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A ACUPUNTURA COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO PARA O ESTRESSE OCUPACIONAL: A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA

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VII SEPECEL – Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão

do Centro de Educação e Letras.

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Foz do

Iguaçu, PR.

A ACUPUNTURA COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO PARA O ESTRESSE OCUPACIONAL: A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE

ENFERMAGEM EM UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA

Regiane Bezerra Campos (Apresentador)1, Marcos Augusto Moraes Arcoverde (Colaborador)2, Luciana Winter (Orientador)3 Curso de Enfermagem1 (regfac@gmail.com); Curso de Enfermagem2

(marcosarcoverde@bol.com.br); Secretaria Municipal de Saúde 3 (lucianaw@uniamerica.br )

Palavras-chave: Terapias alternativas, Enfermagem, Saúde do trabalhador. Introdução

O trabalho é uma das fontes de satisfação de diversas necessidades humanas, mas também pode ser fonte de adoecimento, pois, “fatores de risco psicossociais podem desencadear estresse, entendido como uma reação complexa com componentes físicos e psicológicos resultantes da exposição às situações que excedem os recursos de enfrentamento da pessoa” (MURTA e TRÓCCOLI, 2004, p.02).

No contexto de trabalho da Enfermagem, “por sua própria natureza e características, revela-se especialmente suscetível ao fenômeno do estresse ocupacional”, e alguns estudos revelam que a maioria dos enfermeiros sente-se estressado no trabalho (STACCIARINI e TRÓCCOLI, 2001, p. 2).

Para Stacciarini e Tróccoli (2001, p. 2) “o estresse ocupacional é um assunto complexo, [...] não é um fenômeno novo, mas um novo campo de estudo que é enfatizado devido ao aparecimento de doenças que foram vinculadas ao estresse no trabalho”.

Já para Batista e Guedes, (2005) os trabalhadores da área de saúde possuem uma das profissões campeãs do estresse, ocupando o terceiro lugar, ficando atrás somente dos controladores de vôo, motoristas de ônibus urbano, e dos policiais e seguranças privados. Os profissionais da área de saúde em geral, sofrem pressões de todos os lados, tanto dos clientes, pacientes ou subordinados. Durante a assistência os mesmos, ficam expostos à situações variadas, à diversos elementos estressores, para tanto autores discorrem sobre o assunto.

De acordo com Giaponesi e Leão (2007, p. 2), o Profissional de Enfermagem no exercício de sua Profissão, está exposto às condições de estresse, devido ao contato frequente com pacientes críticos, bem como.

“... o grau de responsabilidade, a falta de profissionais, os acidentes de trabalho, o trabalho por turnos, findam por aumentar a angústia e a ansiedade dos Enfermeiros, especialmente daqueles que trabalham em urgência e emergência”.

O estresse pode provocar ansiedade, irritação, depressão e também sintomas, e quando em fase aguda, dificilmente a pessoa consegue

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controlá-lo sem ajuda médica. O estímulo estressante pode causar uma série de sintomas tanto orgânicos como de alterações psíquico-comportamentais. Em condições crônicas causa desgaste físico-mental, chegando até a gerar doenças degenerativas permanentes (CEIMEC, 2010). Diante desta problemática, leva os trabalhadores a buscarem tratamento medicamentoso e terapias alternativas entre estas, encontra-se a acupuntura.

A acupuntura é parte essencial da medicina oriental há anos, onde estudos demonstram evidências reais de que ela é capaz de tratar vários problemas tratados por métodos convencionais e outros relacionados ao psicológico, com graus variados de sucesso. Tais problemas incluem: estresse e ansiedade; vícios; asma; bronquite aguda; dores causadas pelo câncer; dores de cabeça; fibromialgia; dores lombares; cólicas menstruais; osteoartrose; problemas no trato urinário; reabilitação após derrames, entre outros (WATSON, 2010).

Objetivos

Mediante o exposto o objetivo deste trabalho é “Conhecer a utilização e percepção da acupuntura como tratamento para o estresse profissional por profissionais de enfermagem trabalhadores de um serviço de emergência”.

