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ANÁLISE CINEMÁTICA DE DUAS TÉCNICAS DE PEGADA NO EXERCÍCIO PUXADA ALTA

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Academic year: 2021

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ANÁLISE CINEMÁTICA DE DUAS TÉCNICAS DE “PEGADA” NO

EXERCÍCIO PUXADA ALTA

Luciano Panosso da Silva, Josiele Vanessa Alves, Juliano Dal Pupo, Rudinei Previatti da

Silva; & Carlos Bolli Mota

UFSM-Universidade Federal de Santa Maria-Laboratório de Biomecânica, Santa Maria -RS

Abstract: The present investigation had as purpose to determine the kinematic pattern of the movement on the back pull exercise, and verify the difference of the articular angle between two different techniques of the handle on the bar: opened and closed. Moreover, it was related the possible interference of the breadth on both technique and possible differences of the maximum dynamic strength. For the images capture, it was used a bi-dimensional videography with a camera operating at 60 Hz and these images, afterwards, were analyzed by the Peak Motus System. This study had the participation of 26 young subjects of both sexes and 11 males for the maximum dynamic strength (1RM). The data analysis allowed us to affirm that there are significant angular differences among both techniques of handle for each joint envolved (shoulder and elbow), where the closed handle showed a smaller angulation on the elbow joint and then more efficient on the flexors muscles of this joint. The results also showed that the subjects breadth influences on the articular movement, since the bar must to be kept the same for all of them. About the maximum dynamic strength, the technique of the closed handle had the best performance.

Key-words:Exercises resisted with weights,

kinematics, back pull exercise.

Introdução

Os exercícios resistidos com pesos (ERP) têm despertado o interesse de um grande número de praticantes, sejam como forma de prevenção de doenças, promoção de saúde, motivos estéticos, competitivos ou simplesmente por lazer(1). A

popularidade desta prática tornou-se crescente principalmente, devido a diversas pesquisas demonstrarem os benefícios desse tipo de treinamento.(2)

Comumente, o termo “musculação” é o mais utilizado para designar ERP(3). Esta atividade se utiliza

de sobrecargas externas para oferecer resistência ao músculo, sendo que estas podem ser empregadas de diversas formas, dentre as quais, destacam-se os pesos livres ou máquinas específicas.

Para que ocorra uma perfeita execução dos movimentos em ERP, é fundamental conhecer as bases biomecânicas e cinesiológicas. Um bom embasamento nestas áreas irá permitir avaliar criticamente as técnicas usadas e assim realizar uma melhor prescrição dos exercícios, corrigir posturas ou ainda intervir na prevenção de lesões(4). A Cinesiologia é uma área que

proporciona um profundo entendimento sobre o movimento humano. É através da análise cinesiológica que se podem conhecer os músculos atuantes em determinados movimentos, bem como distinguir quais são agonistas, antagonistas e sinergistas do movimento(5).

O propósito de uma análise cinesiológica é determinar a atividade muscular predominante durante as fases específicas do desempenho e os movimentos articulares. Um dos métodos utilizados para fazer tal análise é o uso da cinemática auxiliada pela videografia. Através da digitalização dessas imagens gravadas obten-se dados que fornecem subsídios para uma descrição completa e objetiva do movimento (1,6,7).

Os movimentos corporais humanos funcionam através de um sistema de bioalavancas que são estabelecidos segundo princípios físicos(8,9). As

variações angulares ou o grau de amplitude adotado em determinados exercícios podem influenciar no treinamento realizado em ERP, no que se refere à ação muscular e também à produção de força.(10)

A adução do ombro no puxador vertical, conhecido como “puxada atrás com polia alta”(11), é um dos

exercícios mais utilizados na sala de musculação. Neste sentido, percebe-se a importância da análise biomecânica-cinesiológica para a segurança e eficiência deste exercício. De acordo com a literatura(9) este

exercício tem o objetivo de trabalhar o músculo Grande Dorsal, porém não envolvendo todas as fibras deste músculo, salientando que a variação da técnicas de “pegada” (modo no qual segura-se a barra) seria uma opção para fortalecer determinado grupamento muscular por completo.

