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GUIA DE ESTUDOS. Comitê Contra Desaparecimentos Forçados. Combate ao crime de desaparecimento forçado. Jéssica Stephane Pimenta Pereira Diretora

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GUIA DE ESTUDOS

Comitê Contra Desaparecimentos

Forçados

Combate ao crime de desaparecimento forçado

Jéssica Stephane Pimenta Pereira

Diretora

Fabiana Kent Paiva

Diretora Assistente

Rafaela Alberto Ferreira Pinto

Diretora Assistente

Renata Araújo Rodrigues

Diretora Assistente

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA ... 3

2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ... 3

3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ ... 6

3.1 Algumas funções do Comitê ... 6

4 PROBLEMATIZAÇÃO DO DESAPARECIMENTO FORÇADO ... 7

4.1 Consequências da prática do crime de desaparecimento forçado ... 9

4.2 Obrigações dos Estados ... 10

4.3 Mecanismos para o combate ao desaparecimento forçado ... 11

4.4 Desaparecimento forçado e questão de segurança ... 14

5 POSIÇÃO DOS ATORES ... 14

5.1 Europa ... 15 5.2 África ... 15 5.3 Ásia ... 16 5.4 Américas ... 17 5.5 Oriente Médio ... 18 6 QUESTÕES RELEVANTES ... 18 REFERÊNCIAS ... 20

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1 APRESENTAÇÃO DA MESA DIRETORA

Olá, senhores delegados, sejam muito bem vindos ao nosso Comitê!

Meu nome é Jéssica Pereira e sou a diretora deste Comitê, nesta página quero apresentar para vocês a nossa equipe. Temos três diretoras assistentes que são a, Fabiana Kent, Rafaela Alberto e a Renata Araújo, somos todas alunas do curso de Relações Internacionais da PUC Minas.

Nosso Comitê trata de um tema que ainda é, infelizmente, pouco conhecido, um assunto que eu gosto muito e na verdade era o único Comitê que eu queria. Se não fosse este, não seria nenhum outro. Tenho realmente paixão pelo tema e acredito que quando cada um começar a estudar, também terá. O que me motivou a montar nosso Comitê foi, principalmente, vocês delegados, e é por causa de vocês que ele existe!

Acredito que juntos, nós da mesa diretora, nossos voluntários e você delegado, cada um com sua dedicação e empenho, iremos fazer deste Comitê uma experiência enriquecedora para todos, passaremos três dias juntos e no final cada um sairá com uma nova bagagem. Obrigada por escolher o CCDF e nos vemos em outubro! Grande abraço da equipe CCDF!

Entrem nas nossas redes sociais, pois sempre serão postadas novas informações, de extrema relevância para todos e para o bom andamento do Comitê. Qualquer dúvida não hesite em perguntar e fiquem a vontade para nos mandar e-mail 14minionu.ccdf@ge-mail.com.

Blog oficial do comitê1, Facebook2eTwitter3

2 APRESENTAÇÃO DO TEMA

O crime de desaparecimento forçado, historicamente, foi desenvolvido durante a ditadura militar de diversos países da America Latina, nos anos de 1970 e 1980. Segundo a definição dada pela Convenção Internacional Para a Proteção de

1 http://14minionuccdf.wordpress.com/ 2 https://www.facebook.com/pages/CCDF-14%C2%BA-MINIONU/544205138946179?fref=ts 3 https://twitter.com/ccdf_14minionu

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Todas as Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado4, artigo dois, desaparecimento forçado é:

Para os efeitos desta Convenção, entende-se por “desaparecimento forçado” a prisão, a detenção, o seqüestro ou qualquer outra forma de privação de liberdade que seja perpetrada por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas agindo com a autorização, apoio ou aquiescência do Estado, e a subseqüente recusa em admitir a privação de liberdade ou a ocultação do destino ou do paradeiro da pessoa desaparecida, privando-a assim da proteção da lei. (CONVENÇÃO..., 2012)

Este mesmo crime, feito através de atos generalizados ou sistemáticos passa a ser considerado um crime contra a humanidade.

Esta Convenção foi adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 20 de dezembro de 2006, em Nova York, aberta para assinatura em 2007, e entrou em vigor em 23 de dezembro de 2010. É composta de 45 artigos: neles estão a definição de Desaparecimento forçado, as medidas que cada Estado deve seguir e implementar – e isto inclui as medidas preventivas e as medidas de punição para quem cometer este crime – , e propõe a criação do Comitê Contra Desaparecimentos Forçados.

Analisando a história, percebemos que as vítimas de desaparecimento forçado são, em sua maioria, pessoas que vão contra os interesses de um grupo que possui certo poder – grupos como: políticos, militares e polícia –, um tipo de crime que podemos perceber certa relação de coexistência com regimes ditatoriais. As vítimas são, em grande maioria, aprisionadas e torturadas por ser consideradas como um perigo à manutenção da ordem nos regimes. Esse tipo de agressão semeia um constante estado de pânico na população e reforça a ideia de que o regime nunca deve ser contestado. Aqueles que o cometem, pouquíssimas vezes são realmente levados à justiça. Com isso muitas famílias que tiveram parentes desaparecidos e organizações que contribuem para a solução do crime, após anos de luta tentando combatê-lo, se sentem mais aliviadas depois da Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas Contra o Desaparecimento forçado, que vai através dos artigos definidos na Convenção, lutar para que os

4 http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/direito-a-memoria-e-a-verdade/convencoes/convencao-internacional-desaparecimento-forcado

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Estados Partes, implementem as medidas de prevenção e punição para os responsáveis deste tipo de crime (AMNESTY INTERNATIONAL, 2013).

