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Monitoramento da taxa de saturação de oxigênio via método de magnificação de vídeo euleriana

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Academic year: 2021

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(1)´ ´ UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA ´ ˜ EM COMPUTAC¸AO ˜ APLICADA PROGRAMA DE POS-GRADUAC ¸ AO. ´ ˜ ROSA ALESSANDRA DE FATIMA GALVAO. ˜ DE OXIGENIO ˆ MONITORAMENTO DA TAXA SATURAC ¸ AO NO ˜ DE VIDEO ´ ´ SANGUE VIA METODO DE MAGNIFICAC ¸ AO EULERIANA. ˜ DISSERTAC¸AO. CURITIBA 2019.

(2) ´ ˜ ROSA ALESSANDRA DE FATIMA GALVAO. ˜ DE OXIGENIO ˆ MONITORAMENTO DA TAXA SATURAC ¸ AO NO ˜ DE VIDEO ´ ´ SANGUE VIA METODO DE MAGNIFICAC ¸ AO EULERIANA. Dissertac¸a˜ o apresentada ao Programa de P´os-graduac¸a˜ o em Computac¸a˜ o Aplicada da Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a como requisito parcial para obtenc¸a˜ o do grau de “Mestre ´ em Ciˆencias” – Area de Concentrac¸a˜ o: Engenharia de Sistemas Computacionais. Orientador:. CURITIBA 2019. Roberto Cesar Betini.

(3) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação. Rosa, Alessandra de Fátima Galvão Monitoramento da taxa de saturação de oxigênio via método de magnificação de vídeo euleriana [recurso eletrônico] / Alessandra de Fátima Galvão Rosa.-- 2019. 1 arquivo texto (92 f.) : PDF ; 8,52 MB Modo de acesso: World Wide Web Título extraído da tela de título (visualizado em 11 jul. 2019) Texto em português com resumo em inglês Dissertação (Mestrado) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Computação Aplicada, Curitiba, 2019 Bibliografia: f. 81-86 1. Computação - Dissertações. 2. Oxigênio - Uso terapêutico. 3. Oxigênio - Transporte fisiológico. 4. Sinais vitais - Diagnóstico. 5. Informática médica. 6. Medicina - Processamento de dados. 7. Sangue - Doenças Diagnóstico. 8. Células sanguíneas. I. Betini, Roberto Cesar. II. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Computação Aplicada. III. Título. CDD: Ed. 23 – 621.39 Biblioteca Central da UTFPR, Câmpus Curitiba Bibliotecário: Adriano Lopes CRB-9/1429.

(4) Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação ATA DA DEFESA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 74 DISSERTAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE EM COMPUTAÇÃO APLICADA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM: COMPUTAÇÃO APLICADA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ENGENHARIA DE SISTEMAS COMPUTACIONAIS LINHA DE PESQUISA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO No dia 05 de junho de 2019 às 10h reuniu-se na Sala B-204 da Sede Centro a banca examinadora composta pelos pesquisadores indicados a seguir, para examinar a dissertação de mestrado da candidata Alessandra de Fátima Galvão Rosa, intitulada: Monitoramento da taxa saturação de oxigênio no sangue via método de Magnificação de Vídeo Euleriana. Orientador:. Prof. Dr. Roberto Cesar Betini. Após a apresentação, o candidato foi arguido pelos examinadores que, em seguida à manifestação dos presentes, consideraram o trabalho de pesquisa: ( ) Aprovado. ( ) Aprovado com restrições. Revisor indicado para verificação: ______________________________. ( ) Reprovado. Observações: _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Nada mais havendo a tratar, a sessão foi encerrada às __h__, dela sendo lavrado a presente ata, que segue assinada pela Banca Examinadora e pelo Candidato. O candidato está ciente que a concessão do referido título está condicionada à: (a) satisfação dos requisitos solicitados pela Banca Examinadora; (b) entrega da dissertação em conformidade com as normas exigidas pela UTFPR; (c) atendimento ao requisito de publicação estabelecido nas normas do Programa; e (d) entrega da documentação necessária para elaboração do Diploma. A Banca Examinadora determina um prazo máximo de ______ dias, considerando os prazos máximos definidos no Regulamento Geral do Programa, para o cumprimento dos requisitos (desconsiderar caso reprovado), sob pena de, não o fazendo, ser desvinculado do Programa sem o Título de Mestre. Prof. Dr. Roberto Cesar Betini – Presidente – UTFPR. ________________________. Prof. Dr. Adolfo Gustavo Serra Seca Neto – UTFPR. ________________________. Prof. Dr. Alexandre Reis Graeml (à distância) – UTFPR. ________________________. Profª. Drª. Saloê Bispo Poubel – Fiocruz. ________________________. Assinatura do Candidato:. ________________________.

(5) Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação Reservado à Coordenação DECLARAÇÃO PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE MESTRE A Coordenação do Programa declara que foram cumpridos todos os requisitos exigidos pelo Programa de Pós-Graduação para a obtenção do título de Mestre. Curitiba, _____de _______________de 20____.. Carimbo e Assinatura do(a) Coordenador(a) do Programa.

(6) Dedico ao meu amado esposo Andr´e..

(7) AGRADECIMENTOS. Agradec¸o a todos que de uma forma ou outra colaboraram para tornar esse trabalho poss´ıvel. Ao meu esposo Andr´e agradec¸o pela compreens˜ao nos momentos de ausˆencia. Aos meus colegas do Instituto Carlos Chagas - Fiocruz Paran´a que tanto me apoiaram, principalmente a equipe da Coordenac¸a˜ o de TI (Glauber, Lucas e Vitor). Em especial agradec¸o ao meu orientador professor Dr. Roberto Cesar Betini pela paciˆencia e sabedoria em me guiar durante todo o meu mestrado..

(8) Os grandes s˜ao grandes, porque eles nunca tˆem medo de fazer as coisas pequenas. (Braz Alves - Livro tril´ıngue de haicais, 2017).

(9) RESUMO. ˜ DE ROSA, Alessandra de F´atima Galv˜ao. MONITORAMENTO DA TAXA SATURAC¸AO ˆ ´ ˜ ´ OXIG ENIO NO SANGUE VIA M ETODO DE MAGNIFICAC¸AO DE VIDEO EULERIANA. 92 f. Dissertac¸a˜ o – Programa de P´os-graduac¸a˜ o em Computac¸a˜ o Aplicada, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Curitiba, 2019. O monitoramento da saturac¸a˜ o perif´erica de oxigˆenio (SpO2 ) e´ fundamental durante cirurgias e em unidades de terapia intensiva. Nas u´ ltimas d´ecadas, v´arios estudos abordaram o monitoramento de sinais vitais sem contato, mas poucos estudos se concentraram na SpO2 . Esta dissertac¸a˜ o apresenta um m´etodo de monitoramento SpO2 sem contato f´ısico com o paciente, utilizando fotopletismografia p or i magem. O m e´ todo d e M agnificac¸a˜ o de v´ıdeo euleriana “Eulerian video magnification” - (EVM) foi empregado na soluc¸a˜ o proposta para amplificar as alterac¸o˜ es na cor da pele, que ocorrem devido ao ciclo card´ıaco. O software desenvolvido opera em uma plataforma de hardware de baixo custo e amplamente dispon´ıvel. Os experimentos foram realizados com nove indiv´ıduos saud´aveis. Ao comparar os resultados experimentais com aqueles obtidos com um ox´ımetro de pulso de referˆencia, a soluc¸a˜ o proposta apresentou boa acur´acia nas medidas SpO2 , com diferenc¸a menor que 2%. Palavras-chave: “Saturac¸a˜ o perif´erica de oxigˆenio”, SpO2 , iPPG, rPPG, “monitoramento sem contato da SpO2 ”..

(10) ABSTRACT. ROSA, Alessandra de F´atima Galv˜ao. MONITORING OF OXYGEN SATURATION IN THE BLOOD BY EULERIAN VIDEO MAGNIFICATION METHOD. 92 f. Dissertac¸a˜ o – Programa de P´os-graduac¸a˜ o em Computac¸a˜ o Aplicada, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Curitiba, 2019. Peripheral oxygen saturation (SpO2 ) monitoring is critical during surgeries and in intensive care units. Over the last decades, several studies have addressed noncontact monitoring of vital signs, but few reports have focused on SpO2 . This study presents an SpO2 monitoring method without physical contact with the patient using imaging photoplethysmography. Eulerian video magnification - (EVM) was employed in the proposed solution to amplify the changes in skin color due to the heart cycle. The developed software operates on a widely available, lowcost hardware platform. Experiments were performed with nine healthy individuals. When comparing the experimental results to those obtained with a reference pulse oximeter, the proposed solution showed good accuracy in SpO2 measurements, with a difference of less than 2%. Keywords: “Peripheral oxygen saturation”, SpO2 , iPPG, rPPG, “SpO2 noncontact monitoring”..

