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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS DE TUCURUÍ FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA MARLON JONHS COSTA PADILHA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS DE TUCURUÍ

FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA

MARLON JONHS COSTA PADILHA

RETROFIT DA ILUMINAÇÃO DO SUPERMERCADO SUPERNORTE

TUCURUÍ - PA JAN – 2017

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MARLON JONHS COSTA PADILHA

“RETROFIT DA ILUMINAÇÃO DO SUPERMERCADO SUPERNORTE”

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Pará – UFPA, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Elétrica, sob a orientação do Prof. Dr. Ivaldo Ohana

TUCURUÍ - PA JAN – 2017

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AGRADECIMENTOS

Como não poderia ser diferente, agradeço primeiramente à Deus, que me sustentou em todos os momentos de dificuldades e desespero.

As minhas mães, Maria Providência e Maria Helena, que sempre me apoiaram em todas as minhas escolhas, dando-me toda a base educacional, moral e material para a concretização desse sonho. Sei que, sem elas, nada seria possível.

As minhas irmãs, Deise Kelly e Jaqueline, que estiveram ao meu lado, desde o início, incentivando-me e dando-me força e apoio necessário para seguir em frente e concretizar essa meta.

As minhas tias, Leila Padilha, Leida Padilha e Lilian Padilha, pela ajuda financeira, especial à Regina Rocha, por me receber e me acolher em sua casa, fazendo-se presente e contribuindo com o seu amor, carinho e ajuda. Que Deus possa lhe conceder sua cura e saúde.

A todos os meus amigos e colegas de classe, em especial a, Jéssica Souza, Josoé Rocha, Juliane Gomes, Rodrigo Marques e Wirlan Lima, com os quais compartilhei momentos que levarei para o resto da vida.

Aos meus amigos, Felipe Bamberg e Marcos Eduardo, que me deram suporte na elaboração desta monografia.

Aos professores da Faculdade de Engenharia Elétrica – UFPA, que integraram minha grade curricular e, com muita maestria, ensinaram-me os conhecimentos absorvidos durante estes cinco anos.

Em especial, Anderson Gaiozo e Italo, por todo apoio, conselho, incentivo e suporte para a realização dos meus objetivos.

À Renata Campos, representante do grupo Supernorte, por fornecer o ambiente e os dados imprescindíveis para a preparação e conclusão dos ensaios realizados no projeto.

Por fim, um agradecimento especial ao meu orientador, Ivaldo Ohana, que, não medindo esforços, compartilhou seus conhecimentos durante o período de elaboração desde projeto, sendo essencial na minha formação,

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RESUMO

O trabalho de pesquisa – retrofit da iluminação Supernorte, tratará do desperdício no consumo energético enfocando que a iluminação é um fator relevante, que deve ser levado em consideração. Nesse sentido, destacará que é de suma importância o aprimoramento tecnológico alinhado à diminuição do consumo, aspirando ao bem estar do ser humano e eficiência, sem que haja perda no conforto e qualidade de vida. Nessa perspectiva, no supermercado Supernorte, por se tratar de uma obra pronta e em funcionamento, foram averiguados os gastos da empresa, para em seguida elaborar soluções adequadas a sua instalação. Dessa forma, os resultados apontam áreas de maior influência no consumo final da energia elétrica, sendo possível com a execução do projeto retrofit da iluminação melhorando a luminância, a eficiência luminosa e energética, diminuindo potência específica e o consumo de energia elétrica.

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ABSTRACT

The research work - Retrofit of Supernorte lighting, will deal with the waste in the energy consumption focusing on that the lighting is a relevant factor, that must be taken in consideration. In this sense, it will highlight it is of utmost importance the technological improvement aligned with the decrease of consumption, aiming at the well being of the human being and efficiency, without loss of comfort and quality of life. In this perspective, Supernorte supermarket, because it is a building built and in operation, were investigated the company's expenses, and then to elaborate appropriate solutions for its installation. In this way, the results indicate areas of greater influence in the final consumption of electric energy, being possible with the implementation of retrofit lighting project, improving luminance, light and energy efficiency, reducing specific power and electricity consumption.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Triângulo das potências...13

Figura 02 – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. ...16

Figura 03 - Espectro eletromagnético. ...19

Figura 04 – Diagrama fotométrico. ...20

Figura 05 – Eficiência do grupo de lâmpadas. ...22

Figura 06 – Diodo PN. ...26

Figura 07 – Iluminação antiga...29

Figura 08 – Iluminação nova...31

Figura 09 – Iluminação antiga...34

Figura 10 – Iluminação nova...34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Equipamentos que têm o selo PROCEL. ...17

Tabela 02 – Consumo da iluminação antigo. ...28

Tabela 03 – Consumo da iluminação nova. ...30

Tabela 04 – Iluminamento por ambiente. ...32

Tabela 05 – Média do iluminamento por ambiente. ...32

Tabela 06 – Comparação da carga antiga com a nova. ...33

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SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ... 10 1.1 Motivação ... 10 1.2 Objetivo ... 10 1.2 Organização ... 11 2- EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ... 12 2.1 Fatores de Potência ... 12 2.2 Iluminação ... 13 2.3 Refrigeração ... 14

2.4 Conscientização do Uso da Energia ... 15

2.5 Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) ... 15

2.6 Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) [9] ... 16

2.7 Lei da Eficiência Energética – Lei 10.295 de 17/10/2001 ... 18

3- LUMINOTÉCNICA ... 19 3.1 Iluminação ... 19 3.2 Luz ... 19 3.3 Intensidade Luminosa ... 19 3.4 Fluxo Luminoso ... 20 3.5 Iluminância ou Iluminamento ... 20 3.6 Luminância ... 21 3.7 Eficiência Luminosa ... 21 3.8 Aspectos da Cor ... 22 3.8.1 Aparência da Cor ... 22 3.8.2 Reprodução de Cor ... 22

3.9 Classificação das Lâmpadas: ... 23

3.9.1 Lâmpadas Incandescentes ... 23

3.9.2 Lâmpadas de Descarga ... 23

3.8.3 Lâmpadas de LED ... 25

4- PROJETO ... 27

4.1 Análise da Situação Atual ... 28

4.1.1 Consumo Energético Antigo ... 28

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4.2.1 Vantagens Gerais ... 30

4.2.2 Relação de luminárias / Consumo Energético ... 30

4.2.3 Qualidade da Iluminação ... 32

4.2.4 Eficiência Energética Luminosa ... 32

4.3 Comparação entre Projeto Convencional e Projeto Novo ... 32

4.3.1 Comparação – Gasto Energético ... 33

4.4 Materiais utilizados ... 34 4.5 Manutenção ... 34 5- CONSIDERAÇÕES ... 35 5.1 Trabalhos Futuros ... 35 REFERÊNCIAS ... 36 ANEXO A ... 38 ANEXO B ... 39

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1- INTRODUÇÃO

É certo que o consumo de energia elétrica, no Brasil e no mundo, tem crescido exponencialmente, enquanto a disponibilidade desse recurso não está acompanhando essa demanda. Sabendo disso, é preocupante a possibilidade do esgotamento dos recursos utilizados para a produção de energia elétrica.