Algumas organizações que ajudam no combate a este crime são: a Anistia Internacional, organização não governamental (ONG), que contribui para a luta contra as graves infrações aos direitos humanos, mobilizando a população para atuar de forma a pressionar o governo a contribuir na prevenção e punição de violações dos direitos humanos (AMNESTY INTERNATIONAL, 2013). A Coalizão contra o Desaparecimento Forçado (ICAED) tem, como objetivo, organizar uma rede global que conte com ONGs e famílias que tiveram parentes desaparecidos, de modo a coordenar esforços no intuito de realizar campanhas no combate do crime de desaparecimento forçado (INTERNATIONAL COALITION AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2013). Por fim a Organização Mundial Contra Tortura que é a principal coalizão de ONGs que lutam contra tortura, desaparecimentos forçados e uma série de crimes cruéis e degradantes para o ser humano, trabalham para a proteção e promoção dos direitos humanos. (WORLD ORGANISATION AGAINST TORTURE, 2013).

Existe também o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Desaparecimentos Forçados (UNWGEID) criado em 1980, que tem como objetivo assegurar que os casos de desaparecimentos forçados sejam investigados pelas autoridades nacionais. Casos de desaparecimento forçado podem ser levados a este grupo sem que antes seja necessária a ativação dos mecanismos internos, como a polícia, basta que a família ou uma organização que atue em seu nome apresente o caso ao grupo.

De acordo com o Grupo de Trabalho da Organização das Nações Unidas sobre Desaparecimento Forçado (UNWGEID), desde 1980 foram contabilizados mais de 50 mil casos de desaparecimento forçado em 80 países. No início de 2010 foram 200 novos casos. Cada Estado deve estar atento para este crescimento do crime, pois provocam danos sociais e afetam a liberdade e a integridade física, interferindo na sociedade como um todo.

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3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ

O Comitê Contra Desaparecimentos Forçados (CCDF) é um órgão que faz parte da ONU, que foi criado a partir da Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado. É composto de especialistas independentes que são escolhidos através de uma eleição em que os votos são secretos e os candidatos são indicados pelos Estados Partes (UNITED NATIONS HUMAN RIGHTS, 2013). O Comitê tem como objetivo desempenhar as funções que estão definidas na Convenção, funções como, por exemplo, lutar para a prevenção do crime de desaparecimento forçado, monitorar e investigar atividades suspeitas, aconselhar Estados Partes sobre como devem agir e o que melhorar, verificar como estão sendo implementadas as medidas contra o desaparecimento forçado definidas na Convenção e recolher relatórios que são produzidos pelos Estados Partes sobre a situação do crime de desaparecimento forçado em seu território, que são avaliados pelos especialistas do Comitê.

A Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas5

foi aprovada pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em reunião ocorrida em Belém do Pará no Brasil, em 1994. Nos 22 artigos dessa Convenção os países signatários se comprometem a não permitir nem praticar o desaparecimento forçado, nem em estado de emergência. Para que se possa pensar em uma forma mais eficaz de prevenção, punição e erradicação do crime, é essencial que haja ampla cooperação entre os Estados e também dos Estados com o Comitê Contra o Desaparecimento Forçado. Dezesseis Estados Partes assinaram esta Convenção. 6

3.1 Algumas funções do Comitê

De acordo com o documento Using Law Against Enforced Disappearances, de 2009, um caso deve ser apresentado de forma escrita ao Comitê. A primeira

5

http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/direitos-humanos/convencao_interamericana_desaparecimento_forcado

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Os dezesseis assinantes da Convenção Interamericana sobre o Desaparecimeto Forçado de Pessoas são: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

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função do Comitê é verificar se o caso é admissível de investigação, ele pode solicitar para aqueles que estão querendo uma investigação que apresente informações e esclarecimentos. Só são admitidos os casos que se enquadram em alguns critérios, como, por exemplo, a presença de pelo menos uma violação de direitos humanos, não deve ser anônimo, - porém o nome pode ser mantido em sigilo - e aquele que apresentou a queixa deve ter tentado antes resolver pelos meios legais dentro do seu país. A família só pode registrar sua queixa em um órgão de direitos humanos de cada vez, com uma exceção de queixas apresentadas ao grupo de trabalho UNWGEID e ao Conselho de Direitos Humanos. Depois de admitido, a Comissão questiona o Estado acusado sobre o caso, este vai procurar saber se houve realmente o crime por parte de algum dos seus setores, para poder, então, fornecer informações e explicações. Caso o Estado seja realmente o autor do crime, os organismos de controle podem solicitar aos Estados que tomem medidas para proteger as famílias, e que protejam as evidências e evitem a extradição dos autores do crime. Depois disso a Comissão explicita seu ponto de vista ou pronuncia uma sentença que é na maioria das vezes acompanhada de recomendações para um Estado e os órgãos de direitos humanos desenvolvem maneiras de monitorar se as recomendações estão sendo seguidas pelo Estado. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009)

