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BARKER(1968)CAPÍTULO2-OAMBIENTEECOLÓGICO

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PSICOLOGIA ECOLÓGICA:

A TEORIA DOS BEHAVIOR

SETTINGS

Ψ

CAPÍTULO 2

O AMBIENTE ECOLÓGICO

ROGER GARLAND BARKER

Tradução: Prof. Frederico Flósculo Pinheiro Barreto, FAUUnB.

Uma das mais óbvias características do comportamento humano é sua variação. Cada dia da vida de uma pessoa é marcado por amplas flutuações em praticamente todos os atributos do seu comportamento que possamos identificar: na inteligência que ele demonstra, na velocidade com que se move, nas emoções que expressa, no tom com que fala, nos objetivos que persegue, na cordialidade que manifesta, em seu humor, em sua energia, em sua ansiedade. Mesmo os gênios pensam de forma comum, ordinária, a maior parte do tempo; os super-dotados também se obrigam a contar sua moedas de troco, e a escolher as suas gravatas. O registro continuado do comportamento de crianças mostra que a continuada mudança na corrente de comportamento é um dos mais marcantes aspectos: encrencas e tranqüilidade, sonolência e atividade, sucesso e fracasso, submissão e domínio, respostas corretas e respostas incorretas, atenção e desinteresse, tudo isso e muito mais a ocorrer em complexa combinação (Barker & Wright, 1955). As pessoas comuns sabem da existência da variabilidade humana desde sua própria experiência, de suas observações; os romancistas, os dramaturgos e os biógrafos descrevem essa variabilidade. Mas isso não é algo proeminente na psicologia científica.

A psicologia científica tem se preocupado com outra dimensão da variabilidade comportamental, ou seja: com as diferenças entre os indivíduos. Esse é um dos maiores feitos da psicologia: apesar da enorme variação nos comportamentos de cada indivíduo, os métodos se dirijam para medir, com exatidão, as constantes do comportamento individual.

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Uma parte substancial da psicologia científica devota-se ao grande número de constantes comportamentais que se tem medido, e com as relações entre essas constantes.

É lamentável que esses feitos ocorram sem que se verifique um progresso assemelhado no estudo da variação dos comportamentos individuais que ocorrem naturalmente. Contudo, nessa assertiva há uma contradição: para que possamos obter medidas comportamentais estáveis, devemos impor condições estáveis sobre as pessoas, e as mesmas condições devem ser novamente impostas a cada vez que essas medidas tiverem que ser repetidas. Essa abordagem produz medidas de determinadas constantes, tal como se manifestam sob as condições cuidadosamente assinaladas, mas eliminam as variações individuais, que ocorrem sob condições bem distintas, e destroem os contextos de ocorrência natural dos comportamentos.

Esse problema não é peculiar à psicologia. A resistência de uma viga de madeira pode ser avaliada apenas sob condições específicas, e são essas as condições a serem mantidas ou reproduzidas cada vez que as medidas deverem ser repetidas. Mas sabemos que uma viga de madeira possui diferentes resistências, a depender de seu contexto estrutural. O mesmo é verdade, também, do significado das palavras. As palavras possuem uma amplitude de significados, e o mais preciso em cada situação depende do contexto em que é empregada. Um bom dicionário nos dá uma variedade desses significados, os significados modais; para uma maior precisão, o dicionário exemplifica o emprego das palavras em contextos específicos, concisos, mas reveladores. Uma pessoa é como uma viga de madeira, ou como uma palavra: ela possui várias resistências possíveis, várias inteligências, várias maturidades sociais, várias velocidades, vários graus de liberalidade e de conservadorismo e várias moralidades.

As fontes gerais da variação do comportamento intra-individual são claras. O comportamento de uma pessoa se conecta de formas complicadas com suas partes internas (seus neurônios, seus músculos, seus hormônios, por exemplo) e com seu contexto externo (com suas aulas na escola onde é aluna, como o jogo onde é jogadora, a rua onde é pedestre). A pessoa psicológica que escreve ensaios, que marca pontos em jogos, que cruza ruas, etc., permanece como uma entidade identificável entre as partes instáveis interiores e os contextos exteriores, aos quais é ligada, ainda que seja profundamente separada de ambos. A separação provém do fato de que as partes internas e os contextos externos de uma pessoa envolvem fenômenos que funcionam de acordo com leis que são diferentes daquelas que governam seu comportamento. As lesões cerebrais, as contrações musculares e as concentrações hormonais não são fenômenos psicológicos.

No atual estado de compreensão que temos, esses fenômenos envolvem leis que são incomensuráveis com relação às leis da psicologia. O mesmo é verdadeiro com respeito ao ambiente no qual a pessoa está imersa. As aulas que uma determinada pessoa freqüenta como aluno, o jogo do qual ela participa como jogadora, a rua onde ela caminha, também funcionam de acordo com leis que são incomensuráveis com respeito às leis que governam seu comportamento como pessoa. Trata-se do problema interior-exterior que Allport (1955) colocou em discussão. O contexto externo constitui o ambiente ecológico molar.