Os referenciais teóricos existentes sobre ERP muitas vezes trazem informações contraditórias e pouco embasadas cientificamente. Geralmente são encontradas na literatura apresentações simples, em forma de manuais e sem maiores explicações e aprofundamentos.

As variações da técnica de execução, em função de diferentes ângulos articulares adotados, podem influenciar no treinamento em ERP. Neste sentido, e sabendo-se que a amplitude de movimento é uma variável importante de intensidade (12,13,14,15,16), o

objetivo deste estudo foi determinar o padrão cinemático do movimento executado durante a fase concêntrica do exercício puxada alta, quando realizado por trás da cabeça, e verificar se existe diferença angular nas articulações envolvidas (ombro e cotovelo) com técnicas de “pegada” aberta e “pegada” fechada. Além

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disso, foi relacionada a envergadura dos sujeitos nas duas técnicas e possíveis diferenças de força dinâmica máxima.

Materiais e Métodos

Afim de atender os objetivos propostos, esta pesquisa foi realizada em duas etapas. A primeira consistiu na determinação de um padrão de movimento para o exercício analisado. A segunda foi a realização de um protocolo de força dinâmica máxima (teste de 1RM)17.

Para a determinação dos ângulos das articulações do ombro e do cotovelo durante a execução do exercício, participaram voluntariamente 26 sujeitos com faixa etária entre 18 e 30 anos, de ambos os sexos (5 mulheres e 21 homens), familiarizados em ERP. O fator treinado ou não-treinado não foi levado em consideração, pois tal não foi considerado uma variável interveniente. Para a aplicação do teste de uma repetição máxima (1RM), foram selecionados 11 sujeitos (faixa etária de 18 a 40 anos) do sexo masculino, considerados treinados, e com o mínimo de um ano de prática ininterrupta em ERP. Ambos os grupos freqüentavam o projeto de extensão “UFSM em movimento – projeto de musculação”, do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria – RS.

Na primeira etapa foi realizada a determinação de um padrão angular de movimento, para as articulações do ombro e do cotovelo, durante a fase concêntrica do exercício (definida como um ciclo completo) “Puxada atrás com polia alta”(11), utilizando duas diferentes

técnicas de “pegada”, neste denominada de “aberta” e “fechada” (figura 1).

A captura das imagens desta etapa foi realizada utilizando videografia bidimensional, com uma câmera operando na freqüência de aquisição de imagens de 60 Hz. As variáveis foram analisadas através do sistema Peak Motus (Peak Performance Inc.). O posicionamento desta câmera deu-se perpendicularmente ao plano frontal (vista posterior), plano no qual aconteceu o movimento. A calibração foi feita a partir de uma escala de alumínio com duas marcações com um metro entre elas, normalmente utilizada em filmagens bidimensionais. Toda a coleta foi realizada no Ginásio Didático II, na sala de ERP do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria.

Cada sujeito foi convidado a participar da pesquisa na sala de ERP, em horário previamente determinado, sendo instruídos a usarem roupa habitual de treino, porém, sem camiseta para os homens e top para as mulheres, possibilitando, assim, que fosse possível fazer as marcações específicas nos pontos determinados.

Após a explicação dos procedimentos, verificou-se através de fita métrica, com resolução de 1mm, a envergadura de cada sujeito. Em seguida foram fixados marcadores reflexivos externos nas seguintes referências anatômicas: ponto médio entre os processos estilóides do rádio e da ulna, direito e esquerdo, côndilo

lateral do úmero direito e esquerdo, processo acromial direito e esquerdo, 7ª vértebra cervical, vértebra localizada na linha média entre os ângulos inferiores das escápulas, cristas ilíacas direita e esquerdas.

Na figura 1 são mostradas as marcas reflexivas sobre as referências anatômicas, o ponto que delimita o fim do movimento e a localização das “pegadas” para as duas técnicas: “Pegada” fechada “Pegada” aberta Fim do movimento

Figura 1: Ilustração do exercício.

