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Reflexos da contemporaneidade: a ausência da família compromete o desenvolvimento da criança

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

REFLEXOS DA CONTEMPORANEIDADE: A AUSÊNCIA DA FAMÍLIA

COMPROMETE O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

DAIANE ALVES RODRIGUES MATTNER

Ijuí – RS 2016

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DAIANE ALVES RODRIGUES MATTNER

REFLEXOS DA CONTEMPORANEIDADE: A AUSÊNCIA DA FAMÍLIA

COMPROMETE O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Regional do Noroeste do

Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,

como requisito para obtenção do título de graduada em Pedagogia.

Orientadora: Profª Ms. Eulália Beschorner Marin

Ijuí – RS 2016

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REFLEXOS DA CONTEMPORANEIDADE: A AUSÊNCIA DA FAMÍLIA COMPROMETE O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

RESUMO

O presente artigo tem como tema os Reflexos da contemporaneidade: a ausência da família compromete o desenvolvimento da criança. Apresenta vivências marcantes, em estágios, durante o Curso de Pedagogia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), em Ijuí/RS. Este trabalho teve por objetivo analisar em especial um estudo de caso, no município de Ajuricaba/RS, uma preocupante história de vida somada a minha história de estagiária, o caso Pedro. Ainda refletir sobre o papel das famílias, a educação das crianças, a formação da sua personalidade, e as relações entre pais e filhos. A Revolução Industrial surgiu e reformou a família, muitas coisas mudaram e na contemporaneidade a criança reivindica atenção, as famílias precisam estreitar os laços parentais para que seja possível abrandar o sofrimento. Ao findar o estudo concluo que o comportamento das crianças é um reflexo da família.

Palavras-chave: Família. Desenvolvimento infantil. Educação. Infância.

1 INTRODUÇÃO

Tradicionalmente, quando se fala em famílias logo vem à mente, os princípios da união, da felicidade, harmonia, respeito. No entanto, ao dirigir o olhar para as recentes famílias constituídas, percebo que a tradição não é mais a mesma, os princípios seriamente seguidos anos atrás, hoje não possuem o mesmo significado, e estão se perdendo com o passar dos tempos.

Estamos diante do século XXI, em uma sociedade capitalista. As pessoas estão correndo contra o relógio, dividindo o tempo entre muitas tarefas. Na correria do dia a dia, encontramos pessoas ansiosas, cansadas, irritadas e quais seriam os motivos? A busca por uma vida digna, sobrevivência, ou simplesmente na busca por acúmulo de capital. As influências do capitalismo atingiram a população como um todo, mas onde estão as crianças nesse mundo que as pessoas apenas pensam no dinheiro?

Eis aqui uma questão preocupante, como está se constituindo a nova geração? Em estágios, muitas vezes deparei-me com esse questionamento ao presenciar certos comportamentos e a relação entre professor-aluno e pais e filhos. Percebo uma triste realidade em nossa sociedade e um comprometimento grave na

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constituição da personalidade destas crianças. A família, sendo a principal responsável pelo desenvolvimento humano de uma criança, está cansada e ausente, desejando que seu filho caminhe com as próprias pernas pelo caminho que lhe parecer melhor. Acredito que esta nova geração de pais, quer a autonomia de seus filhos no que se refere a atitudes, sem ao menos ter um exemplo, sem saber a distinção do certo e o errado, jogando-o sob a responsabilidade da escola e da sociedade. Mas, o interessante desta história, é que a criança não aceita esta situação, ela não se cala, se manifesta.

2 MINHA HISTÓRIA DE ESTAGIÁRIA SE FAZ COM A HISTÓRIA DO PEDRO – APRESENTANDO O TEMA DA PESQUISA

A pedagogia sempre foi uma área de meu interesse, porém as grandes dificuldades que o mesmo encontra me deixaram em dúvida quanto a profissão, foi então que decidi cursar Nutrição, pois a área dos alimentos também me agrada muito. Gostei do Curso, mas a questão financeira falou mais alto, este foi então o motivo pelo qual resultou no trancamento de matrícula. Após repensar a ideia do “ser professor”, o gosto por crianças e o trabalho encantador da professora de meu irmão, então, decidi enfrentar as dificuldades da profissão, e aqui estou! Meu segundo trabalho já foi na área da educação, com um contrato CIEE, todas as tardes em uma Escola Municipal onde resido no município de Ajuricaba/RS, em uma turma de Educação Infantil, Pré I, como monitora durante um ano, após esse período fui contratada por uma Escola Privada, agora como professora regente, onde estou e amando o que faço e me faz pensar estar na profissão certa.

Ao Cursar Pedagogia na Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Ijuí/RS, estive comprometida fielmente a muitos teóricos, estudos e experiências de estágios de observação e docência compartilhada, ambas foram valiosas para a minha construção do ser professor. Durante os estágios muitas vezes deparei-me com controvérsias entre teoria e prática, algumas frustações, improvisos, mas ser professor é isso, é aprender a cada dia junto dos alunos.