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Esse ambiente consiste em fenômenos que ocorrem naturalmente (1) além do corpo, da pele da pessoa, (2) e que se integram às ações molares dessa pessoa, mas (3) que obedecem a leis que são incomensuráveis com as leis que governam o comportamento molar (Barker, 1960a). O ambiente ecológico difere do ambiente psicológico (ou do espaço vital) e dos estímulos, como a discussão que se segue tornará claro. O fato de que o comportamento varia sob a influência dos contextos exteriores a seu corpo, incomensuráveis e alheios aos contextos da pessoa como ente psicológico, coloca a psicologia em um sério dilema. Como uma ciência unificaria e abrangeria tantos fenômenos, tão diversos? Nem a física, nem a astronomia, nem a botânica, entre outras ciências, têm que lidar com as forças psicológicas que incidem nos sistemas que estudam. Como a psicologia poderia lidar com as forças não-psicológicas que incidem nas pessoas? Esse é o problema central da psicologia ecológica.

O PROBLEMA TAUTOLÓGICO

Para que se possam estudar as relações entre comportamento e ambiente em qualquer nível, o ambiente e o comportamento devem ser descritos e medidos de forma independente; de outra forma arma-se um círculo tautológico, de onde não há como escapar. Vejamos o caso de três crianças, como exemplo, que foram observadas durante um dia inteiro, ao longo do qual interagiram, respectivamente, com 571, 671, e 749 objetos diferentes; o número total de interações registradas, com esses objetos, foi de 1.882, 2.282, e 2.490, sendo que cada uma dessas interações definidas apresenta um determinado conjunto de atributos (Schoggen, 1951; Barker & Wright, 1955). Mas esses objetos não constituem o ambiente ecológico dessas crianças, pois foi seu comportamento o único critério empregado para todo esse trabalho de identificação e descrição desses objetos. Quando se usa o comportamento de uma dada pessoa como a única evidência acerca do que constitui seu ambiente ecológico, está-se na verdade lidando com variáveis psicológicas, isto é: com fenômenos espaço-vida (life-space phenomena), ou de espaço vital. O espaço-vida naturalmente ocorrente merece investigação, mas não é o ambiente ecológico, que não pode ser descoberto através do singelo uso do comportamento de uma pessoa, como o único sistema de referência. Isso é verdade não porque seja impossível observar todos os aspectos de todos os comportamentos que ocorrem, mas porque o ambiente ecológico compreende uma classe diferente de fenômenos, e somente pode ser identificado e compreendido de forma independente do comportamento ao qual é ligado.

Isso nos confronta com a essência do ambiente ecológico em relação às pessoas. Pode-se compreender com facilidade as dificuldades que os estudiosos dos fenômenos luminosos enfrentariam, caso eles não tivessem nenhuma descrição física da luz, ou se a descrição física de que dispusessem fosse limitada ao ponto de contato da luz com um receptor luminoso. Para compreender esse ponto de contato, é essencial conhecer a estrutura da luz, pois esse ponto de contato faz parte do conjunto de aspectos do fenômeno luminoso, de uma matriz de características que não é evidente apenas a partir de algo como um ponto de contato, isto é: de um aspecto de um estímulo, somente.

Trata-se de um problema mais geral, da ciência. Quando nós estamos interessados no contexto exterior a qualquer entidade, seja uma pessoa em atividade, seja uma viga

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estrutural em pleno equilíbrio numa edificação, seja uma palavra numa sentença (coisas produzidas por determinados comportamentos), esse contexto não pode ser descrito em termos dos pontos de contato com a entidade, apenas. As propriedades desses pontos dependem das estruturas da qual fazem parte. Examine a palavra “trazida” nos sucessivos e mais inclusivos contextos em que ocorre:

TRAZIDA

FOI TRAZIDA SOB

PROVISÃO FOI TRAZIDA SOB A PROTEÇÃO

A NOVA PROVISÃO FOI TRAZIDA SOB A PROTEÇÃO DA ESCURIDÃO*∗

Os pontos de contato entre a palavra trazida e seu contexto são claramente insuficientes para a definição desse contexto; as propriedades dos pontos de contato (palavras foi e sob) não estão dentro do contexto da palavra trazida: a sentença toda é o contexto. O contexto de todas as palavras contidas nos escritos de Stevenson, ou em todos os escritos que se conheça em nossa literatura, ocorrem em unidades organizadas que são mais amplas que as palavras anteriores e as palavras posteriores. A figura 2.1 é um exemplo físico disso. A viga de madeira ab e seus momentâneos contextos são expostos em sucessivos diagramas. O papel que esse elemento assume pode ser descrito em termos dos arranjos estruturais internos e externos, e das forças que estão envolvidas num determinado instante, sem que se tenha a necessidade de recorrer a quaisquer outras referências além dos pontos a e b.

