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A escola de tempo integral e sua relação com o desenvolvimento integral dos sujeitos da educação infantil

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA – LICENCIATURA

A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL E SUA RELAÇÃO COM O

DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DOS SUJEITOS

DA EDUCAÇÃO INFANTIL

ALINE ADELAIDE ALBRECHT WUST

Ijuí – RS 2013

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ALINE ADELAIDE ALBRECHT WUST

A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL E SUA RELAÇÃO COM O

DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DOS SUJEITOS

DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

Orientadora: Eulalia Beschorner Marin

Ijuí – RS 2013

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, a meu pai Bruno Wust, querido, que sempre me incentivou, minha mãe Araci Albrecht Wust “in memorian” que sempre esteve junto comigo, a meu marido pela paciência e compreensão, a meu irmão Tiarles Wust que sempre me ajudou e despeitou em mim esta vontade de ser educadora, a minha amiga Daiana pelas dicas, pelo incentivo e ajuda.

Aos professores do Curso de Pedagogia e principalmente a minha orientadora Eulalia Marin, pela disponibilidade e paciência na elaboração deste trabalho e por ter aceitado o convite em participar deste importante momento em minha vida.

A todos

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RESUMO

Este trabalho teve como principal objetivo de verificar como Educação Infantil de Tempo Integral ocorre e se esta desenvolvendo-se conforme os referenciais da Educação Infantil e Diretrizes Curriculares Nacionais Para A Educação Infantil . Foi realizado através de uma pesquisa com os pais de alunos das turmas: Maternal, Pré A e Pré B, crianças de 3 a 6 anos. Na parte teórica, apresentando a Escola de Tempo Integral – quais as suas intenções; origem da Educação Integral; conceitos da Educação Integral e Tempo Integral; conceito da Educação Integral na Educação Infantil; o desenvolvimento integral do sujeito infantil. O estudo foi realizado a partir de um questionário para identificar se a Educação de Tempo Integral ocorre conforme os referenciais e análise tratam de um estudo propondo-se analisar se ocorre ou não a Educação de Tempo Integral conforme a teórica. As análises mostram a análise dessa experiência, nos permite afirmar a Educação de Tempo Integral, conforme os referenciais da Educação Infantil, se realmente ocorre a Educação de Tempo Integral, verificando o desenvolvimento integral dos sujeitos da Educação Infantil.

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ABSTRACT

This study aimed to verify how the kindergarten Full Time occurs and is developing itself as the benchmark of Early Childhood Education and the National Curriculum Guidelines For Early Childhood Education. Was conducted through a survey with parents of students in the classes: Nursery, Pre A and Pre B, children 3-6 years. In the theoretical part, presenting the School Full-Time - what their intentions; origin of Integral Education; concepts of Integral Education and Full Time; concept of Integral Education in Early Childhood Education; integral development of the subject child. The study was conducted from a questionnaire to identify whether the Education Full Time occurs as benchmarks and analysis deal with proposing a study to analyze whether it occurs or not Education Full-Time as the theoretical. The analyzes show the analysis of this experience, allows us to assert Education Full Time, according to the referential Childhood Education, if it really happens Education Full-time, checking the integral development of individuals from kindergarten.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 6

1 A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL – QUAIS AS SUAS INTENÇÕES? ... 7

1.1 EDUCAÇÃO INTEGRAL ... 7

1.2 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E TEMPO INTEGRAL ... 7

1.4 ASPECTOS LEGAIS EM RELAÇÃO A EDUCAÇÃO INTEGRAL ... 13

2 O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO SUJEITO INFANTIL ... 17

3 METODOLOGIA E ANÁLISE ... 21

CONCLUSÃO ... Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 30

ANEXOS DAS ENTREVISTAS COM OS PAIS...30

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INTRODUÇÃO

Com um novo contexto da sociedade, que vem mudando e se transformando devido ao capitalismo, surge cada vez mais a necessidade das famílias buscarem uma melhor condição financeira, com isso trabalham cada vez mais e consequentemente acabam se ausentando, surge o novo problema, a educação dos filhos, necessitando assim alguém que desempenhe esta função.

A escola por ser um lugar mais segura e preparada acaba desempenhando o papel de educar e ensinar, com isso surge a grande procura pela Escola de Tempo Integral, já que a mesma é formadora do sujeito em todas as dimensões. E com isto surge a necessidade de verificar como ocorre a Educação de Tempo Integral, se traz na sua elaboração os referenciais da Educação Infantil sobre o desenvolvimento integral dos sujeitos.

O desenvolvimento integral nos aspectos cognitivos, afetivo e psicomotor da criança, respeitando sua individualidade e permitindo-lhe elaborar novos conhecimentos através das interações com o outro e com o meio, expressando-se uma criança feliz, saudável, crítica e autônoma, capaz de relacionar-se com os outros, cooperando com eles através da aprendizagem diversificada e significativa.

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1 A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL – QUAIS AS SUAS INTENÇÕES?

1.1 EDUCAÇÃO INTEGRAL

A palavra integral significa inteiro, completo, total. Portanto, defender uma Educação Integral, é defender uma educação completa, que pense o ser humano por inteiro, em todas as dimensões. Não só em tempo, mas principalmente em qualidade, rimar e unir quantidade e qualidade. Não adianta apenas aumentar a quantidade, sem melhorar a qualidade.

Portanto, precisa-se ampliar as quatro horas/aulas e melhorar sua qualidade, garantindo o acesso e o direito a diversas atividades: arte, esporte, lazer, cultura, conteúdos pedagógicos, científicos, profissionalização, dentre outros elementos.

É preciso uma educação que discuta e construa valores, cidadania, ética, na valorização e fortalecimento da identidade étnica, cultural, local, de gênero, valores estes essenciais para a construção de uma sociedade.

A Educação Integral refere-se tanto a uma concepção teórica específica de educação quanto a um projeto de educação previsto pela legislação e em fase de implantação estratégica no Brasil.