Inicialmente, cada sujeito realizou 30 movimentos completos de puxada alta com uma carga inferior a carga usual de treino, para que se pudesse estabelecer como carga leve (13) a partir deste número de repetições.

Em seguida, estabeleceu-se uma carga específica para cada sujeito, normalmente a mesma com que foram feitas as 30 repetições. Se a carga fosse considerada muito leve, era intensificada, desde que ainda pudesse ser considerada leve. Logo após um pequeno intervalo de recuperação, o sujeito realizou cinco movimentos completos de puxada alta com a pegada mais afastada, nas extremidades da barra , aqui denominada de “pegada” aberta. Feitas estas repetições, sem qualquer intervalo, modificou-se o tipo de “pegada”. O sujeito agora devia segurar a barra mais internamente (“pegada fechada”) e realizar mais cinco repetições completas.

Vale salientar que o final do movimento considerado(11) (final da fase concêntrica) foi

pré-determinado, através da marca colocada na linha nucal superiorde cada sujeito, sendo este ponto alinhado com os lóbulos inferiores das orelhas, no plano de Frankfurt (ver figura 1).

Na segunda etapa da pesquisa foi aplicado o protocolo de esforço progressivo neuromuscular máximo, teste de uma (01) Repetição Máxima (1RM)(17), para obtenção da Força Dinâmica Máxima

(FDM).

O aparelho utilizado para a execução do movimento de Puxada atrás com polia alta foi a máquina Pulley Alto, da marca INBAF, com quilagem mínima de 07 quilos e máxima de 96 quilos. A barra é a comumente vista nas academias utilizada neste aparelho (figura 1).

Foi feita uma média para cada quadro do movimento de cada variável para todos os sujeitos. Desta forma obteve-se dados médios de como ocorreu o movimento em cada instante. Em seguida foi realizado um teste “t” de Student para verificar a possibilidade de haver

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diferença angular entre as articulações dos ombros e cotovelos (direito e esquerdo). Como não apresentou diferença significativa, trabalhou-se com as médias das articulações.

As comparações entre os ângulos articulares das diferentes “pegadas” foram realizadas através da estatística e de modo gráfico. Os resultados dos testes de 1RM foram analisados descritivamente

Para a análise da influência das envergaduras frente as diferentes “pegadas”, foi feita uma média das envergaduras dos 26 sujeitos, sendo 1,80m o valor encontrado. A partir disso, o grupo foi dividido em dois: com valores superiores a 1,80m e com inferiores a 1,80m. Após foi realizado uma análise através do teste “t” de student para verificar possíveis diferenças entre os grupos no que se refere às envergaduras e os ângulos iniciais e finais de movimento nas duas técnicas.

Resultados

De acordo com o gráfico (Figura 2) referente ao padrão de movimento para o cotovelo, constatou-se uma angulação média inicial de 150,46º para a técnica “pegada” aberta, enquanto que para a técnica “pegada” fechada o valor do ângulo foi de 148,22º. Nota-se que no início do movimento os valores angulares das duas técnicas para o cotovelo são similares (não diferindo estatisticamente), ocorrendo uma diferença de apenas 2,24º.

Porém, o padrão final da fase concêntrica mostra haver uma diferença de 24,4º entre as duas formas de “pegada”. O valor final encontrado para a articulação do cotovelo durante a “pegada” aberta foi de 83,55º, valor este significativamente maior (P<0,01) do que os 59,21º encontrado na “pegada” fechada.

55 65 75 85 95 105 115 125 135 145 155 1 8 15 22 29 36 43 50 57 64 71 78 85 92 99 % do ciclo  ngul os

Pegada aberta Pegada fechada

Figura 2: Padrão de movimento para o cotovelo

Já para a articulação do ombro, como pode ser visto na Figura 3, o padrão de movimento do exercício com a “pegada” aberta inicia com angulação de 119,4º, diferente da “pegada” fechada, que inicia com o valor de 128,9º. Pode-se perceber uma alteração angular de 9,5º para a articulação do ombro no início do exercício, valor este que difere estatisticamente a P<0,01.