(11) LISTA DE FIGURAS. FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6 FIGURA 7 FIGURA 8 FIGURA 9 FIGURA 10 FIGURA 11 FIGURA 12 FIGURA 13 FIGURA 14 FIGURA 15 FIGURA 16 FIGURA 17 FIGURA 18 FIGURA 19 FIGURA 20 FIGURA 21 FIGURA 22 FIGURA 23 FIGURA 24 FIGURA 25 FIGURA 26 FIGURA 27 FIGURA 28 FIGURA 29 FIGURA 30 FIGURA 31 FIGURA 32 FIGURA 33 FIGURA 34 FIGURA 35 FIGURA 36 FIGURA 37 FIGURA 38 FIGURA 39 FIGURA 40 FIGURA 41 FIGURA 42. – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –. Diagrama do processo de respirac¸a˜ o pulmonar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mol´ecula de hemoglobina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M´etodo invasivo para obtenc¸a˜ o da saturac¸a˜ o de oxigˆenio . . . . . . . . . . . . . . . . Ox´ımetros de pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ox´ımetro de pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sinal PPG na faixa do comprimento de onda da luz infravermelha. . . . . . . Emp´ırica relac¸a˜ o entre a saturac¸a˜ o de oxigˆenio arterial e a taxa RR . . . . . . M´etodo n˜ao invasivo sem contato f´ısico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pacientes com problemas com sensores de contato f´ısico . . . . . . . . . . . . . . . . Anatomia da face . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vis˜ao geral do processo EVM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M´etodo de magnificac¸a˜ o de v´ıdeo Euleriana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Detalhamento do processo EVM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Selec¸a˜ o dos estudos prim´arios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . N´umero de publicac¸o˜ es por ano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tipo dos locais de publicac¸a˜ o dos estudos mapeados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fator de impacto dos peri´odicos com estudos mapeados em 2018. . . . . . . . Distribuic¸a˜ o de artigos por pa´ıs. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distribuic¸a˜ o dos artigos por uso de fonte de luz espec´ıfica. . . . . . . . . . . . . . . Distribuic¸a˜ o dos artigos por software . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distribuic¸a˜ o dos artigos por monitoramento em tempo real. . . . . . . . . . . . . . Pontuac¸a˜ o para definic¸a˜ o do tipo de pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Definic¸a˜ o tipo de pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Regi˜ao de interesse - ROI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ox´ımetro pulso de referˆencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diagrama dos experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diagrama de hardware e software . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diagrama de hardware proposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Modelos de Raspberry Pi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Modelos de cˆameras para Raspberry Pi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diagrama de hardware proposto e imagem real do barramento CSI . . . . . . . Cart˜ao MicroSD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Diagrama de hardware proposto e imagem real do cart˜ao MicroSD . . . . . . Tela inicial da soluc¸a˜ o proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tela de identificac¸a˜ o do volunt´ario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tela de identificac¸a˜ o da sequˆencia do v´ıdeo de calibrac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . Regress˜ao linear obtida com os dados da Tabela 5 para obtenc¸a˜ o de α e β . Diagrama da obtenc¸a˜ o do AC e DC da intensidade de cor vermelha. . . . . . Fluxo de processamento software proposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Processamento - Parte I: etapas de A a E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M´edias de intensidade de cor dos canais RGB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Processamento - Parte II: etapas F e G - Frequˆencia card´ıaca . . . . . . . . . . . .. 17 18 19 20 21 22 24 25 27 28 29 29 30 33 36 37 37 38 39 39 41 45 46 47 47 48 49 50 51 52 53 53 54 56 57 57 59 61 64 65 66 67.

(12) FIGURA 43 FIGURA 44 FIGURA 45 FIGURA 46 FIGURA 47 FIGURA 48 FIGURA 49 FIGURA 50 FIGURA 51. – – – – – – – – –. Aplicac¸a˜ o da janela de Hamming no canal verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Transformada de Fourier canal verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Processamento - Parte II: etapa H - Frequˆencia card´ıaca . . . . . . . . . . . . . . . . ´Indices m´ınimo e m´aximo da FFT e em destaque o maior pico . . . . . . . . . . . Processamento - Parte III: etapas I e J - SpO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Experimento monitoramento da frequˆencia card´ıaca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´afico Bland-Altman Experimento I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´afico Bland-Altman Cobos-Torres e Abderrahim (2017) . . . . . . . . . . . . . . Gr´afico Bland-Altman soluc¸a˜ o proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 68 68 69 69 70 73 75 77 78.

(13) LISTA DE TABELAS. TABELA 1 TABELA 2 TABELA 3 TABELA 4 TABELA 5 TABELA 6 TABELA 7 TABELA 8 TABELA 9 TABELA 10 TABELA 11. – – – – – – – – – – –. M´etodos e equipamentos para a obtenc¸a˜ o da SO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Simulac¸a˜ o de valores de intensidade de luz durante a s´ıstole e di´astole . . . . Peri´odicos com maior quantidade de artigos retornados. . . . . . . . . . . . . . . . . Fototipo de pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplo de dados do processo de calibrac¸a˜ o. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplo de valores de AC e DC de um v´ıdeo de 120 segundos. . . . . . . . . . . Exemplo de valores das taxas R VERMELHO, R AZUL e RR . . . . . . . . . . Exemplo de dados para a obtenc¸a˜ o da SpO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplo dados obtidos em um experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Valor do Arms da SpO2 para cada volunt´ario - Experimento 1 . . . . . . . . . . . . Valor do Arms da SpO2 para cada volunt´ario - Experimento 2 . . . . . . . . . . . .. 19 23 37 44 58 63 63 64 72 74 76.

(14) LISTA DE QUADROS. QUADRO 1 QUADRO 2 QUADRO 3 QUADRO 4 QUADRO 5. – – – – –. Bibliotecas online. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dados para a extrac¸a˜ o de informac¸o˜ es dos estudos prim´arios. . . . . . . . . . . Equipamentos utilizados pelos estudos mapeados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Comparativo entre modelos de Raspberry Pi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Comparativo entre modelos de cˆameras para o Raspberry Pi . . . . . . . . . . .. 33 35 40 51 52.

(15) LISTA DE SIGLAS. ABNT AC ARM Arms BPM CHb CHbO2 CSI DC EVM FFT FPS FFTW HDMI IIR iPPG ISO LCD LED LPDDR2 MP NBR O2 OpenCV PPG RAM RGB ROI SaO2 SDRAM SO2 SpO2 SpO2i S2Ri StO2 SvO2 USB VNC Volts. Associac¸a˜ o Brasileira de Normas T´ecnicas Alternating current Advanced RISC Machine Root mean Square error Batimentos por minuto Concentrac¸a˜ o de hemoglobina desoxigenada Concentrac¸a˜ o de Hemoglobina oxigenada Camera Serial Interface Direct current Eulerian Video Magnification Fast Fourier Tansform Frames per second Fastest Fourier Transform in the West High-Definition Multimedia Interface Infinite impulse response Imaging photoplethysmography International Organization for Standardization Liquid Crystal Display Light Emitting Diode Low Power Double Data Rate Synchronous Dynamic Random Access Memory Megapixel Norma Brasileira Oxigˆenio Open Source Computer Vision Photoplethysmography Random Access Memory Red Green Blue system Region of Interest Saturac¸a˜ o de oxigˆenio arterial Synchronous Dynamic Random Access Memory Saturac¸a˜ o de oxigˆenio arterial Saturac¸a˜ o perif´erica de oxigˆenio i-´esimo valor da saturac¸a˜ o de oxigˆenio dado pelo equipamento ensaiado i-´esimo valor da saturac¸a˜ o de oxigˆenio dado pelo equipamento de referˆencia Saturac¸a˜ o de oxigˆenio tecidual Saturac¸a˜ o venosa mista de oxigˆenio Universal Serial Bus Virtual Network Computing Voltagem.

(16) ´ LISTA DE SIMBOLOS. α β π Σ σ. Coeficiente obtido no processo de calibrac¸a˜ o necess´ario para obtenc¸a˜ o SpO2 . Coeficiente obtido no processo de calibrac¸a˜ o necess´ario para obtenc¸a˜ o da SpO2 . Constante Pi = 3,14 Soma Desvio-padr˜ao.

