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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

GRADUAÇÃO

Francini Palha

Ijuí, RS, Brasil

2015

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Francini Palha

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária, Área de grandes animais, da Universidade Regional do

Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial

para obtenção do grau de

Médica Veterinária.

Orientadora: ProfªMed. Vet. MSc. Denize da Rosa Fraga

Supervisor: Med. Vet. Ricardo Pimentel Oliveira

Ijuí, RS, Brasil

2015

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o

Relatório de Estágio da Graduação

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

elaborado por

Francini Palha

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________________

Denize da Rosa Fraga, MSc(UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________

Cristiane Elise Teichmann, MSc (UNIJUÍ)

(Banca)

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado a todos que me apoiaram e que estiveram presente nesta minha jornada, muito obrigado, saibam que este é apenas o início de um mundo de possibilidades que irão surgir e que vocês certamente estarão presente comigo. É dedicado principalmente ao meus pais, Carlos e Sônia, sem eles nada seria possível.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela família que tenho e pelos amigos sinceros que conquistei, pela oportunidade de estudar e ajudar meus pais, pois é por eles que acordo todo dia. Minha vida tem sido maravilhosa e sei que todo percalço que tive não foi nada comparado à grandiosidade que é a minha família.

Aos meus pais, Carlos e Sonia, vocês são o motivo do meu orgulho, são meu exemplo de caráter, fé e vida, e podem ter certeza que aquela menina-moleque foi e é muito feliz, apesar das dificuldades sempre fizeram o impossível para dar tudo para as filhas. Vocês são meu espelho, um dia espero ser um terço do que vocês são. Meu sonho é realizar o de vocês, e um deles está prestes a se concretizar. Francieli, você minha irmã, é um exemplo de força e determinação, nosso laço vai além do sangue, além da vida, você é uma mãe para mim, muito obrigado por tudo. Meu cunhado Fabio, muito obrigado por me tratar como irmã e sempre estar disposto a fazer de tudo por mim, você é o anjo que veio para cuidar do meu bem mais precioso.

Agradeço ao meu tio Fredi, pois sei que se não fosse a oportunidade que ele me deu em 2009 eu não teria chegado até aqui, e pode ter certeza que esta lição de humildade e generosidade eu levarei para toda a vida, e que em mim você pode confiar como a uma filha, você é um exemplo pra mim de dedicação e sucesso. A Marjorie, que é além de prima, é uma irmã, muito obrigado por tudo que fizestes por mim, não só nestes anos de vida acadêmica mas durante toda a minha vida, és muito importante pra mim.

A minha família acadêmica, Franciele, Leonardo, Luisa, Daniela, Sabrina, e tantos outros que estiveram comigo desde o começo desta jornada, e me auxiliaram sempre que precisei, mesmo sem palavras sabemos o que cada um precisa, e meus caros, garanto que vocês vão me ver sempre, porque família não se escolhe, se merece.

Agradeço aos anjos que se fazem presente na minha vida profissional, Andressa, Mariana, Jorge, Gabriela, vocês foram o primeiro contato que tive com a profissão e saibam que me espelharei no trabalho de vocês para realizar o meu, além de profissionais de primeira, vocês são exemplo de humildade, muito obrigado por me aceitarem como estagiária.

E ao clube de amigas que me acolheram tão bem e que me fazem feliz todos os dias, muito obrigado pelas risadas, festas, jantas, conselhos, cuidados, enfim, por tornar minha vida mais completa, amo vocês, Adriana, Angêlica, Keli, Mariana, Patrícia, Rafaela, saibam meus

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amores que esta amizade será levada comigo pra sempre, até porque vou arrastar vocês comigo para onde o mundo me levar.

E aquela amizade do #partiubalada, que além de muitas festas proporcionadas, as conversas no meio da madrugada regadas à brincadeiras e muitas risadas me condicionaram a uma nova versão de compromisso, aquele em que todos se respeitam e se divertem juntos, apesar das peleias que ocorrem esporadicamente, no fim é muito amor envolvido.

E por fim agradeço aos mestres, em especial a Denize e ao Daniel, vocês não são meros professores, são exemplo de caráter, profissional, dedicação e humildade, por demonstrarem amarem tanto a profissão que por fim me contagiaram, à vocês garanto tentar ser tão boa profissional como vocês são.

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RESUMO

Relatório de Graduação

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA – ÁREA CLÍNICA E CIRÚRGIA DE GRANDES ANIMAIS

AUTORA: FRANCINI PALHA

ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA Data e Local de Defesa: Ijuí, 23 de Junho de 2015

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no período de 02 de fevereiro a 09 de março de 2015, totalizando 150 horas. A execução ocorreu no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), em Passo Fundo/RS, sob supervisão do Médico Veterinário Ricardo Pimentel Oliveira, na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais e orientação da professora Médica Veterinária MSc. Denize da Rosa Fraga. Atividades Clínicas e Cirúrgicas foram desenvolvidas, voltadas à área e atendimentos referentes a manejo sanitário (vacinações) e medidas profiláticas. No sentido clínico, foram realizados diferentes tipos de atendimentos com variadas patologias, dentre elas destaca-se: mastite, distúrbios digestivos, problemas de casco, tétano, intoxicação por soja, onfaloflebite, míiases. Na área cirúrgica, foi acompanhada a implantação autógena de sarcóide. Já os manejos referem-se a vacinações para tétano. Outra atividade fundamental para o processo de conhecimento foi o estudo de medicamentos, identificando o princípio ativo, para qual situação usar, a dosagem e o período de carência e interações farmacológicas. O Estágio Curricular proporciona ao estudante uma breve experiência de como é a rotina clínica e cirúrgica que o mesmo encontrará quando profissional na área. É de extrema importância para a vivência acadêmica, pois é o momento de colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula durante a graduação.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 111

