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Manejo fitossanitário na cultura do milho (Zea mays L.)

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MARCÍRIO MORI VILLANI

MANEJO FITOSSANITÁRIO NA CULTURA

DO MILHO (Zea mays L.)

Ijuí – RS Junho 2016

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MARCÍRIO MORI VILLANI

MANEJO FITOSSANITÁRIO NA CULTURA

DO MILHO (Zea mays L.)

Trabalho de Conclusão de Curso,

apresentado ao Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Prof. Me. Luiz Volney Mattos Viau

Ijuí – RS Junho 2016

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças para lutar e esperança para não desistir de concretizar meus objetivos.

Aos meus pais, Edegar e Suzete, pela educação a que me foi dada, pelos conselhos, amor e por sempre estarem do meu lado me apoiando e incentivando a seguir na área que escolhi para me tornar um profissional.

À minha irmã Morgana, que de uma maneira ou outra sempre esteve disposta a me ajudar e auxiliar no que lhe cabia.

À minha namorada, Stephania, pelo amor, carinho, respeito, auxílio e compreensão nos momentos em que mais precisei. Obrigado por fazer eu me sentir amado e mais feliz ainda.

Ao meu professor e orientador Luiz Volney Mattos Viau pela dedicação, orientação, ensinamentos e conhecimentos que me transmitiu.

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MANEJO FITOSSANITÁRIO NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.)

Aluno: Marcírio Mori Villani Orientador: Prof. Me. Luiz Volney Mattos Viau

RESUMO

Atualmente existem híbridos de milho com um excelente potencial produtivo, porém apresentam níveis insatisfatórios de resistência às doenças. Devido à inconsistência de dados de pesquisa sobre o controle químico de moléstias na cultura do milho, este tema tem se tornado o motivo de grandes questionamentos por parte dos agricultores e profissionais. Diante disso, o principal objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do controle químico de doenças na cultura do milho através da aplicação de fungicidas na parte aérea das plantas e sua influência no rendimento de grãos. O experimento foi conduzido no ano agrícola 2015/2016, na Agropecuária Mori, localizada em Pejuçara, R.S. O delineamento experimental foi inteiramente casualizados composto de sete tratamentos e cinco repetições. As parcelas foram constituídas de quatro fileiras de plantas de cinco metros de comprimento, sendo a área útil, as duas linhas centrais. Os tratamentos foram aplicados na cultura em três fases, a primeira na fase vegetativa (V9), a segunda no pendoamento (VT) e a terceira no espigamento (R1). Os dados foram submetidos à análise de variância e aplicação do teste de Duncan a 5% de probabilidade para identificar diferenças entre médias de tratamentos. Conclui-se que houve diferença significativa na produtividade de grãos e nos componentes do rendimento de grãos, com destaque para os tratamentos constituídos de Trifloxistrobina + Protioconazol, Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe, Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe e Fluxapiroxade + Piraclostrobina. Os componentes do rendimento mais influenciados pelo controle químico de doenças foram peso de espigas (kg/ha), grãos/espiga (nº), peso de grãos/espiga (kg/ha) e rendimento biológico aparente (RBA).

Palavras-chave: Doenças na Cultura do Milho. Controle Químico. Fungicidas. Produtividade. Componentes do Rendimento de Grãos.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Produto comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose utilizada de fungicidas aplicados na parte aérea da cultura do milho ... 22 Quadro 2: Características agronômicas do híbrido utilizado no experimento ... 23 Quadro 3: Laudo da análise do solo da área experimental. Pejuçara, 2014 ... 24

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resumo da Análise de Variância para os caracteres: rendimento de grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por espiga (n°), peso de grãos por espiga (g), plantas por parcela (n°), espigas por parcela (n°), índice de espigas (IE), rendimento biológico aparente (RBA), índice de colheita (%) e peso do grão (g), de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea da planta para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016 ... 26 Tabela 2: Rendimento de grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por espiga (nº), peso de grãos por espiga (g) e peso do grão (g) de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea das plantas para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016 ... 28 Tabela 3: Plantas por parcela (nº), espigas por parcela (nº), índice de espigas, rendimento biológico aparente (RBA) em gramas e índice de colheita (%) de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea das plantas para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016 ... 29

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 7

1 REVISÃO DA LITERATURA ... 9

1.1 CULTURA DO MILHO ... 9

1.2 DOENÇAS RELACIONADAS COM A CULTURA DO MILHO ... 10

1.3 CONTROLE DE MOLÉSTIAS E SEUS MÉTODOS ... 11

1.4 CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS NOS ÓRGÃOS AÉREOS ... 13

1.5 FUNGICIDAS ... 15

1.6 CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS ... 15

1.6.1 Quanto à Absorção do Fungicida pelos Esporos dos Fungos ... 15

1.6.2 Subfases da Infecção em que o Fungicida Atua ... 17

1.7 GRUPOS QUÍMICOS DOS PRINCIPAIS FUNGICIDAS ... 18

1.7.1 Fungicidas Carboxamidas ... 18

1.7.2 Fungicidas Triazóis ... 18

1.7.3 Fungicidas Estrobilurinas ... 18

1.7.4 Fungicidas Ditiocarbamatos ... 19

1.8 TOXICIDADE DOS FUNGICIDAS ... 19

2 MATERIAIS E MÉTODOS ... 21

2.1 LOCAL, SOLO E CLIMA ... 21

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ... 21

2.3 MANEJO DA SEMEADURA ... 22

2.4 MANEJO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA ... 23

2.5 MANEJO DA APLICAÇÃO DOS TRATAMENTOS ... 24

2.6 DETERMINAÇÕES REALIZADAS ... 24 2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 25 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 26 CONCLUSÃO ... 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 31 ANEXO ... 33

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INTRODUÇÃO

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de grãos de milho (Zea mays L.), ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China1. De grande importância econômica mundial, o cereal é caracterizado pelas diversas formas de utilização que vai desde a alimentação humana, fabricação de ração para animais, produção de etanol, à fonte de matéria prima para outros produtos industrializados. A cultura do milho possui alta adaptabilidade, cultivada atualmente em quase todas as regiões do mundo possuindo um elevado potencial de rendimento de grãos.

No sistema de plantio direto, o milho desempenha uma importante função, a redução significativa dos problemas causados por moléstias na cultura da soja através da prática da rotação de culturas, contribuindo no aumento da produção de palha para cobertura do solo e incremento da matéria orgânica.

