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Educação física na educação especial

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUI

DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

DÊNIS DRESCH

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

SANTA ROSA 2017

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DÊNIS DRESCH

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI como requisito a obtenção de título de Licenciado em Educação Física.

Orientadora: Professora Doutora Moane Krug

SANTA ROSA 2017

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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande Do Sul DHE – Departamento de Humanidades e Educação

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o trabalho de conclusão de curso:

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

elaborado por:

DENIS JARDEL DRESCH

Banca examinadora:

___________________________________________________ Profª. Dra. Moane Marchesan Krug – Presidente da banca

___________________________________________________ Profº. Ms. Eloísa de Souza Bohrer – Examinador do trabalho

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A Deus, quem me colocou ao mundo e em uma família que sempre me apoia e me guia em todas as decisões da minha vida.

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EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Autor: Denis Jardel Dresch Orientadora: Professora Doutora Moane Marchesan Krug

RESUMO

Este estudo foi desenvolvido sobre o tema a educação física na educação especial, e teve como objetivo investigar o trabalho de um professor de educação física que atua na educação especial de alunos com necessidades especiais, na Associação de Pais e Alunos Excepcionais (APAE), buscando, mais especificamente, analisar a sua formação acadêmica, o planejamento das aulas e as dificuldades encontradas na sua atuação profissional. Para tanto desenvolveu-se uma pesquisa de metodologia bibliográfica e estudo de caso, com análise qualitativa das informações obtidas. Os resultados indicaram que o entrevistado possui formação em Educação Física, e Pós Graduação em Educação Especial, o planejamento das aulas de educação física para as turmas da APAE são parecidas com as das escolas regulares, no entanto, o desenvolvimento dessas são diferenciadas em função das particularidades dos alunos envolvidas e suas deficiências e necessidades especiais. Com relação às dificuldades que o profissional enfrenta, este menciona que na APAE as dificuldades referem-se à falta de materiais, e sobretudo, à impossibilidade de atender de modo eficaz todos os alunos da turma simultaneamente, já que estes, por causa das suas limitações, exigem atenção individualizada; já na escola regular, as dificuldades são voltadas ao desinteresse dos alunos para com os conteúdos a serem trabalhados. Conclui-se que independentemente de serem alunos de escolas regulares ou da APAE, o profissional para atendê-los devidamente precisa estar atento as suas particularidades, de modo a planejar de modo eficaz, atividades que despertem seu interesse e lhes permitam alcançar o seu pleno desenvolvimento.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 06 1.1 OBJETIVOS ... 07 1.1.1 Objetivo geral ... 07 1.1.2 Objetivos específicos ... 07 2 REVISÃO DE LITERATURA ... 08

2.1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ... 08

2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA ... 12

2.3 PLANEJAMENTO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ... 15

2.4 DIFICULDADES ENCONTRADAS POR PROFESSORES ... 17

3 METODOLOGIA ... 20

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ... 20

3.2 ASPECTOS ÉTICOS... 20

3.3 O CASO ESTUDADO... 20

3.4 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DAS INFORMAÇÕES ... 21

3.5 INSTRUMENTOS DE PESQUISA ... 21

3.6 ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 21

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 23

4.1 ENTENDENDO A FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CASO ESTUDADO ... 23

4.2 O PLANEJAMENTO E A ATUAÇÃO DO CASO ESTUDADO ... 24

4.3 DIFICULDADES APONTADAS PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA AO ATUAR EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO PARA EXCEPCIONAIS E REGULAR ... 26

CONCLUSÃO ... 29

REFERÊNCIAS ... 31

APÊNDICES ... 35

APÊNDICE A: TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ... 36

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1 INTRODUÇÃO

Cada vez mais se busca a inclusão plena das pessoas com necessidades especiais, assunto que tem se mostrado em destaque nos mais variados campos temáticos da sociedade, como na área do transporte, do trabalho, na saúde, e destacadamente, da educação.

Ao se considerar a escola de modo geral, o cenário dos alunos com necessidades especiais ainda está longe do ideal, tanto no que se refere às estruturas físicas disponíveis como em relação à formação voltadas aos profissionais que atuam com esses indivíduos.

Nas aulas de Educação Física, a realidade se apresenta ainda mais visível, isso decorre em sua maioria por espaços físicos escassos, impróprios e sem acessibilidade; materiais insuficientes ou inadequados; professores despreparados, desmotivados e sem o compromisso necessário para o exercício profissional; fatores estes que dificultam o acesso e a participação do aluno com necessidades especiais às aulas de Educação Física.

No entanto, quando a realidade é voltada para a APAE, se observam espaços mais adequados; profissionais com melhor e maior formação nesta área, e estruturas de ensino orientadas a atender aos alunos com necessidades especiais. Em se tratando de educação física, se prioriza o desenvolvimento da Educação Física Adaptada, a qual abrange pessoas portadoras de transtornos, sejam eles psicológicos ou físicos, que impeçam que essas pessoas participem ativamente de uma aula comum da disciplina, como os portadores de deficiências mentais, visuais, auditivas, físicas, com múltiplas deficiências, superdotados, com síndromes neurológicas, psiquiátricas e psicológicas, e ainda pessoas com dificuldades de aprendizagem, ou seja, os portadores de necessidades especiais.

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O elemento motivador para a escolha deste tema deu-se em função da curiosidade de melhor compreender como ocorre a Educação Física voltada para os alunos com necessidades especiais.

Considerando os aspectos que norteiam a Educação Física e os alunos com necessidades especiais, desenvolveu-se este estudo sobre o tema a educação física na educação especial, por meio do qual se investigou como ocorre o processo de formação do professor de Educação Física para atuar na Educação especial, buscando conhecer o planejamento das aulas e também diagnosticar as dificuldades encontradas nesta área de atuação.

Para tanto desenvolveu-se uma pesquisa de metodologia bibliográfica e estudo de caso, com análise qualitativa das informações obtidas, com base na entrevista realizada com um professor de Educação Física que atua na Associação de Pais e Alunos Excepcionais (APAE).

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Analisar a formação, o planejamento e as dificuldades encontradas por um professor de Educação Física que atua em uma escola de Educação especial – APAE.