3 RELATO DE CASO 1

...14

3.1 Implantação autóloga de sarcóide em equino...14

4 RELATO DE CASO 2

... 201

4.1 Intoxicação por soja em equino ...23

5 CONCLUSÃO ... 28

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Resumo das atividades desenvolvidas e acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015... 11 Tabela 2 - Atendimentos clínicos acompanhados o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015... 11 Tabela 3 - Atendimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015... 12 Tabela 4 - Procedimentos laboratoriais acompanhados durante o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015... 12 Tabela 5 - Procedimentos ambulatoriais acompanhados o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015... 13

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INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é de suma importância visto que é nesse momento onde o graduando possui a chance de vivenciar a rotina do profissional da área bem como desempenhar o papel de Médico Veterinário realizando, desde pequenos procedimentos até situações complexas, que culminam com a resolução de determinado caso clínico.

Este Estágio foi realizado na área clínica e cirúrgica de grandes animais. A execução ocorreu no Hospital veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), dos dias 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015, totalizando 150 horas. A supervisão interna foi feita pelo Médico Veterinário Ricardo Pimentel Oliveira e a orientação da professora Mestre em Medicina Veterinária Denize da Rosa Fraga.

A história do Hospital Veterinário e o curso de Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo começaram em meados de 1986, com a proposta de criação de tal curso de graduação. A ideia de oferecer o curso foi reforçada com a perspectiva da ascensão do agronegócio, da agroindústria e da bacia leiteira na região; valeu-se também da estimativa de crescimento do interesse pela área pet e pela valorização dos animais de estimação; expressou a intenção de oferecer oportunidades de atualizações aos profissionais da área, disponibilizando a esses a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento das áreas clínica e cirúrgica. Em 1996, a criação do curso foi aprovada na Universidade e, a partir desse momento, os esforços se concentraram na busca pela construção do Hospital Veterinário (HV). O projeto foi reformulado e a construção do HV foi autorizada em 1998. Após as tramitações necessárias, em menos de um ano, o Hospital estava construído e em 2 de junho de 2000, inaugurado.

O Hospital Veterinário serve prioritariamente as atividades de ensino da Medicina Veterinária da Universidade. Em 2001, a graduação recebeu do Conselho Regional de Medicina Veterinária, o prêmio de Destaque no Ensino em Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul. O Hospital Veterinário ajudou a tornar a região uma referência na área médico veterinária. Além de auxiliar alunos, profissionais, pesquisadores e produtores rurais nos diagnósticos e nas pesquisas, é também reconhecido como um apoio para todas as áreas do conhecimento nas ciências veterinárias.

O objetivo da realização do Estágio é capacitar profissionais nas diferentes áreas do conhecimento, bem como proporcionar uma socialização com os demais profissionais, promovendo um ambiente o mais próximo possível da realidade do mercado de trabalho.

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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas (Tabela 1) durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária no Hospital Veterinário da UPF serão apresentadas a seguir divididas nas seguintes áreas: atendimentos clínicos (Tabela 2), atendimentos cirúrgicos (Tabela 3), procedimentos laboratoriais (Tabela 4) e procedimentos ambulatoriais (Tabela 5).

Tabela 1- Resumo das atividades desenvolvidas e acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015. Atividades Total % Atendimentos Clínicos 14 5,30 Atendimentos Cirúrgicos 2 0,77 Procedimentos Laboratoriais 22 8,33 Procedimentos Ambulatoriais 226 85,60 Total 264 100,00

Tabela 2- Atendimentos clínicos acompanhados o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015.

Procedimento Espécie Total %

Cólica Equina 2 14,28

Miíase corporal disseminada Bovina 1 7,14 Míiase umbilical Bovina 1 7,14 Vacinação para tétano Equina 2 14,28 Compactação colón menor Equina 1 7,14 Hipocalcemia Bovina 1 7,14 Intoxicação por soja Equina 1 7,14 Mastite clínica Bovina 1 7,14

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Onfalite Bovina 1 7,14 Piroplasmose Equina 1 7,14 Pododermatite Bovina 1 7,14

Tétano Equina 1 7,14

Total 14 100,00

Tabela 3- Atendimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015.

Procedimento Espécie Total %

Exérese de sarcóide Equina 1 50,00 Implantação autóloga de sarcóide Equina 1 50,00

Total 2 100,00

Tabela 4- Procedimentos laboratoriais acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015.

Procedimento Espécie Total %

Hemograma completo Equina 3 13,63 Albumina Equina 2 9,09

Aspartato Aminotransferase Equina 2 9,09

Creatinofosfoquinase Equina 2 9,09 Creatinina Equina 2 9,09 Fosfatase Alcalina Equina 2 9,09 Fibrinogênio Equina 2 9,09 Gama Glutamil Transpeptidase Equina 2 9,09 Plasma rico em plaquetas Equina 2 9,09

Uréia Equina 2 9,09

Sorologia- Piroplasmose Equina 1 9,09

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Tabela 5- Procedimentos ambulatoriais acompanhados o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 02 de Fevereiro a 09 de Março de 2015.