4 PROBLEMATIZAÇÃO DO DESAPARECIMENTO FORÇADO

O Desaparecimento forçado é um problema de difícil solução por vários motivos. As vítimas desse crime, por muitas vezes, não são liberadas e seu destino permanece desconhecido, aumentando a angústia de famílias e amigos. O que contribui para agravar a delicada situação dessas famílias é o fato de que, alguém, em algum lugar, sabe o que aconteceu e onde está a pessoa desaparecida: há um responsável pelo desaparecimento, porém este responsável dificilmente é julgado e condenado. Na legislação de alguns países existem mecanismos e normas que dificultam a resolução dos crimes, como, por exemplo, o caso da Síria, cujo Decreto Legislativo 14, de 1969, artigo 16 afirma que,

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Nenhuma ação legal pode ser tomada contra qualquer funcionário do departamento por crimes cometidos por eles durante a realização das suas designadas funções, exceto por uma ordem emitida pelo diretor. (SÍRIA, 1969, tradução nossa)7.

Este é um artigo que dificulta a acusação daqueles que cometeram o crime durante alguma missão. Outro problema é que as investigações policiais são realizadas, frequentemente, com displicência, e há uma enorme falta de interesse político em resolver este assunto, não existe cooperação por parte do exército e policiais, os processos de acusação em andamento são apurados com enormes atrasos e são tratados pela maioria dos juízes como um crime comum e não são analisados profundamente. Alguns Estados também usam o Desaparecimento forçado para a manutenção da lei e da ordem, ou seja, estão mais propensos a se tornarem vítimas aqueles grupos que vão contra o governo, o regime ou que denunciam algum feito do governo, como, por exemplo, jornalistas que estão em países em conflito e tentam denunciar os crimes cometidos pelo governo.

Nenhum Estado vai abertamente contra as Convenções sobre o desaparecimento forçado, pois se tornaria muito suspeito se o fizesse, porém os Estados fazem uma oposição indireta, que pode ser percebida na demora em solucionar casos que envolvam desaparecimentos forçados, na falta de interesse em mudar suas leis domésticas e dar atenção a este crime. Outro fator que dificulta a erradicação deste crime é o fato de que alguns Estados não permitem a entrada dos investigadores do Comitê em seu território, interferindo no andamento das investigações de crimes cometidos naquele Estado, tornando mais complicado ter o conhecimento de como estão sendo implantadas as medidas preventivas. O que dificulta muito a resolução deste problema é que os Estados estão poucos dispostos a mudar suas leis domésticas e, quando o fazem, dificilmente colocarão em prática o que foi decidido.

Há problemas também quando se trata do número de casos que são registrados pelo Comitê em um determinado país. Estados envolvidos em conflitos ou com um governo mais repressor tendem a colocar mais medo nas famílias do desaparecido, o que, frequentemente, faz com que elas não levem o ocorrido até as

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No legal action may be taken against any employee of the department for crimes committed while carrying out their designated duties or in the course of performing such duties except by an order issued by the director.

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autoridades por medo de terem o mesmo fim, ou de se tornarem alvos de represálias e intimidações por parte daqueles a quem elas recorreram: polícia, militares ou qualquer agente do Estado. Isto acontece com muita frequência quando se trata deste crime. Os Estados precisam fornecer segurança para familiares, testemunhas e organizações. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009).

4.1 Consequências da prática do crime de desaparecimento forçado

As consequências deste crime não recaem apenas sobre a família, mas na sociedade como um todo que vê seus direitos sendo violados e passa a viver num estado de constante insegurança, sem ter mais garantias de que poderão recorrer ao sistema de leis do seu próprio Estado. Os familiares e amigos ficam na constante angústia de não saber onde está seu parente ou o que aconteceu com ele, e muitas vezes a família tem receio de procurar a polícia, principalmente quando já suspeitam desta, com medo de acabar tendo o mesmo fim. Os parentes muitas vezes têm que lidar com a frustração sobre a falta de atitude de funcionários do Estado.

As consequências desse crime para a vítima que se encontra desaparecida são várias e graves. Na maior parte dos casos ela será torturada, e podemos ver dois tipos de tortura; a primeira é a tortura física, a segunda é o sofrimento causado pelo conhecimento que a vítima tem, de estar a mercê daqueles que a prenderam sem saber o que vai acontecer. A vítima é tratada de forma desumana e muitas vezes são negadas água e comida. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009)

Quando este crime é feito de forma generalizada a população, fica com medo de que a prática continue se espalhando, e isso afeta profundamente a sociedade civil, causa terror, pânico e insegurança na população que se sente desamparada, perde a confiança em seus governantes e vive em constante medo já que para ela não existe mais uma “segurança” à qual possa recorrer.

