, sua terra, que não

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13 só pensa nele, mas em todos e na sobrevivência de seu povo Guarani e Kaiowá (Entrevista de dona Rosita, em, 17 de agosto de 2009).

Dona Rosita trata da importância de trabalhar a roça comunitária e, conseqüentemente, da fartura que ela traz. Fala também que é fundamental o papel do professor ao desempenhar a função de mediador desses trabalhos. Os objetivos desde trabalho é expor os problemas encontrados na aldeia e pensar as possíveis soluções junto com a escola indígena da aldeia Rancho Jacaré.

O que me levou a registrar o tema Sustentabilidade na Aldeia Rancho Jacaré foi á inquietude de mostrar aos leitores interessados no assunto que os indígenas têm suas formas diferentes de sustentabilidade que é preciso ter respeito. Nós indígenas perdemos muito de nossas tradições e cultura vivendo em reservas, lutando pela sobrevivência ou enfrentando problemas, as grandes lideranças sendo deixadas para trás não tendo mais voz, a desunião e os conflitos por disputas políticas internas das capitanias, as famílias sendo perseguidas pelo capitão sendo expulsas do seu tekoha, essas famílias sendo expulsas vão para junto de sua família em outro tekoha ou vai tentar recuperar territórios de seus antepassados. Como indígena percebo que as famílias já são perseguidas no seu próprio tekoha; morte de líderes por conflitos com os fazendeiros tentando resolver problemas sem apoio da maioria das famílias indígenas, sendo perseguido por estar em busca de uma solução; lutar pela sobrevivência das famílias. A satisfação que sinto ao longo da escrita desse texto é de saber que existem problemas, mas estamos pensando na solução para superar os acontecimentos negativos que os povos indígenas Guarani e Kaiowá vêm enfrentando.

Uma nova liderança tem se preocupado e reorganizado as famílias com relação à gestão territorial, estão preocupados com o tekoha guasu, com as mortes dos lideres Guarani e Kaiowá e de outras etnias. Acreditamos que estamos vivendo um novo momento, que estamos progredindo diante de nossa organização e as leis, isso esta nos ajudando muito.

Os não índios sempre escreveram sobre os indígenas e agora os próprio indígenas escrevem sua própria historia. A grande mudança esta sendo através da Educação Escolar Indígena, essa educação indígena esta trabalhando com os valores, os mitos de origem dos Kaiowá e Guarani, valorizando os xãmas e seus conhecimentos, os conteúdos escolares sendo retirados do próprio tekoha para estudar nas escolas trabalhando com seu objetivo maior de deixar claro para cada estudante quem é ele e o

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14 que deve fazer. O grande foco é valorizar a si próprio como Guarani e Kaiowá. A importância desse trabalho para a comunidade é que tudo o que esta acontecendo na comunidade Rancho Jacaré atualmente esta escrita nesse texto. Através dessa pesquisa espera-se que os alunos da comunidade comecem a valorizar sua cultura, buscando escrever suas histórias, mitos, receitas indígenas e outras coisas que existem na cultura Guarani e Kaiowá.

Acredita-se que esse trabalho escrito não servira apenas como trabalho para concluir o curso de Licenciatura Indígena. Mas poderá ser útil também a comunidade na organização do território, economia, política, conquista da terra e uma nova visão do sustento e equilíbrio da sustentabilidade de seu próprio tekoha.

Referências:

Fontes Orais:

CASSIANO ROMEIRO (aldeia Rancho Jacaré). Entrevista e transcrição de Rosenildo Barbosa de Carvalho. Em 05 de agosto de 2009.

LIVRADA RODRIGUES (ALDEIA Rancho Jacaré). Entrevista e transcrição de Rosenildo Barbosa de Carvalho. Em 15 de dezembro de 2010

ROSITA BENITES (aldeia Rancho Jacaré). Entrevista e transcrição de Rosenildo Barbosa de Carvalho. Em 17 de Agosto de 2009.

Fontes Bibliográficas:

BANIWA, Gerson dos Santos. Da Cidadania a Autonomia Indígena: um desafio à diversidade cultural. In O Índio Brasileiro: o que você precisa para saber sobre os povos indígenas no Brasil hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria do Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, Coleção Educação para Todos, 2006. 232p.

BRAND, Antonio Jacob. O impacto e a perda da terra sobre a tradição Kaiowa/guarani: os difíceis caminhos da palavra. Porto Alegre. 1997. 382 f. Tese (Doutorado em História), Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

MACIEL. Nely Aparecida. História dos Kaiowá da Aldeia Panambizinho; da década de 1920 aos dias atuais. 2005. 155f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Dourados.

OLIVEIRA, João Pacheco de. 1999. Ensaios em Antropologia Histórica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

TEMPLE, Dominique e MELIÁ, Batomeu. El don, La venganza y outras formas de economia guaraní. Editora Centro de Estúdios Paraguayos. Jornal Povo Guarani, Grande Povo. 7 de novembro de 2010.

Referências

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