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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. TOLDEX Retard 650 mg comprimidos de libertação prolongada

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. Nome do medicamento

TOLDEX Retard 650 mg comprimidos de libertação prolongada

2. Composição qualitativa e quantitativa

Ácido acetilsalicílico, 650 mg por comprimido de libertação prolongada, como substância activa.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. Forma farmacêutica

Comprimido de libertação prolongada.

Comprimidos brancos, biconvexos, circulares, gravados BIAL numa das faces e TX/650 na outra.

4. Informações clínicas 4.1 Indicações terapêuticas

Tratamento sintomático das dores de intensidade ligeira ou moderada (por exemplo, cefaleias, dismenorreia, odontalgias, síndromes reumatismais, entorses). Tratamento sintomático de estados febris, nomeadamente os associados a constipações ou gripe. Profilaxia e tratamento de situações tromboembólicas arteriais e venosas.

4.2 Posologia e modo de administração

Como analgésico e antipirético: Adultos e adolescentes: 1 a 2 comprimidos, 2 a 3 vezes por dia.

Como inibidor plaquetário: Adultos e adolescentes: 1 comprimido por dia.

Os comprimidos devem ser tomados inteiros, após as refeições. Recomenda-se que, em seguida, se beba um grande copo de água.

4.3 Contra-indicações

-Hipersensibilidade aos salicilados e a anti-inflamatórios não esteróides ou a qualquer um dos excipientes.

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-História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteróides (AINE).

-Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada).

-Polipose nasal associada a asma.

-Medicação concomitante com anticoagulantes orais ou metotrexato.

-A administração de TOLDEX Retard está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

A administração concomitante de TOLDEX Retard com AINE, incluindo inibidores selectivos da cicloxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar a sintomatologia.

Idosos: Os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas,

especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção 4.2).

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal: têm sido notificados casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de

sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento.

Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (ex. misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada, assim como em doentes que necessitem tomar simultaneamente outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina) inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou antiagregantes plaquetários (ver secção 4.5). Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar TOLDEX Retard o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn) na medida em que estas situações podem ser exacerbadas (ver secção 4.8).

Deve ser usado com precaução quando houver antecedentes de asma, urticária, polipose nasal, insuficiência renal, insuficiência hepática, gota ou deficiência em glicose-6-fosfato desidrogenase.

Nos doentes pediátricos e adolescentes, o tratamento sintomático da febre com ácido acetilsalicílico deve ser evitado se não for possível excluir com segurança o diagnóstico

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de doenças que podem predispor à ocorrência da síndrome de Reye (isto é, doenças febris agudas, especialmente varicela ou gripe).

A ingestão concomitante de álcool aumenta a incidência e a gravidade das hemorragias induzidas pelos salicilados e o risco de erosões e ulceração da mucosa gástrica.

O contacto prolongado com a mucosa oral pode provocar lesões. Deve, por isso, evitar-se a aplicação directa do comprimido sobre os dentes ou gengivas. Não evitar-se devem mastigar os comprimidos antes de engolir, nos sete dias após a realização de amigdalectomia ou cirurgia oral.

É aconselhável suspender a administração nos cinco dias que precedem a realização de cirurgia.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Diuréticos. Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e Antagonistas da Angiotensina II (AAII): A administração de ácido acetilsalicílico (>3 g/dia) pode diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos

anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex. doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em

consideração em doentes a tomar ácido acetilsalicílico em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente

hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.

Corticosteróides: Aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4).

A concentração sérica de ácido salicílico pode diminuir durante o tratamento com corticosteróides, podendo elevar-se quando esse tratamento é suspenso. Todavia, a ocorrência de intoxicação salicílica neste contexto é rara.

Anticoagulantes: Os salicilatos podem aumentar os efeitos dos anticoagulantes, tais como, a varfarina (ver secção 4.4).

Agentes antiagregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4).

Os salicilados podem deslocar os anticoagulantes orais dos seus locais de ligação às proteínas plasmáticas e potenciar o efeito hipoprotrombinémico da heparina e dos anticoagulantes orais. A administração concomitante de um agente trombolítico (por exemplo, estreptoquinase ou uroquinase) ou de inibidores da agregação plaquetária (por exemplo, ticlopidina) deve também ser cuidadosamente ponderada.

