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Análise de viabilidade econômica e financeira para implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

DACEC Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso Administração – Bacharelado – Modalidade Presencial Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DO RAMO COMERCIAL DE

AUTOPEÇAS AUTOMOTIVAS DA LINHA PESADA PARA

CAMINHÕES E ÔNIBUS

Trabalho de Conclusão de Curso

NILSON ROGÉRIO FERREIRA DA SILVA JUNIOR

Orientadora: Ma. Stela Maris Enderli

(2)

NILSON ROGÉRIO FERREIRA DA SILVA JÚNIOR

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DO RAMO COMERCIAL DE

AUTOPEÇAS AUTOMOTIVAS DA LINHA PESADA PARA

CAMINHÕES E ÔNIBUS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Administração, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (Dacec), da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientadora: Ma. Stela Maris Enderli

Ijuí (RS) 2017

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus, que me iluminou e me guiou nesta jornada, dando-me forças para que pudesse superar os obstáculos e as dificuldades encontradas.

À minha família, cunhadas, sogra, sogro, tios, primos, avó e em especial aos meus pais, Nilson e Rosane, pela dedicação, carinho e incentivo prestados ao longo desses anos e por sempre acreditarem em mim. Minha eterna gratidão por tudo que fizeram e fazem para tornar minha vida melhor. Vocês são a minha base. AMO VOCÊS!

Pai, muito obrigado pela ajuda, pois você colaborou com informações e dados que me ajudaram a construir este trabalho, informações importantes para a sua conclusão.

À minha noiva, Andressa, o amor da minha vida, pela paciência, compreensão, apoio e carinho que teve comigo durante a realização deste estudo e por estar sempre presente em minha vida.

Ao meu chefe Carlos Baldissera, pela parceria, apoio e pelo tempo ofertado em todos os momentos que precisei para honrar os meus compromissos da faculdade. Obrigado, Carlão!

A todos os professores do curso de Administração da Unijuí, que contribuíram para o meu crescimento profissional, em especial à minha orientadora, professora Stela Maris Enderli, pelos ensinamentos, sabedoria e apoio, sempre disposta a responder meus questionamentos nesta etapa tão importante para mim.

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“Para todo negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem.”

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ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA DO RAMO COMERCIAL DE AUTOPEÇAS AUTOMOTIVAS DA LINHA PESADA PARA CAMINHÕES E ÔNIBUS1

Nilson Rogério Ferreira Da Silva Junior²; Mestra Stela Maris Enderli³

¹ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora do curso de Graduação em Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

² Aluno do curso de Graduação em Administração da Unijuí. E-mail: nferreira@stoller.com.br.

³ Orientadora, professora mestra do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação. E-mail: stelae@unijui.edu.br.

Introdução: A análise de investimento tem o propósito de verificar se há viabilidade no novo

empreendimento, e tem ganhado importância no atual contexto de crise financeira, pois permite visualizar o retorno do investimento e compreender o seu grau de viabilidade. O presente estudo visa estudar a viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus, que será instalada na cidade de Ijuí, no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. A organização prestará serviços de venda de autopeças e lubrificantes e trabalhará com peças das mais variadas marcas de veículos pesados do mercado. O fato de o seu proprietário ter mais de 25 anos de conhecimento na área permite que seja uma empresa especializada na marca Mercedes-Benz. O estudo tem a seguinte questão norteadora: “Como a análise de viabilidade econômica e financeira pode auxiliar na decisão de investir na implantação de uma empresa no ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus?” Para atender à questão, o seu objetivo geral será analisar a viabilidade econômica e financeira para implantação de empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus. Como objetivos específicos são elencados os seguintes: levantar as receitas, investimentos, custos e despesas necessárias ao empreendimento; avaliar o capital inicial necessário para o investimento inicial; calcular os indicadores utilizados na análise da viabilidade econômica e financeira; e analisar os indicadores e demonstrativos. A realização deste estudo se justifica pois permite estruturar uma empresa no ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus, proporcionando maior conhecimento sobre o cenário do empreendimento, as perspectivas do investimento e segurança na busca pelo sucesso do negócio. Também, permite ao acadêmico aperfeiçoar os conhecimentos desenvolvidos durante o curso, constituindo-se numa fonte de pesquisa para outros interessados no tema ora abordado.

Metodologia: Quanto à natureza o presente estudo caracteriza-se como pesquisa aplicada,

pois seu objetivo é pesquisar e desenvolver uma análise de viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus. Com relação aos objetivos o estudo se classifica como descritivo, pois visa observar, registrar e analisar os dados coletados. Quanto à forma de abordagem do problema a pesquisa se classifica como qualitativa, pois não envolve métodos estatísticos e é baseada no levantamento das informações. No que se refere aos procedimentos técnicos, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, que tem como base, material já elaborado, constituído principalmente de livros, artigos científicos e materiais disponíveis na internet.

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Em seguida foi realizado um estudo de levantamento de dados referente aos investimentos, receitas e despesas do empreendimento. Por fim, fazendo parte do estudo de caso foram analisadas as informações sobre a viabilidade econômica e financeira para a abertura da empresa. Os instrumentos de coleta de dados foram constituídos pela observação sistemática, individual e real, o que contribuiu para compreensão da forma como ocorre o funcionamento de uma determinada organização, seguindo com entrevistas despadronizadas com o futuro proprietário, buscando dados estratégicos e necessários da organização. Na análise e interpretação dos dados, estes foram analisados e interpretados por meio de tabelas, planilhas eletrônicos e gráficos, sendo então avaliados os indicadores a fim de quantificar os dados e constatar a viabilidade econômica e financeira da empresa.

Discussão e Resultados: O estudo discorreu sobre o ramo da atividade, os investimentos

iniciais necessários para o empreendimento, bem como as estimativas de receitas e despesas dos períodos. Os dados levantados foram utilizados para formar a análise de viabilidade econômica, que é composta pela DRE do período e os índices de rentabilidade e lucratividade, e a análise de viabilidade financeira formada pelo Fluxo de Caixa, VPL, TIR e Payback Simples e Descontado. Nesse sentido, o ramo de atividade estudado neste trabalho é o comércio varejista de autopeças automotivas e lubrificantes da linha pesada para caminhões e ônibus, realizando-se a análise para a abertura de uma empresa que pretende comercializar autopeças na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, que será instalada no município de Ijuí/RS. A estimativa de investimentos pré-operacionais necessários para realizar a abertura e legalização da empresa totaliza R$ 5.045,00, cujo valor envolve os gastos com a instalação de software para emissão de notas fiscais, seguido da publicidade, o registro da empresa, o certificado digital para validar as notas fiscais e por fim o alvará contra incêndio. O total dos investimentos fixos chega a um total de R$ 65.772,00, dos quais R$ 16.875,00 são referentes à aquisição de máquinas e equipamentos, R$ 12.025,00 referem-se a móveis e utensílios, e por fim o veículo que representa um valor de R$ 36.872,00 do total do investimento. Os investimentos no capital inicial totalizaram R$ 258.057,35, sendo que deste montante o proprietário irá financiar R$ 154.000,00 junto à Instituição Financeira. O restante do valor será com recursos próprios. As receitas são oriundas das vendas de peças e lubrificantes para a linha pesada de caminhões e ônibus. Estima-se a comercialização mensal de 1.698 itens, resultando em um montante total de R$ 161.451,48. Já a estimativa anual de receitas de vendas prevê a comercialização de 20.376 itens. As despesas fixas mensais totalizaram um montante de R$ 18.804,72, sendo que as que apresentaram maior representatividade foram as despesas com funcionários, no valor de R$ 4.332,41, seguido das despesas financeiras no valor de R$ 3.311,00, aluguel no valor de R$ 3.000,00 e pró-labore no valor de R$ 2.775,00. Para a projeção dos cinco anos mantiveram-se os valores, sem considerar as variações da inflação tanto nas despesas quanto nas receitas. O crescimento estimado nas receitas não interfere na composição das despesas fixas.