No entanto, se mais que um intervalo infinitamente pequeno de tempo estiver envolvido, mais informação é necessária. É necessário saber os contextos estrutural e dinâmico da interseção dos pontos a e b. As propriedades do ponto de contato b, nesse caso, podem ser definidas em termos de sua posição na borda de uma roda, que apresenta um certo diâmetro, e que se movimenta de uma certa velocidade, e as propriedade do ponto

a por sua posição no centro da roda. Sabendo-se, por exemplo, que b está na borda de uma

roda que se movimenta a 50 quilômetros por hora, compreendemos imediatamente que ocorre uma mudança cíclica nesse movimento, entre zero e 100 quilômetros por hora, e que também pode haver mudanças na direção das forças e no comportamento da viga de madeira ab.

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Figura 2.1 - Uma viga de suporte (ab) e seu contexto momentâneo.

a

b

a

b

a

b

a

b

Isso também se aplica ao ambiente ecológico das pessoas. O comportamento momentâneo de uma determinada pessoa é completamente determinado por seu espaço vital (life-space), mas se desejarmos compreender mais que essa fatia da corrente de comportamento que eventualmente examinamos, é essencial conhecer o seu ambiente ecológico. Por exemplo, a troca de afeto entre mãe e filho é uma importante variável em algumas teorias do desenvolvimento psicológico. Do ponto de vista do desenvolvimento, essa troca tem, em parte, seu significado derivado do contexto mais amplo, que envolve as vidas da mãe e do filho. É importante conhecer a situação ecológica mais ampla dentro da qual esse contato ocorre, pois essa é a única maneira – para a maior parte dos casos – de compreender o que realmente acontece nesse ponto instantâneo de contato entre a pessoa e o ambiente ecológico. Ainda mais importante é saber que: o conhecimento do contexto ecológico é essencial porque o desenvolvimento não é um fenômeno momentâneo (na verdade, a maior parte dos comportamentos nas quais estamos interessados não é momentânea), e a evolução do espaço vital somente pode ser compreendida dentro do ambiente ecológico no qual se integra.

PROBLEMA DE ESTRUTURA

A coisa mais simples, primitiva, que sabemos sobre o ambiente ecológico é que ele possui uma estrutura. Ele possui partes com relações estáveis entre si. Descrever essa estrutura é uma tarefa fundamental. Parece evidente que essa estrutura não pode ser descoberta pela observação de uma de suas partes, tal como o ponto de interseção entre o ambiente e uma pessoa em particular, ou pela consideração serial de suas partes, uma a uma. Por exemplo, uma completa descrição do comportamento de um jogador em um jogo com bola, ou a completa estatística de todas as jogadas que ocorrem num jogo, não revelam a estrutura do jogo de baseball. São as regras do jogo, e o arranjo dos objetos e pessoas de acordo com essas regras, que constituem a estrutura unitária, essencial, do ambiente ecológico dos seus jogadores; são essas regras que dão forma ao espaço vital de cada jogador.

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Ao lidarmos com tais contextos em termos de suas partes discrimináveis, e ao processá-las através de estatísticas, nós destruímos aquilo que buscávamos descobrir. Essa abordagem tem o valor de um sistema de arquivos, ou de um sistema de análise de concordância: nós não conseguimos compreender um livro apenas pela análise de sua concordância. Através de métodos assim, a estrutura do contexto é desmantelada e chapada num plano simplista; sua estrutura é destruída.

Isso não significa, é claro, que tais investigações não têm valor. Importantes informações acerca um determinado nível de um sistema operante podem ser obtidas quando esse sistema é desmantelado. Todas as ciências possuem métodos de desmantelo de seus objetos de estudo, e fazem um bom uso deles. Componentes essenciais de algo tão delicado quanto o cérebro humano podem ser conhecidas através de cortes e macerações de sua matéria, de seus tecidos, permitindo a análise física e química, de forma técnica e exata – mesmo que isso destrua a micro-estrutura do cérebro. Ainda assim, as ciências também possuem métodos não-destrutivos que também estudam a estrutura de seus fenômenos. As imagens possíveis através de raios-X, as técnicas de ressonância elétrica e magnética, são exemplos disso. Uma preocupação elementar de geólogos, oceanógrafos, citologistas, mineralogistas, geneticistas, astrônomos, entre outros, se dá precisamente com as estruturas que ocorrem naturalmente, sem intervenção humana, desde os cromossomos até o sistema solar, e além.