Procedimento Espécie Total %

Curativo membro posterior esquerdo Equina 45 19,91 Limpeza de Sarcóide Equina 40 17,69 Aplicação de medicamentos Equina 35 15,48 Estimulação manual de linfonodos Equina 25 11,06 Ordenha manual Equina 25 11,06 Curativo da cirurgia de herniarrafia inguinal Ovina 20 8,84 Curativo Membro anterior direito Equina 10 4,42 Ordenha manual Bovina 10 4,42 Aplicação de medicamentos Bovina 8 3,53 Coleta de sangue Equina 6 2,65 Retirada de pontos Equina 1 0,44 Retirada de pontos Ovina 1 0,44

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3 RELATO DE CASO 1

3.1 IMPLANTAÇÃO AUTÓLOGA DE SARCÓIDE EQUINO

Francini Palha; Denize da Rosa Fraga; Ricardo Oliveira Pimentel.

Resumo

Dentre os tumores que acometem os equinos se destaca o sarcóide, que nada mais é, que uma neoplasia cutânea, fibroblástica, não metastática e não invasiva, cuja etiologia é idiopática. O tumor benigno pode ocorrer sob a forma única ou de múltiplas lesões de diferentes aspectos, que variam desde pequenas verrugas na pele até extensas ulcerações. As lesões neoplásicas ocorrem em qualquer região do corpo, porém são registradas com maior frequência na cabeça, especialmente na comissura labial e região periocular, além da região cervical, membros e região ventral (abdominal e paragenital) do corpo. O tratamento pode ser realizado por excisão cirúrgica, crioterapia, quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia com bacilo de Calmette-Guérin (BCG) e implantação autóloga. Neste relato um equino, com diagnóstico confirmado de sarcóide, foi submetido à exérese cirúrgica da massa tumoral com posterior implantação autóloga de sarcóide. O procedimento pós cirúrgico foi realizado apenas com limpeza do local com água e sabão, sem o uso de qualquer outro fármaco. Após 120 dias da cirurgia, o animal apresentou redução significativa da massa tumoral mas não curou-se. Concluiu-se que tal patologia é de difícil tratamento, pois as recidivas são constantes, portanto deve-se lançar mão de associações entre os diferentes tipos de tratamento e buscar métodos alternativos para que ocorra a remissão completa do sarcóide.

Palavras-chave: Cirurgia. Equideos. Tumor. Introdução

O sarcóide equino é uma neoplasia cutânea, fibroblástica, não metastática e não invasiva, cuja etiologia ainda permanece incerta (SANTOS et al., 2011). O tumor é considerado benigno pela maioria dos autores e pode ocorrer sob a forma única ou de múltiplas lesões de diferentes aspectos, que variam desde pequenas verrugas na pele até extensas ulcerações (SOUZA et al., 2007).

As lesões neoplásicas podem ocorrer em qualquer região do corpo, porém são registradas com maior frequência na cabeça, especialmente na comissura labial e região periocular, além da região cervical, membros e região ventral (abdominal e paragenital) do corpo (CREMASCO et al, 2010). Segundo Santos et al. (2011) as lesões apresentam-se de

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seis diferentes formas macroscópicas: verrugosa, fibroblástica, maligno, oculto, nodular, mista. Ou seja, para este autor existe uma forma maligna de tumor. O tipo verrugoso, como o próprio nome indica, tem aparência semelhante a uma verruga. Já o sarcóide tipo fibroblástico, possui aparência exofítica fibrovascular, frequentemente lembrando tecido de granulação, sendo que o subtipo um apresenta-se pedunculado enquanto que o subtipo dois apresenta uma base localmente invasiva. O sarcóide do tipo maligno seria uma forma agressiva e localmente invasiva com infiltração linfática, resultando em múltiplos cordões de massas tumorais estendendo-se à pele e ao tecido subcutâneo adjacente. O tipo oculto ou superficial é caracterizado por áreas circulares alopécicas e rugosas na pele. O tipo nodular apresenta dois subtipos. As lesões únicas ou os agregados lobulados de massas subcutâneas esféricas correspondem ao subtipo A. Já o subtipo B é representado por nódulos múltiplos com envolvimento cutâneo e não aderidos ao tecido subjacente. Também são reconhecidos tipos mistos que são formas relativamente comuns e representam lesões que possuem características pertencentes a dois ou mais tipos descritos anteriormente (CREMASCO et al., 2010).

Inúmeros tratamentos já foram relatados para este tipo de tumor, tais como: excisão cirúrgica, auto-hemoterapia, crioterapia, quimioterapia intratumoral, radioterapia, imunoterapia com bacilo de Calmette-Guérin (BCG) e implantação autóloga de sarcóide (IAS). As formas de tratamento associadas são as que obtiveram os melhores resultados (SANTOS et al., 2011).

O objetivo deste trabalho é relatar um caso implantação autóloga de sarcóide equino em um equideo da raça crioula de aproximadamente 15 anos de idade, atendido durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

Metodologia

No município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, foi atendido um equino da raça crioula, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo/RS/Brasil, com aproximadamente 400 kg de peso vivo, fêmea, com 15 anos de idade e diagnóstico confirmado anteriormente, através de laudo histopatológico, de sarcóide. Há pelo menos um ano atrás já havia sido realizado duas exéreses da massa tumoral, porém o tumor continuava a rescindir.

O tumor principal atingia a região axilar esquerda, o qual apresentava secreção purulenta em pequena quantidade, o animal já estava em estado de automutilação, por isso

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fora instaurado o protocolo de exérese com posterior implantação autóloga de sarcóide com o objetivo de regressão da massa tumoral.

O protocolo anestésico baseou-se na administração de Cloridrato de Xilazina a 2% na dose de 1 mg/Kg de peso vivo (PV), por via intramuscular (IM), mantendo acesso venoso na jugular direita com infusão intercalada de Ringer de Lactato e Solução Fisiológica de Cloreto de Sódio a 0,9% (SF) durante todo o procedimento.

