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LEVANTAMENTOS SECCIONAIS SÔBRE A ESQUISTOSSOMOSE NO NORDESTE DO BRASIL. III ESTADO DE PERNAMBUCO (MUNICÍPIO DE SÃO LOURENÇO DA MATA).

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LEVANTAMENTOS SECCIONAIS SÔBRE A ESQUISTOSSOMOSE NO

NORDESTE DO BRASIL. III ESTADO DE PERNAMBUCO (MUNICÍPIO

DE SÃO LOURENÇO DA MATA).

F rederico S im ões B arbosa, D irceu P esso a , R aim undo F . P in to, J an d yra d e M orais B arbosa, B en ed ita de A lm eid a R odrigues

Os au tores a p r e s e n t a m os re su lta d o s d e l e v a n ta m e n to s se ccionais sôbre a p re v a lê n c ia e a m o rb i d a d e d a esquistossom ose m a n s ô n i c a n a s zon as rural e u rb a n a do m u nicípio d e São Lourenço da Mata. A p re v a lê n c ia da esquis­ tossom ose e d e o u tra s h e lm in to s e s foi m u ito elevada. 4 s f o r m a s h e p a to - e s p l é - nicas v a r ia r a m d e 1 a 2 %.

INTRODUÇÃO

Em trab alhos an teriores (2, 3) foram apresentados os resu ltad os de le v a n ta ­ m en tos seccion ais sôbre a p revalên cia e a m orbidade da esquistossom ose m an sô- nica em algu m as localid ade dos E stados de A lagoas e do Rio G rande do N orte. Estudos da m esm a n atu reza são agora ap resentados para o m un icípio de São lo u r e n ç o da M ata no Estado de P ern a m ­ buco.

MATERIAL E MÉTODOS

O p resen te trab alho obedece aos m es­ m os objetivos e à m esm a m etodologia de estudo an terior (3).

Os le v a n ta m e n to s tiveram in ício em fevereiro de 1966. A apuração dos dados p rocessou -se d urante o ano de 1968. A l­ gu ns dados com p lem en tares foram co le ta ­ dos do início de 1969.

O estudo com preendeu a cidade de São Lourenço da M ata e as seg u in tes lo c a lid a ­ des rurais do m esm o m unicípio: en gen h os Camorim, São João, Q uizanga, Caiará, M

ar-tin ica, B ela R osa e G eneral e a u sin a Tium a.

O m un icípio de São Lourenço da M ata está situado em zona de m a ta a 23 km N da cidade do R ecife, no E stado de P er­ n am buco. No censo de 1960 a cidade p os­ su ía 19.318 h a b ita n te s e a zona rural era h a b itad a por 28.398 pessoas.

N a tab ela I e n co n tra -se o núm ero de p essoas ex am in ad as no p resen te trab alho e a população das áreas trab alhad as. RESULTADOS

Os resu ltad os do p resen te estudo são ap resen tad os n a s tab elas que se seguem para as zonas u rbana e rural do m u n icí­ pio de São Lourenço da M ata.

U m a ú n ica espécie de planorbídeo tran sm issor da esquistossom ose m an sôn ica fo i en con trad a n a área — B i o m p h a la ria

str a m in e a .

COMENTÁRIOS

A p revalên cia da esquistossom ose, co­ m o era de esperar, foi m uito elevada, se n

-T r a b a i h o do D e p a r t a m e n t o d e M e d ie in a P r e v e n t i v a ( U . F .P e . ) e do C e n t r o d e P e s q u i s a s Aggeu M a g a ­ l h ã e s ( I .X .E .lU i. i. T r a b a l h o f i n a n c i a d o , e m g r a n d e p a r t e , p e la S u p e r i n t e n d ê n e i a d o D e s e n v o l v i m e n t o d o N o r d e s t e ( S U ­ D E N E ) , D e p a r t a m e n t o de R e c u r s o s H u m a n o s , D i v i s ã o d e S a ú d e , m e d i a n t e c o n v ê n i o c e l e b r a d o e n t r e aquehi. i n s t i t u i ç ã o e a U .F .P e . R e c e b i d o p a r a p u b l i c a ç ã o e m

