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ANEXO I AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR ANS

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ANEXO I

RELAÇÂO DOS INDICADORES, COM AS RESPECTIVAS METODOLOGIAS ESTATÍSTICAS, A SEREM USADOS NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DAS OPERADORAS, REFERENTE AO

ANO DE 2010, PELO DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA SAÚDE SUPLEMENTAR - QUALIFICAÇÃO DAS OPERADORAS

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR – ANS

1 – Indicadores da dimensão da atenção à saúde:

1.1 - Taxa de citologia oncótica de colo de útero - não se aplicará nenhuma metodologia estatística;

1.2 - Taxa de mamografia - não se aplicará nenhuma metodologia estatística; 1.3 - Proporção de parto cesáreo - não se aplicará nenhuma metodologia estatística;

1.4 – Número de consultas médicas por beneficiário - aplicar-se-ão as metodologias estatísticas do Bayes Empírico e a da padronização indireta por faixa etária;

1.5 – Número de Internações Hospitalares por beneficiário - aplicar-se-ão as metodologias estatísticas do Bayes Empírico e a da padronização indireta por faixa etária;

1.6 – Proporção de consulta médica em pronto socorro – aplicar-se-ão as metodologias estatísticas do Bayes Empírico e a da padronização indireta por faixa etária;

1.7 – Número de consultas odontológicas iniciais por beneficiário – aplicar-se-à a metodologia estatística do Bayes Empírico;

1.8 - Taxa de aplicação tópica profissional de flúor - aplicar-se-á a metodologia estatística do Bayes Empírico;

1.9 - Taxa de selantes – aplicar-se-ão as metodologias estatísticas do Bayes Empírico e a da padronização indireta por faixa etária;

1.10 - Taxa de raspagens supra-gengivais – aplicar-se-ão as metodologias estatísticas do Bayes Empírico e a da padronização indireta por faixa etária;

1.11 - Taxa de dentes permanentes com tratamento endodôntico concluído – aplicar-se-ão as metodologias estatísticas do Bayes Empírico e a da padronização indireta por faixa etária;

1.12 - Taxa de exodontias de permanentes - aplicar-se-ão as metodologias estatísticas do Bayes Empírico e a da padronização indireta por faixa etária; e

1.13 - Programa de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças aprovado na ANS - pontuação bônus - não se aplicará nenhuma metodologia estatística.

(2)

2.1 - Liquidez corrente ;

2.2 - Liquidez de necessidade de capital de giro; 2.3 - Patrimônio líquido; e

2.4 - Adicional em garantias financeiras.

Não se aplicará nenhuma metodologia estatística aos indicadores dessa dimensão. 3 - Indicadores da dimensão estrutura e operação:

3.1 - Dispersão de procedimentos e serviços básicos de saúde; 3.2 - Dispersão da rede assistencial médico-hospitalar;

3.3 - Dispersão de serviços de urgência e emergência vinte e quatro horas; 3.4 - Dispersão da rede assistencial exclusivamente odontológica;

3.5 - Percentual de qualidade cadastral; e

3.6 - Índice de regularidade de envio dos sistemas de informação.

Não se aplicará nenhuma metodologia estatística aos indicadores dessa dimensão.

4 - Indicadores da dimensão satisfação do beneficiário:

4.1 - Proporção de permanência dos beneficiários - não se aplicará nenhuma metodologia estatística;

4.2 - Proporção de beneficiários com desistência no primeiro ano - aplicar-se-á a metodologia estatística do Bayes Empírico; e

4.3 - Sanção pecuniária em primeira instância - não se aplicará nenhuma metodologia estatística.

(3)
(4)

ANEXO II

FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA SAÚDE SUPLEMENTAR – QUALIFICAÇÃO DAS OPERADORAS, AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

REFERENTE AO ANO DE 2010

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR – ANS

1- INDICADORES DA DIMENSÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE

1.1- TAXA DE CITOLOGIA ONCÓTICA DE COLO DE ÚTERO

Conceituação

Número médio de exames citopatológicos de colo de útero por 100 beneficiárias da operadora na faixa etária de 25 a 59 anos fora do período de carência para o procedimento, no ano considerado.

Método de cálculo

Número de exames citopatológicos em beneficiárias de 25 a 59 anos Total de beneficiárias de 25 a 59 anos fora do período de carência para exames

citopatológicos

x 100

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador - Exame colpocitopatológico de colo do útero (exame Papanicolau) realizado na faixa etária de 25 a 59 anos completos de idade, no período considerado. É o colpocitopatológico de esfregaço de material do colo uterino para identificação de células atípicas.

Denominador - Número de beneficiárias fora do período de carência para exame colpocitopatológico de colo de útero (25 a 59 anos) é o número total de mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos completos de idade com direito a realizar o exame colpocitopatológico de colo de útero, no período considerado.

Interpretação do indicador

É um indicador de captação anual que permite a estimativa de cobertura do exame Papanicolaou, ou seja, estima a frequência relativa da população beneficiária que está realizando o exame em relação ao total que deveria realizá-lo anualmente.

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O indicador permite avaliar o alcance da mobilização da população beneficiária em relação ao rastreamento citopatológico num determinado período de tempo.

Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização para o rastreamento do câncer de colo de útero por parte da operadora sobre profissionais de saúde e beneficiárias, ou por dificuldades de acesso ao serviço.

Usos

Estimar a cobertura deste procedimento para detecção precoce do câncer de colo de útero.

Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Segundo o Consenso do Seminário Interno de Prevenção e Controle do Câncer - INCA (MS), publicado nas Normas e Recomendações do Instituto Nacional do Câncer e baseado nas recomendações do National Cancer Institute (www.cancer.gov), Canadian Task Force, U.S. Task Force e American Cancer Society, o exame deve ser oferecido para mulheres com atividade sexual (MS, 2002). Entretanto, para garantir comparação com outros dados obtidos do programa nacional, utilizaremos a faixa etária de 25 a 59 anos.

Programas de rastreamento, realizados com 1 exame citopatológico a cada 3 anos entre mulheres de 30 a 50 anos e a cada 6 anos entre 30 e 72 anos, apresentaram redução de 1/3 na taxa de mortalidade por câncer de colo de útero (MS, 2000).

Considera-se grupo de risco todas as mulheres com vidasexual, na faixa etária de 25 a 59 anos. Mulheres em grupo de alto risco em função de serem HIV positivas ou imunodeprimidas devem realizar o rastreamento anualmente (MS, 2002).