Em razão da ampliação das épocas de semeadura do milho nas diferentes regiões produtoras do nosso país, a cultura tem permanecido no campo praticamente o ano todo, proporcionando a sobreposição dos ciclos através do cultivo de milho safra e safrinha, contrariando a técnica da rotação de culturas. Essa prática de manejo muito utilizada associada às condições climáticas favoráveis (excesso de precipitações e dias encobertos) para o desenvolvimento de determinados fungos, e o manejo inadequado da água em áreas irrigadas tem contribuído significativamente para a preservação e multiplicação de inóculos de diversos patógenos, responsáveis pelo aumento da incidência e severidade das moléstias em híbridos de milho comerciais.

1

Conforme informações disponibilizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/milho>.

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Entre os fatores mais relevantes que limitam o potencial produtivo da cultura do milho, destacam-se as moléstias, mais especificamente as foliares e as podridões de espigas.

Os danos causados pelas doenças foliares na cultura do milho são decorrentes da redução da área foliar, diminuição da capacidade fotossintética, necrose e morte prematura das folhas e podridão de colmos e espigas, comprometendo a produtividade de grãos.

Atualmente existem híbridos de milho com um excelente potencial produtivo, porém apresentam níveis insatisfatórios de resistência às doenças, sendo necessário muitas vezes utilizar alternativas mais eficientes, sendo uma delas, o controle químico através do uso de fungicidas.

Devido à inconsistência de dados de pesquisa sobre o controle químico de moléstias, este tema tem se tornado o motivo de grandes questionamentos por parte dos agricultores e profissionais. Diante disso, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de novas moléculas no manejo fitossanitário da cultura e sua influência na produtividade de grãos em nossa região.

Além da produtividade, outra causa da aplicação de fungicidas é o controle de fungos que produzem micotoxinas nos grãos, melhorando assim, a qualidade alimentar humana e animal.

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1 REVISÃO DA LITERATURA

1.1 CULTURA DO MILHO

A produção de milho representa mais de 30% do total de grãos produzidos, sendo de destacada importância na alimentação humana e animal, produção de etanol, e, além disso, para a fabricação de diversos outros produtos como medicamentos e colas.

Com relação ao potencial de produção, composição química e valor nutritivo do milho, comparado com outras espécies cultivadas, a pesquisa tem demonstrado significativos avanços nas mais diversas áreas do conhecimento agronômico. (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).

De acordo com a Embrapa Clima Temperado (2013), o consumo mundial de milho vem crescendo em decorrência do aumento do consumo de carnes, principalmente de frangos. Dentre os cereais cultivados no mundo, os maiores volumes são de milho, arroz e trigo. Atualmente (dados da safra 2013/14) os maiores produtores mundiais de milho são os Estados Unidos, China, Brasil, Comunidade Econômica Europeia e Argentina.

No Brasil, segundo o IBGE, a área cultivada com milho em 2013 atingiu 15,2 milhões de hectares. O Estado do Mato Grosso ocupa a maior área, em torno de 22%, seguido pelo Paraná, com 19%, Mato Grosso do Sul 9,6%, Minas Gerais 8%, Goiás 7,8% e Rio Grande do Sul com 6,5% da área cultivada.

No Rio Grande do Sul a cultura do milho apresenta significativa importância socioeconômica, ocupando aproximadamente 20% do total das áreas semeadas com cultivos de verão (EMBRAPA CLIMA TEMPERADO, 2013).

De acordo com o levantamento da safra 2012/13 realizado pela Emater/RS-Ascar aponta que as principais regiões produtoras, em área, são Santa Rosa, Frederico Westphalen, Caxias do Sul, Passo Fundo e Ijuí. Já os destaques em produtividade foram Passo Fundo e Ijuí, alcançando as seis toneladas ha-1, isso se deve à regularidade de distribuição das precipitações pluviais nestas regiões, nas épocas de maior demanda da cultura (EMBRAPA CLIMA TEMPERADO, 2013).

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1.2 DOENÇAS RELACIONADAS COM A CULTURA DO MILHO

Apesar de, o milho ser considerado uma planta bastante tolerante à ação dos agentes de estresse, tanto de natureza abiótica (clima), quanto de natureza biótica (organismos vivos), tem manifestado certa vulnerabilidade, à incidência de patógenos (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).

Desta maneira, as doenças que mais causam danos na cultura do milho são as ferrugens (Puccinia sorghi) e (Puccinia polysora), as helmintosporioses (Helminthosporium turcicum) e (Helminthosporium maydis), a mancha da cercosporiose (Cercospora zeae-maydis), a mancha-branca (Phaeosphaeria

maydis), a podridão-de-diplodia (Stenocarpella macrospora e Stenocarpella maydis),

a antracnose foliar (Colletotrichum graminicola), a podridão de fusarium (Fusarium

verticillioides) e a giberela (Gibberella zeae)2.

De acordo com Pinto (2004 apud OLIVEIRA et al., 2011), a maior parte dessas doenças do milho são causadas por fungos, que se relaciona à grande diversidade de épocas de semeadura nas regiões produtoras, a cultura do milho permanece no campo durante praticamente o ano todo o que ocasiona uma produção permanente de diversos patógenos.

Em função da extrema diversidade de sistemas de produção imposta a essa cultura no Brasil, aliado ao seu cultivo sucessivo (ausência de rotação de culturas), desrespeito às épocas adequadas de semeadura em diversas regiões produtoras e recomendações equivocadas de genótipos, dentre outros fatores, tem contribuído para o aumento e a disseminação de patógenos em sua lavoura (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000, p. 253).

O milho durante o período de germinação pode ser atacado, segundo Reis, Casa e Bresolin (2004), por fungos do solo ou por aqueles associados à semente, o que pode resultar no apodrecimento da semente ou a morte da plântula. Entre os patógenos associados à semente, destaca-se o Fusarium verticillioides. Este pode causar danos, que dependem da intensidade da infecção que ocorreu antes da colheita e das condições de beneficiamento e de armazenagem da semente, porém quando esta for semeada em ambiente desfavorável, a germinação é lenta, e os fungos localizados ali têm a oportunidade de destruir a semente em germinação.

2

Segundo informações disponibilizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_5_ed/doencas.htm>.