1.1.2 Objetivos específicos

Como objetivos específicos o presente estudo tem:

a) Analisar o processo de formação do professor de EDF estudado no que tange a atuação na educação especial.

b) Conhecer o planejamento das aulas de Educação Física em uma escola para educação de alunos com necessidades especiais a partir do relato de um professor.

c) Diagnosticar as dificuldades encontradas para um professor de Educação Física ao atuar em uma escola de Educação para Excepcionais.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Atualmente, no âmbito escolar a Educação Física (EF) está passando por um processo de transformação. No decorrer dos anos as aulas de Educação Física foram desenvolvidas seguindo diferentes concepções, a mesma passou a se consolidar no âmbito escolar quando, no século XX, se desenvolveu o conhecimento médico-biológico e tendo como objetivo à promoção da saúde (ZAGO; GALANTE, s/d).

A partir da metade do século XX, as aulas de Educação Física novamente mudaram o seu foco, pois passaram a serem sinônimo de prática de esportes. Esse fenômeno de esportivização da Educação Física escolar prevaleceu durante vários anos, porém, na década de 1980, o mesmo passou a ser questionado (ZAGO; GALANTE, s/d).

O referido questionamento ficou conhecido como movimento renovador da Educação Física brasileira, o qual reivindicava que a Educação Física deixasse de ser uma mera atividade e passasse a ser uma disciplina escolar (ZAGO; GALANTE, s/d). A partir de então, passou-se a refletir sobre o porquê esta disciplina deveria compor o currículo da escola; quais seriam os seus objetivos e conteúdos; como desenvolver os conteúdos de acordo com as diferentes faixas etárias; e como deveria ser o processo de avaliação (BRASIL, 1997).

Ao ser legitimada como disciplina escolar a Educação Física teve que se reinventar e devido a grande dificuldade para alcançar tal fato a mesma passou a se encontrar entre “o não mais e o ainda não”. Isso significa que todos sabem que o modo como ela vinha sendo desenvolvida não mais atende as necessidades e expectativas da escola, porém encontra-se grande dificuldade para reformulá-la.

De acordo com González e Fensterseifer (2010) “A escola é uma instituição republicana, a razão de ser da escola está fora de si, e ela só se justifica quando essa máxima é reconhecida”, ou seja, de acordo com os autores o foco da escola dentro de uma sociedade democrática e republicana deve estar voltado para os interesses da sociedade que a constitui, sendo que a escola só conseguirá alcançar de fato os seus objetivos quando estiver voltada para o interesse do bem comum.

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A escola é composta por diferentes indivíduos que trazem para esse âmbito educacional suas raízes, culturas, ou seja, uma identidade formada através das relações que teve com o mundo desde seus primeiros dias de vida. É na escola que essas culturas se chocam, diante dessa situação a escola como instituição de ensino tem a grande função de criar metodologias de ensino capazes de proporcionar a possibilidade desses indivíduos tão diferentes aprenderem e construírem novos conhecimentos, para que assim desenvolvam sua autonomia e criticidade. Para que isso aconteça a escola deve ter como princípios uma educação emancipatória, que foque no desenvolvimento de um individuo capaz de interagir de forma critica dentro de sua sociedade, e assim possa contribuir para o desenvolvimento da mesma.

Segundo Geertz (apud GONZÁLEZ et al., 2013, p.13):

Tomando cultura no sentido weberiano, como propõe Geertz (1989), em forma de teia de significado na qual nós nos inserimos tecendo-a, podemos afirmar que a educação em sentido amplo, nos insere na cultura, potencializando-nos para “tecê-la”. Pré-requisitos para isso é tratar os conteúdos veiculados pelas diferentes disciplinas como construções históricas, o que significa passível de alterações pelos sujeitos que a produzirão. Isso vale para o conjunto dos conteúdos abordados pela EF (jogo, ginástica, esportes, dança, lutas...).

Isso seria o que as escolas deveriam, além de ter como metas, desenvolver, porém, nem sempre isso acontece. A escola assume muitas funções e acaba não dando conta de exercê-las, deixando sua imagem ser deteriorada diante da sociedade que a constrói. Dessa forma passa a ser mais uma instituição que funciona enquanto está no papel, mas na prática tem muito a alcançar, principalmente em boas e esclarecidas metodologias de ensino e construção de conhecimento.

Para que a escola realmente consiga atingir de fato seus objetivos em todas as disciplinas, inclusive na construção de uma metodologia de ensino eficaz e diversificada para a Educação Física, o professor deve colocar os sujeitos que a compõe em primeiro lugar, pensar esses indivíduos em seu íntimo, estudar sua identidade, sua composição sociocultural. Levando em consideração todos esses agravantes, a instituição escola terá mais fundamentos para criar um método de educação emancipatório. Para que o aluno tenha a oportunidade de se manifestar e fazer parte dessa construção e não apenas ser um indivíduo sobre o qual

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professores irão repassar conhecimentos antiquados e com uma visão arcaica de que professor ensina e aluno aprende.

A escola é com certeza vista como uma instituição de suma importância aos olhos da maioria das pessoas da sociedade. Desde o surgimento dessa instituição até atualmente, ocorreram várias mudanças, tanto em relação ao “interesse” ou “objetivo” de se estar ensinando: metodologias, princípios, leis, classes dominantes, dentre outros fatores. Mas se sabe que atualmente a escola tem como seu principal dever a formação da criança, ou seja, criar no aluno certa inquietação e senso crítico em relação a tudo que envolve a sociedade que este está inserido, como questões políticas e ambientais, para que futuramente esta criança não se torne um adulto alienado e sem poder de persuasão em determinados assuntos.

Esse objetivo será alcançado somente nesta instituição, pois é neste local que ocorrerá o encontro de vários sujeitos com culturas, comportamentos, e ideias diferentes. Desta maneira com tanta diversidade de sujeitos, os mesmos deverão adequar-se as normas de convivência para conviver em sociedade com respeito e dignidade em relação ao outro. O professor assumindo a responsabilidade de ensinar deve estar ciente do seu papel, e ser conhecedor do assunto que esta abordando com os seus alunos, estar munido de conhecimento e aberto a supostas criticas e levantamentos de questões contrárias vindas de seus alunos, ou seja, não querer ser dono da razão, mas sim saber argumentar.