A periodicidade de rastreamento recomendada é um exame citopatológico a cada 3 anos, após 2 exames negativos em dois anos consecutivos, a partir do primeiro exame, para 80% das mulheres sob risco e o rastreamento anual (01 exame citopatológico) para 100% das beneficiárias dos grupos de alto risco (MS, 2002).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os níveis de cobertura adequados para controle do câncer do colo de útero devem ser superiores a 80% na população alvo, em um determinado período de tempo (OMS, 2002).

A faixa etária de 25 a 59 anos é definida como prioritária para programas de rastreamento populacional. A definição de faixa etária de risco não impede a realização de exame citopatológico do colo do útero fora da faixa etária estabelecida pelo indicador.

Meta

A meta anual é de 28% de exames de citologia oncótica nas mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos (Realização de exame de citologia oncótica em 80% das mulheres nessa faixa etária, no período de três anos).

(6)

Pontuação

Os valores para pontuação estabelecidos para este indicador foram obtidos a partir das diretrizes da política nacional de controle do câncer.

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Nº de exames de citologia oncótica em cada 100

beneficiárias de 25 a 59 anos Valor de 0 a 1 Peso 3

S/ Informação ou resultado = 0 0 0

Resultado > 0 e < 28% v (>0 e <1) v x 3

Resultado  28% 1 3

V= (Resultado > 0 e < 28%) /28

Fonte de dados

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item C3 “Procedimento diagnóstico em citopatologia cérvico-vaginal oncótica em mulheres de 25 a 59 anos”; coluna II (Eventos ocorridos) Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item C3 “Procedimento diagnóstico em citopatologia cérvico-vaginal oncótica em mulheres de 25 a 59 anos”; coluna III (Beneficiários da operadora fora do período de carência)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Capacitar os profissionais de saúde no sentido de assegurar o exame citológico (Papanicolaou) durante a consulta ginecológica, seguindo protocolo previamente definido pelo Ministério da Saúde. Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de colo uterino e sua ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina, dos fatores de risco - como a infecção por HPV -, garantindo orientação adequada quanto à forma de prevenção desta doença às mulheres atendidas nos serviços de saúde.

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de prevenção e qualificação da assistência.

Construir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço. Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que organizem o seu sistema de informação.

(7)

Limitações e vieses

A utilização do total de procedimentos de exames de citologia oncótica no cálculo deste indicador, pode levar à superestimação do mesmo, o que ocorreria com a inclusão de beneficiárias que realizaram mais de um exame num mesmo período.

Considerando as informações mencionadas anteriormente acerca do uso deste indicador e que este serve para estimar a frequência de utilização deste procedimento, o mesmo não deve ser utilizado como único instrumento de avaliação da qualidade da assistência prestada por uma determinada operadora.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional de Prevenção do Câncer. Falando sobre câncer de colo de útero. 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo de Útero – Viva Mulher.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. National Cancer Control Programs, Policies and managerial guidelines. 2nd Edition. Genebra: 2002.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no Brasil: conceitos e aplicações. Rede Interagencial de Informações para a Saúde - Ripsa - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

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1.2- TAXA DE MAMOGRAFIA

Conceituação

Número médio de mamografias por 100 beneficiárias da operadora na faixa etária de 50 a 69 anos fora do período de carência para o procedimento, no ano considerado.

Método de cálculo

Número de exames de mamografia na faixa etária de 50 a 69 anos

Total de beneficiárias de 50 a 69 anos fora do período de carência para o exame de mamografia

x 100

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador – Número de exames de mamografia na faixa etária de 50 a 69 anos completos de idade, no período considerado. É o exame radiológico para a detecção de alterações do tecido mamário que serve ao rastreamento do câncer de mama.

Denominador – Número total de mulheres, na faixa etária de 50 a 69 anos completos de idade, com direito a realizar o exame de mamografia, no período considerado.

Interpretação do indicador

É um indicador de cobertura que estima a proporção de mulheres que realizaram exame mamográfico na população beneficiária.

O indicador permite avaliar indiretamente o alcance da mobilização da população beneficiária em relação ao rastreamento da doença num determinado período de tempo.

Taxas reduzidas podem refletir dificuldade de sensibilização e captação da população beneficiária para o rastreamento de câncer de mama ou dificuldades de acesso ao serviço.

Usos

Avaliar a cobertura deste procedimento para detecção do câncer de mama.

Analisar a evolução da cobertura do exame, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A sensibilidade da mamografia para detecção do câncer de mama varia entre 46% e 88% e é dependente dos seguintes fatores: tamanho e localização da lesão, densidade do tecido mamário, idade da paciente, qualidade do exame e habilidade de interpretação do radiologista (MS, 2002) Mulheres de alto risco para câncer de mama são aquelas que:

(9)

 têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama antes de 50 anos;

 têm um ou mais parentes de 1º grau (mãe, irmã, ou filha) com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário;

 apresentam história familiar de câncer de mama masculina;

 apresentam lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia.

Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem ser submetidas à mamografia, anualmente, a partir dos 35 anos de idade (MS, 2004).

Recomenda-se realizar uma mamografia, pelo menos a cada 2 anos, em mulheres de 50 a 69 anos de idade (MS, 2004).

Ensaios clínicos sugerem redução de 15% na mortalidade por câncer de mama em mulheres de 50 a 69 anos, rastreada pela mamografia combinada com exame clínico (MS, 2002).

A faixa etária de 50 a 69 anos é definida como prioritária para programas organizados de rastreamento populacional, para esse exame. A definição de faixa etária de risco não impede a realização de mamografia fora da faixa etária estabelecida pelo indicador.

Meta

Realização de exame mamográfico em 60% das mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.

Pontuação

Os valores para pontuação estabelecidos para este indicador foram obtidos a partir das diretrizes da política nacional de controle do câncer.

Resultado obtido pela

operadora Pontuação Número de exames de mamografia em cada 100 beneficiárias de 50 a 69 anos Valor de 0 a 1 Peso 3 S/ Informação ou resultado = 0 0 0 Resultado > 0 e < 60% v ( > 0 e < 1 v x 3

(10)

)

Resultado  60% 1 3

V= (Resultado > 0 e < 60%) / 60

Fonte de dados

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item C10.1 “Mamografia em mulheres de 50 a 69 anos”; Coluna II (Eventos ocorridos).