(17) ´ SUMARIO. ˜ 1 INTRODUC ¸ AO .............................................................. ˜ E PROPOSTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.1 MOTIVAC¸AO 1.2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.2 Objetivos espec´ıficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.3 ESTRUTURA DO DOCUMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ TEORICA ´ 2 FUNDAMENTAC ¸ AO ............................................. ´ 2.1 PRINCIPIOS DA FOTOPLETISMOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DE PERIFERICA ´ ˆ 2.2 SATURAC¸AO DE OXIGENIO - SPO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ ˜ ˜ ˆ 2.3 METODOS PARA OBTENC¸AO DA SATURAC¸AO DE OXIGENIO ............. 2.4 PROBLEMAS ENVOLVENDO O MONITORAMENTO COM CONTATO . . . . . . . 2.5 MONITORAMENTO BASEADO EM IMAGENS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.6 SISTEMA DE COR RGB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DA AREA ´ 2.7 DEFINIC¸AO DE INTERESSE (ROI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 2.8 MAGNIFICAC¸AO DE V´IDEO EULERIANA (EVM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 REVISAO ´ 3.1 METODO DE PESQUISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.1 Processo de Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.1.1 Protocolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.2 Identificac¸a˜ o dos estudos prim´arios - Estrat´egia de busca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.3 Processo de selec¸a˜ o dos artigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.4 Crit´erios de inclus˜ao e exclus˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.5 Processo de extrac¸a˜ o de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ 3.2 ANALISE E RESULTADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.1 Frequˆencia de publicac¸o˜ es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.2 Ve´ıculos de publicac¸o˜ es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.3 Estudos distribu´ıdos por pa´ıs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.4 Utilizac¸a˜ o de fonte de luz espec´ıfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.5 Software utilizado para o processamento das imagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.6 Equipamentos utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.7 Monitoramento em tempo real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 3.3 DISCUSSAO ................................................................ 3.4 TRABALHOS CORRELATOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 3.5 CONCLUSAO .............................................................. ´ 4 MATERIAIS E METODOS ................................................... ˜ 4.1 POPULAC¸AO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 ABORDAGEM UTILIZADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.1 Desenho Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3 EQUIPAMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4 PROCESSAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 13 13 14 14 15 15 16 16 16 18 26 27 27 28 28 31 31 31 32 32 33 34 35 36 36 36 38 38 39 40 40 41 43 43 44 44 46 47 48 49 55.

(18) 4.4.1 Processo de calibrac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4.2 Coeficientes α e β . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4.3 Componentes AC e DC e taxa RR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4.4 Software proposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ 4.5 ANALISE DOS DADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.5.1 M´etrica de avaliac¸a˜ o da SpO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.5.2 Avaliac¸a˜ o do desempenho da soluc¸a˜ o proposta por Simioni (2015) . . . . . . . . . . . . . . . 5 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.1 RESULTADOS DOS EXPERIMENTOS - SPO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.1.1 Comparac¸a˜ o com estudo anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 6 CONCLUSAO ............................................................... ˆ REFERENCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ ´ ´ Apˆendice A -- QUESTIONARIO CARACTERISTICAS FISICAS .................. Apˆendice B -- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO . . . . . . .. 56 58 59 64 71 71 73 74 74 77 79 81 87 91.

(19) 13. ˜ INTRODUC ¸ AO. 1. Uma oxigenac¸a˜ o adequada dos tecidos humanos e´ necess´aria para a manutenc¸a˜ o da vida. Portanto, o n´ıvel de oxigˆenio no sangue e´ um importante sinal vital e seu monitoramento cont´ınuo e´ fundamental em cirurgias ou em internac¸o˜ es em unidades de terapia intensiva (UTI) (NITZAN; TAITELBAUM, 2008). A saturac¸a˜ o de oxigˆenio e´ a quantidade de hemoglobina oxigenada do total de hemoglobina presente em 100ml de sangue. A hemoglobina e´ uma prote´ına respons´avel por levar o oxigˆenio dos pulm˜oes at´e as c´elulas, pois, sem o suprimento adequado de oxigˆenio a` s c´elulas, os tecidos do corpo morrem1 . Por esse motivo, a saturac¸a˜ o de oxigˆenio e´ um dos cinco principais sinais monitorados para determinar o estado de sa´ude do paciente (O’DRISCOLL et al., 2008). Alguns dos principais m´etodos para determinar o n´ıvel do oxigenac¸a˜ o no corpo humano s˜ao: saturac¸a˜ o venosa mista de oxigˆenio (SvO2 ), saturac¸a˜ o de oxigˆenio tecidual (StO2 ) e saturac¸a˜ o de oxigˆenio arterial (SaO2 ) (NITZAN; TAITELBAUM, 2008). A estimac¸a˜ o da saturac¸a˜ o de oxigˆenio arterial dos vasos capilares perif´ericos e´ chamada de saturac¸a˜ o perif´erica de oxigˆenio (SpO2 ) (SHAO et al., 2016b). 1.1. ˜ E PROPOSTA MOTIVAC¸AO Considerando a necessidade de monitoramento cont´ınuo da SpO2 e da frequˆencia. card´ıaca de paciente, em condic¸o˜ es que o contato f´ısico deve ser evitado, como, por exemplo, em v´ıtimas de queimaduras, a pesquisa desenvolvida nessa dissertac¸a˜ o pretende contribuir a fim de melhorar a qualidade de vida dos indiv´ıduos que necessitem de monitoramento cont´ınuo e reduzindo os custos para o sistema de sa´ude ao evitar o surgimento de les˜oes decorrentes do contato com os equipamentos de monitoramento. Para pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida e o aumento do desempenho do seu organismo atrav´es da pr´atica chamada Biohacking, monitorar v´arios sinais fisiol´ogicos, entre eles a SpO2 e a frequˆencia card´ıaca e´ necess´ario. Essas pessoas s˜ao conhecidas como 1 Understanding. continuous Mixed Venous Oxygen monitoring with the Swan-Ganz Oximetry TD System. https://www.edwards.com/fr/products/pacatheters/Pages/svo2edbookpdf.aspx. Saturation (SvO2 ) Dispon´ıvel em:.

(20) 14. Biohackers ou Selfhackers. Elas utilizam sensores para monitorar a frequˆencia card´ıaca para prever seus n´ıveis de stress, por exemplo. Ao detectar as variac¸a˜ o na frequˆencia card´ıaca e´ poss´ıvel tomar medidas como controle da respirac¸a˜ o e meditac¸a˜ o para prevenir o aumento do n´ıvel de stress prejudicial para o bom funcionamento do organismo. Um dos pilares do Biohacking e´ dormir com qualidade (ARINA et al., 2015). Para verificar a qualidade do sono o monitoramento da SpO2 e´ recomendado. Segundo Dave Asprey2 a definic¸a˜ o de Biohacking e´ : a arte e a ciˆencia de se tornar super-humano. O Biohacking usa as tecnologias mais avanc¸adas dispon´ıveis para ajudar a alcanc¸ar o mais alto n´ıvel de desempenho f´ısico e cognitivo de seus adeptos. Os entusiastas dessa t´ecnica representam um grupo de potenciais consumidores do monitoramento da SpO2 e da frequˆencia card´ıaca sem contato f´ısico atrav´es de imagens de v´ıdeos, pois podem monitorar seus sinais fisiol´ogicos sem a necessidade de equipamentos acoplados ao corpo. Para o desenvolvimento dessa dissertac¸a˜ o a soluc¸a˜ o proposta por Simioni (2015) foi implementada em uma plataforma de hardware mais atualizada e foi adicionado a` soluc¸a˜ o o monitoramento da SpO2 . O monitoramento da SpO2 e da frequˆencia card´ıaca e´ realizado utilizando a t´ecnica de Fotopletismografia, que permite mensurar os sinais fisiol´ogicos de um indiv´ıduo atrav´es da variac¸a˜ o da quantidade de luz absorvida/refletida pelos tecidos (ENGELBERG, 2014). Para o monitoramento sem contato utilizando imagens de v´ıdeo, os sinais fotopletismogr´aficos s˜ao obtidos por uma cˆamera de v´ıdeo. As imagens passam por um processamento e ent˜ao a SpO2 e a frequˆencia card´ıaca s˜ao estimadas. Diferentemente dos m´etodos existentes, o sistema apresentado nessa dissertac¸a˜ o implementa amplificac¸a˜ o das variac¸o˜ es de cor nas imagens obtidas. Para tal, foi utilizado o m´etodo de Magnificac¸a˜ o de V´ıdeo Euleriana (EVM), que realc¸a as variac¸o˜ es de cores na pele, as quais s˜ao impercept´ıveis a olho nu (WU et al., 2012). 1.2 1.2.1. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL A fotopletismografia baseada em cˆamera de v´ıdeo (iPPG) e´ uma t´ecnica que pode. ser empregada para medir sinais vitais sem contato f´ısico (VERKRUYSSE et al., 2008; TARASSENKO et al., 2014; SHAO et al., 2016a). O objetivo dessa pesquisa e´ avaliar a utilizac¸a˜ o de um sistema de monitoramento cont´ınuo da SpO2 e da frequˆencia card´ıaca com as seguintes caracter´ısticas, para verificar se esse sistema pode ser uma alternativa sem contato f´ısico aos ox´ımetros de pulso com contato: 2 Dispon´ıvel. em: https://bulletprooflabs.com/.