As famílias da contemporaneidade vêm enfrentando um problema e também um desafio, sendo este: educar seus filhos! Procuro entender onde está a falha, para que as crianças tomem atitudes e se autogovernam.

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Toda criança desde antes de nascer deve ser desejada no seio de sua família. Ao longo da gestação da mãe são muitos os planos, as fantasias, as expectativas. O bebê torna-se objeto do discurso da família e de amigos. A família é constituidora desse novo ser. Esse sujeito em formação recebe as marcas da história de seus pais e parentes, os costumes, as experiências, as limitações, restrições, o sim e o não, e registra os exemplos das pessoas próximas a ele. Pois: “As crianças são mais influenciadas pelas ações dos pais que por suas palavras. Quantas vezes você já não viu seu filho fazer ou dizer algo exatamente como você? A criança observa, imita e aprende com suas ações” (GUNN, 2011, p. 73).

As crianças são muito inteligentes ou geniais porque já nos primeiros meses de vida conquistam seus pais e os convencem sobre suas vontades. As crises de birra podem ser nomeadas também por crises de choro e geralmente aparecem devido a imposições de exigências, cobranças ou palavras negativas quanto a suas atitudes. Tudo acontece desde bebê, e com o passar dos anos as coisas ficam mais difíceis. Uma criança acostumada a ter tudo o que quer, na hora que quiser, fará

muitos teatros dramáticos1 na vida, quando receber um não. As birras podem ser

caracterizadas por gritos, mordidas, socos, jogar objetos, jogar-se ao chão e até mesmo arremessar a cabeça ao chão, entre outros.

Diante de comportamentos negativos, os pais muitas vezes não sabem como agir, o que falar, como proceder diante de situações que os deixam envergonhados. No entanto, penso que uma relação familiar entre pais e filhos precisam estar baseadas na conversa, na cumplicidade, na clareza de como o mundo funciona, na condução paterna, enfim, em uma convivência saudável, cada indivíduo da família assumindo seu papel em um lar de harmonia.

O ambiente seja familiar ou escolar é o principal elemento de determinação do desenvolvimento humano, portanto devemos proporcionar as crianças condições favoráveis para o seu desenvolvimento pleno e para que aprendizagens ocorram, como regras de conduta e comportamental voltada aos princípios estabelecidos pela família, escola e sociedade. Este ambiente a que me refiro deve ser agradável, harmônico, familiar e de princípios. A criança consegue modificar o seu meio e constituí-lo atribuindo a ele significados, mas no mesmo momento ocorre uma troca, e então o meio modifica a criança. A troca recíproca que ocorre entre criança e

1 Teatro dramático: sentido figurado, comportamento infantil, faz referência a birra infantil, a não aceitação e

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ambiente, onde ela se constitui e a transforma. A criança modifica o seu meio e atribui-lhe um sentido, daí a importância do ambiente onde se encontra a criança e das pessoas com quem convive.

Vejo a docência como uma profissão inacabada, prazerosa, surpreendente, encantadora, de constante aprendizado, desafios e responsabilidade. O professor principalmente de Educação Infantil, assume uma grande responsabilidade com seus alunos, pois se encarrega de dar continuidade à educação familiar, de ensinar regras e princípios de convivência em grupo em uma fase de constituição de personalidade e subjetividade, além disso, desenvolver conceitos e habilidades necessários à faixa etária e também o cuidar.

Em estágios, percebi em diversas situações a variação de comportamento das crianças, pois, vão da alegria ao choro em questão de segundos. E encontro uma possível justificativa para essa questão comportamental delicada: a fase do egocentrismo.

[...] vai ser insistentemente usada: a palavrinha “eu”. A si mesma a criança se refere pelas palavras usadas pelos que o cercam: o nenê, a Aninha, o Pedrinho. Mas aos poucos ela descobre que possui sua própria identidade, adquire consciência de si mesma e ingressa na chamada fase egotista, em que tudo é “eu”, tudo é “meu”, tudo se refere a ela como se fosse o centro do mundo e como se tudo existisse em função exclusiva dela (MARQUES; DALLEPIANE, 2002, p. 28).

A fase egotista pode ser compreendida como “o centro” e a “propriedade”, ou seja, eu sou o centro do mundo e tudo é para mim. A fase egotista aparece quando a criança não está mais só, e necessita de uma grupalização. Segundo

Marques e Dallepiane (2002, p. 29) [...] “surge a função fraterna ou função dos

iguais. A partir mais ou menos de três anos de idade inicia a fase da grupalização: a criança passa a necessitar do convívio com outras crianças da mesma idade”. E geralmente é na escola que a criança vivenciará o contato com outras crianças, e então criar os primeiros laços de amizade. Na escola, a criança ira perceber-se em meio a diferenças, e irá descobrir o outro e então surgem o estranhamento, os ciúmes, as pequenas agressões.