O ácido acetilsalicílico pode diminuir a biodisponibilidade de vários AINE como, por exemplo, o diflunisal, a indometacina, o fenoprofeno e o piroxicam.

O ácido acetilsalicílico pode diminuir o efeito de agentes uricosúricos tais como o probenecid e sulfinpirazona, pelo que não se recomenda o seu uso concomitante. Pode deslocar o metotrexato dos seus locais de ligação às proteínas plasmáticas e diminuir o

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seu clearance renal, provocando concentrações plasmáticas tóxicas deste fármaco. Os efeitos da insulina ou de agentes antidiabéticos orais podem ser potenciados pela

administração de ácido acetilsalicílico, obrigando, eventualmente, a ajustes posológicos. A alcalinização da urina induzida por fármacos, tais como, os inibidores da anidrase carbónica, bicarbonato de sódio ou antiácidos (especialmente se contêm magnésio e/ou cálcio), provoca um aumento da excreção dos salicilados. A acidificação da urina resultante da administração de ácido ascórbico ou de fosfato de sódio ou potássio tem efeito oposto, aumentando, por isso, o risco de intoxicação por salicilados.

A administração concomitante com ácido valpróico pode causar hipoprotrombinemia, o que acresce os riscos de interferência com a coagulação sanguínea.

Está descrita a possibilidade de ocorrência de diminuição do efeito natriurético da espironolactona e do efeito diurético da furosemida.

Pode interferir (provocando resultados falsos positivos, falsos negativos ou valores incorrectos) com os resultados dos seguintes testes: determinação da glicosúria com sulfato de cobre, determinação da glicosúria com testes enzimáticos, teste de Gerhardt para o ácido aceto-acético urinário, teste da função renal utilizando fenolsulfoftaleína, determinações do ácido úrico sérico por métodos colorimétricos, imagiologia tiroideia com radio-isótopos, determinações do ácido vanilmandélico, determinações do ácido 5-hidroxi-indolacético urinário e determinações da hormona estimulante da tiróide induzida pela protirelina.

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito anti-agregante plaquetário do ácido acetilsalicílico (AAS) de baixa dosagem quando estes

medicamentos são administrados concomitantemente. No entanto, devido às limitações destes dados e às incertezas inerentes à extrapolação dos dados ex vivo para situações clínicas não é possível concluir de forma definitiva sobre as consequências da

administração regular de ibuprofeno no efeito do AAS. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do AAS decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno (ver secção 5.1.). 4.6 Gravidez e aleitamento

A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no inicio da gravidez. O risco absoluto de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1.5%. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.

Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e pós-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

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Durante o 1º e 2º trimestres de gravidez, o ácido acetilsalicílico não deverá ser

administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ácido acetilsalicílico for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1º e 2º trimestre de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Durante o 3º trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:

-Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar).

-Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios. Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:

-Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito anti-agregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas.

-Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

Assim, a administração de doses iguais ou superiores a 500 mg/dia de ácido acetilsalicílico está contra-indicado durante o terceiro trimestre de gravidez.

Porque o ácido acetilsalicílico é excretado no leite materno, deverá ser ponderada a suspensão do aleitamento se for necessário administrar regularmente doses elevadas durante o aleitamento.

4.7. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. 4.8. Efeitos indesejáveis

[Muito frequentes (> 1/10) Frequentes (> 1/100, < 1/10) Pouco frequentes (> 1/1.000, < 1/100) Raros (> 1/10.000, < 1/1.000) Muito raros (< 1/10.000 incluindo os casos

isolados)]

Doenças do sistema imunitário:

Muito raros: reacções de hipersensibilidade, reacções anafiláticas/anafilactóides. Os adultos com idades compreendidas entre os 30 e os 60 anos e as mulheres são mais susceptíveis. É mais frequente nos doentes com antecedentes de urticária crónica, asma e rinite crónica. A associação de asma, polipose nasal e sensibilidade ao ácido

acetilsalicílico é conhecida como a "tríade da aspirina". A reacção de sensibilidade surge habitualmente nas três horas seguintes à administração do fármaco, e caracteriza-se por urticária, angioedema, broncospasmo, rinite grave ou choque. Podem também ocorrer lacrimação, colapso vasomotor e perda de consciência.

