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Novas inscrições paleocristãs do Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas.

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Academic year: 2021

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Novas inscrições paleocristãs do Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas

Autor(es):

Almeida, D. Fernando de

Publicado por:

Imprensa da Universidade de Coimbra

URL

persistente:

http://hdl.handle.net/10316.2/46709

DOI:

https://doi.org/10.14195/0870-4147_13_15

Accessed :

18-Jun-2021 06:37:51

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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Novas inscrições paleocristas do Museu

Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas

O lugar de Odrinhas é /atravessado pela 'estrada que de Siintra leva à Erilceira. Do centro do pequ'eno ipovoado sai urna estrada em direcção à capela ide S. Miguel; o pequeno templo está situado sobre urna leve colina, precisamente a setecentos metros da aldeia. Graças à teimosia da população 'em não ter permitido a saída de várias lápides romanas, por alí reaproveitadas, a Câmara de Sintra organizou há anos, na área da Capela, um pequienb museu. Para tal fim construiu uma casa «saloia», perfeitamente integrada no ambiente. Inaugurado o Museu, que agora leva o nome do arqueó­ logo Prof. Joaquim Fontes, uma grande quantidade de peças que andavam dispersas pelos arredores foi-lhe oferecida. Já em devido tempo escrevemos umas notas sobre escavações que alá realizámos subsidiadas pela Câmara; e os Senhores Coronel Mário Cardozo e Prof. Scarlat Lambrino encarregaram-se de estudar todas as ins­ crições romanas, algumas já então conhecidas. Tratámos aiinda, por essa ocasião, do estudo de algumas inscrições paleocristãs tam­ bém por ali recolhidas.

A acrescentar à série destas inscrições i1) 'deram entrada no

Museu de Odrinhas (Sintra) mais duas lápides. Uma délas veio do Faião, lugar vizinho, e completa três outras da mesma prove­ niência já ali guardadas (fig. 1 e 2 do trabalho citado). Faziam estas parte de uma verga de porta e calculámos então que à primeira pedra, onide se vê «ST CT IM» se deveria seguir outra onde se lesse

«ICHAELIS», por ali existir ainda uma capela dedicada ao arcanjo. A pedra agora arrecadada, gravada no mesmo mármore da anterior, não contém todas estas letras propostas, mas sòmiente «IC h» /(fig. 1) ;

(x) D. Fernando die Almeida, «Inscrições paleocristãs do Museu Arqueo­

lógico de S. Miguell de Odrinlhas», em Comunicações dos Serviços Geológicos

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340 D. Fernando de Almeida

apesar (disso, vem-nos dar inteira razão, pois (agora já não é possível ouftra leitura, além dia que «então sugerimos. De resto, pelas dimen­ sões e linha de fractura, a pedra adapta-se perfeita mente à da» fig. 1 do trabalho em referência; as letras são do mesmo tipo e altura das já existentes <à exoepção do «h», que é minúsculo). E assim, subs­ tituímos o desenho publicado pelo da fig. 2.

A outra nova inscrição (fig. 3 e 4) está intacta; gravada, também, na verga de uma porta, feita igualmente em mármore local, foi encontrada, em Faião, como a primeira. Estava na parede de uma casa pertencente a Manuel Domingos Baleia, que amavelmente a cedeu para o Museu. Nela se lê, distintamente: S. C. I. I O A N N I S ou seja «S(an)d(t)i Io)(h)iannis».

Mede, a lápide, 1,60 m de comprimento e 0,28 m de altura; a espessura é de 0,46 m. As letras têm entre 0,06 e 0,065 m de altura.

Abre a inscrição uma pequena cruz patada, de onde pende um coração, o que não é frequente. Na parte central da inscrição, um círculo em tomo de uma grande cruz também patada»; desta só restam os braços verticais; os horizontais foram picados. A um lado da cruz, no quadrante inferior esquerdo, vê-se o alfa; no outro, o ómega, o que tudo marca o periodo visigótico no seii início, se atendermos ao tipo da letra. Fora do círculo, à esquerda e à direita, uma cruz pequena, como a inicial.

Nota — A inscrição referente a S. Miguel e ao Mártir S. Adriano

(ou Adrião) foi por nós publicada, no trabalho dtado, com outras duas que talvez valha a pena recordar. Ambas guardadas no Museu de Odrinhas foram encontradas na mesma área limitada do Museu; piráticamente, podem todas ser incluidas nía mesma época. Com elas também foi ali recolhida uma verga de porta que tem decoração

muito curiosa, mas IQ anepígrafa.

A inscrição a que então demos o m.° 4 foi recolhida no lugar denominado Cabrela e niela se lê:

+ EC PORTA + DN

[Ha]ec porta (est) Df(omi)n(i

Na face inferior (da lápide há restos de uma inscrição romana: fljVLIO ...

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fig. 1— As três letras agora encontradas

fig. 2 — Reconstituição da inscrição

fig. 3—Inscrição do lintel da porta da Capela de S. João

< --- 1 , 6 0 m . --->

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Novas Inscrições Paleocristãs 341

A outra, n.° 5, vinda do Fiaião, é muito miais curiosa, não só ipelo texto 'cristão mas por (ter sido gravada na parte superior die uma lápide que já levava, na mesma face, uma inscrição funieráiia romanan

+ IN NOMINE D’NI HIV Xpt EGO EPCPVS VESTER HIDDEFONSV

A1TILIA. . M. F. MlAXVMA H. (S. E.

In nomine D(oimi)ni N(o)s(tr)i Hl(es)u(s) Xp(is)ft(i) Ego Eipj(is)o(o)<pus Vesiter Hilddfonsul(s)

A verga da outra porta referida, vinda também de Faião, leva um friso bastante tosco represientando cruzes patadas alternadas com árvores sem folhas. Aventámos então a hipótese destas represen­ tarem o homem antes 'dio baptismo; e, pélas cruzes, de ter a verga pertencido a um baptistério.

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