Conclusão: Após projetar todos os dados referentes aos investimentos, receitas, despesas,

custos e realizar as análises de viabilidade econômica e financeira do projeto, pode-se afirmar que a abertura da empresa é viável e rentável, pois todos os demonstrativos analisados chegaram a essa conclusão. Verifica-se a viabilidade do investimento por meio das análises da DRE, que foi calculada em cinco anos e que demonstrou lucro em todos os anos. O fluxo de caixa inicia o período com saldo de caixa negativo, mas apresenta melhora a partir do terceiro ano de sua apuração. O índice de rentabilidade ficou com uma taxa média de 36,64% e a lucratividade do projeto ficou em 4,60%, demonstrando que o projeto é viável. A TIR obteve um índice de 25,93%, o que comparado com a TMA que foi de 15% demonstra a viabilidade do projeto. O retorno do projeto será de dois anos, dez meses e vinte e sete dias pelo método

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payback simples e em três anos, três meses e dois dias pelo método payback descontado. Verifica-se, portanto, que o investimento da implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus é rentável, desde que sua administração cumpra seu papel, sendo que o investimento atende as expectativas do empreendedor. Os objetivos que nortearam este estudo foram alcançados, pois responderam à questão proposta no trabalho, utilizando as técnicas estudadas de análise econômica e financeira, na qual ficou comprovada a viabilidade do investimento. Tendo em vista que os resultados encontrados nas análises de viabilidade foram satisfatórios e que os indicadores de desempenho econômico e financeiro e de rentabilidade e lucratividade foram bons, comprovou-se a viabilidade do investimento neste novo empreendimento.

Referências

AZEVEDO, Graziela. Crise na Mercedez-Benz: 10 mil funcionários em licença remunerada, 2016. Disponível em: < http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/08/crise-na-mercedes-benz-10-mil-funcionarios-em-licenca-remunerada.html>. Acesso em: 12 out. 2016.

BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral básica. 4. ed. Ijuí: Unijuí, 2011. 376 p.

BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995. 408 p.

BRASIL. IBGE mapeia a infraestrutura dos transportes no Brasil. Publicado em: 25 de novembro de 2014. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/11/ibge-mapeia-a-infraestrutura-dos-transportes-no-brasil>. Acesso em: 13 abr. 2017.

DANTAS, Antônio. Análise de investimentos e projetos aplicados à pequena empresa. Brasília: Universidade de Brasília, 1996. 162 p.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócio. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 232 p.

FREZATTI, Fábio. Gestão da viabilidade econômico-financeira dos projetos de

investimento. São Paulo: Atlas, 2008. 144 p.

LEITE, Emanuel. O fenômeno do empreendedorismo. Recife: Bagaço, 2000. 503 p. SÁ, Carlos Alexandre. Fluxo de caixa: a visão da tesouraria e da controladoria. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 333 p.

SEBRAE. Pesquisa GEM: empreendedorismo no Brasil e no mundo. Disponível em: <

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/estudos_pesquisas/pesquisa-gem-empreendedorismo-no-brasil-e-no-mundodestaque9,5ed713074c0a3410VgnVCM1000003 b74010aRCRD>. Acesso em: 12 out. 2016.

ZERO HORA. Pesquisa mostra que a frota de caminhões está envelhecida no Brasil. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/02/pesquisa-mostra-que-a-frota-de-caminhoes-esta-envelhecida-no-brasil-4978296.html. Acesso em: 12 out. 2016.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) ... 25

Quadro 2. Fluxo de caixa pelo método direto ... 28

Quadro 3. Investimentos pré-operacionais ... 39

Quadro 4. Investimentos fixos ... 40

Quadro 5. Capital inicial ... 41

Quadro 6. Quantidade de itens vendidos no mês... 43

Quadro 7. Receitas anuais com vendas ... 45

Quadro 8. Estimativa de estoque inicial ... 46

Quadro 9. Despesas com pessoal ... 49

Quadro 10. Despesas com pró-labore ... 49

Quadro 11. Despesas de depreciação de máquinas e equipamentos ... 50

Quadro 12. Despesas de depreciação de móveis e utensílios ... 51

Quadro 13. Despesa com depreciação de veículo ... 51

Quadro 14. Despesas fixas mensais ... 52

Quadro 15. Despesas fixas anuais ... 53

Quadro 16. Estimativa de desembolso com financiamento ... 54

Quadro 17. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ... 57

Quadro 18. Índice de Rentabilidade ... 58

Quadro 19. Índice de Lucratividade ... 59

Quadro 20. Fluxo de caixa ... 60

Quadro 21. Taxa Interna de Retorno ... 61

Quadro 22. Valor Presente Líquido (VPL) ... 62

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Organograma da empresa ... 15

Figura 2. Percentual de investimentos fixos ... 41

Figura 3. Percentual de investimentos em capital inicial ... 42

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LISTA DE ABREVIATURAS

DRE Demonstração de Resultado

FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

IL Índice de Lucratividade

INSS Instituto Nacional de Seguridade Social

IR Índice de Rentabilidade

LO Lucratividade Operacional

LOL Lucro Operacional Líquido

NBCT Norma Brasileira de Contabilidade Técnica

ROL Receita Operacional Líquida

TIR Taxa Interna de Retorno

TMA Taxa Mínima de Atratividade

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 14 1.1 Apresentação do tema ... 14 1.2. Caracterização da organização ... 15 1.3 Problematização do tema ... 16 1.4. Objetivos ... 17 1.4.1 Objetivo geral ... 17 1.4.2 Objetivos específicos ... 17 1.5 Justificativa ... 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 19 2.1 Ramo de atividade ... 19