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Com relação aos patógenos do solo, encontram-se os fungos do gênero

Fusarium, Pythium, Rhizoctonia, sendo que através de Reis, Casa e Bresolin (2004,

p. 15):

Os danos causados dependem da profundidade de semeadura, das condições de umidade e temperatura do solo, da presença de dano mecânico no pericarpo e da sequência das espécies de vegetais cultivadas na lavoura, se monocultura, ou rotação.

Destaca-se que, os patógenos que parasitam no sistema radicular de plantas do milho, podem causar danos que muitas vezes passam despercebidos. Quando o ataque é mais severo, através de Reis, Casa e Bresolin (2004), os sintomas secundários se manifestam nos órgãos aéreos, como a consequência da interferência nos processos de absorção de água e nutrientes. Porém nos casos em que os danos causados se evidenciam pela morte da plântula, os sintomas são diagnosticados com maior facilidade.

Segundo Fancelli e Dourado Neto (2000, p. 264), “O método de quantificação relacionado a severidade é o mais indicado para a avaliação de doenças, uma vez que se aproxima dos danos reais provocados pelo patógeno”.

1.3 CONTROLE DE MOLÉSTIAS E SEUS MÉTODOS

De acordo com Fernandes e Oliveira (2000 apud OLIVEIRA et al., 2011), quando uma doença surge nos estádios fenológicos iniciais da cultura e as condições ambientais forem favoráveis à doença, se pode utilizar o controle químico com fungicidas registrados pelo Ministério da Agricultura.

O manejo mais eficiente para o controle de doenças do milho pode ser realizado pelo envolvimento de vários tipos de controle, como uso de variedades resistentes, rotação de culturas, eliminação de plantas infestantes e controle químico, através de fungicidas (CASSETARI NETO, 2007 apud OLIVEIRA et al., 2011, p. 2)3.

O método da resistência genética é uma das maneiras mais eficientes e econômicas de controle de doenças de plantas. Porém, segundo Fancelli e Dourado

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Neto (2000), em função de algumas peculiaridades, que são representadas principalmente pelo grande número de raças fisiológicas características de alguns agentes causais de doenças, tornam o método restrito a apenas alguns patógenos.

A rotação de culturas é uma prática agrícola ampla, que assegura e estabiliza a produtividade do agroecossistema, atuando nas condições edáficas do solo (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).

Sob o ponto de vista fitotécnico, a rotação de culturas se constitui na alternância regular de diferentes culturas em uma mesma área. Essa troca deve ser efetuada de acordo com um planejamento adequado, no qual devem ser considerados diversos fatores, entre eles a cultura predominante na região, em torno da qual será programada a rotação, além dos fatores de ambiente, que influirão nas culturas escolhidas para integrarem o sistema (SANTOS et al., 1993 apud REIS; CASA; BRESOLIN, 2004, p. 105).

O conhecimento e acompanhamento do comportamento climático de cada região e da época de semeadura escolhida, é importante para o exercício de previsibilidade e de ocorrência da severidade das principais doenças relacionadas com a cultura do milho (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).

Grande parte das doenças que infectam o milho são transmitidas por sementes, e, portanto, o uso de sementes com origem conhecida, apresentando qualidade fisiológica satisfatória, provenientes de sistemas de certificação ou fiscalização e isentas de patógenos, constitui em inestimável garantia para o sucesso da lavoura (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000, p. 261).

Segundo Fancelli e Dourado Neto (2000, p. 261):

O tratamento de sementes com produtos químicos específicos, que objetiva a eliminação ou a efetiva redução dos patógenos veiculados pela semente, bem como confere maior proteção a cultura em sua fase inicial de desenvolvimento.

A partir de Machado e Cassetari (2009 apud KOGUISHI, 2011), a adubação equilibrada, principalmente de nitrogênio, a densidade de plantas e espaçamento adequado, também são fatores que contribuem para que a doença seja controlada. Porém nas lavouras em que a tecnologia e o potencial produtivos são altos, em regiões favoráveis ao desenvolvimento da doença, o que vem sendo utilizado é o controle químico com fungicidas nas aplicações foliares.

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Outro método para controlar as doenças, é o controle químico, que se torna eficaz através das características do patógeno, das condições climáticas no período, do tipo de produto químico a ser utilizado, do seu modo de ação, além da forma e da época de aplicação (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).

A estratégia mais eficiente de manejo para reduzir a severidade de doenças controle em milho é através do uso do manejo integrado de doenças que consiste em práticas de rotação de culturas uso de variedades tolerantes, bom equilíbrio na adubação e controle químico através do tratamento de sementes e aplicação na parte aérea.

1.4 CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS NOS ÓRGÃOS AÉREOS

Autores como Reis, Casa e Bresolin (2004) afirmam que a aplicação de fungicidas nos órgãos aéreos do milho para que haja o controle de algumas doenças está restrita em função da suscetibilidade do híbrido, das condições do ambiente e do tipo de sistema de cultivo que predomina na lavoura.

A utilização de fungicidas tem mostrado resultados positivos, tanto pela execução de um bom programa de controle de doenças, como pela aplicação de um produto eficiente, que traz ao produtor maiores chances de obter um melhor retorno econômico (VEIGA, 2007 apud BONALDO et al., 2010)4.

De acordo com Reis, Casa e Bresolin (2004), o objetivo da aplicação de fungicida é manter a planta com área foliar sadia, o maior tempo possível. Além disso, o uso de fungicidas deve ser feito nas condições em que a doença alvo do controle químico está causando perdas, que justifique este controle, ou seja, analisando o custo de aplicação, somado com o custo do fungicida.

O rendimento de grãos de uma lavoura de milho dependente, entre outros fatores, da nutrição, disponibilidade de água e duração da área foliar sadia. A duração da área foliar sadia de uma planta de milho interfere na quantidade de luz absorvida pela planta, a qual é responsável pelos processos de absorção de água e nutrientes pelas raízes e translocações de carboidratos na planta. Em geral quanto maior for o índice de área foliar sadia de uma planta, maior será a translocação de carboidratos,

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BONALDO, S. M.; PAULA, D. L.; CARRÉ-MISSIO, V. Avaliação da aplicação de fungicida em milho “safrinha” no município de Boa Esperança – Paraná. Campo Digital, v. 5, n. 1, p. 1-7, Campo Mourão, dez. 2010.

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principalmente durante a formação, desenvolvimento e maturação do grão (REIS; CASA; BRESOLIN, 2004, p. 118).