A Educação Física escolar brasileira passa por um processo de transformação que coloca seus envolvidos, por um lado, diante do abandono de um discurso legitimador centrado no exercitar-se para, e, por outro lado, nas dificuldades encontradas na construção e efetivação de um novo modo de legitimação no espaço escolar (GONZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2010).

No imaginário social da escola, os profissionais da área, muitas vezes, são vinculados a imagem de professores que “jogam a bola” para os alunos e não necessitam de sustento teórico-metodológico, preparação e planejamento para suas aulas. Essa imagem depreciativa do professor de Educação Física, contestada e fortemente criticada na escola, precisa ser compreendida na sua relação com a cultura escolar instituída, no sentido de identificar também a aceitação tácita que ela recebe dos diversos atores da comunidade escolar (PICH; SCHAEFFER; CARVALHO, 2013, p. 632).

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A Educação Física (EF) se esforça, enquanto disciplina escolar, para oportunizar aos alunos desafios motores sistematizados/racionalizados, segundo diferentes perspectivas, para construir esses conhecimentos.

Essa disciplina busca oportunizar, nessa dimensão, chances para o aluno descobrir e aprender outras possibilidades de movimento daquelas oferecidas culturalmente pelo seu entorno social imediato, contribuindo, dessa maneira, para a construção de novas referências sobre seu próprio corpo, potencialidades para movimentar-se e interagir com o ambiente (GONZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2010).

Nessa dimensão, o conhecimento da EF se materializa principalmente na experiência, sendo as oportunidades de movimento oferecidas mais como meio de conhecimento e não mera “excrescência” de objetos culturais a serem conhecidos.

Segundo González e Fensterseifer (2010, p. 18) a abordagem do conhecimento em uma disciplina escolar deve possibilitar a releitura e a apropriação crítica dos conhecimentos do campo da cultura que estuda, oportunizando que o aluno reconheça a condição histórica das práticas sociais das quais se ocupa.

Assumir a responsabilidade, afirmam Gonzalez e Fensterseifer (2010, p. 19), pela construção em Educação Física escolar significa pensá-la dentro de um projeto escolar. Assim como a República em uma sociedade democrática é tarefa de todos os envolvidos, também a educação escolar o é, a qual deve ser pensada de modo que articule as diferentes especificidades em torno da tarefa de propiciar às novas gerações um alargamento em suas compreensões de mundo. Um bom início para essa empreitada é assumirmos a condição de agentes nesse processo, para o que é necessário autorizar-se a pensar, no interior dos contextos de atuação, como atender, no plano das práticas pedagógicas em EF, a responsabilidade que a sociedade deposita nesta instituição denominada escola.

A Educação Física na escola busca o seu espaço não apenas como uma disciplina que visa apenas à prática esportiva, mas também como uma disciplina que tem como objetivo na formação do cidadão como um todo. E de acordo com Kunz (2001, p. 23-24) “A Educação Física escolar é como uma ação pedagógica que sistematiza e reconstrói de forma crítica, o que historicamente e socialmente, constitui a cultura de movimento num contexto de significação para o movimento do educando.”

De acordo com esse autor a Educação Física escolar procura por meio da cultura de movimento do aluno fazer uma ação pedagógica que possa formá-lo de

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forma critica, e está aí um papel muito importante nesta disciplina poder moldar o seu ensino para que o mesmo possa atender a realidade de cada aluno, ou seja, de acordo com a história ou a cultura de determinado aluno o professor pode construir uma ação pedagógica baseada nesta realidade (KUNZ, 2001).

O mundo em que o aluno deverá viver não pode ser antecipado desde a intervenção educativa. Resta ao projeto pedagógico fazer todo o possível para que o estudante entenda o mundo sociocultural como uma construção e que se coloque à altura dos problemas de seu tempo nessa área para, dessa forma, potencializar decisões mais lúcidas para atuar no mundo (GONZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2010).

2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

A Educação Adaptada ou Inclusiva é uma área da Educação Física criada para atender pessoas com necessidades especiais, mas isso não quer dizer que os demais não podem usufruir de seus princípios. Trabalha com os mesmos jogos da Educação Física comum, com algumas restrições e modificações de regras, mas todos podem participar, com ou sem deficiência, sendo que a atividade física é importante para melhor socialização, mas sempre em lugares adequados, e respeitando as limitações dos alunos.

As atividades proporcionadas pela Educação Física Adaptada devem oferecer atendimento especializado aos alunos com necessidades especiais, respeitando as diferenças individuais, visando proporcionar o desenvolvimento global dessas pessoas, tornando possível não só o reconhecimento de suas potencialidades, como também, sua integração na sociedade (DUARTE; LIMA 2003).

Em relação a conceito, a Educação Física Adaptada (EFA), de acordo com Rosadas (1994, p. 05), “é a Educação Física aplicada em condições especiais, visando uma população especial que necessita de estímulos especiais de desenvolvimento motor e funcional.”

Já, para Barbanti (1994 apud DUARTE; LIMA, 2003, p. 92):

A Educação Física Adaptada também pode ser conceituada como a Educação que envolve modificações ou ajustamentos das atividades tradicionais da Educação Física para permitir às crianças com deficiências participar com segurança de acordo com suas capacidades funcionais.

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Essa modalidade tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência, respeitando suas diferenças individuais (SEAMAN; De PAUW apud PEDRINELLI, 1994).

A Educação Física Adaptada tem sido valorizada e enfatizada como uma das condições para o desenvolvimento motor, intelectual, social e afetivo das pessoas, sendo considerada, de uma maneira geral, como: atividades adaptadas às capacidades de cada um, respeitando suas diferenças e limitações, proporcionando as pessoas com deficiência a melhora do desenvolvimento global, consequentemente, da qualidade de vida.

Entende-se que a disciplina Educação Física leva o aluno a refletir e posicionar-se na sociedade através de ações e movimentos, já a Educação Física Adaptada compreende e desenvolve habilidades, promove ações que potencializa a independência e autonomia em meio a capacidade do aluno de gerir suas potencialidades sociais e educacionais. (COSTA; MOREIRA; JÚNIOR, 2015).