2.2 Administração e funções administrativas ... 20

2.3 Empreendedorismo ... 21

2.4 Análise de viabilidade ... 22

2.4.1 Investimentos ... 22

2.4.2 Receitas, despesas e custos ... 23

2.5 Metodologias de análise de viabilidade ... 24

2.5.1 Análise de viabilidade econômica ... 24

2.5.1.1 Demonstração de Resultado do Exercício – DRE ... 25

2.5.1.2 Índices de Rentabilidade – IR ... 26

2.5.1.3 Índice de Lucratividade (IL) ... 27

2.5.2 Análise de viabilidade financeira ... 27

2.5.2.1 Fluxo de caixa ... 28

2.5.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) ... 29

2.5.2.3 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ... 30

2.5.2.4 Valor Presente Líquido (VPL) ... 30

2.5.2.5 Período de Payback ... 31

3 METODOLOGIA ... 33

3.1 Classificação da pesquisa ... 33

3.1.1 Quanto à natureza ... 33

3.1.2 Quanto aos objetivos ... 34

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema ... 34

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 35

3.2 Instrumentos de coleta de dados ... 36

3.3 Análise e interpretação dos dados ... 37

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 38

4.1 Ramo da atividade ... 38

4.2 Investimentos necessários... 39

4.3 Receitas, custos e despesas ... 42

4.3.1 Receitas ... 42

4.3.2 Custos ... 46

4.3.3 Despesas ... 49

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4.4.1 Viabilidade econômica ... 56

4.4.1.1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ... 56

4.4.1.2 Indicadores Econômicos ... 58

4.4.1.2.1 Índice de Rentabilidade (IR) ... 58

4.4.1.2.2 Índice de Lucratividade (IL) ... 59

4.4.2 Viabilidade financeira ... 59

4.4.2.1 Fluxo de Caixa ... 59

4.4.2.2 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ... 60

4.4.2.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) ... 61

4.4.2.4 Valor Presente Líquido (VPL) ... 61

4.4.2.5 Período de Payback ... 62

4.5 Análise da viabilidade ... 63

CONCLUSÃO ... 64

(13)

INTRODUÇÃO

O empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio da aplicação da criatividade, capacidade de transformar e o desejo de tornar aquilo que comumente se chamaria de risco (LEITE, 2000).

Na visão de Dornelas (2008), a decisão da criação de uma empresa está relacionada a fatores externos, ambientais e sociais, assim como as aptidões pessoais, sendo na maioria das vezes, um somatório desses fatores.

Como apontam Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2005), a administração financeira objetiva maximizar o lucro e, por isso, é a principal responsável pela criação de valor da empresa. Ela abrange decisões estratégicas, como a escolha de opções de investimentos e as decisões de financiamento de longo prazo, além das operações de curto prazo, como a gestão de caixa e o gerenciamento de riscos.

A análise de viabilidade econômica e financeira é muito importante dentro das organizações, assim como é indispensável a sua realização antes de abrir qualquer empreendimento. Seu principal objetivo é verificar se o investimento que a empresa pretende realizar irá trazer o resultado desejado.

Dessa forma, o presente Trabalho de Conclusão de Curso teve como objetivo realizar um estudo de análise de viabilidade econômica e financeira de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus. Visando identificar se o negócio proposto é rentável ou não, bem como auxiliar o proprietário na tomada de decisão.

O Trabalho de Conclusão de Curso está dividido em quatro partes, sendo que no primeiro capítulo apresenta-se a contextualização do estudo, definindo-se o tema, objeto da pesquisa, seguido da caracterização do empreendimento, logo após o problema que norteou o estudo, bem como os objetivos propostos, seguido da justificativa.

O segundo capítulo traz a revisão bibliográfica, baseada na pesquisa em livros e artigos, que define e conceituam por meio do conhecimento de diversos autores, informações sobre os assuntos necessários para a realização do estudo.

No terceiro capítulo apresenta-se a metodologia para a realização da pesquisa, contemplando a classificação da mesma quanto a sua natureza, os objetivos, a forma de abordagem do problema e os procedimentos técnicos. Por fim, a forma como foi realizada a coleta e a interpretação dos dados.

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No quarto capítulo apresenta-se a análise dos resultados, iniciando pelo ramo de atividade, os investimentos necessários, as receitas, os custos e as despesas do empreendimento. Os cálculos da análise dos indicadores de viabilidade econômica e financeira. E as análises sobre a implantação ou não do negócio. Finalizando o estudo, constam as conclusões e as referências utilizadas na fundamentação do tema.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este capítulo apresenta a contextualização do estudo, bem como a definição do tema, seguido da caracterização da organização do objeto de estudo, da problemática, dos objetivos que fundamentam a pesquisa e a justificativa.

1.1 Apresentação do tema

A administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos, a fim de alcançar os objetivos. Esta se divide em vários campos de atuação, um deles é a administração financeira, que será objeto de estudo nesse projeto de trabalho de conclusão de curso.

Para Noronha (1987, p. 33), o objetivo principal da administração financeira é o de “estudar as fontes alternativas de recursos financeiros para a empresa, ao menor custo possível, bem como saldar os compromissos financeiros assumidos.” Isso implica entender que trata-se de estudos que visam o crescimento e a consolidação da mesma no mercado.

Nesse pressuposto, vale ressaltar que para tomar uma decisão, é preciso analisar suas vantagens e desvantagens. Brom e Balian (2007) afirmam que uma decisão satisfatória é aquela considerada viável, realista e que aperfeiçoa os processos empresariais, proporcionando avanços à empresa. Assim, quando se realiza uma escolha, esta deve ser baseada na lógica e numa análise criteriosa das opções.

Com este propósito, a análise de investimento é desenvolvida para verificar se há viabilidade no novo empreendimento. A partir desse contexto, Groppelli e Nikbakht (2010) afirmam que a análise de viabilidade econômica financeira é a decisão sobre um projeto de investimento isolado. Isso, segundo os autores exige o emprego de métodos, critérios e regras de matemática, economia e pesquisa operacional, que demonstrarão se a implantação deste projeto será viável ou não viável.

No atual contexto de crise financeira ganha importância a realização de análises econômicas e financeiras antes de iniciar qualquer projeto empresarial. A partir dessas análises é possível visualizar através de projeções e números, o real potencial de retorno do investimento em questão e, portanto, decidir se o projeto é viável ou não.

Assim, análises econômicas e financeiras são de extrema importância, ainda mais quando considerada a conjuntura atual de crise financeira, o que por sua vez, só reforça a importância da realização de tais análises antes de iniciar qualquer projeto empresarial. A

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partir dessas análises é possível visualizar através de projeções e números, o real potencial de retorno do investimento em questão e, portanto, decidir se o projeto é viável ou não.

Nesse sentido, o tema abordado se constituiu em propor uma análise de viabilidade econômica e financeira para implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus.

1.2 Caracterização da organização

Este trabalho teve por finalidade estudar a viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus. A mesma será instalada na cidade de Ijuí no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

A empresa que foi alvo de estudo será constituída por um proprietário queterá 100% de capital social da empresa, também contará com três funcionários. O proprietário será o gerente da organização que devido a sua experiência irá auxiliar nas negociações, também fazem parte da equipe um vendedor, uma pessoa responsável pelo caixa e um auxiliar administrativo.

