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Compendio de Agricultura (Tomo 3)

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Academic year: 2021

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COMPÊNDIO DE AGRICULTURA,

R E S U M I D O

DE VARIAS MEMÓRIAS , E CARTAS © F F E R E C I D Á S

A' S O C I E D A D E D E B A T H ,

E TRADUZIDAS DO I H C ~ E _

D E B A I X O D O S A U S P Í C I O S , E O R D E M

DE

SUA ALTEZA REAL

O PRÍNCIPE

R E G E N T E N . S.

P O R

IGNACIO PAüLINO DE MORAES.

L I S B O A ,

N A R E G I A O F F I C I N A T Y P O G R A F I C A .

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Hk

P R Ó L O G O AO J. EIXO A.

4-^.EpoiSjide^er annunçiadp,np P^nieiro T o m , desta Obra, tantas çouzas., $ a ò só uteiç:, rn#§

necessária^, para^ojnelhqramento d'Agricultiit ra ; como o .conhecimento de diversos pas-tos,-Tanto JSTaturaes, como Artificiaes: diffe-r e n t e s qua^da^es jde*es|u:iíB}£s u.atjé, ao «pdiffe-res- «pres-s e n t e „ p o u c o conheciçfo«pres-s-,,,£, nada praticado«pres-s pelos meus ^acionaes^.poi^o.supplernento aots

•Naturaes, dos quaes he bem sabida a grande dificuldade d e se poderem haver as quantida-d e s necessárias^..,e apenas.;nos,.subúrbios, quantida-das grandes, Cidades h e que lia ^ ^ a l g u c n ^ a b u n ?

dane ia , mas assim mesmo q u a s i ^ u t i l , pela despeza da sua conducçaõ , ,e t r a n s p o r t e s ; igualgnenre mpstrei0 que estes iuesmos naô

eraô apropriados,a todas as qualidades-de ter-renos;,1 ,e que somente» .misturados Tcqm os

Artifiçiaes, e .Matérias* .Calpar/as-, e Çalcina,-d a s , , h e que poÇalcina,-diaô proÇalcina,-duzir o Çalcina,-desejaÇalcina,-do

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W

t o . Inculquei , e persuadi igualmente o me» l h o r a m e n t o do fabrico , e cultura das terras , taõ injudiciozamente feito pelos nossos Lavra* d o r e s , arreigados aos c o n s t a n t e s , e transmet* tidosv Costumes d o ó seus maiores ,1 a\>ezàr d e c o n h e c e r e m , e sentirem repetidas vezes a difficiencia das suas c o l h e i t a s , mais divida á sua i g n o r â n c i a , do que aos poderes da v e g e tação , e acaso , como elles ottribuem e t c -Passei depois a publicar o 2. ° T o m o , e m q u e patentiei aos meus N a c i o n a e s , novas Ma-q u i n a s , è Instrumentos1 d e Agricultura nurt*

ca conhecidos e n t r e nós y1 niífs dós quaes ás

Oiitràs Nadèés t e m tirado avultadas vantagens peiá Sua1 * prática ,re u s o ; ' e sem duvida , es-»

tas novas Invenções unidas ao apropriado ma-n e j o , e cultura^ dks suas t e r r a s ,1 originarão o*

„c__màIádéS,;p>oferes%_s ,J%4 utilidades 1 que ô_

i e ú s1 Sectários tém extorquido com inveja dos

butros Povos ifi e c o n h e c e n d o q u e ainda n a õ

tinha satisfeito' c o m p l e t a m e n t e a minha in« c ü m b e n c i a , què"nê''_íiíBqüecer á m i n h a Na* ç a ô ' com hüm Gôtrqbfendio conYfylétò'dé Agri* cultura *'-'fúií*èWrigado a publicar este 5 . ° T o m o , em qüe trato dV M o l é s t i a s ' d e gados ; m a n e i r a de as c t h a r ; o - c o n b é c i m e n t o doS (liversbs terrièriós ;' as'prahtàs-lnais áppropria*-d a sí rp a r a cada I m m ' d é l l ê s ° ; a qualidade''dè

«gtras mais benéficioès" para regar terras d e pastos ;Je muitas outras couaas úteis como o

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irièú UeítBr v e r â e m 67 Artigos em qSttMdif** á_**jsSM5*° T o m o .

'A^èhéi igualmente adequado fazer a seguiu;. t e Dissertação; para mostrar a grande j j e ab> soluta" necessidade de se instituírem Esco* Ias publicas de1 Agricultura-; naõ só p©jr aer

eSté; o único nieío 'rpára desraizar àe* h u m a

vez os'1-busós h e r d a d o s , e cortar o fio d á successáõ de prejuisos , -como para crear ,-;e preparar para o futuro Agricultores, naõ tani» t o p r á t i c o s , como theoricos , que- pdssaíõ pe-tos- seus c o n h e c i m e n t o s , naõ só seguir as ju* diciozas descobertas ;>e invenções dós Sábios d o seu [ t e m p o , mas a c c o m o d a r , alterar, , e

mesmo inventar ^ conforme pedir a Estação j o terreno , e as circunstancias cazuaes , e lidvéríticias.

Naõ deixa de ser huma cou_a t>em rara,que sendo a Agricultura c o n s i d e r a d a , e reputada por todos os Sábios, de todos os t e m p o s , ' * d è i t o d a s ' as Nações-^ como a primeira <<>fe mais'afitiga de todas as Artes'••,' domo- alrfwras Titil, e até mesmo absolutamente necessária';

q u e para provar este axioma bastará dizer<-sêT,

•que nella se -funda a nossa 'subsistência >_á%>-(9^ •nál , porque sem Vila seriamos <0jbtfig8d__> a "ViVer, como Os aniníaes , das espH&wtfeneãs p r ç --ducções da terra , assim conur:acente_èo>'iaes

p r i m e i r o s ' P o v o a d o r e s do Mundo. Apezar d e todas estasíexceiiençiás.^ r w n o s que h e « t ú n i

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«&iArte que n a õ , tem r,egras , q u e n a õ J ^ e ensinada a sua tíieoria , e que: ,tpdos; pjjat^^g

•pthrrhum certo roteiro 4 » ^costumes Jiçrd^dos, «du aprendidos materialmente sem fundamen» t o s , inem princípios certos. Aõ npesmo teiu? no. qive «para, to4a , e qualquer putra Arte , .ou_Officio se aprende a sua theoria ,, e , s çtd 4

iüimricerto tempo de Aprendiz antes que.qu^J-q u e r se julgue capaz de a poder, jpraticar ,lii

p r e m e n t e . m P o d e r á paçecer bem extraordinário ao

-meu. L e i t o r , q u e , cpmpond.o-se hum t r a t a ^ taõ amplo de Agricultura , naõ se a c h e hurçp ssó Artigo q u e trate de h u m a raiz taõ apreciar vel como a Batata , he bem certo q u e h u f l i atregetaliítaô.uialnaô, podia jamais e s q u e c e r , ç

t a n t o naõ, que já daqui principio a r e c o m m e n -ddaflf^ferverozamente a sua c u l t u r a , e uso , co*

nio hum grande supplemento auxiliar para o j u s t e n t o , do, H o m e m , e Animaes , para cujo

foenexfuíiiohe há muito t e m p o a d o p t a d a , e pra,-áac»da a sua, cultura. Uezervando para 0 4 . ^ Tomo.a.publicação de algumas C a r t a s , e M e

-mórias Selectas sobre o modo d e semear , e -gfôintòaEiiesta apçecia.vel r.?iz, os seus usos e t c . jCQmLa^awplitude bem conforme á sua utilidade. >oiq í í o i d e c u r s o d e s t e€3 . ° T o m o ainda

con-- i n u a õ haver muitas palavras naõ vértidas,«pecon-- vértidas,«pe-las .rasôes qHe apontei no Prólogo do 1. ° -liam© ?ile^repeü.:na 3.?? ,ue .& mesmo 3Jue„;fi_

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VII

e n t a õ , faço a g o r a , que h e referilas debaixo da Nomenclatura que se segue , certificando o meu Leitor, de que aquellas palavras que a q u1

naõ achar , h e por que estaõ significadas nas Nomenclaturas dos ditos 1. ° e 2. ° T o m o ; r e -zervando para o 4* ° T o m o , e u l t i m o , fazer h u m í n d i c e geral de todos os Artigos, e mar terias conteudas em toda a Obra , assim como h u m a Nomenclatura geral de todos os n o -m e s , e palavras naõ vertidas , e por este m o d o venho a e v i t a r , sem incorrer em obscu-ridade , as repitições , q u e d e ordinário saô fastidiozas.

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NO-m

NOMENCLATURA.

Abeto. Abomasum. Ale. jlnthtopofagos. vAnguadeiro, ou Augueiro. ,Bisch. Brent. Tom. III. A..

Arvore grande resinoza , hu-ma Í espécie. \ de Pinheiro Alvar,

Hum gênero de Intestinos, que .èstà junto da reticu* Ia , a que chamaõ o baixo ventre.

Cerveja que se faz em In-glaterra, em que naõv eri-tra a flor da planta á que chamamos Luparo , ou Lu-pulo , Lat HumulusvLã»

puluSé

Bárbaro, que come carne hu-mana.

Rego aonde se ajuntaô aa águas da estrada do Con-selho , as quaes se deriVáo para as Fazendas, abrindo

os Tapigos. B.

Qualidade de Arvore a que os Latinos chamaõ Betula, e os > Francezes Bouleau , dellas se fazem cadeiras, vassouras etc.