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Vcl. IV — N.° 4

T abela I

POPULAÇÃO TOTAL E POPULAÇÃO AMOSTRADA UTILIZADA NO

PRESENTE TRABALHO M unicípio de São Lourenço da Mata,

Pernam buco, 1966 População L ocalidades E stim ad a ; A m ostrada Cidade 20 235 984 Zona rural Camorim 956 956 São João 871 871 Quizanga 850 850 Caiará 695 695 M artinica 486 486 B ela R osa 491 491 G eneral 904 904 Tium a 481 481

do bem m ais alta na zona rural do que n a urbana. Êstes ín dices de positividade to rn a ra m -se ainda m ais altos tom an d o-se em con sid eração o critério ad otado por B arbosa (1) ao adm itir com o positivos um ou am bos os resultados forn ecidos pelo exam e coproscópico ou a in trad erm o-rea- ção. A ssim , n a zona rural os ín d ices foram , resp ectivam en te, 71 e 80% e, na zona u r­ bana, 51 e 70%.

Os p ercen tu ais de in fecção por S. m a n -

soni, en con trad os n a zon a rural de São

Lourenço, são m ais elevados do que aquê- le s obtidos n a s zon as rurais de Viçosa e Cajueiro, em A lagoas (3). E n tretan to, na cidade de São Laurenço o ín dice de in fe c ­ ção foi m ais baixo do que n as zon as urb a­ n a s de A lagoas ( 3), sendo sem elh a n te ao da cidade de Pureza no Rio G rande do Norte < 2) .

Em relação às form as h ép a to -esp lên ica s da esquistossom ose, ob servaram -se p ercen ­

tu ais se m e lh a n tes aos dos outros dois E s­ tados. Em todos êles as form as graves da d oen ça p red om inaram n a s zonas rurais. No en tan to, em duas localid ad es do Estado de P ernam buco (1) — Água P reta e P on- tezin h a — as form as h ép a to -esp lên ica s ch egaram a 4 e 7% resp ectiv a m en te. A prim eira das localid ad es é sede do m u ­ n icíp io do m esm o nom e, en q uan to que a segun da é um povoado do m un icípio do Cabo.

As outras h elm in to ses apresentaram , em São Lourenço, p ercen tu ais m uito e le ­ vados, p rin cip alm en te na zona rural, com ­ paráveis aos en con trad os n as zon as rurais estu d ad as em A lagoas '31 e em P ern am ­ buco (1) .

Com exceção de A. lumbricoides, cujos ín dices de in fecção foram altos em Ma- xaran gu ape, todos os d em ais ín dices de in ­ fecção verm inótica n as zonas rurais do Rio G. do N orte (2i foram m ais baixos do que os a ssin alad os em A lagoas (3), no p resen te trab alho e em outras lo c a lid a ­ des de Pernam buco 11 ). C h am a-se a a ten ção para os elevad os ín d ices de in ­ fecção pelos an cilostom íd eos em alguma? áreas, ch egan d o a 90% na u sina Capricho em A lagoas ( 3> .

R egistre-se, ainda, o fato de que Hy-

m e nole pis nana, cestoda en con trad o com

relativa freqü ên cia no Rio G rande do Nor­ te (Barbosa & cols. 2), esteve au sen te na~ quatro localid ad es estu dad as em P er n a m ­ buco (1) e em A lagoas <3), tôd as lo c a li­ zadas em zona de m ata ou lito ra l-m a ta No p resen te estudo, H. n a n a foi en co n ­ trado ap en as duas vêzes em 5.434 exam e; de fezes. C onfirm am -se, assim , resultados an teriores obtidos por B arbosa & cols. (4 quando d em onstraram que a in fecção po: aquêle cestod a é freqü en te n as zon as s e ­

cas do N ordeste e raram en te encontrada

na zon a da m ata.

F in alm en te, as in fecções por S. sterco-

ralis, E. verm icu laris e T aen ia sp. forair.

m uito variáveis, com o em outras áreas es- tu ad as em P ernam buco (1), em Alagoas

(3) e no R io G rande do N orte ( 2) . As- sin a le -se que para os h elm in to s acim a nã: foi em pregado m étodo algum especial de pesquisa.