Assim, é importante para a psicologia a descoberta de técnicas sutis, não-destrutivas, que preservem intactos os comportamentos que ocorrem naturalmente, e seu ambiente ecológico. Expomos aqui algumas regras para essa linha de descobertas, partindo de metodologias ecológicas correntes, que traduzimos para a forma de fenômenos comportamentais. O comportamento com o qual se está preocupado deve ser identificado. Há uma variedade de níveis de comportamento, cada um dos quais possui um contexto ambiental especial. No caso presente, nós estamos interessados no comportamento molar1, ou no comportamento das pessoas como unidades indivisíveis; não estamos interessados no comportamento de pálpebras ou de glândulas. O problema da identificação e descrição do ambiente ecológico do comportamento é fundamentalmente empírico. É necessário observar e descrever o ambiente, para que possamos desenvolver teorias que podem, a seguir, nos guiar no aprofundamento das pesquisas empíricas.

A identificação do ambiente ecológico é auxiliada pelo fato de que, diferentemente do espaço vital (life-space, um construto elaborado por Kurt Lewin), ele possui uma realidade objetiva “aí fora”; possui atributos temporais e físicos.

1

Por “molecular” e “molar”, Barker significa níveis de análise de fenômenos individuais e coletivos. Para físico-química, o mol (que é uma forma reduzida de molécula, por sua vez diminutivo da palavra Latina

moles, massa) é uma medida do número de moléculas em uma massa-padrão (número de Avogadro). Assim,

a expressão molar se refere aos fenômenos e padrões de medidas comportamentais referentes a unidades supra-individuais.

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Dado que o mundo físico-temporal não é homogêneo, mas existe em partes naturais com limites definidos, o ambiente ecológico ocorre em um mosaico de unidades limitadas. Unidades físico-temporais arbitrariamente definidas não compreenderão uma unidade natural, a não que isso ocorra por pura sorte. Além disso, os limites e as características do ambiente ecológico não podem ser determinados pela simples observação das pessoas que nele habitam.

As pessoas que habitam em uma unidade definida do ambiente ecológico diferem em seus atributos psicológicos; seus comportamentos numa mesma unidade ambiental, portanto, diferirá. No entanto, dado que as pessoas, em masse, apresentam, provavelmente, os mesmo atributos, os habitantes de unidades ecológicas idênticas exibirão um consistente padrão comportamental característico, extra-individual. No mesmo raciocínio, devemos esperar que os habitantes de unidades ecológicas que diferem entre si exibirão diferentes padrões de comportamento extra-individual.

O ambiente ecológico do comportamento ambiental ambiente molar de uma determinada pessoa, ou seu ambiente molar, consiste de locais definidos em termos físico-temporais, assim como uma variedade de padrões estáveis de comportamento extra-individual, das pessoas em masse. Essas características do ambiente ecológico e do comportamento são familiares a todos, aos leigos em psicologia. O dicionário define as mais comuns unidades ecológicas tanto em termos de suas coordenadas físico temporais quanto de suas coordenadas comportamentais, assinalando claramente os padrões de comportamento extra-individual:

Rua: um caminho [atributo físico] para o transporte e distribuição de bens [padrão

de comportamento extra-individual];

Loja: lugar onde bens [atributo físico] são oferecidos para a venda ao público

[padrão de comportamento extra-individual];

Parque: fração de solo urbano [atributo físico] mantido para o embelezamento ou para a recreação [padrão de comportamento extra-individual].

Uma análise de todas as descrições de comportamento que ocorrem em um jornal revela que cerca de 50% das reportagens ocorrem no termos das unidades ecológicas, associadas aos padrões de comportamento extra-individual (Barker & Wright, 1955). Exemplos: “A Drogaria Ellson suspenderá as vendas na próxima sexta-feira”; “a Escola de Ensino Médio Midwest iniciou as atividades do semestre nesta segunda-feira”. Tais unidades físico-comportamentais são entidades fenomênicas comuns, e são unidades naturais, no sentido de que não são arbitrariamente impostas por um pesquisador, seguindo critérios estranhos à conjugação de atributos físicos e padrões de comportamento extra-individuais. Essas unidades físico-comportamentais são tão objetivas para as pessoas comuns quanto os rios e florestas, e podem ser definidas por denotação, ou pela indicação mais direta e particular que podem adquirir para as pessoas. A princípio, para as pessoas, não há a menor necessidade de “teorias” ou conceitos especiais; elas são parte do ambiente objetivo que é experienciado diretamente, do mesmo modo como a chuva e as praias arenosas são experienciadas.