Medida Ingleza de líquidos,

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Bufalo, ouBu-faro. Çespede. Cuticula,

Hòllar,

Drabhma. Elo, ou Ello.

pouco: mais ou menos de 48 Quarters , que vem a

ser .pouco mais ao menos _4 canadas Portuguezas. Espécie de Boi silvestre

oriun-do da America Ingleza. C.

Iieiva, ou torraõ , arrancado com herva , ou raízes de hum pé de longo , meio de grossura.

Termo Anatômico. A pelle^ zinha superficial.

D .

Peso , ou Pataca, moeda Cas-telhana de Prata que vale entre os Nacionaes 800, mas entre nós , 700 reis , e ás vezes menos conforme a abundância.

Oitava parte de huma onça* E.

Da vide , e outras hervas tre-padeiras , que se torce por s i , e vai prendendo a mesma vide, ou qualquer

outra planta trepadeira; Em algumas partes de Por-tagml-lhe chamaõ Tesou, linha».

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st.

E&otica* Talando f das p l a n t a s , he a que nasce em terras estra_ nhas.

F .

Farthing. Moeda de cobre de

Ingla-terra,,que vale meio quar-t o de Casquar-tella : he quar-toda a moeda de cobre de insigni-ficante valor.

II.

High-Sherijfs. Snpremps Magistrados ,/\qu$

vem. a ser pouco mais ao menos, como os nossos Corr regedores das Comarcas.

I. .

Içhneumon, ou (Como lhe chama o vulgo)

o que quebra os ovos do Corocodilo.

M.

Malt. Cevada posta de molho, gre«

lada até hum certo p o n t o , e depois mettida no for-no para se secar, e fazer Cerveja.

P.

Perch, Huma qualidade de vara com*

prída para medir terras. .

Petal, ouPetela. ( E n t r e Botânicos) folha de

huma flor immediata aos fios,, i que se levantaõ nq

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M *

Quart,

Rood. Saehr Spear-Grass. Standard.

meio delia , chamados érri 'L¥tim"Stamen Pistillum. Casta de medida de que uzaõ

os Taverneiros para medir vinhosíf, e outros licores,

que corresponde pouco mais Ou menos á meia ca-nada da nossa medida.

R.

Medida Agraria a quarta par-* -te de hum Acre, que vem a sèr 1210 jardas em qua-. drado , pela nossa medida vem a ser com pouca dif-ferença 120o braças qua-dradas.

S.

Medida de graõ Ingleza, que tem 3 Bushels, cada hum destes a\ dos nossos alquei-res , 'por conseqüência ca-da sacco tem q\ dos nossos 'alqueires ; porém ha saccos de diversas medidas confor? me ás Províncias.

Herva comprida, que n á õ h e taõ flexível , como com-:

mummente sao as outras. Medida"" "de páo , ou barro

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X I I I

Sycomaro.

\fVeevih

com que os Afferidores co-tejaõ as outras m e d i d a s ; e também peso , pelo qual se afilaõ os outros pesos. Arvore grande muito

ramo-za , dura , e forte , h u m a espécie de Carvalho.

W-Bichinho qne vive debaixo da terra , e se sustenta das raízes das Cenouras e t c .

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DIS-•vxv

D I S S E R T Á G A t Ô

jÇ.pbrfi. a.nepeSfSidajde qbspjuta ,jde se instituírem

Escolas >,publf£fns-'<de Agricultura , como o unjcq meio de iluminar, e dissipar os abu-sos dos Agricultores , taõ prejf4d{ciaes , aos Sçnhqre^ -de terras , como .ao publico em %erà,lt.

J ? Elizménte principia a dominar e n t r e os meuJs Nacionâes o espirito patriótico de m e -l h o r a r ,>re aperfeiçoar a Agricultura

Portugue-_a>,' que pòr" tarifós' Séculos tem jazido

sepul-t â d a ')r i d1c â h o sld o ' e s q u e c i m e n t o ' , e

ignorânc i a ; a pèzar de que outras Nações menos ignorânc i -vilizadas , e mais faltas de meios do que a n o s s a , ha mais tempo , tenhaõ rasgado o véo da cegueira , c[ue por tantos Séculos, lhes dif-Écuitava o caminho trilhado desde as primei-ras idades por toda* as Nações , como eu já mostrei na origem , e progressos de Agricul-t u r a eAgricul-tc.; iinserta no i . ? T o m o desta .Qbra,

A base em, que se. fundaô os .actuaes m e l b o -ramentios h e taè judioióza•:•, como o assumpto h é i m p o r t a n t e , ê por táritO lie muito' provável 'qiie os seu's'borís effeitos sejaõ geralmente

sen-tidos por todo o R e i n o , e, q u e a posteridade ha j a d e agradecer com >a sua-a pprovaçaõ áquelle q ú e tenha sido o I n s t r u m e n t o dá _t|a restaUl-rátíaõ.

lie sem çmyidaiif! que a .Agricultura foa

sempre considerada de Nacional «importância, em

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m

1

em todas as idades , pelos mais judiciosos d o geiieio, hufhanA

ToHa a Naçaó civilizada, em h u m , ou outro período se convenceo da sua intrinsica excellencia ; e os homens, rryris sábios de t o -das ai' idades i^e Na,çôès ,5 uMfoVmeméntè í h e

t e m prtestadO os maiores Elo_ió^.A

'Afctualfneri-t e 'Afctualfneri-temos a sa'Afctualfneri-tisfação de ver que o s ' m a i svJ u

-diciosos , nàô cessaò de "a r e s s u s c i t a r e m ' d a Obscuridade em que tem esracfôiirvdlyida ,' e d e a patentearem aos olhos do pubü_BA,ò_ler

baixo da confirmação da sua pratica.

Mas o fiin desta Dissertação naõ h e es-; crever h u m Elogio sobre a dignidade , utilida-de , e antigüidautilida-de da Agricultura , lem-brsft» dp-nOs, das exempções , e^despensaçôieíS d ç m e s m o Deos paça com ps JufJeos'((,*)» o u 0£r

trahirido provas .convincentes dos escripfosdos h o m e n s mais e m i n e n t e s , tanto a n t i g o s , c o m o modernos. Antes devemos colligir algumas das suas.

(*), Vede a Sagrada; EscripU particularmente Lev , Cap. 25. O preceito <ieste Çap, he ., que todo o 7 . 9 anno deve ser de descanro ou A l q u e i v e , para a terr* _ que s o pToductò' do 6o. anno h a v i a " de suprir

_ Nataô por 3 envide tinha- Mnfiis pârüctíla^ tendência <para fazer os Judeps» xe.rsndos , como Jatriliem indwstria-<$os .nos , trabalhos-de .Afjrjculí^fa j . e^eu^-reiOrSejfíraui-;

to bem sabido por todo o versado ".Agricultor , que _ t e i r a bem l a v r a d a ' , adubada com próprios e s t r u m e s , s e m e a d a , oU plantada'com ' h u m a 'judicioza alternativa d e o.ollieitasí,-,ju»n*is estará em- •estado. d« necessitar "do .alqueive ,t ag nienos j - n ^ a p 7. ° ar>nç, e quiç; o

tj^ba-lho do 6. ° anno linde ser particularmente abençoado P^ra huni semelhante Agricultor., H e Jjtiuitp ceitó , Com-' ú l d o Com-' ,l : ( t u è ^ t e W e í t ) cultivado 'carvò] acYml

menciona-mos ,; hade freqüentemente rezestir aos tnàos çfFeitds d e .Estações pouco favoráveis.

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xvw

suas idéas concernentes aos meios mais fáceis d e conduzir a Agricultura á mais alta perfei-ção , e por este modo preencher , se for pos* sàvel, o ebjecto desta Dissertação , que eu espero por si mesmo se recommendará á att e n ç a ô , ? e benevolência do publico, m e r a

-m e n t e pela i-mportância do assu-mpto.

Júlio Cezar falando dos c o s t u m e s , e ma-neiras dos Alemães , no seu estados r u d e v ~ e grosseiro , faz as seguintes instructivas'observações , que. na verdade saõ applicaveis a t o -dos os povos em semelhantes circunstâncias* i*" » Esqueceraõ-se , e desprezarão a

Agri-35 c u l t u r a ; o seu passadio consestia principal-3> -mente em l e i t e , queijo, e oarne Í p o r q u e

„ nenhum delles tinha alguma certa, quanti--55 dade d e terreno , n e m taõ pouco Pátria1,

55 a -que podesse chamar a sua própria. Mas 55 os seus Magistrados , e Gheffes, eraõ esco-55ilhidos por hum anno somente , d e n t r e n o s despersos h a b i t a n t e s , e Tribus cjue as-35 sociavaô juntamente , e lhes era concedido 35 tal porçaõ de t e r r a , em tal D i s t r i c t o , c o n -M forme elles julgavaõ mais próprio; e e n t a õ ,

33 no anno seguinte os obrigavaõ a rezedir e m 33 algum outro lugar. Elles apponiiavaõ diver-33 sas rasões para esta conducta .•• Primeira V pa* 33 ra que o Povo se naõ allucinasse , trocanr 33 do o;estudo da g u e r r a , pelo da?Agrioultu-33 ra ; Segunda , para que elles naõ. podessem 33 dezejar augmentar os seus estabelecimen-33 tos , e por este modo os mais poderosos'» 35 exbolharem os mais fracos das suas posses*-3» soes ; Terceira., para que naõ stouveSsêm 33 de erigir alguns Edifícios^ excepto/aquelles » m e r a m e n t e necessários para os defender do

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ca-XVIII

» c a l o r , e frio etc. T> Devemos estabelecer c o -mo certo, que a cultura de qualquer Cidade, h e sempre em proporção ao augmento da civilização , e polidez dos seus habitantes. As N a -ções naõ principiaõ a civilizar-se. até q u e naõ cessem de emigrarem de hum p a r a o u t r o l u g a r ; nem o h o m e m se delibera a cultivar algum l u g a r , sem q u e possa dizer. 35 Este he meu. 33 Mas quando os homens se congregaô juntamente para mutua protecçaò , e vanta-g e m , e se estabelecem em hum luvanta-gar c e r t o , irnmediatamente vem a fazer-se necessária a cultura do «lugar da sua rezedencia , para q u e este os provisione com as conveniências da v i d a ; e neste caso deve cada h u m a d q u i r i r , limitar , estabelecer , e segurar a sua proprie^ da de. Estas saõ as circunstancias em que d e -p e n d e m os Progressos , ou -por melhor dizer a existência da Agricultura.