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Jul.-Agôsto, 1970

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S U M M A R Y

C ross-sec tion stu ã ie s on pre v a le n c e a n d m o r b i d ity of schistosom iasis m a n - soni are p r e s e n te d for th e c o u n ty of São Lourenço d a M ata , s t a t e of P e r ­ n a m b u c o , as p a r t of a long te r m p r o j e c t w h ic h is being carrieã ou t in N o r th e a s t e r n Brazil.

T h e s u r v e y w a s m a d e in t h e City of São Lourenço d a M a ta a n d in 8 ru ral localities. P rev a le n c e of S ch istosom iasis a n d o t h e r h e l m i n t h in fe ctio n s w e re v e r y high. H e p a to -s p le n ic f o r ms v a r ie d fr o m 1 to 2 p e r cent.

B I B L I O G R A F I A 1 BARBOSA, F.S. — M orbidade na e s­

quistossom ose. Tese, R ecife, 1965. 2. BARBOSA, F.S.; PESSOA, D.; OLI­

VEIRA, P.; BARBOSA, J.M. & RO­ DRIGUES, B.A. L evan tam en tos seccion ais sôbre a esqu istossom ose no N ordeste do B rasil. II Estado do Rio G rande do Norte.

3. BARBOSA, F.S.; PESSOA, D.; P IN ­ TO, R.F., BARBOSA, J.M. & RODRI­

GUES, B.A. — L evan tam en tos s e c ­ cion ais sôbre a esqu istossom ose no N ordeste do Brasil. I E stado de A la­ goas (em p u b licação).

4. BARBOSA, F.S.; MAIA FILHO, P. & CARVALHO, M.R.C. — Inquérito h e l- m intológico em escolares da cidade de C atolé do R ocha, P araíba, Brasil. Rev. In st. Med. Trop. São Paulo, 6: 174-180 1964.

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Vol. IV — N.° 4

4

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Fig. 1 i ! >

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f ? *y i í !,w "■^, Fig. 2 Fig. 3

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Fig. 4

Figs. 1, 2, 3 e 4 — V istas do E n gen h o Camorim, m u n icíp io de São Lourenço da Mata. Coleta de planorbídeos em zon a de lavagem de roupa e de anim ais.

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TABELA II

D i s t r i b u i ç ã o p o r id à d e e p o r sexo da p o p u laç ão ■Sona H u ra l de São lo u re n ç o da M ata - P e - 1966 - 1968

tittUPO

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TOTüL MÜSCULINO FEMB INO

HO % 1!® % T o t a l ... 5 734 100 ... .. . - 2 94b 100 2 788 10C 0 - 4 ... 1 017 18 524 18 493 18 5 - o 877 15 436 15 441 16 1C - 1 4 ... 793 14 3°4 13 3v9 14 i ; - I ‘ ... 6 SC 11 357 12 2v3 10 ,?c - oo 873 15 424 14 449 16 3C - 3 9 ... 555 10 279 10* 276 10 ifi 4 ° ... . 449 8 248 9* 201 7 y: - 5Q... 294 5 159 5 135 5 6C - ' ° 173 3 94 3 79 3 7C - 7 9 ... 48 1 28 1 20 1 80 e + ... 5 0 3 0 2 0 «Forgado p /arre d o n d a m e n to

(6)

TABELA III

D is tr ib u iç ã o das form as c l i n i c a s da esq u isto sso m o se m anscnica, por grupo e t a r i o e sexo São Lourenço da Mata - Ziona Urbana - Pe - 1967

" \ \ G R U P O ETÁRIO TotE.1 G eral 1 - 4 5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 e +

'orma c l í n i c a ' -Sexo T M F T 11 F T H F T M F T K F T M F T M F T M F T M F T M F T o ta l... 589 242 347 111 49

62

120

61

59 93 38 55 67 28 39 64 15 49

55

17 38 38 8 30 29 20 9 12 6 6 n« 331 124 207 8 2 6 49 25 62 24

38

53 20 33 53 13 40

45

14 31 29 6 23 24 16 3 8 5 3 I

...

p

56 51 59 7 4 10 41 39 42 67 63 69 79 71 85

83

86 82 82 82 82

76

75 77 83 80 89 67

83

50 n2 46 23 23 5 2 3 15 7 8 9 7 2 5 3 2

_

_

1 2 6 1 5 2 2

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1

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1 1 1

...