Enquanto concepção teórica, a Educação Integral prevê a formação mais integral possível do sujeito, isto é, a oferta de oportunidades de acesso às várias instâncias culturais da sociedade e a visão do ser humano como um ser composto por diversas camadas interrelacionadas que dizem respeito não apenas à cognição, mas à emoção, subjetividade, desejos, inteligibilidade, sociabilidade, entre outras.

A Educação Integral também considera um papel crítico-emancipatório para a educação, estimulando a gradativa autonomia dos educandos em sua formação como cidadãos.

1.2 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E TEMPO INTEGRAL

Em relação na Educação Integral, Anísio (1962) que é preciso dar aos alunos um programa completo das matérias do núcleo comum, mais oficinas, desenho, música, dança, teatro e educação física. Além disso, a escola deveria dar saúde e alimentação à criança. Esta escola deveria ser voltada para a formação integral dos alunos, dando-lhes a oportunidade de desenvolverem diversas

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habilidades nas mais variadas atividades de estudo, de trabalho, de vida social e de recreação e jogos, ou seja, oferecer à criança oportunidades completas de vida.

A Escola de Educação Integral, para Anísio (1962), deveria ser um retrato da vida em sociedade, com suas atividades diversificadas. Trata-se de uma escola que não somente reproduz a comunidade humana, mas ergue-a a nível superior ao existente naquela época e que se configura até hoje. Assim, o autor coloca:

As democracias, [...], sendo regimes de igualdade social e povos unificados [...] não pode prescindir de uma sólida educação comum, a ser dada na escola primária, de currículo completo e dia letivo integral, destinada a preparar o cidadão nacional e o trabalhador ainda não qualificado, e, além disto, estabelecer a base igualitária de oportunidades, de onde irão partir todos, sem limitações hereditárias ou quaisquer outras [...] (p. 107).

Anísio (1962, p. 79) também afirma que a Escola de Educação Integral deve:

[…] dar-lhe seu programa completo de leitura, aritmética e escrita, e mais ciências físicas e sociais, e mais artes industriais, desenho, música, dança e educação física. Além disso, desejamos que a escola eduque, forme hábitos, forme atitudes, cultive aspirações, prepare, realmente, a criança para a sua civilização – esta civilização tão difícil por ser uma civilização técnica e industrial e ainda mais difícil e complexa por estar em mutação permanente. E, além disso, desejamos que a escola dê saúde e alimento à criança, visto não ser possível educá-la no grau de desnutrição e abandono em que vive.

Ou seja, o aluno estaria sendo preparado para a vida e para o trabalho, de acordo com suas aptidões, sem que lhe faltasse o mínimo de estrutura necessária para que conseguisse participar ativamente das atividades, no caso, saúde e alimentação. Em outro trecho Anísio (1962, p. 63) coloca que:

[…] não podemos ser uma escola de tempo parcial, nem uma escola somente de letras, nem uma escola de iniciação intelectual, mas uma escola, sobretudo prática, de iniciação ao trabalho, de formação de hábitos de pensar, hábitos de fazer, hábitos de trabalhar e hábitos de conviver e participar em uma sociedade democrática, cujo soberano é o próprio cidadão.

Para o autor, essa escola que prepara para vida, deveria preparar de forma crítica, levando ao aluno a consciência da importância que tem na sociedade, sabendo ser democrático e sempre voltado ao trabalho e ao progresso dessa sociedade.

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Na descrição do funcionamento do Centro, podemos ver que Anísio tinha uma preocupação em formar esses alunos dando-lhes a oportunidade de participar, como membro da comunidade escolar, de um conjunto rico e diversificado de experiências, em que se sentiria o estudante na escola-classe, o trabalhador nas oficinas de atividades industriais, o cidadão nas atividades sociais, o esportista no ginásio, o artista no teatro e nas demais atividades, pois todas elas podiam e deveriam ser desenvolvidas a partir da experiência das crianças, para então serem feitos os planejamentos em colaboração e depois executados pelos próprios alunos.

Essas seriam experiências educativas, pelas quais as crianças iriam adquirir hábitos de observação, desenvolver a capacidade de imaginar e ter ideias, verificar como poderiam ser executados e executar diversos projetos, ganhando, assim, habilitação para uma ação inteligente e eficiente em sua vida atual, a projetar-se para o futuro.

1.3 EDUCAÇÃO INTEGRAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil compreende o período de 0 a 5 anos de idade, oferecida pelo Governo, enquanto instituição escolar, conforme instituído pela Constituição Federal de 1988, em creche e pré-escola.

Nesse período, a criança está em pleno desenvolvimento e formação nos seus aspectos motor, cognitivo, emocional, linguístico e social. Assim, a escola deve proporcionar condições para que a criança desenvolva todos esses aspectos de forma integral. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) estabelece no art. 29:

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996).

Também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil estabelecem a Educação Integral como fundamental para a formação humana.

As instituições de Educação Infantil devem promover em suas Propostas Pedagógicas, práticas de educação e cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos,

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cognitivos/linguísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível (BRASIL, 1999).

Dessa forma, o conceito de desenvolvimento integral na Educação Infantil na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas Diretrizes Curriculares Nacionais possui um reconhecimento legal enquanto fundamental à formação plena do educando, ao desenvolvimento de aspectos físicos, emocionais, afetivos, sociais, intelectuais e linguísticos.

No entanto, existem diferentes abordagens para a temática da Educação Integral, conforme afirma Guará (2006). Uma dessas concepções temáticas relaciona Educação Integral com Tempo Integral de atendimento escolar. Pensado por Darcy Ribeiro, o Centro Integrado de Educação Pública (CIEP), no Rio de Janeiro, no início de sua implantação, constituiu uma experiência de Escola de Tempo Integral, que articulou conteúdos escolares com atividades diversificadas que complementassem o currículo escolar formal, como dança, artes, esportes etc. Ainda segundo Guará (2006), muitas são as críticas a esse pensamento, ao se acreditar que, se o aluno passar mais tempo na escola, a mesma estará deixando de cumprir seu papel educativo, exercendo uma função assistencialista.