Mas naõ saõ somente estas. Ha mais duas d e igual importância para o seu melhoramen-t o , e prosperidade : huma das quaes h e , q u e o homem deve ter toda a certeza de gozar d o fruto do seu trabalho; e a outra , q u e assim como as necessidades do h o m e m se augmen-: ta© em conseqüência da. civilização , a t e r -r a deve se-r animada pa-ra p-roduzi-r p-ropo-rcio- proporcio-n a l m e proporcio-n t e os seus soccorros.

Com tudo , isto se poderá effeituar s o -m e n t e t a n t o , quanto os poderes do espirito h u m a n o se tiverem dilatado em conseqüência da civ£)i_a<$aõk • A Agricultura naõ p ô d e elevar-sé- a* m a i o r auge ,• do q u e pôde caber , e per-mictír o eotthecííKjento daqueiles q u e a m a i néjaõ; A t e r m terei sido a t é ao p r e s e n t e ore-: dora do* seus principaes melhoramentos , naõ

(23)

- M U

só ás, naturaes habilidades do Cultivador, mas também a huma educação formada, sobre a r e l a ç ã o , e communicaçaõ com outros ramot de Scieucias.

Todas as vezes q u e faltarem algumas das acima mencionadas circunstancias , h e forço-so que a Agricultura sinta estagnação ; e á pro« povçaõ que ellas forem observadas, assinji ser rá o seu progresso , e feliz rezultado.

He bem evidente ter sido este o f a c t o ; porque estas c i r c u n s t a n c i a s , especialmente esta u l t i m a , naõ tem s i d o , até ao p r e s e n t e , sufficienteniente attendida pêlos nossos Nacio-n a e s , á c u j a falta se deve attribuir iNacio-nteirameNacio-nte o defeituoso estado da agricultura nos tempos anteriores ; o seu vagaroso progresso ; e o» seus presentes melhoramentos ; em quanto estes nos appontaõ , e indicaó o methodo mais provável d e . guiarmos a Agricultura a o . mais aproximado ponto de perfeição.

Se esperarmos achar a Agricultura em pro* gressivo estado até certa é p o c a , ficaremos e n -ganados ; h e certo que sempre foi considera-, da. de grande importância ;. mas o h o m e m naõ tinha entaõ a certeza de colher o fruta do seu trabalho ; e as Nações estavaÓ entaõ geral-m e n t e geral-muito ensopadas egeral-m espessa igiiéraotcia. As constituições feudaes , a militar, desposi-çaõ do P o v o , e ainda as exigiçôes tributarias í b r a õ , e seráò sempre inimigos capitães da h á b i l , assídua, e vigoroza Agricultura.

Os Senhores de terras naõ tinhaô animo d e se esforçarem para cultivarem élles m e s -mos as suas possessões , visto que; outros ha-via õ de colher o fruto do seu trabalho ,ç por t a n t o esta foi a raxaõ d e ellea as transmitais

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xx

rem á classe mais ínfima do í o v ò , cujos es* piritos eraõ( sufficietttemente humildes para se

sügeitarem á qualquer' imposição; e em obsé-quio da verdade devemos confessar , livres d e prejuiso j que a Agricultura hade sempre fior e c e fior , castfioris pafioribus muito mais e n t fior e a q u e l -las Nações em que houverem menos t r i b u t o s , e imposições , tanto nos frutos , c o m o nos Agricultores.

E m hum semelhante e s t a d o ; Quando- a Agricultura estava, como f o i , desterrada para o.s desertos , e em todo o sentido fazia a sua rezedencia entre M o n t e s , e V a l l e s , o n d e o conhecimento das couzas úteis tinha feito p e -q u e n o progresso; -quando o e n t e n d i m e n t o d o Aldeaõ naõ estava illurainado pelos raios da Sciencia ,* quando elle lavrava, e cultivava a sua terra meramente pelo trabalho das suas raàos, e suor do seu rosto , sem alguns d e -terminados , e estabelecidos fundamentos • n a õ

se deve .suppor que elle podesse fazer a l gum considerável melhoramento , ou P r o -gresso.

Ainda que queiramos a d m i t t i r , q u e os f u n d a m e n t o s , e origens da vegetação fossem e x a c t a m e n t e diliniados aos Lavradores para sua intelligencia , ou propostas a s experiências* fundadas n e l l e s , naõ era para elles O inves-tigarem huns , ou praticarem as outras , n o tetopo e m q q u e prevaleciaõ, e duravaõ as i m -posições , :e tributos , e que estes sabiaõ q u e os seus directos Senhorios , e imposições tri» butarias , haviaõ de colher a maior p a r t e d o s frutos resultantes do seu trabalho. H e sem d u -vwia,, q u e o.espirito do homem acàbrunhado com estes mal entendidos dever é s ^ naõ t e m

(25)

X X I

energia para fázèr melhoramentos , e estas exi-glções seráô sempre a cauaá de se retardarem

os progressos de tOda a qualidade de c o n h e -cimentos.

Pelo lapso dos tempos , posto que algu* mas A r t e s , e Sciencías se entrarão a cultivar com mais fervor , e espirito , com t u d o , a Agrir cultura naõ recebeo a animação proporciona-da á sua grande importância ; mas também h e certo que se naõ podia- áttender á todas as couzas ao mesmo tempo.

Descobriose finalmente hum novo M u n -d o , que aclarou a vista á tantas Nações1 c e

-gas por tantos annos. A Inglaterra fixou o seu ponto principalmente em trafico j e ^ C o m -mercio. Esta circunstancia , que por algum t e m p o indicava ser hum principal impedimen-t o , e embaraço de se presimpedimen-tarem os deVidOs respeitos á Agricultura , e que foi a ' c a u z a ? d e se tributar huma muito1 limitada atteriçaõ

a Fitzhçrbert) ( i ) provou na p r a t i c a , ser hum dos seus principaes promotores.

Pelo C o m m e r c i o , conseguirão os Ingle-zes a importação das diversas producçõés da terra d e differentes partes do M u n d o , è as confiarão ao cuidado dos hábeis Botânicos , e Jardineiros/os quaes depois d e as náfurahzarem a o seu clima ,t as cometteraõ ao cuidado dos

Lavradores , e em conseqüência a Agricultu-ra t e m , desde entaõ ; -éido sempre hum fiel companheiro do Commercio',1 e o t e m ajudai

do

( i ) O Pai da Agricultura Ingleza; foi feito Juiz do* Flèilor dos conimus em 1^24 : O '^u Livro de Agri-.

cultura foi impresso em 1 j }4 depois, de 40 annos "de

(26)

XXIX

do pelo augmento -do G r a õ , L i n h o , e Cana-m o , Grança (1) e t c . e t ç ; e ern proporção a o cuidado que prestarão tanto ao C o r a m e r c i o , como á Agricultura , he evidente que elles tem. m u t u a m e n t e ajudado hum ao outro.

Como os melhoramentos principiarão a d o -minar , a importância: da Agricultura , em a vista N a c i o n a l , . veio a fazer se diariamente mais , e mais conspicua ; principiarão igual-m e n t e ^ á apparecer as desvantagens , e eigual-mba- embar a ç o s com que encontembarava debaixo do m a n e -jo dos Lavradores ordinários. As. hervas ruins a r r e b e n t a v a õ , e cresciaõ com o T r i g o , e era necessário Sciencia , e habilidade para e v i t a r este mal.

Para repremir estas hervas ruins , em ra-z;aõ de prolongar o crescimento daquellas ap-, plicadas para a profissão de A g r i c u l t u r a , a p

-S

arççeo a nobre tentativa, e empreza do gran-e ^Milton , o qual naõ somente r e c o m m e n -d o u , mas estabeleceo, huma Escola publica, na qual , conforme o seu systema de educa-ção , as economias r u r a e s . deviaô t e r h u m a grande, parte. Os seus Pupillos haviaô d e l e r as Obras de Cataô , Varraô Collumela e t c . so*. hre Agricultura. (2) Mas infelizmente a sua perca de. vista o embaraçou de realizar n á p r a t i c a , o que elle tinha taõ judiçiozamente adoptado e m theoria.

D e que Evelin , h u m dos mais ú t e i s ho~ meus do seu. tempo , conservou os mesmos

sen-(1) Grança, Ruiva , planta assim chamada a respeito da» sua xaiz^ vermelha, ,t)

(27)

x x m

sentimentos de Milton , se evidenceia do P r e -facio á sua Syiva; ( i ) a este , a Naçaõ Ingle-sa he p r e s e n t e m e n t e , e hade ser para o fu-turo , muito devedora pela fortaleza da sua Marinha.

Para formarmos hum glorioso Triumvira-t o , podemos convidar o muiTriumvira-to modesTriumvira-to.^ e ju-dicioso Cowley , em apoyo , e sustentação do m e s m o plano. Elle reccommendou que se divia estabelecer em cada Universidade h u m Collegio , e nomear Professores para a instrucçaò da mocidade nos fundamentos , e p r a -tica desta taõ útil occupaçaõ (a).