Dentre as várias vivencias em estágios, passo a partir de então a elencar as cenas mais recorrentes: Três amigos estão brincando com determinados carrinhos, alegres, explorando o brinquedo e envolvidos na brincadeira, quando outro colega

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percebe a brincadeira e através de seu olhar é perceptível a sua vontade de participar da tal brincadeira, no entanto ao invés de juntar-se a eles, prefere ir até a caixa de brinquedos procurar um brinquedo igual, não obtendo sucesso em sua procura, irritado, dirige-se até os três amigos e arranca o brinquedo das mãos de um deles, então acontece um desentendimento, choro e agressão física, situação esta que necessitou de intervenção da professora.

Situações como a descrita e/ou semelhantes ocorrem frequentemente em salas de Educação Infantil, em disputa por brinquedos ou por algum material. Percebo ainda a reação negativa das crianças ao receber um não. O não vem da professora em situações de rompimento de combinados da turma ou algo que não é permitido realizar, como subir em cima da cadeira sem permissão, jogar materiais no chão, empurrar o colega, entre outras cenas. Contudo, a criança persiste, e seu olhar muitas vezes é de provocação, ou seja, ela sabe o que está fazendo, sabe que não é o correto, mas faz para chamar a atenção e testar a professora e os colegas.

Outra cena comum ocorre no momento da partida, a criança faz um teatro dramático ao ver seus pais, pois gostaria de continuar na escola brincando, os pais o convence de ir para casa após muitas tentativas, porém, ao sair da sala e passar pelo parquinho, a criança novamente faz um teatro porque seu desejo é ficar um pouquinho ali brincando, e sai correndo em direção a casinha, e os pais sentam no banco a esperar, após um tempo, voltam a conversar com o seu filho, não obtendo resposta positiva, negociam uma troca do agrado da criança, como ir tomar um sorvete, levar ela brincar no parquinho da praça ou na casa de um colega, ir ao mercado comprar algum doce. Freitas (2002, p. 90) coloca que “o não é extremamente necessário para a estruturação do desejo do ser humano. A lei é necessária para que se estabeleçam dentro de um grupo social normas que regulem a convivência humana [...]”. Pois, devemos aprender a lidar com a frustação desde pequenos, conforme Freitas (2002, p. 91) “Frustração, contudo, necessária a uma boa convivência entre os seres humanos”.

Diante das vivencias citadas a cima, podemos perceber o quanto a criança é comandante da sua vida e dona das suas atitudes, pois, domina seus pais e faz com que estes realizem seus gostos, vontades e desejos. É visível que os pais não gostam de desapontar seus filhos, de dizer um não e ponto final. Em acordo com Drescher (2013, p. 50) “Pais excessivamente permissivos, indecisos, que deixam o filho à mercê de cada capricho ou impulso, são uma verdadeira ameaça a segurança

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dele”. Pareceu-me, que os pais assumiram um papel de refém dos seus filhos, pois ficam completamente sem autoridade sobre os mesmos ou que os papeis se inverteram. Parece um negócio comercial, quando o cliente vai até uma loja para comprar algo, este paga ao comerciante um determinado valor pelo seu objeto de desejo, então ocorre uma troca, o dinheiro pelo objeto. No caso da família, os pais trocaram o respeito e o seu papel de pai e mãe pelo amor de seus filhos.

3 UMA PREOCUPANTE HISTÓRIA DE VIDA: O CASO PEDRO

Pedro, um menino de 4 anos de idade, apresenta dificuldades de relacionamento e agressividade. Criança integrante de uma turma do Pré I da Educação Infantil.

Pedro é proveniente de uma família estruturada, mora com sua mãe e avó materna. O menino é fruto de uma aventura amorosa passageira e apresenta problemas de relacionamento com seu pai, já que o mesmo não é participante do seu dia a dia, e às vezes que ambos se encontram não possuem afinidades. O relacionamento entre pai e filho ocorre de forma atípica, pois os encontros são infrequentes, mas quando acontece Pedro em um primeiro momento mostra-se fechado e resistente não reconhecendo a figura de pai, agindo como se fosse alguém estranho na sua vida, após alguns minutos, reconhecendo o pai, recorre a inúmeras alternativas para chamar atenção do mesmo, sendo assim, Pedro chuta as pernas do pai e sai correndo, para que ele corra atrás dele, belisca, fala palavras “feias”, ao abraçá-lo movimenta-se bruscamente, entre outras... com tais atitudes e reações acredito que Pedro queira demonstrar seu ressentimento e rejeição perante o pais ausente e ainda percebo que por trás de toda esse teatro, é essa reação que ele encontrou para implorar atenção, cuidado, carinho, amor e a presença do pai em sua vida.