Uma outra concepção de Educação Integral, tal como está previsto nas nossas leis, está voltada ao desenvolvimento do ser humano de forma multidimensional, com a integração dos aspectos cognitivos, afetivos, sociais, motores, psíquicos etc., compreendendo o homem como ser integral (MASSI, 2003).

Pode-se apontar ainda a perspectiva de Educação Integral que está voltada à integração dos conhecimentos e conteúdos escolares, tal como é percebido na abordagem inter e transdisciplinar. Como uma crítica à ciência moderna que fragmenta o ensino e os conteúdos escolares, essa abordagem busca uma visão integral do ensino escolar (MORIN, 2007).

Na minha compreensão, uma Educação Integral e multidimensional não precisa, necessariamente, estar ligada a uma Educação de Tempo Integral. Será que uma educação que envolva o desenvolvimento humano e as diversas linguagens e formas de expressão como a dança, o teatro e esportes, por exemplo, só pode ser realizada em tempo integral? Ou o tempo que, normalmente, o aluno frequenta a escola (aproximadamente 5 horas por turno escolar), também pode estar voltado a uma educação que compreenda as múltiplas potencialidades humanas?

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Dessa forma, acredito que o importante não seja o período de tempo que o aluno esteja na escola e, sim, o que é feito com esse tempo que o aluno frequenta a mesma. Nesse sentido, minha pesquisa está voltada às duas últimas perspectivas de Educação Integral: a um desenvolvimento integral do ser humano e a uma abordagem inter e transdisciplinar de educação.

De acordo com as funções da consciência (pensamento, sentimento, sensação e intuição) da teoria junguiana, acredito que o ser humano é dotado de mente, mas também de corpo, sensações, intuições, sentimentos dos mais diversos etc. Por isso, defendo a ideia de que a escola deveria ser um espaço de formação plena do indivíduo e o professor deveria utilizar diversos recursos para atender as diferentes dimensões da criança desde a Educação Infantil.

É preciso aprender a observar os alunos como um todo e não apenas os seus aspectos cognitivos. É importante perceber a ligação entre afeto, cognição e movimento, atentar para a postura, o olhar, o cansaço, o excesso ou a falta de movimento, o foco dos alunos no cotidiano da sala de aula, a fim de sempre reconstruir a prática docente (SCARPATO, 2006, p. 53-54).

Na Educação Infantil, é fundamental desenvolver uma educação que integre não só a mente, mas também o corpo, sentimento, intuições... No entanto, a Educação Infantil muitas vezes é vista como preparatória para o Ensino Fundamental, onde os alunos passam o tempo com atividades que não fazem sentido algum, apenas para obterem habilidades que julgam necessárias àqueles que irão frequentar o Ensino Fundamental e lá sim, irão aprender os conteúdos escolares, a ler e a escrever (GARCIA, 2005). E no Ensino Fundamental, as crianças são reprimidas “numa cadeira, horas seguidas, olhando para um caderno e um quadro-negro” (SCARPATO, 2006, p. 18).

Dessa maneira, embora o meu objeto de estudo, neste momento, seja a Educação Infantil, acredito que seja importante desenvolver a criança de forma integral em todo o processo de escolarização e não apenas na Educação Infantil.

A escola e, principalmente o professor, deveria estar atento a selecionar conteúdos que estejam relacionados com a vida do educando e com métodos diferenciados que instiguem os alunos a se aproximarem do mesmo.

Portanto, nesta pesquisa, parto do pressuposto de que a formação integral tem que ser um objetivo constante no processo educativo das crianças, com o

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comprometimento de toda a equipe pedagógica da escola. O que quero dizer é que, para ocorrer um real desenvolvimento da criança, que integre, como proponho, pensamento, sentimento, sensação e intuição, a escola deve estar comprometida em definir estratégias e objetivos que possibilitem um planejamento eficiente para que a proposta de um desenvolvimento integral não se perca no vazio de conteúdo, planejamento e ação.

A ideia de uma Educação Integral e multidimensional é importante, também na Educação Infantil, o desenvolvimento da leitura e da escrita, através da compreensão da alfabetização como um processo permanente. Isso porque entendo alfabetização.

Como um processo ativo de leitura e interpretação, onde a criança não só decifra o código escrito, mas também o compreende, estabelece relações, interpreta. Desse ponto de vista, alfabetizar não se restringe à aplicação de rituais repetitivos de escrita, leitura e cálculo, mas começa no momento da própria expressão, quando as crianças falam de sua realidade e identificam os objetos que estão ao seu redor. Segundo nosso enfoque, pois a alfabetização não se confunde com um momento que se inicia repentinamente, mas é um processo em construção (ABRAMOVAY; KRAMER, 1985, p. 104).

Portanto, é imprescindível favorecermos uma educação que permita aos alunos ter uma visão mais interligada do ensino, contextualizando e globalizando o conhecimento a partir de diferentes linguagens. Uma educação voltada para o aluno, para sua personalidade, sua subjetividade, suas necessidades e também para as demandas do grupo nos quais se insere. Concordando com Garcia (2005, p. 19):

A função da Educação Infantil não é apenas dar continuidade à aprendizagem da linguagem escrita, uma entre tantas linguagens, mas contribuir para que as crianças vivenciem as diferentes linguagens utilizadas na sociedade, aprendendo a ler estas linguagens e usá-las para se expressar – a linguagem corporal, linguagem musical, a linguagem plástica, a linguagem televisiva, a linguagem cinematográfica, a linguagem fotográfica, a linguagem do vídeo, a linguagem da mímica, a linguagem teatral e, por que não, a linguagem da informática.

Assim, é necessário deixar de lado tanto concepções de Educação Infantil que somente aplicam atividades para ocupar o tempo, fragmentadas, que não possuem um sentido maior para os alunos.