Mas como he sempre a sorte das couzas ú t e i s , o encontrar com dificuldades no p r i n -cipio da sua introduoçaò; a mesma Agricul-t u r a principiou,. para immediaAgricul-tamenAgricul-te depois decahir do seu florecente e s t a d o , em des-p r e s o , e des-pouca imdes-portância N a c i o n a l ; e a ra-zão he bem fácil de se conhecer.

E u t e n h o estabelecido como huma regra g e r a l , que a civilidade, e polidez, a n i m a , e fortalece a Agricultura; com t u d o , h e possí-vel que as mesmas ruraes economias possaõ ser abatidas , e damnificadas por esta mesma civilização , menos q u e seja bem regulada* Q u a l q u e r Naçaõ pôde ser civilizada em h u m graõ taõ eminente de subtileza , que a p a r t e mais polida d o s seus habitantes hade associar e m Cidades e Villas , e applicar-se a

nenhu-m a

(x) Muitos .milhões de Awores ,de madeii» *, atem

de muitas outras , foraô propagadas , e plantadas J a ins-tâncias; , e pela djrecçaõ desta Obra, V.ejarse a. Didiá* teria da sua Syíva, a Carlos 2. °

(28)

«xrv

m a outra cou'za> que naõ seja •dive-timénte^ e Artes liberaes ; e 'a conseqüência vem a ser , o estabelecer a Agricultura quasi n o ,mesmo predicamento era q u e estava antes d o

principio da civilização.

Em tal estado de falça Polidez , a cultu-; ra das terras hade ser considerada como m e -nos digna de vir ao conhecimento dos ricos, 0 Sábios , deixando-a , e entregando-a á por« çaõ mais grosseira, e rude do-Povo.

.- T a l foi a sorte da Agricultura 'Ingleza n o Reinado d e Carlos 2. ° , e poderia esperar-se outra alguma couza , q u e naõ fosesperar-se soffrer; e padecer cruelmente a Agricultura, em h u n s tempos taõ profundamente mergulhados ,>.a ensopados em d e s o r d e m , e d i s s i p a ç a õ ? espe-* c i a h n e n t e s e considerar-mos , que as pessoas q u e prestarão as suas mais activas a t t e n ç õ e s , e serviços a esta taõ ú t i l , e nobre* A r x e , se introduzirão nos estados confiscados á Nobre* _a , Cavalheiros, e Eccíesiasticos ; e que mui-tas desmui-tas terras estavaõ originalmente' e m muito inferior estado.

N e s t e período , as máximas do Celebre B a c o n ; o exemplo de M i l t o n ; os esforços da Sociedade Real ; as propostas, de Cowley; a queixa d e Evelin ; e as suas j u s t a s , e a d e -quadas observações sobre a necessidade de hu-ma extensiva educcaçaõ , para haver de se melhorarem as terras de Inglaterra, foraõ pa-» tenteadas em vaõ.

' D e muito pouco servio que o Ministe? rio , depois da restauração", permitti-se a expor-tação dó Trigo (1) ; he certo que augmentou

(1) Historia de Combrwne sobre OS preços do Trigé,

(29)

X X V *

„ Lavoira, mas nao m e l h o r o » o modo de cul~ tura , nem reconciliou a N o b r e z a . , e Cava-lheiros , com o que tinha sido o objecto , e cuidado das pessoas mais Nobres , e judicio-zas de outros t e m p o s .

Por este modo principiou a Agricultura a ser mal r e p u t a d a , e foi desterrada outra ve_ para os Montes ,- e Valles , aonde Eitsherbert primeiro a tinha a c h a d o ; com esta differen-ça somente nas suas circunstancias , de q u e ella poderia ser mais facilmente r e s t i t u i d a , pelos Escriptos que exiatiaó , todas as vezes q u e a Naçaõ houvesse de ser restituida ao seu

caratristico socego , e tranqüilidade. « Todas as vezes que algum projecto da

real utilidade , e Nacional importância , h e formado por Homens de engenho , e verda-deiro patriotismo , a peior qualidade de im-pedimento com que pôde e n c o n t r a r , he , o d# nacional negligencia , incutia.,, e de^atten»-çaõ , porque se naõ h e actualmente contra* dicto , e opposto , naõ h e promovido / e se o Povo naõ reflecte na sua utilidade, também •naõ pôde ver a sua importância.

Com tudo nada pôde totalmente dissua^ d i r , e invalidar o vigor dos grandes h o m e n s espirituosos. O mesmo Evelin no meio da ge-ral -indifferença dos Inglezes, publicou no an-n o de 1676 , o seu Terra , ou Philosofico dis-curso sobre a terra, (1) o q u a l , com a ajuda d e anteriores publicações , principiou áÍ abrir ©s olhos dos seus Nacionaes para verem o

Tom. III. **** seu

(1) E * 1778. D. A Hunter «publicou esta Obra

im fllaiimas notas

(30)

*XV-se«i próprio , e verdadeiro interesse , p a r a dí#_i_lade do sen assumpto , e pela n e c e s s i d de ode t e r e m mais do que superficiaes c o n h e c i m e n t o s , para poderem fazer m e l h o r a -m e n t o s sobre esta taõ i -m p o r t a n t e A r t e .

O immediato Escriptor q u e devemos ref-ferir he o Lord Molesworth, o qual , nas suas considerações para a prbmoçaò de AgricultUf ra', e emprego dos Pobres , faz as s-eguintes judiciozas a n n o t a ç õ e s , quasi c o h e r e n t e s á d e -terminada intenção desta Dissertação. 33 E m 33 q u a n t o á Agricultura , eu h u m i l d e m e n t e >3 proporia que se devesse estabelecer h u m a » Escola d e Agricultura e m todas as Provin-k ' c i á s y nas quaes os Mestres bem versados J>V'nestá Atfté , a houvessem de ensinar por 5>"hum certo selario a n n u a l m e n t e d e t e r m i n a » d o , e c e r t o , obrigando os Discípulos a l e -is-1'rena a p r e n d e r e m , c o p e a r e m , e d e c o r a r e m

7i: o antigo Êivro de Tusser sobre a Agricultura,

3£ptfra' cvtjO' fim deveria ser reimpresso. 35 As°considerações dá i n c a p a c i d a d e , e i m -pràiieabilidade dós nescientes , e ignorantes Camponezes poderem fazer alguns considérat-VeiS 'melhoramentos em ruraes e c o n o m i a s , e

a1 nêóefesidade d e 'lhes- assistir, e ajudar ,

prin-cipiaõ agoía a ser taõ justas , c o m o geraes ; sendo fundadas em factos , e tristes e x p e r i ê n -cias ', as quaes saõ acompanhadas , e c e r c a d a s d e muifcás perniciozas conseqüências / H e i g u a l m e n t e evidente , que elles »naõ p o d e m 'desviar-se do calcado trilho ; q u e naõ saõ ca-;

pa-dO VinbM^ attào tí_ i ? a 3 Tratado das Artes 1. pag. i56,

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ntxYtt

pazes de refíexionarem «obre a nutrição das

p l a n t a s , para haverem de augtnentar o susten-* to vegetal por effeito de judiciozas , e fre-qüentes vezes do A r a d o , e proporcionados es* ti umes ; que elles naõ c o n h e c e m , para p o d e -r e m In (-reduzi-r, novas classes de vegetaes , pos-to que- vantnjozas; ou naõ podem fazer algu-mas experiências em Scientificos fundamen-tos ; especialmente porque estaò persuadidos,1

que se estas f a l t a r e m , e naô corresponderem^ arriscarão adifiGiencia das suas r e n d a s ; Pc_ t a n t o , e m razaõ de c a r e c e r e m a -po-Sí_ilidã«i d e de poderem fazer necessariamente toda§ estas combinações , devem continuar a carrei-ra ensinada pelos seus antecessores , posto què defeírnpza, e imprudente.

- u< Depois de observadas 4 e lamentadas po£

muito t e m p o estas imperfeições, vfitíos sugéfc* tos levados do espirito patriótico , cujo -guia foi o famoso Tull , prinCipicraõ a incumbir-se da cultura das suas posincumbir-sessões , e asr cul+ tivaraò Com espirito , gosro , e juíso , i . ° r e -gulando' o curso das1 colheitas /''conforme a

n a t u r á dos terrenos , _. ° desterrando inúteis Alqneíves , (1) , 3 . ° d e s t r u i n d o , e arruinan-d o as hervas r u i n s , 4 - ° m e x e n arruinan-d o , e polvori-zándo a terra em Tquanto permanecia a c r e s

* * * * ' a c e n

-(1) Alguns Authores naô querem inteiramente\coin« çidir com T u ü na idéa de que todos os Alqneives saô inúteis , e desperdiçados , elles promptamenie conce-dem que por lUirtia'jildicioza StiCcessrtô de òfcrjlieitas , e íreque-ntes repitiçôes d e ' A r a d o , a - ã n n - a ^ ^ b n t i d a d e _£ M r r t n q aíq_e\fado pôde ser grnndeiuáritfeíclà&Jinukia;. san^ empobsçeeif; >, terreno-^ ,jnas p$n£aô que-*1^£M"s rAiqqei^ v«stsaó anniialmente necessários, especialmente quando a t e r r a lie naturalmente pobre e pouco fértil.