Sua mãe para poder sustentar o mesmo, trabalha em busca da independência financeira, e almeja concluir um curso acadêmico na universidade mais próxima. Diante dessa rotina o tempo disponível para estar junto de Pedro é insuficiente para suprir a necessidade de atenção e carinho que ele necessita. Os horários em que mãe e filho se encontram, é no momento do almoço, e quando busca na escola (antes de ir à universidade) e ainda aos domingos.

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Pedro possui bastante afinidade com sua avó materna, a qual passa grande parte do dia com o menino, pela manhã e à noite, na parte da tarde Pedro frequenta a escola. É a avó quem busca Pedro na escola, se importa com ele, pois pergunta para a professora como estava o seu comportamento e que explica a ele o certo e o errado, as regras de conduta. É ela quem comparece nas entregas de pareceres e organiza a vida escolar de Pedro. Diante das observações e análises é possível dizer que a única figura materna aparente que o menino possui é a avó.

Pedro tem um bom relacionamento com os avós paternos, trocam visitas periodicamente, e o neto aparentemente parece ter uma afeição amorosa pelos mesmos.

Sua mãe e sua avó materna não possuem relacionamentos duradouros, causando certa turbulência na cabeça do menino. A avó a um tempo atrás mantinha um casamento turbulento, de muitas brigas. Pedro denominava o marido da avó como vovô e demonstrava bastante afeto pelo mesmo, pois, no desenho de sua família aparecia a mãe, a avó e o avô. Um momento marcante para mim, foi neste mesmo dia em que as crianças foram convidadas a apresentar para os colegas a sua família, e Pedro ao apresentar a sua confundiu-se e denominou o avô como pai, logo corrigiu sua fala. É neste momento em que percebemos a importância de certas pessoas na vida de uma criança, no caso o pai ausente, e o avô que sem perceber estará realizando papel de pai e avô simultaneamente. Portanto, essa duplicidade de papel exercida pelo avô justifica o afeto, o carinho e o respeito vindo de Pedro.

Atualmente ambas desfrutam de novos relacionamentos. A mãe está diante de um novo relacionamento, onde seu companheiro já possui um filho da mesma idade de Pedro. E a avó, está diante de um companheiro, que já se denomina esposo, pois estão a dividir um novo teto juntamente com Pedro e sua mãe. Essa mudança de casa provavelmente deve apresentar em Pedro um “sentimento de insegurança, especialmente se não desfrutar do calor e da força de um relacionamento positivo profundo com irmãos, irmãs e pais” (DRESCHER, 2013, p. 38). Diante desta troca de relacionamentos e consequentemente dos papeis de pai e avô, causam uma desordem mental em Pedro, pois este fica desapontado, confuso, inseguro diante de novas pessoas. E essas novas pessoas incialmente, não apresentam significado emocional e familiar para Pedro. Considerando que Pedro é uma criança, foram muitas as mudanças, que exigem esforço para uma nova

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organização, novos significados, reconhecimento, aceitação de novas pessoas e de um novo ambiente.

Para Winnicott (1982, p. 223) “existe um processo duplo entre o lar e a escola: as tenções que são geradas num ambiente se manifestam como perturbações no comportamento do outro”. Esses distúrbios provenientes da sua família, fazem com que o menino apresente problemas de comportamento como agressividade e dificuldade de relacionamento na escola. Pedro apresenta algumas atitudes curiosas. No decorrer do período que ele se encontra na escola, coroe seu chinelo, mastiga ponta de lápis, papel ou o que achar atrativo para aquele momento. Por diversas vezes a professora precisa repreendê-lo e ajudá-lo a higienizar sua boca.

Outro relato da professora em relação as atitudes do menino, é com o trabalho dos colegas. Ele rabisca as atividades do colega ao seu lado, e quando questionado por tal atitude ele rebate expondo sua satisfação em deixar a atividade do colega ao lado, feio e em seu pensamento a sua, sem rabiscos, estaria bonita.

Em momentos de brincadeira livre na sala, Pedro tem reações agressivas na disputa por brinquedos. Apresenta dificuldade em resolver conflitos e sociabilidade com os outros colegas. Ao analisar sua rotina na sala de aula percebi que Pedro demonstra certa perseguição pelo colega que anteriormente lhe confrontou, desta forma no decorrer da aula, ele apresenta um sentimento de vingança não aparente, porém tem o objetivo de chamar a atenção do colega, para retornar o conflito.

Pedro, apresenta ainda comportamento atípico, agindo de forma a provocar conflitos, rivalidade, desarmonia em sala de aula, pois, empurra o colega, derruba mochilas, despedaça jogos que estão sendo utilizados, quebra brinquedos, risca na parede, quando vai ao banheiro tenta molhar alguém, ou deixa a toalha dentro da pia com a torneira aberta. Pedro aparentemente sente a necessidade de deixar uma marca/lembrança por onde passa e o mais estranho de tais atitudes, é que ele se satisfaz ao ver que causou choro e incômodo, então, ao perceber que conseguiu causar um conflito ele para, olha e abre um sorriso no rosto.