Materiais e métodos

Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualiquantitativa realizada com profissionais da enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do município de Foz do Iguaçu.

Para coleta de dados utilizou-se um questionário respondido pelos participantes. Ao todo, aceitaram participar da pesquisa 21 profissionais.

Para garantir o anonimato o nome dos participantes foram substituídos por nome de cores.

Os dados quantitativos foram analisados por porcentagem. Já os dados qualitativos foram analisados de modo a encontrar semelhanças entre as respostas e a literatura vigente.

Resultados e Discussão

Dos 21 sujeitos desta pesquisa, 18 descreveram os principais estressores ocupacionais em seu trabalho, 02 não responderam, 01 refere não ter queixas. Destes 18, 05 responderam que as causas do estresse em seu ambiente de trabalho está relacionado à assistência; 03 acreditam ser em as relações interpessoais causadoras do estresse; 03 relatam a sobrecarga de atividade; 03 acrescentam o trânsito como estressor; 02 citam os recursos inadequados; 01 mencionou fatores mecânico e psicológico; 01 citou a falta de reconhecimento profissional.

Nota-se nas respostas dos sujeitos a diversidade de causas que levam estes profissionais ao estresse ocupacional. Estes relatos vêm de encontro com estudo de Stacciarini e Tróccoli (2001, p. 3) pois para eles:

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Os estressores do ambiente de trabalho podem ser categorizados em seis grupos: fatores intrínsecos para o trabalho (condições inadequadas de trabalho, turno de trabalho, carga horária de trabalho, contribuições no pagamento, viagens, riscos, nova tecnologia e quantidade de trabalho), papéis estressores (papel ambíguo, papel conflituoso, grau de responsabilidade para com pessoas e coisas), relações no trabalho (relações difíceis com o chefe, colegas, subordinados, clientes sendo diretamente ou indiretamente associados).

Acerca das Terapias Alternativas citadas, observa-se que a acupuntura foi citada 11 vezes; a fototerapia ficou em segundo lugar com 9 citações; na sequência fica a homeopatia com 7 citações; a hidroterapia foi mencionada 2 vezes e as demais foram destacadas 1 vez.

Quanto ao uso de terapias alternativas, 16 sujeitos responderam que não utilizam esse recurso terapêutico, e 5 (25%) afirmam já terem utilizado algum tratamento alternativo.

Quanto aos motivos que levaram à utilização de terapias alternativas foram citados conforme Tabela 1

TABELA 1 – Motivos para utilização das terapias alternativas

Problema de saúde Número

Ansiedade 01

Estresse e 01

Bronquite 01

Infecção urinária 01

Dor 02

Quanto à percepção dos profissionais sobre acupuntura, as suas respostas foram:

“Serviria como fator desestressante” (ROSA).

“Tratamento de tipos de dores, estresse e distúrbios neuróticos” (LILÁS);

“Para diminuir o estresse, pode ser usado como tratamento alternativo à medicina tradicional” (VERDE OLIVA);

“Agulhas em determinados pontos do corpo para fins específicos” (AZUL ROYAL).

“Importante por ser uma alternativa” (AMARELO). “Não evasivo, sem contra indicação” (VERDE).

“Abre campo de trabalho, melhora significativa na vida dos pacientes” (LILÁS).

“Inserção no currículo acadêmico para haver formalidade e legalidade” (VERDE FOLHA).

“O que favorece é importante.” (BEJE).

“Mais um campo profissional para enfermeiros” (AZUL MARINHO). Quando questionados se já utilizaram a acupuntura para tratamento de estresse, 10% responderam, sendo que o PRETO respondeu: “Sim. Já usei, obtive bons resultados”. Já Bege respondeu: “Sim, indico”.

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Para Kurebayashi, Oliveira e Oliveira (2006) a aplicabilidade da acupuntura não é somente uma terapêutica complementar importante na atuação do Enfermeiro, mas também serve como tratamento da própria equipe de Enfermagem.