(32)

xxvwr

c e n t e c o l h e i t a , e por este motivo a p r e p a r a i vaõ para a immediata recepção da s e m e n t e da colheita successiva, 5. ° introduzindo n o vas plantas para melhor sustento tanto do H o -m e -m , co-mo do a n i -m a l , para o I n v e r n o , e Veraô e t c . : mas estes capitães m e l h o r a m e n tos infelizmente ficarão por muito t e m p o r e clusos dentro do circulo daquellas terras o n -de foraõ originados; ou naquellas Províncias em que os mesmos sugeitos d e espirito p a -triótico tinhaõ plantado o exemplo pela sua própria pratica^ Estes modos de cultura eraô n o v o s , e desconhecidos , e por este motivo d e s p r e z a d o s , se naô escarnecidos , pela g e -neralidade dos Lavradores ordinários. Os fun-; damentos em que era fundada huma s e m e -lhante c u l t u r a , eraô supperiores á sua com«i p r e h e n ç a õ , e por rantode.viaõ n e c e s s a r i a m e n -t e s e r , como ellesimaginavaõ , mui-to despen-diosos para haverem de c o r r e r o risco de os praticarem.

Esta circunstancia originou outro plano por si mesmo mais honroso , e b e n e v o l e n t e , nomiadarnente o estabelecimento de h u m a Sociedade e m Londres , para a animação da Agricultura e t c . etc. E m razaõ de se liberalizarem grandes prêmios pelas maiores c o -lheitas e m quantidades dadas de t e r r e n o ,

effectivamente se assigurava ao Lavrador qual-. qüé"r~risco que elle podesse correr. Imaginou-se que esta invectiva havia corresponder ao fim proposto , mas se nos governarmos pelo registo de Baily arespeito das pessoas a q u e m se tem julgado p r ê m i o s , vemos que a maior parte dos Candidatos tem sido muito superior re* e m graduação á Lavradores ordinários.

(33)

XXIX

O e x t e n s i v o , e amplo Plano a^loptado por aquella illustre Sociedade , foi determinado para incluir t o d o , e qualquer L a v r a d o r ; mas eu acho que tem attrahido a contemplação d e muito poucos , excepto alguma pequena par-t e dos mais civilizados ; ao mesmo par-tempo, q u e muitas F r e g u e z i a s , e eu hia para dizer , quasi Provincias inteiras , distantes da Capi-tal , existem desenteressadas sobre todas as çouzas relativas á S o c i e d a d e , a naõ serem to-t a l m e n to-t e ignoranto-tes da sua existo-tência.

Com tudo as vantagens procedentes da«-quella excellente instituição , excitarão o es-tabelecimento de outras de huma semelhant e nasemelhantureza , em Províncias remosemelhantas da M e -tropoli ; cada h u m a das quaes tem concorrido com addicionaes luzes para melhor se i n -dagarem os assumptos da Agricultura. Tem-se' feito muitas e x p e r i ê n c i a s , e novas descober-t a s , que descober-todas concorrem para provar o q u a m p o u c o , dos verdadeiros fundamentos da vege-: t a ç a õ , era entendido por aquelles que se tinhaô encarregado , e imprehendido de supprir a N a ç a õ com s u s t e n t o , ou materiaes para con-tinuarem as manufacturas de Linho , Algudaõ , e Làa.

Quaes foraõ as pessoas q u e por tal modo augmentaraõ o produeto do T r i g o , que a S o -ciedade de Londres naõ admittia. exigiçaõ d e p r ê m i o , para baixo de 5 Quarters -por'Aete ?

Quaes foraõ aquelias que promoverão t a n -to o crescimen-to de Couves , Cenouras , Rui-, va etc. pela cultura dos Campos? Quem t e m s i d o , e estaõ próximos a ser , em g e r a l , Candidatos para os prêmios da acima louvável S o -ciedade ? e quem saõ estes que se applicao

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x x x

-á Agricultura conforme os seus verdadeiros fundamentos ?

Naô faraõ c e r t a m e n t e os ignorantes La-vradores que ainda estaõ pouco versados n o a s s u m p t o , principalmente no que respeita a diversos dos seus essenciaes , e fundarnentaes pontos. Elles ignoraõ as diversas propriedades dos differentes estrumes , e o como elles res-pectivamente o p e r a õ , p a r t i c u l a r m e n t e em differentes terrenos ; n e m ainda nos mesmos t e r -renos , quando differentemente circunstancia-dos ; como t a m b é m as differentes i n h e r e n t e s qualidades dos terrenos a p p a r e n t e m e n t e s e -melhantes e t c . Mas sem o c o n h e c i m e n t o des-tas qualidades , e propriedades , os Lavradores t e m , e haôde c o m m e t t e r consideráveis eng.t-nos , e acontecerão c o n t r a t e m p o s , e f a l t a s , d e que elles naô saberão a razaõ , n e m a maneira de os prevenir para o futuro. N o Completo Lavrador Inglez p. io4,5 p o d e r e -mos ver huma prova remárcavel da necessida-d e absoluta necessida-de se fazerem experiências n a s differentes qualidades de t e r r e n o s .

Se estas couzas fossem melhor e n t e n d i -das , elles naô estrumariaõ c o n t i n u a m e n t e o seu t e r r e n o com estéreo naquellas partes errí q u e se pôde haver com facilidade a Cal , e Morria ; n e n i repetiriaô c o n s t a n t e m e n t e a Caí no mesmo C a m p o ' / porque produzio diversas boas colheitas em quanto abundava de sus-t e n sus-t o v e g e sus-t a l : naõ colherinõ, e s e m e a r i a õ e m suecessaô , três colheitas da classe das q u e éxharem o t e r r e n o em que saõ s e m e a d a s ; riem continuariaô c o m o m e i m o curso de c o -lheitas em todas as qualidades de terra.

Estas falaces noções' , e praticas , naõ se

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pó--:XXX*

p ^ d e m remover m e r a m e n t e pela distribuição d e prêmios. As id-éas dos Lavradores.ignoran-tes naô se podem inverter por algumas das publicações feitas sobre Agricultura , as quaes muitos naô podem e n t e n d e r porque naô sa-b e m ; e a generalidade dos L a v r a d o r e s , ainda q u e saibaõ , tem demasiada opinião para as q u e r e r e m l e r : devemos ajuntar d e m a i s , q u e todo aquelle Lavrador que implicitamente s e -guir a theoria contiuda nellas , hade m u i t a s vezes ser guiado a erros que haõde redundar eo_

percas , e faltas. , Os Prêmios tem huma certa tendência

pa-ra excitar o espirito de Emulação , e indus.rria , á augrnentar o producto. da t e r r a , c o n -forme a differente maneira a que está acostu-mado algum districto , ou Província,,* mas o Lavrador ordinário , ainda que venha a ser C a n d i d a t o , naõ pôde ter p a r t i d o , n e m espe-rança, de competir com pessoas de ü b e r a e s , e extensivos c o n h e c i m e n t o s dos f u n d a m e nr

t o s , o r i g e n s , e pratica de Agricultura.

Pôde o simples donativo dos prêmios- d a r instrucçaô ao espirito ? Naõ deve ser este cul-tivado n o tempo da Mocidade , q u a n d o a dis-posição h e f.icil,e d ó c i l ? Dilatemos ascvistas

e m razaõ d e cultivarmos os entendimentos dos H o m e n s Moços em quanto estaõ mais sus-ceptíveis de impressões , e livres de prejuisos„ e elles continuamente; se augmentaraõ em c o -n h e c i m e -n t o s , á proporção que forem, ; cres-c e n d o em idade cres-c mas se, o espirito ,do> Ho-mem se naõ melhorar em tenra idade , e s e naô for disposto com anticipaçaõ para a pratica d a nova A g r i c u l t u r a , seguir-se-ha e m geral r

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X X X K

com muito pouca excepçaõ , adderir aos seua costumes a n t i g o s , posto que absurdos.

T o d o aquelle que tiver tido maior c o m -municaçaõ com os Lavradores ordinários ( e h e por elles principalmente , e quasi total-m e n t e que as nossas terras saõ cultivadas) deve ter o b s e r v a d o , que elles geralmente as-soceiaõ juntos ; communicaô as suas idéaS h u n s aos outros a seu modo ; naõ adquirindo mais informação h u m do outro , do q u e o c o -n h e c i m e -n t o que cada hum tem , e pôde dar em razaô de o ter visto p r a t i c a r , pelos seus Antecessores ; fundando as suas observações nos seus próprios costumes análogos ás Pro-* v i n c i a s , ou terras em que rezidem. Elles for-» maõ huma classe d e . P o v o sui generis , e viA. v e m s e p a r a d o s , como se estivessem , dos H o -m e n s Sábios ; e todas as vezes que estes se naõ façaô muito familiares com elles , e c o n -versem no seu próprio estillo , he m u i t o pro-*-vavel q u e hajaô de transtornar , e trocar ',

e mesmo naõ e n t e n d e r o q u e elles q u e r e m d i z e r , ou interiormente r i r , e escarnecer d e algumas expressões q u e naõ e n t e n d e r e m ; e p o r este modo se retiraõ , e separaõ ignoran-t t e s c o m o vieraõ , ou resolvidos , a naõ segui-r e m o seu conselho. Posegui-r tanto , he de gsegui-rande importância a educação para dilatar, e acla-rar os poderes do e n t e n d i m e n t o , e fazello fie* x i v e l , e capaz de ensino. *••

Por este motivo , em quanto a Agricultu-ra se n;tõ estabelecer sobre estes sólidos , e extensivos f u n d a m e n t o s , naõ continuará a ser em si mesmo h u m estudo vago , e r e c ô n d i t o ? e naô ficará muito distante daquelle graõ d e

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XXXIII

perfeição , a que os espíritos patrióticos, e as úteis Sociedades a dezejariaò ver che* g a r ?