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1.4 ASPECTOS LEGAIS EM RELAÇÃO A EDUCAÇÃO INTEGRAL

A ampliação da jornada escolar no contexto do sistema educacional do Brasil vem se efetivando nas políticas públicas entre as esferas administrativas (federal, estadual e municipal). Tal implementação tem ocorrido por meio de experiências diversas que se consolidam no cenário brasileiro pelo viés do ordenamento jurídico que determina sua execução em legislações específicas sobre o assunto.

Entretanto, Freitas (2009, p. 115) assinala:

[...] que esta não é uma questão que se resolve apenas com medidas legais, além de recursos físicos, materiais e de recursos financeiros, ela exige também situações no âmbito pedagógico que envolve questões fulcrais no campo da educação.

Os programas implementados nessa área, em diferentes regiões do país, vêm procurando cumprir as determinações previstas que atendam às especificidades contidas na legislação. Quanto à especificidade do ordenamento legal, Menezes (2009) ressalta que a Constituição Federal de 1988 não faz menção direta aos termos Educação Integral e/ou Tempo Integral, mas dá margem para uma compreensão dessa natureza, quando, em seu art. 6º, explicita a educação como o primeiro dos dez direitos sociais. A autora complementa, ainda, que tal princípio, conjugado ao art. 205, que trata da educação como direito de todos e explicita em seus dispositivos aspectos referentes à cidadania e qualificação para o mundo do trabalho, permite inferir a Educação Integral como direito de todos.

Outra Lei considerada como marco legal para a ampliação da jornada escolar é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96), que determina em seus artigos:

Art. 34 – A jornada escolar no Ensino Fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.

§ 2º – E que o Ensino Fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.

Art. 87 – É instituída a década da educação a iniciar-se um ano a partir da publicação desta Lei.

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§ 5º – Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes escolares públicas urbanas de Ensino Fundamental para o regime de Escolas de Tempo Integral.

Para Menezes (2009), a LDB/96 tem por referência mínima uma jornada de pelo menos quatro horas de efetivo trabalho em sala de aula e preconiza a ampliação gradativa do tempo de permanência na escola, na forma da progressiva implantação do Ensino Fundamental de Tempo Integral.

Apesar dos contrastes assentados no país, a Lei, no seu texto original, deixa a critério dos sistemas de ensino o planejamento e as decisões pertinentes à progressiva implantação do nível de ensino de que estamos tratando. Embora a Lei nº 9.394/96 contenha determinações acerca da Educação Integral, Menezes (2009, p. 71) reitera que “[...] não se pode afirmar que a ampliação do tempo nessa legislação esteja diretamente relacionada ao objetivo da formação integral do ser humano”. Segundo a autora, a progressiva ampliação desse tempo pode estar associada a outras situações, como fatores ligados à proteção e aos direitos de pais e mães trabalhadoras.

Vários estudos refletem acerca da qualidade do ensino alicerçada na concepção de Educação Integral, prevista na legislação vigente. Para Coelho (2009), nesse contexto, a educação é concebida como um processo que abrange as múltiplas dimensões formativas do sujeito, e que precisa ser integral em todos os seus aspectos, tendo como pressuposto uma formação que abranja sua completude por meio de atividades diversificadas e coerentes com a proposta pedagógica de cada instituição educativa, contempladas no âmbito da redação de que trata a própria LDB/96, quando confere às unidades de ensino autonomia para elaborarem e executarem seu projeto político pedagógico.

Nos últimos anos, temos assistido a um grande aumento nas discussões acerca da Educação de Tempo Integral no contexto educacional. Há um notável crescimento em torno das políticas públicas para essa modalidade da educação, assim como para a adesão da sociedade civil nas demandas sociais existentes. Um forte indicativo para essas questões pode ser confirmado pelas políticas públicas do MEC, especialmente pelo Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, um documento que dispõe sobre a articulação entre a União, Estados, municípios, Distrito Federal e Sociedade Civil em geral, em prol da melhoria da Educação Básica.

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Ainda de acordo com os aspectos da legislação, Menezes (2009) aponta que outro importante documento a considerar é a Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001, compromisso firmado por meio do Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007, documento que trata da mobilização de todos pela melhoria da educação. Em seu art. 7º diz que:

Podem colaborar com o compromisso, em caráter voluntário, outros entes, públicos e privados, tais como organizações sindicais e da sociedade civil, fundações, entidades de classe empresariais, igrejas e entidades confessionais, famílias, pessoas físicas e jurídicas que se mobilizem para a melhoria da qualidade da Educação Básica. Institui o Plano Nacional de Educação, cuja vigência é até o ano de 2010.

Essa Lei, a exemplo da CF/88 e da própria LDB/96, traz a Educação Integral como aspecto voltado à formação integral do homem. Todavia, amplia a discussão trazendo outra etapa da Educação Básica, quando em seu texto é citado que na Educação Infantil a oferta desse atendimento ocorrerá progressivamente para as crianças de 0 a 6 anos e especifica um quantitativo mínimo de sete horas diárias para a Educação Integral no Ensino Fundamental. Evidencia-se no texto em questão que essa é uma educação de ordem prioritária a uma clientela desfavorecida socialmente. A Lei define como necessário:

Adotar progressivamente o atendimento em tempo integral para crianças de 0 a 6 anos (BRASIL, 2001, p. 48). Ampliar, progressivamente a jornada escolar visando expandir a Escola de Tempo Integral, que abranja um período de pelo menos sete horas diárias, com previsão de professores e funcionários em número suficiente. Prover, nas Escolas de Tempo Integral, preferencialmente para crianças das famílias de menor renda, no mínimo duas refeições, apoio às tarefas escolares, a prática de esportes e atividades artísticas, nos moldes do programa de renda mínima associado a Ações Socioeducativas (BRASIL, 2001, p. 62).

Diante disso e considerando as questões já mencionadas, um ponto que se difere da Constituição Federal de 1988 trata da oferta dessa educação às crianças das famílias com menor renda.