Destaca-se que de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), é direito concedido ao aluno receber educação gratuita, e com base nesta Lei, a oferta da educação especial é dever do Estado, tendo início na faixa etária de zero a seis anos durante a educação infantil (Art. 58, parágrafo terceiro), pode-se ressaltar a importância da inclusão de alunos com necessidades especiais no inicio do aprendizado escolar. (BRASIL, 1996).

A disciplina Educação Física Adaptada surgiu no Brasil no início dos anos 1980 com o intuito de tratar da formação acadêmica e profissional da Educação Física. Neste sentido Oliveira, Santos e Rabello expressam:

Surge num momento político de fortalecimento no âmbito internacional e nacional dos movimentos de luta e defesa pela integração plena e participação social das pessoas com deficiência. No âmbito nacional vivíamos um período de redemocratização do país que se tornou propício para a exposição de um amplo movimento de renovação crítica nas distintas práticas sociais, escolares e no interior da área de Educação Física, com consequências diretas nas políticas e práticas de formação e atuação profissional dos professores de Educação Física (OLIVEIRA; SANTOS; RABELLO, 2011, p. 2).

Ao ter contato com novas reivindicações e reformulações, a Educação Física começou a atentar para a inserção da disciplina Educação Física Especial e/ou

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Adaptada (EFA) na grade curricular dos cursos do país. A entrada desta nos ensinos superiores deu-se através da resolução n.03/ 87 do Conselho Federal de Educação (CFE), no início da década de 1990, a nível de Brasil.

Segundo Silva e Araújo (2005) dentre estas modificações, ainda que gradativamente, houve a sugestão de inclusão de uma disciplina que pudesse atender à questão do ensino de Educação Física para alunos com necessidades educacionais especiais, devido à ênfase às reflexões de cunho humanístico.

Diante disso, percebeu-se que as dimensões que tecem a trama da educação inclusiva são múltiplas e se expressam em desafios de natureza organizacional, política, pedagógica, cultural e subjetiva dos atores e das instituições que compõem os sistemas de ensino (SANTOS; MARTINEZ, 2016).

Apesar da resolução n. 03/87 ter dado parecer favorável à inclusão da EFA, nota-se a continuação de uma formação profissional voltada ao caráter técnico. Observa-se timidamente a inserção de disciplinas de cunho humanista e reflexiva. Ainda nesse mesmo raciocínio a inserção da disciplina “Fundamentos de Educação Física Especial” deu-se a partir da grade curricular de 1988.

Sobre o atendimento educacional especializado (AEE), o MEC dispõe que este:

[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras (...), considerando as suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela (BRASIL/MEC, 2008, p. 16).

Deste modo, é fundamental que o professor esteja ciente de que incluir nas aulas de Educação Física não é simplesmente adaptar a disciplina, mas é adotar uma perspectiva educacional que valorize a diversidade e seja comprometida com a construção de uma sociedade inclusiva (CHICON, 2005).

2.3 PLANEJAMENTO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

A disciplina Educação Física tem um papel pedagógico que promove o desenvolvimento do aluno como um todo, tornando ferramenta importantíssima durante o processo de inclusão do aluno especial. No desenvolvimento da disciplina,

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o professor pode usar recursos e conteúdos variados, através de um planejamento de aula flexível, a fim de facilitar a inclusão desses alunos especiais nas aulas quebrando assim, o paradigma formado em cima do professor e da disciplina (MATIAS; SILVA, 2016).

Sobre este aspecto, Darido (1995) assim como, Betti e Betti (1996), afirmam que o profissional de Educação Física possui dois currículos: o tradicional, que enfatiza o saber fazer para ensinar, separando as teorias que por sua vez são apresentadas na sala de aula e as práticas, que são apresentadas na quadra, piscina ou outros. O currículo científico, afirma que o importante é saber ensinar, sendo necessário o conhecimento teórico durante a compreensão do ensino aprendizagem.

O professor de Educação Física pode e deve construir um bom ambiente e criar maneiras adequadas para estimular e motivar aos seus alunos. Essas mudanças só poderão ocorrer através da própria intervenção do professor dentro da escola que de acordo com Piccolo têm como função:

Através de suas propostas, é o de criar condições aos alunos para tornarem-se independentes, participativos e com autonomia de pensamento e ação. Assim, poderá se pensar numa Educação Física comprometida com a formação integral do indivíduo. (PICCOLO, 1993, p. 13 apud MIRANDA, 2009, p. 4).

Para tanto, o profissional precisa conhecer seus alunos e suas especificidades, respeitar seu entendimento sobre sua deficiência, limitações e também suas habilidades, deve ter iniciativa em conhecer a escola, a sociedade, proporcionando ao indivíduo uma conexão com o conhecimento á partir de conteúdos significativos e prazerosos (FIORINI; MANZINI, 2014).

A atividade física, dirigida ou não, pode ser um meio para retomar o desenvolvimento da imagem corporal, porquanto permite ao sujeito encontrar lugares de afeto, de novas vivências corporais que ofereçam oportunidades de reconstruir a identidade, apesar das lacunas (CYRULNIK, 2004).

A identidade ajudará na formação da imagem corporal do aluno possibilitando a ele um reencontro com sua capacidade de movimentar-se, conforme afirmam Neves; Hirata; Tavares (2015) o professor de Educação Física pode ser um elemento diferencial entre uma atividade promotora do desenvolvimento da identidade corporal e aquela que acomoda e perpetua o congelamento traumático.

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Nesse movimento que pode ser simples ou complexo, o aluno juntamente com o professor vai sentir o que precisa ser desenvolvido, vai gostar de movimentar seu corpo, adquirindo um conhecimento que não tinha e reproduzindo em outras situações o aprendizado que lhe foi promovido.

Para Bueno e Rose (1995 apud CIDADE; FREITAS, 2002, p.27): “A Educação Física Adaptada para pessoas com deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao individuo deficiente”. Para a autora, o professor precisa ter planejamento que vise atender às necessidades de seus alunos, combinando procedimentos para romper as barreiras da aprendizagem; é preciso que o professor seja criativo, adaptando as aulas de acordo com nível de deficiência do seu aluno.

