ROTEIRO
• Recordar conceitos básicos:
– Conceitos fundamentais da estrutura atômica;
– Modelo atômico de Bohr e o da mecânica quântica; – Eletronegatividade;
• Recordar os tipos de ligações químicas; • Energia de Ligação;
• Relacionar propriedades com os tipos de ligações químicas.
Cada átomo é composto por:
Núcleo prótons e nêutrons.
Elétrons, que circundam o núcleo.
Elétrons e prótons são carregados eletricamente.
Elétrons tem carga negativa; prótons tem carga positiva; nêutrons não tem carga.
A magnitude da carga do próton e do elétron é 1,602 x 10-19C.
Estrutura do Átomo
As massas são muito pequenas:
Prótons e nêutrons possuem massas quase iguais e que valem respectivamente 1,673 x 10-27 kg e 1,675 x 10-27 kg.
Elétrons tem massa igual a 9,1095 x 10-31 kg.
Cada elemento é caracterizado:
Pelo seu número atômico (Z) número de prótons dentro do núcleo.
Pela sua massa atômica (A) soma do número de prótons e do
número de nêutrons dentro do núcleo.
Estrutura do Átomo
John Dalton
(1776-1844)
Mostrou experimentalmente que:
• Átomos indivisíveis existiam acreditava que eles fossem esferas maciças; • Átomos de elementos diferentes possuem pesos diferentes;
• Os átomos combinam-se em diversas razões de números inteiros simples para formar compostos.
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
J. J. Thomson
(1897)
• Descobriu o elétron, através de seus experimentos com raios catódicos; • Concluiu que os elétrons faziam parte de todos os átomos.
Modelo de “Pudim de Passas”
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
Ernest
Rutherford
(1908)
• Mostrou que os átomos não eram bolas positivas com elétrons incrustrados;
• Os resultados de seus estudos sugeriram uma estrutura com uma carga densa positiva central circundada por elétrons;
• Propôs elétrons em movimento ao redor da carga positiva.
• Mas estes deveriam ser atraídos pelo núcleo liberando energia, o que não
ocorre...
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
Niels Bohr
(1913)
Propôs que os elétrons circulavam em
órbitas com energias definidas e que um
elétron num átomo pode adquirir apenas
certas energias.
- Quanto maior a energia do elétron,
mais afastado ele está do núcleo.
Um elétron só pode estar em movimento
ao redor do núcleo se estiver em órbitas
específicas, definidas, e não se
encontra em movimento ao redor do
núcleo em quaisquer órbitas.
Aplica as idéias de mecânica quântica de Einsten e Plank e propõe que: • Um elétron orbitando o núcleo poderia ocupar somente determinadas
órbitas ou níveis de energias nos quais é estável.
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
• Posição de cada elétron
definida em termos do seu
orbital.
• Energias dos elétrons são
quantizadas mudança de
orbital é possível, com
absorção (maior energia) ou emissão (menor energia) de energia.
• Estados adjacentes são
separados por energias finitas.
• O modelo não explica vários fenômenos envolvendo os elétrons.
Modelo de Bohr
Modelos Atômicos: Átomo de Bohr
Modelos Atômicos: Mecânico-Ondulatório
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
Einsten propôs que a radiação eletromagnética era constituída
de partículas, que foram chamados de fótons.
Mas experimentos como a difração nos
levam a vê-la como ondas.
DUALIDADE ONDA-PARTÍCULA
Erwin Shrödinger
Cálculo da localização de um elétron
no átomo levando em consideração o princípio da incerteza.
Ψ
Informação da probabilidade de se encontrar o elétron no espaçopara cada conjunto de números quânticos
Resolução da Equação de Schrödinger Quatro números quânticos que descrevem um elétron Cada orbital comporta 2 elétrons
Nome Símbolo Valores Significado Indica
Principal n 1, 2, 3... CAMADA, energia Tamanho
Momento angular orbital l 0, 1, 2,..., n-1 SUBCAMADA
s, p, d, f,...
Forma
Magnético ml l, l – 1, ..., - l ORBITAIS da
subcamada
Orientação
Spin Magnético ms +1/2, -1/2 Estado de Spin Direção do Spin
Adaptado de Atkins, P. and Jones, L; Princípios de Química, Ed. Bookman, 2001.
Modelos Atômicos: Mecânico-Ondulatório
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
Neste modelo, o átomo possui um núcleo central positivo e elétrons (tratados
como ondas e partículas) ficam ao seu redor, organizados em camadas, subcamadas e orbitais
• Comparação entre as
distribuições
eletrônicas:
– Segundo o modelo atômico de Bohr – Segundo o modelo mecânico-ondulatório (mecânica quântica)Modelos Atômicos: Mecânico-Ondulatório
• Comparação entre as
distribuições
eletrônicas:
– Segundo o modelo atômico de Bohr – Segundo o modelo mecânico-ondulatório (mecânica quântica)Modelos Atômicos: Mecânico-Ondulatório
• Ψ (chamada de psi) Função de onda conhecida como orbital
atômico Informação da probabilidade de se encontrar o elétron no
espaço para cada conjunto de números quânticos n, l, ml . • Representação gráfica dos orbitais.