Nessa direção, Menezes (2009, p. 73) considera que, mesmo entendendo que a necessidade de ampliação do tempo escolar a essa parte da população menos privilegiada, se faça urgente e prioritária tanto pela necessidade de uma maior qualificação da educação pública, quanto pela perspectiva assistencial e de proteção à criança e ao adolescente, esta seria em certa medida uma forma de

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limitar a oferta da Educação Integral a todos que perante a Lei deveriam ter o devido direito, pois segundo a Constituição Federal “Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza [...]” (MENEZES, 2009).

Historicamente, a Educação de Tempo Integral inicia-se nesta etapa da Educação Básica trazendo ainda, muitos aspectos de uma época em que o caráter educacional vinculado às instituições de Educação Infantil imprime marcas de uma história que se origina da assistência. Dentre os fatores, há uma predominância no contexto vivido desta época. A inserção da mulher no mercado de trabalho, cujas necessidades dessa classe trabalhadora, especificamente da mãe trabalhadora, determinam uma prioridade e demanda de lugares para deixarem seus filhos.

Desde então, creches são criadas, sobretudo, por organizações filantrópicas voltadas ao atendimento dessas crianças economicamente desfavorecidas, que não tinham onde ficar para as mães trabalharem. Para Saraiva (2006, p. 24) “As entidades e os movimentos do terceiro setor são privados por sua origem, mas públicos por sua finalidade [...]”. Em muitos aspectos essas instituições sem fins lucrativos apresentam condições de se autogerir, transmitem credibilidade no que se refere aos aspectos denominados como eficiência, são mais baratas e não desperdiçam recursos com a burocracia. Sendo assim, seus ideais perpassam por questões que transmitem a ideia de substituir ou complementar as ações dos órgãos públicos na área social.

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2 O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO SUJEITO INFANTIL

A necessidade de que a Educação Infantil promova o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos, de forma integral e integrada, constitui-se no alicerce para o pleno desenvolvimento do educando. O desenvolvimento integral da criança, na faixa etária de 0 a 6 anos torna-se imprescindível a indissociabilidade das funções de educar e cuidar.

O art. 29 da LDB regulamenta a Educação Infantil como uma etapa do ensino básico. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

No entanto, com tantos documentos ainda existem crianças que não tem acesso a esse direito e, por isso, não estão sendo respeitadas como sujeitos.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, parte dos seguintes aspectos: formação pessoal e social e conhecimento do mundo. Esse documento apresenta os aspectos do cuidar e do educar, como práticas complementares, e a importância de considerar a criança como um produtor de cultura, sujeito ativo (BRASIL, 1998).

A criança tem o direito de ter creche e pré-escola que acolham e permitam um ambiente que elas possam exercer através do conhecimento da vivência e do respeito ao espaço do outro, da cooperação, do viver em sociedade. Vale ressaltar, que é através desse conhecimento que nos conhecemos e nos tornamos melhores, como pessoas.

As crianças, na legislação, estão com os seus direitos garantidos, mas será, na prática, que essas conquistas estão sendo asseguradas? Será que, como docentes em formação, compreendemos a importância do respeito à cultura infantil? A legislação garante os direitos das crianças, mas será que estou exercendo o papel, como educadora, para que a infância seja vivenciada em sua plenitude? Esses são questionamentos que devo fazer para que as crianças tenham seus direitos assegurados e, ainda, que elas vivam a infância, sejam crianças.

Após esses momentos de retrospectiva histórica e de reflexão, citarei as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, documento legal que estabelece padrões para oferecer às crianças pequenas um ambiente acolhedor e

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de qualidade. Vale ressaltar, que a instituição propicia às crianças interações e experiências diferentes daquelas vividas no ambiente familiar, mas, sem esquecer, que se complementam (BRASIL, 2009).

O art. 3, das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, regulamenta que as propostas pedagógicas das creches têm que propiciar a integração dos diferentes aspectos do desenvolvimento infantil.

As DCNEI buscam melhorias da qualidade da Educação Infantil, mas, na realidade, há lugares inapropriados, profissionais desmotivados, falta de um maior investimento para atender as crianças de 0 a 5 anos.

Conforme o secretario da educação de Ijuí Eleandro Lizot ,o município de Ijuí tem como principio da educação ,uma educação de qualidade a serviço da vida,com conhecimento,participação , competência e sua missão é garantir à sociedade uma educação pública de qualidade, que proporcione ao aluno conhecimentos e valores de formação cidadã em relações democráticas e participativas tendo também foco na inclusão ,no sucesso do aluno,no zelo pelo bem publico e na valorização da vida.

A partir dos RCNEI -Referenciais Curriculares Nacionais Para Educação Infantil deve propiciar as crianças um ambiente acolhedor que favoreça o desenvolvimento de competências e habilidades. A creche, por ser um ambiente diferente do familiar, devem possibilitar as crianças, em contato com o outro, estabelecer relações diversificadas possibilitando a criança um aperfeiçoamento e desenvolvimento de suas capacidades.

Vale ressaltar, que a forma que sou capaz de compreender o mundo que nos cerca e qual significado damos as nossas vidas nos permite construirmos nossa identidade.

Todo ser humano necessita ser valorizado, amado, para que possam se constituir como pessoa. Há uma necessidade de viver em sociedade e assim compreender a si mesmo e ao outro como parte da nossa história. Segundo a legislação e os documentos oficiais do MEC, a criança é um sujeito de direito garantido, mas devemos refletir, como educadores, se a Lei está sendo colocada em prática diante de uma sociedade.

Ao analisarmos alguns aspectos das Leis e de Documentos Oficiais citados percebi a presença de desenvolver os diversos aspectos das crianças pequenas, mas senti falta de itens específicos que propicie o desenvolvimento afetivo de

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maneira que os profissionais, as famílias possam conhecer e perceber a importância de se considerar, como aspecto de desenvolvimento, a afetividade.

Então, me questiono, será que as creches conhecem, e está realizando o seu papel visando à criança como o ponto de partida para o seu desenvolvimento, considerando que a criança é um ser completo, um ser geneticamente social.