O procedimento cirúrgico começou após a obtenção de plano anestésico adequado, com a exérese e posterior cauterização a ferro quente da massa tumoral. Após a retirada parcial do sarcóide principal foi realizado a implantação autóloga de sarcóide.

A massa retirada foi cortada em 16 cubos medindo aproximadamente 0,5 cm2 cada um, após foram revestidos em uma gaze estéril e armazenados em um botijão de nitrogênio liquido até a preparação do local de implantação, o que demorou cerca de cinco minutos. O local escolhido foi a região do ligamento da nuca, no lado esquerdo, para a preparação foi realizado a tricotomia referente a quatro quadrantes de aproximadamente 4 cm2, para assepsia local foi utilizado Diglucanato de Clorexidine Alcoólico.

Após assepsia foi feito um botão anestésico, nos quatro quadrantes, com cloridrato de lidocaína 2% sem vasoconstritor, na dose de 1 mL em cada local subcutâneo (SC), com posterior incisão da derme e dissecação do espaço subcutâneo que compreenda o espaço total do quadrante.

O próximo passo foi retirar os cubos de dentro do botijão de nitrogênio e colocá-los nos quadrantes na proporção de quatro cubos para cada quadrante, em seguida fechar o local da incisão com sutura simples continua.

O pós-operatório foi realizado diariamente, sendo que a limpeza do sarcóide com água, detergente e spray cicatrizante e repelente (Bactrovet Prata AM®) até o 10o dia após o procedimento. No 11o dia, o pós baseou-se na limpeza com água, sabão, pomada de fluoruracila (fluro uracil 10%) e Bactrovet® e este perdurou por mais 19 dias.

O animal permaneceu com limpeza diária do local com água e sabão por aproximadamente 120 dias, sendo que ao final deste período, o tumor principal havia reduzido de tamanho, cerca 30% apenas e assim foi recomendada a continuação da limpeza local.

Resultados e Discussão

De acordo com Brum et al. (2010), o sarcóide não possui predisposição por idade, raça ou sexo. A raça mais afetada no estado do Rio Grande do Sul é a Crioula (CREMASCO et al, 2010). Neste caso relatado o animal atendido tratava-se de um equino da raça crioula com

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aproximadamente 400 kg de peso vivo, fêmea, 15 anos de idade e diagnóstico confirmado anteriormente, através de laudo histopatológico, de sarcóide. Os tratamentos anteriores basearam-se em duas exéreses cirúrgica, porém não obtiveram sucesso.

De acordo com Machado et al. (2012), os tratamentos preconizados consistem na excisão cirúrgica, crioterapia, auto-hemoterapia, imunoterapia, quimioterapia ou radioterapia, sendo que a associação dessas técnicas é aconselhável, já que nenhuma se mostrou 100% eficaz quando aplicada individualmente.

A excisão cirúrgica resulta no retorno do tumor em quase 40% dos casos. Já a crioterapia segundo Smith (2006) resulta na eliminação da massa tumoral pelo frio extremo e é mais eficaz terapeuticamente do que a exérese cirúrgica. Souza et al. (2007) relata que o congelamento da massa pode ser produzindo com gelo seco, nitrogênio liquido ou gás carbônico. Tal terapia é uma alternativa nas lesões em que não haja pele para o fechamento cirúrgico. Antes de expor o tumor ao frio, deve-se realizar a tricotomia do local para que ocorra o aumento da superfície de contato congelante com a lesão. O nitrogênio líquido pode ser administrado com criossonda ou em forma de spray. É necessário proteger a pele normal que circunda a lesão. Pode-se associar o tratamento cirúrgico à auto-hemoterapia, injetando-se cerca de 10 mL de sangue venoso do próprio animal pela via intramuscular (IM), uma vez por semana, totalizando quatro aplicações (SOUZA et al., 2007).

Segundo Smith (2006) a imunoterapia com bacilo de Calmette-Guérin (BCG) inibe a carcinogênese, porém o sucesso desta depende de alguns fatores como a resposta imune individual e a carga tumoral. Essa terapia só se torna eficaz em massas tumorais inferiores à 5cm3 de diâmetro, portanto ela é mais indicada em tumores perioculares. Como alternativas pode-se também utilizar a quimioterapia intratumoral de cisplatina em óleo de gergelim, é comprovadamente eficaz no tratamento de sarcóide e diversos outros tumores. No sarcóide a injeção de quimioterapia demonstrou uma taxa livre de recidiva de 87%. O tratamento das lesões necróticas, ulceradas ou contaminadas devem ser evitados até que o tumor apresente-se livre de infecção. A regressão completa do tumor é progressiva e não possui efeitos adversos cumulativos à longo prazo no local da lesão, pois tem pouca capacidade de difusão. A radioterapia consiste em implantes radioativos no local do tumor, com chance de remissão de 90%, sendo indicado nos casos em que há recidiva e lesões extensas que comprometam a qualidade de vida do animal. Nessa técnica há desvantagens como a necessidade treinar pessoal qualificado e instalações especiais, além do implante ser invasivo e de difícil confecção.

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Pelo histórico clínico e característica verucossa do sarcóide principal, optou-se pela implantação autóloga de sarcóide, visto que os tratamentos cirúrgicos anteriormente aplicados não surtiram efeito desejado e a lesão veio a aumentar de tamanho progressivamente, comprometendo a qualidade de vida do animal. Para tanto houve a necessidade de associar uma metodologia alternativa buscando a regressão parcial ou total da massa tumoral.