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UNIDADES ECOLÓGICAS

Um problema prático, preliminar, da pesquisa ecológica é exatamente a identificação das unidades naturais do fenômeno estudado. A natureza essencial das unidades com as quais a ecologia lida é a mesma, sejam elas físicas, sociais, biológicas ou comportamentais:

(a) Elas ocorrem sem a concordância ou a dependência do pesquisador, são geradas por histórias próprias; nesse sentido são “auto-geradas” (self

generated);

(b) Cada unidade tem localização (locus) espaço-temporal própria;

(c) Uma fronteira contínua, inteiriça, separa o padrão organizativo interno dos padrões organizativos externos, ou de seu contexto diferenciador; Por esses critérios, um elétron, uma pessoa, uma cachoeira são unidades ecológicas. Isso também é verdadeiro para as vilas e cidades; dentro de uma cidade, isso é verdadeiro para uma escola particular, da classe de geometria nessa escola, e do estudante Joe Doakes – neste momento a levantar a mão para oferecer a resposta a uma questão proposta por sua professora. Por outro lado, um quilômetro quadrado de área no centro da cidade não é uma unidade ecológica; suas fronteiras não são auto-geradas. Do mesmo modo, o grupo de eleitores da cidade, ou o sistema de escolas são unidades ecológicas; essas coisas não possuem localizações espaço-temporais contínuas, particularmente definidas.

Muitas unidades ecológicas ocorrem em séries “circunjacentes-interjacentes”, ou em arranjos agrupados. O embrião de um pássaro, por exemplo, é uma série de arranjos agrupados de órgãos, células, núcleos, moléculas, átomos e partículas subatômicas. Nesses arranjos, o número de níveis de inclusão de novas séries é severamente restrito; no caso do embrião de pássaros aos 14 dias de idade, digamos, registramos cerca de nove ou dez níveis de arranjos agrupados. Em cada um desses níveis também descobrimos um número limitado de unidades discrimináveis: por exemplo, em um embrião de 14 dias, já existem cerca de 40 variedades de órgãos em desenvolvimento. Por sua vez, dentro de cada uma dessas variedades, podemos identificar diferentes tipos e freqüências de unidades individuais – por exemplo, na unidade-órgão “coração do embrião” há um tipo apenas de unidade. No nível de um desses arranjos, cada sub-nível circunjacente é reciprocamente ligado com as unidades interjacentes que o compõem. Essa regra é claramente exemplificada pela relação que observamos entre palavras, marcas de pontuação e sentenças: as palavras e as marcas de pontuação formam sentenças que, por sua vez, oferecem os sentidos que são atribuídos e recuperados das próprias palavras e marcas de pontuação.

Isso levanta o problema teórico já mencionado, da busca de uma teoria explicativa unívoca para as relações recíprocas entre os diferentes níveis do fenômeno. Como, por exemplo, podemos explicar o fato de que uma molécula de um gás se comporte de acordo com as leis do movimento molecular e, ao mesmo tempo, de acordo com as - completamente diferentes - leis do jato de gás do qual faz parte? Como as explicações

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acerca do movimento de um trem carregado de trigo que atravessa as planícies do Kansas feitas por (a) um economista – por si mesmo, um cientista que é um arranjo de partes circunjacentes com relação ao trem -, e; (b) um engenheiro – por si mesmo um cientista que é um arranjo de partes interjacentes com relação ao trem -, podem, de algum modo, ser incorporadas numa mesma e unívoca teoria? Tanto as leis da economia quanto as leis da engenharia são verdadeiras; ambas operam de formas consistentes com relação ao trem, mas elas são reciprocamente incomensuráveis, como são incomensuráveis o preço do trigo na bolsa de Chicago e o cavalo-vapor que a locomotiva produz. Como podemos de alguma forma fundir as leis da motivação individual e os princípios da operação institucional que envolve grande número de pessoas, dentro do mesmo sistema de conceitos?

A dificuldade em todos esses casos reside no fato de que as “leis” que governam as unidades individuais são diferentes daquelas leis aplicáveis às séries compostas, circunjacentes, ou aos arranjos de unidades; ainda assim, as unidades e os arranjos de unidades são firmemente ajustadas. A ecologia comportamental estuda o comportamento molar e os contextos ecológicos no qual esse comportamento ocorre. O problema pode ser ilustrado por um exemplo.

Anne Matson tinha 10 anos e 11 meses de idade, e estava no sexto ano do Ensino Fundamental na escola pública de Midwest. Eram 2:09 da tarde, horário da aula diária de música com a srta. Madison. Os primeiros três minutos do registro de pesquisa daquele dia (8 de março de 1951), apresentam o seguinte acerca do comportamento de Anne (Barker et al., 1961):

A sra. Nelson falou, de um modo formal: “Muito bem, a aula vai começar. Vamos para a sala”.

Anne pegou seu livro de música sobre a carteira. Ela esperou.

Anne moveu-se com rapidez para a sua fila, que já se formava, indicando para os demais que deveriam postar-se atrás dela, na saída da atual sala de aula.

Todos se enfileiraram atrás de Anne, trazendo consigo seus livros de música. Anne andou para a sala de música; ela estava quase no começo da fila.