As diferentes Leis e Documentos Oficiais do MEC compartilham da ideia de que a Educação Infantil deve considerar os diversos aspectos do desenvolvimento da criança.

Segundo as Orientações Curriculares para a Educação Infantil (2011), as crianças são seres de direitos e devem ser consideradas como cidadãos desde o seu nascimento.

Por esse motivo refleti sobre a criança como um ser de direitos civis, humanos e sociais, sujeitos participantes de uma sociedade. Para bem exercer essa função primordial, as equipes de Educação Infantil necessitam pensar que há, hoje, em nossa sociedade uma forma nova de se compreender a criança.

Diferentemente de entendê-la como alguém que virá a ser um cidadão quando crescer, ela é considerada cidadão desde o nascimento. Outro fator que nos possibilita uma reflexão é a relação de indissociabilidade do cuidar e o educar na Educação Infantil, o que é o cuidar e o educar.

Para as Orientações Curriculares as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, na Educação Infantil, são educadas e cuidadas, pois estão em uma fase de desenvolvimento onde aprendem a falar, a andar, a representar o mundo através da imitação, do jogo simbólico, da fala e de outras linguagens.

Mas, realmente, o que é cuidar e educar na Educação Infantil: é atender as necessidades, oferecendo condições que propiciem um ambiente confortável para comer, dormir, de higiene. Como a reflexão, em alguns aspectos que norteiam a prática docente na Educação Infantil, propicia uma mudança de concepções e de atitudes criando novas possibilidades para que, na prática, as creches e as pré-escolas possam atender as crianças com qualidade.

A instituição de Educação Infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação.

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Na instituição de Educação Infantil, pode-se oferecer às crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil.

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.

Portanto, a Educação Infantil é fator determinante para o sucesso do alunado ao ingressarem no 2º ano do Ensino Fundamental, pois ela é responsável pelo desenvolvimento de habilidade que só podem ser desenvolvidas nas idades de 0 a 6 anos, não podendo assim ser pulada e tratada como algo desnecessário para o desenvolvimento da criança, pois esta é responsável pelo desenvolvimento intelectual e físico das crianças.

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3 METODOLOGIA E ANÁLISE

Neste capitulo trataremos da metodologia e da analise da informação sujeitos das pesquisas. Para a produção de dados desta pesquisa,elaborei questões sob a orientação da professora orientadora Eulália Marin. O questionário continha 10 questões e foi respondido pelas mães de uma escola particular do município de Ijuí. A escola tem 75 alunos de 4 meses a 6 anos ,sendo que 22 alunos permanecem na escola o dia todo.

Nosso objetivo neste trabalho de conclusão de curso é verificar se realmente ocorre a educação em tempo integral conforme referências da educação infantil,se a criança esta tendo um melhor aprendizado .

Para fazermos a análise foram identificadas as vantagens ou desvantagens da Educação em tempo integral, através questionários e observações.Através do questionário, pudemos verificar se os pais sabem o que é escola em tempo integral,e qual sua função em relação a aprendizagem e desenvolvimento do seu filho .

Para esta analise, foram selecionados 10 famílias das turmas Maternal,Pré - A e Pré-B ou seja crianças de 3 a 5 anos .No questionário proposto os dados de identificação dão inicio à pesquisa. Todos os questionários foram respondidos pelas mães,todas tem sua profissão (enfermeira,professora,dona de casa,caixa bancária e auxiliar de padaria).

Quando questionadas sobre o que é Escola de Tempo Integral e qual a sua função, a maioria das mães vê a Escola de Tempo Integral, como um lugar seguro para deixarem os seus filhos enquanto trabalham, passando para a escola a função de cuidar e amar. Apenas uma mãe tem conhecimento do que realmente é Educação de Tempo Integral e também percebe que a mesma não ocorre na escola. Verificamos algumas respostas a seguir:

“A Escola Integral é o tempo que a criança fica enquanto os pais trabalham, a escola tem que ensinar a criança se desenvolver e se sentir amada”. “Para mim além de me ‘socorrer’ para poder trabalhar, ela é cuidadora...”. “A função da Escola de Tempo Integral forma a integralidade dos sujeitos, desenvolvimento em todas as dimensões, cognitivas, afetivas, sociais, motoras...”.

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Quando interrogadas as famílias em relação à opção de matricular seu filho em uma Escola de Tempo Integral, todas foram unânimes em responder que optaram por uma Escola de Tempo Integral por uma necessidade, pois trabalham o dia todo, não tem com quem deixar os filhos ou preferem deixar na escola ao invés de deixarem com a empregada sem nenhuma formação e só algumas perceberam que a Educação de Tempo Integral colabora no desenvolvimento do seu filho. Como podemos ver nas respostas a seguir:

“Pela necessidade, pai e mãe trabalham, não tem com quem deixar o filho”. “Porque temos que trabalhar o dia todo e na escola ele fica mais protegido do que em casa com alguém estranho”.

“Na escola todo dia ele aprende algo novo, se desenvolve mais”.

Quanto às diferenças percebidas, em relação à aprendizagem das crianças, todas as mães relatam melhor aprendizagem de seus filhos, tanto em relação à linguagem, à socialização e melhor cumprimento de regras. Vejamos algumas respostas:

“Notei as diferenças nos primeiros meses, melhora na fala, socialização e alimentação...”.

“Notamos que evoluiu bastante quanto sua aprendizagem, sendo possível perceber que algumas vezes até nos cobra de certas atitudes, sabendo relatar os fatos de seu cotidiano na escola”.

“Desenvoltura na linguagem, esperto e curioso para tudo”.

Analisando as diferenças percebidas em relação às suas atitudes e comportamento com familiares e pessoas próximas foram percebidas uma maior independência, socialização, destacando boas maneiras. Há uma exceção que relata que seu filho aprendeu a cuspir e bater. Segundo a mãe hábito que não tinha.