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Frequentes: Náuseas, dispepsia, flatulência, dor abdominal.

Pouco frequentes: Exacerbações de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4).

Hematemeses, melenas, estomatite aftosa, vómitos, diarreia, obstipação. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4).

Afecções hepatobiliares:

Pouco frequentes: Hepatotoxicidade, reversível na maioria dos casos. A

hepatotoxicidade tem maior probabilidade de surgir nos doentes com febre reumática, lúpus eritematoso disseminado, artrite juvenil e doença hepática pré-existente, pelo que neste grupo a vigilância analítica deverá ser particularmente cuidadosa.

Muito raros: lesões hepáticas compatíveis com hepatite crónica activa. Doenças renais e urinárias:

Pouco frequentes: Os salicilados podem diminuir a função renal. Contudo, o risco de complicações é mínimo em doentes com função renal previamente normal.

Perturbações gerais e alterações no local de administração:

Pouco frequentes: A utilização de ácido acetilsalicílico em crianças com varicela ou com doenças do tipo gripal tem sido associada a um aumento do risco de ocorrência da síndrome de Reye.

Resultados laboratoriais:

Pouco frequentes: Leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, anemia aplástica,

púrpura e eosinofilia. Pode causar ou agravar a hemólise em doentes com deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase.

4.9. Sobredosagem

A dose letal aguda de ácido acetilsalicílico é variável: está descrita a morte de adultos que ingeriram doses únicas de 10 a 30 g, mas um doente sobreviveu após a ingestão de uma dose de 130 g.

Os principais efeitos tóxicos do ácido acetilsalicílico são extensões das suas acções farmacológicas. Nos casos ligeiros de intoxicação por salicilados, as manifestações clínicas podem ser cefaleias, tinnitus ou diminuição da capacidade auditiva, taquicardia, hiperpneia, febre, sudação, sede, vómitos, diarreia, dor epigástrica, letargia e confusão. Na intoxicação grave, podem ocorrer convulsões, coma e falência respiratória e

cardiovascular. Outras complicações incluem o edema pulmonar e cerebral e a

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encefalográficas, alterações do equilíbrio ácido-base (principalmente alcalose

respiratória e acidose metabólica), hiperglicemia ou hipoglicemia (especialmente em crianças), cetonúria, hiponatremia, hipocaliemia e proteinúria. Nos casos de

sobredosagem aguda, níveis séricos de ácido salicílico inferiores a 40 mg/dl não são sintomáticos, níveis entre 40 e 100 mg/dl estão associados a manifestações clínicas ligeiras a moderadas e níveis superiores a 100 mg/dl estão associados a toxicidade grave.

Na intoxicação crónica, os sintomas podem ocorrer com níveis séricos apenas ligeiramente superiores aos terapêuticos e mimetizar doenças concomitantes, o que dificultará o diagnóstico. A diminuição da acuidade auditiva e o tinnitus são as

manifestações de intoxicação crónica mais frequentes em adultos. Podem ainda ocorrer alterações da visão, sudação, sede, hiperventilação, cefaleias, tonturas, confusão mental, taquicardia, náuseas, vómitos e, ocasionalmente, diarreia. Se a intoxicação for grave, as outras manifestações descritas a propósito da intoxicação aguda podem também estar presentes. Nas crianças, as manifestações mais frequentes são a hiperventilação, ou efeitos a nível do sistema nervoso central, tais como, sonolência, tonturas e alterações comportamentais.

O tratamento, dependendo da gravidade da situação clínica, poderá compreender, para além da suspensão da administração do ácido acetilsalicílico, medidas que diminuam a absorção do fármaco (lavagem gástrica, administração de carvão activado), medidas que promovam a eliminação do fármaco (diurese alcalina forçada, hemodiálise, diálise peritoneal, hemoperfusão) e medidas de suporte (por exemplo, correcção de alterações da coagulação, de alterações metabólicas).