O tratamento cirúrgico associado foi a implantação autóloga de sarcóide na qual consiste na exérese da massa tumoral com obtenção de aproximadamente 16 cubos medindo 0,5 cm2 cada um e armazenados em um botijão de nitrogênio liquido até a implantação que será na região do ligamento da nuca (BENJAMIN, 2008). Segundo este autor o uso desta técnica se mostrou eficaz, porém o resultado final é demorado, cerca de aproximadamente 90 à 120 dias após o início da intervenção. Mesmo apresentando efeito tardio, o tratamento se mostra eficaz e alternativo, aos demais recursos terapêuticos utilizados.

Neste caso a lesão principal resumia-se à região axilar esquerda, sendo que o mesmo apresentava secreção purulenta discreta, o animal já apresentava sintomatologia de automutilação. De acordo com Souza et al., 2007 tal lesão pode aumentar de tamanho, apresentar infecção bacteriana secundária com secreção seropurulenta e áreas periféricas inflamadas, como aconteceu com o animal relatado.

No pós operatório optou-se pela limpeza do local com água, detergente e spray cicatrizante/repelente (Bactrovet Prata AM®) até o 10o dia após o procedimento. No 11o dia, o pós baseou-se na limpeza com água, sabão, pomada de fluoruracila (fluro uracil 10%) e Bactrovet® e este perdurou por mais 19 dias. No dia seguinte ao procedimento houve a ocorrência de exsudado supurativo no local da tumor, o que segundo Schossler (2013) a classifica em ferida do tipo classe 3 (escala de 1-3), onde há ocorrência de reação inflamatória local com deposição de secreção purulenta e acontece 12 horas após a exposição. O tratamento consiste na lavagem exaustiva até que líquido esteja transparente.

Em relação ao local de desenvolvimento Cremasco et al. (2010) e Santos et al. (2011) demonstram que a localização preferencial de determinadas formas de apresentação clínica ocorre em regiões específicas do corpo. Assim o sarcóide do tipo oculto ocorre mais frequentemente na região cervical, na face, face medial da coxa e região escapular. As localizações palpebrais, prepucial ou mesmo na região da virilha podem mostrar a apresentação típica do sarcóide do tipo nodular. O sarcóide do tipo fibroblástico além de comprometer a axila, a virilha, os membros e a região periocular, é observado naqueles locais previamente traumatizados ou mesmo quando os traumas ocorrem em locais onde já havia a presença de um sarcóide com apresentação clínica diferente. Nas regiões da mandíbula e do

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codilho predomina a forma mais agressiva da neoplasia denominada de sarcóide do tipo maligno Neste caso o sarcóide localizava-se na região axilar esquerda e era de aspecto verrucoso, embora nestes casos também possa acometer outras regiões, tais como, cabeça e virilha (CREMASCO et al. , 2010; SANTOS et al. , 2011).

O animal relatado havia sido, anteriormente, diagnosticado como portador de sarcóide equino do tipo verrucoso. Segundo Smith (2006) é importante atentar-se ao diagnóstico diferencial que inclui a botriomicose, infecções fúngicas subcutâneas, habromeníase cutânea e tecido de granulação exuberante, carcinomas de células escamosas, papilomas, fibromas e neurofibromas. O diagnóstico definitivo só pode ser conclusivo com laudo histológico e se torna decisivo para instauração do tratamento apropriado.

O diagnóstico do sarcóide equino só é confirmado com a técnica de histologia. Caso não seja retirada a totalidade do tumor, a escolha de um bom lugar para a biópsia é extremamente importante para um correto diagnóstico. A incisão deve ser feita perpendicularmente à epiderme e abranger a derme, de preferência nas regiões mais centrais ou preservadas do tumor (BRUM, 2010).

O protocolo de tratamento quando se utiliza a implantação autóloga de sarcóide não pode envolver nenhum outro tipo de fármaco, tais como antibióticos e antiinflamatórios, pois estes podem alterar o processo de resposta imune, diminuindo assim as chances de sucesso do tratamento.

Segundo Khan (2007) a transmissão do sarcóide pode estar relacionada à predisposição genética bem como o contato direto, fômites ou por vetores artrópodes. Acredita-se que o papiloma vírus bovino seja o agente etiológico envolvido e que acometa áreas que sofreram algum tipo de traumatismo anterior (LOVING, 2006). Desta forma, salienta-se a importância de confirmar o diagnóstico para que medidas de controle possam ser implantadas na propriedade.

Conclusão

O sarcóide é uma neoplasia que ocorre frequentemente nos equinos, e mesmo sendo tratado podem ocorrer recidivas, portanto o mais indicado é realizar uma associação de tratamentos para se obter melhores resultados. No presente caso, o tratamento de implantação autóloga de sarcóide apresentou resultado positivo, porém com pequena redução da massa tumoral principal em relação à inicial, o que demonstra o quanto é necessário mais pesquisas a cerca do assunto para incrementar os resultados clínicos.

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Referências Bibliográficas

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BRUM, J. S. Sarcóide Equino. 2010. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária)- Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, snp. 2010.