2:10. as crianças sentaram-se em semi- círculo na sala de música.

Anne tinha o colega Opal Bennet à sua direita e Rex Graw à sua esquerda; o colega Alvin Stone estava logo depois de Rex.

A srta. Madison falou com rispidez: “Muito bem, abram seus livros na página 27”. Anne olhava para a srta. Madison de um modo solena.

Anne lambeu o dedo e localizou a página certa do livro.

A srta. Madison perguntou para a turma: “Como vocês cantarão essa canção?” Imediatamente, Anne levantou a mão, indicando que queria conduzir o canto. 2:11. A srta. Madison chamou a estudante Ellen Thomas para mostrar como conduziria a canção.

Ellen balançou suavemente o braço, indicando um andamento três-quatro. A srta. Madison olhou Ellen de forma crítica.

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Alguém na classe criticou o andamento proposto por Ellen, afirmando que não estava correto.

Persistente, Anne levantou novamente o braço, indicando que queria ser chamada. A srta. Madison chamou a estudante Stella Townsend.

Anne baixou novamente o braço, com uma expressão de desapontamento.

Ela olhou com atenção quando Stella demonstrou um andamento para a canção. A seguir, a srta. Madison chamou o estudante Opal Bennet.

Anne não levantou sua mão.

(Não havia,naquele momento, oportunidade para que levantassem as mãos). Ela voltou-se para a sua direita.

Com interesse, ela olhou Opal demonstrar como deveria ser o andamento da canção.

Agora a srta. Madison demonstrou como a canção deveria ter seu andamento três-quatro.

Anne a olhava com muito interesse.

2:12. Ela começou a praticar, movendo seus braços conforme o padrão mostrado pela professora.

Algumas das demais crianças também começaram a praticar.

Pedagógica, a srta. Madison disse para todos: “Muito bem, vamos fazer o movimento, todos juntos, agora”.

Ela posicionou-se de maneira que todas as crianças pudessem ver os movimentos que fazia com os braços e mãos.

Ela conduziu as crianças até que todas fizessem o movimento corretamente. Anne movimentava-se com os dedos graciosamente relaxados.

Ela movia os braços para os lados com correção e visível prazer.

2:13. A srta. Madison disse: “Agora eu preciso de um estudante que venha aqui na frente e conduza a canção”.

Anne imediatamente ergueu sua mão.

Havia uma forte expectativa em sua expressão facial.

Ela manteve a mão erguida até que a srta. Madison chamou Ellen Thomas.

Esse é um exemplo da variável dependente que estudamos: as ações molares de uma criança, como a observação que faz de sua professora a demonstrar o tempo três-quatro, ou como a sua prática dos movimentos que demonstram o andamento três-três-quatro, ou o ato de erguer sua mão para que a professora a escolha, ou observar as ações do colega Opal. Diante disso, nós levantamos a questão: quais são os contextos ecológicos de tais comportamentos?

Há um número infinito de fenômenos externos de qualquer comportameto individual que poderíamos discriminar. No caso de Anne Matson durante a aula de música, havia, por exemplo, seus vizinhos Opal e Rex, o seu livro de música, a música na página 27, o piano, as aulas das turmas da quinta e da sexta séries, do outro lado do corredor, o dia nublado, a cidade de Midwest, os Estados Unidos da América; havia a mão erguida de Anne, as janelas daquela sala, a colega Andrea French sentada alguns lugares adiante, o sorriso de Ellen, e assim por diante. Sem limites. A qual desses inumeráveis fenômenos

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exteriores estaria o comportamento de Anne relacionado? Estariam esses fenômenos relacionados somente por suas eventuais ligações a Anne, ou teriam uma estrutura estável, independente? Seriam um arranjo ecológico de unidades, independentes de Anne e de seu comportamento?

Como poderíamos identificar e descrever o ambiente de comportamento? Os estudantes da percepção humana têm se concentrado nesse problema, e alguns têm obtido sucesso em sua lide. Quando os psicólogos da percepção voltaram a sua atenção desde a natureza da percepção para a natureza perceptual da luz e do som, eles descobriram algo bem importante acerca do ambiente da visão e da audição: não é aleatório; esse ambiente envolve instâncias limitadas e variadas de elementos individuais com padrões múltiplos e surpreendentes. O ambiente da visão e da audição possui uma estrutura que é independente de suas eventuais conexões com os mecanismos perceptuais. Toda a ciência nos tem revelado que a natureza não é uniforme; os ambientes dos átomos e das moléculas, das células e dos órgãos, das árvores e das florestas são ordenados, possuem estruturações, que facilitam, para nós, a sua identificação, o reconhecimento dessas ordens.