A expansão acentuada do consumo de energia, embora possa refletir o aquecimento econômico e a melhoria da qualidade de vida, tem aspectos negativos: impacto ao meio ambiente, produzido pelo desflorestamento de parte da vegetação local (caso das UHEs), e também elevado custo de investimentos exigidos em pesquisas por novas fontes de geração de energia elétrica [1].

Uma das maneiras mais modernas e utilizadas no mundo para conter a expansão do consumo, sem comprometer a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico, tem sido o estímulo ao uso eficiente. O sistema de geração de energia hidráulica é a maior composição da matriz energética brasileira, ultrapassando 50%. Com a crise hídrica no Sudeste do país, necessitou-se substituir o sistema hidráulico por termelétricas, ocorrendo, assim, o aumento da tarifa de energia e da possibilidade de falta da mesma, carecendo ainda mais da economia e consciência individual no consumo.

1.1 Motivação

O interesse para a elaboração do projeto manifestou-se de uma problemática existente na atualidade da crise energética. Tal motivação para a escolha e estudo do presente trabalho surgiu como medida para reduzir o consumo desenfreado de energia elétrica, que está causando a escassez dos recursos naturais disponíveis para geração de energia, obedecendo às leis vigentes.

1.2 Objetivo

O objetivo do projeto é conscientizar as empresas e os demais consumidores sobre o desperdício de energia elétrica, atentando-os a respeito da importância da utilização de equipamentos eficazes para uma iluminação adequada, proporcionando, ainda, uma redução considerável no valor da fatura de energia elétrica.

Tendo em vista a preocupação com a eficiência energética, decidiu-se realizar o estudo e projeto na carga de iluminação. Chegou-se à conclusão de que a melhoria advém de

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medidas simples: executando o retrofit da iluminação, substituindo as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas modernas e mais eficientes, como as lâmpadas de LED, diminui-se a potência total e a especifica, melhorando, ainda, a luminosidade. Levando em consideração toda norma vigente brasileira.

1.2 Organização

Este trabalho está estruturado da seguinte forma:

O Capítulo um refere-se à Introdução do trabalho e relata as motivações que resultaram no presente projeto, bem como o objetivo o qual se destina o mesmo.

No Capítulo dois, faz-se um embasamento teórico da eficiência energética. Explana-se alguns fatores que influenciam no consumo de energia elétrica e, também, elenca-Explana-se programas e a legislação de eficiência energética, adotados pelo Brasil, como medidas para reduzir o consumo supérfluo de energia elétrica.

No Capítulo três, foi elaborado um resumo sobre os conceitos de luminotécnica. Já o Capítulo quatro apresenta o estudo, projeto e a implantação da iluminação. Finalmente, o Capítulo cinco traz as considerações finais, descrevendo os pareceres conclusivos da implantação do projeto de iluminação, bem como os seus ganhos e sua relação de conformidade com as normas vigentes.

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2- EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

A grande maioria das atividades realizadas em uma sociedade moderna ocorrem por meio do uso das diversas formas de energia, dentre elas, aquelas que são processadas pelo homem e colocadas à disposição dos usuários, quando e onde for necessário, como a eletricidade, o diesel, a gasolina, o gás natural e o álcool.

A energia elétrica é utilizada em aparelhos simples, como em motores e lâmpadas, ou em sistemas com maior complexidade, como geladeiras e automóveis. Estes equipamentos e sistemas transformam a energia elétrica em energia térmica, luminosa, mecânica, dentre outras. Dessa forma, uma lâmpada, por exemplo, transforma a eletricidade em luz e calor. Assim, como o objetivo da lâmpada é fornecer luminosidade, uma medida da sua eficiência é encontrada através da razão entre a energia da luz pela energia elétrica utilizada pela lâmpada [2].

A procura por consumo de energia, de forma eficaz e eficiente, com a menor degradação possível da natureza, hoje, é uma preocupação social. No setor de eletricidade, foram representados e elaborados novos rumos à exploração de recursos naturais para a produção de energia elétrica, desde a geração ao consumo, em um modelo de desenvolvimento sustentável, respeitando o meio ambiente.

As áreas que podem receber intervenções para conceder a eficiência energética: equipamentos elétricos, fator de potência, iluminação, refrigeração, motores elétricos e, principalmente, a conscientização do uso da energia. Ademais, foram desenvolvidos programas pelo governo, voltado para a economia de energia.

2.1 Fatores de Potência

O fator de potência é um número adimensional, isto é, não possui unidade de medida. Trata-se da razão entre potência ativa (W) e a potência total, ou potência aparente (VA), ou seja, a relação entre o quanto de energia que efetivamente é transformado em trabalho, resumido, é o produto da tensão e corrente eficazes, entregues à carga. Existe, ainda, a potência reativa (VAr), que é a potência do campo eletromagnético, criado por alguns equipamentos elétricos de carga indutiva (motores e transformadores, principalmente) e capacitiva (computadores e lâmpadas fluorescentes, por exemplo).

O fator de potência indica se a energia está sendo utilizada de forma eficiente. Esse valor varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior é a eficiência com a qual a energia está

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sendo usada, ou seja, a maior parte da energia está sendo efetivamente transformada em trabalho; quanto mais próximo de 0, maior é a quantidade de energia reativa, que não exerce trabalho reativo. Um baixo fator de potência indica que você não está aproveitando plenamente a energia, sendo então realizados estudos para se melhorar esse fator de potência.