Conforme o entendimento de Cidade e Freitas (2002, p. 30):

Não existe nenhum método ideal ou perfeito da Educação Física que se aplique no processo de inclusão, porque o professor sabe e pode combinar inúmeros procedimentos para remover as barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos.

O professor de Educação Física pode ser um elemento diferencial entre uma atividade promotora do desenvolvimento da identidade corporal e aquela que acomoda e perpetua o congelamento traumático. Esse profissional deverá compreender que o movimento corporal está envolvido em expressar, muito mais que palavras, aspectos da existência. Nunca um ato é vão, feito ao acaso, ele sempre tem a ver com a história do sujeito e expressa conteúdos conscientes e inconscientes de sua identidade. Essa compreensão não é cognitiva, mas corporal. (NEVES; HIRATA; TAVARES, 2015).

2.4 DOCÊNCIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL

Conhecer as principais dificuldades encontradas pelos professores de Educação Física, analisar suas implicações e desenvolver estratégias pedagógicas efetivas para solucioná-las é importante para que se desempenhe seu trabalho com êxito.

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Os docentes de educação física, em geral, não usufruem das condições necessárias para realizar uma boa prática pedagógica, sendo comum a falta de espaço físico e a precariedade dos materiais existentes. Esses fatores geram um alto grau de limitação diário e, consequentemente, o desinteresse dos alunos.

Souza (2013) em sua pesquisa apontou como principais dificuldades a falta de materiais, a falta de espaço físico e o desinteresse dos alunos. O autor sugere o desenvolvimento de estratégias que possam ser aplicadas para amenizar essas dificuldades exige empenho dos professores para a falta de materiais oficinas criativas com materiais recicláveis/alternativos, o que proporcionando atividades interdisciplinares, como a educação ambiental, que não está incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Básica – PCNs, Brasil.

Para falta de espaço físico ele sugere medida paliativa a adaptação de condições existentes, reinventando e criando espaços propícios usando recursos disponíveis. E quanto a falta de interesse dos alunos a proposta é revisão das práticas pedagógicas utilizadas (SOUZA, 2013).

Essas soluções criadas pelos autores dessa obra visando sanar os empecilhos foram muito encorajadoras mostrando que não é preciso se limitar mediante tais dificuldades, mas sim criar estratégias para supri-las de uma maneira diferenciada. Já que fica claro que o sistema educacional brasileiro comete inúmeras falhas mais cabe a nos professores a tentativa de reverter essa situação através da criação de soluções alternativas.

O professor que trabalha com a Educação Física Adaptada na escola, muitas vezes encontra desafios em desenvolver Programas de Atividades Físicas para alunos com deficiência, estes desafios estão diretamente ligados por uma formação inicial deficiente, já que no Brasil só a partir da década de 80 começou a ocorrer estudos sobre pessoas com deficiência e possíveis intervenções nos cursos de Educação Física, por meio de disciplinas específicas, como a Educação Física Especial e a Educação Física Adaptada.

As escolas especiais têm papel fundamental no desenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos com deficiência, pois elas oferecem atendimento especializado. Em se tratando de educação física adaptada, Carniel e Strapasson (2007) colocam que as atividades proporcionadas para alunos com necessidades especiais devem oferecer atendimento especializado, respeitando as diferenças dos

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alunos, tornando possível não só o reconhecimento de suas potencialidades, como também sua integração na sociedade.

Desse modo, o profissional de Educação Física, ao lidar com alunos portadores de necessidades especiais, precisa ter clareza de suas propostas de trabalho e dos objetivos da aula, a fim de saber estimular os alunos. O processo ensino-aprendizagem deve considerar as características dos alunos em todas suas dimensões (cognitivo, afetivo e motor).

Segundo Gorgatti e Costa (2005, apud CARNIEL e STRAPASSON, 2007), é importante focalizar o desenvolvimento das habilidades, selecionando atividades apropriadas, providenciando um ambiente favorável a aprendizagem encorajando a auto-superação, a todos os participantes da educação física adaptada.

A formação dos professores de Educação Física para lidar com alunos com deficiência é de extrema importância, mas não basta somente uma boa formação inicial, e sim mudanças em toda a esfera educacional, pois nem todas as escolas estão prontas para acolher o aluno com deficiência.

Até porque, conforme Gorgatti e Costa (2005), a Educação Física Adaptada para aluno com necessidades educativas especiais não se diferenciam da Educação Física quando se trata dos conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser apresentados e aplicados ao indivíduo deficiente.

Por outro lado, Leite (2011) menciona que se faz necessário que o professor tenha os conhecimentos básicos sobre seus alunos como: tipo de deficiência, idade em que apareceu a deficiência, se foi inesperada ou gradativa; se é temporária ou permanente; se fisicamente suas funções tanto sensoriais como físicas foram prejudicadas, para que possa exercer um bom papel. Inclusive, esse professor deve estar sempre buscando compreender as diversas áreas do desenvolvimento humano, sejam estes, aspectos biológicos (características físicas, sensórias e neurológicas); aspectos cognitivos, aspectos motores, de interação social ou afetivo-emocional.

“A prática pedagógica de caráter inclusivo na educação física esbarra em históricas dificuldades que estão relacionadas com o entendimento da sua ação.” (FALKENBACK; et al., 2007, p. 41). Percebendo a confusão do conteúdo que de fato atende a pedagogia de ensino da disciplina, onde se promove o desenvolvimento de um cidadão ativo e consciente da sua autonomia e não somente um atleta que será obrigado a melhorar sempre.

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3 METODOLOGIA

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Este estudo pode ser definido com pesquisa qualitativa, pois visa entender problemas humanos ou sociais, tendo como suporte um quadro complexo e integral, formado com palavras que relatam a visão detalhada de informantes, são estudos conduzidos em ambientes ou condições naturais (CHIZZOTI, 2013).

Além disso, a mesma se caracteriza como um estudo de caso, que segundo Chizzotti (1995, p. 102), “[...] é a pesquisa para coleta e registro de dados de um ou vários casos, para organizar um relatório ordenado e crítico ou avaliar analiticamente a experiência com o objetivo de tomar decisões ou propor uma ação transformadora.”