3 6

16

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10 7 5 4 5 12 12? 14 10 18 4 7

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5 £T 5 12 17 7 - 8 - 17 n Q 7 6 1 3 2 1 2 2 1 1 1 1 I I I

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nG 1 25 2 15 0 10

16

8 8 8 6 2 3 1 5 1 2 3 7 1 7 6 D u v id o sa .. ...

%

4 6 3 14

16

13 7 10 3 1 3 ns 180 74 106 82 37 45 48 24 24 18 4 14 7 3 4

10

1 9

6

1

5 3

1

2 3

2

1

3

1

2

N e g a tiv a . . 31 31 31 74 76 72

40

39 41 19

11

25

11

' ■

11

10

16

7 18 11 6 13 3 13* 6 10 10 11 25 17 33

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TABELA IV

intraderr.o-reaçao por grupo e t a r iô e sexo 35o Lourenço cia ^e.ta - 2’ona 'Jrbana - Fe - 1967

GRUPOS ETÁRIOS (anos)

* o ta l cie p e sso a s c / exar.es cofhr>letos

fiy.ane o poeí. t i vos i'e traderrr.o ^es ou T otal ( Na ) (- -rfl ) Fes\. (:?«) .1 cia '0 • Ns ;; :;2 " o t a l ... 791 356 435 557 70 253 71 304 7C 1 - 4 ... 125 59 ÒD 15 12 o

]X

c. li. C _ 0 . . . 141 73 SS 30 57 42 53 33 5

o

1C - U ... 122 52 70 100 82 47 90 53 7 A 15 - 1 ? ... 92 46 46 S4 91 1.2 Vl 4^ 91 20 - 2 ~ ... 103 36 67 91 BS 34 94 57 85

50

- 3 9 ... 85 35 50 73 92 33 94 45 9C b l t- 73 24 49 6S 93 23 S ó 45 92 50 - 59... 36 25 11 30 S3 21 84 o 82 ÒC e + ... U 6 8 11 79 5 J3 ò 75

(8)

TABELA V

Rerrur.ta.d05 p e s i

ti

-.'03

do;: e:r:n c

3

c p p r:a o ;:ic f

;3

(.para h o lK in to s ) , d is c rim in a d o s p o r 30 x0

0

grupo e t á r i o üona Urbana - São lo u re n ç o da. - Pe - 1967

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TABELA VI

D is t r i b u i ç ã o p o r id a a e e p o r sexo da p o p u la ça o

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TABELA VII

R esu ltad o s p o s itiv o s dos exames co p ro lo rjico s (p a ra h e lra in to s ), d isc rim in a d o s p o r sexo e grupo e t á r i o Zona R ural de São 1-ourongo da ^ a ta - Pe - 1966 - 1963

(11)

TABELA VIII

H esultaao s p o s it iv e s p a ra manaoni dos exames co p ro lo g ico s ou ' in tra d e ra o -re a ç a o por grupo e t á r io 0 sexo

03.0 -Lourenço da M ata - à o n a B u r a l - Pe - 1966 - 19é>3 GRUPOS ETÍRiCS (an o s) T o ta l da p esco a 6/ Exaaios p o s i t i v o s f e z e s in t r a d e r a o ou ( "2 ) (N*) Fnin, (Nc ) '.Total

! MhsiuU no F enn n ino

d % % iO taX

...

5311 í 2706 2606 ^252 s o 2192 81 2060 79 1 - 4

...

763 4C0 363 167 22 89 22 78 21 5 - 9 ... S6l 429 432 ^62 65 292 68 270 63 10 - u ... 784 390 394 7C7 90 361 93 346 88 15 - 1 9 ... 624 343 281 605 97 333 97 272 97 20 - 2 9... Íiíiü 386 434 79 o 97 381 99 415 96 30 - 39... 530 258 272 512 97 >0 97 262 96 40 - 49... 435 e- j ! 1 O O í t_; 93 234- 99 194 98 5C - 59... 279 -'O.. <;C j 0.; UO 95 128 97 60 e + ... 213 126 99 207 96 j i ! 112 ,

____

97 95 96

(12)

TABELA IX

D is tr ib u iç ã o das form as c l í n i c a s da esq u isto sao rao se Eiansonica, p o r ,';rupo e t á r i o e sexo Zoga R u ral de São Lourengo da Mata - Fe - 1966 - 1968

Referências

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