Motores e transformadores elétricos, que criam campos eletromagnéticos para o uso, utiliza a rede elétrica como fonte de alimentação, em duas formas diferentes: a energia ativa e a energia reativa, culminando em um baixo fator de potência, tanto em instalações comerciais como, principalmente, industriais.

Dizer que o fator de potência é de 0,8, por exemplo, é afirmar que cerca de 80% dessa energia está sendo transformada em trabalho, enquanto 20 % está sendo entregue aos efeitos indutivos-capacitivos de equipamentos com essas características.

Para uma maior eficiência no uso energético, a ANEEL estabeleceu um valor mínimo de fator de potência, 0,92. Caso haja descumprimento no valor do fator de potência, o consumidor é multado. A ocorrência de excedente de reativo é observada e calculada pela concessionária através do fator de potência mensal ou horário [3]. O fator de potência pode ser representado pelo triângulo chamado “triângulo das potências”, como pode ser observado na figura 1. O valor do fator de potência também pode ser encontrado calculando o cosseno do ângulo φ.

Figura 1- Triângulo das Potências [4]

2.2 Iluminação

Este fator é de extrema importância em nosso cotidiano, visto que, em até mesmo horários noturnos, a iluminação faz parte da vida de todos os seres vivos, por meio da luz

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estelar e solar, refletida pela lua. Por menor que seja a iluminação, é vital que haja reprodução de cores.

O ser humano e outras espécies com alta capacidade de visão possuem adaptações que permitem a eles suprirem as próprias limitações, podendo, dessa forma, interpretar a visão mesmo em locais com pouco fluxo luminoso.

É comprovado cientificamente que a nossa visão se dá através da captação de fluxos luminosos, produzidos por uma fonte de luz, os quais nosso cérebro codifica e reproduz em imagens e cores. Esta habilidade também contribui nos hábitos instintivos dos seres vivos, ou seja, bem-estar e convívio em vários horários do dia. Ainda, é importante ressaltar que o desgaste corporal não se dá apenas por trabalho excessivo, mas também, por desgaste mental.

Dificuldades para enxergar, ocasionadas por baixa iluminação, exige que o cérebro se esforce mais para assimilar informações enviadas pelos olhos, desgastando-se mais facilmente. Após um tempo de permanência deste desgaste, aparecem os problemas psíquicos: impaciência, imprecisão e outros problemas nervosos que refletem diretamente na conduta, qualidade e produtividade do funcionário.

A carga de iluminação solicita do consumo de energia elétrica 23% do faturamento de energia nas instalações residenciais, 44% nas instalações comerciais e 1% no setor industrial. Investimentos em estudos, pesquisas, novas tecnologias e projetos devem ser realizados para melhorar o fluxo luminoso, de forma consciente e eficiente [5].

2.3 Refrigeração

O advento da refrigeração e do ar condicionado foi de extraordinário avanço para a sociedade moderna. A chance de conservar alimento e de viver e trabalhar em climas intempérie deu as atividades humanas possibilidades muito maiores em ambientes adversos [6]. A refrigeração consiste no processo de retirar calor de um corpo ou ambiente para diminuir a temperatura e transferir este calor para outro espaço ou corpo. Em algumas edificações a carga com o sistema de ar condicionador podem chegar a 60% do consumo de energia elétrica, um quantitativo relevante para se modificar e reduzir esse consumo. Estratégicas e ações devem ser adotadas para resolver esse problema. Quando for construir uma edificação nova, se faz necessário um bom projeto, para amenizar a temperatura e dimensionar a potência adequada para cada espaço. Já em edificações antigas pode se fazer o retrofit das instalações reparando e dimensionando de acordo as normas técnicas e necessidades. Tomando essas medidas, contribuíra bastante no consumo eficiente e diminuirá o desperdício de energia elétrica.

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2.4 Conscientização do Uso da Energia

A natureza possui uma habilidade de renovar-se, entretanto, com a velocidade com que os recursos estão sendo consumidos, o tempo não é suficiente para a recuperação natural. Para reverter essa realidade, o uso correto da energia elétrica é um estilo de vida que deve ser adotado para que gerações futuras não sofram com as consequências.

A consciência individual é essencial. A melhoria é resultado de pequenas ações de consumo consciente, seja em casa, no trabalho ou em todos os ambientes do cotidiano. Faz-se necessário aproveitar mais a luz solar, construir edificações com projetos renovadores e adequados, adquirir costumes, hábitos, ideias e conhecimentos que melhorem o dia a dia da humanidade, com atitudes e cultura de desenvolvimento sustentável, consciente e eficaz na forma de consumir a energia elétrica e seus recursos.

2.5 Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE)

Em 1984, o Inmetro iniciou consultas e debates públicos acerca da conservação de energia, objetivando a conscientização das pessoas, esclarecendo e informando aos consumidores sobre a eficiência energética de vários produtos, incentivando-os à adquirirem equipamentos seguros, iniciando, assim, o Programa Brasileiro de Etiquetagem.

Esse programa é coordenado pelo Inmetro. Nele, estão disponíveis as informações necessárias a respeito do desempenho dos produtos, levando em consideração atributos e características eficientes, incentivando a concorrência das indústrias, que, por isso, produzirão mercadorias mais econômicas.

O PBE faz ensaios e testes nos produtos em laboratórios, classificando-os em uma faixa que vai do mais eficiente (A) ao menos eficiente (de C até G, de acordo com o produto), como podemos observar na figura 2, dependendo de como consomem energia e dos impactos ambientais que geram, com menor preço [7].

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Figura 2 - Etiqueta Nacional de Conservação de Energia [8].

2.6 Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) [9]

O PROCEL foi instituído pela portaria interministerial 1.877 de 30.12.1985, tendo coordenação pelo Ministério de Minas e Energia – MME e execução pela Eletrobrás, este selo foi estabelecido pelo Decreto Presidencial, em 8 de dezembro de 1993, e, concomitantemente, foram firmados acordos e parcerias com universidades, laboratórios e fabricantes para desenvolvimento de mercadorias com melhores performances, promovendo, dessa maneira, o uso eficiente da energia elétrica e diminuindo o seu desperdício. Sua diretriz é classificar os produtos de acordo com sua eficiência energética, disponibilizando para o consumidor

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informações necessárias na hora de adquirir esse produto e também introduzir na sociedade o hábito e a conscientização da forma correta de utilização da energia elétrica. Os equipamentos que têm selo PROCEL estão apresentados na tabela 1.