4 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL REFORMA A FAMÍLIA. NA

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A família da contemporaneidade apresenta novas formações, novos princípios em um sistema capitalista que abrange não somente os donos de empresas e fábricas, mas, o empregado também, pois ambos precisam de um sustento, para manter um padrão de vida ou simplesmente, a sobrevivência. Segundo Trennepohl, 2008, o sistema capitalista foi implantado nasceu na Europa no sec. XI e sobrevive nos dias de hoje pois seu único objetivo é vender e lucrar. O capitalismo apresenta durante a sua trajetória muitas mudanças, evoluções, transformações e sofrimento da classe operária, mas quero destacar um período que muito provavelmente justifica os princípios adotados e vivenciados hoje pelas famílias, a revolução industrial.

Com o surgimento das máquinas de fazer tecido, de fazer fios e o surgimento do motor a vapor no século XVIII, foi possível agilizar a produção das mercadorias, facilitando em parte o trabalho dos operários e elevando os ganhos por parte da burguesia, visto que agora a produção teve uma elevação considerável na escala. Essa era foi chamada de tecnológica, mas devido a grande mudança gerada nas máquinas, e a elevação na produção, foi possível produzir mais em menos tempo, então passou a ser denominada de Revolução Industrial. Trennepohl, 2008.

Diante de tamanho desenvolvimento industrial nas cidades, a agricultura foi perdendo espaço, e surgiu o êxodo rural. O êxodo rural deve-se ao fluxo de artesãos arruinados, adentrando as cidades, consequência disso a um crescimento demográfico formando uma massa de mão de obra miserável e desempregada em

busca das cidades mais desenvolvidas através da indústria e que

consequentemente necessita de mão de obra. Diante do acúmulo do movimento operário nas grandes cidades surge em primeira instância, então, a urbanização.

Com a saída das famílias do campo para as grandes cidades em busca de trabalho nas fábricas, o trabalho artesanal/manual perdeu espaço, bem como a união da família. Daí se dá o importante impacto da Revolução Industrial sobre a família. A partir desta era a família que antes estava unida no trabalho doméstico artesanal (pai, mãe e filhos), teve de se separar, pois com o surgimento da indústria, pai e mãe passaram para o cargo de empregados assalariados em fábricas, deixando de lado os filhos. Tempos depois, surgiram os direitos do trabalhador com a regularização do trabalho feminino e a extinção do trabalho infantil.

Hoje, muitas coisas mudaram, evoluíram se transformaram, e estamos diante do século XXI, uma era muito melhor, porém o capitalismo segue a todo

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vapor, com o mesmo objetivo. Todas as mudanças contribuíram para tornar tudo mais fácil e para melhorar as condições de trabalho, inclusive o bem-estar humano, porém, se analisarmos cuidadosamente através de um olhar sensível podemos perceber um lado negativo com toda esta evolução, a perca do princípio da união na família.

Com a conquista do espaço feminino no mercado de trabalho, as famílias perceberam a necessidade de um lugar para deixar seus filhos, então surgiram as creches/escolas de Educação Infantil. É possível perceber que em muitos casos a criança fica em turno integral na creche, pois não há quem possa dedicar seu tempo a cuidar dela. Diante disso, é possível levantar a hipótese de que o vínculo com os colegas e professor prevalece sobre o da família, afinal é esse convívio e tempo precioso que possibilita as descobertas e as construções, e são eles quem estão ali para vivenciar e vibrar com as conquistas uns dos outros.

A partir dessa conquista a demanda para o feminino aumentou, pois, a mulher agora tornou-se esposa, mãe, dona de casa e profissional, junto a ela temos o homem, designado esposo, pai e profissional. Em meio a tantas atividades temos uma família contra o relógio na correria do dia a dia. E no meio dessa conciliação de papeis, encontramos crianças pobres de afeto e de falhas que influenciam e comprometem a construção da personalidade e consequentemente seu comportamento. Resumo em uma única palavra, o que entendo por falha, ausência.

Seria em meu entendimento, a ausência, a palavra chave para caracterizar os pais na contemporaneidade. Como consequência, essa ausência influencia de forma negativa no comportamento de uma criança. “Quando os pais não dão atenção ao filho, este exigirá essa atenção de modo desagradável, tal como choro sem motivo, brigas e outros padrões negativos de comportamento” (DRESCHER, 2013, p. 29-30). Por questões de tempo, hoje os pais perdem parte do crescimento dos seus filhos, não sendo somente físico, mas humano também, as pequenas

conquistas, descobertas, sentimentos, significados, palavras, restrições,

repreensões, o sim e o não. Essa ausência referida anteriormente atinge um leque de motivo/consequências considerável. Diante a essa ausência temos uma criança que clama por atenção. Seu comportamento em sociedade está diretamente ligado a essa falha, interferindo assim no processo de formação e crescimento intelectual do indivíduo.