Para Tsuchiya e Nascimento (2001, p.38) “atualmente as terapia complementares estão sendo muito divulgadas, mas ainda são pouco reconhecidas e muito menos praticadas pelos enfermeiros, talvez por desconhecê-las e aos seus efeitos”.

Conclusões

A reflexão sobre o conhecimento desses sujeitos sobre as terapias alternativas destacando a acupuntura traz a tona evidencias comuns entre literatura e a realidade dos sujeitos desta pesquisa. Acerca das definições, nota-se determinada dificuldade em descrever, mesmo de forma geral, o termo terapia alternativa, entretanto observa-se de forma sucinta que quase todos citam alguma TA. No entanto, entre todos os tratamentos alternativos citados, a acupuntura prevalece.

Os dados demonstra a presença de vários estressores ocupacional. O que poderá levá-los a adquirir estresse ocupacional.

Os dados trazem a tona também, que alguns dos sujeitos desta pesquisa, negligenciam as terapias alternativas, talvez pela falta de informação ou pela pouca divulgação do assunto. Mediante essa informação, aponta-se a necessidade de maior divulgação dos tratamentos alternativos, principalmente nos serviços de saúde e meio acadêmicos.

Sendo assim, pensar terapia alternativa e academia, é pensar critérios para inserção das mesmas no Projeto Político Pedagógico e nas Diretrizes Curriculares, promovendo a integralidade entre acadêmicos, profissionais de Enfermagem e a prática profissional.

Referências

BATISTA, L. S. A.; GUEDES, H. M. Estresse ocupacional e enfermagem:

abordagem em unidade de atenção a saúde mental. 2005. Disponível em:

<www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/02/.../artigo_17.pdf>. Acesso em: 04 jul. 2010.

CEIMEC - Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa. Acupuntura trata

o estresse. Disponível em: <http://www.ceimec.com.br/estresse.php>. Acesso

em: 03 jun. 2010.

GIAPONESI, Ana Lúcia Lopes; LEÃO, Eliseth Ribeiro. Estresse da equipe de

enfermagem em terapia intensiva: a auriculoterapia como intervenção de

saúde. Disponível em:

<Http://www.itio.com.br/.../ESTRESSE%20DA%20EQUIPE%20ANA.pdf.>. Acesso em: 01 mai. 2010.

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VII SEPECEL – Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão

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KUREBAYASHI, Leonice, Fumiko; OLIVEIRA, Rosemeire Aparecida de; OLIVEIRA, Renata Moreira de. Acupuntura: interesse e prática pelos

Enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde do município de São Paulo.

Monografia (Centro Universitário São Camilo - Curso de Enfermagem). São

Paulo: p. 1-78, 2006. Disponível em:

http://www.itio.com.br/artigos/PERFIL%20DAS%20ENFERMEIRAS.pdf. Acesso em: 11/05/2010.

MURTA, S. G.; TRÓCCOLI, B. T. Avaliação de intervenção em estresse

ocupacional. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 20. n.1. Brasília. Jan./Abr. 2004.

STACCIARINI, Marie R. Jeanne; TRÓCCOLI, Bartholomeu T. O estresse na

atividade ocupacional do enfermeiro. Revista Latino-Americana de

Enfermagem. Ribeirão Preto- SP. v. 9, n. 2, mar./abr, 2001.

TSUCHIYA Kátia Kaori; NASCIMENTO Maria de Jesus Pereira. Terapias

complementares: uma proposta para atuação do enfermeiro. Revista

Enfermagem, UNISA 2002; v. 3: p. 37-42.

WATSON, S. Como funciona a acupuntura. Disponível em: <http://saude.hsw.uol.com.br/acupuntura.htm>. Acesso em: 03 jun. 2010.

Neste Resumo Expandido não ultrapasse o limite de 5 (cinco páginas) no

trabalho todo (mínimo de 3 e máximo 5). Caso contrário, ele será automaticamente rejeitado. Você deverá sobrescrever este texto, que já

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