5. Propriedades farmacológicas 5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 2.10 Sistema Nervoso Central. Analgésicos e antipiréticos Código ATC: N02B A01.

O ácido acetilsalicílico inibe a actividade da cicloxigenase, diminuindo a formação de prostaglandinas e tromboxanos a partir do ácido araquidónico. Outras acções podem também estar implicadas.

Efeito analgésico: pode resultar da inibição da síntese de prostaglandinas. As prostaglandinas parecem sensibilizar os receptores dolorosos para a estimulação

mecânica ou para outros mediadores químicos (por exemplo, bradicinina, histamina). O ácido acetilsalicílico não altera directamente o limiar doloroso. O efeito analgésico parece resultar de uma acção predominantemente periférica, mas também de uma acção central, possivelmente no hipotálamo. O efeito anti-inflamatório do fármaco poderá ainda contribuir para o efeito analgésico.

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Efeito anti-inflamatório (não esteróide): os mecanismos exactos não foram determinados, mas podem envolver a inibição da síntese de prostaglandinas e da libertação de outros mediadores da resposta inflamatória.

Efeito antipirético: o ácido acetilsalicílico diminui a temperatura corporal apenas nos doentes febris, através de uma acção central sobre o centro termorregulador do hipotálamo. Este efeito parece resultar da inibição da síntese local de prostaglandinas. Efeito anti-agregante plaquetário: o ácido acetilsalicílico afecta a função plaquetária inibindo a enzima cicloxigenase plaquetária (acetilando-a), evitando assim a formação do agente agregante tromboxano A2. Esta acção é irreversível, persistindo o efeito durante todo o ciclo de vida das plaquetas expostas.

Efeitos respiratórios: doses terapêuticas de salicilados aumentam o consumo de oxigénio e a produção de CO2, sobretudo a nível do músculo esquelético. A produção aumentada de CO2 vai estimular a respiração, o que inicialmente se traduz apenas por um aumento da profundidade dos movimentos respiratórios. Os salicilados também estimulam directamente o centro respiratório na medula, provocando hiperventilação. Efeitos cardiovasculares: em doentes que recebem grandes doses de salicilados, como é o caso dos doentes com febre reumática, o volume plasmático pode aumentar até 20%, o que se reflecte no aumento do débito e do trabalho cardíaco.

Efeitos genito-urinários: Os salicilados produzem efeitos uterinos, provavelmente por inibirem a síntese de prostaglandinas. Justifica-se, assim, a acção analgésica dos salicilados na dismenorreia primária.

Efeitos metabólicos: o ácido acetilsalicílico produz múltiplos efeitos metabólicos, com repercussões que são geralmente mínimas, com as doses clinicamente recomendadas. Estão descritos, por exemplo, hiperglicemia, glicosúria, deplecção muscular e hepática de glicogénio, aminoacidúria com balanço nitrogenado negativo, inibição da lipogénese e da lipólise e aumento da oxidação dos corpos cetónicos. Estas acções resultarão da dissociação da fosforilação oxidativa, da libertação de catecolaminas e da libertação de corticosteróides.

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de doses baixas de ácido acetilsalicílico ao nível da agregação plaquetária quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Num estudo, quando foram administrados 400 mg de ibuprofeno em dose única 8 horas antes ou 30 minutos após a administração de 81 mg de ácido acetilsalicílico de libertação imediata, verificou-se a diminuição do efeito do ácido acetilsalicílico na formação de tromboxano ou na agregação plaquetária. No entanto devido às limitações destes dados e ao grau de incerteza inerente à

extrapolação de dados ex vivo para situações clínicas não é possível retirar conclusões definitivas relativamente à administração habitual de ibuprofeno. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes na acção cardioprotectora do AAS

decorrentes da administração ocasional de ibuprofeno. 5.2 Propriedades farmacocinéticas

Absorção: o ácido acetilsalicílico é rapidamente absorvido a partir do tracto

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ionizado ocorre no estômago e, principalmente, na parte proximal do intestino delgado. A presença de alimentos diminui a velocidade mas não a extensão da absorção do ácido acetilsalicílico.

O TOLDEX Retard apresenta diferenças relevantes em relação às formulações

convencionais de ácido acetilsalicílico, nomeadamente maior tmax e menor Cmax, para a mesma dose.