Assim, é evidente que os estudiosos do comportamento molar se beneficiarão com o exemplo dos estudiosos da percepção, e considerem o ambiente ecológico do comportamento dos comportamentos que os preocupam de forma completamente independente de suas conexões com esses comportamentos. Isso exige, de fato, uma nova ciência que se posicione em face do comportamento molar como a física da luz e do som se posicionam com relação aos sentidos da visão e da audição. Uma analogia pode ajudar a esclarecer esse problema.

Se um jovem novato no assunto, um jovem inglês, por exemplo, desejar compreender o ambiente do jogador de uma base, no baseball, ele examina detidamente as interações do jogador com sua circunvizinhança. Para fazer isso com a maior precisão que lhe é possível, ele pode mirar o jogador com binóculos, e colocar o jogador no centro de seu campo visual, que incluirá também todo o espaço vizinho, onde todas as interações do jogador com seu ambiente parecem ocorrer, todas as demandas que se faz a ele, e todas as respostas que dá: as bolas que lhe são lançadas, as bolas que agarra, as bolas que lança, os jogadores que passam por ele, etc. Apesar de todo o seu cuidado, esse método de observação não dará ao jovem inglês novato uma suficiente compreensão do jogo que necessariamente dá sentido às transações entre o jogador da base com seu ambiente e que, de fato, constitui o ambiente de seu comportamento de jogador de baseball. Ao observar o jogador dessa forma, o novato acaba por fragmentar o jogo que deveria ser observado, por destruir exatamente o que desejava compreender. Assim, ele deve prosseguir de outras formas, através de entrevistas e outras observações, a construir o espaço vital (life-space) do jogador, ao longo do jogo: suas jogadas bem sucedidas, suas intenções, seus fracassos, seus conflitos; seu julgamento acerca da velocidade da bola, da imparcialidade do juiz, dos erros de seus colegas de time. Mas isso não passa de uma substituição do fragmento único que o novato já detinha, e lhe coloca à disposição um quadro fragmentado, ainda mais confuso, do jogo que tenta apreender: o novato, por esse caminho, não podia estar mais longe de seu objetivo. Finalmente, o novato pode passar a estudar uma série de correlações

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entre seus dados, como os atos do jogador observado (as bolas que pega, os jogadores que elimina, os pontos marcados, as bases que conquista, os erros, etc.) e os atributos particulares do ambiente ecológico envolvido (a velocidade das bolas lançadas, as distâncias de lançamento, o peso dos bastões, a trajetória das bolas, etc.). Mas ele jamais atingirá a compreensão do fenômeno chamado jogo de baseball dessa maneira.

Deveria parecer claro o bastante que o novato aprenderia mais acerca do ambiente ecológico de um jogador de baseball se ele não concentrasse o foco nele, não tornasse tão evidente, e permitisse que o jogo à sua volta o envolvesse. Isso é o que o estudante da luz e do som faz, com o uso de adequada e elaborada instrumentação, e é essa a abordagem que adotamos nos estudos que apresentamos.

Não é fácil, a princípio, tirar o foco do indivíduo, nas observações do ambiente molar do comportamento. Nosso aparato perceptual é ajustado por um longo treinamento em que nos restringimos aos binóculos idiocêntricos, centrados nas observações dos indivíduos, em entrevistas e questionários que se restringem às pessoas, que são tomadas como as instâncias comportamentais, por excelência. Esses instrumentos só permitem ver pessoas onde pretendemos ver o seu comportamento. Contudo, com algum esforço e experimentação, as configurações extra-individuais de episódios comportamentais, os objetos de comportamento, o espaço que cerca as pessoas, podem ser observados e descritos. Sua distribuição não-aleatória e seu caráter definido, ordenado, de fácil reconhecimento e categorização, são cruciais para o estudo. Se o leitor relembrar as aulas que teve nas escolas de ensino seriado, algumas das características das unidades ambientais ficarão evidentes:

• É um fenômeno natural. Não é criado por um experimentador, com propósitos científicos.

• Tem uma localização (locus) espaço-temporal.

• Há uma fronteira, um limite, que isola a aula de música de todas as outras aulas e acontecimentos.

• Essa fronteira é auto-gerada; ela muda na medida em que a turma de alunos aumenta ou diminui, ou as atividades exigem mais ou menos espaço e duração.

• A aula de música é algo objetivo, no sentido de que existe de forma independente da percepção de qualquer pessoa em particular, como aula; é uma entidade ecológica, pré-perceptual.

• Possui dois conjuntos de componentes: (a) comportamento (o canto, a recitação, a orientação, a espera, etc.), e (b) objetos não-psicológicos com a ajuda dos quais o comportamento é transacionado (como cadeiras, paredes, portas, quadro-negro, livros, papéis, canetas, etc.).

• A unidade, a aula de música, é circunjacente aos seus componentes: os alunos, a professora, os objetos, tudo está na classe.