Segundo Reis, Casa e Bresolin (2004):

Sempre na tomada de decisão quanto ao uso de fungicidas deve-se ter em mente que os produtores cultivam o milho para ganharem dinheiro e que tanto a falta como o excesso do uso de fungicidas pode reduzir o lucros.

Destaca-se então, que a aplicação de fungicidas é de suma importância, porém esta deve ser realizada quando a doença provocar danos reais, ou seja, segundo Reis, Casa e Bresolin (2004), quando a doença atingir o limiar de dano econômico (LDE), que é a intensidade de doença que determina uma perda, quando há uma redução financeira por hectare igual aos custos do controle. Porém no milho o LDE ainda não é explorado de forma correta pelos pesquisadores.

A utilização de fungicidas químicos em aplicações foliares vem sendo uma alternativa muito utilizada pelos produtores em determinadas regiões do país, na busca controlar os patógenos que atacam a cultura do milho (CASA et al., 2000 apud MENDES et al., 2012)5.

Esta prática ainda é pouco utilizada, mas tem apresentado resultados positivos, sendo economicamente viável, principalmente quando utilizada associação de diferentes princípios ativos como triazol e estrobilurinas. Segundo resultados de pesquisa a aplicação de fungicidas propiciou diminuição da área abaixo da curva de progresso da doença (AAPCD) e proporcionando aumento na produtividade de grãos de milho, sendo os melhores resultados para o controle de doenças foliares, quando realizadas duas aplicações de fungicidas, uma no estádio de V8 e outra pré-pendoamento (MENDES et al., 2008 apud MENDES et al., 2012)6.

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MENDES, C. M. et al. Efeito da época de aplicação de fungicida no controle de doenças na cultura do milho. In: XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 2012, Águas de Lindóia, SP. Águas de Lindóia, SP, 2012.

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MENDES, C. M. et al. Efeito da época de aplicação de fungicida no controle de doenças na cultura do milho. In: XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 2012, Águas de Lindóia, SP. Águas de Lindóia, SP, 2012.

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1.5 FUNGICIDAS

São denominadas substâncias químicas de origem natural ou sintética utilizados para o controle de doenças das plantas. Quando aplicados sobre os órgãos aéreos (via foliar) das plantas possuem ação protetora contra a penetração e posterior desenvolvimento de fungos patogênicos (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).

Atualmente os fungicidas representam a principal ferramenta complementar, eficaz e viável no manejo de doenças de plantas, caracterizados por produtos modernos e compatíveis com os conceitos de manejo integrado de doenças.

1.6 CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS

De acordo com Pinto, Angelis e Habe (2004), a aplicação foliar de um fungicida eficiente interrompe o progresso das doenças logo após a pulverização e seu efeito permanece por um período residual específico.

Os fungicidas utilizados nos órgãos aéreos das plantas são classificados em diferentes aspectos.

1.6.1 Quanto à Absorção do Fungicida pelos Esporos dos Fungos

As substâncias dos fungicidas penetram nas células dos fungos, no caso dos produtos protetores através do tubo germinativo e no caso dos de contato, diretamente na célula. Já os fungicidas penetrantes ou sistêmicos presentes no interior dos tecidos vegetais, são absorvidos pelos fungos durante a colonização e infecção (REIS; REIS; CARMONA, 2010).

a) De contato

Segundo vários autores, fungicidas de contato são aqueles que agem diretamente em contato com o fungo antes ou após ter encontrado o sítio de infecção e não se movem na planta (REIS; REIS; CARMONA, 2010).

Em conformidade com Reis, Reis e Forcelini (2007), os fungicidas de contato são produtos aplicados quando os esporos ou inóculos dos fungos estão presentes na superfície da planta na estação de dormência das espécies, como é o caso das frutíferas, que entram em repouso no inverno e perdem as folhas, fazendo com que

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permita a aplicação desses fungicidas nesse período, pois são fitotóxicos sobre os órgãos verdes das plantas.

De acordo com Reis, Reis e Carmona (2010), esse grupo de fungicida ao entrar em contato com qualquer tipo de estrutura de fungos é absorvido, matando-o, não requerendo a germinação.

b) Residuais ou Protetores

Garcia (1999, p. 6) comenta que os fungicidas protetores “são efetivos somente se aplicados antes da ocorrência da penetração do patógeno no hospedeiro, impedindo ou reduzindo as chances de ocorrência da doença”.

De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007), os fungicidas residuais, quando aplicados via foliar nas culturas, agem na superfície da planta, formando uma película protetora tóxica. Assim, quando o propágulo móvel do fungo, o esporo, for depositado nos tecidos suscetíveis e ocorrer a germinação, o tubo germinativo entra em contato com o produto tóxico, absorvendo e ocorrendo a morte do futuro fungo antes de penetrar no tecido foliar e desenvolver a doença. Tais produtos são facilmente lavados ou removidos pela água da chuva, tendo um período residual curto, necessitando de aplicações repetidas em intervalos semanais.

A ação residual tem por objetivo evitar a penetração, impedindo a infecção que iria ocorrer no futuro. Portanto, os fungicidas residuais agem evitando ou diminuindo a taxa de penetração do patógeno nos tecidos do hospedeiro e reduzem o número de penetrações ou de lesões futuras (REIS; REIS; FORCELINI, 2007, p. 30).

c) Sistêmicos

Segundo Reis, Reis e Carmona (2010, p. 37) “são aquelas substâncias absorvidas pelas raízes ou pelas folhas, sendo, posteriormente, translocadas pelo sistema condutor da planta via xilema e floema”.

Os fungicidas sistêmicos são altamente solúveis em água, penetram na planta logo após serem aplicados e apresentam efeito erradicante e supressor, atuando como inibidores da esporulação e do crescimento micelial dos fungos, diminuindo assim, o desenvolvimento da infecção nos tecidos do hospedeiro (GARCIA, 1999).

Estes fungicidas proporcionam uma ação protetora mais prolongada do que a dos fungicidas residuais, cerca de 15 a 25 dias, não ficando expostos a

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fotodecomposição e nem a lixívia, com isso não requerendo aplicação de maior frequência (REIS; REIS; CARMONA, 2010).

1.6.2 Subfases da Infecção em que o Fungicida Atua

Segundo Hewitt (1998 apud REIS; REIS; FORCELINI, 2007, p. 28) “Os fungicidas ainda podem ser classificados como preventivos, curativos e erradicantes, conforme as subfases da infecção em que o fungicida atua”.