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Itens C10.1 “Mamografia em mulheres de 50 a 69 anos”; coluna III (Beneficiários da operadora fora do período de carência)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Incentivar o exame mamográfico para rastreamento do câncer de mama em mulheres de 50 a 69 anos e na população de risco elevado.

Incentivar o exame clínico de mamas nas consultas ginecológicas, pelo menos uma vez ao ano, em especial na população nas faixas etárias de risco para a doença.

Incentivar a divulgação de informações a respeito do câncer de mama e sua ocorrência nas diversas faixas etárias da população feminina dos fatores de risco – história familiar, obesidade, fumo, exposição à radiação ionizante, nuliparidade, etc. - garantindo às mulheres atendidas uma orientação adequada quanto à forma de prevenção desta doença.

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de prevenção e qualificação da assistência.

Construir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço. Para as operadoras que não conseguem identificar seus beneficiários de acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que organizem o seu sistema de informação.

Limitações e vieses

A utilização do total de procedimentos de exames de mamografia no cálculo deste indicador, pode levar à superestimação do mesmo, o que ocorreria com a inclusão de beneficiárias que realizaram mais de um exame num mesmo período.

Referências

ALBERTA MEDICAL ASSOCIATION – Canadian Guideline for The Early Detection of Breast Cancer. Reviewed, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Consenso para o Controle do Câncer de Mama. 2004. 39 pp.

(11)

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Normas e Recomendações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Revista Bras. de Cancerologia, V. 48, n. 3, p. 317 - 32. 2002.

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA. Projeto Diretrizes. 2002.

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Acesso e Utilização de Serviços de Saúde 2003. Rio de janeiro 2005.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Indicadores básicos de saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informações para a Saúde - RIPSA - Brasília, Publicação da OPAS, 2002.

(12)

1.3- PROPORÇÃO DE PARTO CESÁREO

Conceituação

Percentual de partos cesáreos realizados nas beneficiárias da operadora, no ano considerado.

Método de Cálculo

Número de partos cesáreos Total de partos (normais + cesáreos)

x 100

Definição de termos utilizados no Indicador

Numerador: Parto cesáreo é o procedimento cirúrgico no qual o concepto é extraído mediante incisão das paredes abdominal e uterina.

Denominador: Parto normal é o procedimento no qual o concepto nasce por via vaginal.

Interpretação do Indicador

Mede a ocorrência de partos cesáreos em relação ao total de partos realizados em uma determinada operadora no período considerado.

Permite avaliar a qualidade da assistência prestada, uma vez que o aumento excessivo de partos cesáreos, acima do padrão de 15% definido pela Organização Mundial de Saúde - OMS, pode refletir um acompanhamento pré-natal inadequado e/ou indicações equivocadas do parto cirúrgico em detrimento do parto normal.Em geral, entre 70 e 80% de todas as gestantes podem ser consideradas de baixo risco no início do trabalho de parto (OMS, 1996).

Usos

Avaliar, indiretamente, o acesso e a qualidade da assistência pré-natal e ao parto, supondo que uma boa assistência diminua o valor do indicador.

Analisar as variações do indicador, por operadora, identificando tendências e situações de desigualdade que possam demandar a realização de estudos especiais.

Subsidiar a elaboração e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a atenção materno-infantil e a assistência médico-hospitalar prestada aos beneficiários de planos de saúde.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

A OMS preconiza que o total de partos cesáreos em relação ao número total de partos realizados em um serviço de saúde seja de até 15%. Esta determinação está fundamentada no conhecimento empírico de que apenas 15% do total de partos apresentam indicação precisa de cesariana, ou seja, existe uma situação real onde é fundamental para preservação da saúde materna e/ou fetal que aquele procedimento seja realizado cirurgicamente e não por via natural (OMS, 1996).

A cesariana é um procedimento cirúrgico com indicações bem estabelecidas, o que não justifica o seu aumento alarmante. Assumindo que as cesarianas que ultrapassam a taxa recomendada pela

(13)

OMS não teriam indicação médica, milhões de cirurgias não justificadas estariam sendo realizadas anualmente, trazendo risco para a mãe e, principalmente, para o recém-nascido.

Entre os potenciais riscos associados à cesariana, particularmente a cirurgia eletiva, está o nascimento prematuro. A prematuridade é reconhecida como um dos principais determinantes da morbimortalidade infantil, mesmo entre aqueles recém-natos quase a termo.

Embora os nascimentos pré-termo espontâneos, sem complicações maternas, respondam por 60% dos casos de prematuridade, a indução do trabalho de parto e a cesárea eletiva vêm respondendo por parcelas crescentes dos casos de partos prematuros, apresentando um crescimento importante nos últimos 20 anos.

Além da prematuridade limítrofe, alguns autores têm apontado para o maior risco de morbidade respiratória em crianças nascidas a termo por cesárea eletiva. Fetos com 37 a 38 semanas de gestação, quando comparados a fetos de 39 a 40 semanas, possuem 120 vezes mais chances de necessitarem suporte ventilatório. Assim, o nascimento antes de 39 semanas deve ser realizado somente por fortes razões médicas.

As normas nacionais estabelecem limites percentuais, por estado, para a realização de partos cesáreos, bem como critérios progressivos para o alcance do valor máximo de 25% para todos os estados brasileiros (Portaria Técnica/GM no. 466 de 14 de maio de 2000). Percentuais elevados podem significar, entre outros fatores, a concentração de partos considerados de alto risco, em municípios onde existem unidades de referência para a assistência ao parto.

A proporção de partos cesáreos pagos pelo SUS passou de 23,92 em 2000 para 34,65 em 2009.

Proporção de partos cesáreos pagos pelo SUS (Brasil – 2000 a 2009) Ano Indicador 2000 23,92 2001 25,06 2002 25,19 2003 26,41 2004 27,53 2005 28,61 2006 30,14 2007 31,68 2008 33,25 2009 34,65 Fonte: DATASUS/MS

A análise deste indicador evidenciou que a parto cirúrgico predomina no mercado privado de planos de saúde no Brasil. Foram identificadas altas taxas de cesariana, variando de 64,30% em 2003 a 83,56% em 2009, valores muito acima dos 15% recomendados pela OMS. O impacto negativo desta taxa, nos dados nacionais, é expressivo, pois a proporção de cesarianas no Setor de Saúde

(14)

Suplementar é cerca de três vezes maior que a proporção encontrada no SUS e duas vezes maior que a média nacional.