Orbital s Orbitais p
Forma esférica
Lobos ao longo dos eixos
z
Modelos Atômicos: Mecânico-Ondulatório
Lantanídeos
Actinídeos
Orbitais de maior energia na camada de valência Organização da Tabela
Preenchimento dos elétrons nas camadas
e subcamadas
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
Diagrama de Pauling
Organização da Tabela Periódica
Preenchimento concluído em orbitais p
Elétrons de Valência - Configurações Estáveis
• Elétrons de Valência: São aquelesque ocupam a camada de valência.
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
• Configurações Eletrônicas Estáveis: As camadas eletrônicas mais externas estão completamente preenchidas.
LOUSA: Conceito
de camada de
Escala de
Eletronegatividade de Pauling
“Poder que um átomo tem de atrair elétrons para si em uma ligação”
Maior “facilidade” em ceder elétrons = CÁTIONS Maior facilidade em ganhar elétrons = ÂNIONS
Inertes – Gases Nobres
Lousa: transferencia e compartilahmento de elétrons leva a determinada ligação química
Eletronegatividade
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
LOUSA: Como
podemos pensar uma
ligação química?
Objetivo de Estudar as Ligações Químicas
• Relacionar o tipo de ligação química com as principais propriedades dos materiais.
Ligações Químicas
“Uma ligação química é uma união entre átomos [...] Uma ligação
química forma-se entre dois átomos se o arranjo resultante de seus dois núcleos e seus elétrons tem energia mais baixa que a energia total dos átomos separados.”
As ligações primárias ocorrem envolvendo os elétrons de
valência dos átomos.
Estrutura Atômica e Ligações Químicas
LOUSA: Formação da ligação em termos de
energia
Sabendo que a ligação se dá entre os elétrons e
olhando para a eletronegatividade como
Ligações Primárias – Ligação Iônica
• Envolve a transferência de elétrons
de um átomo para outro.
• A ligação é não-direcional. • Grande diferença de eletronegatividade entre os elementos: Na = 0,9 ; Cl = 3,0 DE = 2,1 Caráter iônico
• A ligação iônica resulta da atração eletrostática entre dois íons de cargas opostas.
• Forças de atração Coulombianas (variam com o quadrado do inverso da distância interatômica).
Exemplo: Cloreto de sódio tanto o cátion Na+ quanto o ânion Cl - ficam
Representação esquemática da ligação covalente na molécula
de metano ( CH4 )
Ligações Primárias – Ligação Covalente
• Envolve o compartilhamento dos elétrons de valência de átomos adjacentes.
• A ligação resultante é altamente direcional.
• Menor diferença de eletronegatividade entre os elementos do que o
observado em ligações iônicas.
C = 2,5 H = 2,1 DE = 0,4 Forte caráter covalente O = 3,5 Si = 1,8 DE = 1,7 Caráter iônico- covalente Representação esquemática da ligação covalente na sílica ( SiO2 )
Ligações Primárias – Ligação Metálica
• Átomos dos metais cedem à ligação metálica de um a três elétrons de valência.
• A ligação resultante é não-direcional.
• Os elétrons cedidos passam a se comportar como elétrons “livres” : – Apresentam a mesma probabilidade de se associar a um grande número de átomos vizinhos.
– Formam uma “nuvem eletrônica” .
Modelo Simplificado
Ligações Primárias e a Teoria dos Orbitais
Moleculares
H
2N
2Orbitais π do benzeno
LUMO = Mais baixo (em energia) orbital molecular desocupado HOMO = Mais alto (em energia) orbital molecular ocupado
Ligações Secundárias: Interações Intermoleculares
Ligações Secundárias: Interações Intermoleculares
Forças Intermoleculares
Adaptado de: Atkins, P., Jones, L., Princípios de Química - Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente, 3 ed., Porto Alegre: Bookman, 2006.
Pontes de H >Íon-dipolo> dipolo-dipolo > dipolo-dipolo induzido > dipolo induzido-dipolo induzido
Energia das Interações Intermoleculares
Tipo de Interação Espécies que Interagem Íon – Dipolo Íons e Moléculas Polares Dipolo – Dipolo Moléculas Polares
De London Todas as Moléculas (Melhor
visualizada em Moléculas Apolares) Pontes de Hidrogênio F, O, N e H de uma ligação H-X
Dipolos Induzidos Flutuantes
Dipolo Molecular Permanente
Dipolo Induzido e Dipolo Permanente
• Ocorrem atrações entre dipolos gerados pela assimetria de cargas.