Distribuição: após a absorção, o ácido acetilsalicílico distribui-se rápida e amplamente pelos vários tecidos e fluidos corporais. O volume de distribuição está descrito como sendo de 170 ml/kg de peso, no adulto. O ácido acetilsalicílico ingerido é

predominantemente absorvido como tal, mas parte entra na circulação sistémica como ácido salicílico, resultado da hidrólise por esterases na mucosa gastrointestinal e no fígado. O ácido acetilsalicílico só é detectável no plasma durante pouco tempo, uma vez que é hidrolisado no plasma, fígado e eritrócitos. O ácido salicílico liga-se às proteínas plasmáticas, em especial à albumina, numa percentagem que para as doses terapêuticas é de 80 a 90%.

O ácido salicílico atravessa a placenta e é detectável no leite materno.

Metabolização: o ácido salicílico é metabolizado principalmente no fígado, a nível microssomático e mitocondrial, sendo os seus principais metabolitos conjugados com a glicina ou com o ácido glicurónico.

Eliminação: a semi-vida de eliminação do ácido acetilsalicílico do plasma é de aproximadamente 15-20 minutos. Ao contrário do que se verifica com o ácido

salicílico, o ácido acetilsalicílico não hidrolisado não se acumula no plasma após doses múltiplas. Após uma dose de 325 mg de ácido acetilsalicílico, a semi-vida plasmática do ácido salicílico é de cerca de 2-3 horas; com doses elevadas, a semi-vida aumenta para 15 a 30 horas.

Apenas cerca de 1% de uma dose oral de ácido acetilsalicílico é excretado não hidrolisado na urina. O restante é excretado na urina sob a forma de ácido salicílico livre e seus metabolitos. A excreção renal envolve filtração glomerular, secreção tubular renal activa e reabsorção tubular passiva. A excreção de ácido salicílico livre é extremamente variável, dependendo da dose administrada e do pH urinário. Cerca de 30% da dose é excretada se a urina é alcalina, comparativamente com 2% da dose se a urina é ácida.

No TOLDEX Retard, e em relação às formulações convencionais de ácido

acetilsalicílico, a fracção não hidrolisada é mais elevada e a semi-vida plasmática da salicilemia (ácido acetilsalícilico não hidrolisado e salicilato) é maior.

O ácido salicílico é removível por hemodiálise. 5.3. Dados de segurança pré-clínica

Em animais, o ácido acetilsalicílico provocou atrofia testicular e inibiu a

espermatogénese. Outros estudos mostraram que os salicilados podem provocar defeitos oculares, fendas faciais, fissuras da coluna vertebral e do crânio, malformações do sistema nervoso central, vísceras e esqueleto (principalmente nas vértebras e costelas).

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6. Informações farmacêuticas 6.1 Lista dos excipientes

Croscarmelose sódica; Celulose microcristalina; Amido pré-gelificado e Talco. 6.2 Incompatibilidades

O ácido acetilsalicílico não deve ser associado a bicarbonato de sódio, citrato de sódio, fosfato de sódio e borato de sódio. É incompatível com acetanilida, acetofenetidina, antipirina, aminopirina, metamina, fenol e salol.

6.3 Prazo de validade 3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação Conservar a temperatura inferior a 25ºC. Conservar na embalagem de origem. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Os comprimidos de libertação prolongada de Toldex Retard são acondicionados em blisters de PVC com folha de alumínio. Embalagens de 20 e 60 comprimidos de libertação prolongada.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Não existem requisitos especiais.

Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.

7. Titular da autorização de introdução no mercado BIAL - Portela & Ca SA

À Av. da Siderurgia Nacional 4745-457 S. Mamede do Coronado

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Nº de registo: 9302935 – 60 comprimidos de libertação prolongada, 650 mg, blisters de de PVC/Alumínio.

Nº de registo: 9302919 – 20 comprimidos de libertação prolongada, 650 mg, blisters de de PVC/Alumínio.

9. Data da primeira autorização/renovação da autorização de introdução no mercado Data da primeira autorização: 15 de Novembro de 1971

Data da revisão: 4 de Setembro de 2002

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