Figura 1. Organograma da empresa

Fonte: elaboração própria do autor (2017).

A organização prestará serviços de venda de autopeças e lubrificantes, trabalhará com peças das mais variadas marcas de veículos pesados do mercado, mas tendo uma especialização na marca Mercedes-Benz, pela experiência de mercado do seu proprietário que conta com mais de 25 anos de conhecimento na área.

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1.3 Problematização do tema

Atualmente, há mais profissionais buscando abrir o seu próprio negócio, ou seja, a independência financeira. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2015 (GEM), realizada em parceria com o Sebrae (2016), o número de empreendedores no Brasil cresceu em 2015, saltando de 34,4% para 39,3% no período. Isso significa que no ano que passou cerca de 52 milhões de brasileiros estavam envolvidos na criação ou na manutenção de seu próprio negócio.

Na percepção de Dornelas (2008, p. 22), o “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.”

A partir disso, é viável ressaltar que os investimentos são de extrema importância no cotidiano das empresas, pois são necessários para a evolução de suas operações no mercado. Segundo Brizolla (2013, p. 6), investimento é “toda a aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter determinado retorno no futuro. Um investimento pode ser a criação de uma nova empresa ou pode ser um projeto em uma empresa já existente, por exemplo.”

As decisões em uma organização precisam ser cada vez mais precisas e lucrativas, tem-se que o melhor método para se alcançar este propósito é possuir informações de qualidade. Na visão de Padoveze (2012, p. 6), “o valor da informação reside no seu uso final, isto é, sua inteligibilidade para as pessoas que tomam as decisões e sua relevância para aquelas decisões.”

No entendimento de Hisrich, Peters e Shepard (2009), a análise de viabilidade é imprescindível antes de iniciar qualquer projeto empresarial, pois propicia aos proprietários avaliarem se o projeto planejado será viável ou não. O estudo de viabilidade econômica financeira tem por objetivo a maximização da eficiência na alocação de recursos. Para os autores, “as projeções de dados financeiros determinam a viabilidade econômica e o compromisso dos investimentos financeiros necessários, oferecendo ao empreendedor uma visão clara do novo empreendimento.” (HISRICH; PETERS; SHEPARD, 2009, p. 238).

Baseado no exposto questiona-se: Como a análise de viabilidade econômica e financeira pode auxiliar na decisão de investir na implantação de uma empresa no ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus.

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1.4. Objetivos

A seguir, apresenta-se o objetivo geral e os específicos que proporcionam o embasamento e o suporte à pesquisa realizada.

1.4.1 Objetivo geral

Analisar a viabilidade econômica e financeira para implantação de empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus.

1.4.2 Objetivos específicos

– Levantar as receitas, investimentos, custos e despesas necessários ao empreendimento; – Avaliar o capital inicial necessário para o investimento inicial;

– Calcular os indicadores utilizados na análise da viabilidade econômica e financeira; – Analisar os indicadores e demonstrativos

1.5 Justificativa

A administração financeira é “a arte e a ciência de administrar recursos financeiros, para maximizar a riqueza dos acionistas” (LEMES JÚNIOR; RIGO; CHEROBIM, 2005, p. 4). Para que um empreendimento aconteça, o empreendedor deve realizar uma análise criteriosa nos dados econômicos e financeiros do projeto, para após tomar uma decisão de investir ou não.

A avaliação econômica de projetos, muitas vezes, é realizada intuitivamente por donos das empresas ou responsáveis pela tomada de decisão, sem levar em consideração as técnicas propícias e os dados existentes sobre o investimento, podendo acarretar em resultados em desacordo com a realidade dos mercados.

Dantas (1996, p. 47) argumenta que “um projeto surge de uma ideia, de uma projeção com avaliação de retorno e custos e, principalmente, da necessidade de servir. É uma concepção que vai criando formas antes de qualquer trabalho concreto, esforço físico ou desembolso de recursos.”

Este estudo justifica-se pela decisão de estruturar futuramente uma empresa no ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus. Assim, é

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necessário considerar a viabilidade econômica e financeira da estruturação de um novo negócio, buscando informações que possam auxiliar na elaboração desta análise. Desta forma, foi de suma importância a realização de uma análise de viabilidade antes da criação do negócio, com o objetivo de obter maior conhecimento sobre o cenário do empreendimento, as perspectivas do investimento e buscar o sucesso do negócio.

Para o acadêmico, concluinte do curso de Administração, estudar a administração financeira é desafiador, é mais que aprender, é crescer enquanto profissional. Foi o momento de aperfeiçoar os conhecimentos desenvolvidos durante o curso e colocá-los em prática.

Para o curso de Administração e para a Universidade este estudo é de grande valia, pois representa mais uma fonte de pesquisa futura a outros interessados no tema ora abordado.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresenta-se o referencial teórico, o qual permite dar embasamento teórico a partir de conceitos elaborados por diferentes autores sobre o estudo em pauta. Diante desse cenário, Lakatos e Marconi (1992, p. 110) descrevem que:

Pesquisa alguma parte hoje da estaca zero. Mesmo que exploratória, isto é, de avaliação de uma situação concreta desconhecida, em um dado local, alguém ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes, ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida. Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para a não duplicação de esforços, a não “descoberta” de ideias já expressas, a não inclusão de “lugares-comuns” no trabalho.

Na visão de Roesch (1999, p. 105), “a revisão da literatura permite entre outros propósitos levantar soluções alternativas para tratar de uma problemática.” O referencial teórico, portanto, tem como objetivo fornecer embasamento e suporte para melhor compreensão dos temas abordados no estudo proposto.

2.1 Ramo de atividade

O mercado de caminhões e ônibus novos vem enfrentando uma crise no setor, segundo Azevedo (2016), “a produção de veículos no Brasil caiu mais de 20% na comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com as montadoras, cerca de 100 mil carros já deixaram de ser fabricados em 2016.”

Conforme publicação do Zero Hora (2016), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou a Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2016, com informações gerais sobre a atividade. Com base nesta pesquisa, constatou-se que a frota de caminhões no Brasil tem em torno de 13,9 anos (16,9 anos dos veículos dos autônomos e 7,5 anos dos veículos de frota) e os caminhoneiros rodam cerca de 10 mil km por mês.

Considerando a Pesquisa CNT dos Caminhoneiros 2016, pode-se enfatizar que o ramo de manutenção e reparação de caminhões e ônibus vem crescendo, para suprir essas necessidades, já que muitos desses veículos são antigos e não possuem mais o suporte das concessionárias. Com isso, a venda de peças automotivas de pesados para profissionais autônomos, oficinas e empresas que possuem frotas desses veículos aumenta significativamente.

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2.2 Administração e funções administrativas

A administração tem um papel fundamental para que se possa traçar e alcançar os objetivos. Chiavenato (2003, p. 2) enfatiza que a administração “é imprescindível para a existência, sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a administração, as organizações jamais teriam condições de existir e de crescer.”