(21) 15. • operar sem contato f´ısico. • obter e processar sinais fotopletismogr´aficos. • estimar a taxa de saturac¸a˜ o de oxigˆenio e frequˆencia card´ıaca online. • ser implementado em uma plataforma de hardware de baixo custo. • utilizar software livre e gratuito. 1.2.2. OBJETIVOS ESPEC´IFICOS. 1. Analisar se o desempenho da soluc¸a˜ o proposta por Simioni (2015) e´ melhorado ao ser implementada em uma plataforma de hardware mais atualizada. 2. Avaliar a acur´acia da obtenc¸a˜ o da SpO2 pela soluc¸a˜ o proposta, comparando com um ox´ımetro de pulso com contato. 3. Verificar se a soluc¸a˜ o proposta apresenta a mesma acur´acia na obtenc¸a˜ o das taxas de SpO2 e frequˆencia card´ıaca quando o indiv´ıduo monitorado e´ de pele negra, comparando com os resultados obtidos no monitoramento de indiv´ıduo de pele branca. 1.3. ESTRUTURA DO DOCUMENTO Esse documento est´a estruturado da seguinte forma: o Cap´ıtulo 2 apresenta o. referencial te´orico com os principais conceitos relacionados ao monitoramento do n´ıvel de oxigˆenio no sangue e apresenta o m´etodo EVM. O Cap´ıtulo 4 apresenta os materiais, artefatos tecnol´ogicos e m´etodos utilizados para o desenvolvimento dessa dissertac¸a˜ o. O Cap´ıtulo 5 apresenta os resultados obtidos. oportunidades de trabalhos futuros.. O Cap´ıtulo 6 conclui o trabalho realizado e apresenta.

(22) 16. 2. ˜ TEORICA ´ FUNDAMENTAC ¸ AO. Esta sec¸a˜ o apresenta o referencial te´orico necess´ario para o entendimento dos conceitos sobre o monitoramento da saturac¸a˜ o de oxigˆenio, fotopletismografia, problemas com o monitoramento com contato f´ısico, monitoramento baseado em imagens, sistema RGB, definic¸a˜ o da regi˜ao de interesse (ROI) e detalha o m´etodo de magnificac¸a˜ o de v´ıdeo Euleriana EVM. 2.1. PRINC´IPIOS DA FOTOPLETISMOGRAFIA O ciclo card´ıaco possui duas fases: a fase da di´astole e´ quando o corac¸a˜ o relaxa e. se enche de sangue, e a fase da s´ıstole e´ quando o corac¸a˜ o se contrai bombeando o sangue para o resto do corpo (GUYTON; JOHN, 2010). Em virtude do ciclo card´ıaco, ocorre a variac¸a˜ o volum´etrica do fluxo sangu´ıneo, que pode ser mensurada atrav´es da t´ecnica chamada fotopletismografia, tamb´em conhecida pela sigla PPG do inglˆes (Photoplethysmography), onde photo = luz, plethysmos = aumento e graphy = escrita ou gravac¸a˜ o (VERKRUYSSE et al., 2008). A PPG usa luz de baixa intensidade, que e´ captada por um fotosensor. Quando a luz passa atrav´es dos tecidos biol´ogicos, e´ absorvida pelos ossos, pigmentos da pele e sangue venoso e arterial. Como a luz e´ mais fortemente absorvida pelo sangue do que pelos demais tecidos, as mudanc¸as no volume do fluxo sangu´ıneo pode ser detectada pelos sensores PPG, devido a mudanc¸a na intensidade de luz refletida ou transmitida pelos tecidos (TAMURA et al., 2014). O sinal obtido pelo fotosensor e´ analisado por um microprocessador, que mensura a absorc¸a˜ o de luz pelos tecidos para cada comprimento de onda, a fim de determinar a quantidade de hemoglobina oxigenada e desoxigenada presente no sangue (NITZAN et al., 2014). 2.2. ˜ DE PERIFERICA ´ ˆ SATURAC¸AO DE OXIGENIO - SPO2 Com j´a mencionado, existem v´arios m´etodos para mensurar o n´ıvel de oxigˆenio. presente no organismo humano, e para esse estudo o ponto focal e´ a saturac¸a˜ o perif´erica de oxigˆenio - SpO2 . O processo de troca de gases entre a atmosfera, o sangue e as c´elulas e´.

(23) 17. denominado respirac¸a˜ o (TORTORA, 2010). A Figura 1 apresenta o processo de respirac¸a˜ o: (A) ao inspirarmos, o ar entra nas vias respirat´orias pela cavidade nasal, passa pela laringe, traqueia e brˆonquios at´e chegar aos pulm˜oes. (B) nos pulm˜oes existem pequenas estruturas chamadas alv´eolos. (C) o ar entra e sai do alv´eolo (em destaque a rede de capilares sangu´ıneos que envolve os alv´eolos). (D) o processo de troca gasosa - oxigˆenio e di´oxido de carbono - ocorre entre os alv´eolos e as c´elulas sangu´ıneas. Essas c´elulas s˜ao chamadas de gl´obulos vermelhos, e est˜ao presentes no flu´ıdo sangu´ıneo que corre no interior dos capilares. Figura 1: Diagrama do processo de respirac¸a˜ o pulmonar.. Fonte: Encyclopedia Britannica (2013).. Nos gl´obulos vermelhos est˜ao presentes as mol´eculas de hemoglobina que se ligam ao oxigˆenio para transport´a-lo at´e as c´elulas (TORTORA, 2010). A Figura 2 representa a mol´ecula de hemoglobina em seus dois estados poss´ıveis: oxigenada e desoxigenada. (A) a cadeia polipept´ıdica, juntamente com o grupo Heme composto de quatro a´ tomos de ferro, constitui a hemoglobina desoxigenada, isto e´ sem o O2 ligado a` ela. (B) a hemoglobina oxigenada, carrega o oxigˆenio captado nos pulm˜oes, ligado aos a´ tomos de ferro do grupo Heme..

(24) 18. Quando a hemoglobina est´a ligada a um ou a quatro a´ tomos de ferro ela e´ considerada hemoglobina oxigenada, e quando todos os quatro a´ tomos de ferro est˜ao ligados ao oxigˆenio a hemoglobina est´a saturada de oxigˆenio. Figura 2: Mol´ecula de hemoglobina: (a) hemoglobina desoxigenada, (b) hemoglobina oxigenada.. Fonte: Julie (2016).. O n´ıvel de saturac¸a˜ o de oxigˆenio no sangue - SO2 - e´ um indicativo de como est´a o suprimento de O2 nos tecidos (TORTORA, 2010). Para determinar o n´ıvel de oxigˆenio no sangue e´ utilizada a Equac¸a˜ o 1 (NORBERT; NIWAYAMA, 2008; KONG et al., 2013; GUAZZI et al., 2015; SHAO et al., 2016a), onde CHbO2 representa a concentrac¸a˜ o de hemoglobina oxigenada e CHb representa a concentrac¸a˜ o de hemoglobina desoxigenada. A quantidade de hemoglobina oxigenada e´ dividida pelo total de hemoglobina (oxigenada + desoxigenada). O resultado e´ multiplicado por 100 para ser expresso em porcentagem.. SpO2 =. 2.3. CHbO2 × 100 CHbO2 +CHb. (1). ´ ˜ DA SATURAC¸AO ˜ DE OXIGENIO ˆ METODOS PARA OBTENC¸AO Para aferir a quantidade de oxigˆenio presente no sangue de um indiv´ıduo, atualmente. existem trˆes m´etodos: o invasivo, o n˜ao invasivo com contato f´ısico e o n˜ao invasivo sem contato f´ısico. A Tabela 1 apresenta a lista dos m´etodos e os equipamentos dispon´ıveis, atualmente, para a obtenc¸a˜ o do n´ıvel de O2 no organismo humano..

(25) 19 Tabela 1: M´etodos e equipamentos para a obtenc¸a˜ o da SO2 .. M´etodo. Equipamento utilizado. Invasivo. Cat´eter. N˜ao invasivo com contato f´ısico. Ox´ımetro de pulso. N˜ao invasivo sem contato f´ısico. Cˆamera de v´ıdeo. Fonte: Autoria pr´opria.. M´etodo invasivo: nesse m´etodo, um cateter e´ introduzido em uma veia do paciente e ligado a equipamentos que fazem a leitura da quantidade de oxigˆenio existente no sangue. A Figura 3 mostra um exemplo de como e´ utilizado o m´etodo invasivo no paciente: (a) representa o monitor multiparam´etrico. (b) a tela do monitor multiparam´etrico, que possibilita a visualizac¸a˜ o dos sinais monitorados. (c) apresenta onde e´ introduzido o cat´eter para a obtenc¸a˜ o dos sinais vitais do paciente, entre eles a sonda para o obtenc¸a˜ o da taxa de saturac¸a˜ o de oxigˆenio no sangue. Esse m´etodo e´ utilizado principalmente para mensurar a SvO2 (Saturac¸a˜ o venosa mista de oxigˆenio) quando um alto n´ıvel de precis˜ao da aferic¸a˜ o se faz necess´ario (SHAO et al., 2016a). Figura 3: M´etodo invasivo para obtenc¸a˜ o da saturac¸a˜ o de oxigˆenio. (a) monitor multiparam´etrico, (b) tela do monitor, (c) sonda de fibra o´ ptica.. Fonte: Getinge Group (2017)..