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4 RELATO DE CASO 2

4.1 INTOXICAÇÃO POR SOJA EM EQUINO

Francini Palha; Denize da Rosa Fraga; Ricardo Oliveira Pimentel

Resumo

Os fatores relacionados à intoxicação por plantas estão intimamente ligados ao meio e a condição do indivíduo. A ingestão de plantas tóxicas depende de alguns fatores, tais como a palatabilidade, fome, sede, acesso a plantas com toxicidade, dose letal, e resistência/susceptibilidade dos animais às intoxicações. No Brasil há um número crescente de plantas tóxicas documentadas para os equinos, atualmente há cerca de 90 espécies conhecidas, sendo que não há casos de equinos intoxicados por soja descritos na literatura. Neste presente relato foi atendido um equino gateado, mestiço com diarréia profusa, desidratação intensa e escore de condição corporal extremamente baixo. A suspeita clínica era de intoxicação por soja. Após a realização de tratamento de suporte e sintomático o animal veio a óbito. Para confirmação do diagnóstico foi utilizado a anamnese e exame da necropsia. Concluiu-se que tal patologia é de difícil tratamento, pois o mesmo é sintomatológico e inespecífico o que pode culminar no prognóstico reservado podendo ocorrer o óbito do animal.

Palavras-chave: Toxicidade. Plantas. Equideo. Introdução

Os diferentes tipos de intoxicações por plantas em animais podem gerar sérios prejuízos, dentre os quais podemos destacar duas causas principais, fome ou alta palatabilidade da planta, sendo que esta intoxicação pode ocorrer de forma direta ou indireta. A intoxicação ocorre de forma direta quando o animal ingere a planta, e ocorre de forma indireta quando partes da planta estão misturadas a outro alimento que o animal consumiu. Segundo Pessoa et al. (2013) dentre os fatores epidemiológicos intimamente ligados às intoxicações por plantas pode-se destacar a palatabilidade, fome, sede, acesso a plantas com toxicidade, dose letal, e resistência/ susceptibilidade dos animais às intoxicações.

Animais debilitados quando intoxicados podem vir a óbito mais facilmente, devido à predisposição a enfermidades oportunistas decorrentes da depressão imunológica. De forma geral as intoxicações diminuem os índices zootécnicos das propriedades causando perdas relacionadas à dificuldade de controle de plantas tóxicas aumentando os manejos empregados para o controle destas no ambiente, aumento da taxa de reposição dos animais afetados e gastos com diagnóstico e tratamento daqueles animais intoxicados (ASSIS et al, 2010).

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A realidade brasileira apresenta um número crescente de plantas conhecidas como tóxicas para equinos e este fato continua aumentando diariamente. Na década de 90 foram descritos a existência de aproximadamente 60 espécies tóxicas. Já dez anos após esta realidade aumentou em 50% (PESSOA et al, 2013).

O diagnóstico das intoxicações por plantas é realizado pelo conhecimento da ocorrência de plantas tóxicas na região, das doenças causadas por elas, e constatação dos sinais clínicos e a sua evolução. Os dados epidemiológicos são de grande importância tais como a presença da planta, toxicidade, frequência da doença, época de ocorrência e condições em que ocorre a ingestão (VELHO et al, 2008). Segundo o mesmo autor, na maioria das intoxicações por plantas não se conhecem tratamentos específicos (antídotos), devendo ser realizados tratamentos sintomáticos. Para algumas existem tratamentos que permitem uma rápida recuperação do animal, caso das intoxicações por ácido cianídrico e nitritos.

Na região sul, a soja é uma cultura de verão, utilizada para animais como componente de formulas de rações, porém proprietários que carecem de alimento podem em algum momento colocar os animais em pastejo de lavouras de soja. Segundo Azevedo et al., (2009) a

Glycine Max (soja) é um cultivar de origem Asiática, e seu uso se dá basicamente na

alimentação animal, principalmente nas dietas á base de concentrado. Com uma diversidade de mais de 2.500 diferentes subtipos, ela apresenta alta quantidade de proteínas e constitui grande variabilidade de aminoácidos ditos essenciais.

O objetivo deste trabalho é relatar o atendimento realizado em equino mestiço, que apresentava escore de condição corporal baixo e posteriormente, na necropsia, foi confirmado o diagnóstico de intoxicação por soja.

Metodologia

No município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, no Hospital Veterinário da UPF, Passo Fundo/RS/Brasil foi atendido um equino mestiço, gateado, macho, inteiro, com aproximadamente 240 kg de peso vivo e em estado de caquexia com diagnóstico presuntivo de intoxicação por soja. A anamnese foi incompleta visto que o animal era oriundo do resgate da Brigada Militar local, e só era de conhecimento, segundo populares, que havia sido largado há pelo menos dez dias em uma plantação de soja na região, no mês de fevereiro do corrente ano.

No exame clínico geral pode-se mensurar que a frequência cardiorrespiratória e pulso estavam sem alteração, porém o tempo de perfusão capilar (TPC) estava em 4 segundos, temperatura de 36,6oC, movimento intestinal (MI) de 3 movimentos/minuto (mov/min),

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mucosa porcelana. Ainda apresentava diarréia profusa, apatia, caquexia, desidratação severa e incoordenação motora.

Após exame clínico, diante da suspeita de intoxicação, realizou-se hemograma completo e bioquímico para uréia e creatinina. Para tratamento, institui-se no primeiro dia (D0) fluidoterapia administrando-se 20 litros, sendo 10 litros de solução fisiológica de NaCl 0,9% (cloreto de sódio) e o restante de Ringer de Lactato (RL), incrementando a reposição foi utilizado 100ml (mililitros) de Catosal® (Vitamina B12) e 100ml de antitóxico (Mercepton®) ambos por via intravenosa (IV), Flunixina Meglumina (Banamine pet®), IV, na dose de 1,0 ml/45 kg, uma vez ao dia (SID), Fenil-dimetil-pirazolona-metilamino-metansulfonato de sódio (Dipirina 50%) na dose de 5mg/kg, Enrofloxacina 10% diluída em NaCl 0,9%, na dose de 5mg/kg, IV, SID, Cloridrato de Ranitidina 5mg/Kg IV, carvão ativado via oral (VO), na dose de 80 mg, díluido em 200 mL de água.