De acordo com Godoy (1995), o estudo de caso tem por objetivo proporcionar a vivência da realidade por meio da discussão, análise e tentativa de solução de um problema extraído da vida real, sendo que, a partir de seus instrumentos traz inúmeras respostas referente ao porquê da ocorrência destes fenômenos, sendo que estes só podem ser observados no cotidiano e há poucas possibilidades de controle dos eventos estudados.

3.2 ASPECTOS ÉTICOS

O presente estudo seguiu as normas específicas para realização de pesquisa com seres humanos, estabelecidas na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Além disso, o professor participante assinou um termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE A), onde estavam informados todos os riscos e benefícios em participar do estudo, bem como, o detalhamento sobre o estudo, o sigilo das informações e a livre opção de desistir do estudo caso sentisse necessidade.

3.3 O CASO ESTUDADO

O estudo de caso foi realizado no município de Santa Rosa/RS, com um professor de Educação Física que atua profissionalmente na APAE. A escolha

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deu-se em função desdeu-se professor trabalhar há mais de 4 anos como professor de Educação Física na Educação Especial, tendo atuado também por um tempo considerável, como professor de Educação Física na escola regular, de forma que apresenta uma experiência significativa nestes dois ambientes de trabalho; além disso, a escolha foi norteada pela disponibilidade que o mesmo apresentou em responder ao questionário, bem como o interesse demonstrado em participar do presente estudo.

3.4 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DAS INFORMAÇÕES

Após a escolha desse professor, tendo sido explicado a natureza do presente estudo, assim como verificado a sua disponibilidade para participar do mesmo, foi encaminhado a solicitação de autorização na escola, a qual foi prontamente autorizada.

Depois desses procedimentos iniciais e de protocolo, foi combinado com o professor que a entrevista seria realizada em um local calmo, de modo a não sofrer a interferência de variáveis externas, sendo que optou-se pela sua residência, onde realizou-se a entrevista de modo tranquilo, sem interferências, durando aproximadamente duas horas.

3.5 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

As informações foram obtidas por meio de uma entrevista semi estruturada (APÊNDICE B), contendo dois blocos: o primeiro bloco refere-se ao processo de formação do professor estudado, composto por cinco questões, e o segundo bloco, com nove questões, voltados à sua atuação profissional, destaca-se que são todas questões abertas, onde o entrevistado pode se manifestar livremente.

Esse tipo de entrevista pode ser utilizada como um modelo para ser seguido, onde o pesquisador se baseia em um roteiro previamente determinado, elaborando antecipadamente questionamentos aos entrevistados (MARCONI; LAKATOS, 2003).

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3.6 ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Os dados foram analisados utilizando a análise de conteúdo, que de acordo com Bardín (2006), o qual prevê três etapas: a) pré-análise, onde ocorre o primeiro contato com os dados coletados; b) exploração do material, onde é realizada a descrição analítica, com o aprofundamento da interpretação dos dados, a partir da codificação, da classificação e da categorização das informações encontradas e; c) o tratamento dos resultados, onde se faz a inferência e interpretação dos dados, com base na intuição, na análise reflexiva e crítica.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo apresenta-se o resultado da análise dos dados obtidos a partir da entrevista realizada para este fim. O perfil do entrevistado pode ser traçado como sendo um professor de Educação Física, do gênero masculino, com idade de 47 anos, e nível de escolaridade de Pós Graduação completa.

Com base na entrevista realizada foram elaborados os três tópicos desse capítulo, os quais têm como foco: formação acadêmica, planejamento das aulas de Educação Física em uma escola para educação especial; e as dificuldades encontradas por este profissional para atuar como professor de Educação Física voltada à essa modalidade de educação.

4.1 ENTENDENDO A FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CASO ESTUDADO

O profissional que trabalha com a Educação Física na Educação Especial, na maioria dos casos, encontra muitos desafios em seu trabalho porque a sua formação acadêmica foi muito fraca nesta área de atuação. No Brasil apenas depois da década de 1980 que a educação física adaptada surgiu oficialmente nos cursos de graduação através da Resolução n. 3/87, através da qual o Conselho Federal de Educação passou a prever a atuação do professor de Educação Física com a pessoa com deficiência e outras necessidades especiais. O que justifica a condição de que muitos professores de Educação Física, hoje atuantes nas escolas, não receberam em sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes à Educação Física especial e adaptada ou a inclusão (BRASIL, 1987).

Essa situação foi comprovada por meio da investigação realizada no caso em estudo, no qual verificou-se que, ao longo do curso de Educação Física o professor pesquisado, não obteve praticamente nenhum conhecimento sobre a Educação Física na Educação Especial, além de não ter nenhum contato com essas pessoas ou profissionais desta área, e, também não participou de nenhum congresso que abordasse este assunto.

Constatou-se que somente após sua formação acadêmica é que ele pode ter mais conhecimentos da Educação Especial por intermédio da realização de uma Pós Graduação em Atendimento Educacional Especializado (AEE).

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A investigação realizada com o professor deste estudo de caso, indicou que o ingresso do mesmo na Educação Especial ocorreu após ele ter participado de um projeto do governo em 2006, oportunidade em que ele se encantou pela escola e pelas crianças com dificuldades especiais, então em 2013 ele foi cedido como professor, pelo município para trabalhar na APAE, local em que está trabalhando até hoje, completando 5 anos de trabalho na área.

A APAE, buscando melhorar o atendimento que oferece, oportuniza aos seus profissionais palestras e debates todos os anos, os quais tem a intenção de qualifica-los e aperfeiçoa-los em seu trabalho com pessoas portadoras de necessidades especiais, e desse modo melhorar a qualidade de vida dos alunos.

Neste sentido Duarte e Lima (2003) destacam que as atividades proporcionadas pela Educação Física na Educação Especial devem oferecer atendimento especializado aos alunos com necessidades especiais, respeitando as diferenças individuais, visando proporcionar o desenvolvimento global dessas pessoas, tornando possível não só o reconhecimento de suas potencialidades, como também, sua integração na sociedade.