Visto que a Agricultura deve ser melho-rada pela Sciencia reduzida á A r t e ; porque motivo naõ hade esta classe de Povo , os La-v r a d o r e s , ser mais bem educada ? ella he sus-ceptível , e capaz de ensino , e melhoramen-to. Se os Lavradores forem bem instruídos na sua Arte , os melhoramentos , e progressos em Agricultura com brevidade acharão o seu tri-lho para todas as Províncias , C i d a d e s , Villas, Lugare» e t c . talvez sem muita ajuda dos pre-: mios. Com tudo , quando a instrucçao , e Sciencia h e estimulada pelos prêmios , mais d e p r e s s a , e efncazmente se conseguem os grandes fins.

Todo aquelle que reflectir adequada , e jus-t a m e n jus-t e , deve s a b e r ; que aconjus-tece com a Agri-cultura o mesmo que acontece com a Fisica. Em quantos factos , e experiências estaõ produ-zindo , e augmentando o melhor conhecimen-to , h e necessário que aquelles que houverem depois de se occuparem em qualquer das proffiçôes , sejaõ instruídos nos primeiros fun--d a m e n t o s fun--de huma , e pratica fun--de outra.

A Agricultura h e tanto S c i e n c i a , c o m o Arte ; e h e necessário algum geral Scienti-í fico conhecimento antes que se possa praticar esta Arte com alguma racionavel e s p e -rança de felicidade , e ainda que os CharJa-i tàes possaò algumas vezes eahir bem das suas invectivas em Agricultura, com tudo o seu bom successo he mais devido ao acaso , do que á certeza , fundamentada em princípios 6,olidos.

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XXXIV

O Celebre Young nota , q u e 33 â expe= » riencia he h u m admirável fundamento para >3 toda a qualidade de Estructura ; mas e m 33 Agricultura ella deve ser a mesma E s t r u c -35 tura , e naõ o fundamento (1). 53

Mas eu teria tomado a liberdade de per-guntar , o que hade ser entaõ a base desta E s t r u c t u r a ? se o mesmo Young a naõ tives-se i n d i c a d o , quando i n g e n u a m e n t e c o n f e s s a , 33 e m muitas occasiões t e n h o sido h u m m u i t o 33 máo Agricultor, e obrado contra os dicta-33 m e s da boa Agricultura (2). 55

Ninguém poderá p e r t e n d e r negar q u e aa experiências saõ a vida , e alma da Agricul-tura , mas ellas naõ devem ser feitas ás fur-tadelas , nem ao acaso ; p o r q u e , para q u e fim poderão servir semelhantes experiências , se naõ para freqüentes faltas ao Lavrador , e per* ca do publico ?

H e certo q u e o Elogio q u e o g r a n d e Young taõ justamente fez ao D r . Home, evi-í d e n t e m e n t e prova , q u e a parte praticai d a Agricultura deve receber considerável benefi-i cio dos conhecimentos Scientificos.

Ainda q u e t e n h a sido b r e v e , e deffeituoa za a relação do estado da Agricultura eiu dif-ferentes períodos acima referidos ; com t u d o m e lisongeio t e r e v i d e n c i a d o , i . ° q u e a Agricultura está muito devedora pelos preseni t e s melhoramentos á S c i e n c i a , e civilização, a, ° q u e quaesquer que sejaô as faltas em q u e

p r e

-(1) Agricultura E*periencial Pref. p. I J . (2) ibid, p. 6.

(39)

XXXV

p r e s e n t e m e n t e labora , são devididas á pou-ca edupou-cação dos Lavradores em geral 3. ° d e que tem huma estreita connexaõ com outros ramos de Sciencias 4» ° que a Sabedoria , e experiências devem hir de maõ em maõ 5. ° que as propostas destes Homens sensíveis , e Sábios acima mencionados , para se estabele-c e r e m Esestabele-collas de Agriestabele-cultura , saõ fundadas em vistas dilatadas , fundamentos substan-cia e s , e na maior p r o p r i e d a d e , 6. ° e que a pouca attençaô que até ao presente se t e m p r e s t a d o , naõ pôde ser attribuida á n e n h u m a outra couza , que naõ seja á certas t e m p o -rárias circunstancias, que retardaõ melhoram e n t o s de humelhorama , ou outra qualidade emelhoram t o

-das as idades.

As Sociedades Agriculturaes ainda naô estavaõ estabelecidas , quando estes Sábios espirituosos escreverão ; e apenas se pôde suppor que , qualquer que fosse a proprieda-. d e , ou utilidade que podesse ter havido nos seus planos , elles sós podessem repentina-m e n t e voltar a irepentina-mportância das Nações a h u m assumpto , do qual entaõ havia apenas alguma idéa. O caso p r e s e n t e m e n t e h e d e outra maneira. A Agricultura principia a bri-lhar como huma Estrella da primeira gran-deza em o nosso Himisferio ; e muitos dos Sábios Inglezes , de todas as graduações , es-tão continuamente applicando as suas vistas para ella. Elles estaõ attrahindo o conheci-m e n t o , e consideração dos seus visinhos, pa-r a o seu vepa-rdadeipa-ro espipa-rito p a t pa-r i ó t i c o , e con-d u c t a , e nós , con-destes.

Se este espirito continuar a p r e v a l e c e r ,

(40)

xxx vx

e que a Agricultura seja estudada pelas pes-;

soas Proprietárias de terras , e m fundamen-tos Filosóficos , e que estes os ensinem aos seus Rendeiros com brevidade se c o n h e c e rão as felizes c o n s e q ü ê n c i a s , sentidas por t o -do o mun-do.

As difficuldades de se instituírem Escol-lns publicas de Agricultura devem ser consi-deradas de pouco m o m e n t o p r e s e n t e m e n t e , h u m a vez que vemos tantas Instituições es-t a b e l e c i d a s , e que saõ apoyadas , e suses-tenes-ta- sustenta-das com tanta liberalidade ; Nós vemos que a Sociedade Ingleza das Artes , Manufactu-ras, e Commercio, está a n n u a l m e n t e offere-. r e c e n d o consideráveis somas de dinheiro p a r a a animação das experiências ; e por v e n -tura naõ poderemos nós , á imitação desta , despender alguma porçaõ para r e c o m p e n s a r os trabalhos daquelies a q u e m se i n c u m b i r a cultura , e fabrico de alguns campos para instrucçaõ dos Pupillos? ou conforme á i d ê a do Lord MolesAvorth , que se versa para educa-ção dos filhos dos Homens pobres ; ou confor-m e as idéas de Coxvley, e Sir T^Villiaconfor-m Petty , qne se versaô para a educação dos filhos dos Cavalheiros , e Homens de bem , igualmente como para outros quaesquer.

H e certo que p r e s e n t e m e n t e devemos a t t e n d e r ás vantagens resultantes de cada h u m dos acima mencionados planos ; c o n -c e d e n d o somente , que a leitura ou t h e o r i a d e Agricultura , deve , por todos os princí-pios , ser acompanhada com huma estreita attençaô á sua parte praticai , d e maneira t a l , que possa t e n d e r a corrigir os . e n g a

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XXXVII

nos da especulação; a a b r i r , e dilitar o. en-tendimento ; e a d-u" hum mais claro conher cimento da natureza da vegetação , e as verdadeiras fundauientaes origens da

Agri-cultura. •>_ Se acaso sê estabelecerem Escollas

publi-cas em differentes partes do Reino , para a educação dos filhos dos Lavradores que es-tiverem em inferiores circunstancias ; os Ca-valheiros, e Senhores de terras jamais teraõ necessidade de judiciosos , e raciona.veis m e lhoradoies para os seus Estados , e ao m e s -mo tempo seráõ as pessoas mais próprias para instruírem os Aprendizes das suas F r e -guezias,; e Criados inferiores. Isto mesmo re» c o n h e c e ser de principal impoitancia , Var-raô , H o m e m de longa experiência , dizendo : 33 ós Feitores devem ser Homens de alguma 33 erudição , e de algum gráo de subtileza , 33 astucia , e destreza. Mas com mais especia» lidade deve o Feitor ser bem versado em r u -» raes economias : i ( i ) elle naõ deve s o m e n t e 33 dar.ordens , mas até mesmo trabalhar , para » que os Trabalhadores o hajaô de i m i t a r , e se 33 c o n v e n ç ã o , que he com propriedade que elle 35 lhes preside , porque os excede tanto na pari* 33 t e p r a t i c a i , como na Scientifica. 35

-; Se

( l ) Qui praesint , esse òportere qui literis sint et aliqna humanitate imbuti , Praetereapotissimum eos praeesse oportet , qui periti sint rerum ri.sticarum : nen solum enim debere\ impera re sed.etiam fucere, lit façientem junitgntur . et ut animadvertant eiim cum cama sibi praeesse , qui Scientia praestat etristt. X.ib. I . Cap. 17. àpúd Áutfiores de Re Rústica. Eãit. Jú?

(42)

JCXXVIH

Se isto acontecer e n t r e n ó s , c o m o ' e s p e í r o , e c r e i o , jamais se observarão os locaes es-tabelecidos costumes , se naõ aquelles q u e se c o n h e c e r e m adequados , e justos ; os novos Trabalhadores seráõ acostumados a hu<í ma «variedade de methodos de cultura , e m proporção á variedade das circunstancias ; os novos modos de fabricar naõ haõ de ser des«; p r e z a d o s , e escarnecidos porque saõ n o v o s ; naóde ser esperados com moderação os ef-feitos das experiências , e as vantagens , e desvantagens que os acompanhar , h a õ d e ser exactamente d i s c e r n i d a s ; e far-se-ha h u m continuo progresso em Sciencia , e pratica d e Agricultura. Se acaso se escolherem al-guns rapazes mais espertos , e attinados , e forem educados no acima mencionado p l a n o , elles mesmos sem duvida levaráõ comsigo- pa-ra o futuro os seus c o n h e c i m e n t o s , e Scien-cia , para os lugares para onde forem ; e as suas observações haõde ser melhor a t t e n d i -das pelos trabalhadores inferiores , do q u e se dimanassem de pessoas d e maior gradua-ç ã o . E m huma palavra elles effeituaráõ , o q u e ainda o superior c o n h e c i m e n t o , e Scien-cia, dos< Nobres , e Cavalheiros jamais poderia executar , visto t e r e m estes mais importàn-í tes objectos em vista , do que cultivar o des-prezado , e esquecido e n t e n d i m e n t o de todo o rústico trabalhador que elles podessem ter ocr casiaõ de empregar. A' imitação de pequenos re-gatos , dispersos , e separados da principal c o r r e n t e haõde regar , e fertilizar aquellas terras , aonde huin maior rio naõ poderia com propriedade e s t e n d e r - s e , e çhegair.