Tabela 1- Equipamentos que tem o selo PROCEL[10]

EQUIPAMENTOS CATEGORIAS

Eletrodomésticos

Congeladores Congeladores

Refrigeradores Refrigeradores

Lavadoras Semiautomáticas e Automáticas

Televisores Televisores

Ventiladores Mesa e Teto

Condicionadores de ar Split e Janela

Micro-ondas Micro-ondas

Lâmpadas e Reatores

Lâmpadas Fluorescentes Lâmp. Fluor. Compactas 127V/220V Lâmpadas a Vapor de Sódio Lâmpadas a Vapor de Sódio

Lâmpada LED Lâmpada LED

Reatores Eletromagnéticos e Eletrônicos

Bombas e Motores

Bombas e Motobombas Bombas e Motobombas

Motores Elétricos Motores Elétricos

Solares

Sistemas de Aquecimento Solar Coletores e Reservatórios Térmicos Sistemas Fotovoltaico Módulos Fotovoltaicos

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2.7 Lei da Eficiência Energética – Lei 10.295 de 17/10/2001

O grande avanço da política pública brasileira de conservação e uso racional de energia elétrica deu-se com o sancionamento da Lei de Eficiência Energética, em 17 de outubro de 2001, que assegura a preservação do meio ambiente. Essa lei dita regras para o consumo máximo, específico, ou mínimo de eficiência energética, de máquinas e equipamentos elétricos produzidos ou comercializados no Brasil, exigindo-os características técnicas pré-estabelecidas pela legislação [11].

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3- LUMINOTÉCNICA

3.1 Iluminação

Está diretamente ligada ao bem estar, afetando positiva ou negativamente (em caso de ausência) as relações humanas no ambiente, podendo, ainda, burlar a visão daquilo que está se enxergando. A iluminação não se limita a apenas disponibilizar fluxo luminoso a certa área ou superfície, mas sim emitir a sensação de conforto e agrado durante o desenvolvimento de atividades. [12].

3.2 Luz

Luzes são ondas eletromagnéticas que possuem comprimentos distintos. O olho humano detecta a luz a um determinado intervalo, como mostrado na figura 3, por meio de estímulos da retina ocular. Existem variações de comprimento de onda e luminosidade.

Figura 3 - Espectro eletromagnético [13]. 3.3 Intensidade Luminosa

A intensidade luminosa refere-se à quantidade de luz emitida por uma fonte, sendo projetada para diversas direções. Sabendo disso, faz-se necessário ter o conhecimento de cada direção nos pontos estipulados. A unidade de medida de intensidade luminosa é a candela, cuja simbologia é cd, a curva de distribuição luminosa é represetado na figura 4.

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Figura 4- Diagrama fotométrico [14] 3.4 Fluxo Luminoso

É a potência de radiação total, ou seja, é a quantidade de luz emitida em todas as direções por uma fonte luminosa, sua unidade é o Lúmen (lm). Formula de fluxo luminoso [15] em lúmen. d S E      (1) Onde:

: fluxo luminoso em lumens;

E : iluminância ou nível de iluminamento em lux; S : área do recinto em m²;

: coeficiente de utilização;

d : fator ou coeficiente de depreciação; 3.5 Iluminância ou Iluminamento

A relação entre o fluxo luminoso, que incide sobre uma determinada superfície e a sua área, sobre a qual o fluxo incide, é a densidade da luz necessária para a realização de um

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determinado trabalho visual, a unidade de iluminamento é o Lux . Existe o aparelho chamado de luxímetro para medir a iluminãncia, também existe a NBR – 5413 que determina a quantidade mínima e necessária para cada ambiente dependendo da atividade exercida.

3.6 Luminância

É a Intensidade luminosa de uma fonte de luz produzida ou refletida por uma superfície iluminada. É considerada a excitação visual, fazendo um grande efeito psicológico no ser humano, deixando eufórico ou triste, estimulado ou abatido. O conceito de luminância é a razão da intensidade luminosa (dI), incidente num elemento de superfície que contém o ponto dado, para a área dA aparente vista pelo observador, quando essa área tende a zero, como podemos observar na equação 2 [15] . Ainda, esta depende do nível de iluminação ou iluminância e também das características de reflexão das superfícies [16].

 cos    dA d L (2) Onde: L : luminância [cd/m²]; A : área da superfície [m²]; : direção da observação [º]; : intensidade luminosa [cd]; 3.7 Eficiência Luminosa

A relação entre o fluxo luminoso, em lúmens total, e a potencia elétrica consumida por uma lâmpada, em lm/w. O gráfico abaixo mostra eficiência luminosa para algumas lâmpadas.

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Figura 5- Eficiência do grupo de lâmpadas [17]

3.8 Aspectos da Cor

As qualidades da cor de uma lâmpada próxima à cor branca são diferenciadas por duas propriedades: a capacidade de cor da própria lâmpada e sua capacidade de reprodução de cor, que afeta a aparência da cor dos objetos e das pessoas iluminadas pela lâmpada.

3.8.1 Aparência da Cor

Refere-se à cor aparente (cromaticidade da lâmpada) da luz que ela emite. Pode ser descrita pela sua temperatura, medida em graus Kelvin (k). Quanto maior o grau, mais fria é a cor da lâmpada. O recomendado para uma residência varia entre 27000k a 5000k. [18]

3.8.2 Reprodução de Cor

É a medida de conformidade resultante da relação entre a cor real de um objeto e sua aparência sob luminosidade. A luz artificial deve conceder ao olho humano uma percepção mais próxima possível da luz natural do dia. Quanto maior o Índice de Reprodução de Cor (IRC), variante de 0% a 100%, maior a fidelidade e precisão da realidade das cores.

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3.9 Classificação das Lâmpadas:

 Incandescentes: com bulbo de quartzo ou halógenas;

 De descarga: fluorescente, vapor de mercúrio, luz mista, vapor metálico e vapor de sódio;

 Led: trata-se de um diodo semicondutor que, quando energizado, emite luz visível. 3.9.1 Lâmpadas Incandescentes

São dois tipos de lâmpadas incandescentes, as tradicionais, constituídas por um bulbo tubular de quartzo, onde há um filamento de tungstênio que permite a passagem de corrente elétrica no seu filamento, aquecendo e gerando luz. O outro tipo, constituídas de gases halogênicos (partículas de iodo e bromo), funcionam com o mesmo princípio das lâmpadas tradicionais, a diferença é o acréscimo desses gases halogênicos.