4.2 O PLANEJAMENTO E A ATUAÇÃO DO CASO ESTUDADO

Em se tratando de planejamento e atuação do profissional de Educação Física junto a APAE, o entrevistado indicou que este é realizado de acordo com a turma, levando em conta as necessidades de cada aluno, respeitando sempre o conteúdo a ser abordado, até porque, conforme Gorgatti e Costa (2005), a Educação Física Adaptada para aluno com necessidades educativas especiais não se diferenciam da Educação Física quando se trata dos conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser apresentados e aplicados ao indivíduo portador de necessidades especiais.

O entrevistado salienta que as turmas da APAE podem apresentar alunos com características bem distintas em termos de deficiências, citando que, podem ocorrer alunos cadeirantes, alunos com dificuldades de equilíbrio, ou ainda aluno com paralisia cerebral; por outro lado, na escola regular, também pode ocorrer a incidência de alunos com deficiências, e cita a Síndrome de Down eo autismo leve, por exemplos. Assim, tanto na escola regular quanto na APAE o planejamento, de

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acordo com o professor entrevistado, é bastante semelhante, no entanto, em se tratando da execução e do desenvolvimento nas duas situações é bastante diversa, e justifica essa condição em função de que os alunos da escola regular não apresentam as dificuldades motoras e intelectuais, presentes nos alunos da APAE.

Com relação à formação das turmas, Soares e Raulino (2017) salientam que para o atendimento em Educação Física, deverá observar, além da idade cronológica do estudante para a inserção nas respectivas etapas educacionais, o seu padrão funcional que é a capacidade de compreensão dos estímulos e de execução dos movimentos propostos. É importante que o professor tenha os conhecimentos básicos relativos ao seu estudante como: necessidades básicas e potencialidades para o desenvolvimento das atividades propostas, as funções e estruturas que estão prejudicadas. Implica, também, que esse educador conheça os diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos, sensoriais, neurológicos); cognitivo; motor; interação social e afetivo emocional.

Também investigou-se com o entrevistado a respeito dos objetivos e conteúdos para as aulas de Educação Física na APAE. Conforme sua resposta, pode-se verificar que na APAE as aulas de Educação Física buscam melhorar o equilíbrio dos alunos que apresentam essa dificuldade, também procuram aumentar a força dos membros superiores e inferiores; além de desenvolver a coordenação motora fina e ampla, bem como a lateralidade, postura e agilidade/velocidade corporal. Por meio das atividades realizadas nessas aulas o professor promove a socialização dos alunos e ainda fornece conhecimentos básicos sobre os esportes, dando ênfase ao uso adequado e cuidados devidos com os materiais e o local onde desenvolvem as práticas esportivas.

O professor entrevistado informou que na escola regular os conteúdos e objetivos são parecidos com os estabelecidos para a APAE, no entanto, ocorre maior destaque para a prática de jogos, em função de que os alunos são mais homogêneos.

Silva, Rech e Junior (2007) informam que o Parâmetro Curricular Nacional de Educação Física sugere aos professores de Educação Física conteúdos que serão abordados nas escolas regulares como: esportes, lutas, jogos, ginásticas, atividades rítmicas e expressivas. Já quanto aos conteúdos para alunos com necessidades especiais, o que o PCN de Educação Física aborda é que o professor deve garantir as condições de segurança aos alunos e este poderá fazer adaptações na aula para

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que todos possam participar das atividades, mas isto também em se tratando de escola regular.

Cabe mencionar que considerando o exposto pelo entrevistado em termos de objetivos e conteúdos, estes são condizentes com o expresso no trabalho desenvolvido por Soares e Raulino (2017), onde afirmam que a Educação Física adaptada é uma área de conhecimento da Educação Física que tem como ideia principal incluir as pessoas com deficiência em um conjunto de atividades, jogos, esportes e exercícios; e tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educacionais especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada aluno com deficiência, respeitando suas diferenças individuais.

4.3 DIFICULDADES APONTADAS PELO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA AO ATUAR EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO PARA EXCEPCIONAIS E REGULAR

Com relação aos resultados obtidos na pesquisa as principais dificuldades apontadas pelo professor de Educação Física ao atuar em uma escola de Educação para Excepcionais são: a falta de materiais; dificuldade em atender as demandas de necessidades de atenção de cada um dos alunos, em função de ser um único professor atuando com uma turma de vários alunos com limitações exigindo atendimento praticamente individualizado, o que acaba implicando na quase impossibilidade de realizar um trabalho adequado com todos os alunos.

A dificuldade relatada pelo entrevistado referente as múltiplas deficiências identificadas em uma mesma turma, exigindo atenção particular a cada aluno, também foram mencionadas no estudo realizado por Just, Conceição e Cardoso (2015), os quais mencionam que quando foi perguntado quais as dificuldades encontradas na atuação com a Educação Física na Educação Especial, a professora questionada destacou que a sua única dificuldade era em relação às diversas deficiências que ela se deparava em cada turma, afirmando que cada turma é diferente da outra, havendo alunos com dificuldades diferentes do outro, e de forma semelhante ao professor entrevistado na presente pesquisa, a professora do estudo de Just, Conceição e Cardoso (2015), também se via incapacitada de atender a todos os alunos ao mesmo tempo.

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Já na Escola de Educação Regular as principais dificuldades citadas pelo professor foram: divergência entre o conteúdo proposto pelo professor e o interesse dos alunos; a falta de vontade e de interesse dos alunos em realizar as atividades propostas, demonstrando preguiça e desânimo nas aulas.

Assim, considerando as dificuldades informadas, evidencia-se a importância do conhecimento na prática pedagógica, pois os professores não só da Educação Especial, mas também aquele que atua no ensino regular, deve ter o embasamento necessário para atuar perante os problemas que se colocam em suas aulas (JUST, CONCEIÇÃO; CARDOSO, 2015).

As informações obtidas referentes às dificuldades enfrentadas, estão dispostas, conforme mostra a figura 1.

Figura 1. Dificuldades percebidas pelo professor de Educação Física na Escola Regular e na Escola de Educação para Excepcionais.

Fonte: Acadêmico pesquisador (2017).