(26) 20. M´etodo n˜ao invasivo com contato: o segundo m´etodo, o mais popular atualmente, e´ o n˜ao invasivo com contato f´ısico. Esse m´etodo utiliza um equipamento chamado ox´ımetro de pulso. Ele mensura a saturac¸a˜ o arterial perif´erica de oxigˆenio (SpO2 ) e a mensurac¸a˜ o e´ feita utilizando os princ´ıpios da fotopletismografia. A Figura 4 apresenta dois modelos de ox´ımetros de pulso dispon´ıveis no mercado: (A) ox´ımetro que e´ utilizado no l´obulo da orelha do paciente. (B) ox´ımetro que e´ utilizado no dedo do paciente.. Figura 4: Ox´ımetros de pulso: (a) ox´ımetro para orelha, (b) ox´ımetro para dedo.. Fonte: (a) CenterCor Hospitalar (2017), (b) Conecte Saude (2017).. O sangue absorve mais luz que os demais tecidos. Sendo assim, a diminuic¸a˜ o na quantidade de sangue e´ identificada com o aumento na intensidade de luz detectada pelo fotodetector.. O comprimento de onda e a distˆancia entre a fonte de luz e fotodetector. determinam a profundidade da penetrac¸a˜ o da luz no tecido. A luz nas frequˆencias de core vermelha e infravermelha passa mais facilmente pelos tecidos se comparadas com outros comprimentos de onda. Por esse motivo, esses dois comprimentos de onda s˜ao os mais utilizados com fonte de luz para os sensores PPG (TAMURA et al., 2014). De acordo com a forma de operac¸a˜ o de ox´ımetro, ele pode ser classificado como: ox´ımetro de transmiss˜ao (a luz incide sobre a pele e atravessa os tecidos) ou de reflex˜ao (a luz incide sobre a pele e e´ refletida pelos tecidos). O tipo de ox´ımetro determina qual comportamento da luz incidente ser´a analisado e onde ficam localizadas a fonte de luz e o fotosensor (VERKRUYSSE et al., 2017). O ox´ımetro de transmiss˜ao analisa a quantidade de luz incidente que e´ transmitida atrav´es dos tecidos, isto e´ , a quantidade de luz que atravessa os tecidos e chega at´e o fotosensor. O tecido monitorado fica entre o fotosensor e a fonte de luz (NITZAN; TAITELBAUM, 2008). A Figura 5 (a) apresenta o esquema do ox´ımetro de transmiss˜ao. O ox´ımetro de reflex˜ao analisa a quantidade de luz incidente que e´ refletida pelos tecidos, isto e´ , a quantidade de luz.

(27) 21. que n˜ao e´ absorvida pelos tecidos e retorna ao fotosensor (ZHAO et al., 2013; SHAO et al., 2016a; VERKRUYSSE et al., 2017). A Figura 5 (b) apresenta o fotosensor e a fonte de luz posicionados sobre o tecido monitorado. Figura 5: Ox´ımetro de pulso: (a) transmiss˜ao, (b) reflex˜ao.. Fonte: Agro et al. (2014).. Para o funcionamento dos ox´ımetros de pulso, em geral, dois LEDs de diferentes comprimentos de onda s˜ao empregados para gerar a luz utilizada na medic¸a˜ o, a qual passa pelos tecidos humanos e e´ captada por um fotosensor. O sinal fotopletismogr´afico mensurado e digitalizado pelo fotodetector e´ analisado por um processador de sinal digital ou um microprocessador e o valor da taxa de saturac¸a˜ o e´ apresentado para o usu´ario (NORBERT; NIWAYAMA, 2008). Segundo Marino (2015), todos os a´ tomos e mol´eculas absorvem comprimentos de onda espec´ıficos de luz, e essa propriedade e´ a base da t´ecnica conhecida como espectrofotometria, na qual ondas luminosas de comprimentos de onda espec´ıficos s˜ao transmitidas por um meio para determinar a sua composic¸a˜ o molecular. A absorc¸a˜ o de comprimentos de ondas espec´ıficos de luz, a` medida que ela passa por um meio, e´ proporcional a` concentrac¸a˜ o da substˆancia que absorve a luz e ao comprimento da via que a luz atravessa, isso e´ conhecido como lei de BeerLambert (MARINO, 2015). Pelo fato da quantidade de luz absorvida pela hemoglobina variar, dependendo da quantidade de oxigˆenio que ela carrega, e´ poss´ıvel utilizar a lei de Beer-Lambert para obter a quantidade de hemoglobina presente no sangue (NORBERT; NIWAYAMA, 2008). Tamb´em conhecida como m´etodo “Taxa das taxas” (“Ratio of ratios”), a lei de Beer-Lambert pode ser expressa pela Equac¸a˜ o 2, onde R e´ a taxa de absorbˆancia1 do sangue e α e β s˜ao constantes empiricamente determinadas (TARASSENKO et al., 2014). SpO2 = α ∗ RR + β 1 Absorbˆ ancia:. (2). e´ a medida da capacidade de um meio refrativo ou um componente o´ ptico absorver luz em um determinado comprimento de onda. Dispon´ıvel em: https://sciencing.com/ difference-between-optical-density-absorbance-7842652.html.

(28) 22. Segundo Wukitsch et al. (1988), e´ conveniente definir a parte vari´avel ou dinˆamica do sinal PPG como o sinal de corrente alternada (AC) e o componente est´atico como o sinal de corrente cont´ınua (DC). A amplitude do sinal DC e´ afetada pela intensidade da fonte de luz, sensibilidade do detector e quantidade de absorvedores constantes presentes (espessura da amostra). Esses mesmos fatores afetar˜ao a amplitude do sinal AC, assim como a perfus˜ao (quantidade de alterac¸a˜ o do volume sangu´ıneo por pulso) e a saturac¸a˜ o de oxigˆenio. Para fazer quaisquer comparac¸o˜ es u´ teis entre a absorc¸a˜ o para o comprimento de onda vermelho e o comprimento de onda infravermelho, os sinais de corrente alternada (AC) devem ser dimensionados pelos sinais de corrente cont´ınua (DC). Dividir o n´ıvel de AC pelo n´ıvel DC (em cada comprimento de onda) fornece um n´ıvel de AC corrigido ou escalado que n˜ao e´ mais uma func¸a˜ o da intensidade da luz incidente. Esse processo de escalada, executado por meio eletrˆonico, matem´atico ou outros, produz valores que s˜ao compensados por variac¸a˜ o na intensidade da luz incidente e representam a absorc¸a˜ o relativa da luz em dois comprimentos de onda que e´ devida apenas a` hemoglobina no sangue arterial. A relac¸a˜ o num´erica do valor da taxa de absorc¸a˜ o da luz do comprimento de onda vermelho corrigido (R vermelho) para o valor da taxa de absorc¸a˜ o da luz do comprimento de onda infravermelho corrigido (R Infravermelho) produz um resultado (a taxa R) que e´ facilmente convertida em saturac¸a˜ o de oxigˆenio.. Isto e´ , ao dividir o componente AC. pelo componente DC, para cada comprimento de onda empregado, os fatores que afetam a amplitude do sinal PPG (como ossos, pele e outros que tamb´em absorvem a luz incidente) s˜ao eliminados, ficando apenas a taxa de absorc¸a˜ o de luz (para cada comprimento de onda) relativa a hemoglobina no sangue arterial. O sinal apresentado na Figura 6 e´ um exemplo de sinal PPG, obtido na faixa do comprimento de onda da luz infravermelha (JUMADI et al., 2017). Figura 6: Sinal PPG na faixa do comprimento de onda da luz infravermelha.. Fonte: Jumadi et al. (2017)..