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Na correria do dia a dia, muitas vezes a família não se encontra unida nos momentos primordiais do dia, nas refeições, a fim de estar junto compartilhando informações, conselhos e atitudes. Essa falha por ausência nos mostra crianças hiperativas, com falta de afeto, carinho, atenção, sem restrições, comandantes de suas atitudes e inseguras, Vejamos:

A ausência dos pais cria insegurança [...]. Hoje, mesmo quando os pais estão presentes, são basicamente ausentes por causa do tempo que dão a coisas como internet, redes sociais, mensagens de texto e outras formas de interação com o mundo para além dos muros de casa (DRESCHER, 2013, p. 40).

Além das interações com o mundo a demanda da casa também acaba causando ocupação aos seus pais, essa comunicação e necessidade de afazeres domésticos permitem que as crianças fiquem a mercê de desenho animados e filmes, o que para os pais serve como uma válvula de escape, entretendo-os e desse modo possam ter um “tempo” para si e para a casa.

Podemos afirmar que “os pais atuais desejam que seus filhos realizem a felicidade e o prazer que eles mesmos não conseguiram. Para isso dão ao filho uma liberdade ilusória, de limites e regras” (SCHNEIDER, 2001, p. 74). No entanto, diante da satisfação ao proporcionar aos filhos tudo o que não desfrutaram ou lhe foram negadas, como cursos, futebol, roupas de marca, brinquedos elétricos e caros, os pais acabam falhando em não passar aos seus filhos os princípios recebidos de seus pais, os quais, diga-se de passagem, são fundamentais para uma boa convivência, ambiente harmônico e a tão desejada felicidade, pois não é através de bens materiais que podemos alcançar esse desejo. Sendo assim, na ilusão de criar crianças “felizes”, cria-se na verdade, uma geração infeliz, carente, ansiosa e incapaz de lidar com a frustração. E ainda segundo Drescher (2013, p. 24) [...] “Os filhos se tornam uma projeção do seu ego. Mas ao força-los a desempenhos prematuros, eles geram sentimentos de frustação e incompetência”.

Nos dias atuais, podemos perceber uma grande falha familiar determinante e crucial, a qual vou denominar como crise da função paterna, digo crise porque estas passam, e assim estou a esperar por novos tempos. Analisamos a função de um pai:

Um pai é alguém que deve estar num determinado lugar para que possa, através de uma atividade interditora, dar alguma organização ao mundo interno do filho. Um pai não necessariamente tem que ser alguém do sexo

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masculino; pode ser qualquer um que possa estar numa função de pai. Esta função, apesar de concebida como um lugar, tem que ter, ao longo do processo, alguém que a encarne (FREITAS, 2002, p. 83).

A função do pai é mostrar o caminho, é ajudar a criança a constituir-se como sujeito e a organizar a sua subjetividade, uma criança recebe muitas informações da sociedade, e ela precisa de ajuda para se organizar nesse mundo. A falta de uma figura paterna ou materna na formação de uma criança causa influência nas suas escolhas, desejos, atitudes e reflexos comportamentais, mas a presença de modo a alienar, também carrega esse poder. A criança reflete a personalidade dos seus pais, portanto, ela precisa ter alguém para lhe servir de exemplo, de espelho, alguém que lhe mostre o caminho, o certo e o errado, mas esse suporte não deve ser induzido a realização de desejo próprio:

[...] atualmente temos um pai fraco, que em função do seu desejo, acaba alienando o filho, ao mesmo tempo que o abandona, deixando a responsabilidade de ser feliz por sua conta. E se pensarmos que a criança em sua estruturação, para que possa tornar-se sujeito, não pode ficar presa no desejo do outro, e também não pode ser abandonado, fora do laço desejante [...]. (SCHNEIDER, 2001, p. 75).

Sendo assim, proporcionar não é exigir, pelo contrário, é disponibilizar ao indivíduo o privilégio de escolhas e de detectar os seus próprios desejos, bem como respeitar a opinião quando esta for significativa, pois conforme Drescher (2013, p. 29) “As crianças devem ter muitas oportunidades para escolher, aprendendo a viver com os resultados de suas decisões. [...] quando permitimos que a criança faça a escolha, nós lhe damos um sentimento de significado”.

5 AS CRIANÇAS E SUAS FAMÍLIAS: ESTREITAR OS LAÇOS PARENTAIS E ABRANDAR O SOFRIMENTO

Algum tempo atrás, em minha infância, meus pais não paravam para brincar, mas sempre me corrigiam e ensinaram o certo e o errado, bem como os princípios. Existia respeito e a palavra “não”, tinha o seu significado. Portanto, de meus pais não havia tempo para brincar, mas, havia tempo para o que chamamos de educação de berço. Hoje, ao analisar as famílias na sociedade, percebo que os pais também não dedicam o seu tempo a brincar junto de seus filhos, e quanto a educação de

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berço, ela está sendo transferida ao professor. Porém, esta função é de exclusividade da família, e esta deve ser resgatada, o professor vem a posteriori com o objetivo de somar. Este resgate não é um pedido somente do professor, mas principalmente dos filhos e de uma forma extraordinária e talentosa: teatros dramáticos! Esta é uma visão bela, artística e de certo modo esplêndida, mas por outro lado, é prejudicial e sim compromete a construção da personalidade de uma criança, deixando marcas profundas e um vazio impreenchível.