De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007, p. 28):

A infecção compreende as subfases de deposição, germinação do esporo, penetração do tubo germinativo do fungo e início da colonização do hospedeiro. Colonização é a invasão e extração dos nutrientes dos tecidos do hospedeiro.

a) Fungicidas Preventivos

Os fungicidas preventivos possuem ação protetora, impedindo a germinação do esporo e evitando a penetração do fungo nos tecidos da planta (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).

Tais produtos, de acordo com Reis, Reis e Carmona (2010), possuem propriedades não penetrantes, os quais permanecem depositados na superfície do órgão tratado.

Segundo Juliatti (2004), fungicidas protetores atuam de forma inespecífica nas membranas dos fungos, inibindo a ação proteica e enzimática.

b) Fungicidas Curativos

Fungicidas curativos agem em pós-infecção, ou seja, quando já ocorreu a penetração do fungo, mas ainda não são observados os sintomas. Produtos sistêmicos apresentam ação curativa (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).

Conforme Reis, Reis e Carmona (2010), a ação curativa ocorre com os fungicidas penetrantes, ou seja, que são absorvidos para o interior dos tecidos vegetais, entrando em contato com as estruturas do fungo e paralisando o processo infeccioso.

c) Fungicidas Erradicantes

Os fungicidas erradicantes apresentam efeito no estágio pós-sintoma, através da morte do fungo, paralisando a expansão das lesões, porém as células

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dos tecidos injuriados ou mortos da planta, não se regeneram. É considerado um dano irreversível (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).

Conforme Garcia (1999, p. 7) “atuam diretamente sobre o patógeno eliminando-o da superfície de partes da planta ou do solo”. Podem ser protetores ou sistêmicos e apresentar efeito erradicante, eliminando as estruturas dos fungos tanto na superfície como no interior da planta.

1.7 GRUPOS QUÍMICOS DOS PRINCIPAIS FUNGICIDAS

1.7.1 Fungicidas Carboxamidas

De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007, p. 39) “Este grupo mostra sua ação fungicida agindo no complexo II da cadeia de transferência de elétrons na mitocôndria e inibindo a oxidação do sucinato via cadeia do citocromo”.

São fungicidas penetrantes com ação sistêmica foliar, que inibem a germinação dos esporos (REIS; REIS; CARMONA, 2010).

As carboxamidas apresentam maior eficácia no controle dos fungos de gêneros Puccinia, Ustilago e Tilletia.

1.7.2 Fungicidas Triazóis

Os fungicidas inibidores da biossíntese de esteróis agem na formação e na seletividade da membrana plasmática. Um exemplo de fungicida que apresenta este mecanismo de ação são os triazóis (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).

Em conformidade com Juliatti (2004), os triazóis atuam na formação do ergosterol, que é considerado um lipídio fúngico importante para a formação da membrana das células. Na ausência desta camada, ocorre o colapso da célula fúngica (micélio) e à interrupção do crescimento micelial (corpo fúngico).

1.7.3 Fungicidas Estrobilurinas

De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007, p. 42) “O mecanismo de ação dos fungicidas do grupo das estrobilurinas ocorre com a inibição da respiração III mitocondrial”.

(20)

19 A seletividade das estrobilurinas parece estar baseada não nas diferenças de sítios mitocondriais dos organismos alvos, mas nas diferenças estruturais de membranas celulares na penetração e degradação de fungos, vegetais e animais (VENANCIO et al., 1999; VENANCIO et al., 2004 apud REIS; REIS; FORCELINI, 2007, p. 42).

São compostos menos suscetíveis a fotodecomposição na superfície foliar e controlam uma ampla gama de doenças fúngicas, incluindo míldios, oídios, manchas e murchas vasculares, podridões de frutas e ferrugens (REIS; REIS; CARMONA, 2010).

Segundo Reis, Reis e Carmona (2010), a germinação dos esporos dos fungos é a fase com maior sensibilidade às estrobilurinas.

1.7.4 Fungicidas Ditiocarbamatos

O mecanismo de ação dos ditiocarbamatos, de acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007), é através da diminuição da penetração do patógeno nos tecidos do hospedeiro. São fungicidas de contato, protetores da parte aérea das plantas, com ação multi-sítio.

Os fungicidas ditiocarbamatos, segundo Braga e Zambolim (1993; 1998 apud AZEVEDO, 2003) são compostos que interferem na produção de energia, considerados como inibidores específicos e inibidores não específicos ou de ação múltipla, como os produtos zineb, maneb e mancozeb. Quando presentes em várias estruturas do fungo, esses fungicidas podem inibir um grande número de enzimas, interferindo em muitos processos metabólicos além dos específicos.

1.8 TOXICIDADE DOS FUNGICIDAS

Os fungicidas químicos, no geral, ao serem introduzidos no ambiente, podem ter ação fisiológica sobre os organismos vivos. Alguns deles podem produzir alterações para os animais, para o homem e para o meio ambiente (BULACIO et al., 2002 apud AZEVEDO, 2003).

De acordo com Azevedo (2003, p. 167), “A importância dos procedimentos para o seu uso seguro e racional não deve ser menor que as informações técnicas constante na bula ou rótulo”.

(21)

Para a introdução no meio ambiente e para fins de registro dos produtos fitossanitários, a legislação brasileira exige a apresentação de uma bateria de estudos de toxicologia, ensaios a campo e laboratório (AZEVEDO, 2003).

Os Engenheiros Agrônomos que exercem sua profissão nos diversos setores da produção agrícola têm hoje uma responsabilidade muito maior que há alguns anos atrás em relação à recomendação técnica dos produtos. Existem pressões que vem de todos os lados, especialmente de uma sociedade mais exigente e sabedora dos direitos do consumidor (AZEVEDO, 2003).

De acordo com Bulacio et al. (2002 apud AZEVEDO, 2003), a grande quantidade de agroquímicos que existem atualmente no mundo, sua forma de emprego e sua toxidade para os seres vivos, exigem cada vez mais a implementação de medidas de precaução visando a menor utilização possível destes produtos na agricultura.

A utilização e o emprego dos agrotóxicos deve envolver sempre de forma criteriosa, o estabelecimento de medidas preventivas para que a probabilidade de ocorrência de riscos e de efeitos indesejáveis seja minimizada e mantida em níveis compatíveis com todas as formas de vida (LARINI, 1999; BAPTISTA, 2000 apud AZEVEDO, 2003).