Um dia após a internação (D1) foi adicionado ao tratamento profilático suplementação de aminoácidos (Glicosol®) na dose de 30 ml, VO, duas vezes ao dia (BID), suplemento vitamínico (Hemolitan®) 20 ml, VO, BID, suplementação vitamínico (Organew®) 10 gramas (g) VO.

No dia seguinte o tratamento aplicado continuou o mesmo, com sondagem nasogástrica para administração de concentrado triturado, sendo que não houve notável melhora no quadro clínico. Neste mesmo dia o animal já se encontrava em decúbito lateral e apresentava-se indiferente ao ambiente, com movimentos de pedalagem, o mesmo veio a óbito algumas horas mais tarde. Foi realizada necropsia, e confirmado a partir das lesões encontradas sendo congestão renal e desprendimento da epitelial intestinal com áreas hemorrágicas.

Resultados e discussão

De acordo com Pessoa et al. (2013), dentre um dos fatores que estão relacionados à intoxicação é a fome e sede, é o que aconteceu neste caso, visto que o animal estava já há aproximadamente 10 dias na lavoura de soja, o que pode explicar não haver casos registrados na literatura.

Os exames complementares se tornam vital para analisar o quadro clínico de qualquer paciente, visto que é através dele que podemos observar o organismo como um todo, principalmente fígado e rins. Neste caso houve elevação nos níveis de uréia e creatinina, respectivamente, 271 mg/dL e 5,0 mg/dL, sendo que os valores máximos de referência são 54 mg/ dL e 1,9 mg/dL, respectivamente. O aumento dos índices de creatinina pode ser

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explicado, neste caso, pois a soja é um alimento extremamente protéico, o que em excesso, facilita a insuficiência renal encontrada. Em indivíduos com afecções doença renais, as concentrações elevadas de uréia indicam disfunção renal e geralmente só ficam acima muito acima dos valores de referência quando já há perda significativa de néfrons (BORGES et al, 2008).

Em relação ao resultado do hemograma observou-se desvio à esquerda e linfocitopenia. O desvio à esquerda encontrado trata-se de um aumento sérico do número de neutrófilos bastonetes (imaturos), o que segundo Thrall et al. (2007) ocorre quando há sugestão de que algum estímulo inflamatório esteja acontecendo. A linfocitopenia ocorre após 48 horas de exposição à reação inflamatória/ infecciosa, ou ainda resulta da incapacidade da formação linfocítica (FAILACE, 2009). A taxa elevada de fibrinogênio (4,0 g/L), segundo Thrall et al. (2007) pode estar relacionada à inflamação ou em condições em que ocorra coagulação intravascular disseminada (C.I.D), neste caso a concentração de fibrinogênio encontrada foi decorrente do processo inflamatório renal.

Após os resultados dos exames complementares realizou-se terapia de suporte, visto que não há tratamento específico documentado para intoxicação por soja. A fluidoterapia utilizada baseou-se na administração de 10 litros de solução fisiológica de NaCl 0,9% (cloreto de sódio) e 10 litros de Ringer de Lactato (RL), juntamente com 100ml (mililitros) de Vitamina B12 e fósforo(Catosal®) e 100ml de soro glicosado (Mercepton®) ambos por via intravenosa (IV).

Quanto à terapêutica de reposição de eletrólitos instaurada no caso relatado, segundo Andrade (2008), a administração de fluidoterapia é o foco dos distúrbios intestinais, o volume administrado de NaCl 0,9% para reposição e manutenção estão de acordo com a literatura. A fluidoterapia com NaCl 0,9% promove a recuperação dos íons sódio e cloreto e deve ser utilizado em situações onde há perdas de 40 L por dia. O Ringer Lactato é o fluido de eleição em casos de desidratação intensa, pois sua composição se assemelha ao plasma sanguíneo, devendo ser empregada nos casos de perdas significativas de eletrólitos e nos casos de emergência, a associação dos dois fluidos promove uma recuperação rápida da perda gerada (ANDRADE, 2008). A utilização de 100 ml de Catosal® (Vitamina B12 e fósforo) teve por objetivo suplementar o déficit alimentar em que o animal se encontrava, sendo que a dosagem utilizada não foi apropriada, visto que a recomendação da bula é de no máximo 25 ml. O uso do antitóxico (Mercepton®) por via intravenosa (IV) é amplamente utilizado nos casos de intoxicação e envenenamento, pois possui efeito protetor no parênquima hepático (SMITH,

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2006), sendo que a dosagem utilizada e a via de administração se encontram conforme recomendação da empresa fabricante (CATOSAL, 1980; MERCEPTON, 1970).

Para a terapia sintomática foi utilizado o Flunixina Meglumina IV (6,0 ml SID), Dipirona (10 ml, IV), Enrofloxacina 10% diluída em NaCl 0,9% (12 ml, IV, SID), Cloridrato de Ranitidina (10mL, IV, SID), carvão ativado (80 mg díluido em 200 mL de água, VO), Glicosol® (30 ml, VO, BID), Hemolitan® (20 ml, VO, BID), Organew® (10 g, VO).