A formação de um indivíduo está relacionada a um alguém que lhe conduza, que caminhe ao seu lado e o direcione. Um bom desenvolvimento da personalidade, do caráter, da aprendizagem, do crescimento pessoal e da construção da subjetividade, está pautado na necessidade de atributos que somente a relação no dia a dia poderão lhe fornecer juntamente de seus pais, ou de quem exerce essa função, até mesmo, em muitos casos o professor. As conversas que devem ser constantes, os argumentos, as atitudes exemplares, o amor, os valores e as regras sociais são ensinamentos que perduraram por toda a trajetória de um sujeito. Já dizia Marques e Dallepiane (2002, p. 38):

Dialogar com as crianças não é somente tirar tempo para falar a elas. O mais importante é saber ouvi-las, ou melhor, argumentar com elas considerando as razões que apresentam e a elas apresentando os pais e professores as razões que os movem.

Deste modo, a conversa torna-se fundamental na construção de um ideal, conceito, entendimento. É através do diálogo que se leva um individuo a refletir sobre algo ou um ato, esclarecendo os fatos, os porquês, expondo argumentos, levando a reflexões e visualizações de exemplos. As ações já citadas, somadas a atitudes exemplares resulta na construção de novos saberes e novos valores. O bom desenvolvimento da personalidade não acontece do dia para a noite, envolve tempo, dedicação, paciência e exemplo, é uma construção a passos lentos.

As pessoas que estão diretamente ligadas a criança têm papel fundamental em sua educação e formação cidadã, pois estas são os exemplos. O contexto cultural é outro fator importante, visto que é impossível manter uma criança isolado do mundo, portanto, ele é peça chave na construção de sua subjetividade, ou seja, o lugar onde vive, lugares onde a família frequenta, as atitudes, vocabulário e expressões utilizadas, os objetos, os brinquedos, e tudo o que está ligado e ao

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alcance das crianças. Uma vez que afirma Drescher (2013, p. 115) “O que os pais fazem na própria vida é muito mais importante do que aquilo que dizem ou as limitações que estabelecem, pois, os filhos imitam os pais nos seus defeitos e qualidades”.

No entanto, o que percebo na sociedade é que o pai assumiu um papel passivo diante de sua família, está acomodado, direcionando seu tempo a outras coisas, como trabalho, amigos, futebol, ou qualquer outra coisa que não seja o seu filho. Para a criança que permanece na escola em tempo integral, sobra um tempo mínimo para a convivência em família. O tempo integral que a criança desfruta junto com sua família, é aos finais de semana, neste tempo a família procura descansar ou realizar outras atividades e os filhos por “revolta e pedido de tempo e atenção” criam situações de birra, e os pais acabam deixando os filhos “fazer o que quiser” para compensar o tempo ausente, dizendo SIM, e não corrigindo. Porém se analisarmos esse teatro dramático, ele nos remete a um pedido de atenção, de vem brincar comigo? Me olhe? Eu sei que estou errado, essa é apenas uma tentativa buscar o seu olhar e trazê-lo até mim. Eu também quero o seu tempo!

De acordo com Gunn (2011, p. 65) “Quando se trata de brincar com as crianças, muitos pais sentem que existem outras coisas que precisam ser feitas e que eles não têm tempo para aquilo. Isso só acentua a culpa que sentem por negligenciar as crianças.” Realmente nos dias atuais temos um grave problema, corremos contra o tempo cronometrado pelo relógio, o tempo restante é destinado pelos pais ao descanso, porém “Mesmo que você trabalhe muito, faça do pouco tempo disponível grandes momentos de convívio com seu filho. Role no tapete. Faça poesias. Brinque, sorria, solte-se. Perturbe-os prazerosamente” (CURY, 2003, p. 25). Outro fator que influencia na personalidade de uma criança é o clima presente em sua casa. “Se os pais são razoavelmente felizes juntos e um satisfaz o outro, é surpreendente como esse transbordar de contentamento leva ao bom comportamento nos filhos” (DRESCHER, 2013, p. 115). Quando se trata de uma criança pequena, posso dizer que ela não é capaz de ignorar as coisas negativas, de filtrar as informações e o que visualiza como uma criança já em fase de pré-adolescência, pois está se constituindo, portanto, as conversas amigáveis entre os pais, os carinhos trocados e a harmonia ali construída vão influenciar de forma determinante na formação da personalidade de forma positiva e construtiva, mas se o clima for de discussões, agressões, será de forma negativa e influenciadora. “Tudo