Em meio a tudo isso, devemos compreender que o uso dos defensivos agrícolas é ainda necessário na maioria dos sistemas de produção e que muitas vezes são considerados indispensáveis para evitar ou reduzir o dano produzido por pragas e doenças na agricultura (AZEVEDO, 2003).

(22)

21

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 LOCAL, SOLO E CLIMA

A pesquisa foi conduzida em área de propriedade dos Irmãos Mori, localizada no município de Pejuçara (RS), situado a 449 metros de altitude, no ano agrícola de 2015/2016.

O tipo de solo pertence à unidade de mapeamento Santo Ângelo e é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico Típico, originário do basalto da formação da Serra Geral, caracterizado por apresentar relevo ondulado, perfil profundo, bem drenado, textura argilosa de coloração vermelha escura, com mais de 60% de argila e menos de 10% de areia, baixa saturação por bases, com concentração relativa de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio7.

A região caracteriza-se pelo clima dominante de (Cfa), subtropical úmido, segundo a classificação climática de Köppen, com estação de verão quente de máximas superiores a 36°C e invernos frios de temperaturas inferiores a 3°C. A temperatura média anual é de 17°C a 20°C. As geadas se estendem até o mês de agosto com previsões também no mês de setembro. A precipitação anual é de 1.773 mm, somando um total de 80 a 110 dias de chuva, apresentando esporadicamente estiagens no verão. A umidade relativa do ar média varia entre 68 e 85%.

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

O delineamento experimental utilizado foi o DIC – Delineamento Inteiramente Casualizado, composto por sete tratamentos e cinco repetições. As parcelas foram constituídas de quatro fileiras de plantas de cinco metros de comprimento, sendo considerada como parcela útil, as duas linhas centrais.

Os tratamentos utilizados foram os seguintes: T.1. Trifloxistrobina + Protioconazol;

T.2. Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe; T.3. Azoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe; T.4. Azoxistrobina + Benzovindiflupir;

7

Conforme o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos. 2006, disponível em: <http://www.agrolink.com.br/downloads/sistema-brasileiro-de-classificacao-dos-solos2006.pdf>.

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T.5. Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe; T.6. Fluxapiroxade + Piraclostrobina;

T.7. TESTEMUNHA. (sem aplicação de fungicida).

Obs. A adição do produto Mancozebe nos tratamentos tem como objetivo minimizar a resistência dos fungos a essas novas moléculas, além de melhorar a eficiência no controle das moléstias, pois se trata de um produto com ação multi-sítios.

A caracterização dos fungicidas utilizados encontra-se no Quadro 1.

Quadro 1: Produto comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose utilizada de fungicidas aplicados na parte aérea da cultura do milho

PRODUTO

COMERCIAL INGREDIENTE ATIVO GRUPO QUÍMICO DOSE FOX® TRIFLOXISTROBINA 150g/L + PROTIOCONAZOL 175 g/L ESTROBILURINA + TRIAZOLINTHIONE 500 ml/ha ELATUS® AZOXISTROBINA 300g/kg + BENZOVINDIFLUPIR 150 g/kg ESTROBILURINA + PIRAZOL 300 g/ha ORKESTRA® FLUXAPIROXADE 167g/L + PIRACLOSTROBINA 333 g/L ESTROBIRULINA + CARBOXAMIDA 400 ml/ha

UNIZEB GOLD® MANCOZEBE 750 g/kg

DITIOCARBAMATO 2 kg/ha

2.3 MANEJO DA SEMEADURA

O experimento foi conduzido em área de semeadura direta na palha, com sistema consolidado por mais de 10 anos e como cultura antecedente, o consórcio de aveia preta e azevém.

A dessecação da área foi realizada 15 dias antes da semeadura, com a aplicação do herbicida Paraquat na dose de 2 litros ha -1 e, com a adição de óleo mineral parafínico na dose de 0,5 litros ha -1.

Como adubação de base, foi utilizado o fertilizante de fórmula 08-16-24 na dosagem de 400 Kg ha-1.

A semeadura foi realizada no dia 05 de setembro, com auxilio de uma semeadeira convencional tratorizada, com espaçamento entre linhas de 0,5 m,

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23

ajustada para distribuir quatro sementes por metro linear, resultando em uma população final de 80.000 plantas ha-1.

O híbrido de milho utilizado foi a cultivar DKB 230 VT PRO 3, que protege a cultura contra larva alfinete, pragas aéreas e oferece tolerância ao herbicida Glifosato. No quadro 2 podemos verificar as principais características agronômicas do híbrido:

Quadro 2: Características agronômicas do híbrido utilizado no experimento

Cultivar DKB 230 Ciclo Hiperprecoce

Tipo HS - Híbrido Simples

Época de Plantio Abertura de plantio

Uso Grãos

Cor do grão Amarelo

Densidade (Plantas/ha) 75 – 80 mil

Tipo do grão Semidentado

Inserção da Espiga (m) 1,18 a 1,30

Porte da Planta (m) 2,35 a 2,45

Resistência ao Acamamento Alta

Região Recomendada RS, SC, PR e SP

Empresa DEKALB Fonte: Dekalb Sementes de Milho.

O tratamento das sementes do híbrido utilizado era constituído do fungicida Metalaxil-M 2% + Tiabendazol 15% + Fludioxonil 2,5% na dose de 100 a 150 ml/100 Kg de semente, e dos inseticidas Deltametrina 2,5% na dose de 8 ml/100 Kg de semente, Pirimifós-Metílico 50% na dose de 1,6 ml/100 Kg de semente e Clotianidina 60% na dose de 350 a 400 ml/100 Kg de semente.

O controle das plantas invasoras foi realizado no estádio V4 da cultura com a aplicação do herbicida Glifosato na dose de 2 litros ha-1 e adição de óleo mineral parafínico na dose de 0,3 litros ha-1.

2.4 MANEJO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA

Para o manejo da adubação de cobertura foi aplicado nitrogênio (N), na forma de Ureia na concentração de 45% de N.

A quantidade aplicada de N por hectare foi estimada através do teor de MO do solo (conforme análise química do solo no quadro 3 a seguir) e para produção esperada de grãos de 12 toneladas ha-1, correspondendo à dose de 180 kg ha-1,

(25)

sendo esta, dividida em duas aplicações, uma no estádio fenológico V4 e outra em V7, devido o período em que a planta tem maior demanda de nitrogênio, pois está definindo o seu potencial produtivo.