Para o tratamento sintomatológico de intoxicação são administrados antiinflamatórios e analgésicos que auxiliam na melhora do quadro clínico do animal acometido. O flunixima meglumina é amplamente utilizado em equinos quando estes apresentam sinais clínicos associados à endotoxemia, neste caso recomenda-se a dose de 0,25 a 0,5 mg/kg TID. O dimetilsulfóxido (DMSO) pode ser utilizado devido ao seu grande poder antiinflamatório (SMITH, 2006). A administração de Flunixima Meglumina, IV, se faz necessário visto que possui um potente poder antiinflamatório, analgésico e antipirético, sendo que a dose recomendada varia de 1,1 à 2,2 mg/kg, o que condiz com quantidade utilizada na terapêutica do caso descrito (ANDRADE, 2008). Concomitante ao uso do Flunixina Meglumina utilizou-se a Dipirona como adjuvante na terapia antiinflamatória, utilizou-seu uso é amplamente utilizado nos casos de dor visceral moderada (ANDRADE, 2008), o que neste caso foi necessário devido a alteração gastrointestinal apresentada.

A antibioticoterapia consiste na utilização de fármacos de amplo espectro a base de tetraciclinas, principalmente nos casos endotoxêmicos, a fim de evitar a bacteremia e consequente septicemia. Segundo Andrade (2008) as quinolonas são antimicrobianos de amplo espectro de ação. A Enrofloxacina é uma quinolona de segunda geração e possui baixa toxicidade e permanece no plasma em elevadas concentrações. Ela atua contra bactérias Gram-negativas, Gram-positivas, micoplasma e Chlamydia. Esse fármaco pode ser utilizado em afecções intestinais, devido ao seu amplo espectro de ação, na dose usual de 5,0 mg/kg. Neste caso, a dose utilizada estava de acordo com o recomendado na literatura.

A utilização de medicamentos que são anti-secretórios é comumente utilizada, porém, sua eficácia ainda não foi comprovada, dentre os agentes utilizados está o carvão ativado e o caulim (SMITH, 2006).

Para o diagnóstico diferencial de intoxicação por plantas em equinos, destaca-se

Centaurea solstitialis (cardo-estrela amarela), cuja sintomatologia caracteriza-se por perda de

peso, apatia, incoordenação motora, cabeça abaixada, protusão e tremor lingual, hipertonicidade facial e andar em círculos. Neste caso também não há tratamento especifico sendo que o mesmo é corretivo e sintomático (SMITH, 2006). Em relação ao dano hepático e

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renal, devemos atentar para o diagnóstico diferencial para Hemocromatose que segundo Khan (2007) é uma intoxicação causada pelo armazenamento excessivo de ferro que pode culminar com dano hepático e possível disfunção renal. Os sinais clínicos característicos de tal afecção podem se confundir com os do caso relatados anteriormente, estes incluem anorexia, apatia,

baixo escore de condição corporal e diarréia.

Dentre a sintomatologia apresentada, pelo equino aqui relatado, está a diarréia crônica e profusa, Smith (2006) afirma que tal sinal clinico é de difícil determinação etiológica e tratamento. A terapêutica resume-se na administração de produtos a base de subsalicilato de bismuto, responsável pela inibição de prostaglandinas e iodocloridroxiquina que é eficaz quando há má digestão de celulose.

Na necropsia foram relatadas as seguintes alterações macroscópicas, congestão renal e desprendimento da epitelial intestinal com áreas hemorrágicas, o que juntamente com anamnese e segundo a patologista plantonista condiz com o quadro de intoxicação por soja. De acordo com Alberton et al. (2011) essas lesões podem ser compatíveis com quadro clínico de intoxicação em equinos por salinomicina.

Como medidas de prevenção e controle, Guerra et al. (2003) descreve que devido a grande variabilidade de plantas tóxicas o tratamento se torna difícil e basicamente sintomático, portanto para prevenir deve-se retirar os animais dos locais onde há ocorrência de tal planta e mantê-los afastados até que haja manejo adequado.

Segundo Pessoa et al. (2013) pode ser utilizados ainda, como medidas de controle, utilizar animais que são naturalmente resistentes a determinada planta tóxica, evitar animais que apresentem sinais de fome ou sede, ocorrido durante o transporte, de terem acesso a piquetes onde haja ocorrência de plantas tóxicas, isolamento da área, que contem plantas com potencial tóxico, com cercas.

Conclusão

Tratando-se de um caso ainda não descrito na literatura, podemos afirmar que a intoxicação observada neste caso ocorreu devido ao estado de fome e sede em que o animal se encontrava. Por ter permanecido tantos dias nessa situação o dano renal foi irreparável, bem como dano tecidual na mucosa intestinal observado na necropsia. É importante salientar que abandono animal, independente da espécie, constitui crime e é passível de penalização. Mais uma vez os exames complementares foram de suma importância para a instauração do tratamento, mas nestes casos o prognostico é ruim e deve-se evitar o contato dos animais com a planta a fim de prevenir a ocorrência da patologia.

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5 CONCLUSÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é de extrema importância visto que se torna o instrumento onde o graduando capaz de vivenciar a rotina profissional a qual estudou a faculdade inteira, podendo assim realizar a interligação entre a teoria e a prática. O Estágio realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo atendeu as expectativas geradas no que diz respeito à diversidade de procedimentos que a área oferece. A receptividade da equipe bem como o ambiente acolhedor encontrado só acrescentou a busca por conhecimento e a vontade constante de trabalhar e auxiliar durante todo o período de Estágio. Durante a realização do Estágio tive a chance de desenvolver procedimentos que não havia visto na prática, isto possibilitou o incremento positivo na minha formação.

Por não ter a chance de ter contato anteriormente com equinos, este foi um desafio. No entanto, entendo que os desafios que me foram postos tiveram fundamental contribuição para a consolidação do meu conhecimento, permitindo assim que eu refletisse sobre diferentes situações e a melhor maneira de conduzi- las, além de incrementar a teoria estudada durante toda a graduação e por em prática tudo aquilo que nos fora ensinado com tanto esmero.

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