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que atinge frontalmente a emoção atinge drasticamente a memória e constituirá a personalidade” (CURY, 2003, p. 29). Portanto, são os pais quem decidem e permitem as influências que vão constituir a personalidade de seus filhos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao refletir sobre a história de vida de Pedro, penso que as atitudes por ele tomadas são reflexos da falta de uma base familiar, insegurança emocional, baixa autoestima, desordem mental, confusão de pertencimento. Pedro tem consciência do certo e do errado, porém não sabe reagir de outra forma, tornando-se agressivo em situações de conflitos. Essa agressividade pode ser uma forma de demonstrar sua insatisfação quanto a sua estrutura familiar, pois a figura de pai não está ali presente para direcionar, mostrar o caminho, dar-lhe a organização necessária para a boa convivência. A mãe envolvida em sua rotina de trabalho e estudos, praticamente não convive com o filho. A avó materna se importa, lhe dedica uma atenção, mas ao mesmo tempo como toda avó não consegue ser firme o suficiente a ponto de organizar a vida interna de Pedro e lhe impor os limites necessários. E ainda para causar uma desordem mental, surgem pessoas estranhas em sua casa que se dizem namorados de sua mãe e da avó. Porém, até Pedro conseguir aceitar essas novas pessoas como parte de sua família, elas tornam-se concorrentes da atenção que lhe é destinada pela mãe e avó. Falta-lhe a base da família, um pai que de fato exerça sua função e organize a sua vida que é extremamente dedicada, de mágoas profundas e ressentimento. o comportamento das crianças é um reflexo da família.

Diante desta história de vida, vale refletir sobre o papel da família. Quando ouvimos as palavras pai e mãe, logo vem ao nosso pensamento a formação de uma família. Mas, muitas vezes quem ouve as palavras pai e mãe não tem consciência do peso dessas palavras. Eis uma responsabilidade de formação e desenvolvimento de uma vida.

A família é a base que sustenta o desenvolvimento humano, incentiva a aquisição do conhecimento de si e do mundo, a saber interagir com o outro, respeitar e socializar com o outro, a desenvolver e controlar o lado emocional em meio as relações estabelecidas, enfim, ajudar a criança a organizar o seu mundo

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interno, direcionando-o pelo melhor caminho, fornecendo-lhe uma educação de berço de qualidade. O comportamento de um criança é reflexo de sua família.

Filhos é sinônimo de tempo. Tempo para cuidar, educar, desfrutar de conquistas, vibrar, se emocionar, acompanhar, motivar, conduzir, corrigir. É um tempo precioso e de muitas experiências. Vale ressaltar a importância e a qualidade do tempo que os pais destinam aos seus filhos, as conversas, a dedicação, o amor, o carinho e o pulso firme. Somente assim é possível abrandar o sofrimento de muitas crianças, e permitir que desfrutem de uma bela e doce infância.

6 REFERÊNCIAS

AQUINO, R. S. L. et al. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais. 21. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1988.

BEAUD, M. História do capitalismo: de 1500 aos nossos dias. Trad. Maria E. G. Pereira. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.

CURY, A. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

DRESCHER, J. M. Sete necessidades básicas da criança: conhecendo os anseios da alma de meninos e meninas. Trad. Neyd Siqueira. 3. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2013.

DRUCKER, P. Além da revolução da informação. Disponível em: <http://www. strategia.com.br/Arquivos/Al%C3%A9m_da_revolu%C3%A7%C3%A3o_da_informa %C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2016.

FREITAS, L. A. P. Adolescência, família e drogas: a função paterna e a questão dos limites. Rio de Janeiro: Mauad, 2002. 104p.

FURASTÉ, P. A. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitação das normas da ABNT. 17. ed. Porto Alegre: Dáctilo-Plus, 2014.

GUNN, A. Como criar filhos autoconfiantes: 40 maneiras de ajudar as crianças a desenvolver segurança e autonomia. Trad. Cristina Sant’Anna. São Paulo: Gente, 2011.

MACHADO, P. B. et al. O dia a dia na educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2014. 176p.

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MARQUES, M. O.; DALLEPIANE, J. I. A educação na família e na escola: temas para reflexão e debate. Ijuí: UNIJUÍ, 2002. 168p.

SCHNEIDER, N. Aprendizagem e subjetividade: a aventura do sujeito infantil no processo de estruturação e aprendizagem. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2001. 88p. (Coleção Trabalhos Acadêmico-Científicos. Série Dissertações de Mestrado; 25).

WINNICOTT, D. W. A criança e o seu mundo. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982. ZARTH, P. A.; GERHARDT, M.; TRENNEPOHL, V. L. (org.). História contemporânea I. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2008. (Coleção Educação à Distância. Série Livro-Texto).

Referências

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