Em raros casos que a vítima volta para a sociedade ela pode sofrer diversos problemas psicológicos e físicos pelo resto de sua vida. Este dano causado aos parentes e ao desaparecido que retorna, frequentemente, não é reconhecido pela

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maior parte dos Estados que, na maioria das vezes não oferecem nenhuma forma de reparação. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009).

4.2 Obrigações dos Estados

No primeiro momento, quando ocorre um caso de esaparecimento forçado, a maioria das pessoas acredita que é tarefa do Estado; ajudar a encontrar o desaparecido, saber onde ele se encontra, os motivos da detenção, proteger e ajudar a família, descobrir o responsável, levar os criminosos à justiça, combatendo a impunidade e proporcionar para as vítimas um senso de justiça. Além de todas essas funções os Estados devem se comprometer a reconhecer e assumir responsabilidades quanto a este crime, fornecer reparações as vítimas e evitar novos casos. Porém essas são obrigações morais, que as famílias acreditam e desejariam que o Estado fizesse. Para que o Estado possa cumprir essas obrigações, o mesmo deve aceitá-las, e uma vez aceitas se tornam obrigações legais que o Estado deve cumprir. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009)

De acordo com o documento Using Law Against Enforced Disappearances8, de 2009, fornecido pelo Centro de Informação sobre Desaparecimentos Forçados (EDIEC), as obrigações legais dos Estados hoje são: investigar para tentar encontrar o desaparecido, evitar novos casos, ajudar as vítimas, investigar os responsáveis e julgá-los, investigar para saber se realmente é o Estado o responsável pelo desaparecimento, encontrar uma medida eficaz caso as obrigações não sejam cumpridas, proporcionar as vítimas uma reparação, abster-se do assédio de organizações e membros da família, cooperar com os outros Estados para resolver o problema, tomar medidas contra a adoção de crianças cujos pais desapareceram, proteger e garantir a segurança das famílias e testemunhas. Essas obrigações dos Estados podem ser encontradas em leis nacionais que garantem os direitos humanos e no direito internacional de direitos humanos. Quando o Estado aceita uma norma ele tem o dever de respeitar, cumprir e proteger essa norma e isso significa tomar medidas concretas, como investigar os casos a fundo, adotar leis que

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http://www.ediec.org/fileadmin/user_upload/reports/Using_Law_against_enforced_disappearances/U sing_Law_against_Enforced_Disappearances_En.pdf

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tornam as acusações possíveis, diminuir a impunidade, tomar medidas preventivas, entre outros.

É muito importante que os Estados busquem a verdade sobre o que aconteceu e saber onde se encontra o desaparecido, para que possa aliviar o sofrimento da família – já que o sofrimento que as famílias passam é uma forma de tortura e portanto configura violação dos direitos humanos – e também para aliviar o sofrimento da própria vítima. Existem duas formas de buscar a verdade: a primeira é pela investigação, que tem como objetivo encontrar a pessoa desaparecida e fornecer para as famílias através das normas jurídicas nacionais e internacionais uma gama de possibilidades para ajudar na busca da verdade; ou pelas Comissões da Verdade, que são estabelecidas por alguns países e contribuem com as famílias na sua busca. Quando o Estado não estiver conduzindo ativamente a busca pela verdade e a solução do caso, a família pode ir a um tribunal independente para que este pressione o Estado a realizar uma investigação. É obrigação do Estado continuar a investigação até que o caso seja esclarecido. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009).

Entretanto, como foi citado acima, os Estados se comprometem pouco para cumprir suas obrigações legais, seus esforços são insuficientes e ineficazes para lidar com os casos de Desaparecimento forçado e para evitar novos casos.

4.3 Mecanismos para o combate ao desaparecimento forçado

Os mecanismos são todo o aparato que possibilita a luta contra o desaparecimento forçado. As normas, leis, instrumentos e mecanismos internacionais não são aceitos da mesma maneira em todos os países, portanto não existe um sistema único para combater este crime, ou seja, cada Estado adota seus próprios mecanismos os quais a sociedade e as organizações utilizam nesta luta. As leis nacionais são diferentes em cada país, são elas que definem as relações entre os cidadãos e o Estado. No entanto, ter leis nem sempre garante que elas serão cumpridas, Estados que cometem Desaparecimento forçado dificilmente se preocupam em respeitar suas leis contra este crime e é ainda menos provável que reconhecerão sua própria responsabilidade. Já as normas internacionais são um complemento das normas nacionais: colocam pressão nos Estados para que as

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regras nacionais e orientações gerais de combate ao desaparecimento forçado sejam cumpridas. O direito internacional tem desenvolvido meios para investigar e punir os responsáveis quando o Estado não o faz de modo adequado, e determina quando o Estado é o responsável pelo crime ou quando os Estados não estão protegendo de forma suficiente seus cidadãos. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009).