Comparada às taxas mundiais, observa-se que os valores do setor suplementar são os mais elevados: nos países que compõem a OECD (Organization for Economic Cooperation and Development), a variação nas taxas de cesarianas foi desde taxas baixas de 14-18% na Holanda, Noruega, Finlândia, Islândia e Bélgica até taxas consideradas muito altas como as encontradas na Turquia, Itália e México (36 a 39,9%). As taxas também foram muito mais altas que a média nos Estados Unidos, Portugal, Hungria e Austrália (variando de 30 a 31%).

Meta

A meta é atingir um máximo de 35% de partos cesáreos.

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

% de partos cesáreos Valor de 0 a 1 Peso 3

S/ Informação ou resultado = 100% 0 0

Resultado > 35% e < 100 % v (>0 e <1) v x 3

Resultado  35% 1 3

V= 1- ((Resultado > 35% e  100% - 35)/ 65))

Fonte de dados

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item E3.2 “Parto cesáreo”; coluna II (Eventos ocorridos)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Itens E3.1 “Parto normal” + E3.2 “Parto cesáreo”; coluna II (Eventos ocorridos)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Incentivar o acompanhamento ao pré-natal a fim de reduzir as indicações de cirurgia decorrentes de condições clínicas, de forma que o parto cirúrgico seja realizado somente sob indicações precisas. Incentivar a disseminação de informações a respeito das vantagens do parto normal em comparação com o parto cesáreo e dos riscos da realização do parto cesáreo na ausência de indicações precisas. Implantar um sistema de informações sobre indicações de cesáreas a fim de supervisionar a adequabilidade das indicações.

Pactuar e sensibilizar os prestadores sobre a importância do processo de qualificação da assistência materno neonatal.

Criar campanhas de informação sobre os tipos de parto, seus benefícios e riscos, procurando motivar a realização do parto normal sempre que indicado.

(15)

Limitações e Vieses

As variações geográficas desse indicador só se aplicam para o SUS onde é possível relacionar o tipo de parto ao local de residência da parturiente.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Programa de Qualificação da Saúde Suplementar. Rio de Janeiro: ANS, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada - manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 158 p.

BRASIL. Ministério da Saúde/DATASUS, Sistema de Informações Hospitalares, disponível em

http//www.datasus.gov.br, acessado em abril de 2007.

ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Health at a Glance: OECD Indicators 2005. OECD, Paris, 2005.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra. 1996.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra: 1996.

(16)

1.4- NÚMERO DE CONSULTAS MÉDICAS POR BENEFICIÁRIO

Conceituação

Número de consultas médicas por beneficiário da operadora fora do período de carência para o procedimento, no ano considerado.

Método de Cálculo*

Número de Consultas Médicas

Total de beneficiários fora do período de carência para Consultas Médicas

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador será ajustado pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem ajuste X Fator de ajuste) + (RIE média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate – SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada como referência para a padronização de faixa etária.

Definição de termos utilizados no Indicador

Número de Consultas Médicas: total de consultas médicas realizadas pela operadora, no período considerado.

Número de Beneficiários Fora do Período de Carência para Consultas Médicas: total de beneficiários fora do período de carência para consultas médicas identificados no Sistema de Informações de Produtos, no período considerado.

(17)

Interpretação do Indicador Mede a disponibilidade de consultas médicas, por beneficiários.

Aponta situações de dificuldade de acesso à assistência à saúde adequada dos beneficiários, uma vez que a consulta corresponde à porta de entrada para os demais serviços assistenciais.

Usos

Acompanhar a coerência da produção assistencial das operadoras quanto às consultas médicas, verificando possíveis situações de restrição do acesso e redução de assistência à saúde dos beneficiários.

Analisar o acesso e cobertura à consulta médica, na atenção suplementar à saúde, identificando variações e tendências que demandem a implementação de ações para a ampliação do acesso aos serviços de saúde.

Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação dos serviços prestados pela operadora. O indicador é influenciado pelas características da infra-estrutura da rede prestadora de serviços e pelo modelo operacional da operadora, quando existirem barreiras para o acesso às consultas médicas.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O Ministério da Saúde, por meio da Portaria/GM nº 1.101/2002, estimou a necessidade de 3 consultas médicas/pessoa/ano. A média de consultas médicas por beneficiário no setor suplementar informada pelas operadoras no Sistema de Informações de Produtos – SIP tem se mantido em torno de 5 consultas médicas/beneficiário/ano.

Meta

Apresentar um resultado igual ou superior a 5 consultas médicas/beneficiário/ano.

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Número de consultas médicas por beneficiário Valor de 0 a 1 Peso 2

Resultado  3 0 0

Resultado > 3 e < 5 v (>0 e <1) v x 2

Resultado  5 1 2

V= (Resultado > 3 e < 5) / 5

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item A. “Consultas médicas”; coluna II (Eventos ocorridos)

(18)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item A. “Consultas médicas”; coluna III (Beneficiários da operadora fora do período de carência)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Construir sistema de informações que permita a definição do perfil de utilização de serviços da população beneficiária.

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar as necessidades de saúde dos indivíduos e adotar estratégias de busca ativa para a captação de beneficiários e aumento da cobertura assistencial.

Limitações e Vieses

Por apresentar o resultado como um valor médio, o indicador é influenciado pela contagem cumulativa de consultas médicas em um mesmo beneficiário no período considerado.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Caderno de Informação da Saúde Suplementar: beneficiários, operadoras e planos. Dados eletrônicos. Rio de Janeiro: ANS, set. 2010. 64p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 1101/GM em 12 de junho de 2002.

BRASIL. Rede Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações. Rede Interagencial de Informação para a Saúde – Ripsa. 2 ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.

(19)

1.5- NÚMERO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR BENEFICIÁRIO

Conceituação

Número de internações realizadas por 100 beneficiários da operadora fora do período de carência para internações hospitalares, no ano considerado.

Método de Cálculo*

Número de internações hospitalares

Total de beneficiários fora do período de carência para internações hospitalares

x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador será ajustado pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem ajuste X Fator de ajuste) + (RIE média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate – SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada como referência para a padronização de faixa etária.

Definição de termos utilizados no Indicador

Numerador - número de internações hospitalares da operadora, no período considerado.

Denominador - beneficiários fora do período de carência para internações hospitalares, no período considerado.