No entanto, o padrão final deste movimento durante a fase concêntrica, para a articulação do ombro, mostrou-se similar entre as duas técnicas adotadas. Para

a “pegada” aberta o valor encontrado foi de 42,64º, enquanto que na fechada foi de 43,82º, ocorrendo portanto uma diferença de apenas 1,18°.

40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 1 8 15 22 29 36 43 50 57 64 71 78 85 92 99 % do ciclo A ngu lo s

Ombro fechada Ombro Aberta

Figura 3: Padrão de movimento para o ombro

Os valores das variáveis angulares referentes às diferentes envergaduras no exercício são mostrados a seguir:

Tabela 1: angulações do ombro nas diferentes envergaduras no início do movimento.

* diferente estatisticamente a p<0,05 ** diferente estatisticamente a p<0,01

Tabela 2: angulações nas diferentes envergaduras ao final do movimento.

* diferente estatisticamente a p<0,05 ** diferente estatisticamente a p<0,01

Com relação às envergaduras dos sujeitos frente às diferentes “pegadas”, percebe-se que existem diferenças significativas entre dois grupos (acima de 1,80m e abaixo de 1,80m). Aqueles com envergaduras superiores a 1,80m apresentaram uma angulação da articulação do cotovelo menor ao final do movimento em relação aos inferiores de 1,80m. Desta maneira, o cotovelo passa a flexionar mais durante a fase concêntrica do exercício para aqueles com envergaduras superiores a 1,80m. Para a articulação do ombro, esta variação angular ocorreu no início do movimento (tabela 1), já ao final do movimento esta diferença não ocorreu (tabela 2).

Ombro Aberta Ombro Fechada

<1.80 m

n=13 117.62° ±3.14* 126.74° ±4.35**

>1.80 m

n=13 120.96°±4.12* 131.28° ±3.78**

Ombro

Aberta Fechada Ombro Aberta Cotov. FechadaCotov. <1,80m 44,27° ± 9,67 43,82° ± 6,28 ± 6,63* 87,17° ± 5,57**63,43° >1,80m 41,01° ± 2,74 43,81° ± 3,93 ± 8,11* 79,93° ± 6,91**55,00°

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Testes de 1 RM realizados com diferentes técnicas de “pegada” no exercício puxada alta mostraram resultados superiores de desempenho utilizando a técnica de “pegada” fechada, conforme mostra a tabela abaixo:

Tabela 3: Valores de 1 RM para as duas técnicas de pegada.

Os valores encontrados diferiram em média 7,5% maior na “pegada” fechada, quando relacionada à aberta. Isso representa em torno de 5 Kg a mais (ou uma placa do aparelho).

Discussão

A partir dos resultados obtidos, pode-se afirmar que durante a técnica de “pegada” fechada houve um deslocamento angular na articulação do cotovelo superior ao da outra técnica analisada. Essa maior amplitude de movimento permite inferir que ocorreu um maior trabalho dos músculos atuantes nesta articulação durante o movimento (flexores do cotovelo).

Numa análise física, pode-se afirmar que com o maior arco de movimentação percorrido (distância angular), desde que mantida a força (quilagem), será maior o trabalho desenvolvido, pois W = f x d. Essa constatação influencia diretamente na intensidade do exercício, já que a amplitude de movimento é uma das variáveis do treinamento (12).

Fisiologicamente, a maior amplitude do movimento muscular no exercício, resulta em maior recrutamento de pontes cruzadas dos músculos agonistas do movimento, bem como, há um encurtamento maior dos sarcômeros, possibilitando assim um desenvolvimento dessa musculatura em toda sua amplitude(18).

Um fator que influenciou neste maior deslocamento durante a “pegada” fechada é a constatação de que no padrão do movimento para a “pegada” aberta, ocorre um instante em que o cotovelo passa a não ter mais alteração angular constante, ou seja, o movimento continua na articulação do ombro, mas na articulação do cotovelo ocorre uma estagnação do deslocamento. A partir desse momento os músculos passam a atuar quase que de forma isométrica. Essa aparente isometria ocorre nos últimos 15% do ciclo, quando a angulação se estabiliza próximo do valor de 85º.