• O comportamento e os objetos físicos que constituem a unidade dessa aula de música se encontram organizados internamente, de modo que formam um padrão não-aleatório, de ordenamento evidente.

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• O padrão que se observa dentro dos limites da aula de música é facilmente discriminado com relação ao restante da escola, do mundo em volta.

• Há uma relação sinomórfica entre o padrão de comportamentos que ocorrem no âmbito e o padrão de seus componentes não-comportamentais, os objetos do comportamento (behavior objects). As cadeiras dos estudantes estão voltadas para a mesa de professora, e as crianças estão diretamente voltadas para ela, por exemplo.

• A unidade da aula de música não se deve à similaridade de suas partes em momento algum; por exemplo, quando alguém fala, os outros ouvem. A unidade é baseada na interdependência das partes; os eventos em diferentes partes de uma aula possuem um maior efeito relativo, entre si, do que eventos equivalentes que ocorram fora dos limites da aula.

• As pessoas que dela participam, que são habitantes da aula de música, são, num grau considerável, substituíveis, e podem trocar alguns dos papéis que desempenham. Diferentes turmas participam das aulas de música, os alunos vão e vêm, e mesmo um professor pode ser substituído por outro. Mas a entidade “aula de música” continua a existir, tão serenamente como, por exemplo, um automóvel com pneus novos, e que teve um dos pneus da frente guardado como estepe.

• O comportamento dessa entidade não pode, contudo, ser muito modificado, sem que seja destruída: sempre deve ocorrer, na aula de música, a situação de ensino e aprendizado, a recitação, o canto.

• Um aluno pode ter duas posições na aula de música; primeiro, ele é um componente da unidade supra-individual da aula de música; segundo ele é um indivíduo, cujo espaço vital é parcialmente formado pelos condicionamentos impostos pela entidade da qual participa.

Tais entidades se destacam diante de nós com grande clareza; são fenômenos comuns da vida diária. Nós os chamamos de behavior settings K-21 (que encurtamos para a frase mais simples, behavior settings, ou apenas settings, no texto do livro)2. Estudos dos

behavior settings K-21 oferecem evidências de que eles são unidades extra-individuais

2

A não-tradução da frase behavior settings atrai a antipatia universal dos falantes da língua portuguesa, com razão. Contudo, a frase inglesa é notavelmente feliz, quanto a expressar o construto intencionado por Roger G. Barker. O desafio do tradutor será sempre construir uma frase curta em que o pólo comportamento (behavior) esteja em completo equilíbrio com o pólo da dimensão física ajustada a esse comportamento (setting); as tentativas como “Cenário de Comportamento”, por exemplo, enfatizam a “cena” física onde ocorre o comportamento, e não transmite a dinâmica dos comportamentos envolvidos, e o ajuste entre os componentes físicos (onde as pessoas são os principais agentes e objetos físicos das transformações envolvidas). Outras honestas tentativas são: “Configurações do Comportamento”, ou mesmo “Configurações Físicas do Comportamento”, que levam a compreensões equivocadas do conceito de programa

comportamental, como será visto no Capítulo 3 deste livro. “Situações de Espaço e Comportamento”,

“Padrões Integrados de Espaço e Comportamento” são tentativas que se aproximam um pouco mais da expressão behavior setting, mas se tornam cada vez mais prolixas, e ainda não possuem essa sincrética qualidade da frase inglesa. Não traduziremos, nessa apresentação do trabalho original de Barker, a frase

behavior setting, mas isso não impedirá que, em outros trabalhos, tentativas de reapresentação da frase em

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estáveis, com grande poder coercivo sobre o comportamento que ocorre em seu âmbito (Barker & Wright, 1955; Gump & Sutton-Smith, 1955; Gump, Schoggen & Redl, 1957; Raush, Dittmann & Taylor, 1959, 1960; Barker, 1960a; Jordan, 1963; Gump, Schoggen & Redl, 1963; Soskin & John, 1963; Ashton, 1964; Barker & Gump, 1964; Wicker, 1967).

No próximo capítulo, nós descreveremos os behavior settings em termos de conceitos que vieram à tona ao longo de nossos estudos empíricos. Mas há outras fontes de informação acerca dos behavior settings, dado que são fenômenos ubíquos, que existem em todas as instâncias da vida cotidiana. Eles são freqüentemente expostos na literatura, em classificados dos jornais, em cartazes de eventos, em fotografias. O capítulo 5 contém exemplo de behavior settings, tal como representados por escritores, repórteres, fotógrafos, enciclopedistas. O leitor pode antecipar essa leitura, para conhecer as representações que as pessoas comuns fazem dos fenômenos que estudamos.

REFERÊNCIA:

Barker, R. G. (1968). Ecological psychology. Concepts and methods for studying

the environment of human behavior (pp. 5 - 17). Stanford, Califórnia: Stanford University

Referências

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