Na visão de Silva (2008, p. 6), “administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas da organização.”

Para administrar as atividades da empresa, existem processos administrativos, que o gestor deve desempenhar para obter os resultados planejados. Para entender melhor quais são esses processos Chiavenato (2003, p.11) traz a concepção de que “a Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.”

“Planejar é definir os objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para alcança-los” (CHIAVENATO, 2003, p. 168). Pode-se ainda citar Andrade e Amboni (2007, p. 5) quando afirmam que planejar “diz respeito às implicações das decisões tomadas hoje para um futuro próximo.” O planejamento, portanto, refere-se tanto aos fins quanto aos meios, o planejamento está em definir uma trajetória para a organização e o melhor jeito de segui-la.

A organização é, portanto, o “processo de designação de tarefas, de agrupamento de tarefas em departamentos e de alocação de recursos para os departamentos.” (SILVA, 2008, p. 9). Andrade e Amboni (2007, p. 5) complementam lembrando que “a organização também expressa a distribuição otimizada dos recursos da empresa.”

Kwasnicka (2004, p. 250) define que “a tarefa de dirigir está diretamente relacionada com a interface entre as pessoas dentro de uma organização, quer sejam superiores quer sejam subordinadas, quer sejam pares.” Por esse motivo a função de direção depende muito da habilidade de liderar a equipe, e é importante que o administrador saiba reconhecer esta habilidade nos outros a fim de poder utilizá-las em favor da organização.

Por fim, a quarta função administrativa é o controle. O termo controle na administração é explicado por Mockler (apud KWASNICKA, 2004, p. 263):

O controle administrativo é um esforço sistêmico de estabelecer padrões de desempenho, com objetivos de planejamento, projetar sistemas de feedback de informação, comparar desempenho efetivo com estes padrões

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predeterminados, determinar se existe desvio, medir sua importância e tomar qualquer medida necessária para garantir que todos os recursos estejam sendo usados da maneira mais eficaz e eficiente possível, para a consecução dos objetivos da empresa.

Silva (2008, p. 9) simplifica o conceito de controle, e esclarece que este diz respeito à “função que se encarrega de comparar o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o planejado.” O controle, portanto, é a função do administrador pela qual ele irá avaliar se as práticas dotadas na organização para a execução do plano estão de acordo com os modelos de eficiência e eficácia desejados.

Dessa forma, conhecer e seguir os processos administrativos são de suma importância para o administrador, que poderá auxiliar a empresa a permanecer no mercado, ou ainda a realizar um planejamento para abrir um novo empreendimento.

2.3 Empreendedorismo

A palavra “empreendedorismo” é utilizada para identificar pessoas que têm uma visão e transformam o ambiente em que atuam. De acordo com Dornelas (2008, p. 28) o “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”.

No entendimento de Hisrich e Peters (2004, p. 29):

O empreendedorismo é considerado como um processo dinâmico de criar mais riquezas, estas riquezas são criadas por indivíduos no qual assumem riscos em termos de patrimônio, tempo ou que proveem valor para algum produto ou serviço, este produto ou serviço pode não ser o único, mas o valor dele deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e localizar as habilidades, como também os recursos necessários.

Dornelas (2008, p. 29) ressalta que:

Em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo de geração de algo novo, de valor. Em segundo, requer a devoção, o comprometimento de tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E em terceiro, que riscos calculados sejam assumidos e decisões críticas tomadas; é preciso ousadia e ânimo apesar de falhas e erros.

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Na concepção de Luecke (2007, p. 29), “empreendedor é aquele que combina recursos, trabalho, materiais e outros ativos para tornar seu valor maior do que antes. Também é aquele que introduz mudanças, inovações e uma nova ordem.”

Com base nos conceitos dos autores, pode-se dizer que um empreendedor deve ser excelente identificador de oportunidades, ser ousado e ter persistência para não desistir diante das dificuldades, buscando alternativas, criativas e inovadoras. Além disso, o empreendedor deve realizar um estudo para avaliar se esse produto ou serviço terá o retorno esperado.

2.4 Análise de viabilidade

Antes de iniciar um novo empreendimento, é necessário saber o quanto pretende investir para iniciar as atividades, Bruni e Famá (2007) apontam que o investimento é um sacrifício inicial a favor de vantagens futuras.

No entendimento de Kassai et al. (2000), antes da decisão de investir deve-se recorrer as técnicas de análise de viabilidade, realizando uma análise mais minuciosa sobre o investimento, auxiliando assim o processo de tomada de decisão.

2.4.1 Investimentos

Para iniciar as atividades de qualquer empreendimento é necessário um investimento inicial, por isso, é essencial estimar o total de recursos necessários para a implantação. Segundo Bornia (2010, p. 18), “investimento é o valor dos insumos adquiridos pela empresa não utilizados no período, os quais poderão ser empregados em períodos futuros.”

Padoveze (2010, p. 319) afirma que “investimentos são os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros.”

Silva (2005, p. 50) explica que:

Os investimentos classificam-se em temporários (são valores aplicados com o intuito de resgate dentro de um determinado tempo) e permanentes (são ativos que geram resultados e/ou retorno a longo prazo, observando sempre sua classificação quanto a intenção de resgate).

Os valores a serem investidos dependem muito do ramo de atuação do negócio, e da sua finalidade, o mesmo ocorre com o retorno do investimento, alguns projetos recuperam os

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valores investidos logo nos primeiros anos, outros precisam de anos de atuação no mercado para conseguir ter retorno. Porém, se o projeto foi planejado considerando anos de atuação para obter o retorno, o projeto será viável, pelo fato de que a empresa se adaptou em assumir os custos e não gerar receitas, durante este período (KASSAI et al., 2000).

2.4.2 Receitas, despesas e custos

Na implantação de um negócio, se espera que o investimento realizado retorne, de forma gradativa. Segundo Bordeaux-Rêgo et al. (2013), o principal objetivo da administração de uma empresa é a maximização do seu valor. Esse objetivo é perseguido a longo prazo, sem foco em lucros imediatos. Por isso, as decisões devem ser tomadas no sentido de gerar aumentos de riqueza sustentáveis. Como toda implantação em um negócio, este gera receitas, despesas e/ou custos.

Entende-se por receita a variação que provoca a entrada de elemento no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades principais ou secundárias da entidade, e que geralmente correspondem a venda de mercadorias, produtos e bens, ou a prestação de serviços. Uma receita pode, entretanto, também derivar de rendas sobre títulos, juros de poupanças e outros ganhos eventuais (BASSO, 2011, p. 85).

De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (2016), a NBC TG 30 – Receitas, que foi aprovada pela Resolução Conselho Federal de Contabilidade 1.412/12, explica que receita é o “ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período observado no curso das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu patrimônio líquido, exceto os aumentos de patrimônio líquido relacionados às contribuições dos proprietários.”

Basso (2011, p. 85) conceitua despesa como “o custo do uso dos bens ou serviços, que direta ou indiretamente deverão produzir uma receita. A característica básica da despesa é que ela se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua realização.”