“Principalmente as boas maneiras... sabendo ouvir e falar na hora certa”. “Nosso filho é super tranquilo e sempre educamos ele para obedecer os professores, desde que vai na escola percebemos que seu desenvolvimento foi notável em todas as áreas bem como seu comportamento”.

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“Acho que ele ficou mais independente, antes ficava apenas comigo ou minha mãe (avó), tem o lado negativo também, ele aprendeu a bater, cuspir...”.

Perguntamos para as mães investigar se seus filhos gostam de permanecer na escola o dia todo, grande maioria gosta de vir na escola, mas reclamam de levantar cedo e outras estão em dúvida, exceto duas famílias relatam que os filhos não gostam de ficar o dia inteiro e uma delas ressalta que às vezes gostariam de ficar só um tempinho na escola.

“Sim, gosta muito da escola...”. “Não”.

“Nem sempre, às vezes comenta que gostaria de ficar só um pouquinho na escola e não (um monte de tempo)”.

“Como todas as crianças, às vezes gosta e às vezes não”.

“Sim, às vezes reclama de que quer dormir até mais tarde (dia frio e chuvoso)”.

Perguntamos o que seus filhos fazem em casa após chegar da escola. A maior parte das mães enfatiza que brincam, comem, assistem televisão e filmes, tomam banho e dormem, mas uma mãe destaca que sua filha possui atividades variadas todos os dias e que a deixa muito cansada.

“Toma banho, janta, brinca e olha filmes...”.

“... após assistimos filme, conversamos sobre o dia na escola e dormimos”. “Essa é a diferença (o fazer coisas depois da escola) como minha filha possui atividades variadas todos os dias após a escola, pode-se notar que a quebra da rotina a deixa mais cansada”.

Quando interrogadas se seus filhos costumam faltar a escola, todas responderam que os filhos não faltam, exceto se tiver doente ou se estiver de folga do serviço.

“Não, só falta aula quando está doente, daí optamos em deixá-lo em casa até que se estabeleça”.

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“Somente quando está doente, e quando saio para trabalhar em outra cidade ela vai comigo e fica na casa dos avós”.

“Não, por que como os pais trabalham fora o dia todo, não tem com quem deixar...”.

Para vocês pais em relação às tarefas solicitadas pela escola, são compridas, todos os pais destacaram que sim e que fazem o possível para cumprir tudo que é solicitado.

“Sim, ela adora fazer”.

“Procuramos sempre cumpri-las, pois achamos que a educação deve ser levada a sério e é uma maneira da criança aprender a ser responsável”. “Sim, procuramos cumprir tudo que nos é solicitado”.

Quando questionamos as famílias em relação se seus filhos preferem frequentar a escola no turno da amanhã ou da tarde, quatro famílias responderam que os filhos preferem frequentar só à tarde, mas as outras responderam que manhã e tarde, só que a maioria tinha um pouco de resistência em acordar cedo, principalmente no inverno.

“À tarde”. “Manhã e tarde”.

“Ambos os turnos, claro que o frio atrapalha um pouco no turno da manhã”. “... tem um pouco de resistência em acordar cedo, mas explicamos para ele que é preciso ele ir na escola, pois o pai e mãe trabalham e ele acorda numa boa”.

Quando interrogadas as mães em sentido, qual o papel da escola na educação do seu filho, a grande maioria destaca que a importância do papel da escola é ensinar aprender, e as outras duas mães destacam que a escola complementa a didática dando suporte para que construa um conhecimento. Já na resposta qual o papel da família, era que a família tinha que dar o exemplo, ensinar o comportamento, disciplina, educação, respeito, boas convivências, de acordo com relatórios.

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“O papel da escola na educação de meu filho é dar suporte para que ele construa um conhecimento em sociedade e se faz necessário desde os primeiros anos de vida. A criança passa interagir melhor com outras crianças e para o meu filho foi ótimo, pois está se socializando, interagindo, construindo-se enquanto sujeito, cria laços de amizades. Até o momento a educação com olhar pedagógico que ele está recebendo na escola está dentro de nossas expectativas, nós enquanto pais só temos que dar suporte e valorizar os estudos, a aprendizagem, para estimular o nosso filho, pois ao nos interessar para que produza e aprenda, fizemos com que se sinta valorizado em relação ao que fez, querendo fazer ainda melhor. Para nós a escola representa um lugar de emancipação a respeito de seu grupo familiar, onde ele vai poder estar e falar com o outro além de nós pais/família. Sendo um campo onde ele estabeleça outros laços que lhe possibilitem receber recursos que poderá usar no futuro com outros semelhantes, na escolha de profissão”.

“Com certeza é uma relação conjugal, não há escola sem família e nem família sem escola, um precisa complementar o outro”.

“A educação do seu filho é fornecida pelos pais, em casa, ensina limites, respeito, boa convivência, a educação da escola é ensinar e cada fase da sua vida, o que deve aprender, como aprender alfabetização, em casa os pais não dão continuidades ao trabalho do professor...”.

“A base da educação vem da família, a escola é uma extensão, à escola cabe o complemento e a didática”.

“Papel da escola é ensinar e dos pais educar”.

Em muitos momentos percebi que as crianças da educação infantil de tempo integral não se sentiam motivados em realizar as tarefas, em concentrar-se, procurando assim a todo o momento sair da sala, brigando com os colegas, necessitando de minha interferência. Observando os alunos que frequentam a escola apenas no turno da tarde percebi que há melhor rendimento, mais motivação, vontade de aprender coisas novas e maior concentração.

A análise dessa experiência nos permite afirmar a Educação de Tempo Integral, conforme os referenciais da Educação Infantil, se realmente ocorre a Educação de Tempo Integral, verificando o desenvolvimento integral dos sujeitos da Educação Infantil.

A escola observada tem como proposta contribuir para o desenvolvimento integral nos aspectos cognitivos, afetivo e psicomotor da criança, respeitando sua individualidade e permitindo-lhe elaborar novos conhecimentos através das interações com o outro e com o meio, expressando-se uma criança feliz, saudável, crítica e autônoma, capaz de relacionar-se com os outros, cooperando com eles através da aprendizagem diversificada e significativa.