Quando o filamento de tungstênio é aquecido, a alta temperatura provoca uma reação entre o halogênio e os átomos que se desprendem do filamento, gerando o iodeto de tungstênio. Esse elemento é responsável por provocar um ciclo regenerativo e fazer com que as partículas de tungstênio retornem novamente ao filamento, evitando o enegrecimento do bulbo.

As lâmpadas incandescentes possuem alta eficiência luminosa, maior durabilidade que as lâmpadas incandescentes comuns, além de ótima reprodução de cores. Hoje, no Brasil, encerrou-se a fabricação das lâmpadas incandescentes.

3.9.2 Lâmpadas de Descarga

A emissão luminosa da lâmpada de descarga ocorre por meio do fluxo de corrente elétrica através do gás contido em seu interior. A energia transcorre em forma de radiação (depende da pressão interna da lâmpada, da natureza do gás ou presença de partículas metálicas ou halógenas no interior do bulbo), estimulando os gases ou vapores metálicos, em seguida, reordenando os átomos e iniciando o fluxo de corrente (de um eletrodo negativo para um eletrodo positivo) devido à diferença de potencial existente entre os eletrodos.

a) Lâmpadas Fluorescente

Constituídas por um bulbo, onde está fixado o material fluorescente. Nos extremos do bulbo, estão localizados eletrodos de tungstênio, em seu interior, existe vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão.

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Por meio de uma descarga elétrica ocorrida no interior da lâmpada, é produzida uma radiação ultravioleta que, em presença do material fluorescente existente nas paredes do bulbo (cristais de fósforo), transforma-se em luz visível.

Para iniciar a descarga, as lâmpadas de descarga necessitam de uma tensão maior que a da rede. Para isso, utilizam-se de reator e/ou ignitor para auxiliar na partida dessas lâmpadas.

b) Lâmpadas de vapor de mercúrio

As lâmpadas de vapor de mercúrio são compostas por um bulbo de vidro em seu interior, onde é colocado um tubo de arco, responsável pela produção do efeito luminoso, podendo ser revestido internamente por material fluorescente para melhorar a reprodução das cores. Esse tubo é composto por mercúrio e argônio (em menor quantidade), vaporizados em alta pressão. Em vapor, o mercúrio possibilita o fluxo de elétrons entre os eletrodos da lâmpada, e ao se chocar com esses elétrodos libera energia lluminosa. Assim, ao ser ligado, a lâmpada de vapor de mercúrio leva alguns segundos para atingir a luminosidade máxima.

Essas lâmpadas utilizam de reatores como auxiliadores durante a partida. Sendo assim, possuem vida longa e alta eficiência. Geralmente, fabricam-se lâmpadas de vapor de mercúrio com potências entre 80 W e 400 W para tensão de 220 V.

Normalmente, as lâmpadas de vapor de mercúrio são utilizadas na iluminação de vias públicas, indústrias, galpões, depósitos e fachadas.

c) Lâmpadas Mistas

As lâmpadas mistas mesclam características das lâmpadas de vapor de mercúrio com as das lâmpadas incandescentes e fluorescentes.

Possui um bulbo ovóide, revestido internamente com material fluorescente e, em seu interior, encontra-se um tubo de descarga a vapor de mercúrio que emite radiação visível e radiação ultravioleta invisível, convertida em luz visível por meio do revestimento interno. Em série com o tubo de descarga a vapor existe um filamento de tungstênio que substitui o reator e é responsável pela emissão de luz incandescente, limitação da corrente, e pela melhoria da impressão geral de cor.

Essas lâmpadas são mais eficientes que as incandescentes e menos eficientes que as fluorescentes, já que não necessita de equipamento auxiliar, entretanto, precisa-se de uma tensão de 220 V.

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São ideais quando se deseja melhorar o fluxo luminoso (cerca de 20% a 30% maior que o das lâmpadas incandescentes). Indicadas, ainda, na iluminação de jardins, praças, estacionamentos, postos de gasolinas e galpões.

d) Lâmpadas de Vapores Metálicos

As lâmpadas de vapores metálicos utilizam-se de reator e ignitor para auxiliarem durante a partida. Possuem bulbo externo – preenchido com mercúrio a alta pressão e uma mistura de vapores – tubo de descarga, ambos de quartzo, e duplo contato. Por emitir uma quantidade considerável de radiação ultravioleta, recomenda-se a utilização desse preenchimento em luminárias fechadas, com vidro protetor que absorva radiação.

Essas lâmpadas possuem tamanhos reduzidos, equivalentes às halógenas do tipo palito, contudo, com vida útil superior, economia de até 70% no consumo de energia, menos produção de calor e maior fluxo luminoso. Por isso, são constantemente utilizadas no realce de ambientes.

e) Lâmpadas multi-vapores

Assim como as lâmpadas de vapor de mercúrio, as multi-vapores possuem duplo contato e, também, tubo de descarga de quartzo no interior de um bulbo, em formato ovóide ou tubular. Este último, revestido com material fluorescente.

São caracterizadas por alta eficácia luminosa, qualidade de iluminação e longa vida útil, sendo mais utilizadas em postos de gasolina, parques, outdoors, estádios, estátuas, monumentos, dentre outros.

Existem ainda as lâmpadas Multi-Vapores Metálicos, de potência menor, que se utilizam de reator, ignitor ou de um reator eletrônico durante a partida. Essas são usadas no realce de áreas ou objetos, como vitrines, arbustos e monumentos em gerais.

f) Lâmpadas sódio

Constituem-se por um vidro de formato tubular ou ovular, onde se realiza o vácuo. O tubo de descarga interno ao vidro é constituído de mercúrio, gases e um composto de sódio. Essas lâmpadas são as que possuem maior eficácia luminosa e uma vida útil mais longa que qualquer outro tipo de lâmpada. Também se utilizam de reator e ignitor na partida e necessitam de alguns minutos para atingir 80% do fluxo luminoso total. São utilizadas na iluminação pública (ruas, aeroportos, estacionamentos e áreas externas em geral).