Segundo Padoveze (2010, p. 320), despesas são “os gastos necessários para vender e enviar os produtos. De modo geral, são os gastos ligados às áreas administrativas e comerciais. O custo dos produtos, quando vendidos, transformam-se em despesas.”

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São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa.

No entendimento de Perez Jr., Oliveira e Costa (2005, p. 18), custos são “gastos relativos aos bens e serviços (recursos) consumidos na produção de outros bens e serviços.”

2.5 Metodologias de análise de viabilidade

As metodologias de análise de viabilidade auxiliam uma organização no momento decisório sobre investir no negócio, ou abrir um novo empreendimento. Essas técnicas permitem analisar a viabilidade do negócio, em termos econômicos e financeiros, além disso, possibilitam realizar um levantamento dos investimentos necessários para a abertura ou ampliação da empresa, bem como verificar o retorno de tais investimentos.

Os métodos de análise de viabilidade podem ser elencados em duas categorias, que são mediante o fluxo de caixa e as baseadas no resultado econômico. Elas são definidas como

Baseados no fluxo de caixa - têm como característica a identificação dos fluxos de caixa do projeto, ou seja, as entradas e saídas de caixa decorrente do fato de o projeto ser implantado, ignorando apropriações, provisões, deferimentos e amortizações.

Baseados no resultado econômico/contábil – são aqueles que consideram os impactos econômicos de um projeto, apurado por meio das demonstrações (balanço patrimonial e demonstração do resultado). (FREZATTI, 2008, p.73).

Ao realizar a avaliação de um projeto, devem ser consideradas as duas metodologias e após análise de todos os índices, deve-se tomar a decisão de implantação ou não do negócio.

2.5.1 Análise de viabilidade econômica

Na análise de viabilidade econômica os métodos utilizados pelas empresas são: a demonstração de resultado do exercício, índices de rentabilidade e índices de lucratividade.

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2.5.1.1 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

Na DRE encontram-se informações imprescindíveis para a análise do desempenho da empresa. Segundo Basso (2011, p. 306), “a demonstração do resultado do exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado período ou exercício social.”

Quadro 1. Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) 1 RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

Venda de Mercadorias Venda de Produtos Prestação de Serviços

2 DEDUÇÕES DA RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA Impostos faturados

Devoluções e Abatimentos

3 RECEITA (OPERACIONAL) LÍQUIDA (1-2) 4 CUSTOS

Das Mercadorias Vendidas Dos Produtos Vendidos Dos Serviços Prestados

5 LUCRO (OPERACIONAL) BRUTO (3-4) 6 DESPESAS (OPERACIONAIS)

De Vendas

Receitas Financeiras Despesas Financeiras Gerais e Administrativas

7 OUTRAS RECEITAS E DESPESAS (OPERACIONAIS) Receitas

Despesas

8 RESULTADO (OPERACIONAL) LÍQUIDO (5-6+-7) 9 RESULTADO NÃO OPERACIONAL (opcional)

Receitas Despesas

10 RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+-9)

11 PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 12 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES Debenturistas Administradores Empregos Outros Beneficiários Outras Contribuições

13 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10-11-12) 14 RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

Fonte: Basso (2011, p. 313).

Na visão de Iudícibus e Marion (2010, p. 226), a demonstração do resultado do exercício é “um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período

(27)

(12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).”

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma ferramenta da modelagem de informações gerenciais, esta fornece um resumo dos resultados financeiros da empresa de um determinado período, normalmente mensal, trimestral, semestral e anual. Esta peça da modelagem confronta receitas e despesas, demonstrando o resultado obtido no período (GITMAN, 2001).

“A Demonstração de Resultado fornece um resumo financeiro dos resultados operacionais da empresa em um período específico.” (GITMAN, 2001, p. 102).

2.5.1.2 Índices de Rentabilidade (IR)

O índice de rentabilidade é um índice muito importante que deve ser abordado na análise econômica. De acordo com Hoji (2010, p. 292), “os indicadores de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou insucessos) empresarial.” Referem-se a taxa encontrada a partir da divisão do lucro líquido do exercício pelo investimento.

Sobre índices de rentabilidade Groppelli e Nikbakht (2010, p. 364) afirmam:

A análise da rentabilidade começa com um exame da maneira pela qual os ativos foram empregados. Os bons dirigentes usam com eficiência seus ativos. Por meio da produtividade, eles são capazes de reduzir ou de controlar as despesas. As taxas de retorno são importantes para qualquer empresa se seus dirigentes pretendem atrair capitais e contratar financiamentos bem sucedidos para o crescimento da empresa. Se as taxas de retorno para uma dada empresa ficarem abaixo do nível, o seu P/L e valor de suas ações despencarão – eis por que a mensuração do desempenho do lucro é crucial para qualquer empresa.

Segundo Kassai et al. (2000, p. 77), a fórmula para o cálculo da rentabilidade pode ser assim representada, revelando que o Índice de Rentabilidade evidenciará a rentabilidade do capital investido.

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2.5.1.3 Índice de Lucratividade (IL)

No entendimento de Hoji (2010, p. 174), “esse método consiste em obter a relação entre os benefícios líquidos de caixa gerados pelo projeto e o investimento inicial.” De acordo com Kassai et al. (2000, p. 78), o índice de lucratividade “é medido por meio da relação entre o valor presente dos fluxos de caixa positivos (entradas) e o valor presente dos fluxos de caixa negativos (saídas), usando-se como taxa de desconto a taxa de atratividade do projeto (TMA).”

Conforme Zdanowicz (1998, p. 92) “uma vez apurado o lucro operacional bruto devem ser deduzidos as despesas operacionais, ou seja, despesas administrativas, comerciais, financeiras, tributárias e outras despesas gerais.”

Segundo o autor, a fórmula para o cálculo da lucratividade pode ser assim representada (ZDANOWICZ, 1998, p. 93).

Zdanowicz (1998, p. 92) afirma que “a lucratividade operacional (LO) é calculado através do quociente entre o lucro operacional líquido (LOL) e a receita operacional líquida (ROL).”

Bruni e Famá (2007, p. 102) complementam que “o índice de lucratividade indica quanto será obtido a valor presente por meio dos fluxos de caixas futuros para cada $ 1,00 investido no projeto.”

2.5.2 Análise de viabilidade financeira

A finalidade da análise financeira consiste em avaliar os resultados gerados a partir dos investimentos a serem realizados, ou seja, se de acordo com as projeções financeiras o investimento se torna viável para a entidade (HOJI, 2010).

A análise de viabilidade financeira tem por prerrogativa mostrar quais são os retornos que os investimentos estão tendo, já que nela usa-se os métodos como TIR (Taxa Interna de Retorno), TMA (Taxa Mínima de Atratividade) e também o fluxo de caixa. Mostra através de informações retiradas desses processos como está se comportando o investimento.