O monitoramento é um conjunto de mecanismos que contribuem para o combate ao desaparecimento forçado, são ações que vão acompanhar e vigiar o processo de implementação das normas. Os países envolvidos nas negociações dos instrumentos internacionais muitas vezes já criam essas instituições de supervisão, podendo esse monitoramento ser feito pelas organizações, policiais, jornalistas, advogados ou figuras públicas. As atividades de monitoramento atuais variam entre os diferentes órgãos de responsáveis, por isso, eles podem coletar informações a fim de discutir possibilidades de melhoria e fazer recomendações. Outros órgãos já podem decidir se os direitos foram violados, entre outras diversas funções. Algumas instituições que fazem monitoramento são; o Comitê Contra a Tortura, Comitê de Direitos Humanos, alguns grupos de trabalho como o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Desaparecimentos Forçados (UNWGEID), algumas instituições regionais como a Corte Europeia de Direitos Humanos e a Corte Interamericana e a Comissão Interamericana. Regimes repressivos podem escolher estabelecer uma instituição para lidar com Desaparecimento forçado só para criar uma fachada e para esconder que seu país comete este tipo de crime. A eficácia dessas instituições pode variar muito de um país para outro. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009).

Os mecanismos que contribuem para o combate ao crime são vários, dentre eles, relatórios periódicos que os Estados são aconselhados a apresentar sobre as medidas que foram tomadas e como essas medidas foram e continuam sendo implementadas em suas leis e políticas internas. Outros mecanismos são: as visitas que o representante de uma instituição faz ao país, o que permite ter informações de primeira mão e acompanhar de perto como as medidas estão sendo implementadas, e por isso é importante que os Estados permitam e entrada do representante, em seu território. Algumas vezes essas instituições têm o poder de examinar queixas sobre casos individuais, verificando se o Estado é ou não o culpado. Organizações

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podem fazer comentários gerais, orientando os Estados em como interpretar e implementar as normas. As alegações gerais que visam identificar lacunas ou falhas de um Estado podem lidar com a ausência ou insuficiência de medidas tomadas por um país para adaptar a sua lei nacional. E há, também, queixas interestatais, ou seja, quando um Estado pode dar queixa sobre violações dos direitos humanos cometidas por outro Estado, mas este tipo de mecanismo quase nunca foi usado porque iria refletir nas relações entre os Estados envolvidos. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009).

Organizações não governamentais e os familiares podem contribuir, participando de consultas sobre os relatórios dos Estados, apresentando relatórios alternativos, recolhendo informações, e fazendo ações políticas como, por exemplo, atividades que ganham influência entre o público como manifestações e conferências de imprensa, o que faz com que aumente a pressão política e a influência nas decisões dos meios políticos. Essas ações políticas são muito eficazes quando o Estado não está disposto a respeitar as suas obrigações. Além disso, existem também as ações legais, que fazem uso de instrumentos jurídicos para pressionar o Estado para que cumpra suas obrigações, mas há vários outros mecanismos que as famílias e organizações podem usar na luta contra este crime. As famílias das vitimas têm muitos objetivos na sua luta contra o desaparecimento forçado. As famílias querem encontrar o desaparecido ou recuperar o corpo, outras famílias já querem construir uma sociedade que respeite os direitos humanos, o que é um pouco mais complexo. Quanto mais claro for o objetivo da família ou da organização melhor será a estratégia para lutar contra este crime. Porém, este é um crime que leva anos para se resolver e, com isso, a situação política do país, a situação dos culpados e das vítimas pode mudar ou transformar, por isso é importante que organizações e famílias trabalhem com este pensamento para poder sempre avaliar e reavaliar a situação na qual se encontram. A luta contra este crime se torna ainda mais complicada quando acontece em tempos de conflito ou dentro de um regime militar. (USING LAW AGAINST ENFORCED DISAPPEARANCES, 2009).

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4.4 Desaparecimento forçado e questão de segurança

A Segurança Nacional só pode ser compreendida como sendo um problema político quando há uma noção clara sobre a natureza da ameaça, e a vulnerabilidade que o objeto no qual essas ameaças estão sendo dirigidas possui. Os Estados podem reduzir suas inseguranças enfraquecendo as ameaças ou diminuindo sua vulnerabilidade (RUDZIT, 2006). Na maioria dos casos onde ocorre um maior número de ocorrências de desaparecimento forçado, é onde há um conflito interno ou um regime muito opressor, e são mais frequentes, como podemos observar, em países em desenvolvimento. Os baixos níveis de coesão social e a legitimidade do Estado quanto do seu regime são as maiores causas da situação de insegurança em que se encontram esses Estados (RUDZIT, 2006).

Uma situação de segurança será definida da seguinte forma:

uma situação de segurança/insegurança é definida em relação às vulnerabilidades, tanto interna quanto externa, que ameacem ou têm o potencial de derrubar ou enfraquecer as estruturas do Estado (territorial e institucional) e seu regime político. (AYOOB, 1995, p.9).

O Estado faz uso da prática de desaparecimento forçado quando julga que há uma necessidade na manutenção da ordem e da paz e quando julga haver uma ameaça à segurança nacional. Ele justifica seus atos colocando-os como sendo uma questão de segurança e sobrevivência. Estados têm que eliminar potenciais ameaças a sua segurança ou ao seu poder, por isso retiram indivíduos que apresentem ameaça da vista do público, espalhando medo e insegurança na população.