3.8.3 Lâmpadas de LED

Os Diodos de Emissão de Luz (LEDs) são semicondutores que emitem luminosidade com baixo consumo energético, até então, fundamentais na área eletrônica, como

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sinalizadores. Todavia, com o avanço tecnológico, hoje já é possível o desenvolvimento de lâmpadas de LED em grande escala comercial. O LED é o diodo com a configuração de junção PN por dois terminais, o ânodo (A) e o cátodo (k), como observada na figura 6.

Figura 6- Diodo PN [19]

O LED foi idealizado para agregar eficiência, eficácia, baixo consumo e bom índice de reprodução luminosa. Dessa forma, as lâmpadas de LED podem ser utilizadas em qualquer necessidade de iluminação: residencial, comercial, industrial ou pública. Por isso, possuem diversos formatos e, por serem sustentáveis, são atualmente uma realidade para substituição das tradicionais formas de iluminação, apesar do custo elevado para adquiri-la [19].

Uma lâmpada de LED economiza de 75% a 95% no consumo energético em relação às halógenas e possui cerca de 10 anos de vida útil, dependendo de sua aplicação. Porém, por ainda estar em implementação, ainda não atinge o IRC (Índice de Reprodução de Cor) de 100%, como uma lâmpada halógena ou uma incandescente. Dessa maneira, sua utilização em lugares que necessitam de 100% de fidelidade de cor, como cozinhas, não é ideal. Elas funcionam perfeitamente na iluminação cênica.

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4- PROJETO

O objetivo da construção do projeto baseia-se na ideia de melhoria na qualidade da iluminação do ambiente do supermercado Supernorte (Anexo A), de forma a alcançar níveis adequados aos variados tipos de atividades realizadas no âmbito, com o máximo possível de conforto visual aos clientes e colaboradores, de forma econômica, como exigem as normas técnicas da ABNT NBR-5413.

O estudo produz um projeto para cada ambiente, com as seguintes especificidades: - Escolha do tipo adequado de lâmpada;

- Escolha do reator/driver adequado;

- Cálculo da curvatura ideal do espelho para cada situação específica; - Cálculo da distribuição dos pontos de luz;

- Cálculo da quantidade necessária de pontos de luz e de lâmpadas. a) Gasto Energético

Foi realizado o levantamento de todo o material referente à iluminação para cada ambiente (calhas, lâmpadas e reatores/drivers), bem como de seus tipos e potências. Assim, por meio da realização de cálculos, encontrou-se a potência total e o consumo energético mensal do sistema luminotécnico de cada ambiente e do prédio como um todo. Com essas informações, foi possível constatar as vantagens do projeto.

b) Qualidade da Iluminação

Levando em consideração as normas da ABNT (que estabelece o mínimo de luminosidade para cada tipo de atividade), foram estabelecidos os níveis ideais de iluminância (lux) que cada ambiente necessita. A partir deles, foram calculadas a quantidade de luminárias necessárias e os tipos de lâmpadas.

c) Potência Específica

É a grandeza mais importante para avaliação correta do consumo energético de cada ambiente. Calcula-se a potência instalada do sistema luminotécnico e divide-se pela área. Dessa maneira, encontra-se o valor da potência por unidade de área, em W/m2.

d) Eficiência Energética

Após analisados o gasto energético e a qualidade de iluminação de cada ambiente, é necessária uma grandeza que relaciona os dois requisitos. Para isso, calcula-se a eficiência energética luminosa dos ambientes e, em seguida, divide-se o nível médio de iluminamento do ambiente pela potência específica, resultando no valor da Eficiência Energética Luminosa de cada ambiente, em Lux/ (W/m2).

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Através da eficiência energética é possível encontrar a efetividade com que o sistema está transformando energia elétrica em energia luminosa útil (níveis de iluminamento nos pontos em que realmente se precisa iluminar).

É importante ressaltar, ainda, que a eficiência energética permite visualizar a real situação do ambiente. De nada adianta o ambiente possuir uma boa iluminação se está consumindo muita energia, ou não adianta ele estar gastando pouca energia se não está iluminando bem. Esse termo já confere ao usuário a relação entre a Qualidade de Iluminação e o gasto energético.

4.1 Análise da Situação Atual

Foram analisados os dados do projeto convencional e realizou-se um estudo sobre a situação do Sistema Luminotécnico. Nesse estudo, foram feitas análises do Consumo Energético, da Qualidade da Iluminação e da Eficiência Energética do sistema. Após isso, foi apresentado um projeto novo, conhecido como retrofit (substituição), alterando o projeto atual e depois o comparando com o novo, proposto e estudado. Assim, primeiro será apresentado o estudo do projeto convencional e, em seguida, o projeto novo. Finalmente, será feita uma comparação entre os projetos.

4.1.1 Consumo Energético Antigo

Tabela 2- Consumo da iluminação antigo

Ambiente Área (m²) Tipo de Luminárias Potência Total (W) Potência Específica (W/m²) 250W 2x110W Loja 1.568,57 15 56 17.677,00 11,27 Depósito - 9 2.178,00 - Total 1.568,57 15 65 19.855,00 12,66

Como pode ser observado na tabela, a potência total é 19.855,00 W e a potência específica é 12,66 (W/m²). A iluminação era de péssima qualidade, como podemos se observado na figura 7.

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4.2 Projeto Novo

A partir da análise da planta, foi feito um projeto (Anexo B), específico para cada ambiente, considerando as características físicas e o tipo de atividade de cada um. Desse modo, dependendo do pé-direito e das distâncias entre as luminárias, calcula-se a curvatura específica do espelho refletor para cada caso, de forma a redirecionar os raios de luz para as áreas que realmente necessitam de iluminação. A tabela abaixo compila a quantidade de luminárias, o iluminamento médio, a potência total do sistema e alguns dados referentes à eficiência energética.

4.2.1 Vantagens Gerais

O projeto possui as seguintes vantagens:

• Melhoria da qualidade do sistema luminotécnico, em termos de níveis de iluminamento;

• Maior adequação às normas exigidas pela ABNT;

• Menor consumo energético, resultando em uma maior eficiência energética; • Diminuição da temperatura ambiente;

• Diminuição dos gastos com manutenção;

• Modernização do sistema luminotécnico, utilizando-se materiais (lâmpadas e reatores/drivers) muito mais modernos e de muito mais tecnologia.