(29) 23. Segundo Jumadi et al. (2017), os ´ındices Im´ax e Im´ın , da Figura 6, s˜ao, respectivamente, as intensidades de luz que ocorrem na di´astole e s´ıstole, para esse pulso PPG. A taxa de absorvˆancia do sangue para a luz do comprimento de onda, nesse exemplo o infravermelho, pode ser definida pela Equac¸a˜ o 3. . ac R dc. I m´ın = log I m´ax.  (3). Para exemplificar o processo de obtenc¸a˜ o da taxa R, ser˜ao considerandos os valores da Tabela 2, retirada do estudo de Mannheimer et al. (1997). Tabela 2: Simulac¸a˜ o de valores de intensidade de luz durante a s´ıstole e di´astole para os comprimentos de onda 660nm e 890nm.. Comprimento de onda 660nm Im´ın Im´ax R660 −5 1,247*10-5 1,2526*10 -0,00174. Comprimento de onda 890nm Im´ın Im´ax R890 −5 −5 5,6584*10 5,7234*10 0,00496. Fonte: Mannheimer et al. (1997).. Com os valores da intensidade de luz do sinal PPG do exemplo, e´ poss´ıvel utilizar a Equac¸a˜ o 4 para definir a taxa de absorbˆancia da luz de comprimento de onda vermelho (660nm), e a Equac¸a˜ o 5 para definir a taxa de absorbˆancia da luz de comprimento de onda pr´oximo ao infravermelho (890nm) (MANNHEIMER et al., 1997; JUMADI et al., 2017). A Equac¸a˜ o 6 define taxa RR ou a (“Ratios of ratios”).. R660 =. I min AC660 1, 2476 ∗ 10−5 = log( ) = −0, 00174 ) = log( DC660 I max 1, 2526 ∗ 10−5. (4). R890 =. AC890 I min 5, 6584 ∗ 10−5 = log( ) = log( ) = −0, 00496 DC890 I max 5, 7234 ∗ 10−5. (5). R=. R660 −0, 00174 = = 0, 35 R890 −0, 00496. (6). Os coeficientes α e β s˜ao obtidos pela calibrac¸a˜ o do ox´ımetro de pulso com contato, que utiliza dados de experimentos in-vivo. O processo de calibrac¸a˜ o correlaciona a taxa RR, que e´ calculada pelo ox´ımetro, com o valor da SaO2 obtida de amostras de sangue de um grande n´umero de volunt´arios monitorados (Texas Instruments, 2014). A Figura 7 representa a curva de calibrac¸a˜ o baseada em dados emp´ıricos..

(30) 24 Figura 7: Emp´ırica relac¸a˜ o entre a saturac¸a˜ o de oxigˆenio arterial e a taxa RR.. Fonte: Texas Instruments (2014).. M´etodo n˜ao invasivo sem contato: esse m´etodo tamb´em utiliza os princ´ıpios da fotopletismografia. Nos u´ ltimos anos, surgiram v´arios estudos que apresentam m´etodos ou t´ecnicas em que se utilizam imagens de v´ıdeo, para o monitoramento de sinais vitais, como frequˆencia card´ıaca e frequˆencia respirat´oria. Por´em, poucos apresentam o monitoramento do n´ıvel de saturac¸a˜ o de oxigˆenio (VERKRUYSSE et al., 2017). Nesse m´etodo, imagens de v´ıdeo, obtidas do paciente monitorado s˜ao submetidas ao processamento computacional, que verifica as variac¸o˜ es na quantidade de luz que e´ absorvida pelas imagens de determinados comprimento de onda (HUMPHREYS et al., 2007; TARASSENKO et al., 2014; TSAI et al., 2014; SHAO et al., 2016a; VERKRUYSSE et al., 2017). Para verificar a variac¸a˜ o na quantidade de luz que e´ absorvida, e´ utilizada a intensidade de cor de cada pixel, que comp˜oe o frame. Por meio da an´alise dessas variac¸o˜ es, na quantidade de luz absorvida, e´ poss´ıvel obter os sinais fotopletismogr´aficos como, por exemplo: frequˆencia card´ıaca, frequˆencia respirat´oria, saturac¸a˜ o de oxigˆenio, entre outros. Por´em, para esse tipo de m´etodo, os equipamentos ainda s˜ao de alto custo ou utilizam software propriet´ario, o que torna o prec¸o total da soluc¸a˜ o elevado. A Figura 8 mostra um exemplo de obtenc¸a˜ o de taxa de saturac¸a˜ o de oxigˆenio sem contato, empregando cˆamera de v´ıdeo, apresentado por Shao et al. (2016a). O exemplo consiste em uma cˆamera de v´ıdeo que fica posicionada em frente ao indiv´ıduo monitorado. A essa cˆamera est˜ao acoplados dois arrays de LED, utilizados como fonte de luz que ilumina a face do indiv´ıduo durante a obtenc¸a˜ o das imagens. Cada array de LED fornece luz com um comprimento de onda distinto. No estudo de Shao et al. (2016a), foram utilizadas luz de.

(31) 25. comprimento de onda de 611nm e 880nm, para detectar a variac¸a˜ o de absorc¸a˜ o de luz pelos tecidos, utilizando a “Ratio of ratios” ou RR. Para obter a RR, e´ necess´ario empregar, pelo menos, duas fontes de luz de comprimentos de onda distintos (SHAO et al., 2016a). As imagens obtidas pela cˆamera de v´ıdeo s˜ao processadas por software que analisa as variac¸o˜ es de intensidade de cor dos pixels que comp˜oem a imagem. Essas variac¸o˜ es s˜ao decorrentes da quantidade de luz absorvida pelos tecidos. Como mencionado anteriormente, a quantidade de luz absorvida varia em raz˜ao do ciclo card´ıaco (AOYAGI, 2003). Ap´os esse processamento, e´ poss´ıvel mensurar o n´ıvel de saturac¸a˜ o de oxigˆenio. Figura 8: M´etodo n˜ao invasivo sem contato f´ısico.. Fonte: Shao et al. (2016a).. Algumas soluc¸o˜ es comerciais s˜ao baseadas no princ´ıpio do monitoramento da SpO2 sem contato.. A Konica Minolta, empresa especializada em instrumentos de medic¸a˜ o,. desenvolveu um conjunto de dispositivos e softwares que pode ser utilizado para a obtenc¸a˜ o da SpO2 sem contato f´ısico. Esse conjunto e´ composto de dois espectrofotˆometros port´ateis CM700D e CM-600D e do pacote de software chamado CM-SA Skin Analysis Software (Konica Minolta Sensing Americas, 2016). A empresa Philips anunciou, em junho de 2016, o desenvolvimento de uma cˆamera para a obtenc¸a˜ o da SpO2 sem contato f´ısico (PHILIPS, 2016). No final da not´ıcia publicada no site da empresa, encontra-se o link para o artigo cient´ıfico referente a essa soluc¸a˜ o. Trata-se do trabalho de Verkruysse et al. (2008), que j´a possuem um estudo mais atual Verkruysse et al..

(32) 26. (2017). Por´em essa soluc¸a˜ o ainda n˜ao est´a dispon´ıvel para venda. No estudo de Verkruysse et al. (2017), a seguinte quest˜ao e´ levantada: pode uma u´ nica curva de calibrac¸a˜ o fornecer estimativas da SpO2 para uma populac¸a˜ o de indiv´ıduos com precis˜ao aceit´avel? Nesse mesmo estudo, Verkruysse et al. (2017) afirmam que, dos estudos relacionados com a obtenc¸a˜ o da SpO2 analisados para a elaborac¸a˜ o do artigo, nenhum apresentou, de forma convincente que as soluc¸o˜ es baseadas em cˆamera s˜ao calibr´aveis. Por´em, os autores finalizam concluindo que existem fortes evidˆencias que e´ poss´ıvel utilizar uma curva de calibrac¸a˜ o para obtenc¸a˜ o da SpO2 em soluc¸o˜ es baseadas em cˆameras, embora mais estudos sejam necess´arios. Portanto, a quest˜ao da calibrac¸a˜ o u´ nica ainda e´ uma quest˜ao n˜ao totalmente respondida. O processo de calibrac¸a˜ o correlaciona a taxa RR, que e´ calculada pela soluc¸a˜ o proposta, com o valor da SpO2 , obtido por um ox´ımetro de referˆencia. Nesta pesquisa, foi utilizada a equac¸a˜ o linear de melhor ajuste, para obter os coeficientes α e β , similarmente ao que e´ feito nos estudos de Scully et al. (2012), Kong et al. (2013), Tarassenko et al. (2014), Bal (2015), Addison (2016), Shao et al. (2016a), Mishra et al. (2017), Fan e Li (2018). O processo de calibrac¸a˜ o e´ melhor detalhado na Sec¸a˜ o 4.4.1. 2.4. PROBLEMAS ENVOLVENDO O MONITORAMENTO COM CONTATO Os m´etodos com contato f´ısico apresentam alguns problemas. O uso do m´etodo. invasivo pode acarretar risco de contaminac¸a˜ o, trombose ou isquemia do membro em que a via de acesso foi inserida. No m´etodo n˜ao invasivo e com contato f´ısico, o ox´ımetro de pulso, quando usado por um tempo prolongado, em contato com a pele, pode ocasionar les˜oes. Para pacientes rec´em-nascidos, idosos, pacientes que apresentam dermatite de contato (irritac¸a˜ o severa na pele ocasionada pelo contato prolongado de determinados materiais), pacientes com pˆenfigo vulgar, ou que apresentem algum n´ıvel de autismo, o contato com os sensores do ox´ımetro diminui a qualidade de vida durante o monitoramento, por desconforto gerado pelo contato f´ısico. A Figura 9 (A) mostra um rec´em-nascido que apresenta les˜oes por uso prolongado de sensores. A Figura 9 (B) mostra um paciente com dermatite de contato provocada pelo uso dos sensores colados a` pele. A Figura 9 (C) mostra um paciente com pˆenfigo vulgar, uma doenc¸a que causa bolhas em toda a pele. Para paciente com pˆenfigo vulgar ou queimaduras muito extensas, o uso do sensor com contato f´ısico n˜ao e´ recomendado, pois pode agravar o quadro de sa´ude. Esses s˜ao alguns exemplos de problemas ocasionados pelo uso de equipamentos com contato f´ısico..