Interpretação do Indicador

Mede a relação entre a produção de internações hospitalares e a população beneficiária. Aponta situações de dificuldade de assistência à saúde adequada aos beneficiários por indisponibilidade de

(20)

leitos para internações, podendo a redução de internações ser devida ao compartilhamento de rede de prestadores ou pela existência de barreiras ao acesso. A produção elevada de internações hospitalares pode apontar a incapacidade da operadora em evitar parte das internações hospitalares por meio do controle de beneficiários com doenças crônicas e pelo desenvolvimento de ações de prevenção de riscos e doenças.

Usos

Acompanhar a coerência da produção assistencial das operadoras quanto às internações hospitalares, verificando a adequação do volume de internações às necessidades da população beneficiária.

Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação da assistência médico-hospitalar no setor suplementar.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O Ministério da Saúde, por meio da Portaria/GM nº 1.101/2002, estimou que de 7 a 9% da população apresentam necessidade de internações hospitalares durante um ano. O setor suplementar apresentou uma taxa de internação de 13% para o ano de 2009.

Meta

Atingir um valor situado no intervalo entre 70% da taxa padronizada do setor e 15% além da taxa padronizada do setor.

Pontuação Resultado obtido pela

operadora Pontuação Número de internações por beneficiário (Internações por 100 beneficiários) Valor de 0 a 1 Peso 3 S/ Informação ou resultado  taxa padronizada do setor * 2,00 ou  taxa padronizada do setor * 0,20. 0 3 Resultado > taxa padronizada do setor * 0,20 e < taxa padronizada do setor * 0,70. V1 (>0 e <1) V1 x 3 Resultado > taxa padronizada do setor * 1,15 e < taxa padronizada do setor * 2,00. V2 (>0 e <1) V2 x 3

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Resultado  taxa padronizada do setor * 1,15 e  taxa padronizada do setor * 0,70. 1 3

V1= (Resultado da operadora – taxa padronizada do setor*0,2)/(taxa padronizada do setor*0,7 – taxa padronizada do setor*0,2)

V2= 1 – (Resultado da operadora - taxa padronizada do setor*1,15)/(taxa padronizada do setor*2,0 – taxa do setor*1,15)

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item E “Internações”; Regime de internação “1. Hospitalar”; coluna II (Eventos ocorridos)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item E “Internações”; Regime de internação “1. Hospitalar”; coluna III (Beneficiários da operadora fora do período de carência)

Ações esperadas para causar impacto no Indicador

Construir sistema de informações que permita a definição do perfil epidemiológico (demográfico, de morbidade, de utilização, entre outros) da população beneficiária.

Divulgar os indicadores e metas estabelecidas para as operadoras junto aos prestadores de serviço. Para as operadoras que não conseguem identificar as informações de acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que organizem o seu sistema de informação.

Sensibilizar e pactuar com os prestadores sobre a importância da prevenção e qualificação da assistência.

Limitações e Vieses

A fidedignidade do indicador depende da qualidade dos dados enviados pelas operadoras.

O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações hospitalares de um mesmo beneficiário, no período analisado.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Caderno de Informação da Saúde Suplementar: beneficiários, operadoras e planos. Dados eletrônicos. Rio de Janeiro: ANS, set. 2010. 64p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 1101/GM em 12 de junho de 2002.

BRASIL. Rede Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações. Rede Interagencial de Informação para a Saúde – Ripsa. 2 ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.

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1.6- PROPORÇÃO DE CONSULTA MÉDICA EM PRONTO SOCORRO

Conceituação

Razão entre o número de consultas médicas em pronto socorro e o número total de consultas médicas ocorridas em um ano.

Método de Cálculo*

Número de Consultas Médicas em Pronto Socorro Total de Consultas Médicas

x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador será ajustado pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem ajuste X Fator de ajuste) + (RIE média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate – SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do indicador (número de beneficiários da operadora expostos ao evento ou ao procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada como referência para a padronização de faixa etária.

Definição de termos utilizados no Indicador

Numerador: total de consultas médicas em pronto socorro entre os beneficiários da operadora no ano considerado.

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Interpretação do Indicador

A procura excessiva pelo atendimento em pronto socorro pode apontar indícios de atendimento precário, demora na marcação de atendimento ou na realização de exames laboratoriais e radiológico, além de oferta insuficiente de prestadores na rede credenciada. Nesse caso, diante da dificuldade na marcação de consulta médica ambulatorial ou na presença de sinais e sintomas de problemas agudos, o beneficiário tende a procurar de maneira mais frequente o atendimento em serviços de pronto socorro.

Usos

Acompanhar a coerência da produção assistencial das operadoras quanto às consultas, verificando possíveis situações de redução de assistência à saúde dos beneficiários.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

O Ministério da Saúde, por meio da Portaria/GM nº 1.101/2002, estimou que cerca de 15% do total de consultas médicas decorram de situações de urgência e emergência.

Meta

Apresentar uma proporção entre 5% e 20% de Consulta Médica em Pronto Socorro com relação ao total de Consultas Médicas. O parâmetro inferior de 5% foi estabelecido, considerando as situações de urgência e emergência não preveníveis por ações de iniciativa da operadora.

Pontuação

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Proporção de Consulta Médica em Pronto Socorro Valor de 0 a 1 Peso 2

S/ Informação ou resultado = 0 ou resultado > 20% 0 0

Resultado > 0 e < 5% v (>0 e <1) v x 2

Resultado  5% e  20% 1 2

V= (Resultado > 0 e < 5%) / 5 Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item A.2 “Consultas médicas em pronto socorro”; coluna II (Eventos ocorridos)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item A “Consultas médicas”; coluna II (Eventos ocorridos)

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Construir sistema de informações que permita a identificação do perfil de utilização de serviços da população beneficiária.

Para as operadoras que não conseguem identificar os procedimentos de acordo com os critérios estabelecidos pelo indicador, a expectativa é que organizem o seu sistema de informação.

Reestruturação da oferta de prestadores na rede credenciada, para que os beneficiários obtenham acesso adequado às consultas médicas ambulatoriais.

Limitações e Vieses

A fidedignidade do indicador depende da qualidade dos dados enviados pelas operadoras. As consultas em pronto-socorro podem ser identificadas por meio de código específico da Terminologia Unificada em Saúde Suplementar – TUSS. No entanto, operadoras que não identifiquem adequadamente a consulta médica em pronto socorro podem vir a subestimar o seu registro e, por consequência, a proporção apresentada como resultado do indicador.

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR. Caderno de Informação da Saúde Suplementar: beneficiários, operadoras e planos. Dados eletrônicos. Rio de Janeiro: ANS, set. 2010. 64p.