4.2.2 Relação de luminárias / Consumo Energético

Tabela 3- Consumo da iluminação nova

Ambiente Área (m²) Tipo de Luminárias Potência Total (W) Potência Específica (W/m²) 1x37W 2x37W 2x44W Loja 1.568,57 2 89 7.326,00 4,67 Depósito - 12 1.161,60 - Total 1.568,57 2 89 12 8.487,60 5,41

Como pode ser observada, a potência total é de 8.487,60 W e a potência específica é 5,41 (W/m²). A iluminação ficou de boa qualidade, comprovada na figura 8.

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Figura 8 - Iluminação nova

Com relação aos níveis de iluminamento, o projeto foi executado com valores acima da norma técnica da ABNT. Com a altíssima eficiência do sistema, com as lâmpadas de

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LED, apesar de atingirem níveis ótimos de iluminamento, o projeto conta com uma potência muito baixa, gerando uma alta economia de energia. Como se pode observar, temos uma média de 5,41W/m² de potência especifica.

4.2.3 Qualidade da Iluminação

Tabela 4- Iluminamento por ambiente Iluminamento Médio (Lux) Gôndolas 500 a 700 Lux

Caixas 500 a 700 Lux

FLV 500 a 700 Lux

Laticínios 500 a 700 Lux 4.2.4 Eficiência Energética Luminosa

Potência Total = 8.487,60W Área total = 1.568,57m²

Potência Específica = 5,41 (W/m²)

Tabela 5- Média do iluminamento por ambiente

Iluminamento Médio (Lux) Eficiência luminosa (Lux/(W/m²))

Gôndolas 500 a 700 Lux 128,47

Caixas 500 a 700 Lux 128,47

FLV 500 a 700 Lux 128,47

Laticínios 500 a 700 Lux 128,47

4.3 Comparação entre Projeto Convencional e Projeto Novo

Nesse item, foi feita a comparação entre o projeto convencional antigo e o novo projeto.

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4.3.1 Comparação – Gasto Energético

Tabela 6- Comparação da carga antiga com a nova Potência (W) Potência Específica (W/m²)

Antigo 19.855,00 12,66

Nova 8.487,60 5,41

A redução da potência instalada de 19.855,00 W para 8.487,60 representa uma economia em percentual de 57% na carga de potência da iluminação. A eficiência energética das lâmpadas de LED é de 210 (lumens/w).

Simulação do valor da fatura que será economizado substituído à antiga iluminação. Tabela 7- Simulação de consumo

Potência (W) Potencia KW dias horas tarifa R$ Gasto mensal R$ % Fluorescente 19.855,00 19,855 30,00 16,00 0,60 5.718,24 57,25% LED 8.487,60 12,73 30,00 16,00 0,60 2.444,26

Como observado na tabela, reduziu-se no faturamento de energia elétrica o valor de R$ 3.273,98. O projeto foi executado pela empresa Luminae (energia e iluminação), que realizou todos os serviços necessários, fornecendo as matérias e lâmpadas, cobrando um valor de R$ 45.621,60.

Realizados os cálculos, podemos notar que todo esse investimento será pago em 14 meses, afirmando a eficácia do retrofit, que, ainda, gerou uma economia no final do mês, melhorou a eficiência energética, o iluminamento e contribuiu com a utilização da energia elétrica de forma correta e adequada, para que não houvesse desperdício. As figuras 9 e 10 mostram a diferença e a qualidade das iluminações

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4.4 Materiais utilizados

A luminária utilizada nas propostas é composta por materiais muito mais modernos que os da luminária atual. Entre as vantagens, podemos citar o aumento da vida útil (de 8.000 para 24.000 horas com lâmpadas T5 e 50.000 horas com lâmpadas de LED) e o aumento significativo da eficiência energética.

4.5 Manutenção

A troca de todo o material por materiais novos faz com que a empresa fique, por um longo período de tempo, sem a necessidade de reposição. Além disso, a maior vida útil das lâmpadas e reatores a serem utilizados resultou em um valor médio mensal de manutenção significativamente reduzido.

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5- CONSIDERAÇÕES

Alinhada à exposição geral da pesquisa e de acordo com os objetivos propostos, além da coerência com os vários estudiosos abordados, pode-se dizer que o projeto conseguiu alcançar seus propósitos, uma vez que demostrou ser eficiente quanto à redução do consumo energético do sistema luminotécnico garantido uma excelente qualidade de iluminação, devido à eficiência das luminárias. Além disso, observa-se, também um aumento significativo nos níveis médios de iluminamento, tornando o projeto mais adequado e de acordo com as normas exigidas pela ABNT.

Nesse sentido, a potência total que era de 19.855,00 W, potência especifica total de 12,66 (W/m²), passou para uma potência total de 12.728,10 W, potências especifica de 5,41 (W/m²). Desta forma, os resultados comprovam que com a implantação do projeto, em que foram substituidas as lâmpadas fluorescente por lâmpadas de LED, além da redistribuição no espaço, potencializaram melhores resultados ao consumidor, que teve uma eficiência luminosa de 210 (lumes/W) e iluminamento de quase 700 lux, que é o recomendado.

Com relação à eficiência energética luminosa, que mede a relação entre a qualidade da iluminação e o consumo energético, o projeto alcança níveis muito maiores que os projetos convencionais, devido à utilização de lâmpadas de LED, altamente eficientes e tecnológicas. Em síntese, com a implementação do projeto, obteve-se grande melhoria para o empreendimento favorecendo a eficiência energética e luminosa, a luminância, o conforto visual e a diminuição do consumo de energia elétrica e desperdícios, atendendo todas as normas estabelecidas. O projeto custou o valor de R$ 45.621,60, gerando economia de R$ 3.273,98 ao mês, realizando os cálculos, todo investimento foi recuperado em 14 meses. Portanto, reforça-se que o projeto é de extrema relevância para a sociedade, pois contribui para eficiente e correto consumo energético evitando, assim, o desperdício desnecessário de energia elétrica em nosso país, estado e município.