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xxxrx E m quanto debaixo de Tnjtela , haõde • p r e n d e r a expedição , e empreza de hum

p e r f e i t o , o espírituosô systemu de Agricultu-ra ; como se deve suppor , que os Campos dos seus T u t o r e s haõde ser cultivados d e -baixo destes fundamentos. N a acçaõ de se compararem as suas colheitas com as de mui-tos o u t r o s , se fará evidente a verdade da ma* xima de Hesiodo , (1) que ametade poaerá ser mais do que o total. 33 Porque se elles pensarem que poderáõ vir a ser Rendeiros , haõde olhar , e regular hum Estado , ou H e r d a d e , com estes regulados princípios , e fundamentos , de que h u m a terra de 4oo<jÇ)oOO annuaes bem cultivada , hade p r o d u z i r , nO fim do seu termo , mais liquido p r o v e i t o , do que outra d e 8oo<$>ooo a n n u a e s , tratada d e h u m a maneira desprezadora , e descuidada.

O injudicioso curso de c o l h e i t a s , imper-feita lavoira , imparciaes , e impróprios, estru-m e s , n e estru-m seestru-mpre se podeestru-m attribuir á igno-rância , mas ao Estado , ou Herdade , ser demaziadamente extensiva para o Capital do L a v r a d o r ; elle naõ governa o Estado , mas

_»/ce versa o Estado h e quem o governa , fre-q ü e n t e m e n t e com grande prejuiso de ambos ; as suas màos fieaõ ligadas logo a primeira e n -trada ; e h e muito se ellas recobraõ a sua l i b e r d a d e , excepto se cazualmente o* seu di-r e c t o Senhodi-rio o penhodi-ra pela di-renda , des-^ pençandorO, e lançando-o fora das terras. Mas o que h a d e fazer entaõ o pobre L a v r a d o r , ,

se

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XV

se elle .naô pôde achar na sua visinhança hu-ma iterra proporcionada ao seu c a p i t t l ? deve elle i mudar-se para outra terra i n t e i r a m e n t e e s t r a n h a , ou principiar a trabalhar de j o r n a l , ou m o r r e r á fome?

A pratica moderna de se ajuntarem diver-sas pequenas terras a h u m a s ó , he muito la-mentável como hum mal Nacional , olhada por todos os m o d o s , e reclama a l t a m e n t e p e -lo regulamento do Legislador.

Mas voltando para o nosso Lavrador n o vo transplantado do viveiro, aonde o seu e n -tendimento recebeo a sua primeira cultura , p a r a o lugar aonde elle suppõem estabelecer a sua residência.

Em quanto esteve Aprendiz , foi ensina* do a formar hum sofrível bom juiso das qua-lidades taes , como a tenacidade , secura , ou h u m i d a d e dos differentes C a m p o s , e da h e r -vaje que elles e s p o n t a n e a m e n t e p r o d u z e m ; por tanto perceberá i m m e d i a t a m e n t e quaes sejaõ os mais próprios para serem os primeit ros que se devaõ l a v r a r , de maneira que a ter-ra se naô empobreça. A falta d e attençaõ a esta circunstancia , t e m conservado muitos Homensíjpobres todos os dias da sua v i d a , pela preocupação de que o melhor terreno p ô d e soffrer ao principio huma , ou duas boas colheitas de g r a õ , da classe do q u e ex-h a u r e o t e r r e n o , e como t a e s , rezultarem e m h u m a grande , e immediata utilidade ; naõ con-siderando que este fabrico redunda g e r a l m e n t e e m grande prejuiso para o f u t u r o , pela n e c e s -sidade de se verem obrigados a deixarem as suas terras de Alqueive , e de applicarem muito

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xvc cessante trab-lfyQ,!)para haverem d e extirpar as hervas ruins , e muito mais despendioso, estrume para lhes restabelecer a sua perdida fortaleza; quando pelo c o n t r a r i o , ainda per-manece hum certo vigor naquelles Campos que tiverem sido cultivados com hum judi-cioso curso de colheitas benefjciadora» do t e r r e n o , , posto que muito moderadamente es-t r u m a d o s , cujo vigor , ainda h u m bom Al-q u e i v e , e h u m a completa camada e enfarta-çaô de estrume naõ pôde dar a qualquer terre-, IÍO que tenha sido huma vez empobrecido ; como pôde ser mais facilmente percebido por, huma vista d i s c e r n e n t e , do que déscripto.

O nosso Lavrador aprendeo que O bom l e r r e n o ( do qual elle principalmente depen-;

de para o pagamento da sua renda ) se foç conservado em fortaleza b a s t a n t e , hade mui-tas vezes emendar o m á o ; e que o enipqbre* cimento de h u m , ou dois dos melhores Cam-^ p o s , hade freqüentemente prejudicar toda a H e r d a d e , ou E s t a d o , pela diminuição dos seua pastos , minoraçaõ da quantidade de e s t r u m e , e augmento da despeza d e cultura.

M u i t a s , e(1 freqüentes vezes lhe havia d e

ser i n c u l c a d o , 1. ° que a sua futura felicidade dependeria muito do seu primeiro curso d e c o l h e i t a s ; 2. ° que especialmente ao principio se devem preferir as colheitas melhoradoras , e benefieiadoras , ás. que exhaurein o t e r r e -n o , t a -n t o , qua-nto possa admittii' a,s circu-ns- circuns-t a n c i a s ; 5 . ° que escircuns-tas u l circuns-t i m a s , circuns-todas as ve-ates que forem s e m e a d a s , devem ser succedi-das pelas primeiras ; 4« ° <lue aquelles

estru-m e s que saõ, estru-mais aptos a produzireestru-m hervas

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X'-I-r u i n s , d e v e m , ou seX'-I-r deitados em p a s t a g e n s , ou lavrados para dentro em semelhantes terras , ou colheitas , como as que melhor se p o -derem cavar , ou tiverem melhor t e n d ê n c i a para as destruir, V. g. F a v a s , E r v i l h a s , N a -b o s , Couves , e t c . 5 . ° que naô o-bstante al-gumas destas colheitas exigirem antes mais despeza , e naõ recobrarem esta em dinheiro quasi taõ c e d o , como algumas das que e x h a u r rem , ( s e n d o parte destas appropriadas para engordar gado , por cujos meios se adquire O melhor dos e s t r u m e s , e em mais quantidade ) com t u d o , á imitação daquellás Abelhas q u e viajfiò para mais l o n g e , e que se demoraõ por fora mais t e m p o , geralmente vem mais car-: regadas quando voltaõ para caza ; G. ° que o monte de estrume deve ser assiduamente con-siderado como a b a s e , e fundamento da sua futura felicidade; 7. ° que n e n h u m e s t r u m e d e v e ser deitado em terras m o l h a d a s , e a o n

-de houverem nascentes , sem que primeiro es_ tas sejaõ esgotadas , huma vez que elle n a ô queira enterrar , e desperdiçar os lucros d e todos os seus outros Campos*

Elle aprenderia sem duvida a fazer as suas t e n t a t i v a s , e a aventurar-se a executar algumas experiências sobre g e r a e s , e deter-minados Fundamentos ; as quaes , posto q u e n e m todas hajaõ de corresponder perfeitam e n t e á sua é x p e c t a ç a ô , p o d e r ã o , naõ o b s -tante , concorrer corno luz addicional para o grande objecto de Agricultura. E m huma p a -lavra , elle virá a fazer-se hum c o m p e t e n t e companheiro para qualquer C a v a l h e i r o ; r e ceberá , e communicnrá informação ; e ao m e s -mo

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XL1XI

m o t e m p o , pelo motivo daquella estreita atten-çaõ que elle hade achar necessária para haver de p#igar a sua renda , estará continuamente augmentado aquelle importante conhecimen-t o , que huma idéa naõ insconhecimen-truída , e boçal ja-mais poderá attingir com facilidade.

Huma semelhante Instituição como i eu aqui r e c o m m e n d o , pôde possivelmente ser de utilidade áquelles Lavradores que naõ teni alguma particular connexaô com as Sociedr.-des Agriculturaes ; e como estes melhorados Compôs estaò abertos á continua vista dos seus visinhos , çerviraõ de huma constante li-ção para áquelles que mais necessitarem de instrucçaõ , fnllandolhes por este modo m u i -to mais intelligivelmente , do que as relações de experiências estabelecidas em papel ; con-tra as quaes elles ficaõ í r e q u e n t e m e n t e espan-. tados , e levantaõ aquella particular qualida-de qualida-de duvida que eu tenho achado ser ge-ralmente expressada por a l g u n s ; d i z e n d o , pô-de ser assim , mas eu naô sei , naô conhe-ço ; duvida que nasce de huma nuvem que embrulha as suasidéas , a qual os poderes do arrozonniento saõ muito ineficazes para dissi-par. Mas he provável que hajaõ algumas vezes d e aprender aquella liçaõ das plantas do Cam-po , que Cam-poderão, naõ querer acreditar,, das expressões dos seus companheiros , p o r q u e , naõ q u e r e m confessadamente reconhecer os outros como seus superiores nesta Arte , e Sciencia.