Quadro 3: Laudo da análise do solo da área experimental. Pejuçara, 2014

2.5 MANEJO DA APLICAÇÃO DOS TRATAMENTOS

Os tratamentos com fungicidas foram aplicados na cultura em três fases, a primeira na fase vegetativa (V9), a segunda no pendoamento (VT) e a terceira no espigamento (R1). O intervalo entre as aplicações variou de 15 a 20 dias. Em todas as aplicações foi adicionado óleo mineral parafínico na dose de 0,4 litros ha-1.

As aplicações foram realizadas através de um pulverizador costal manual, com barra de dois metros de comprimento e quatro bicos de pulverização tipo leque, adaptado para pulverização da cultura do milho nos estádios mais avançados de desenvolvimento da planta.

2.6 DETERMINAÇÕES REALIZADAS

a) Número de plantas por parcela (NPP)

(26)

25

b) Número de espigas por parcela (NEP)

Avaliado o número de espigas na área útil de cada parcela no momento da colheita.

c) Índice de espiga (IE)

Calculado pela relação entre o número de espigas por parcela e o número de plantas por parcela (NEP/NPP).

d) Rendimento biológico aparente (RBA)

Determinado o peso de planta, constituída de grão mais palha de uma planta colhida ao acaso em cada parcela de tratamento.

e) Peso de grãos por espiga (PGE)

Na planta selecionada e colhida foi determinado o peso de grãos da espiga. f) Índice de colheita (IC)

Determinado em percentagem pela relação entre o peso de grãos pelo rendimento biológico aparente multiplicado por 100. (PG/RBA) x 100.

g) Peso de espigas (PE)

No momento da colheita determinado o peso de todas as espigas das linhas úteis de cada parcela (grãos mais sabugo).

h) Número de grãos por espiga (NGE)

Da espiga de cada planta selecionada obteve-se o número total de grãos através do produto do número de fileiras pelo número de grãos por fileiras.

i) Peso do grão

Foi calculado através do peso de grãos por espiga (PGE), dividido pelo número de grãos por espiga (NGE), encontrando o peso de um grão em gramas.

j) Rendimento de grãos (RG)

Determinado pela pesagem dos grãos colhidos em cada parcela útil e corrigido para 13% de umidade.

2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram submetidos à análise estatística pelo programa ASSISTAT 7.7 BETA para avaliar efeitos de tratamentos e aplicado o Teste de Duncan a 5% de probabilidade, para detectar diferenças entre médias de tratamentos.

(27)

26

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise da variância através do quadrado médio dos caracteres avaliados quando a cultura do milho foi submetida a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea para o controle das moléstias, evidenciou variação para o rendimento de grãos, peso de espigas, número de grãos por espiga, peso de grãos por espiga, número de espigas por parcela e rendimento biológico aparente. Por outro lado não foi detectada diferença significativa entre os tratamentos para as variáveis: número de plantas por parcela, índice de espigas, índice de colheita e peso do grão.

Os coeficientes de variação podem ser considerados dentro dos padrões estatísticos recomendados para este tipo de experimento para as variáveis avaliadas, conforme pode ser visualizado na Tabela 01.

Tabela 1: Resumo da Análise de Variância para os caracteres: rendimento de grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por espiga (n°), peso de grãos por espiga (g), plantas por parcela (n°), espigas por parcela (n°), índice de espigas (IE), rendimento biológico aparente (RBA), índice de colheita (%) e peso do grão (g), de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea da planta para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016

Causa de Variação Quadrado Médio (QM) CV% Tratamento Resíduo

RENDIMENTO DE GRÃOS (kg/ha) 0,892** 0,214 7

PESO DE ESPIGA (kg/ha) 1,349** 0,308 7

GRÃOS POR ESPIGA (n°) 10077** 1385 6

PESO DE GRÃOS POR ESPIGA (g) 871* 416 8

PLANTAS POR PARCELA (n°) 12,86ns 10,15 7

ESPIGAS POR PARCELA (n°) 23,00* 12,08 8

ÍNDICE DE ESPIGAS (IE) 0,003ns 0,007 8

RENDIMENTO BIOLÓGICO APARENTE (RBA) 11571* 5761 15

ÍNDICE DE COLHEITA (%) 38,92ns 21,68 9

PESO DO GRÃO (g) 1154ns 854 7

** = significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. * = significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.

ns = não significativo a nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F. CV% = Coeficiente de variação em porcentagem.

Para o caráter rendimento de grãos a média do experimento foi 12.867 kg/ha, sendo destaque para o tratamento constituído da aplicação de Trifloxistrobina + Protioconazol, registrando a produtividade de 14.034 kg/ha, não diferindo estatisticamente dos tratamentos com Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe, Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe e Fluxapiroxade + Piraclostrobina, com rendimentos de 13.716 kg/ha, 13.002 kg/ha e 12.950 kg/ha, respectivamente.

(28)

27

Entretanto estes tratamentos foram estatisticamente superiores a TESTEMUNHA (11.562 kg/ha), como pode ser observado na Tabela 2.

Para a variável peso de espigas, o tratamento com o fungicida Trifloxistrobina + Protioconazol revelou melhor produtividade (17.074 kg/ha), não diferindo estatisticamente dos tratamentos Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe (16.698 kg/ha), Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe (15.546 kg/ha) e Fluxapiroxade + Piraclostrobina (16.002 kg/ha). Por outro lado, a análise

revelou diferença estatisticamente significativa quando comparados a

TESTEMUNHA (14.102 kg/ha).

O número de grãos por espiga seguiu a mesma tendência das variáveis anteriores apresentando maiores médias para o caráter quando o milho foi tratado com Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe (595), Azoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe (574), Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe (566), Trifloxistrobina + Protioconazol (562) e Azoxistrobina + Benzovindiflupir (550), não diferindo estatisticamente pelo teste de médias a 5% de probabilidade, mas diferiram do tratamento TESTEMUNHA (462), conforme pode ser visualizado na tabela 2.

O peso de grãos por espiga revelou variação para tratamentos. As maiores médias foram alcançadas com os tratamentos Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe (247) e Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe (243), não diferindo significativamente dos tratamentos Azoxistrobina + Benzovindiflupir (235), Azoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe (235), Trifloxistrobina + Protioconazol (229) e Fluxapiroxade + Piraclostrobina (218), mas diferindo estatisticamente da TESTEMUNHA (210).

Para o caráter peso do grão não foi observada variação entre os tratamentos (Tabela 2).