5.1 Trabalhos Futuros

- Retrofit da iluminação nas outras lojas; - Utilização de placas solares;

- Estudos e cálculos do fator de potência;

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REFERÊNCIAS

[1] ANEEL. Atlas de energia elétrica do Brasil: Energia no Brasil e no mundo. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/atlas_par1_cap2.pdf>. Acesso em: 06 dez 2016. [2] INSTITUTO NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. Conceito. Disponível em: <http://www.inee.org.br/eficiencia_o_que_eh.asp?Cat=eficiencia>. Acesso em: 06 dez 2016. [3] JOINVILLE. Disponível em:

<http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/saimon/materiais/Aula_7___Fator_de_Pot_ ncia.pdf>. Acesso em: 06 dez 2016.

[4] ENGELÉTRICA. Manual de correção do fator de potência. Disponível em:

<http://www.engeletrica.com.br/novo-site/fatordepotencia-manual-fatordepotencia.html>. Acesso em: 15 dez 2016.

[5] PORTAL DA INDÚSTRIA. Eficiência Energética: Teoria & Prática. Disponível em: <http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2014/04/22/6281/Eficiencia_ener getica_Teoria_e_pratica.pdf>. Acesso em: 15 dez 2016.

[6] DEMEC. Refrigeração E Climatização. Disponível em:

<http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM250/Refrigeracao/Apostila%20Refrigera%C3%A7% C3%A3o.pdf> . Acesso em: 18 dez 2016.

[7] INMETRO. O Programa Brasileiro de Etiquetagem. Disponível em:

<http://www2.inmetro.gov.br/pbe/conheca_o_programa.php >. Acesso em: 18 dez 2016. [8] INMETRO. Etiqueta de eficiência energética. Disponível em:

<http://www2.inmetro.gov.br/pbe/a_etiqueta.php>. Acesso em: 20 dez 2016. [9] PROCEL. Selo PROCEL. Disponível em:

<http://www.procel.gov.br/main.asp?TeamID={88A19AD9-04C6-43FC-BA2E-99B27EF54632}>. Acesso em: 20 dez 2016.

[10] PROCEL. Equipamentos com selo PROCEL. Disponível em:

<http://www.procel.gov.br/main.asp?View={B70B5A3C-19EF-499D-B7BC-D6FF3BABE5FA}>. Acesso em: 30 dez 2016.

[11] LEI No 10.295, DE 17 DE OUTUBRO DE 2001. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10295.htm>. Acesso em: 30 dez 2016.

[12] Luís Antônio Greno Barbosa. História e Conceitos de Iluminação. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/manuais/projetodeiluminacao.pdf>. Acesso em: 30 dez 2016.

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[13] OSRAM. Manual Luminotécnico Prático. Disponível em:

<http://www.ploran.com/artigos/luminotecnia.pdf>. Acesso em: 03 jan 2017. [14] Lucínio Preza de Araújo. Luminotecnia. Disponível em:

<http://www.prof2000.pt/users/lpa/Instalacoes%20electricas.html>. Acesso em: 03 jan 2017. [15] Jeanine Marchiori da Luz. Luminotécnica. Disponível em:

<http://professor.ufop.br/sites/default/files/liabrusadin/files/bloco_ii_-_luminotecnicap_5-25.pdf>. Acesso em: 06 jan 2017.

[16] LUMIDEC. Informações Tecnicas. Disponível em:

<http://www.lumicenteriluminacao.com.br/arquivos/info_tecnicas_lumidec.pdf>. Acesso em: 10 jan 2017.

[17] Moisés Roberto Lanner Carvalho. Instalações Elétricas De Baixa Tensão. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABH6EAI/apostila-eletrotecnica?part=3>. Acesso em: 10 jan 2017.

[18]AKARI LÂMPADAS. Temperatura de Cor. Disponível em:

<https://www.akarilampadas.com.br/informacoes/temperatura-de-cor.php>. Acesso em: 10 jan 2017.

[19]CORRADI. Introdução ao Estudo de diodos Especiais - LED e ZENER. Disponível em: <http://www.corradi.junior.nom.br/Diodos_Especiais.pdf>. Acesso em: 15 jan 2017.

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ANEXO A

A história do Supernorte começou em 2001 como um sonho, e deste sonho nasceu um grande projeto que se tornou realidade com muito trabalho e determinação.

Foram 4 anos de muita dedicação e empenho de todos que participaram do projeto, principalmente dos sócios que investiram e acreditaram. E finalmente, depois destes 4 anos, a cidade de Tucuruí foi prestigiada com um novo empreendimento varejista, surgindo então o supermercados do norte do brasil, o Supernorte com sua inauguração realizada em 15 de setembro de 2005.

Focado em oferecer aos clientes de Tucuruí atendimento diferenciado, mix de produtos e serviços de alta qualidade, aliado ao conforto, preços competitivos e formado por uma equipe com experiência de vários anos de mercado, que juntos decidiram mergulhar de corpo de alma nesse novo desafio, com ousadia para cumprir os objetivos e metas propostas pelos seus idealizadores.

Era hora de se posicionar no mercado e criar uma imagem positiva, inovadora, criativa e que acompanhasse as tendências de mercado. Assim o Supernorte abriu as suas portas e a população prontamente a recepcionou! Moderna, projetada em uma área de 1,8 mil m² disponível para vendas e, oferecendo mais de 25 mil itens, o Supernorte possui uma ampla variedade de produtos que vão desde gêneros alimentícios, a carnes, peixes, uma imensa variedade de frutas, legumes e verduras, açaí batido na hora, padaria de referência na cidade, utilidades domésticas, presentes, papelaria, brinquedos, lanchonete, pet shop, materiais elétricos, hidráulico, ferramentas, produtos automotivos, jardinagem, flores naturais.

Atualmente, são cerca de 250 colaboradores diretos inseridos no mercado de trabalho, sem falar nas inúmeras parcerias que fazem com que o Supernorte seja uma das melhores empresas para se trabalhar na região. O Supernorte foi constituído criteriosamente e por isso todas as questões recebem atenção especial, sejam elas; ligadas ao meio ambiente, educação, ao social, a qualidade de vida. Pensando nisso resolveu investir na restruturação da iluminação do Supernorte (matriz), localizado na rua Lauro Sodré, 640 – São José- Tucuruí/Pa. Atendendo o anseio da sociedade, clientes e colaboradores, melhorando a eficiência energética, proporcionando melhor conforto visual e melhorando a iluminação das dependências do supermercado, contribuindo para o consumo racional e eficiente da energia elétrica.

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ANEXO B

Referências

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