(33) 27 Figura 9: Pacientes com problemas com sensores de contato f´ısico.. Fonte: (A) Scalise (2012), (B) Stingeni et al. (2015), (C) Corral et al. (2013).. 2.5. MONITORAMENTO BASEADO EM IMAGENS A iPPG (image Photoplethysmography) e´ um m´etodo baseado em cˆameras de v´ıdeo,. para visualizar os vasos sangu´ıneos sobre a pele e obter sinais fisiol´ogicos (SUN; THAKOR, 2016). O primeiro prot´otipo de um ox´ımetro de pulso foi feito por Aoyagi em 1974 (HUCH et al., 2013). Apenas em 2005, Wieringa et al. (2005) apresentaram o primeiro estudo sobre a possibilidade de mensurar a SpO2 com uma cˆamera de v´ıdeo. Entretanto, Van Gastel et al. (2016) afirmam que Wieringa et al. (2005) n˜ao apresentaram os resultados da saturac¸a˜ o de oxigˆenio e que o primeiro estudo que estimou a saturac¸a˜ o de oxigˆenio sem contato foi Humphreys et al. (2007). A iPPG e´ , frequentemente, utilizada para a mensurac¸a˜ o de sinais fisiol´ogicos. Por´em poucos estudos exploram a SpO2 , afirmam Verkruysse et al. (2017). Em comparac¸a˜ o com o ox´ımetro de pulso, a iPPG substitui o fotosensor pela cˆamera (LIU et al., 2012). 2.6. SISTEMA DE COR RGB Uma imagem digital e´ um arquivo eletrˆonico que e´ formado por elementos de imagem. quadrados denominados pixels. Sendo assim, digitalizar uma imagem significa converter ou capturar eletronicamente uma imagem por meio de um scanner ou de uma cˆamera digital (CHING; JUROSZEK, 2012). O padr˜ao RGB e´ formado pelas trˆes cores prim´arias Red - vermelho, Green - verde e Blue - azul. No sistema RGB, a imagem colorida pode ser representada por trˆes matrizes. Cada matriz especifica a quantidade de vermelho, verde ou azul que comp˜oe a imagem. Cada pixel possui brilho ou intensidade representado por um n´umero entre 0 e 255, em que 0 e´ a ausˆencia de intensidade e 255 e´ a intensidade m´axima.

(34) 28. da cor. Portanto a tripla R=0, G=0 e B=0 corresponde a` cor preta e R=255, G=255 e B=255 corresponde a` cor branca na imagem. Cˆameras RGB possuem trˆes sensores, um para capturar cada cor ou canal de cor (MIURA, 2013; BURGER; BURGE, 2016; CHING; JUROSZEK, 2012). 2.7. ˜ DA AREA ´ DEFINIC¸AO DE INTERESSE (ROI) Para reduzir o tempo de processamento e a utilizac¸a˜ o de mem´oria RAM, e´ necess´ario. definir uma regi˜ao de interesse ou ROI (region of interest), para evitar que a imagem completa seja processada pelo sistema. Segundo Marino (2015), a testa e´ um lugar prop´ıcio para a oximetria de pulso, pois a circulac¸a˜ o arterial nessa regi˜ao (que se origina na art´eria car´otida interna) e´ menos propensa a` vasoconstric¸a˜ o do que as art´erias digitais nos dedos. Por isso, para este estudo, a regi˜ao escolhida foi a testa. A Figura 10 mostra as veias do rosto. Figura 10: Anatomia da face - veias da testa.. Fonte: KevinCease (2018).. 2.8. ˜ DE V´IDEO EULERIANA (EVM) MAGNIFICAC¸AO O m´etodo de magnificac¸a˜ o de v´ıdeo Euleriana (Eulerian Video Magnification) foi. apresentado na conferˆencia de computac¸a˜ o gr´afica SIGGRAPH 2012. Segundo Wu et al. (2012), utilizando uma sequˆencia de v´ıdeo padr˜ao como entrada, o m´etodo e´ capaz de revelar variac¸o˜ es de movimento e cores que s˜ao dif´ıceis ou imposs´ıveis de perceber a olho nu..

(35) 29. A Figura 11 apresenta uma vis˜ao geral do processo de magnificac¸a˜ o. Figura 11: Vis˜ao geral do processo de magnificac¸a˜ o de v´ıdeo Euleriana.. Fonte: Wu et al. (2012).. Para amplificar as variac¸o˜ es de movimento e cores, cada frame do v´ıdeo passa por um processo de amplificac¸a˜ o temporal e espacial. Primeiramente, o sistema decomp˜oe a sequˆencia de v´ıdeo de entrada em diferentes sequˆencias de faixas de frequˆencias espacial e aplica o mesmo filtro temporal em todas a faixas. As faixas espaciais filtradas s˜ao ent˜ao amplificadas por um fator α, e adicionadas de volta no sinal original, usado para gerar o v´ıdeo de sa´ıda. A escolha do filtro temporal e dos fatores de amplificac¸a˜ o pode ser alterada para diferentes aplicac¸o˜ es (WU et al., 2012). A Figura 12 mostra um exemplo de utilizac¸a˜ o do m´etodo EVM, para visualizar os batimentos card´ıacos do indiv´ıduo monitorado. Figura 12: M´etodo de magnificac¸a˜ o de v´ıdeo Euleriana.. Fonte: Wu et al. (2012)..

(36) 30. A Figura 12 (a) e´ a sequˆencia de v´ıdeo de entrada, a Figura 12 (b) e´ a sequˆencia de v´ıdeo magnificado, a Figura 12 (c) e´ o gr´afico que representa as fatias (slices) espac¸o-temporais da sequˆencia de v´ıdeo de entrada e a Figura 12 (d) e´ o gr´afico das fatias espac¸o-temporais da sequˆencia de v´ıdeo magnificado, onde as variac¸o˜ es de intensidade de cor ficam evidenciadas. A variac¸a˜ o de colorac¸a˜ o na pele e´ ocasionada pela circulac¸a˜ o sangu´ınea, sendo impercept´ıvel a olho nu. Ap´os o processo de magnificac¸a˜ o, a alterac¸a˜ o na colorac¸a˜ o da pele e´ vis´ıvel, pois e´ amplificada a variac¸a˜ o da intensidade de cor dos pixels que comp˜oem a imagem naquele instante de tempo (WU et al., 2012). O processo de magnificac¸a˜ o possui v´arias etapas que s˜ao apresentadas na Figura 13. Figura 13: Detalhamento do processo de magnificac¸a˜ o de v´ıdeo Euleriana.. Fonte: Autoria pr´opria.. Etapa 1: a imagem e´ obtida pela cˆamera de v´ıdeo. Etapa 2: o frame que comp˜oe o v´ıdeo e´ enviado para o algoritmo EVM. Etapa 3: ao receber o frame, a operac¸a˜ o resize down e´ realizada, a qual reduz o tamanho do frame. Etapa 4: ap´os a reduc¸a˜ o de tamanho, a operac¸a˜ o blur e´ usada como filtro espacial para reduzir as altas frequˆencias. Ent˜ao s˜ao aplicados dois filtros passa baixa recursivos (Infinite Impulse Response - IIR) para limitar a amplificac¸a˜ o das frequˆencias, com o prop´osito de delimitar as frequˆencias de interesse. Por exemplo, para determinar a frequˆencia card´ıaca, e´ necess´ario delimitar a faixa de frequˆencia entre 0.4-4Hz que corresponde a 24-240 batimentos por minuto (WU et al., 2012). Etapa 5: ap´os ser filtrado, o frame passa pelo processo de amplificac¸a˜ o, em que o resultado do filtro temporal e´ multiplicado por um fator α, que resulta na magnificac¸a˜ o da variac¸a˜ o de cor ou movimento no frame. Etapa 6: o frame e´ submetido a` operac¸a˜ o resize up. Etapa 7: o frame retorna ao tamanho original e e´ adicionado novamente ao frame original. Etapa 8: o resultado do processo, que e´ a imagem magnificada..