5 POSIÇÃO DOS ATORES

O posicionamento de todas as delegações será disponibilizado no blog oficial9

do comitê. Neste guia, segue breve relatório sobre as condições do tema em diferentes regiões do globo.

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5.1 Europa

A Europa vem sendo palco de enormes tragédias ao longo da história mundial, e não seria diferente no caso do Desaparecimento Forçado de pessoas. A prática vem sendo usada durante toda história, se tornando mais conhecida e mais utilizada desde o inicio da Segunda Guerra Mundial até hoje.

No continente, os momentos históricos que tiveram mais registros de casos de desaparecimento forçado foram entre a Segunda Grande Guerra e no momento da Guerra Fria, especialmente na região eslava. Segundo a Anistia Internacional (AI) a Chechênia apresenta um grande número de vítimas de desaparecimento forçado. Apenas no mês de agosto de 1999 - quando foi travada uma guerra contra a Rússia - desapareceram entre 3 e 5 mil pessoas. (BARRETT, 2009).

A Europa também é palco das maiores convenções e assembleias contra o Desaparecimento forçado. A primeira resolução contra o Desaparecimento forçado de pessoas foi apresentada pela França em 1979, na Assembleia Geral das Nações Unidas, conhecida como resolução 33/173. Em 1992, foi aprovada a Declaração sobre a proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado ou Involuntário, em 1998 o Estatuto Romano incluiu o Desaparecimento forçado de pessoas como crime contra a humanidade.

5.2 África

Na década de 1970, o desaparecimento forçado passou a ser exercido por países africanos, a ponto de, em 26 de janeiro de 1981, o Grupo de Trabalho apontar a África do Sul e a Etiópia como países onde esta prática havia se tornado corriqueira (PERRUSO, 2010). Durante o que foi chamado de “Primavera Árabe”, casos de desaparecimentos forçados fizeram parte da história de muitos países africanos.

Na Tunísia e no Egito, no Iêmen e na Síria, os manifestantes corriam riscos de morte, de Desaparecimento forçado e de tortura, por exigirem liberdade. (ANISTIA INTERNACIONAL, 2012)

Além dos casos em que pessoas são submetidas ao desaparecimento forçado por defenderem ideologias contrárias ao governo, alguns casos de

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atividades terroristas também passam a ser sentenciados com o desaparecimento forçado. No Estado da Mauritânia, por exemplo, 14 presos que foram sentenciados por atividades terroristas, passaram a ser submetidos a desaparecimento forçado durante sua transferência para um local desconhecido. Já na Nigéria, como respostas à escalada de violência, as forças armadas em alguns estados passaram a prender arbitrariamente centenas de pessoas, submetendo-as a desaparecimentos forçados e efetuando execuções extrajudiciais. (ANISTIA INTERNACIONAL, 2012).

De acordo com o Centro de Troca de Informação sobre Desaparecimento Forçado (EDIEC) em alguns países como na Argélia, Marrocos e Líbano, as famílias das vítimas trabalham continuamente para conseguir esclarecer o destino dos desaparecidos e evitar a prática deste crime através da mobilização de opinião pública nacional e internacional. Estes trabalhos ocorrem também em outros países da região, mas os defensores dos direitos humanos que apoiam a causa das famílias de desaparecidos, tanto a nível nacional quanto a nível internacional, são isolados por ações repressivas das autoridades, como é o caso da Síria e da Líbia.

5.3 Ásia

Na Ásia, a partir da década de 60 até os dias atuais, foram e continuam sendo registrados casos de desaparecimentos forçado em vários países. Este fenômeno tem maior ocorrência, principalmente, no Sul e no Sudeste, e, se comparado a outros, o continente asiático é o que mais registra casos deste crime segundo o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Desaparecimento Forçados. (EDIEC 2013).

Um dos grandes problemas para por fim a este crime é a falta de cooperação dos Estados. Segundo o Grupo de Trabalho, das 229 ações realizadas no ano de 2006, houve somente 78 esclarecimentos pelos governos, e 75 deles advindos do Nepal. Uma das grandes preocupações é que vários líderes violadores dos direitos humanos representam a Ásia no Conselho Contra Desaparecimento Forçado, o que acaba muitas vezes prejudicando o trabalho do Conselho.

Um ponto a ser observado é que na Ásia não há um mecanismo regional de proteção legal, como o sistema interamericano na América Latina ou o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos na Europa. As vítimas dependem, apenas, de leis,

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muitas vezes, inadequadas, domésticas ou internacionais. Em muitos países deste continente, o desaparecimento forçado ainda não foi colocado como um crime, deixando apenas a opção de crimes associados, como assaltos e sequestro. Não há uma legislação adequada que abarque todas as circunstâncias de incerteza de um crime como desaparecimento forçado. Os países da Ásia devem se comprometer mais para a resolução deste crime, para os ajustes devidos em suas leis e para uma maior cooperação entre eles. (EDIEC, 2013).