(29)

2.5.2.1 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um instrumento de extrema importância para o correto gerenciamento das empresas. É através do fluxo de caixa que o gestor da empresa pode analisar as capacidades de pagamento da entidade.

Sá (2012, p. 19) conceitua o fluxo de caixa como “o método de captura e registro dos fatos e valores que provoquem alterações no saldo do disponível e sua apresentação em relatórios estruturados de forma a permitir sua análise e interpretação”.

O Quadro 2, a seguir, apresentao modelo de Fluxo de Caixa pelo método direto. Quadro 2. Fluxo de caixa pelo método direto

ITENS/MESES JANEIRO ... TOTAL

P R D P R D P R D 1. INGRESSOS Vendas à Vista Cobranças em Carteira Cobranças Bancárias Desconto de Duplicatas

Vendas de Itens do Ativo Permanente Aluguéis a Receber

Aumentos de Capital Social Receitas Financeiras Outros 2. DESEMBOLSOS Compras à Vista Fornecedores Salários a Pagar

Compras de Ativo Permanente Custos com Energia Elétrica Despesas com Comunicações Despesas Administrativas Despesas com Vendas Despesas Tributárias Despesas Financeiras Outros

3.DIFERENÇAS DO PERÍODO (1-2) 4. SALDO INICIAL DE CAIXA

5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+/3+4) 6. NÍVEL DESEJADO DE CAIXA

7. EMPRÉSTIMOS A CAPTAR

8. APLICAÇÕES MERCADO FINANCEIRO 9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS 10. RESGATES DE APLICAÇÕES

11. SALDO FINAL DE CAIXA Fonte: Zdanowicz (1998, p. 160).

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Para Silva (2005, p. 11), o fluxo de caixa

É o principal instrumento da gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, as despesas e os investimentos, considerando determinando período. Na mesma linha de pensamento, e o caixa é o centro dos resultados para a tomada de decisões financeiras, e representa a “disponibilidade imediata”, ou seja, é diferente do resultado econômico e contábil.

Os objetivos do fluxo de caixa, segundo Silva (2005, p. 19), “são muitos, mas o principal é a visão geral de todas as atividades (entradas e saídas) diárias, do grupo do ativo circulante, assim se tem uma visão das disponibilidades, representando o grau de liquidez da empresa”.

2.5.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é definida por Braga (1995, p. 290) como “a taxa de rentabilidade periódica equivalente de um investimento. Geralmente, a TIR é definida para períodos anuais.” Em consenso, Motta e Calôba (2009, p. 116) abordam que a “taxa interna de retorno (TIR) é um índice relativo que mede a rentabilidade do investimento por unidade de tempo, necessitando, para isso, que haja receitas envolvidas, assim como investimentos.”

Destarte, Kassai et al. (2000, p. 66) explicam que a TIR, caracterizada por ser uma técnica de avaliação de investimento, representa a rentabilidade do investimento efetuado na empresa. Para eles,a TIR pode ser obtida a partir da seguinte fórmula:

Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 120) destacam que “os investimentos com TIR maior que TMA são consideráveis rentáveis e são passiveis de análise.”

Saber qual o retorno do valor investido num projeto antes de iniciá-lo é muito importante para a tomada de decisão, pois através da TIR é possível analisar os investimentos, e o melhor será aquele que tiver a maior taxa interna de retorno.

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2.5.2.3 Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

Segundo Souza e Clemente (2009, p. 71), a taxa mínima de atratividade é “a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão de investir sempre terá pelo menos duas alternativas para serem avaliadas: investir no projeto ou Investir na Taxa Mínima de Atratividade.”

Ao analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros objetos. A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2010, p. 97).

Na visão de Santos (2001, p. 153), “a TMA é considerada a variável chave para os métodos analíticos, sendo específica para cada empresa, significa a taxa de juros mínima aceitável quando ela faz um investimento, ou a taxa máxima a pagar por um financiamento.” Segundo Silva (2005, p. 52), a TMA “equivale ao custo de oportunidade de capital, expresso sob a forma de taxa de juros.”

A TMA é um método de análise que nos fornecerá um parâmetro para decidir entre deixar o valor aplicado em aplicações de menos risco ou investir em um novo projeto.

2.5.2.4 Valor Presente Líquido (VPL)

Para Bruni e Famá (2007, p. 80), “o Valor Presente Líquido (VPL), geralmente representado pelas iniciais VPL o VAL, de Valor Atual Líquido, ou ainda, NPV, do inglês, Net Present Value, resulta da adição de todos os fluxos de caixa na data zero.”

Na percepção de Kassai et al. (2000, p. 61),

O valor presente líquido (VPL) ou Net Present Value (NPV) é um dos instrumentos sofisticados mais utilizados para se avaliar propostas de investimentos de capital. Reflete a riqueza em valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto.

Segundo Gitman (2001, p. 302), o Valor Presente Líquido (VPL) “é encontrado ao se subtrair o investimento inicial de um projeto de valor presente de seus fluxos de entrada de caixa, descontados a uma taxa igual ao custo de capital da empresa.”

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Kassai et al. (2000, p. 62) complementam que o VPL pode ser obtido por meio da seguinte fórmula:

Bruni e Famá (2007) expressam ainda que para se certificar sobre qual o melhor investimento com base no valor presente líquido, deve-se levar em consideração que, se o projeto de investimento tiver o VPL superior a zero, o projeto deve ser adotado, no entanto, se o VPL for inferior a zero, o projeto deve ser descartado.

2.5.2.5 Período de Payback

O payback é um método de análise de investimentos, em que se verifica em quanto tempo um investimento irá gerar retorno positivo para a empresa. No entendimento de Braga (1995, p. 283) o método payback

Determina o tempo necessário para recuperar os recursos investidos em um projeto. Quanto mais amplo for o horizonte de tempo considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões. Deste modo, propostas de investimentos com menor prazo de retorno apresentam maior liquidez e, consequentemente, menor risco.

Na percepção de Gitman (2001, p. 300) o período de payback “é o exato montante de tempo necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto calculado a partir de seus fluxos de entrada de caixa”. O autor complementa que o período de payback é usado por grandes empresas para avaliar pequenos projetos e por pequenas empresas para avaliar a maioria dos projetos.

Segundo Bruni e Famá (2007, p. 67), “as estimativas do payback podem ser feitas de duas formas distintas: o payback simples – que não considera o custo de capital da empresa – e o payback descontado – que considera o custo de capital da empresa”.

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De acordo com Bruni, Famá (2007, p. 67) “para obter o payback simples de um projeto de investimento, basta verificar o tempo necessário para que o saldo do investimento (soma dos fluxos de caixa colocados e gerados pelo investimento) seja igual a zero”.

Ainda segundo os mesmos autores, payback simples “é uma forma simples, fácil e direta, que estima o prazo necessário para se recuperar o investimento realizado. Quando o custo de capital do investimento não é considerado.” (BRUNI; FAMÁ, 2007, p. 67).