As vantagens de hurrm semelhante Aca-demia para a educação dos filho* dos Cava-lheiros;, naô haçde ser menos evidentes no .que

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res-JXIV

respeita a elles mesmo9 , á sua d e s c e n d e u * cia , e á Naçaõ em geral. Sobre esta parte do meu assumpto hum Sábio Mestre 6e ex-pressou pelo modo seguinte 35 Conforme as 33 melhores observações , o tempo próprio pa-33 ra infundir esta útil parte de filosofia natu* 33 ral , chamada Agricultura , h e no primeiro 33 período da v i d a , q u a n d o ha curiosidade , e »> appetite para adquirir c o n h e c i m e n t o s , e se "» neste estado podermos ajuntar a pratica

33 com theoria , gozando ao m e s m o t e m p o o » ar livre , exercício , e actividade , todas e s -33 tas couzas se conformaõ bem c o m a agili-33 dade , e humor dos Homens m o ç o s , s e m 33 falarmos na revolução da perpetua varieda-» d e que h e muito interessante nas suas ida-"» des.

» He h u m passo adquirido sem d u v i d a , 33 para os habilitar a lerem as Obras d e Agri-33 cultura de C a t a õ , V a r r a õ , Virgílio, e Co-33 lumella , com gosto , e c o n h e c i m e n t o ; o J3 poderá abrir hum novo caminho no t e r r e -33 n o clássico; e com toda a probablidade da» rá aos Homens moços humas certas b r e -33 ves disposições em favor d*Agricultura. Com-35 tudo ainda o total combinado j u n t o . h a d e 33 produzir effeitos de pouca c o n s i d e r a ç ã o , 33 menos que naô c h a m e m em sua ajuda os 33 f a c t o s , e experiências.

33 H e certo q u e se devem fazer algumas 33 couzas deste gênero , e se possível for d e -33 ve-se evitar a queixa que faz C o l u m e l l a , » quando diz com algum gráo de calor. 33 Agri-'» colationis dóctores qui se profiterentur neque

» discípulos cognovi 33 Hartes Essay 1. p . 167.3>

(49)

XX.V

A 'primeira parte desta cítaçaô evidente-m e n t e i n t i evidente-m a , que o evidente-melhoraevidente-mento do« Ca-valheiros moços em Sciencias clássicas , por modo algum seria impedido , mas antes pro-'movido pela applicaçaô á Agricultura ; e a

experiência de todo aquelle que tiver profes-s a d o huma vida eprofes-studioza juprofes-stificai á que o

ar livre vigora o espirito , e e n t e n d i m e n t o , e o prepara para receber instrucçaõ ; porque o espirito humano pôde átturar applicaçaô somente até hum certo gráo , e carece , d e absoluta necessidade, ser freqüentemente r e -forçado pelos divertimentos, e estudos mais leves.

O t e m p o he precioso , e pôde ser virtual-m e n t e dilatado , e prolongado por huvirtual-ma pró-pria disposição. Q u a n d o o espirito estiver fati-gado com restricta applicaçaô-, o exercício e m ar livre renovará a sua fortaleza , e aoti-vidade. Como addiciónal aos Pupillos serem ensinados o valor dos differentes Campos 'sobre os quaes poderão passear com o seu

T u t o r , e Mestre , e a variedade das plantas

3

ue cada hum dos Campos naturalmente pro-u z , poderá ser attendida a Botânica como Sciencia agradável , e instructiva ; nem por m o d o algum deve ser desprezada , e esqueci-da a plantação , e jardinagem ; nem a Arte d e s u p e r i n t e n d e r , e delinear Herdades deve ser ^considerada como inferior ao seu c o n h e c i

-m e n t o .

E m tempo ruim , poderão occasionalmen-t e diveroccasionalmen-tir-se com experiências sobre vários ramos de Filosofia natural ; os effeitos do ar n o q u e respeita á v e g e t a ç ã o , e a natureza

(50)

XLVI

das differentes terras , e e s t r u m e s , pelo me-t h o d o dos Doume-tores Home , F o r d y c e , Ajna-lie , Priestley , etc.

Devem tombem ser instruídos em prin-cípios d e Mecânica , especialmente naquella p a r t e , q u e se vetsa á Hydraulica, por ser esta de principal utilidade para d e s s e c a r , e esgo-tar , e outros modos de melhorar os ter-renos.

Estas STÔ as circunstancias sem d u v i d a , das quaes se tem originado, em grande me-dida , muitos dos capitães melhoramentos ul-timamente feitos em Agricultura ; e sempre considerados de alta importância por Sir W i l -liam P e t t y , hum dos maiores homens da s u a , e das outras i d a d e s , o qual as r c c o m m e n d a com a r d o r , e e n c a r e c i m c n t o , pelas rasões al-t a m e n al-t e dignas de si mesmo , e q u e depois refirirei.

Depois de terem adquirido algum c o n h e -c i m e n t o de Agri-cultura , haõde ler as Obras dos Antigos Escriptors Agriculturaes c o m progresso, e p r a z e r ; circunstancia esta q u e hade facilitar muito o c o n h e c i m e n t o das lín-guas. Porque , sem excluir alguns Authores em proza , naõ poderei eu aventurar-me a af-i r m a r que os Antaf-igos Escraf-iptores de Agraf-i- Agri-cultura s a õ , pela natureza do seu nssumpto, e estilo clássico, taõ próprios para os Homens moços , e taõ coincidentes ás suas disposi-ções , e capacidades , como alguns dos q u e elles geralmente lêem ? Na verdade he h u m caso bem digno de suspeita , e receio , que o metter as obras de Homero , Horacio ,eVirgil i o , Ouvidio., ou de^facto. a,eVirgilgum o u t r o . P o e -t a .

(51)

XLvir

ta , nas mnos d e R a p a z e s , antes que as suas idéas estejaõ propriamente furnecidas , e o seu gosto , e juiso s u f i c i e n t e m e n t e avança-do para entrar no espirito destes Excellentes Escriptores , tem concorrido somente para lhes fazer a leitura e n f a d o n h a , e desagradá-vel , e provado os meios de elles darem h u m final adeos , e despedida , naõ somente a es-tes Authores , mas a toda a Litratura clássica, depois de terem deixado as suas Escolas G r a -maticaes ; sem referir que os Authores e m

{

>roza parecem , por si mesmos , mais calcu-ados para se ensinarem por elles algumas

lín-guas , como também para i m b u t i r a s mais úteis informações nas idéas da mocidade.

Os e m p e n h e s das ruraes o c c u p a ç õ e s , h a õ d e fortalecer toda a maquina humana ; tanto os poderes do espirito , como também os membros do corpo ; haõde dar huma va-ronil volta ao p e n s a m e n t o , devidamente regu-lado , e refinado pela Literatura Política. A Mocidade por este modo educada , jamais c a -r e c e -r á de huma va-riedade de dive-rtimentos no Paiz em que habitar para preencher o seu t e m p o de huma maneira igualmente i n n o c e n -t e , r a c i o n a v e l , e ú-til. Ella hirá augmen-tan- augmentan-d o , e aaugmentan-dquirinaugmentan-do continuamente apreciáveis conhecimentos , e se preservará daquella des» sipaçaõ que enfraquece o espirito , faz o r e -tiro oneroso e oppressivo , e as mais publi-cas , m o m e n t â n e a s , e importantes considera-ções da vida , demasiadamente difficultozas para se executarem com propriedade , e de-coro. Ella gozará o seu otium cum dignitate, e ao mesmo tempo os seus divertimentos , e

(52)

in-x_vm

i n t e n i n i m e n t o s particulares , haõde dfl|i? hur ma cçrta dignidüde,. e polidez aos seus sen-timentos , os quaes , em todas as occasiões , ella estará mais habilitada pnra expressar era publico , com espirito de verdade , firmeza, e elegância.

H i d e brilhar, e apporecer no total das snas m a n e i r a i , e expressões , aquella siniplex rnun-ditiis , a qual he igualmente apartada tanto da v a a , e aftectadi ostentncaõ , e v a i d a d e , c o m o da mera grosseira rusticidade.

Estes Homens mocos , por este modo edu^ c a d o s , estarão habilitados para aquelles ramos. d e governo do Estado , que sejaõ mais con-formes á natural inclinação dos seus

senti-, • . . . . . .

m e n t o s , quando as suas assistências 6ejao jul-gadas necegsarins; e poderão e s t a b e l e c e r - s e , «í enumerar-se,pelo t e m p o a d i a n t e , e n t r e aquel-les Heroes que tiverem obrado do mesmo mo-;

do antes delles , cujo Elogio se pôde trans-mittir pelas palavras do Orador R o m a n o : 33 Ab Aratro arcesscbantur qui Cônsules fierent, suos enim agros studiose colebant , non alienos eupide appetebant, quibus rebus , et agris, et Urbibus , et Nationibus , Rernpublicam atque hoc Imperium, et populi Romani nomen au» xerunt. 33 Grat. pro Ligarío.

Mas voltemos ao mais humilde trilho da A g r i c u l t u r a , que he o l u c r o , e proveito.

Quando o nosso novo Pupillo entrar na possessão dos seus Estados Paternaes , i m m e -diatamente perceberá o que se deve fizer a maior vantagem ; será mais capaz de dirigir os seus Criados , do que ser enganado p o t e l l e s , o que sempre hade a c o n t e c e r , q u a n d o

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