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1.7- NÚMERO DE CONSULTAS ODONTOLÓGICAS INICIAIS POR BENEFICIÁRIO

Conceituação

Número médio de consultas odontológicas iniciais por beneficiário da operadora fora do período de carência para o procedimento, no período considerado.

Método de cálculo*

Número total de consultas odontológicas iniciais

Total de beneficiários fora do período de carência para consultas odontológicas iniciais

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do indicador (número de beneficiários da operadora fora do período de carência para o evento ou procedimento).

Definição de termos utilizados no indicador

Numerador - Número total de consultas odontológicas iniciais: total de atendimentos com consultas odontológicas destinadas ao exame e diagnóstico para a elaboração do plano de tratamento, incluindo anamnese, preenchimento de ficha clínica odontolegal, diagnóstico das doenças e anomalias bucais do paciente e prognóstico. Neste item não devem ser informadas as consultas de caráter emergencial ou pericial, a serem lançadas no item “I. PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS”.

Denominador - Total de beneficiários fora do período de carência para consultas odontológicas iniciais: total de beneficiários da operadora que estão fora do período de carência no item em questão (consulta odontológica inicial), no período considerado.

Interpretação do indicador

A atenção odontológica em nível individual é uma importante estratégia para a qualificação do acesso à assistência na medida em que possibilita a avaliação por um profissional de saúde, visando à prevenção das doenças bucais, avaliação dos fatores de risco individuais, realização de diagnóstico precoce com redução das seqüelas e limitação dos danos, contribuindo para a redução dos custos

(26)

com tratamento odontológico, melhora nas condições de saúde bucal e aumento da qualidade de vida dos indivíduos.

Desta forma, este indicador estima o acesso da população exposta à assistência odontológica individual, visando à execução de um plano preventivo-terapêutico estabelecido a partir de uma avaliação/exame clínico, no âmbito da atenção suplementar à saúde.

Usos

Analisar o acesso e cobertura à consulta odontológica inicial, na atenção suplementar à saúde, identificando variações e tendências que demandem a implementação de ações para a ampliação do acesso qualificado ao serviço odontológico.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na assistência odontológica suplementar. Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação dos serviços odontológicos prestados pela operadora.

Poderá ser influenciado pela infra-estrutura da rede prestadora de serviços e pelo modelo operacional da operadora, quando existirem barreiras para o acesso às consultas odontológicas iniciais.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Em 2003, o Ministério da Saúde concluiu a realização de um levantamento epidemiológico, denominado Projeto SB Brasil 2003: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em diferentes grupos etários da população brasileira. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na quarta edição (1997) da publicação Oral health surveys: basic methods, e sugere a composição da amostra em determinadas idades-índice e faixas etárias para verificar a ocorrência das doenças bucais ao longo da vida, uma vez que estas apresentam forte correlação com a idade do indivíduo.

O número de indivíduos em cada faixa etária, ou idade-índice, foi preconizado de acordo com a prevalência e severidade das doenças bucais, não havendo correlação com a representatividade desses grupos etários na população brasileira.

O SB Brasil 2003 constitui um marco na epidemiologia em saúde bucal, representando a mais ampla pesquisa já empreendida no país, e gerou resultados importantes para o incremento das ações de planejamento e avaliação na área de saúde bucal coletiva. Os resultados do estudo foram referência para a construção dos parâmetros dos indicadores odontológicos do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar.

O parâmetro utilizado para o indicador Consultas Odontológicas Iniciais baseou-se na necessidade de tratamento, em nível individual, das principais doenças bucais. A necessidade de tratamento para a cárie dentária e a necessidade de tratamento periodontal, em indivíduos com ceo-d / CPO-D=0, segundo faixa etária, medidas pelas variáveis descritas acima, estão demonstradas no quadro abaixo:

(27)

Fonte: Projeto SB Brasil 2003: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais.

Meta

O parâmetro acima estima a necessidade de tratamento dos indivíduos no país, em nível individual, das principais doenças bucais, conforme os resultados do Projeto SB Brasil 2003. Para o Programa de Qualificação da Saúde Suplementar, a meta estabelecida é a realização de 0,50 consulta inicial/beneficiário/ano, ampliando e qualificando o acesso à assistência odontológica suplementar por meio da consulta odontológica inicial.

Pontuação

A pontuação do indicador foi definida de acordo com o quadro abaixo:

Resultado obtido pela operadora Pontuação

Número de Consultas Odontológicas Iniciais por

Beneficiário Valor de 0 a 1 Peso 2

S/ Informação ou resultado = 0 0 0

Resultado > 0 e < 0,50 v (>0 e <1) v x 2

Resultado  0,50 1 2

V= (Resultado > 0 e < 0,50) / 0,50 Faixa Etária Número de

indivíduos Número de indivíduos com necessidade de tratamento para cárie dentária Número de indivíduos com ceo-d

/ CPO-D=0 e necessidade de tratamento periodontal Número de indivíduos com necessidade de tratamento odontológico individual/100 indivíduos 18 a 36 meses 12.117 3.344 - 27,60 5 anos 26.641 14.931 - 56,05 12 anos 34.550 19.738 3.680 67,78 15 a 19 anos 16.833 11.139 1.864 77,25 35 a 44 anos 13.431 8.450 3.210 86,81 65 a 74 anos 5.349 1.670 393 38,57 Total 108.921 59.272 9.147 62,82

(28)

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item I.1 “Consultas odontológicas iniciais”; coluna II (Eventos ocorridos)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item I.1 “Consultas odontológicas iniciais”, coluna III (Beneficiários da operadora fora do período de carência)

Ações esperadas para causar impacto no indicador

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os indivíduos acometidos pelas doenças cárie e periodontal com necessidade de tratamento em nível individual, e adotar estratégias

de busca ativa para a captação de beneficiários e aumento da cobertura assistencial.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças com enfoque multiprofissional, de modo a inserir a consulta odontológica individual nos cuidados básicos de saúde, visando a integralidade e a qualificação da assistência à saúde.

Limitações e vieses

O indicador poderá ser influenciado pela contagem cumulativa de consultas odontológicas iniciais, considerando a possibilidade de realização e registro de mais de uma consulta, no mesmo indivíduo, durante o período analisado.

Poderão ocorrer inconsistências no registro das informações referentes ao numerador, por parte das operadoras, uma vez que não devem ser informadas as consultas de caráter pericial, emergencial, de revisão e/ou manutenção.

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação de Indicadores da

Atenção Básica – 2006. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7 jan. 2008.

BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde, a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal.

BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

(29)

1.8- TAXA DE APLICAÇÃO TÓPICA PROFISSIONAL DE FLÚOR

Conceituação

Número médio de aplicações tópicas profissionais de flúor por 100 beneficiários da operadora fora do período de carência para procedimentos preventivos, no período considerado.

Método de Cálculo*

Número total de aplicações tópicas profissionais de flúor por hemi-arcada

Total de beneficiários fora do período de carência para procedimentos preventivos

 4**

x 100

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta será ajustada pela metodologia estatística do Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa estimada ou resultado ajustado do indicador = (Taxa bruta X Fator de ajuste) + (Taxa média de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do indicador (número de beneficiários da operadora fora do período de carência para o evento ou procedimento).

**Observação 2: Considerando, para o cálculo do valor médio, que o evento é registrado “por hemi-arcada” no Sistema de Informações de Produtos - SIP e que uma arcada completa é constituída por quatro hemi-arcadas.

Definição dos termos utilizados no indicador

Numerador - Número total de aplicações tópicas profissionais de flúor por hemi-arcada: número total de aplicações tópicas profissionais de flúor em consultório ou escovódromo (verniz, gel, bochecho e/ou outros veículos), por hemi-arcada.

Denominador - Total de beneficiários fora do período de carência para procedimentos preventivos: total de beneficiários da operadora que estão fora do período de carência no item em questão (procedimentos preventivos), no período considerado.

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Interpretação do indicador

A aplicação tópica de flúor é um importante método de prevenção, de baixo custo, fácil aplicação e, se utilizado oportunamente, proporciona a proteção específica do indivíduo contra a cárie dentária, reduzindo em proporção significativa a incidência da doença.

O flúor pode ser utilizado como agente preventivo e terapêutico na modulação da atividade de cárie dentária. O mecanismo de ação, dinamicamente importante, depende da presença de fluoretos constantemente na boca, disponível para atuação no processo de cárie. Em baixa concentração e alta freqüência de aplicação, os fluoretos alteram o metabolismo das bactérias inibindo a produção de ácidos e elevando o pH da placa bacteriana; reduzem a aderência microbiana ao esmalte dentário; interferem diretamente no processo de desmineralização, favorecendo a formação de fluoreto de cálcio e a remineralização dentária.

A aplicação tópica profissional de produtos fluoretados é um mecanismo importante na redução da atividade de cárie, mas deve-se ressaltar que somente um conjunto de medidas possibilitará o não desenvolvimento da doença.

Desta forma, este indicador estima a cobertura e o acesso dos indivíduos à aplicação tópica de flúor, sob orientação de um profissional de saúde, com finalidade terapêutica (remineralização de mancha branca ativa) e/ou preventiva da doença cárie, na atenção suplementar à saúde.

Usos

Analisar o acesso à aplicação tópica profissional de flúor, na atenção suplementar à saúde, identificando variações e tendências que demandem a implementação de ações para a prevenção da doença cárie.

Possibilitar a realização de análises epidemiológicas comparativas, observando a série histórica do indicador, e correlacionando o uso do flúor com a incidência de cárie na população exposta.

Analisar a orientação dos modelos assistenciais praticados na assistência odontológica suplementar. Subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações para a prevenção e redução da doença cárie.

Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Em 2003, o Ministério da Saúde concluiu a realização de um levantamento epidemiológico, denominado Projeto SB Brasil 2003: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira, para avaliar os principais agravos bucais em diferentes grupos etários da população brasileira. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na quarta edição (1997) da publicação Oral health surveys: basic methods, e sugere a composição da amostra em determinadas idades-índice e faixas etárias para verificar a ocorrência das doenças bucais ao longo da vida, uma vez que estas apresentam forte correlação com a idade do indivíduo.

O número de indivíduos em cada faixa etária, ou idade-índice, foi preconizado de acordo com a prevalência e severidade das doenças bucais, não havendo correlação com a representatividade desses grupos etários na população brasileira.

(31)

O SB Brasil 2003 constitui um marco na epidemiologia em saúde bucal, representando a mais ampla pesquisa já empreendida no país, e gerou resultados importantes para o incremento das ações de planejamento e avaliação na área de saúde bucal coletiva. Os resultados do estudo foram referência para a construção dos parâmetros dos indicadores odontológicos do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar.

Pesquisas científicas identificam a idade do indivíduo como um dos fatores associados ao risco de desenvolvimento da doença cárie. De acordo com os resultados do ataque de cárie na dentição decídua, apresentados nas tabelas 7 a 9 da publicação Projeto SB Brasil 2003: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais, uma criança brasileira com 3 anos de idade, ou menos, possui em média um dente com experiência de cárie (ceo-d=1,07). Aos 5 anos, esta média aumenta para quase 3 dentes (ceo-d=2,8). O componente cariado representa 82,14% do índice na idade de 5 anos e 96,26% na faixa etária de 18 a 36 meses.

Quanto ao ataque de cárie na dentição permanente, crianças brasileiras de 12 anos de idade e adolescentes de 15 a 19 anos apresentaram, respectivamente, em média, 2,8 e 6,2 dentes com experiência de cárie, sendo o componente cariado responsável por 58,27% e 42,14% do índice, respectivamente.

O parâmetro utilizado para o indicador Taxa de Pessoas Submetidas à Aplicação Profissional de Flúor baseou-se na distribuição da atividade de cárie dos indivíduos examinados, segundo os grupos etários de 18 a 36 meses, 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos, 65 a 74 anos. A atividade de cárie, identificada pelas variáveis acima, possibilita classificar os indivíduos nas situações de risco moderado e alto, conforme recomendações da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP).

A distribuição da atividade de cárie, segundo faixa etária, está demonstrada no quadro abaixo:

Faixa Etária Número de indivíduos

Número de indivíduos com atividade de cárie

Número de indivíduos com atividade de cárie/100 indivíduos 18 a 36 meses 12.117 3.482 28,74 5 anos 26.641 14.617 54,87 12 anos 34.550 18.689 54,09 15 a 19 anos 16.833 10.240 60,83 35 a 44 anos 13.431 7.535 56,10 65 a 74 anos 5.349 1.183 22,12 Total 108.921 55.746 51,18

Fonte: Projeto SB Brasil 2003: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais.