Na visão de Kassai et al. (2000, p. 87),

O payback descontado é mais “refinado” e proporciona uma análise mais elaborada, apesar de mantes as outras falhas da versão original, referentes a distribuição dos fluxos de valores, bem como daqueles que ocorrem após o período de recuperação.

No momento que o custo do capital é analisado, a técnica do payback passa a ser denominado como descontado. Bruni e Famá (2007, p. 72) explicam que “os procedimentos de cálculo são similares aos empregados no payback simples, bastando trazer os fluxos de caixa a valor presente.”

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3 METODOLOGIA

A metodologia do trabalho revela a forma como o estudo foi realizado, para Silva (2003, p. 25) entende-se “metodologia como o estudo do método na busca de determinado conhecimento.”

A seguir são explanados os métodos e procedimentos utilizados para a realização deste estudo no que compete à classificação da pesquisa, à coleta de dados e à análise e interpretação dos dados.

3.1 Classificação da pesquisa

A pesquisa busca o progresso da ciência, desenvolvendo conhecimentos e construindo teorias. No entendimento de Zamberlan et al. (2014, p. 23), a pesquisa é “um conjunto de ações propostas para encontrar a solução de um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se possui informações para solucioná-lo.”

Na visão de Andrade (2003, p. 121), “a pesquisa é um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos.”

Zamberlan et al. (2014, p. 93) argumentam que “a classificação por tipos de pesquisa pode assumir diferentes possibilidades, que geralmente variam de acordo com o enfoque propostos pelos próprios estudiosos e pesquisadores e/ou pretensões a que orientam e necessitam para compreender a realidade.”

3.1.1 Quanto à natureza

No entendimento de Zamberlan et al. (2014), a pesquisa quanto à natureza pode ser básica ou aplicada.

Para Vergara (2009, p. 43), a pesquisa aplicada “é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não.” Zamberlan et al. (2014, p. 26) complementam que “a pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área de saber e à apresentação de soluções alternativas.”

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O presente estudo caracteriza-se como pesquisa aplicada, pois o objetivo é pesquisar e desenvolver uma análise de viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus.

3.1.2 Quanto aos objetivos

Em relação ao ponto de vista de seus objetivos a pesquisa pode ser classificada como exploratória, descritiva e explicativa.

Vergara (2009, p. 42) esclarece que a “investigação exploratória não deve ser confundida com leitura exploratória, é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa.” Silva (2003, p. 65) relata que a pesquisa exploratória “tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, para torná-lo mais explícito ou para construir hipóteses”.

Segundo Andrade (2003, p. 125) a pesquisa explicativa “tem por objetivo aprofundar o conhecimento da realidade, procurando a razão, o “porquê” das coisas; por isso mesmo está sujeita a cometer erros”. Vergara (2009, p. 42) complementa que a “investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inteligível, justificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno.”

No entendimento de Silva (2003, p. 65), a pesquisa descritiva “tem como objetivo principal a descrição das características de determinada população ou fenômeno, estabelecendo relações entre as variáveis.” Em consonância, Andrade (2003, p. 124) discute que a pesquisa descritiva “é a técnica padronizada da coleta de dados, realizada principalmente através de questionários e da observação sistemática.” Sendo assim, este estudo classifica-se como descritivo, pois visa observar, registrar e analisar os dados coletados.

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema

Quanto à forma de abordagem do problema, a pesquisa pode ser quantitativa ou qualitativa.

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Conforme Beuren (2004, p. 92), “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último.”

Ainda noentendimento de Beuren (2004, p. 92), a abordagem quantitativa

caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados. Esse procedimento não é tão profundo na busca do conhecimento da realidade dos fenômenos, uma vez que se preocupa com o comportamento geral dos acontecimentos.

Esta pesquisa classifica-se como qualitativa, pois não envolve métodos estatísticos e é baseada no levantamento das informações.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Em relação aos procedimentos técnicos, Zamberlan et al. (2014, p. 98) orienta que “nunca se utilize apenas um procedimento metodológico e nem somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem necessários ou apropriados para determinado caso.”

No entendimento de Silva (2003), os procedimentos técnicos podem ser: pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental, Pesquisa Ex-Post-Facto, Pesquisa-Levantamento, Pesquisa de Campo, Pesquisa de Caso, Pesquisa de Ação ou Pesquisa Participante.

A pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em materiais já elaborados, constituídos, principalmente, de livros e artigos científicos.” (GIL, 1999, p. 65). “A pesquisa bibliográfica pode, portanto, ser considerada também como o primeiro passo para toda pesquisa científica.” (LAKATOS; MARCONI, 1992, p. 44).

No entendimento de Silva (2003, p. 62) a pesquisa levantamento

Consiste na coleta de dados referentes a uma dada população com base em uma amostra selecionada, de forma clara e direta, dos quais se objetiva saber o comportamento. A pesquisa levantamento utiliza técnicas estatísticas e análise quantitativa e permite a generalização dos resultados obtidos para o total da população, permitindo o cálculo da margem de erro.

Para Gil (2002, p. 50 apud ZAMBERLAN et al., 2014, p. 99), “pesquisa levantamento, procede-se, basicamente, à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas sobre o problema estudado. Assim as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.”

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Vergara (2009, p. 44) discorre que estudo de caso “é circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizada no campo”. Na visão de Silva (2003, p. 63), pesquisa de estudo de caso “é um estudo que analisa um ou poucos fatos com profundidade. A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias e no início de pesquisas mais complexas.”

Referente aos procedimentos técnicos realizou-se uma pesquisa bibliográfica, em sua fundamentação teórica, porque têm como base, material já elaborado, constituído principalmente de livros, artigos científicos e materiais disponíveis na internet. Em seguida foi realizado um estudo de levantamento de dados, referente aos investimentos, receitas e despesas do empreendimento. Por fim, fazendo parte do estudo de caso foram analisadas as informações sobre a viabilidade econômica e financeira para a abertura da empresa.

3.2 Instrumentos de coleta de dados

O desenvolvimento da análise de viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma empresa do ramo comercial de autopeças automotivas da linha pesada para caminhões e ônibus iniciou com uma pesquisa bibliográfica, em que foi utilizada uma pesquisa nos diferentes materiais disponíveis sobre análise de viabilidade.

O estudo em questão utilizou a observação sistemática, individual e ainda na vida real, para assim, ajudar a compreender como ocorre o funcionamento de uma determinada organização. Utilizou-se de entrevistas despadronizadas com o futuro proprietário, buscando dados estratégicos e necessários da organização.

No entendimento de Gil (1999), a observação é uma técnica de coleta de dados e tem como principal vantagem a de que os fatos são percebidos diretamente, sem qualquer intermediação.

Lakatos e Marconi (2010, p. 176) relatam que “na observação sistemática, o observador sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação, deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe.”

A observação individual é uma “técnica de observação realizada por um pesquisador. Neste caso, a personalidade dele se projeta sobre o observado, fazendo algumas inferências ou distorções, pela limitada possibilidade de controles.” (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 177).

Referências

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