Os dados apresentados na figura acima concordam com a literatura existente. Segundo Souza (2013), as principais dificuldades dos professores de Educação Física são a falta de espaço físico, falta de materiais e falta de interesse dos alunos. O autor sugere o desenvolvimento de estratégias que possam ser aplicadas para amenizar essas dificuldades. Para a falta de materiais ele indica oficinas criativas com materiais recicláveis/alternativos, o que proporciona atividades interdisciplinares, como a educação ambiental, que não está incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Básica (PCN’s, BRASIL).

Escola regular Falta de interesse dos alunos Alunos acomodados APAE Falta de materiais Não consegue dar atenção para todos

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Com relação as dificuldades identificadas na presente pesquisa, e com base nas leituras realizadas para este trabalho, primeiramente destaca-se a importância, tanto para professores que atuam nas escolas regulares, quanto os que trabalham com alunos excepcionais, a questão de que o professor esteja atento as particularidades de cada aluno, considerando suas limitações e suas potencialidades, para com base neste fundamento, planejar aulas que tenham condições de serem realizadas, e que possibilitem o desenvolvimento dos seus alunos.

Destaca-se ainda a necessidade de realização de formação contínua, seja através de cursos, de congressos e demais oficinas, de modo que o professor se mantenha atualizado em relação à novas técnicas, novos materiais, outros recursos que podem ser utilizados para melhorar suas aulas.

Para o caso do desinteresse dos alunos das escolas regulares, sugere-se o desenvolvimento de planejamentos mais atrativos, com temas atuais, envolvendo assuntos do cotidiano e até mesmo com a própria contribuição dos alunos, de forma que despertem seu interessante, e permitam que os mesmos participem ativamente.

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CONCLUSÃO

Com base nas leituras realizadas para o desenvolvimento do referencial bibliográfico que norteou o teoricamente o presente estudo, e na pesquisa de estudo de caso, desenvolvida com um professor de Educação Física, pode-se verificar que a questão da Educação Física voltada à portadores de necessidades especiais tem sido um campo discutido, pesquisado e estudado nos últimos anos.

A Educação Física Adaptada surgiu como uma alternativa para a prática dessa disciplina por parte dos alunos que apresentam alguma deficiência, que lhes incapacita de realizar as aulas de Educação Física, tidas como ‘normais’. Uma vez que lhe a Educação Física Adaptada oferece ao educando a compreensão de suas limitações e capacidades, podendo auxiliar na busca de uma melhor adaptação ao meio em que ele vive.

Com base nos autores pesquisados, pode-se afirmar que a Educação Física Adaptada é uma Educação que envolve modificações ou ajustamentos das atividades tradicionais da Educação Física para permitir aos alunos com deficiências participar com segurança de acordo com suas capacidades funcionais.

No entanto, assim como a prática docente da Educação Física nas escolas regularesapresenta desafios e dificuldades ao profissional que atua neste segmento, também com aqueles que trabalham basicamente com alunos portadores de necessidades especiais e deficiências, como é o caso do professor de Educação Física que trabalha na APAE, e que foi entrevistado no presente estudo, por meio do qual buscou-se verificar sua formação acadêmica, como é o planejamento das aulas para estes alunos e as dificuldades que o profissional enfrenta.

Com base nos resultados obtidos, verificou-se que o entrevistado possui formação em Educação Física, e Pós Graduação em Educação Especial, sendo que

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destaca-se que ao longo da faculdade de Educação Física não recebeu qualquer orientação para trabalhar com essa modalidade de aluno.

Em se tratando do planejamento das aulas de educação física para as turmas da APAE, o entrevistado indicou que estas são parecidas com as das escolas regulares, inclusive no que se refere em termos de conteúdos. No entanto, ressaltou que o desenvolvimento das aulas em ambos os casos são muito diferenciados, e atribui esse fato em função das particularidades dos alunos envolvidos e suas deficiências e necessidades especiais.

Sobre as dificuldades que o profissional enfrenta, o professor mencionou que na APAE, estas se referem à falta de materiais específicos para serem utilizados com os alunos; e principalmente explicou a questão da dificuldade de trabalhar de modo eficaz com turmas que apresentam alunos com variadas deficiências, exigindo atenção e atendimento individualizado, em função das suas limitações.

Por outro lado, as dificuldades na escola regular, são voltadas ao desinteresse dos alunos para com os conteúdos a serem trabalhados, salientando que estes mostram-se desinteressados e desmotivados para as práticas que lhes são propostas.

Assim, conclui-se que independentemente de serem alunos de escolas regulares ou da APAE, o profissional para atendê-los devidamente precisa estar atento as suas particularidades, de modo a planejar de modo eficaz, atividades que despertem seu interesse e lhes permitam alcançar o seu pleno desenvolvimento. Neste sentido, a formação contínua, por meio de cursos, participação em congressos e demais oficinas que eventualmente tenha acesso, são imprescindíveis para que alcance recursos didáticos capazes de tornar as aulas de Educação Física atrativas, interessantes, mas, sobretudo, um meio de desenvolvimento das potencialidades dos alunos, nos mais variados segmentos que as práticas envolvidas atingem.

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APÊNDICE A

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APÊNDICE B

ENTREVISA PARA COLETA DAS INFORMAÇÕES

Dados pessoais:

Nome: _____________________________ Sexo: ______________________ Idade: _____________________________ Data de nascimento: ___/___/___

Questionamentos específicos para responder à problematização da pesquisa:

1- Sobre a formação:

a. Por que você escolheu ser um professor de Educação Física?

b. Há quanto tempo está formado em Educação Física?

c. Faz curso de atualização profissional? Qual? Há quanto tempo não faz?

d. Você aprendeu a dar aula na Educação Especial na graduação ou após?

e. Fez alguma pós graduação para aprender a dar aula na Educação Especial?

2- Sobre a atuação:

a. Por que você escolheu trabalhar com a Educação Especial? Como foi seu ingresso na área?

b. O planejamento das aulas é o mesmo na APAE e na escola normal?

c. Como é o planejamento das aulas na APAE?

d. Quais os objetivos das aulas e do planejamento na APAE?

e. Quais os conteúdos desenvolvidos?

f. Como é o planejamento das aulas na escola regular?

g. Quais os objetivos das aulas e do planejamento na escola normal?

h. Quais os conteúdos desenvolvidos?

Referências

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