Dipolo-dipolo
Ex: Cadeias de PVC
Ponte (ou ligação) de Hidrogênio
Ligações Secundárias: Interações Intermoleculares
Atração eletrostática fraca entre um
par de elétrons livres de um átomo e um átomo de hidrogênio ligado
covalentemente, tendo carga parcial δ+;
São formadas apenas com os elementos mais eletronegativos, sendo os mais
importantes : F, O, N
É o tipo de ligação secundária mais forte.
Forças de atração e de repulsão em função da distância interatômica (r)
para dois átomos isolados
Energia Potencial em função da distância interatômica (r) para dois
átomos isolados
Forças e Energias de Ligação
(Caso Unidimensional)
Forças e Energias de Ligação
• Quando dois átomos se aproximam, eles exercem uma força um no outro: R A N
F
F
F
onde: FA força de atração FR força de repulsão FN força resultante• A energia potencial (EN) será dada por:
N r A r R NF
dr
F
dr
F
dr
E
onde: r distância interatômica(Caso Unidimensional)
Forças de atração e de repulsão em função da distância interatômica (r)
para dois átomos isolados
Energia Potencial em função da distância interatômica (r) para dois
átomos isolados
Forças e Energias de Ligação
(Caso Unidimensional)
Força Resultante Igual a 0 Energia Potencial Mínima
A distância de ligação entre dois átomos é a distância correspondente ao ponto de mínima energia (soma dos dois raios atômicos).
(a) Para metais puros, todos os átomos têm o mesmo raio atômico.
(b) Para sólidos iônicos, os raios atômicos são diferentes, uma vez que íons adjacentes nunca são idênticos.
Forças e Energias de Ligação
(Caso Unidimensional)
Forças e Energias de Ligação
(Caso Unidimensional)
Energia de ligação ! O formato da curva se relaciona com as propriedades do material !Relação Entre Algumas Propriedades e as Curvas
de Força e Energia de Ligação
• Propriedades Mecânicas
Em escala atômica, a DEFORMAÇÃO ELÁSTICA é manifestada como uma
pequena alteração na distância
interatômica e na energia da ligação.
– Quanto mais profundo o poço de energia potencial, maior será a energia de ligação e, portanto, também maior
será a resistência à deformação
elástica (RIGIDEZ).
– O MÓDULO DE ELASTICIDADE é uma medida da rigidez de um material.
Obs.: o módulo de elasticidade é uma propriedade mecânica que será estudada em detalhe
mais à frente no curso
• O módulo de elasticidade pode ser
associado à derivada da curva F(r)
no ponto r = r0; quanto maior for o
valor da derivada, maior será o módulo de elasticidade.
• O material a apresenta maior rigidez do que o material b.
r
0r
0Módulo
de
Elasticidade
r0 = ponto onde forças
de atração e repulsão são iguais
Relação Entre Algumas Propriedades e as Curvas
de Força e Energia de Ligação
• Um “poço” profundo e estreito
(elevadas energias de ligação) está relacionado a um baixo coeficiente de expansão térmica.
Obs.: IAE = interatomic energy
Coeficiente
de
Expansão
Térmica
Relação Entre Algumas Propriedades e as Curvas
de Força e Energia de Ligação
Maior coeficiente de expansão térmica.
• Materiais que apresentam grandes
energias de ligação também
apresentam temperaturas de fusão e
de ebulição elevadas. (Metais e cerâmicas)
Pontos de fusão
e de ebulição
Relação Entre Algumas Propriedades e as Curvas
de Força e Energia de Ligação
Pontos de fusão
e de ebulição
Relação Entre Algumas Propriedades e as Curvas
de Força e Energia de Ligação
Cerâmicas
Metais
Materiais Segundo o Tipo de Ligação
Tetraedro que representa a contribuição relativa dos diferentes tipos de ligação para categorias de Materiais de Engenharia
Exercício
Material Tipo de ligação química Temperatura
de fusão (oC)
NaCl Iônica 801
C (diamante) Covalente 3550
(C2H4) Iônica - covalente 120
Cu Metálica 1085
SiO2 Covalente e secundária 1700
Ar Secundária (dipolo induzido) -189
H2O Secundária (dipolo permanente) 0
Exercício
(a) material para aplicação na qual a resistência
mecânica seja fundamental (ou seja, deseja-se o
material com a maior resistência mecânica dentre os dois considerados);
(b) material para uma aplicação na qual ocorre uma
variação lenta da temperatura, e para a qual a estabilidade dimensional do corpo é fundamental
(ou seja, deseja-se o material que sofra a menor variação dimensional com a temperatura);
(c) material para uma aplicação onde é necessária uma certa flexibilidade (ou seja, deve ser escolhido o material, dentre os dois considerados, que apresente o menor módulo de elasticidade).
2. Considerando as duas curvas apresentadas ao lado, escolha um dos dois materiais nelas representados (material a ou material b), justificando a sua escolha:
– Leitura recomendada:
– Duarte, H. A., Ligações Químicas, Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, 4, 2001. http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/04/ligacoes.pdf