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A partir das análises dos questionários respondidos pelas famílias que tem filhos que frequentam a Escola de Educação Infantil de Tempo Integral, conclui que para o casal (pai e mãe) a Escola de Tempo Integral tem a função de ajudar a educação da criança, estabelecendo regras, rotina, socializando a criança em uma sociedade que ela conviva com outras crianças, professores, aprenda coisas novas com contextos pedagógicos. Para muitos pais a Escola Integral reforça a educação passada por eles, além de ser uma aliada, pois os pais têm sua rotina de trabalho, pois muitos não têm com quem deixar seus filhos, e a Escola de Tempo Integral acaba sendo a única das opções.

Muitos dos pais perceberam uma grande mudança em suas crianças após matricularem os mesmos na escola, notaram que suas crianças estavam mais comunicativas, com boas maneiras, aprenderam coisas novas, começaram a cobrar atitudes dos pais em algo que divergia os pontos de vista, começaram a ter certa rotina na hora para almoço, lanche e brincadeiras.

Para muitas famílias, as crianças melhoraram suas atitudes e comportamento com familiares e adultos, começaram a usar as boas maneiras como pedir, por favor, obrigado, com licença. Seu desenvolvimento foi notável em varias áreas, bem como seu comportamento.

Também conclui que para as famílias a escola tem um ótimo e necessário papel na educação dos filhos, além de dar suporte em diversos pontos, mas principalmente na educação, no conhecimento, na inserção da criança na sociedade.

Muitos sabem que a verdadeira educação, o começo de tudo parte de casa e cabe à escola fazer uma complementação, oferecendo à criança no turno inverso preencher seu tempo com leituras, brincadeiras, aprendizagem com jogos pedagógicos, oficinas que despertam na criança desde cedo seu lado para saúde, como fazer atividades físicas, mas na realidade observei que não está sendo assim, as crianças ao invés de estarem sendo acompanhadas de uma professora que pudesse auxiliar em diversas questões, nas oficinas, teatros, brincadeira e jogos pedagógicos estão tendo o seu tempo ocupado por filmes, desenhos, brincadeiras livres e não em grupos para aprenderem a socializar com os demais colegas de diversas idades (de 3 a 6 anos).

Em muitos momentos percebi, que as crianças da educação infantil de tempo integral não se sentiam motivados em realizar as tarefas, em

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se,procurando assim a todo momento sair da sala,brigando com os colegas ,necessitando de minha interferência.Observando os alunos que frequentam a escola apenas no turno da tarde percebi que há melhor rendimento,mais motivação,vontade de aprender coisas novas e maior concentração.

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CONCLUSÃO

Diante da reflexão construída por meio deste trabalho de conclusão de curso, ampliamos o conhecimento acerca dos questionários respondidos pelas famílias e contribuições teóricas que fundamentam o atendimento de qualidade e o merecido cuidado à criança inserida em período integral na primeira Etapa da Educação Básica – Educação Infantil, a qual gerou conjuntamente o seguinte conjunto de conclusões:

Com as mudanças sociais, novas iniciativas surgiam com o propósito de atender essas crianças na ausência do Estado. Vale retomar que, as ações de guarda e cuidado ainda assumem grande relevância no cenário atual, em muitos espaços destinados a este atendimento. Nesta trajetória, a implantação de políticas públicas representou grandes avanços para esta etapa da Educação. Deste modo, foi através da Constituição Federal de 1988, a Educação Infantil passou a ser reconhecida como obrigatória e dever do Estado. É neste sentido que a tendência à demanda escolar de período integral deve ser discutida.

É neste sentido que, torna-se indispensável considerar as necessidades das crianças atreladas as suas capacidades e habilidades em cada fase do desenvolvimento infantil, onde o alcance necessário da instituição de ensino deve atingir além das especificidades escolares, deve entender a criança na sua essência e, sobretudo, na plenitude desta fase.

Para tanto, percebemos que a parceria entre família e escola determina a eficácia do processo de evolução dos educandos, fazendo-se necessário um suporte/amparo às questões que se remetem à formação infantil em seus aspectos físicos, afetivos, sociais e cognitivos.

De acordo com os documentos oficiais revistos, percebemos que embora não existam regulamentações ou normas destinadas especificamente à educação infantil de tempo integral, a qualidade do atendimento na primeira etapa da Educação Básica, é exigida e garantida por órgãos que orientam e estabelecem diretrizes

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capazes de subsidiar a organização institucional no que se refere aos elementos que envolvem a dimensão da prática educativa.

O papel da escola, então, deve ser repensado, considerando que o contexto atual admite novas concepções para o ambiente educativo, e, portanto novos desafios que necessitam ser enfrentados com estratégias adequadas à demanda e à exigência.

Para se alcançar a qualidade do atendimento na Educação Infantil, as instituições de ensino devem apoiar-se nas políticas públicas voltadas à Educação Infantil, sua implementação e acompanhamento; no planejamento de propostas pedagógicas que contemplem as especificidades do universo infantil, na parceria entre família e escola no processo educativo, na atualização e reflexão acerca da formação e da prática profissional bem como a infra-estrutura necessária ao funcionamento do estabelecimento, deste modo, conseguirão atingir o comprometimento com a prática educativa.

Com esta compreensão, podemos refletir sobre a contribuição pessoal e profissional que alcançamos ao concluirmos que o processo de desenvolvimento infantil é determinante para o modo como a criança atribuirá significados ao mundo e à realidade em que está inserida, pois estas, mais tarde assumirão importantes papéis sociais e deverão sentir-se capazes de intervir com autonomia e desenvoltura nos diferentes contextos, e deste modo garantir que a semente plantada admita um significado importante na longa trajetória destes educandos. Consideramos assim, que a maior meta da escola de tempo integral é o comprometimento com o atendimento às crianças que lhes são confiadas, reunindo esforços.

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