(37) 31. 3. ˜ DA LITERATURA REVISAO. O levantamento dos estudos presentes na lietratura sobre a obtenc¸a˜ o da SpO2 sem contato f´ısico utilizando imagens de v´ıdeo foram identificados atrav´es do processo de mapeamento sistem´atico conforme descrito nas sec¸o˜ es a seguir. ´ METODO DE PESQUISA. 3.1. O m´etodo de pesquisa utilizado para realizar a revis˜ao da literatura foi o mapeamento sistem´atico, o qual segue as diretrizes descritas em Petersen et al. (2015) e Kitchenham (2007). Conforme descrevem os autores de Kitchenham (2007), o mapeamento sistem´atico e´ mais adequado do que uma revis˜ao sistem´atica, quando o t´opico de pesquisa possui poucas evidˆencias ou e´ muito amplo. Os resultados de um mapeamento sistem´atico auxilia na identificac¸a˜ o de lacunas, e pode identificar novos estudos prim´arios a serem conduzidos (KITCHENHAM, 2007). Sendo assim, o mapeamento sistem´atico apresenta uma vis˜ao ampla de um determinado t´opico de pesquisa e auxilia na identificac¸a˜ o de poss´ıveis subt´opicos que necessitam de mais estudos prim´arios (NAKAGAWA, 2017). 3.1.1. PROCESSO DE PESQUISA Em Kitchenham (2007) os autores sugerem que os seguintes passos sejam seguidos. para realizar o mapeamento sistem´atico: - Desenvolver um protocolo. - Definir a quest˜ao de pesquisa. - Definir a estrat´egia de busca. - Definir quais os dados ser˜ao extra´ıdos de cada estudo prim´ario incluindo os de qualidade. - Manter a lista de estudos inclu´ıdos e exclu´ıdos. - Usar diretrizes de s´ıntese de dados. - Usar diretrizes de relat´orios..

(38) 32. 3.1.1.1. PROTOCOLO A definic¸a˜ o do protocolo de pesquisa e´ o documento que espec´ıfica os m´etodos que. ser˜ao utilizados para conduzir o mapeamento (KITCHENHAM, 2007). No protocolo est˜ao descritos o objetivo do mapeamento e as quest˜oes de pesquisa que e´ parte essencial para a conduc¸a˜ o do mapeamento. Para esse estudo o objetivo e´ : identificar estudos relacionados com a obtenc¸a˜ o da saturac¸a˜ o de oxigˆenio sem contato f´ısico com o indiv´ıduo monitorado utilizando imagens de v´ıdeo. Para isso, foram definidas as seguintes quest˜oes de pesquisa: - Quais s˜ao os m´etodos e t´ecnicas utilizados para o monitoramento da SpO2 sem contato f´ısico atrav´es de cˆameras de v´ıdeo? - E´ poss´ıvel monitorar a SpO2 utilizando imagens de v´ıdeo em tempo real? 3.1.2. ˜ DOS ESTUDOS PRIMARIOS ´ ´ IDENTIFICAC¸AO - ESTRATEGIA DE BUSCA A fim de localizar os estudos prim´arios, foram realizadas buscas autom´aticas e foi. adotada a t´ecnica backward snowballing. Para a realizac¸a˜ o da busca autom´atica, utilizada nas bibliotecas digitais e nos motores de busca, elencadas no Quadro 1, foi necess´aria a definic¸a˜ o da string de busca. As buscas n˜ao foram restringidas por per´ıodo de ano. O processo de construc¸a˜ o da string de busca considerou os seguintes pontos: - Busca de palavras-chave em artigos relevantes ao tema, obtidos em busca informal realizada anteriormente ao mapeamento; - Identificac¸a˜ o de sinˆonimos e termos alternativos as palavras-chave; - Utilizac¸a˜ o do conector booleano OR para agrupar palavras-chave sinˆonimas e alternativas; - Utilizac¸a˜ o do conector booleano AND para associar palavras-chave; - Realizac¸a˜ o de buscas piloto com a string de busca para verificar se estudos relevantes obtidos anteriormente aparecem nas buscas; - Ajuste da string de busca a` s sintaxes das bibliotecas digitais e motores de busca; Sendo assim, a string de busca desse mapeamento sistem´atico ficou definida da seguinte forma: (“SpO2 estimation” OR “oxygen saturation” OR “blood oxygen saturation” OR SpO2 OR oxymetry OR “pulse oxymetry”) AND (photoplethysmographic OR PPG OR IPPG OR rPPG OR “remote PPG”) AND (no-contact OR noncontact OR no-invasive OR contactless OR camera OR webcam)..

(39) 33. Os campos considerados para a busca dos artigos foram: resumo, t´ıtulo e palavraschave (TITLE-ABS-KEY). O Quadro 1 apresenta as bibliotecas e o motor de busca utilizados para o levantamento dos estudos e a data da realizac¸a˜ o das buscas. Para a busca snowballing al´em dos artigos retornados nas buscas autom´aticas, foram utilizadas as revis˜oes sistem´aticas: Liu et al. (2012), Sun e Thakor (2016) e Al-Naji et al. (2017). Quadro 1: Bibliotecas online.. Data da realizac¸a˜ o da busca. Fonte ACM Digital Library ScienceDirect IEEE Xplore Digital Library Scopus. 17/04/2018 17/04/2018 17/04/2018 17/04/2018. Fonte: Autoria pr´opria.. 3.1.3. ˜ DOS ARTIGOS PROCESSO DE SELEC¸AO Os artigos passaram por uma triagem de 3 est´agios, o que resultou na lista final de. estudos prim´arios. A Figura 14 mostra os detalhes dessa triagem. Figura 14: Selec¸a˜ o dos estudos prim´arios.. Fonte: Autoria pr´opria..

(40) 34. Inicialmente 791 artigos foram retornados ao serem executadas as buscas autom´aticas nas base cient´ıficas (vide Quadro 1) utilizando a string de busca predefinida, desse total, 73 artigos foram exclu´ıdos por serem duplicados, restando 718 artigos que foram considerados como a selec¸a˜ o inicial. Ap´os a leitura dos t´ıtulos e resumos dos artigos da selec¸a˜ o inicial, 649 estudos foram exclu´ıdos, por n˜ao atenderem os crit´erios de exclus˜ao (vide Sec¸a˜ o 3.1.4), restando 69 artigos para a leitura completa do texto. Esse montante consiste na selec¸a˜ o final. Ao aplicar os crit´erios de inclus˜ao (I1) e (I2) (vide Sec¸a˜ o 3.1.4) nesse u´ ltimo conjunto de estudos, 53 estudos foram exclu´ıdos, restando 16 estudos prim´arios que compreende o conjunto dos estudos prim´arios. Para complementar a busca autom´atica foi utilizada a t´ecnica de backward snowballing. Essa t´ecnica consiste em analisar as referˆencias dos artigos retornados na busca autom´atica a fim de identificar artigos relevantes que n˜ao foram encontrados utilizando a string de busca (JALALI; WOHLIN, 2012). Para tal, as referˆencias dos 16 artigos que comp˜oem a selec¸a˜ o final foram analisadas e as revis˜oes sistem´aticas: Liu et al. (2012), Sun e Thakor (2016) e Al-Naji et al. (2017) foram consideradas. Esse processo resultou na adic¸a˜ o de 1 novo artigo a` lista final, totalizando 17 estudos prim´arios. Foram realizadas pesquisas com a string de busca no Portal de peri´odicos Capes com os termos em livre traduc¸a˜ o para o portuguˆes, mas nenhum estudo relacionado com a obtenc¸a˜ o da SpO2 sem contato f´ısico foi encontrado, al´em dos que j´a tinham sido retornados na busca com os termos em inglˆes. 3.1.4. ´ ˜ E EXCLUSAO ˜ CRITERIOS DE INCLUSAO Os crit´erios de selec¸a˜ o do estudo tˆem como objetivo identificar os estudos prim´arios. que fornecem evidˆencias diretas sobre a quest˜ao de pesquisa (KITCHENHAM, 2007). A seguir s˜ao listados os crit´erios de inclus˜ao e exclus˜ao. Os artigos s´o foram inclu´ıdos se atenderem todos os crit´erios de inclus˜ao e n˜ao se enquadrarem nenhum dos crit´erios de exclus˜ao. Crit´erios de inclus˜ao: (I1) O artigo deve estar relacionado a obtenc¸a˜ o da SpO2 sem contato f´ısico; (I2) O artigo deve descrever adequadamente o contexto da pesquisa e como o estudo foi conduzido..

Referências

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