Com relação ao número médio de dentes com atividade de cárie por indivíduo, segundo faixa etária, os resultados obtidos no Projeto SB Brasil 2003 são apresentados no quadro abaixo:

Faixa Etária Média de dentes cariados

Média de dentes obturados/cariados

(32)

18 a 36 meses 1,03 0,01 05 anos 2,30 0,06 12 anos 1,62 0,07 15 a 19 anos 2,60 0,19 35 a 44 anos 2,33 0,35 65 a 74 anos 1,17 0,06

Fonte: Projeto SB Brasil 2003: Condições de Saúde Bucal da População Brasileira – Resultados Principais.

Até 2009, a aplicação tópica profissional de flúor era registrada por pessoa (1ª vez no ano). Em 2010, com a entrada em vigor da RN nº 205/2009 e IN/DIPRO nº 21/2009, a aplicação tópica profissional de flúor passou a ser registrada no SIP “por hemi-arcada”.

Meta

Atingir um valor igual ou superior a 80% da taxa padronizada do setor, de modo a estimular o acesso ao flúor tópico profissional nos indivíduos de maior risco, visando à diminuição da atividade de cárie no setor suplementar.

Pontuação

A pontuação do indicador foi definida de acordo com o quadro abaixo: Resultado obtido pela

operadora Pontuação Taxa de Aplicação Tópica Profissional de Flúor Valor de 0 a 1 Peso 1,5 S/ Informação ou resultado = 0 0 0 Resultado > 0 e < taxa padronizada do setor * 0,80. V (>0 e <1) V x 1,5 Resultado  taxa padronizada do setor * 0,80. 1 1,5 V = (Resultado da operadora)/taxa padronizada do setor* 0,80

Fonte

Numerador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item I.3.2 “Aplicação tópica profissional de flúor por hemi-arcada”; coluna II (Eventos ocorridos)

Denominador: Sistema de Informações de Produtos (SIP); Item I.3 “Procedimentos preventivos”; coluna III (Beneficiários da operadora fora do período de carência)

(33)

Conhecer o perfil epidemiológico dos beneficiários, identificar os grupos de risco para doença cárie e adotar estratégias de busca ativa, organizando a rede assistencial para a prestação de serviços

voltados para a prevenção, em nível individual e/ou coletivo.

Utilizar o flúor tópico profissional (1) com finalidade terapêutica na remineralização das manchas brancas ativas, intervindo nos estágios iniciais da doença inibindo a progressão das lesões cariosas; (2) com finalidade preventiva atuando no processo de desmineralização dentária, de modo a evitar o aparecimento dos sinais clínicos da doença cárie.

Desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças que realizem a aplicação tópica profissional de flúor em nível coletivo.

Implantar uma política de capacitação e educação permanente para a rede de prestadores, visando à uniformidade operacional e ao desenvolvimento de práticas centradas na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais.

Limitações e vieses

Variabilidade da necessidade do procedimento em função dos diferentes fatores etiológicos gerais/condicionantes relacionados ao risco da doença cárie na população.

A perspectiva de cobertura do indicador sofre interferência da forma de registro: por hemi-arcada e por procedimento (podendo ocorrer aplicações repetidas em um mesmo indivíduo no decorrer do

período).

Referências

BRASIL. Portaria MS n° 493/GM, de 13 de março de 2006. Aprova a Relação de Indicadores da

Atenção Básica – 2006. Disponível em:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/siab/pacto2006/portaria_493.pdf. Acesso em: 7 jan. 2008.

BRASIL. Portaria MS nº 91/GM, de 10 de janeiro de 2007. Regulamenta a unificação do processo de pactuação de indicadores do Pacto pela Saúde, a serem pactuados por Municípios, Estados e Distrito Federal.

BRASIL. Portaria MS nº 325/GM, de 21 de fevereiro de 2008. Estabelece prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de monitoramento e avaliação do Pacto pela Saúde e as orientações, prazos e diretrizes para a sua pactuação.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003. Brasília, DF, 2004. Disponível em:

http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnsb/vigilancia.php. Acesso em: 7 jan. 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO. Recomendações sobre o uso de produtos fluorados no âmbito do SUS/SP em função do risco de cárie dentária. São Paulo, SP, 2000. Disponível em: http:// www.saude.sp.gov.br/ftpsessp/novo_site/bucal/bucal_protocolo.doc

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1.9- TAXA DE SELANTES

Conceituação

Número médio de dentes que receberam selantes por 10 beneficiários da operadora fora do período de carência para o procedimento (menores de 12 anos de idade), no período considerado.

Método de Cálculo*

Número total de dentes que receberam selantes (menores de 12 anos)

Total de beneficiários fora do período de carência para selantes (menores de 12 anos)

x 10

*Observação: O resultado direto obtido desse indicador, ou seja, a taxa bruta será ajustada pela metodologia estatística da Padronização Indireta por Faixa Etária e pelo Bayes Empírico, cuja fórmula simplificada pode ser representada pela seguinte equação:

Taxa padronizada e estimada ou resultado padronizado e ajustado do indicador = (RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico) X (Taxa da população de referência).

RIE da operadora com ajuste pelo Bayes Empírico = (RIE da operadora sem ajuste X Fator de ajuste) + (RIE médio de todas as operadoras) X (1 – Fator de ajuste).

RIE = Razão Informados Esperados = (Número de eventos informados pela operadora) / (Número de eventos esperados para operadora caso ela tivesse as mesmas taxas encontradas em cada faixa etária da população de referência).

Razão Informados Esperados - RIE é um correlato ao termo em inglês Standardized Incidence Rate – SIR ou ao termo Standardized Mortality Rate – SMR.

Fator de ajuste = fator calculado especificamente para cada operadora. Esse fator depende da dispersão dos valores das taxas entre operadoras e aumenta progressivamente, de zero (0) a um (1), conforme aumenta o denominador do indicador (número de beneficiários da operadora fora do período de carência para o evento ou procedimento).

Taxa da população de referência = Taxa média do evento na população tomada como referência para a padronização de faixa etária.

Definição dos termos utilizados no indicador

Numerador - Número total de dentes que receberam selantes (menores de 12 anos): número de dentes, em menores de 12 anos completos de idade (até 11 anos, 11 meses e 29 dias) que receberam aplicação de selante de fóssulas e fissuras.

Denominador - Total de beneficiários fora do período de carência para selantes (menores de 12 anos): número de pessoas menores de 12 anos completos de idade (até 11 anos, 11 meses e 29 dias) com direito a receber aplicação de selante de fóssulas e fissuras dentárias.

Referências

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