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Tabela 2: Rendimento de grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por espiga (nº), peso de grãos por espiga (g) e peso do grão (g) de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea das plantas para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016

Tratamentos Rendimento de Grãos (kg/ha) Peso de Espigas (kg/ha) Grãos/ Espiga (n°) Peso de Grãos/ Espiga (g) Peso do Grão (g) 1-(FOX®) 14.034 a 17.074 a 562 a 229 a b 0,391 a 5-(ORKESTRA®+UNIZEB GOLD®) 13.716 a b 16.698 a b 566 a 247 a 0,417 a 2-(FOX®+UNIZEB GOLD®) 13.002 a b 15.546 a b 595 a 243 a 0,396 a 6-(ORKESTRA®) 12.950 a b 16.002 a b 511 b 218 a b 0,407 a 3-(ELATUS®+UNIZEB GOLD®) 12.536 b c 15.312 b c 574 a 235 a b 0,396 a 4-(ELATUS®) 12.268 c d 14.810 c d 550 a b 235 a b 0,415 a 7-TESTEMUNHA 11.562 d 14.102 d 462 c 210 b 0,434 a MÉDIA GERAL 12.867 15.649 546 231 0,408 CV (%) 7 7 6 8 7

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Duncan ao nível de 5% de probabilidade.

CV % - Coeficiente de variação em porcentagem.

Na Tabela 3 encontramos os dados referentes aos caracteres número de plantas por parcela, número de espigas por parcela, índice de espigas, rendimento biológico aparente e índice de colheita. As variáveis número de plantas por parcela, índice de espiga e índice de colheita não registraram variação entre médias de tratamentos. Já o número de espigas por parcela foi superior no tratamento com Trifloxistrobina + Protioconazol (44) e inferior com o tratamento Azoxistrobina + Benzovindiflupir (38), porém, não diferindo dos demais inclusive da TESTEMUNHA.

O rendimento biológico aparente apresentou destaque quando o milho foi submetido à aplicação da associação dos fungicidas Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe (583g). Este tratamento foi estatisticamente igual aos demais com exceção da TESTEMUNHA (Tabela 3).

(30)

29

Tabela 3: Plantas por parcela (nº), espigas por parcela (nº), índice de espigas, rendimento biológico aparente (RBA) em gramas e índice de colheita (%) de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea das plantas para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016 Tratamentos Plantas/ Parcela (n°) Espigas/ Parcela (n°) Índice de Espigas RBA (g) IC (%) 1-(FOX®) 44 a 44 a 1,00 a 487 a b 47 a 5-(ORKESTRA®+UNIZEB GOLD®) 42 a 42 a b 1,02 a 583 a 43 a 2-(FOX®+UNIZEB GOLD®) 43 a 40 a b 0,94 a 509 a b 48 a 6-(ORKESTRA®) 40 a 39 a b 0,98 a 481 a b 45 a 3-(ELATUS®+UNIZEB GOLD®) 40 a 40 a b 0,99 a 486 a b 49 a 4-(ELATUS®) 39 a 38 b 0,96 a 517 a b 46 a 7-TESTEMUNHA 40 a 39 a b 0,96 a 423 b 51 a MÉDIA GERAL 41 40 0,98 498 47 CV (%) 7 8 8 15 9

Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Duncan ao nível de 5% de probabilidade.

CV % - Coeficiente de variação em porcentagem.

A expressão do rendimento de grãos poderia ser atribuída aos tratamentos que apresentaram superioridade para os caracteres peso de espiga, número de grãos por espiga e peso de grãos por espiga, que são importantes componentes que definem a produtividade de grãos. O efeito da aplicação de fungicidas na parte aérea do milho para controle de doenças também foi avaliada por Duarte, Juliatti e Freitas (2009) e Oliveira et al. (2011), demonstrando que o rendimento de grãos foi incrementado quando a incidência de doenças foi minimizada. Em ambos os trabalhos os fungicidas que apresentaram melhor desempenho foram as misturas de triazóis com estrobilurinas.

O caráter rendimento biológico aparente também influenciou na produtividade de grãos, provavelmente por proporcionar à planta o maior índice de área foliar verde, contribuindo para a maior produção de assimilados transportados para os grãos.

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CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos neste trabalho, o objetivo do estudo foi alcançado, uma vez que o rendimento de grãos e os componentes do rendimento (peso de espigas, número de grãos por espiga e peso de grãos por espiga) foram influenciados pelo manejo fitossanitário através do controle químico de doenças na parte área da cultura do milho.

Além disso, destaca-se que os tratamentos constituídos pela aplicação dos fungicidas a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe, Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe e Fluxapiroxade + Piraclostrobina, apresentaram melhor resposta em rendimento de grãos e nos componentes do rendimento.

Já o princípio ativo a base de Azoxistrobina + Benzovindiflupir, apresentou menor resposta em relação aos demais com comportamento similar a testemunha.

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ANEXO A – Dados de precipitação pluviométrica (mm) referente ao período de Setembro de 2015 a Fevereiro de 2016. Pejuçara, RS

Precipitação (mm)

2015 2016 Dias/Mês Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev.

1 0 0 0 0 0 0 2 0 15,0 0 40,0 0 0 3 0 0 55,0 0 0 60,0 4 0 0 0 42,0 8,0 0 5 0 0 0 0 22,0 0 6 0 0 0 0 0 0 7 6,0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 9 0 125,0 0 0 74,0 12,0 10 10,0 0 105,0 0 0 0 11 0 15,0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 13 0 0 102,0 0 0 0 14 0 0 0 150,0 0 45,0 15 0 18,0 0 0 0 12,0 16 8,0 0 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 18 28,0 0 0 0 0 0 19 0 0 20,0 0 0 5,0 20 130,0 0 0 0 0 0 21 0 5,0 0 0 0 0 22 6,0 0 0 0 0 0 23 0 0 0 145,0 0 0 24 0 0 0 60,0 0 0 25 0 0 0 0 10,0 0 26 5,0 12,0 5,0 0 25,0 15,0 27 0 0 0 30,0 0 0 28 0 0 60,0 0 0 0 29 0 0 0 0 20,0 0 30 0 8,0 0 28,0 75,0 0 31 0 0 0 0 5,0 0 Total Acum. 193,0 198,0 347,0 495,0 239,0 149,0 Média Hist. 157,0 153,2 126,5 144,4 146,8 115,3

Referências

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