Em se tratando de ombro, os resultados indicaram haver uma diferença estatisticamente significativa apenas para o início do movimento. Isso deve-se ao tipo de “pegada” adotada, pois na fechada o ombro parte de uma posição mais abduzida que na aberta. Neste sentido, os músculos adutores do ombro

realizam deslocamentos diferenciados com a variação da pegada.

Em relação às envergaduras quanto às diferentes pegadas na barra verificou-se, conforme mostra as tabelas 1 e 2, que mantendo-se uma barra única e os mesmos locais de pegada para todos os sujeitos, ocasionaria diferentes percursos angulares para o mesma articulação analisada.

Em relação ao teste de força dinâmica máxima (1RM), os resultados sugerem que o uso das diferentes técnicas podem influenciar na prescrição adequada em ERP, quando esta for feita com base no teste de 1RM. Os maiores resultados obtidos no teste, como mostra a tabela 3, foram sempre observados na técnica de “pegada” fechada, justamente esta que mostrou um maior percurso dos músculos agonistas de cada articulação.

No caso da articulação do ombro há um pré-estiramento da musculatura adutora a qual, em virtude da curva comprimento-tensão do músculo esquelético(19), poderá desenvolver um melhor

desempenho. Já para a articulação do cotovelo, este maior percurso da musculatura flexora não necessariamente implica em maior geração de força para contribuir no exercício, visto que para este grupamento muscular o fator alavancagem (maior torque no meio do movimento, ou seja à 90°(19))

superpõe à curva comprimento-tensão (que se dá no início do movimento).

Desta forma o que parece explicar esta melhor performance da técnica de “pegada” fechada no teste de força dinâmica máxima (1RM), é o pré-estiramento da musculatura adutora do ombro. Fenômeno semelhante já foi demonstrado para os adutores horizontais do mesmo, prono-supinadores do antebraço, flexores e abdu-adutores do quadril(19).

Conclusão

Observou-se a partir dos resultados obtidos que o tipo de “pegada” adotada influencia diretamente na execução do exercício. Verificou-se que a utilização da técnica de “pegada” fechada mostrou-se ser mais eficiente para trabalhar os flexores do cotovelo.

Os resultados obtidos geram análises permitindo dizer que os ângulos articulares que sofrem estas variações (cotovelo e ombro), são diretamente proporcionais ao tipo de pegada, tamanho da barra e das envergaduras do executante. De outra forma, o tamanho da barra é inversamente proporcional à envergadura do sujeito, ou seja, se a envergadura de um indivíduo aumenta, gera o mesmo resultado que o tamanho da barra do aparelho fosse diminuído.

Com relação às envergaduras observou-se que os indivíduos que possuem envergaduras maiores flexionam mais seus cotovelos em relação aos de menor envergadura e partem de uma posição mais alongada de adutores do ombro, concluindo assim, que os músculos flexores do cotovelo trabalham mais e os adutores do ombro tem uma força útil maior.

Sujeitos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Aberta

(kg) 86 61 67 51 89 72 58 69 77 77 71

fechada

(5)

Além de modificar a ação muscular, nesta mesma técnica houve resultados superiores no desempenho do teste de 1RM, mostrando assim, que consegue-se obter maior performance utilizando a “pegada” fechada.

Diante disso, e concordando com a literatura(10), a

utilização de diferentes técnicas de execução de ERP, ou a troca de implementos ou máquinas que modifiquem os ângulos articulares, devem ser analisados e aplicados com cuidado no ofício diário.

A escassez de estudos sobre tal tema não permite confrontar e discutir mais os dados encontrados. Sugere-se mais estudos na área de biomecânica aplicada a musculação, para que possamos embasar nosso trabalho e avançar de apresentações simples, sem maiores embasamentos, para ciência.

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Endereço:

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Santa Maria, RS

FON E: 55-3220-8271

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ISBN # Page# XICBB'2005

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