5.4 Américas

Depois dos atentados do dia 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas em Manhattan, os Estados Unidos vêm construindo um grande mecanismo contra ataques terroristas. Segundo o documento Off the Record10, o governo construiu um sistema de detenção de grande alcance para suspeitos de terrorismo. Este sistema transfere, de forma informal, os suspeitos de terrorismo que ficam em uma prisão norte-americana secreta. O presidente George W. Bush, em 6 de setembro de 2006, afirmou que estas prisões estão vazias, mas deixou em aberto sobre a possibilidade de utilizar o sistema novamente.

Em 1994, no Belém do Pará, foi adotada pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) a Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas, com o objetivo de buscar soluções para os desaparecimentos ocorridos nas ditaduras militares nos países da América Latina e também evitar que tal prática se repetisse. No entanto, a ratificação da Convenção de 1994 só ocorreu 16 anos depois, em 2011, quando Argentina, Equador e Venezuela o assinaram após a elaboração de suas constituições. Outros países que também já ratificaram são: Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Peru, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Uruguai.

A Colômbia, segundo a organização The Human Rights Brief (HRBrief) é um dos países com maior número de casos de desaparecimento forçado, sendo 18 mil pessoas desaparecidas. Porém, também é o país com mais ferramentas legais para o encontro dessas pessoas, mas que não estão disponíveis para as famílias.

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Na Guatemala, o processo para punir os responsáveis pelos crimes de desaparecimento de pessoas e de encontrar as desaparecidas continua estagnado. No México, a situação é bem parecida com a da Colômbia. Segundo a HRBrief, durante o governo de Felipe Calderón, o número de desaparecidos chegava a casa dos 20 mil. Assim como explicitado no caso da Guatemala, México e Colômbia quando o assunto é desaparecimento forçado, os países americanos reiteram a necessidade de punir, e findar tal prática, mas quando ela é encontrada em registro em algum país, tendem a articular-se de forma a não reconhecê-la ou não enquadrá-la como desaparecimento forçado (THE HUMAN RIGHTS BRIEF, 2013).

5.5 Oriente Médio

No Oriente Médio o crime de desaparecimento forçado acabou se tornando uma prática comum. No ano passado o UNWGEID recebeu 16.514 casos de desaparecimento no Iraque. No Irã as vítimas deste crime foram detidas e presas por suposta participação em grupos armados de oposição. Na Argélia o governo admitiu seu envolvimento nos casos de desaparecimento, mas ainda há pouco conhecimento sobre o paradeiro das vítimas. No Líbano foram relatados 18 mil casos devido aos vários conflitos que aconteceram no país durante os últimos 20 anos, e em algum desses casos foi relatado o envolvimento do exército libanês. As famílias e organizações que lutam contra este crime sofrem constantes repressões das autoridades (EDIEC, 2013).

6 QUESTÕES RELEVANTES

O crime de Desaparecimento forçado tem se tornado mais frequente. Governos que cometem esse tipo de crime geram terror, pânico e insegurança, não só para os familiares, que passam a temer pela própria segurança, mas também para a sociedade em geral, que vê seus direitos sendo violados sem ter um mecanismo legal interno ao qual recorrer. Tendo como base as informações apresentadas aqui, as questões relevantes são:

(19)

• Como melhorar o trabalho do Comitê, já que alguns países não permitem a entrada dos investigadores?

• Como ajudar a vítima de Desaparecimento forçado que volta para a sociedade e a família?

• Como os Estados podem aumentar a eficácia das medidas contra o Desaparecimento forçado?

• Como os Estados vão implementar as medidas da Convenção ?

• Quais são medidas eficazes para a prevenção do desaparecimento forçado e da tortura?

(20)

REFERÊNCIAS

AMNESTY INTERNATIONAL. Enforced disappearances. Disponível em:

<http://www.amnesty.org/en/enforced-disappearances> Acesso em: 26 de mar.2013 BARRET, J. CHECHNYA’S LAST HOPE- Enforced Disapperances and the

European Court of Human Rights. 22Harv.Hum.Rts.J.133(2009). Disponível em:

<http://heinonline.org/HOL/LandingPage?collection=journals&handle=hein.journals/h hrj22&div=8&id=&page=>. Acesso em : 28 de abr. 2013

CLAIMING HUMAN RIGHTS. The Committe on Enforced Disappearance. Guide to International Procedures Available in Cases of Human Rights Violations in Africa. Disponível em: <http://www.claiminghumanrights.org/disappearance.html> Acesso em: 26 de mar.2013

CONVENÇÃO INTERAMERICANA sobre o desaparecimento forçado de pessoas. Disponível em:

<http://www.mp.ma.gov.br/arquivos/COCOM/arquivos/centros_de_apoio/cao_direitos _humanos/comite_contra_tortura/convDesaparecimento.htm> Acesso em: 26 de mar.2013

DEPARTMENT OF INTERNATIONAL LAW. Inter-American convention on the

forced disappearance of persons. Organization of American States, Washington

D.C. Disponível em: <http://www.oas.org/juridico/english/sigs/a-60.html>. Acesso em: 26 de mar.2013

EDIEC.Using Law Against Enforced Disappearances. Enforced Disappearances Information Exchange Center. Disponível em:

<http://www.ediec.org/fileadmin/user_upload/reports/Using_Law_against_enforced_d isappearances/Using_Law_against_Enforced_Disappearances_En.pdf> Acesso em: 25 de mar. 2013

OFF THE RECORD. U.S. Responsibility for Enforced Disappearances in the

“War on Terror” . Disponível em:

<http://www.statewatch.org/news/2007/jun/us-disappeared.pdf> Acesso em 29 de maio. 2013

ONUBR. Especialistas da ONU avaliam mais de 200 casos de

desaparecimentos forçados entre os quais 13 urgentes. Nações Unidas no

Brasil. Disponível em: <http://www.onu.org.br/especialistas-da-onu-avaliam-mais-de-200-casos-de-desaparecimentos-forcados-entre-os-quais-13-urgentes/> Acesso em: 26 de mar.2013

RUDZIT, Gunther. O Debate Teórico em Segurança Internacional. Mudanças frente ao terrorismo? Disponível em

<http://www.mansurkikhia.org/uploads/Enforced_Disappearance_in_International_La w_-_Jihan_Kikhia.pdf> Acesso em 29 de maio. 2013

(21)

THE HUMAN RIGHTS BRIEF. Forced Disappearances in the Americas. Center for Human Rights and Humanitarian Law. Disponível em

<http://hrbrief.org/2013/03/8087/> Acesso em 28 de abr. 2013

UNITED NATIONS HUMAN RIGHTS. CommitteeonEnforcedDisappearances. Office of the High Commissioner for HumanRights. Disponível em:

<http://www.ohchr.org/EN/HRBodies/CED/Pages/CEDIndex.aspx>. Acesso em: 26 de mar.2013

UNRIC. Desaparecimentos forçados:ONU preocupada com aumento de casos. Centro Regional de Informação das Nações Unidas. Disponível em:

<http://www.unric.org/pt/actualidade/29007-onu-preocupada-com-aumento-de-casos-de-desaparecimento-forcado> Acesso em: 26 de mar.2013

UNRIC. Liberdade religiosa e desaparecimentos forçados em foco no

Conselhos dos Direitos Humanos. Centro Regional de Informação das Nações

Unidas, Disponível em:

<http://www.unric.org/pt/actualidade/30801-liberdade-religiosa-e-desaparecimentos-forcados-em-foco-no-conselho-dos-direitos-humanos> Acesso em: 26 de mar.2013

VANWALLEGHEM, M.ENFORCED DISAPPEARANCES: Strategies Against an

Invisible Crime. Unrepresented Nations and People Organization. Disponível

(22)

TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES

Na tabela a seguir cada representação do comitê é classificada quanto ao nível de demanda que será exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que

não se trata de uma classificação de importância ou nível de dificuldade, mas do quanto cada representação será demandada a participar dos debates neste comitê. Esperamos que essa relação sirva para auxiliar as delegações na alocação

de seus membros, priorizando a participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colégio for mais demandada.

Legenda

Representações frequentemente demandadas a tomar parte nas discussões

Representações medianamente demandadas a tomar parte nas discussões

Representações pontualmente demandadas a tomar parte nas discussões

REPRESENTAÇÃO

DEMANDA

1. Afeganistão 2. África do Sul 3. Albânia 4. Alemanha 5. Argélia 6. Angola 7. Arábia Saudita 8. Argentina 9. Austrália

(23)

REPRESENTAÇÃO

DEMANDA

10. Áustria 11. Bangladesh 12. Bélgica 13. Bolívia 14. Bósnia e Herzegovina 15. Brasil 16. Burkina Faso 17. Canadá 18. Chile 19. China 20. Colômbia 21. Congo 22. Costa do Marfim 23. Costa Rica 24. Croácia 25. Egito 26. El Salvador

27. Emirados Árabes Unidos

(24)

REPRESENTAÇÃO

DEMANDA

29. Espanha

30. Estados Unidos da América

31. Etiópia 32. Filipinas 33. Finlândia 34. França 35. Gana 36. Guatemala 37. Haiti 38. Honduras 39. Índia 40. Indonésia 41. Irã 42. Iraque 43. Irlanda 44. Itália 45. Japão 46. Jordânia 47. Líbia

(25)

REPRESENTAÇÃO

DEMANDA

48. Macedônia 49. Maldivas 50. Marrocos 51. México 52. Moçambique 53. Nepal 54. Nicarágua 55. Nigéria 56. Países Baixos 57. Panamá 58. Paquistão 59. Paraguai 60. Peru 61. Portugal 62. Quênia 63. Reino Unido 64. Rússia 65. Senegal 66. Sérvia

(26)

REPRESENTAÇÃO

DEMANDA

67. Síria 68. Somália 69. Sri Lanka 70. Sudão 71. Tailândia 72. Timor Leste 73. Tunísia 74. Turquia 75. Uruguai 76. Venezuela 77. Anistia Internacional

78. Organização Mundial Contra Tortura (OMCT)

79. Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre

Desaparecimentos Forçados (UNWGEID)

80. Imprensa

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